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Forças de Segurança e Policiais de Elite => Forças de Segurança => Tópico iniciado por: Lusitano Invicto em Dezembro 05, 2010, 12:06:19 am
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Já vi por ai diversas fotos sobre os blindados da PSP, o tema também é falado, e achei por bem abrir este tópico, de modo a assim centralizar a discussão.
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.aventar.eu%2Faventar%2Fwp-content%2Fuploads%2F2010%2F11%2Fblindados_psp.jpg&hash=719fe24b19d75ded74f052938c994f42)
Algumas questões para abrir a discussão:
Será que estamos a caminhar para um cenário parecido como do Brasil? Com as devidas distâncias, obviamente.
Parece-vos necessária a compra destas viaturas no actual cenário de crise, convêm lembrar que vão ficar orçados em cerca de 5 milhões de euros, quando a GNR tem 13 blindados ?
E parece-vos bem que os veículos fiquem na dependência da PSP ?
Digam de vossa justiça.
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Os 6 blindados vão custar 1 Milhão de Euros e não 5 Milhões! Os outros 700Mil utilizados foi em equipamento diverso. Os 5M era a verba disponível e que, não percebo bem como, aproveitaram apenas 1.7M! Muito provavelmente "politiquice" por de trás!
Apenas os seis blindados, no valor de 1 008 000, tiveram uma proposta de uma empresa canadiana, Milícia, que ganhou o concurso. Todos os outros concursos relativos às restantes viaturas, no valor total de 2 704 000 euros foram anulados. O preço base oferecido pelo Governo Civil não mereceu uma proposta por parte das empresas convidadas. Adjudicados foram também os concursos relativos a materiais de manuten- ção da ordem pública no valor de 714 924 euros. Ou seja, dos cerca de cinco milhões de euros disponíveis para a PSP, foram gastos somente 1 722 924 euros.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/inter ... id=1717960 (http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1717960)
E se não ficam sobre a alçada da PSP vão ficar de quem? Dos políticos ?
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Felizmente em Portugal, de uma maneira geral, as Forças de Segurança têm estado sempre um passo à frente dos criminosos no tocante a equipamento…a compra destes blindados é uma prova dessa tendência.
Aparte de um processo de aquisição algo atabalhoado, não tenho dúvidas de que se trata de um meio indispensável a uma força policial como a PSP, que se quer capaz de enfrentar eventuais situações de violência estrema, que exijam uma resolução mais “musculada”.
Creio também que a existência destes blindados ao serviço da PSP, constitui por si só um elemento dissuasor importantíssimo.
Cumps.
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Realmente são umas máquinas imponentes, 6400cc tdi, 300 e tal cavalos para 7ton e qualquer coisa, esperemos que sejam efectivamente úteis, esperemos também que qualifiquem condutores suficientes para as ditas viaturas... ficam todas em Belas na UEP? realmente só a PSP não tinha blindados, de resto todas as capelinhas cá do burgo os têm, com as mais diversas aplicações! Só não percebi o porquê de tentarem ocultar a marca do veiculo com autocolante preto e aqueles smiles nos farois de longo alcance...
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Boa tarde!
Desde que se começou a falar neste assunto, na sequência de artigos nos meios de comunicação, fiquei com uma ideia que a designação de "blindado" é um tanto ou quanto vaga (claro que os veículos são providos de blindagem com caracteristicas especificas para um determinado nivel de ameaças). Penso que se deveria ter mais trabalho de investigação antes de se escrever nos jornais
. Não seria mais correcto designar estes veículos como viaturas anti-motim?
Cumprimentos
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Uma das empresas convidadas para fornecerem os blindados à PSP produz 'marketing' e comunicação. A certificação para equipamento de defesa só veio depois do convite feito
Uma das empresas que o Governo convidou para participar no concurso dos seis blindados para a PSP é uma consultora de imagem, gestão e marketing, que só obteve certificação do Ministério da Defesa, para o exercício da actividade de indústria de armamento (bens e tecnologias militares) representar equipamentos militares, depois do convite feito.
A Central M- Consultadoria de Gestão e Marketing foi, segundo um comunicado do Governo Civil de Lisboa (GCL), uma das cinco empresas chamada a apresentar uma proposta, ao procedimento concursal, tendo em vista um ajuste directo de um milhão e oito mil euros (sem IVA). Mas, apesar de um dos pressupostos ser a certificação das empresas na área militar, a autorização da Central M para esse efeito só foi publicada em Diário da República (n.º 222, 2.ª série) a 16 de Novembro de 2010. Nesta data, aliás, o concurso estava já fechado.
"É a primeira vez que estou a ouvir isso", garantiu ao DN António Galamba, o governador civil. "O elenco de empresas a serem consultadas foi definido por representantes do GCL, da PSP e da Direcção-Geral de Infra-Estruturas e Equipamentos do Ministério da Administração Interna (MAI), sob proposta final da PSP", afiança. Contactada a PSP para esclarecer a situação não foi obtida resposta.
O MAI, que tem assumido a responsabilidade política do processo, diz que "é absolutamente falso que o Governo Civil tenha convidado uma empresa de comunicação e marketing para o procedimento dos blindados".
Por seu turno, um porta-voz da Central M confirmou ao DN que "apesar de ser representante de algumas marcas de material de defesa" a empresa só pediu a autorização necessária ao Ministério da Defesa, para "entrar neste concurso". Esta fonte explica que soube deste procedimento através das declarações, na altura, do ministro da Administração Interna. "Pedimos então ao Governo Civil para nos convidar", acrescenta o mesmo interlocutor. O convite "foi feito na semana de 26 a 29 de Outubro", recorda este responsável.
Apesar do contra-relógio a Central M acabou por nem sequer apresentar nenhuma proposta, o que, aliás, aconteceu com outras três convidadas (ver caixa ao lado). Apenas uma, a Milícia se candidatou ao negócio e viu adjudicado o fornecimento dos seis blindados a 15 de Novembro.
O DN contactou com altos responsáveis de todas estas empresas concorrentes, a Pinhol, a Lasi Electrónica e a Montagrex-Optatrex, todas credenciadas no ramo. Os motivos da desistências são comuns a todas: os prazos dados pelo Governo Civil para entregar as propostas (cerca de cinco dias) e para fornecer as viaturas (10 dias) era "impossível de cumprir no tipo de equipamento em causa".
O administrador da Pinhol, Luís Filipe Pinhol, que recentemente vendeu ao exército, 24 blindados HMMWV, disse ao DN que "com mais alguns dias era possível até apresentar uma boa proposta dentro do preço-base lançado, mas com o prazo definido era impossível". A Pinhol pretende avançar com um processo para tribunal (ver texto em baixo).
