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Conflitos => Conflitos do Presente => Tópico iniciado por: Chicken_Bone em Junho 21, 2009, 06:52:14 pm
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O video seguinte mostra é um tributo à jovem que morreu baleada durante os protestos no Irão. Também inclui a parte da rapariga a morrer com o sangue a escorrer-lhe da boca.
http://www.youtube.com/watch?v=bBiUaFKyPw8 (http://www.youtube.com/watch?v=bBiUaFKyPw8)
Ela já é um símbolo. O artigo seguinte é interessante:
http://news.yahoo.com/s/time/20090621/w ... 9190604900 (http://news.yahoo.com/s/time/20090621/wl_time/08599190604900)
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De facto, quando vemos e ouvimos na TV os já recorrentes protestos acaba-nos por passar ao lado, já nem ligamos.
Mas quando vemos isto...
:shock:
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É, parece-me que quase ninguém percebe o que é violência até a ver (ou sentir). Faz lembrar um pouco o que Sócrates (o gajo da Antiguidade
) disse, o pessoal é mau por ser ignorante.
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Parece-me ser bom sinal:
Governo iraniano convoca diplomatas europeus para reunião
20h52m
O governo iraniano convocou os embaixadores e representantes dos 27 países europeus presentes em Teerão, anunciou este domingo o ministro checo dos Negócios Estrangeiros, Jan Kohout.
O chefe da diplomacia do país que assumiu a presidência da União Europeia (UE) não acrescentou qualquer outro detalhe, a não ser que a União Europeia está preparava uma reacção para domingo à tarde ou segunda-feira de manhã..
Questionado pela agência noticiosa France Press, o porta-voz do ministro, , Milan Repka, confirmou que o representante checo foi convocado a par de outros diplomatas europeus.
Não tendo elementos para confirmar se a reunião junta todos os representantes dos 27, a mesma fonte acrescentou que os diplomatas "não tiveram a possibilidade de exprimir as suas posições" sobre a crise politica no Irão.
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Vizinhos dizem que família de Neda foi expulsa de casa
As autoridades iranianas expulsaram a família de Neda Agha Soltan, a jovem iraniana morta com um tiro no peito durante protestos da oposição, da sua casa em Teerão.
Segundo vizinhos citados pelo jornal The Guardian, a expulsão foi em retaliação à divulgação da sua morte num vídeo que circulou pelo mundo inteiro como símbolo da repressão violenta do governo aos manifestantes que protestam pela suposta fraude na reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad.
Segundo os vizinhos, a família já não vive no apartamento no oeste da capital iraniana, já que foram forçados a deixar o local após a morte de Neda, filmada por um outro manifestante.
As imagens são fortes e transformaram-se no símbolo da opressão das forças de segurança aos protestos, que ocupam há 10 dias as ruas de Teerão.
A família de Neda, seguindo a tradição persa, colocou um aviso de luto e uma faixa preta no prédio. Segundo os vizinhos, ambos foram retirados.
No dia seguinte, a polícia ordenou que deixassem o prédio. Desde então, os vizinhos recebem ligações alertando para que não discutam a morte de Neda com ninguém, nem participem nos protestos.
Nesta quarta-feira, as autoridades iranianas citadas pela agência Irna afirmaram que os atiradores que mataram a iraniana Neda podem tê-la confundido com a irmã de um terrorista do país.
As autoridades iranianas rejeitam a denúncia de que milicianos Basij, ligados à Guarda Revolucionária, tenham sido os responsáveis pela morte da mulher e culpam «os grupos que querem criar uma divisão na nação».
Segundo o governo, a morte de Neda, considerada mártir da liberdade política no regime teocrático iraniano, foi planeada para «acusar o Irão de lidar de maneira violenta com a oposição».
A agência afirma ainda que uma investigação sobre a morte de Neda foi iniciada, «mas, de acordo com as evidências obtidas até o momento, pode dizer-se que foi morta por engano».
Segundo a CNN, os atiradores teriam confundido Neda com a irmã de um Monafeghin, membro da Organização Mujahedin do Povo do Irão, que promove um governo marxista e secular para o país. O grupo é responsável por uma campanha violenta contra o regime fundamentalista iraniano que já matou políticos, juízes e membros do gabinete.
A União Europeia retirou este ano o grupo da lista de organizações terroristas, causando a indignação de Teerão, que acusou os europeus de «fazer amigos e cooperar com terroristas».
