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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Exército Português => Tópico iniciado por: dc em Março 29, 2010, 04:50:17 pm
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Com este topico pretendo saber quais os equipamentos do exercito portugues em situação
de reserva de guerra e que em caso de guerra podem se reactivados.
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Já seria uma sorte o material no activo estar operacional, quanto mais o material em reserva :mrgreen:
Em que estado se encontram, sabe-se lá..
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Mas temos grandes quantidades de material velho, chegamos a ter mais de duas centenas de obuses M-101A1 de 105mm, canhões sem recuo de 106mm, grandes quantidades de peças AA Bofors 40mm em várias versões, uma parte das 4 centenas de M-113 estão em depósito, os velhos M-48A5, e suponho que muitos dos M-60 estão em reserva our irão para depósito em breve, e muitas G-3 
Em que estado se encontram, sabe-se lá..
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg37.imageshack.us%2Fimg37%2F2872%2Fdgmealcochete.jpg&hash=a1c03b99c636afd25fe91cba812ea681)
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Existem também alguns obuses OTO Melara em reserva.
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(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg37.imageshack.us%2Fimg37%2F2872%2Fdgmealcochete.jpg&hash=a1c03b99c636afd25fe91cba812ea681)
Muitas viaturas estão debaixo de telha
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Já seria uma sorte o material no activo e suponho que muitos dos M-60 estão em reserva our irão para depósito em breve, e muitas G-3 
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A semana passada vi à venda, creio que na Alemanha, algumas G3 inutilizadas e aparentemente novinhas, fabricadas em 91, salvo erro.
Não me acredito que hajam suficientes em stock para reservistas. Pouco mais haverá para as forças ditas "operacionais". As mauser também já se foram e as munições pelos vistos também se estão a ir (já vi lotes de 7.62 de 1985 à venda nos EUA).
A Suécia, que é um país muito mais pobre que o nosso, restaura as suas G3 e coloca-as em reserva. O nosso "governo" vende-as como sucata.
Estamos a ser desarmados, amigos. Alguma coisa irá acontecer e será em breve.
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Estamos a ser desarmados, amigos. Alguma coisa irá acontecer e será em breve.
Muito bem dito Luso!
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Poi é...
As linhas do INDEP (ex FMAL), estão neste momento a poduzir munições nas instalações de Santa Sarbara, tornando-a só no maior fabricante mundial de cartuchame até ao calibra .50 (vulgo 12.7)!
Um Abraço.
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A Suécia, que é um país muito mais pobre que o nosso, restaura as suas G3 e coloca-as em reserva.
A Suécia além do Exército regular de serviço militar obrigatório (que já é grande) tem uma Home Guard e não deve ter FNCs para tanta gente
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Estamos a ser desarmados, amigos. Alguma coisa irá acontecer e será em breve.
Só se deixarmos . . .
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Eu gostava de ter uma Glock 19, não posso!
Queria ter uma M-4A1,não posso!
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Eu gostava de ter uma Glock 19, não posso!
Queria ter uma M-4A1,não posso!
Porque??
Claro que pode, pra ter uma Glock basta-lhe ter licença de uso e porte de arma de desporto. Se for militar ou policia é so pedir autorização de compra para uma arma de defesa.
Pra ter uma "M4" (em versão civil, claro) basta-lhe ter licença de uso e porte de arma de caça.