O especialista em Contratação Pública, Nuno Monteiro Dente, concorda que "pode haver neste processo matéria de contestação". Embora salvaguarde desconhecer "em detalhe o processo" sublinha que "os prazos são demasiado curtos". No seu entender "sem prejuízo de uma grande capacidade própria, eventualmente só quem tivesse o procedimento comercial já em curso poderia cumprir os prazos exigidos".
O DN tentou também contactar o director da Milícia para esclarecer como conseguiu cumprir os difíceis prazos, mas não obteve resposta até ao fecho da edição.
Para Nuno Monteiro Dente, que é co-autor do livro Código dos Contratos Públicos - Comentado, há ainda outra matéria neste processo que "é discutível". Trata-se do motivo invocado pelo Governo para proceder ao ajuste directo. Ao contrário do que se julgou inicialmente, que a razão era a urgência na aquisição dos equipamentos, supostamente para serem usados na Cimeira da NATO, o ajuste directo foi feito ao abrigo da norma legal que o admite quando o contrato em causa seja declarado "secreto ou a respectiva execução deva ser acompanhada de medidas especiais de segurança, bem como a defesa dos interesses essenciais do Estado o exigir".
Para Nuno Dente, "à partida, não é o caso destas viaturas, pois a publicitação das capacidades destas viaturas não põem em causa a segurança, antes pelo contrário, servem de dissuasão". A não ser que "no limite, considerem que o nível de protecção balística deva ser secreto ou que se tenham feito adaptações às viaturas que também tenham sido classificadas como secretas".
Estas questões vão ser analisadas pelo Tribunal de Contas, onde foi entregue o pedido de visto. E Rui Pereira vai terça-feira ao Parlamento dar explicações sobre a aquisição dos blindados.
dn.pt
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Ainda os blindados e o porquê das coisas
João José Brandão Ferreira
Conhecem-se as linhas gerais da novela: cerca de dois meses antes da Cimeira da NATO (19/20 de Novembro) – sobre a qual se fez derramar junto da opinião pública os mais sérios riscos; e se deve elogiar os responsáveis pelas medidas tomadas, pois foi a primeira vez, em todo o mundo, em que numa cimeira destas não houve uma única bastonada – veio a público e algo a medo, a encomenda de cinco viaturas blindadas para serem aumentadas à carga da PSP com a “desculpa” de que eram necessárias à segurança da dita cimeira. Estranhou-se o facto, houve argumentação a favor e contra, para se chegar à ocorrência da dita cuja, sem que as viaturas chegassem a tempo.
Para se perceber tudo isto, é necessário dilucidar dois aspectos: a necessidade e a oportunidade, e mais umas questões mais ou menos acessórias. Já em artigo anterior opinámos sobre a falta de razoabilidade da aquisição das viaturas blindadas, até porque existem 20 viaturas adequadas para a finalidade aludida, na GNR.
Parece então que as viaturas são pretendidas não para a segurança de cimeiras, mas para intervenção em “bairros problemáticos”, isto é em linguagem reciclada “zonas urbanas sensíveis”. Porque não se assume isto? Bom, não tem segredo nenhum: ao governo, através do MAI não é nada politicamente correcto, vir dizer à população uma coisa destas, ainda por cima quando andam sempre a pintar de cor de rosa a segurança das populações; por outro lado a própria PSP, não pode vir dizer algo que contraria os desígnios políticos da tutela e convenhamos que também não faz bem ao seu ego ter que assumir que o patamar de segurança está a fugir aos meios que tem.
Depois temos o problema muito típico português, do “complexo de quinta” (longe de ser exclusivo da GNR e da PSP), isto é, ambos têm a mesma missão, embora em áreas complementares, mas como utilizar os meios em proveito mútuo? E quem comanda? Porque é que eles têm e eu não? O protagonismo de um prejudica o outro? etc. Ora estes são problemas de sempre que sempre é necessário harmonizar.
Depois temos ainda a questão magna da intervenção ou não das FAs na segurança interna. Mas isto representa um imbróglio constitucional, primeiro e de regulamentação, depois, que tem a sua origem em complexos políticos, derivados da transição do “Estado Novo” para o actual modelo de Democracia e que não há meio de ser ultrapassado e resolvido.
Vejamos a oportunidade. Esta tem origem numa espécie de jogo de sombras. Ou seja os governos são relapsos em equipar adequada e atempadamente, as forças de segurança e sobretudo as FAs. A crise financeira e outras prioridades, têm agravado a situação, sobretudo nestas últimas. As FAs, porém, ainda dispõem de uma Lei de Programação Militar (que aliás nunca é cumprida…), as Forças de Segurança (FS), nem isso.
Ou seja, cada vez que há um evento maior para as FS, caso da Expo 98, Europeu de Futebol, Cimeira da NATO, etc., ou se acorda uma ida de uma unidade militar para um teatro de operações distante, por exemplo, aproveita-se a oportunidade para se tentar adquirir de tudo um pouco do que faz falta e não há (às vezes, também, do que não faz falta…).
O governo pressionado e com pavor de haver um incidente ou um morto, lá autoriza, “in extremis”, a compra de algo, por ajuste directo, o que por norma fica mais caro, arrisca-se a não chegar a horas e a provocar problemas legais. Ora foi mais uma vez isto que aconteceu com os blindados para a PSP, acrescido das hesitações políticas e da burocracia do ministério das finanças em desbloquear verbas.
Mas se a necessidade de blindados é mais do que questionável, já o mesmo não parece acontecer com as 46 viaturas de transporte (de que ninguém fala), também pedidas (e por fim, autorizadas) e que a trapalhada descrita, ainda vai fazer que demore à sua chegada. Ora estas viaturas servem para substituir e melhorar, as existentes que estão velhas, e para garantir a operacionalidade de uma das melhores ideias que a PSP teve, que foi a de constituir equipas de intervenção de cerca de nove homens, especialmente treinados, para actuarem rapidamente em locais onde se verifiquem acções violentas de ordem pública.
Assim vamos vivendo no reino da Lusitânia. Dizer a verdade em vez de tentar enganar o próximo não seria muito melhor?
Jornal Defesa
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Os 6 blindados vão custar 1 Milhão de Euros e não 5 Milhões! Os outros 700Mil utilizados foi em equipamento diverso. Os 5M era a verba disponível e que, não percebo bem como, aproveitaram apenas 1.7M! Muito provavelmente "politiquice" por de trás!