A agência Irna afirma ainda que os responsáveis pela morte de Neda podem ter considerado que mataram um dos oposicionistas e «por isso distribuíram imediatamente o vídeo da morte na media oficial e não oficial para alcançar os seus objectivos assassinos contra o governo iraniano e a revolução».
Lusa
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Em memória de Neda: Iranianos radicados em Portugal promovem vigília em Lisboa
http://videos.sapo.pt/BprSnrTILUdEelJuhttA (http://videos.sapo.pt/BprSnrTILUdEelJuhttA)
A comunidade iraniana radicada em Portugal realiza, este domingo, uma vigília no Largo de Camões, em Lisboa, em memória de Neda e dos compatriotas mortos durante a revolta popular que se vive actualmente em Teerão.
A acção está agendada para as 20h30 e os organizadores apelam aos portugueses para se juntarem a esta causa munidos de lenços verdes, a cor que simboliza a actual revolta iraniana. “O povo português já ajudou outras causas e por isso pedimos que não se esqueçam dos iranianos que estão a lutar pelo direito à liberdade”, disse ao SAPO Omid (nome fictício que significa esperança em farsi).
De rosto tapado com receio de represálias, Omid explica que “todos os iranianos receiam dar a cara porque acreditam que em todos os países há pessoas a controlar todos os movimentos dos iranianos”.
Omid, a residir em Portugal há mais de 15 anos, acaba por ser também o rosto de um povo oprimido que “está prestes a explodir e a exigir a mesma liberdade que existe nos outros países”. Algo que, na opinião de Omid, nunca será alcançado com Ahmadinejad no poder”.
As imagens que chegam do Irão, através de filmagens realizadas com telemóveis e enviadas através de redes sociais, mostram momentos de grande tensão com algumas pessoas a serem abatidas a tiro. Neda foi uma delas. As imagens da morte desta jovem percorreram o mundo. O último olhar de Neda para a câmara emocionou a comunidade internacional.
Sapo
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Ja era tempo de os americanos mandarem uns misseis contra o irão!
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Ja era tempo de os americanos mandarem uns misseis contra o irão!
Mais um maluco, só se for para destruir o imenso trabalho que tiveram para pacificar o Iraque, além disso iria contribuir para que o Hezbollah que é um grupo terrorista financiado por este regime atacar alvos ocidentais e norte-americanos na zona e quem sabe também na Europa, e caso não saibam foi a população quem distituiu o Xá e não teve nenhuma ajuda externa, coisa que esperemos que volte a acontecer com este regime ... :)
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Ja era tempo de os americanos mandarem uns misseis contra o irão!
Gostava de ver isso. Até aplaudia. :lol:
Se já estão enfiados em dois buracos da qual não sabem como vão sair, essa ideia então era o "fim da macacada".
Deixe estar, que os iranianos saberão resolver as coisas por eles próprios.
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Se já estão enfiados em dois buracos da qual não sabem como vão sair, essa ideia então era o "fim da macacada".
Não estão enfiados em nenhum buraco, apenas tão a encontrar alguma resistência neste momento no Afeganistão também fruto da situação no vizinho Paquistão, no Iraque a situação está a normalizar-se ...
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Não estão enfiados em nenhum buraco, apenas tão a encontrar alguma resistência neste momento no Afeganistão também fruto da situação no vizinho Paquistão, no Iraque a situação está a normalizar-se
Também gostaria de acreditar nisso, mas as coisas não estão nada assim como está a pintar. Os reforços já deveria ter chegado ao terreno pelo menos 18 meses antes. Numa guerra deste tipo ser-se ultrapassado pelo adversário pode ser fatal e os reforços actuais são uma medida de reacção e não uma de antecipação. Será agora muito mais difícil recuperar o que foi perdido. Um excelente exemplo é o caso português em Angola e Moçambique. No primeiro ao jogar na antecipação conseguiu-se neutralizar a acção dos movimentos independentistas. No segundo, por erros enormes por parte do comando, em vez de se antecipar ao movimentos, andou-se atrás deles e o resultado foi a perda de controlo sobre a situação.
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Ó meninos, olhai o tópico. Afeganistão, Americanos e Iraque já têm vários tópicos endereçados.
Citando o André nestas situações: "
"
Já agora, de preferência não seria para transformar este tópico em Irão vs EUA.
