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Outras Temáticas de Defesa => Área Livre-Outras Temáticas de Defesa => Tópico iniciado por: Cabecinhas em Fevereiro 20, 2010, 05:42:26 pm
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Madeira: 31 mortos, segundo governo regional
O temporal que desde a madrugada se abateu sobre a Madeira causou pelo menos 31 mortos e 63 feridos, adiantou à Lusa fonte do governo regional, número confirmado por outra fonte contactada pela RTP. No Serviço de Urgências do hospital Dr. Nelio Mendonça, no Funchal, deram entrada até ao momento 63 feridos, dois dos quais em estado grave, afirmou hoje o responsável clínico da instituição.
Em conferência de imprensa Pedro Ramos, o director clínico e o presidente do Serviço de Saúde da Madeira, Miguel Ferreira e Almada Cardoso, fizeram o primeiro balanço da situação no hospital na sequência do temporal que assolou hoje a região que provocou várias vítimas e desaparecidos.
Estes responsáveis garantiram que existe um plano de resposta hospital para emergências externas com vítimas que abrange diversos níveis que “foram todos activados”.
“Temos neste momento 63 pessoas que deram entrada no serviço de Urgências com os mais variadíssimos problemas e que obrigou o Hospital a activar todos os níveis de resposta à catástrofe”, disse Pedro Ramos.
Destes casos, “apenas duas situações merecem a atenção do bloco operatório, da especialidade de ortopedia e que estão em condições de serem submetidas à intervenção cirúrgica de que necessitam”.
Quanto aos feridos, o director clínico adiantou que “alguns casos são de hipotermia, pessoas que ficaram soterradas ou foram arrastadas nas enxurradas, pequenas feridas, a maior parte são situações de baixo risco que só vão ficar até domingo por questão de segurança e é difícil regressarem aos seus lares”.
Miguel Ferreira garantiu que neste momento “a situação está toda controlada, as equipas de intervenção do Bloco e várias especialidades, todos os colegas responderam ao apelo do virem para o Hospital e estão de prevenção”.
Referiu que também as equipas de enfermagem estão superreforçadas e o pessoal de todos os sectores deram um “apoio excepcional para uma eventualidade de socorro”.
Mencionou que as difíceis comunicações com os outros pontos da ilha levaram o Serviço de Saúde a equacionar, “se houver dificuldades de acesso ao hospital, abrir noutras zonas ou centros de saúde um posto”.
O pessoal do heliporto do Hospital do Funchal também está de prevenção.
Os responsáveis hospitalares vão fazer uma actualização da situação às 19:00.
Prejuízos incalculáveis
“Os prejuízos são incalculáveis, de milhões e milhões de contos”, devido às dezenas de carros arrastados, inúmeras inundações em casas, lojas e grandes edifícios públicos, estradas e infraestruturas destruídas. A ilha da Madeira está totalmente isolada do exterior.
Segundo o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Albuquerque, as situações mais graves têm ocorrido nas zonas altas do concelho do Funchal, com inúmeros desmoronamentos, e, também, no concelho da Ribeira Brava, onde a autarquia apelou à população para que evacue a baixa da vila.
"A situação é crítica em todo o concelho do Funchal”, disse o autarca, adiantando que “todos os bombeiros, membros da protecção civil e pessoal da câmara estão na rua a tentar dar abrigo às pessoas afectadas e afastá-las das zonas de perigo”.
Nesta altura, o grande perigo é a subida da maré na Madeira, que coloca ainda mais em risco as zonas ribeirinhas das zonas mais atingidas.
Na baixa funchalense viveram-se momentos de pânico, com as águas das ribeiras a ultrapassarem os muros de protecção e a galgarem as principais pontes da cidade, como na Ponte do Bazar do Povo, a ponte do mercado (que desabou parcialmente) e a ponte junto ao edifício Dolce Vita, onde as águas ameaçam destruir uma rotunda ali construída recentemente.
Outras situações dramáticas ocorreram nas zonas altas, provocando derrocadas nos Moinhos, Três Paus, Trapiche (onde morreu uma senhora idosa alarmada com o desabar do telhado da sua casa provocado pela queda de uma grua).