Apenas os seis blindados, no valor de 1 008 000, tiveram uma proposta de uma empresa canadiana, Milícia, que ganhou o concurso. Todos os outros concursos relativos às restantes viaturas, no valor total de 2 704 000 euros foram anulados. O preço base oferecido pelo Governo Civil não mereceu uma proposta por parte das empresas convidadas. Adjudicados foram também os concursos relativos a materiais de manuten- ção da ordem pública no valor de 714 924 euros. Ou seja, dos cerca de cinco milhões de euros disponíveis para a PSP, foram gastos somente 1 722 924 euros.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/inter ... id=1717960 (http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1717960)
E se não ficam sobre a alçada da PSP vão ficar de quem? Dos políticos ?
Sim, tem razão, mas os 5 milhões foi o número mais falado e levou-me ao equivoco.
Cumprimentos.
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Boa tarde!
Ainda os blindados e o porquê das coisas
João José Brandão Ferreira
e se deve elogiar os responsáveis pelas medidas tomadas, pois foi a primeira vez, em todo o mundo, em que numa cimeira destas não houve uma única bastonada
Jornal Defesa
Orgulho de PORTUGAL
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Ministro diz que não aceitará blindados fora de prazo
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, garantiu hoje no Parlamento que todo o material adquirido para a PSP que chegue após o prazo legal estipulado no contrato não será recebido. Material que inclui os já famosos blindados.
"Nós vamos cumprir o contrato pontualmente, sem nenhuma contemplação em relação a incumprimentos. Todo o material que exceda o prazo não será recebido", afirmou Rui Pereira perante os deputados na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
Os contratos foram celebrados a 15 de Novembro e o prazo para a entrega de material termina a 25 de Dezembro.
Em resposta à deputada do Bloco de Esquerda Helena Pinto, Rui Pereira garantiu que, em caso de incumprimento na entrega do material para a PSP, "serão accionadas as cláusulas penais correspondentes, que são de natureza indemnizatória".
O director nacional da PSP, Oliveira Pereira, tinha garantido que pelo menos duas das seis viaturas blindadas encomendadas chegariam a tempo de serem utilizadas, caso necessário, na segurança da cimeira da NATO, que decorreu em Lisboa entre 19 e 20 de Novembro.
DN
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Tribunal de Contas questiona contrato dos blindados
A apreciação do pedido de visto, do Governo pelo Tribunal de Contas (TC), para a compra dos seis blindados para a PSP está parada. O TC está a aguardar resposta a um pedido de esclarecimento. No Parlamento, as explicações do ministro não satisfizeram os deputados.
O Tribunal de Contas (TC) tem dúvidas em relação ao contrato de aquisição dos seis blindados para a PSP, no valor de 1,2 milhões de euros, assinado entre o Governo Civil de Lisboa e a empresa Milícia, SA. Segundo disse ao DN o porta-voz oficial do TC, "foram pedidos esclarecimentos". Como resultado, o processo de apreciação do pedido de visto está agora suspenso e respectivo prazo para a resposta do TC parado até receber as informações pedidas.
O pedido de visto foi feito ao TC no passado dia 16 de Novembro, um dia depois de ter sido assinado o contrato. Apesar de ainda não haver aprovação do TC para esta despesa, já se encontram em Portugal duas destas viaturas. Segundo o contrato, o pagamento total das viaturas só "produz efeitos financeiros após o visto do TC".
Esta fonte oficial do Tribunal não quis adiantar os motivos das questões colocadas pelos juízes do TC ao Governo Civil, mas ontem, no Parlamento, os deputados da oposição colocaram ao ministro da Administração Interna (MAI) várias dúvidas em relação à legitimidade do contrato.
Uma das mais prementes foi a justificação do ajuste directo. A deputada do Bloco e Esquerda (BE) Helena Pinto, que convocou Rui Pereira para a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, lembrou que a "urgência" da aquisição dos blindados para a Cimeira da NATO "seria o motivo" para esse procedimento. No entanto, estranhou que o contrato assinado com a empresa, a 15 de Novembro, desse 10 dias para a entrega das viaturas, o que ultrapassava a data do evento. "Se o sr. ministro já sabia perfeitamente que não iam chegar a tempo então porque é que manteve o ajuste directo e não fez a aquisição pelos procedimentos normais?", questiona.
Rui Pereira alegou que, de facto, "tinha dúvidas" que chegassem, mas que "havia essa expectativa". Por outro lado, afirmou que, "além da urgência", havia outro motivo para o ajuste directo que era "a natureza do equipamento, de segurança" cujas características não podem ser divulgadas.
O deputado do PSD Fernando Negrão contrapôs, sublinhando que "as características dos blindados já são mais que públicas", incluindo através de um memorando distribuído pelo próprio ministro nessa comissão parlamentar. Mas, o ministro explicou que "havia pormenores sobre vulnerabilidades dos blindados que tinham de se manter sob reserva".
O especialista em Contratação Pública Nuno Monteiro Dente frisa que, "como em todos os casos de ajuste directo", os casos em que segredo sobre o material é a justificação "têm de ser muito bem fundamentados ou pode haver a nulidade do procedimento por ausência de forma". Das cinco empresas convidadas a apresentar propostas de fornecimento dos blindados apenas uma se candidatou.
Os deputados da oposição não ficaram satisfeitos com as explicações do ministro para um processo que Helena Pinto classificou de "tudo menos transparente e envolvido numa teia de contradições".
DN
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Comoo os putos fazem quando querem que haja porrada:
Heeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, porrada, porrada... c34x :arrow: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/inter ... id=1740401 (http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1740401)
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O SNOP não pode deixar de assinalar o conteúdo de um artigo estrategicamente publicado no Jornal de Defesa e Relações Internacionais do dia 8 de Novembro de 2010 por parte de um Major da GNR no activo, reflectindo a ponta do iceberg de um lobby que parece querer evitar a todo o custo que a Força de Segurança que mais empenhamento e resultados operacionais obtém em zonas com maior densidade populacional, esteja equipada com meios adequados para fazer face a fenómenos criminais cada vez mais complexos.
Contrariamente à GNR, a PSP necessita dos referidos equipamentos de forma contínua e permanente em território nacional, para cumprir com as suas atribuições.
Tenta-se fazer passar a mensagem de que a GNR disponibilizou os seus blindados à PSP o que, é completamente falso.
Contrariamente, a PSP chegou a solicitar há alguns anos o empréstimo de dois blindados para proteger a representação diplomática portuguesa em Bagdad, tendo a GNR recusado esse empenhamento.
O referido Oficial da GNR insinua que o Governo, o Ministro da Administração Interna e o Governo Civil de Lisboa actuaram de forma obscura e contornando a lei.
O SNOP, em face da falta de reacção do Comandante-Geral GNR e do Governo, questiona:
1. As acusações implícitas e explícitas desse Oficial reflectem a posição da GNR?
2. Será que esta posição de total desrespeito institucional reflecte a tão propalada disciplina militar da GNR?
3. Será que com esta posição corporativista a GNR quer justificar o facto, esse sim, injustificável, da GNR possuir 21 blindados de modelo descontinuado que custaram mais de 3 milhões de Euros e para os quais ainda não se encontrou utilidade em missões de segurança pública em favor dos cidadãos de Portugal?
