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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Exército Português => Tópico iniciado por: Miguel Silva Machado em Abril 28, 2010, 11:41:54 pm
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«…O pessoal em preparação para pára-quedista usará um distintivo igual ao descrito no parágrafo anterior (leia-se distintivo de qualificação pára-quedista), mas “sem a asa esquerda.”»
http://www.operacional.pt/distintivo-de ... tas%C2%BB/ (http://www.operacional.pt/distintivo-de-%C2%ABalunos-para-quedistas%C2%BB/)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.operacional.pt%2Fwp-content%2Fuploads%2F2010%2F04%2Fmeia-asaparaq-copy.jpg&hash=b1c0810ee49317009f15c71a59771558)
Miguel Silva Machado
www.operacional.pt (http://www.operacional.pt)
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Juramento de Bandeira, na parada da Base Operacional de Tropas Paraquedistas nº 2.
É possível visualizar ao fundo a Companhia de Morteiros Pesados (CMP), onde prestei serviço, aínda mais ao fundo uma parte do Grupo Operacional de Apoio e Serviços (GOAS) e sob o lado esquerdo a Companhia de Apoio e Serviços (CAS), perfeitamente inseridas em zona florestal, que é tipica da reserva de São Jacinto.
Nota-se que os militares estão com o crachat da BOTP2 e com a farda e distintivo da Força Aérea Portuguesa.
Este juramento de bandeira terá ocorrido na decada de oitenta.
Na minha opinião, é uma das Unidades ou mesmo a Unidade mais bonita do País. A ria de um lado, o mar do outro.
Efectuei ali uma série de saltos e quando se saía, só se via praticamente água e depois na aterragem, a preocupação era evitar o asfalto da pista. Muitos deixavam ali pedaços de "couro".
Saudades...
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Será isto de que tem saudades!
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fsphotos.ak.fbcdn.net%2Fhphotos-ak-ash1%2Fhs492.ash1%2F26887_1220453638265_1436646118_30483507_7023644_n.jpg&hash=e9135f37b189ea6c29810c9f9dce3eef)
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Será isto de que tem saudades!
Não sou Pára mas se fizeste isto muitas vezes também era capaz de ter saudades. Magnifico momento! Dúvida: e então não havia pessoal a ir lá em baixo ao charquinho de quando em vez?
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Infelizmente aconteceu, quer na Ria quer no Oceano (não visível aqui), aliás o 1º militar pára-quedista morto em serviço em S. Jacinto foi exactamente num salto em que caiu na ria. Por isso se saltava sempre com "mae-west" (visível por baixo dos braços, embalagem cinzenta). Uma alteração súbita do sentido e/ou intensidade do vento é sempre possível...
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Bela foto!
Deve ser espectacular sair e ver agua dum lado e terra do outro
e esperar que o vento nos leve para o lado certo!
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Será isto de que tem saudades
Não só. Saudades da convivência que se respirava naquela unidade, o ambiente saudável que existia entre as classes, a vertente operacional, tiros no Moranzel, emboscadas na praia aos cursos de atiradores, marchas duras com cheiro a suor e maresia, o combate em zonas urbanas (um prenúncio?), a guerrilha, saltos no Areão, com o C a entrar pelo mar, prepêndicular à praia, seguramente a 250 m de altura, e com o privilégio de estar à porta a apreciar aquilo e aínda com água debaixo, acender-se o verde e o largador dizer a ordem. O vento encarregou-se de nos levar para terra.
...esperar que o vento nos leve para o lado certo!
Pois, naquela altura estavamos a saltar com o o CTP A2 (na foto). Um autêntico "cogumelo" no meu ponto de vista. Só se um gajo se pendurasse a sério nos cordões é que aquilo reagia.
De resto era o vento que nos levava. E por vezes a chegada ao solo não era macia.
O meu curso foi efectuado com o EFA-672.