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Mas oh Chicken Bone citando também outro membro do forum, o pessoal descamba logo para guerras totais ... :lol: :lol:
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Que se passa no Irão ??
Alexandre Reis Rodrigues
As opiniões dividem-se entre os que pensam que a actual crise no Irão é essencialmente uma luta pelo poder entre os candidatos às últimas eleições presidenciais e os que a encaram como uma contestação ao regime introduzido pela Revolução Islâmica de Khomenei em 1979.
Depois de uma disputada campanha eleitoral, cheia de trocas de acusações frequentemente graves, os observadores que subscrevem a primeira tese vêm a situação como uma luta de sobrevivência política dos que ficaram fora do círculo do Grande Ayatollah e do Presidente eleito, ao atribuírem a fraude o terem perdido as eleições. Calculam, esses observadores, que os que continuam no poder não farão qualquer concessão que abale mais a sua posição enquanto os perdedores se esforçarão por consolidar uma base de apoio que os proteja das retaliações que virão a seguir.
Existe um sector da sociedade civil, principalmente nos centros urbanos e entre os jovens, que exige mudanças, que quer um regime mais liberal, um relacionamento normal com o Ocidente e, sobretudo, mais e melhores oportunidades de vida, principalmente diminuição do desemprego (a taxa actual anda à volta dos 14%). As mulheres têm desempenhado também um importante papel nesta dinâmica mas os factos não mostram outros sectores da sociedade a aderir aos descontentes nem as manifestações a alastrarem por todo o país, o que seria indispensável para caracterizar esta movimentação como uma revolução; a “Revolução Verde” que alguns gostariam de ver suceder-se às Revoluções Rosa e Laranja na Geórgia e Ucrânia vai ficar adiada.
Em qualquer caso, o peso eleitoral dos apoiantes de Moussavi, o principal candidato derrotado, mesmo sem as fraudes que o Council of Guardians reconhece terem afectado três milhões de votos, espalhados por 50 cidades, não chegaria, diz a maioria dos observadores, para determinar outro desfecho eleitoral. É neste argumento que Khamenei baseia a sua decisão de recusar a repetição do acto eleitoral; considera que novas eleições seria uma “perda de tempo” porque não se verificou qualquer “major fraud”.
O interessante é que também não se fala em responsáveis por tão grande irregularidade; também será perda de tempo levar a investigação até à identificação das medidas necessárias para evitar que a situação se repita e esclarecer o conceito de “major fraud”? E que se anuncie que a situação será corrigida? Agora ficou-se a saber que para além da fragilidade intrínseca do sistema híbrido da democracia iraniana, nem sequer a componente que reclama basear-se no voto popular tem credibilidade.
No entanto, o regime em si próprio, mal grado o movimento popular atrás referido, parece não estar em causa; qualquer das principais figuras nacionais que contestam os resultados e a própria actuação do Presidente no primeiro mandato (Rafsanjani - o 2º homem mais poderoso -, Khatami - antigo presidente -, Larijani - speaker do Parlamento -, Shahroudi - chefe do Judiciário -, etc.) esforçam-se por não mostrar qualquer hostilidade contra os fundamentos e raízes da Revolução Islâmica e da criação da República, em que aliás participaram activamente, preferindo, em alternativa, manobrar nos bastidores. O general Rezaie, que foi comandante do Corpo dos Guardas da Revolução durante 16 anos e também candidato à eleição presidencial, acaba de desistir de continuar a reclamar contra a fraude eleitoral, sob a alegação de que não quer contribuir para a instabilidade no país.
Toda esta situação não representa uma boa notícia para o Ocidente; é como o ruir da esperança de que se possa contar, num futuro próximo, com a possibilidade de manter com o Irão um relacionamento previsível e normal. Nem sequer chega o extremo cuidado com que o Presidente Obama tem lidado com a situação para não dar qualquer oportunidade de o regime iraniano atribuir culpas aos EUA de incitação à violência interna (posição que lhe traz custos políticos internos). As acusações têm aparecido na mesma, porque entre outras razões é preciso alimentar os sentimentos que tornaram o slogan de “morte à América” como o mais popular para os iranianos.