4. Qual é a verdadeira motivação do militar que ataca o Estado e as instituições congéneres esquecendo-se de mencionar que na casa que supostamente serve, se têm feito despesas ciclópicas na aquisição de equipamento para novas unidades como o GIPS ou a Unidade de Controlo Costeiro, conhecidas pela duplicação e pelos conflitos de competências que têm gerado com os Bombeiros, Protecção Civil, Polícia Marítima e Marinha?
5. Qual foi a reacção disciplinar tomada em relação à violação grosseira dos deveres deste militar GNR?
O SNOP está consciente das dificuldades financeiras do país e, se a solução de racionalização dos meios já existentes imperar, apesar das diferenças entre os meios existentes e os escolhidos, considera responsável aceitar a cedência definitiva e permanente dos meios da GNR à PSP para serem utilizados em missões de policiamento e segurança pública, onde, esses meios fazem falta.
A questão está em que a PSP tem sido desorçamentada. A questão está em que a PSP tem necessidade de equipamento para fazer face, tanto às suas necessidades básicas bem como a novos fenómenos criminais de modo a garantir a segurança dos cidadãos. Relembramos mais uma vez que, desde 2008, com a reestruturação das áreas de responsabilidade das forças de segurança, a PSP duplicou a sua área de intervenção e aumentou o nº de subunidades sem que isso se tivesse traduzido em qualquer investimento adicional ou tivesse havido qualquer reforço orçamental e de meios.
O SNOP, os Polícias estão conscientes das dificuldades financeiras do país. Mas, também consideramos que é nos momentos difíceis que as instituições do Estado têm que ser apoiadas. Este apoio é um investimento absolutamente necessário para a garantia e solidificação da Liberdade e Segurança, não é (não pode ser) encarado como uma despesa fútil e desnecessária, mas sim como uma prioridade.
A Direcção do SNOP
http://www.snop.pt/ (http://www.snop.pt/)
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Agora é que vai começar a guerra...
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Simplesmente vergonhoso. Quer a atitude do Sr. Major de GNR (era um ponto de vista que deveria guardar só para si) como agora esta reacção do SNOP.
Quando falam (tanto uns como outros) de que têm consciência das dificuldades do País, que isto são gastos necessários ou desnecessários, deveriam era ter vergonha na cara. Depois dizem que não, que é mentira quando são acusados de gerirem quintas e interesses empaleados. Vergonha, vergonha, vergonha. Isto é as FA's e FS's, garantes do último pilar da soberania nacional e reserva moral da Nação no seu melhor. :evil: :evil:
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Foram tantas as bicadas, picadas, cartas e opiniões vindas do lado da GNR - as mais delas claramente de encomenda -, quer antes da cimeira quer depois, que devemos conceder aos oficiais da PSP um mínimo direito tácito de resposta e defesa.
Quanto à severidade dos termos e oportunidade do comunicado é tudo uma questão de opinião. Quanto as mim fizeram bem e fizeram-no muito bem.
Como policia revejo-me inteiramente naquele texto.
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Foram tantas as bicadas, picadas, cartas e opiniões vindas do lado da GNR - as mais delas claramente de encomenda -, quer antes da cimeira quer depois, que devemos conceder aos oficiais da PSP um mínimo direito tácito de resposta e defesa.
Quanto à severidade dos termos e oportunidade do comunicado é tudo uma questão de opinião. Quanto as mim fizeram bem e fizeram-no muito bem.
Como policia revejo-me inteiramente naquele texto.
Sem dúvida que a atitude de elementos da GNR merece tomada de atitude e acredito que muitos policias se revejam no texto, mas nunca nos termos em que estão a ser tomadas. Baixaram o jogo ao nivel deles e agora o julgamento popular vai queimar as mãos de alguém e não é dificil adivinhar quem. Jogaram as coisas para a praça e vai fazer ricochete.
Todo este caderno foi muito mal conduzido, falharam e mentiram de modo a justificar algo, que por muito necessário que fosse (olhe que eu digo fosse, porque parece que afinal não era a atender ao desenrolar do filme). Não falaram frontalmente nem explicaram cabalmente, que é o que se espera de uma instituição pilar como a PSP, deram azo e espaço de manobra a que outra instituição pilar (GNR) lançasse a suspeição (de uma forma completamente condenável) e encontrasse publico que a ouviu. Agora estão a correr atrás do perjuizo e continuam sem fundamentar claramente a necessidade dos veiculos, limitando-se a gritar como virgens ofendidas. Morderam o isco tolamente e a culpa é só vossa, por muita razão que tivessem.
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Realmente não percebo como é que quem manda foi deixar que se gastasse dinheiro dos contribuintes em equipamento e homens que duplicam funções de outras forças policias, como por exemplo, a Polícia Marítima.
Não pode haver racionamento de equipamento entre as forças políciais?
De 21 blindados deverá haver 3 ou 4 que possam ser uteis à PSP!
Os meios marítimos seriam uteis à Policia Marítima. Etc etc..
Enfim... não há ninguém que ponha um fim nestas "capelinhas" ???
Relativamente à compra dos blindados, apesar de necessários, foi muitíssimo mal conduzido o processo de compra. Nem souberam informar a comunicação social, políticos e demais cidadãos de forma clara e esclarecedora. Nota muito negativa para os dirigentes e relações públicas da PSP.
Já li aqui ou no forumpsp uma pergunta pertinente sobre este assunto. Já esqueceram os 40 veículos policiais e material operacional diverso ? Os 700 Mil foram gastos, agora onde está o material??
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Blindados: Governo ameaça denunciar contrato
A decisão está tomada. Se os quatro blindados para a PSP não forem entregues até ao final desta segunda-feira, o Governo vai denunciar o contrato.
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, já tomou a decisão, apesar de a empresa alegar problemas na entrega devido ao mau tempo. Recorde-se que os blindados estavam retidos no Canadá. Mas, segundo a TVI, a tutela só aceita os blindados até á meia-noite.
http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx? ... 0000000010 (http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=8129B9B0-A485-49C6-9A85-EEE750FC76DE&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010)
Já era!
Cumps.
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Negócios em cima do joelho...
A PSP fica com 2 e já não é nada mau.
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É pena...
6 já era a cortar por baixo, mas ao menos que viesse mais um.
Para serem distribuídos por Lisboa, Porto e Setúbal.