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Existem inumeros exemplares de armas ligeiras que foram regulamentares do nosso Exército e que de acordo com a Lei em vigor, são armas obsoletas, não carecendo por isso de nenhuma formalidade especial no que diz respeito a licenças e manifestos. Falo por exemplo das Snider e das Westley Richards que abundam nas unidades militares e que muitas vezes não são tratadas com o respeito que exige o património histórico. Sendo armas obsoletas, porque não permitir a sua comercialização por parte de armeiros? A ser feito, seria abrir uma porta para o mercado das armas tão já debilitado e que tem levado duros golpes levando ao encerramento de muitos estabelecimentos de comércio de armas. Estas armas de que falo, existem em grandes quantidades ainda, apesar de num passado recente muitas terem sido vendidas aos EUA e Reino Unido, onde fazem as delicias de coleccionadores. Assim, assiste-se à saida de território nacional, de artefactos que fazem parte da nossa historia, sendo que, enquanto não são vendidas ao estrangeiro ou simplesmente destruidas, estão a degradar-se em depósitos por essas unidades fora. Porque não possibilitar a sua comercialização para que os interessados as preservem, porque é que um americano pode ter uma Snider "portuguesa" comprada num armeiro por uma bagatela e um cidadão português tem de "suar as estopinhas" para obter uma.
A mesma coisa relativamente a munição portuguesa, que no passado era vendida ao estrangeiro para uso civil. E outros exemplos poderiam ser dados.É MUITO TRISTE VISITAR UMA UNIDADE MILITAR, E, NA SUA ZONA NOBRE, ENCONTRAR EM SITUAÇÃO DE DEGRADAÇÃO EMINENTE TODO UM CONJUNTO DE ARMAS, SEM QUE NINGUÉM, ( OU QUASE NINGUEM) SE IMPORTE COM ISSO. ARMAS QUE NÃO SÓ TÊM VALOR HISTORICO, COMO MUITAS ESTÃO COTADAS EM "ALTA" NOS MERCADOS DE COLECCIONÁVEIS.
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Pois saiba, Mccormick que muitas das armas que hoje se vendem no mercado estrangeiro, muitas delas inutilizadas (e mesmo assim a preços espantosos) e que denunciam um estado práticamente novo, foram vendidas como sucata, ao preço de sucata. A peso.
Desde que vão lá para fora é o que interessa. Se algum corrupto ganhar com isso, tanto melhor.
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Vejamos o caso de Espanha, foram feitas alterações aos CTEME para colocar á venda no mercado civil, cá fazer isso é impensável
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Vejamos o caso de Espanha, foram feitas alterações aos CTEME para colocar á venda no mercado civil, cá fazer isso é impensável
Impensavel não é. Só ia dar muita dor de cabeça.
Mas também porque ninguem se poe a isso! Bastava que um Português as comprasse para modificar e vender. Por enquanto isso não acontece, mas...
Muitas mudanças estão para vir no mercado das armas em Portugal...
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Pois saiba, Mccormick que muitas das armas que hoje se vendem no mercado estrangeiro, muitas delas inutilizadas (e mesmo assim a preços espantosos) e que denunciam um estado práticamente novo, foram vendidas como sucata, ao preço de sucata. A peso.
Desde que vão lá para fora é o que interessa. Se algum corrupto ganhar com isso, tanto melhor.
Deixo apenas este exemplo em reforço ao em epígrafe:
http://g838.org/viewtopic.php?f=2&t=2720&st=0&sk=t&sd=a (http://g838.org/viewtopic.php?f=2&t=2720&st=0&sk=t&sd=a)
Um Abraço.
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Grandes negócios se fazem nas sucatas em Portugal, não é Nuno?
Excelente exemplo.
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Andei anos a tentar arranjar uma maquina dessas, nao me aparecia nada de jeito e acabei por arranjar um Defender 90.
Que diga-se de passagem não estou nada arrependido.
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Grandes negócios se fazem nas sucatas em Portugal, não é Nuno?
Excelente exemplo.
Não dirijido a si, certamente, mas a todos o outros a quem lhes escapa!
http://www.wook.pt/ficha/segredos-e-cor ... id/1499089 (http://www.wook.pt/ficha/segredos-e-corrupcao-o-negocio-de-armas-em-portugal/a/id/1499089)
Um Abraço.
"A leitura... esse vicío impune..."