Por quanto tempo mais vai o Irão resistir à pressão da globalização e conseguir conciliar as necessidades de progresso com a manutenção de um isolamento internacional, que tem custos elevados, é a questão que fica em aberto. Para já, o que teremos provavelmente pela frente são mais quatro anos da postura de beligerância permanente a que o Presidente Ahmadinejad já nos vai habituando, mas que nem por isso deixam de representar um risco alto para a paz e estabilidade no mundo.
Jornal Defesa
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Irão detém oito funcionários da embaixada britânica
As autoridades iranianas detiveram oito funcionários da embaixada do Reino Unido em Teerão. Londres já reagiu e considerou «inaceitável» a tentativa de «intimidação» dos iranianos e exigiu a libertação do pessoal diplomático
Segundo a angência iraniana Fars, os oito funcionários de cidadania iraniana ao serviço do Reino Unido foram detidos e acusados de organizar os recentes protestos contra o regime teocrático. Teerão já tinha acusado Londres de estar por trás da 'revolução verde'.
A diplomacia britânica já reagiu pela voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, David Miliband, que considerou as detenções «inaceitáveis».
Outros dois diplomatas britânicos foram expulsos de Teerão na semana passada, tendo o Reino Unido retaliado com medida semelhante.
Desde 12 de Junho que morreram pelo menos 17 pessoas em confrontos entre militantes da oposição ao regime iraniano e as autoridade do país, após as presidenciais que reelegeram Mahmoud Ahmadinejad. Os críticos do Presidente, encabeçados por Mir Hossein Mousavi, falam em fraude eleitoral.
SOL
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Prisão de funcionários diplomáticos abre conflito entre Londres e Teerão
O regime iraniano abriu ontem mais uma frente de conflito após prender nove funcionários da embaixada britânica em Teerão, acusando-os de instigar a rebelião interna que se seguiu às eleições presidenciais de 12 de Junho cujo vencedor oficial foi Mahmoud Ahmadinejad.
O caso relembra o sequestro dos diplomatas norte-americanos em Novembro de 1979, uma das mais séries crises políticas que opôs o Irão aos Estados Unidos e que terminou a 28 de Janeiro de 1980 quando, após 444 dias de cativeiro, os 52 reféns foram libertados.
David Miliband, ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, exigiu ontem a "libertação imediata" dos britânicos e voltou a negar o envolvimento dos ingleses no protesto pós-eleitoral.
Miliband participou ontem no encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, em Corfu, e enviou uma mensagem forte a Teerão: "Este tipo de perseguição e intimidação é inaceitável. Pretendemos ver [os funcionários da embaixada] ilesos e em liberdade rapidamente".
Os 27 apoiaram a posição de Londres. Jan Kohout, ministro dos Negócios Estrangeiros da República Checa, que ocupa a presidência rotativa da UE, disse: "Tornámos claro às autoridades iranianas que haverá uma resposta forte e colectiva [da Europa] face à prisão e intimidação dos funcionários estrangeiros e iranianos que trabalham nas embaixadas europeias". Os ministros trocaram impressões sobre os novos passos diplomáticos e alguns defenderam mesmo a imposição de sanções sobre o Irão.
Fosso entre Londres e Teerão
Nas últimas duas semanas, os iranianos detiveram várias pessoas com passaportes britânicos. A agência Fars citou uma fonte governamental que garantia "o papel activo dos ingleses na provocação da recente rebelião".
Os nove diplomatas ingleses foram presos no sábado à noite. Um deles é o principal conselheiro do embaixador britânico no Irão, o homem que mais sabe sobre a complexa teia de poderes da política do país. O regime iraniano decidiu, entretanto, libertar quatro pessoas.
A acção iraniana surge na sequência de um conflito que se arrasta com a Grã-Bretanha há anos, sobretudo desde a presidência de Ahmadinejad. Em Janeiro de 2009, a BBC lançou o seu canal de televisão persa, o que irritou o regime e levou ao encerramento do consulado do Reino Unido em Teerão - provocado por alegadas "perseguições dos iranianos".
O correspondente da BBC em Teerão foi expulso na última semana, após as duras palavras do aiatola Ali Khamenei: "Nesta rebelião, os britânicos comportaram-se muito mal e é justo acrescentar ao slogan "Abaixo a América", o slogan "Abaixo a Inglaterra".
Divisão no aparelho
Apesar da forte repressão policial e paramilitar sobre os manifestantes de Teerão, três mil pessoas concentraram-se ontem numa das praças da cidade para apoiar o candidato da oposição, Hossein Mousavi, informou a Associated Press.