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...mas só assim de repente...os blindados não foram todos pagos antecipadamente? quer-me parecer que sim.. e agora? os dois que cá estão...formação de condutores/operadores, localização, emprego operacional real, como é?
senão é como a catrefada de hummvee's do exército no dgme junto ao ic3...armazenados!
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Finanças 'ganham' 800 mil euros com devolução de blindados
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/inter ... id=1743771 (http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1743771)
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Empresa de segurança privada quer comprar os 4 blindados da PSP
Uma empresa de segurança privada do Porto está interessada em adquirir os quatro blindados que seriam para a PSP e cujo contrato o governo civil de Lisboa vai denunciar depois de ter expirado o prazo de entrega.
O presidente da Elite, Manuel Magalhães, confirmou à agência Lusa o interesse nas quatro viaturas blindadas cujo destino seria um país africano, que não quis divulgar por agora.
«Estamos em vias de assinar um contrato com um país de África que pressupõe o fornecimento de viaturas blindadas e hoje contactámos a empresa fornecedora para a informar que estamos interessados nas quatro que estavam destinadas à PSP e cujo contrato o governo civil de Lisboa já manifestou a intenção de denunciar por incumprimento», disse à Lusa.
A empresa Milícia, com quem o Governo Civil fez um contrato para o fornecimento de seis viaturas blindadas para a PSP no valor de mais de 1,2 milhões de euros, ainda não respondeu a esta proposta.
O responsável da Elite adiantou que o contrato com o referido país africano deverá ser assinado na primeira semana de Janeiro e pressupõe material e prestação de serviços na área de segurança privada, no valor de 50 milhões de dólares.
O contrato entre o Governo Civil de Lisboa e a Milícias-Bens de Segurança e Tecnologias Militares foi assinado no dia 15 de Novembro e estipulava um prazo de 10 dias para a entrega das seis viaturas.
O caderno de encargos define que o Governo Civil pode denunciar o contrato «quando o atraso, total ou parcial, seja superior a 30 dias» a partir da data de assinatura do contrato.
E refere também que o disposto no número anterior «não prejudica o direito de indemnização nos termos gerais», sendo o montante deduzido das quantias devidas.
A cláusula nove do mesmo caderno de encargos estipula que «em caso de incumprimento injustificado», o Governo Civil pode «aplicar uma sanção contratual, por cada dia de atraso, correspondente a um por cento do processo contratual, a ser descontado nos pagamentos a efectuar, até ao limite de 20 por cento».
Esta cláusula deverá ser aplicada às duas viaturas na posse da PSP desde finais de Novembro.
Lusa
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Negócios em cima do joelho...
A PSP fica com 2 e já não é nada mau.
Será...? Se pediram 6 é porque fazia algum sentido esse numero (empenhamento mínimo, manutenção, distribuição geográfica, etc) - 2 não serão um novo equipamento que não é em numero suficiente para ser eficaz, mas que vai necessitar "cadeia" logística própria, treino especifico, etc...?
Sem falar que o vendedor ainda coloca isto em tribunal, ganha daqui a 6 anos e o estado paga nessa altura com juros... mas nessa altura já ninguem dos actuais decisores é "penalizado" (politicamente).
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Fornecedor acusa Governo de falta de vontade política
O responsável da empresa fornecedora dos blindados para a PSP acusa o Governo de falta de vontade política de receber as quatro viaturas que faltam, mas garante estar disposto a negociar o contrato.
“Quase posso garantir que não há vontade política. A polícia quer as viaturas, mostrou-se interessada em ir buscá-las ao Canadá, considera-as um bem essencial para o seu dia a dia e agora o Governo, por uma questão de dias, quer denunciar o contrato e não quer os blindados? Leva-nos a pensar que alguém está a fazer tudo para não as querer”, disse à Lusa António Amaro, presidente da Milícias-Bens de Segurança e Tecnologias Militares.
Segundo o responsável da empresa com quem o Governo Civil de Lisboa contratualizou a compra de seis viaturas blindadas para a PSP, no valor de 1,2 milhões de euros, a postura do Governo não foi a mais correta em todo o processo.
“Ainda não fui notificado de nada. Este assunto devia ter sido discutido entre ambas as partes e depois tornado público. Anda tudo ao contrário”, criticou António Amaro, lembrando que soube pela comunicação social da intenção do Governo Civil de denunciar o contrato e recusar receber as restantes quatro viaturas.
A empresa garante que "tudo fez para cumprir os prazos" e “não teve nenhuma culpa pelo atraso”. Por isso já invocou motivos de força maior para o incumprimento dos prazos contratuais.
“As viaturas ainda não chegaram a Portugal devido ao mau tempo que se faz sentir em Ontário, Canadá. Até as despesas alfandegárias já foram pagas”, frisou António Amaro.
Quanto aos prejuízos provocados pela denúncia do contrato, já anunciada pelo Governo Civil de Lisboa através do Ministério da Administração Interna, o responsável da Milícias foi perentório: “Já foram gastos mais de um milhão de euros com este processo. O prejuízo é muito grande e iremos reagir nas instâncias próprias para discutir este assunto”.
Porém, diz, a empresa continua disponível para negociar com a entidade contratante e entregar as restantes viaturas à PSP.
“Estamos abertos a negociar, o Estado não perde dinheiro nenhum com isso”, garantiu.
O contrato entre o Governo Civil de Lisboa e a Milícias-Bens de Segurança e Tecnologias Militares foi assinado no dia 15 de novembro e estipulava um prazo de 10 dias para a entrega das seis viaturas.
O caderno de encargos define que o Governo Civil pode denunciar o contrato “quando o atraso, total ou parcial, seja superior a 30 dias” a partir da data de assinatura do contrato.
E refere também que o disposto no número anterior “não prejudica o direito de indemnização nos termos gerais”, sendo o montante deduzido das quantias devidas.
A cláusula nove do mesmo caderno de encargos estipula que “em caso de incumprimento injustificado”, o Governo Civil pode “aplicar uma sanção contratual, por cada dia de atraso, correspondente a um por cento do processo contratual, a ser descontado nos pagamentos a efetuar, até ao limite de 20 por cento”.
Esta cláusula deverá ser aplicada às duas viaturas já na posse da PSP.
Lusa
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28-12-2010 - 19:59h
Blindados: Governo Civil de Lisboa já comunicou denúncia de contrato
Em comunicado, o Governo Civil explica que resolução foi feita ao abrigo da cláusula 15 do caderno de encargos
Redacção / PP
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fdiario.iol.pt%2Fmultimedia%2Foratvi%2Fmultimedia%2Fimagem%2Fid%2F13352043%2F235&hash=df1fc3f270df0adf131c10d3a9982437)
O Governo Civil de Lisboa anunciou que comunicou esta terça-feira à empresa Milícia a resolução do contrato de compra e venda de blindados para a PSP relativamente às quatro viaturas que não foram entregues no prazo previsto.