Valery Larboed
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Vejamos o caso de Espanha, foram feitas alterações aos CTEME para colocar á venda no mercado civil, cá fazer isso é impensável
Impensavel não é. Só ia dar muita dor de cabeça.
Mas também porque ninguem se poe a isso! Bastava que um Português as comprasse para modificar e vender. Por enquanto isso não acontece, mas...
Muitas mudanças estão para vir no mercado das armas em Portugal...
Esperemos que essas mudanças tragam algo de bom para os atiradores e aficionados das armas
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Pelo que vem no site do Correio da Manha ha equipamentos que estão de volta ao activo... Quais são?
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Boa pergunta!
Para quem ainda não leu aqui vai:
26 Abril 2010 - 00h30
Exército
Recupera ‘sucata’ por falta de verbas
Corte nas verbas para a modernização das Forças Armadas. Mais de 1900 equipamentos, a maioria com mais de duas décadas, foram recuperados pelo Exército para garantir a operacionalidade do ramo.
O corte nas verbas para a modernização das Forças Armadas obrigou o Exército a recuperar material com mais de duas décadas de existência para garantir a sua operacionalidade. Em causa estão equipamentos como peças de artilharia (obuses), viaturas tácticas e blindadas, rádios e sistemas de míssil antiaéreo.
Perante os constrangimentos financeiros, o Exército decidiu recuperar uma extensa lista de material (mais de 1900 equipamentos) para serem 'reintroduzidos' nas suas brigadas e garantir maior protecção e segurança aos militares, 'principalmente aqueles que representam o País fora do território nacional'.
'O Exército está a levar os seus materiais e equipamentos ao limite máximo das suas capacidades operacionais', afirmou ao CM o porta-voz do ramo, tenente-coronel Hélder Perdigão, que alertou: 'Apesar deste esforço, haverá equipamentos que, com o passar do tempo, ficarão inoperacionais e a sua substituição no futuro será necessariamente muito mais onerosa.'
As viaturas blindadas de rodas 4x4 e os helicópteros ligeiros são, segundo o chefe do Estado-Maior do Exército, general Pinto Ramalho, dois dos programas mais importantes para a operacionalidade do ramo, mas o corte de 40 por cento nas verbas da Lei de Programação Militar vai deixá-los mais uma vez na gaveta.
Não resta assim outra alternativa ao Exército senão recuperar ou remodelar os equipamentos que possui, apesar de a maioria já ter mais de vinte anos ou até mesmo trinta anos de existência.
Parado ficará ainda o concurso para a aquisição da nova arma ligeira, o que significa que os militares continuarão a usar a velha espingarda G3 adquirida por Portugal há cerca de cinquenta anos.
Além do material de combate, o Exército remodelou ainda diversas infra-estruturas ao longo do País e recuperou também 109 viaturas administrativas.
PORMENORES
CORTE DE 750 MILHÕES
O Programa de Estabilidade e Crescimento prevê um corte de cerca de 750 milhões de euros até 2013 na Lei de Programação Militar. Ou seja, nas verbas destinadas à modernização das Forças Armadas.
PROJECTOS PRIORITÁRIOS
Além das viaturas blindadas 4x4 e dos helicópteros ligeiros, o Exército considera fundamental a aquisição dos helicópteros médios NH90 e das PANDUR (8x8), os novos sistemas de armas antiaéreas e o upgrade das viaturas blindadas (M113).
http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=B7D48AD5-4EFB-45FD-A31E-6D77ECE2A958&channelid=00000181-0000-0000-0000-000000000181
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Não percebo qual é a admiração com esta noticia. A canibalização de viaturas sempre se fez.
Nas viaturas e armamento considerado INOP são aproveitados as peças para material em melhor estado.
Quando já não têm utilidade para o exército aí são colocadas em reserva ou vendidas para sucata como está a acontecer com as Bofors 40mm e lança chamas que estão agora a ser desmilitarizados com destino à sucata.