Neste momento, a baixa da cidade está intransitável ao trânsito automóvel, com a Avenida do Mar e a zona velha da cidade completamente alagadas bem como a avenida Arriaga, a rua Fernão de Ornelas.
O centro comercial Dolce Vitta foi evacuado e o parque de estacionamento de vários andares está completamente inundado.
O mesmo ocorreu no Centro Comercial do Anadia, onde a água transbordou no estacionamento.
A via rápida Ribeira Brava - Machico está interrompida em variadíssimos pontos, pelo que a circulação está praticamente intransitável.
De acordo com uma fonte do Instituto Nacional de Meteorologia, “o pior já terá passado”, prevendo-se que a tarde não seja tão pluviosa como foi a manhã, designadamente entre o período compreendido entre as 09:00 e as 10:00 horas da manhã.
Nessa hora, choveu 52 milímetros no Funchal e 58 milímetros no Pico do Areeiro, segundo ponto mais alto da Região.
Para além da chuva, os ventos muito fortes, que têm atingido os 100 quilómetros das zonas altas e a forte ondulação marítima estão a contribuir para o agravamento da situação.
:shock: 
Talvez agora abram os cordões à bolsa para o NavPol... e vejam a real importância que ele nos faz!
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Os sentimentos e pêsames ao povo madeirense. Estes números impressionam :?:
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As minhas condolências ao povo madeirense.
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Ouvi que o Regimento de Guarniçao N3 tinha os seus 300 militares em alerta! No passado chagamos a ter perto de 1000 militares no RG3
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Forças Armadas mobilizam cinco equipas na ilha
As Forças Armadas mobilizaram já cinco equipas, bem como dois helicópteros e disponibilizaram alojamento para 130 pessoas num quartel, para dar resposta aos efeitos do temporal que hoje se abateu na Madeira.
Segundo um comunicado na página oficial do Estado-Maior-General das Forças Armadas, "decorrente das condições atmosféricas adversas na região Autónoma da Madeira", as Forças Armadas já mobilizaram cinco equipas do exército.
"Duas equipas de remoção de escombros, duas equipas de transporte de pessoal e uma equipa de especialistas de pontes", lê-se no comunicado.
Além destas cinco equipas, as Forças Armadas têm "dois helicópteros EH-101 estacionados no aeroporto do Funchal".Foi também providenciado o alojamento para 130 pessoas no Regimento de Guarnição N.º 3, quartel localizado na parte cimeira do Funchal, onde, segundo disse à agência Lusa fonte militar, já se encontram 50 pessoas.
No continente encontram-se, de prontidão, ainda "uma fragata com um helicóptero, uma equipa médica, uma equipa de mergulhadores, duas secções de Fuzileiros e o contentor DISTEX (apoio a situações de catástrofe e emergência) e dois C-130 para o transporte de bombeiros".
O Regimento de Guarnição N.º 3 encontra-se na parte cimeira da Cidade do Funchal, junto ao Estádio dos Barreiros.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Funchal&Concelho=Funchal&Option=Interior&content_id=1500115
DISTEX? Isso é o que mesmo?
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No continente encontram-se, de prontidão, ainda "uma fragata com um helicóptero
Sim uma fragata, é que vão para um sitio de guerra :!:
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Calma amigos, o governo ainda não se apecebeu que não têm navios para levar o equipamento para a Madeira. :roll: :roll:
Cumprimentos
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Calma amigos, o governo ainda não se apecebeu que não têm navios para levar o equipamento para a Madeira. :roll: :roll:
Cumprimentos
O Rei já se ofereceu
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Caros amigos, vayan as mias condolencias por la sua tragedia en Madeira.....
Deseo que se recupere la zona lo antes posible.
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Talvez a Bacamarte vai levar algo?
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg404.imageshack.us%2Fimg404%2F5554%2Fbacamarte.jpg&hash=e1241989a59aacdea94c0c7bcf2a820b)
Fora este meio, talvez existe a possibilidade de requisitionar algum navio de transporte inter-ilhas?
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Miguel com um bocado de sorte o Bacamarte não vai ao fundo pelo caminho. :lol:
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Amigos portugueses mi más sentido pésame por la tragedia de Madeira, he visto las imagenes en los telediarios y son realmente dramaticas.