Em comunicado, o Governo Civil de Lisboa precisa que a resolução do contrato em relação aos quatro blindados foi feita ao abrigo da cláusula 15 do caderno de encargos, salvaguardando assim «o interesse do Estado e a transparência na contratação pública».
O Governo Civil de Lisboa refere que até hoje a Milícias-Bens de Segurança e Tecnologias Militares, «apenas entregou» duas das seis viaturas: a primeira em 22 de Novembro e a segunda em 28 do mesmo mês.
Acrescenta que, de acordo com o caderno de encargos, as seis viaturas deveriam ser entregues no prazo de 10 dias a contar da data da celebração do contrato, podendo o Governo Civil de Lisboa proceder à sua resolução «quando o atraso, total ou parcial, na entrega dos bens fosse superior a 30 dias».
Observa ainda que a «presente declaração de resolução» contratual «não envolve renúncia, por parte do Governo Civil de Lisboa, ao exercício dos direitos relativos a indemnizações e penalidades previstos nas cláusulas nona e décima primeira do caderno de encargos».
O responsável da empresa tinha dito hoje à Lusa ainda não ter sido notificado da resolução do contrato, acusando o Governo de falta de vontade política de receber as quatro viaturas que faltam.
«Ainda não fui notificado de nada. Este assunto devia ter sido discutido entre ambas as partes e depois tornado público. Anda tudo ao contrário», criticou António Amaro, lembrando que soube pela comunicação social da intenção do Governo Civil de denunciar o contrato e recusar receber as restantes quatro viaturas.
A empresa garante que «tudo fez para cumprir os prazos» e «não teve nenhuma culpa pelo atraso». Por isso já invocou motivos de força maior para o incumprimento dos prazos contratuais.
http://diario.iol.pt/politica/blindados ... -4072.html (http://diario.iol.pt/politica/blindados-governo-civil-renuncia-governo-milicia-tvi24/1221999-4072.html)
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Empresa de segurança quer ficar com blindados para vender a país africano
Inserido em 28-12-2010 16:09
A concretizar-se, a totalidade do contrato “dá” à empresa nortenha 50 milhões de dólares.
Uma empresa de segurança privada do Porto está interessada em adquirir os quatro blindados que seriam para a PSP e cujo contrato o Governo Civil de Lisboa vai denunciar depois de ter expirado o prazo de entrega.
Empresa quer ficar com blindados para vender a país africano
O presidente da empresa, Manuel Magalhães, confirma à Renascença o interesse nas viaturas blindadas cujo destino será um país africano não identificado publicamente e garante que até já fez uma proposta à empresa fabricante.
“Estamos em vias de fechar um negócio que temos em mãos de prestação de serviços de segurança – que é a nossa área de trabalho – em África. Como do caderno de encargos consta o fornecimento de viaturas blindadas, encontrámos aqui uma oportunidade de negócio e propusemos isso à empresa no sentido de poder vir a adquirir essas viaturas”, disse.
Empresa tem pressa. Negócio envolve 50 milhões de dólares
Manuel Magalhães adianta ainda que estão à espera da resposta da empresa fornecedora, até porque têm pressa de encontrar blindados.
O contrato da empresa com o país africano não revelado inclui bem mais que os blindados e é no valor total de 50 milhões de dólares.
http://www.rr.pt/informacao_detalhe.asp ... did=134973 (http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=92&did=134973)
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Negócio dos blindados da PSP pode acabar em Angola
Por José Bento Amaro
O folhetim da aquisição de viaturas blindadas para a PSP pode vir a ter um novo desfecho, desta feita nos tribunais. A notícia foi avançada ontem ao PÚBLICO pelo responsável da empresa que negociou a venda das viaturas, o qual afirmou ainda que não foi notificado da rescisão do contrato por parte do Ministério da Administração Interna (MAI). A Milícias - Bens de Segurança e Tecnologias Militares admite ainda, caso os carros não cheguem à PSP, negociá-los com outra empresa, que, por sua vez, poderá reencaminhá-los para Angola.
"Não fomos notificados de qualquer rescisão do contrato de aquisição dos blindados. Se tal acontecer, poderemos recorrer aos tribunais, pois da nossa parte não houve qualquer incumprimento", disse ontem ao PÚBLICO, a partir de Luanda, o responsável da Milícias, António Amaro. Ao final da tarde, o Governo Civil de Lisboa, que liderou as negociações, emitiu um comunicado onde anuncia que vai mesmo avançar para a resolução do contrato relativamente às quatro viaturas que não foram entregues no prazo previsto.
Ao PÚBLICO, António Amaro confirmou também que a Milícias recebeu ontem um pedido de uma outra empresa, a Elite, sediada no Porto e que se dedica à segurança privada. Esse pedido, segundo disse, visa a possibilidade de ambos fazerem negócio com os quatro blindados de que o MAI quer prescindir e que, ontem, devido ao mau tempo, ainda se encontravam retidos no aeroporto de Toronto. "A preferência vai para a PSP. Os blindados estão destinados à PSP e é para lá que deverão ir. Se não for essa a vontade das pessoas, então há algumas hipóteses em aberto", disse Amaro.
A Elite, por sua vez, confirmou à agência Lusa, através do seu presidente, Manuel Magalhães, que está interessada nos carros. "Estamos em vias de assinar um contrato com um país de África que pressupõe o fornecimento de viaturas blindadas e hoje contactámos a empresa fornecedora para informá-la de que estamos interessados nas quatro que estavam destinadas à PSP", disse.
Sobre o possível negócio com a Elite ou a propósito de uma eventual venda directa a um país africano, neste caso a Angola, o responsável da Milícias não quis, para já, alongar-se. "Neste momento, não estamos interessados em falar. O que posso dizer é que a venda deste tipo de viaturas não é um processo simples. São viaturas classificadas pelas defesas nacionais dos vários países e a sua entrada carece sempre de várias autorizações."
Os seis blindados, cujo preço total é de 1,2 milhões de euros, deveriam ter chegado a Portugal a tempo da Cimeira da NATO, que teve lugar a 19 e 20 de Novembro. Até ao momento, só chegaram dois, e ambos já depois de o evento ter terminado.
A decisão de renunciar aos blindados foi ontem saudada pelo Sindicato Unificado da Polícia, que chama a atenção para outras carências da polícia, nomeadamente de equipamento de protecção pessoal. Outro sindicato, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, considerou que este caso é da responsabilidade do ministro Rui Pereira, o qual deveria ser demitido.
http://jornal.publico.pt/noticia/29-12- ... 917414.htm (http://jornal.publico.pt/noticia/29-12-2010/negocio-dos-blindados-da-psp-pode-acabar-em-angola-20917414.htm)
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- Bem, isto tem dado que falar.