EDIT: Um esquecimento meu, não mencionar a equipa de percursores que preparavam os saltos. Eram profissionais, dedicados e responsáveis, mas com disse o Sr. Miguel Machado, uma inesperada mudança de vento, provocava sérios problemas em largar em zonas complicadas, como era o caso de São Jacinto.
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Infelizmente aconteceu, quer na Ria quer no Oceano (não visível aqui), aliás o 1º militar pára-quedista morto em serviço em S. Jacinto foi exactamente num salto em que caiu na ria. Por isso se saltava sempre com "mae-west" (visível por baixo dos braços, embalagem cinzenta). Uma alteração súbita do sentido e/ou intensidade do vento é sempre possível...
O que é "mae-west" e para que servia?
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O que é "mae-west" e para que servia
No essencial, é um colete salva-vidas, que possuia uma pequena botija de co2, que poderiamos acçionar no caso de a aterrissagem fosse efectuada em meio aquático.
Era equipado sob o pára-quedas, permitindo, caso necessário, libertarmo-nos dele e ficar a flutuar com o "mae-west". Recordo, que nos saltos operacionais, o pessoal levava um "lastro" que poderia chegar aos 35/40 Kg.
Nos saltos em São Jacinto, era obrigatório.
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Pois, naquela altura estavamos a saltar com o o CTP A2 (na foto). Um autêntico "cogumelo" no meu ponto de vista. Só se um gajo se pendurasse a sério nos cordões é que aquilo reagia.
De resto era o vento que nos levava. E por vezes a chegada ao solo não era macia.
O meu curso foi efectuado com o EFA-672
Quando fiz o curso de paraquedismo civil em Évora, em 1989, foi com EFA-672, que me "proporcionou um inesquecivel" 100% à rectaguarda, em que até vi estrelas
Mais tarde fiz o curso militar, já com o AERAZUR, e felizmente nunca tive problemas
Cumps
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Tudo certinho sobre as "qualidades" do pára-quedas na foto, na realidade, não prestava, mas é um CTP A1, que tantos problemas - embora não acidentes graves - deu. O A2 já era um belíssimo pára-quedas. Como em tudo na vida, aprendeu-se e melhorou-se.
Ab
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Boas
Quando é q se recebe o distintivo em causa?
É no inicio da recruta ou no inicio do curso de para-quedista?
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Boas
Quando é q se recebe o distintivo em causa?
É no inicio da recruta ou no inicio do curso de para-quedista?
Boas
Quando é q se recebe o distintivo em causa?
É no inicio da recruta ou no inicio do curso de para-quedista?
A meia-asa era colocada na cerimónia do Juramento da Bandeira, aos militares que concluiam a recruta geral ou o curso geral de milicianos e que se encontravam aprovados para frequentar o curso de pára quedismo. Existiam militares que acabavam a recruta, juravam bandeira, mas que por um motivo ou outro não reuniam as condições para frequentarem o curso de pára-quedismo e a esses não atribuído o distintivo de "aluno pára quedista".
Os militares que ostentavam a meia-asa, sinónimo de frequentarem o curso de para-quedismo, eram conhecidos pelo apelido carinhoso de "catatuas".
Quando passei pelos Páras, era assim que funcionava. Actualmente não sei se mudaram as regras.
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Pois, mas depende muito quem é o comandante de companhia (CFP). Há quem só tenha recebido o crachá do BI no principio do Curso de Pára-quedismo e a meia-asa já no fim da terceira semana do respectivo curso...
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Pois, mas depende muito quem é o comandante de companhia (CFP). Há quem só tenha recebido o crachá do BI no principio do Curso de Pára-quedismo e a meia-asa já no fim da terceira semana do respectivo curso... 
Desculpe, mas refere-se à terceira semana do curso de paraquedismo ( contando com as duas da fase de adaptação ) portanto a primeira do curso ou mesmo à terceira ( quinta com as de adaptação )?
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Olha boa questão...agora fiquei eu próprio com dúvidas...