Deseo de corazón que todo vuelva a la normalidad,ahora queda mucho por hacer entre todos lo conseguireis seguro .
Un saludo
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Obrigado titos.
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As minhas condolências ao povo madeirense.
X2
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Como Madeirense agradeço a vossa homenagem amigos, quanto ao transporte o ferry NAVIERA ARMAS foi já cedido pelo armador para transportar o equipamento necessario. Resta a confirmação da aceitação do governo.
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Em Viana do Castelo está o ferry Atlântida. Bastava uma tripulação mista ENVC/Marinha para levar para lá o que fosse preciso.
O Bérrio tem uma capacidade limitada de transporte de veículos, mas à falta de melhor...
JQT
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As minhas condolências aos que perderam parte da sua razão de viver.
Não é apenas tempo de chorar os que partiram, é tempo de LUTAR E VIVER.
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Isso anda uma confusão de números que não é normal, então havia 42 mortos, depois passou para 48 e agora são 37.
Cheira-me a pata do governo aqui e uma imensa falta de respeito para quem perdeu a vida.
Então numa ilha virada do avesso não se declara Estado de Calamidade :?: A ilha afundar
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http://www.cmjornal.xl.pt/noticiaVideog ... 801AF6E979 (http://www.cmjornal.xl.pt/noticiaVideogaleria.aspx?channelid=9EE82078-96B8-4C74-B7C4-04C48FA16D31&contentid=16A95595-FBEC-4EB3-953F-53801AF6E979)
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Isso anda uma confusão de números que não é normal, então havia 42 mortos, depois passou para 48 e agora são 37.
Cheira-me a pata do governo aqui e uma imensa falta de respeito para quem perdeu a vida.
Então numa ilha virada do avesso não se declara Estado de Calamidade :?: A ilha afundar :roll: e ao mesmo tempo o acontecimento estava a ser noticia de abertura dos noticiários internacionais...cheira-me que alguém tem as prioridades trocadas
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Toda a discrição (não confundir com leviandade) neste caso é fundamental. Mais de 20% da economia da madeira depende do turismo. Como é óbvio, ninguém vai de férias para um local que assuste ou meta medo, o que não é o caso da Madeira. Como tal, passar uma imagem de normalidade é fundamental.
Confesso que fiquei impressionado com a maquinaria (quantidade e qualidade) presente nas tarefas de remoção de entulho, assim como no trabalho árduo, directo e sem lamechices dos madeirenses. Tirando as vidas que se perderam, que mais não poderão ser restituídas, não tenho dúvidas que tudo voltará à normalidade num muitíssimo breve espaço de tempo.
Bravo pela Madeira, bravo pela solidariedade e entreajuda do povo português!
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A diferença de mentalidades de povos diferentes perante um desastre, é consideravel.
Imaginem este desastre com um povo a "Haiti", esperando tudo dos outros..habituados a viver com assistencia permanente.
O que aconteceu em Haiti, aconteceu em Lisboa. Enquanto uns levantam-se de imediato a trabalhar, outros rezam e olham para o ceu!
Na vida de todos os dias é assim, aquele que espera tudo do assistanado nada conseguira, enquanto que aquele que se levanta para trabalhar vai alcançar seus objectivos.
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(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi46.tinypic.com%2Fnvqjh4.jpg&hash=3cbd7fb4cc214003732e5f1be1c25d3c)
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Mergulhadores da Marinha preparam material para mergulhar no parque de estacionamento do Centro Comercial Anadia após o violento temporal dos últimos dois dias que submergiu uma parte substancial da cave do edifício, Funchal 22 de Fevereiro de 2010. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
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(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi49.tinypic.com%2F333izr9.jpg&hash=4dfe51be0f90fddc14af7101d8b99fb2)
Fuzileiros procedem a buscas na ribeira que atravessa a Serra D`Água após o temporal que assolou a Ilha da Madeira no passado sábado, Ribeira Brava, 25 de Fevereiro de 2010. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
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^^
Carregamento no C130 de módulos de uma ponte de engenharia militar a ser montada na localidade da Fajã da Ribeira, onde já se finalizam as bases de apoio.