- Na minha opinião, não seria necessário adquirir estes veiculos para a PSP.
- Nós temos um modelo de segurança interna de inspiração Napoleónica, com 2 forças, a PSP de ambito mais urbano, e a GNR como força militarizada de ambito territorial alargado.
- A GNR tem 14 blindados que podiam ser usados em situações limite para apoiar a PSP.
- Não me parece que houvesse necessiade de dotar a PSP de veiculos deste tipo, ainda por cima isto só tem dado confusão e tem lançado um clima de crispação entre as duas forças de segurança.
- Se as criticas da GNR talvez tenham sido excessivas, a queixa crime do senhor Oliveira Pereira revela-se uma medida despropositada.
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Achas? Olha que a PSP já pediu a cedência a titulo provisório para uma missão no estrangeiro dos veiculos da GNR e achas que a dita força disponibilizou-os?
Não!
Isto é uma guerra mesquinha entre as chefias, mais nada.
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E nem só... também disse que se a GNR os lá tem a apodrecer sem que tenha que lhes dar que fazer então que os ceda à PSP que os aceitará de muito bom grado.
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Representante da empresa dos blindados trabalha para o Estado português
Representante da empresa que vendeu os blindados à PSP trabalha para empresa do Ministério da Defesa.
A Milícia, empresa privada que vendeu seis viaturas blindadas ao Ministério da Administração Interna, partilha o mesmo advogado com a Empordef, SGPS - holding detida a 100% pelo Ministério da Defesa, que gere as participações sociais em empresas públicas da área militar.
Trata-se de João Henriques Pinheiro, militante do PS (secção de Benfica), sócio do escritório Capitão, Rodrigues Bastos, Areia & Associados e consultor jurídico do ex-ministro Severiano Teixeira e do Ministério da Saúde até Junho de 2009.
Desde Abril de 2002 que Henriques Pinheiro é advogado da Empordef, tendo mesmo exercido funções de administrador da Defloc - empresa de locação de equipamentos militares detida pela holding estatal - entre Agosto de 2008 e Fevereiro de 2010. Por outro lado, Pinheiro representa a Milícia desde o início do concurso público para a compra de seis viaturas blindadas. E enquanto procurador da Milícia assinou o contrato, no valor total de 1,2 milhões de euros, com o governador civil António Galamba.
O contrato estipulava um prazo de dez dias para a entrega das viaturas, mas apenas foram entregues duas: uma a 22 de Novembro e outra seis dias depois. Assim, Galamba enviou uma carta a 28 de Dezembro à Milícia onde denunciou o contrato - pois o atraso já tinha ultrapassado 30 dias estipulados contratualmente como prazo máximo para a entrega das quatros viaturas em falta.
O Governo Civil de Lisboa prepara-se agora para accionar judicialmente a Milícia, solicitando a resolução judicial do contrato e o pagamento de uma indemnização que poderá ser feito em género, ou seja, através da transferência a custo zero da titularidade das duas viaturas já entregues.
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=8624
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Representante da empresa dos blindados trabalha para o Estado português
Representante da empresa que vendeu os blindados à PSP trabalha para empresa do Ministério da Defesa.
A Milícia, empresa privada que vendeu seis viaturas blindadas ao Ministério da Administração Interna, partilha o mesmo advogado com a Empordef, SGPS - holding detida a 100% pelo Ministério da Defesa, que gere as participações sociais em empresas públicas da área militar.
Trata-se de João Henriques Pinheiro, militante do PS (secção de Benfica), sócio do escritório Capitão, Rodrigues Bastos, Areia & Associados e consultor jurídico do ex-ministro Severiano Teixeira e do Ministério da Saúde até Junho de 2009.
Desde Abril de 2002 que Henriques Pinheiro é advogado da Empordef, tendo mesmo exercido funções de administrador da Defloc - empresa de locação de equipamentos militares detida pela holding estatal - entre Agosto de 2008 e Fevereiro de 2010. Por outro lado, Pinheiro representa a Milícia desde o início do concurso público para a compra de seis viaturas blindadas. E enquanto procurador da Milícia assinou o contrato, no valor total de 1,2 milhões de euros, com o governador civil António Galamba.
O contrato estipulava um prazo de dez dias para a entrega das viaturas, mas apenas foram entregues duas: uma a 22 de Novembro e outra seis dias depois. Assim, Galamba enviou uma carta a 28 de Dezembro à Milícia onde denunciou o contrato - pois o atraso já tinha ultrapassado 30 dias estipulados contratualmente como prazo máximo para a entrega das quatros viaturas em falta.
O Governo Civil de Lisboa prepara-se agora para accionar judicialmente a Milícia, solicitando a resolução judicial do contrato e o pagamento de uma indemnização que poderá ser feito em género, ou seja, através da transferência a custo zero da titularidade das duas viaturas já entregues.
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=8624
- Aos poucos a verdade vem ao de cima.
- Tinha que haver luvas para alguém, é sempre assim.
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Uma providência cautelar destinada a impedir a utilização dos veículos blindados por parte da PSP entrou hoje, segunda-feira, em tribunal. A acção, levada a cabo pela empresa fornecedora, visa impedir eventuais danos causados pela utilização.
A providência foi entregue ao princípio da tarde, no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, e a empresa fornecedora das viaturas argumenta, para sustentar a imobilização dos veículos e uma vez que o Estado denunciou o contrato, que as viaturas poderão vir a sofrer danos.
É que a PSP tem a intenção de usar os blindados em cenários de elevada conflituosidade e de risco, razão que a empresa, a Milícia, considera mais do que suficientes para impedir o agravamento dos prejuízos.
No entanto, segundo fontes judiciais, a providência pode não ter efeitos imediatos e a decisão do Tribunal Administrativo pode não chegar antes de decorridos 12 meses.
O contrato entre a Milícia e o Estado envolvia um valor de 1,2 milhões de euros e dizia respeito ao fornecimento de seis viaturas blindadas à PSP, mas o acordo foi denunciado quando apenas estavam entregues dois veículos.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1759534
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Não obstante a compra...seria intressante daqui a uns tempos verificar o numero de operações efectuadas com recurso aos ditos blindados... o final vai sempre o mesmo falta de viaturas,coletes, equipamento gasto etc, lá vai valendo a bravura e coragem dos elementos que de peito feito dão o corpo ao manifesto!
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Os blindados já foram entregues ao vendedor??
A PSP está a pensar ainda em comprar novos blindados??
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Claro que sim,
Se dependesse da PSP, ou daquilo que "ela pensa", há muitos anos que esses blindados cá estavam.
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Estado desistiu dos quatro blindados ainda por entregar
por LusaHoje
O proprietário da empresa de segurança Milícia, António Amaro, disse hoje à Lusa que o Estado Português desistiu dos quatro blindados para a PSP cuja aquisição tinha contratado e que ainda não tinham sido entregues.
"Houve um acordo entre nós e o Governo Civil [de Lisboa] para resolver o pendente relativo aos dois blindados que já tinham sido entregues. Mas optaram por não querer os restantes quatro", afirmou. O Governo Civil de Lisboa tinha já anunciado hoje que ia pagar cerca de 331 mil euros pelos dois blindados entregues em Novembro passado, com uma dedução de 5.038 euros no preço final devido ao atraso de três dias verificado na entrega.
"Eu fico com os outros quatro para vender. Já tenho outras pessoas interessadas. Gostava de ter entregue todos, mas este foi o acordo possível na conjuntura actual. Uma luta em tribunal demoraria anos e as viaturas iam acabar por ficar desvalorizadas", argumentou o empresário. António Amaro afirmou também à agência Lusa que "a PSP queria a totalidade dos seis veículos", mas que "a tutela é que não deixa" prosseguir o negócio.
"Assim, o projecto fica a meio, porque os dois carros irão com certeza ter que ficar em Lisboa. Seis veículos seriam uma frota que podia ficar estacionada do Algarve até ao Porto. Com dois, a PSP fica com meios limitados, não vai dar para tudo. Pela minha parte, fiz tudo para que o projecto se completasse", declarou.
O empresário acrescentou que a Milícia desiste da providência cautelar que tinha interposto para obrigar o Estado a cumprir o contrato até ao fim, porque está agora livre para vender os outros quatro blindados e tentar "recuperar o investimento". O Governo Civil tinha anunciado em Dezembro a resolução do contrato com a Milícia, alegando incumprimento de prazos, sem, no entanto, renunciar a indemnizações previstas no caderno de encargos. Com o acordo hoje anunciado, ficaram suspensas as acções em tribunal de ambas as partes.
dn.pt
Ao menos ficamos com dois!
Não seria mais viável desistir desta compra e lançar de novo, um novo concurso?
Ou então começar a partilhar, ou mesmo comprar alguns blindados à GNR??
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Agora ficam com estes dois…daqui a uns tempos lembram-se de comprar outros quatro, mas de outro tipo, claro…tal como convêm.
É mesmo à tuga.
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Agora ficam com estes dois…daqui a uns tempos lembram-se de comprar outros quatro, mas de outro tipo, claro…tal como convêm.
É mesmo à tuga.
Tudo dito!
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Dois carros ou vinha tudo ou nada se vinham 5 ou 6 é porque eram necessários esses não eram 2. Só vieram estes dois para dizer que a psp não tem blindados.
É pena que assim seja. Lá vamos ver os blindados num próximo jogo de futebol Sporting-benfica ou assim.
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- Dos 6 ficaram apenas acima de tudo para o Ministro do MAI não perder a face, visto que tinha adiantado na comissão parlamentar que se o material chegasse atrasado o governo acionaria as cláusulas do contrato e não ficaria com o material que chegasse depois do prazo.
- Mas penso que virão mais, não tardará muito para termos ai outro concurso.
- Bem, se fazem falta ou não, isso é outra questão.
-Para o ex SISI Mário Moura, a cintura urbana de Lisboa vai virar uma espécia de favela da Rossinha nos próximos anos, parece-me um ponto de vista algo exagerado.
- Em relação a quem eles ficam entregues isso é outra questão, na minha opinião este tipo de material devia ficar sobre a alçada da GNR, tal como já disse o nosso sistema de segurança interna é de inspiração napoleónica, com 2 forças, a PSP de ambito mais urbano, e a GNR como força militarizada de ambito territorial alargado.
- Este tipo de acção mais musculado devia ficar para GNR, tal como acontece em França, em que isto é função da Gendermarie.
- Porque o que estamos a assistir é a uma duplicação desnecessária de forças.
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Pois, mas quando a PSP pediu uns emprestados a GNR disse que não.
Depois há a questão de quem vai usar estes veiculos será a UEP, nas áreas da PSP que são exactamente aquelas em que puderá haver mais problemas.
O ex SISI Mário Moura tentou alertar para o facto de haver um crescente desemprego e ao mesmo tempo o governo está a cortar os apoios sociais, logo pode começar haver um crescimento do crime.
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Chama-se Mário Mendes, não Mário Moura.
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Boa noite,
Alguém me poderia elucidar sobre o estado das viaturas blindadas da PSP, a saber:
Quantidades?
Matriculas?
Unidade da Policia onde serve?
E fotografias actuais onde posso encontrar?
Um abraço.
Nuno Silva
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Boa noite,
Alguém me poderia elucidar sobre o estado das viaturas blindadas da PSP, a saber:
Quantidades?
Pelos visto são apenas 2.
Matriculas?
Para?
Unidade da Policia onde serve?
Unidade Especial de Policia
E fotografias actuais onde posso encontrar?
Vai ao operacional.
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Há mais.
O CSP dispõe de várias viaturas com diversos tipos de blindagem.
Há comitivas oficiais e VIP que nos visitam em que o grau de ameaça recomenda o seu uso. Há também outros que as exigem.
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Estou a compor um livro sobre blindados nas forças armadas portuguesas, por isso é que necessito de todas as informações possiveis.
Obrigado pela informação.
Um abraço,
Nuno Silva
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Estou a compor um livro sobre blindados nas forças armadas portuguesas, por isso é que necessito de todas as informações possiveis.
A PSP é uma Força de Segurança
...e desde 1989 deixou de ser militarizada.
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Muito obrigado pela informação, que desconhecia de todo, pois sempre pensei que a PSP tinha origem civil e que tinha sido militarizada.
Um abraço,
Nuno Silva
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Já foi, por exemplo, ver as "nuances" nas actuais Leis Orgânicas da PSP e da GNR.
Artigo 1.º
Definição
1 - A Polícia de Segurança de Segurança Pública, adiante designada por PSP, é uma força de segurança, uniformizada e armada, com natureza de serviço público e dotada de autonomia administrativa.
Artigo 1.º
Definição
1 — A Guarda Nacional Republicana, adiante designada por Guarda, é uma força de segurança de natureza militar, constituída por militares organizados num corpo especial de tropas e dotada de autonomia administrativa.
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Muito obrigado pela informação, que desconhecia de todo, pois sempre pensei que a PSP tinha origem civil e que tinha sido militarizada.
Um abraço,
Nuno Silva
Vai ao operacional que vez que também vez fotos dos blindados da GNR (esses sim, são militares).