A manifestação foi duramente reprimida com bastões e gás lacrimogéneo, mas foi a primeira que, nos últimos cinco dias, mobilizou milhares de pessoas nas ruas. O aparelho de segurança do regime parecia ter dominado a rebelião interna. Mas no fim-de-semana, os apoiantes do candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi, mobilizaram-se novamente. Esta manifestação sucede dois dias depois de Mousavi ter declarado que não aceita "uma recontagem parcial dos votos" e não cede "a pressões e ameaças". O político continua a afirmar que o regime roubou os seus votos e deu a vitória a Ahmadinejad.
A batalha das ruas também se trava nos bastidores do regime, entre as elites políticas. A principal clivagem opõe os conservadores ortodoxos aos reformistas, que começaram já a ser purgados das posições de poder: foi o caso de 17 guardas da revolução e do ministro do petróleo, Akbar Torkan, que escreveu um artigo num jornal da oposição.
O aiatola Rafsanjani está a tentar destituir o aiatola Ali Khamenei no órgão que o nomeia: a Assembleia de Peritos (88). Pretende nomear uma comissão de três aiatolas que dividiram o poder hoje concentrado num único homem.
Ionline
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Irão faz recontagem parcial dos votos e liberta funcionários britânicos
A instância eleitoral suprema do Irão iniciou hoje uma recontagem parcial dos votos das presidenciais de 12 de Junho, cujos resultados foram contestados pelos candidatos derrotados pelo actual Presidente, Mahmud Ahmadinejad, noticiou uma estação televisiva local.
«O Conselho dos Guardiães [da Constituição] começou a contagem de 10 por cento das urnas», indicou a estação de televisão Al-Alam.
A operação deverá terminar hoje à tarde e o resultado divulgado dentro de 24 horas, segundo a mesma fonte.
Entretanto, o Governo iraniano libertou cinco dos nove funcionários da embaixada britânica detidos e anunciou que não tenciona fechar representações diplomáticas em Teerão, nem reduzir as relações diplomáticas com o Reino Unido.
«Não existe nenhum projecto neste momento para fechar qualquer embaixada ou reduzir os nossos laços diplomáticos» com eles, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hassan Ghashghavi, em conferência de imprensa.
As autoridades libertaram cinco de nove funcionários locais da embaixada britânica que tinham sido detidos na semana passada sob a acusação de envolvimento na agitação pós-eleitoral.
Lusa
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E a luta continua.
Os fundamentalistas andam a levar no traseiro e a ficar acagaçados.
Ahmadinejad chama três mulheres para o governo
A primeira vez em que um alto cargo será preenchido por uma mulher no Irão
O presidente do Irão anunciou, este domingo, que vai nomear três mulheres para o seu governo, informa o El País.
«Entrámos numa nova era. As condições mudaram completamente e o governo terá grandes mudanças», disse o presidente.
A confirmar-se a intenção de Mahmud Ahmadinejad, será a primeira vez que uma mulher se tornará ministra no Irão. E logo a triplicar.
Fátima Ajorlou, que já estava no Parlamento, será ministra dos Assuntos Sociais e Marzieh Vahid Dastjerdi será ministra da Saúde. O outro nome ficou por revelar.
Uma mulher foi ministra durante o governo anterior à revolução islâmica, mas o triunfo dos ayatollah em 1979 valeu-lhe uma execução no ano seguinte.
Também este domingo, continuou o julgamento dos opositores de Ahmadinejad, acusados de provocar violentos confrontos.
http://diario.iol.pt/internacional/ahma ... -4073.html (http://diario.iol.pt/internacional/ahmadinejad-irao-mulheres-tvi24/1082498-4073.html)
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Iranian student dares to criticise Ayatollah Ali Khamenei to his face
• Poll crackdown and state broadcaster denounced
• Supreme leader says he welcomes such comments
He may be the bravest student in Iran or an unwitting stooge of the Islamic regime – or both. Either way, Mahmoud Vahidnia has gained instant fame after breaking a taboo by criticising the supreme leader, Ayatollah Ali Khamenei, to his face.
The 25-year-old maths student has been lauded by opposition websites after reportedly telling Khamenei that he had been turned into a "grand idol" who was above criticism. But in a twist demonstrating the inscrutable nature of Iranian politics, the incident has been used by Khamenei's supporters to show how he embraces criticism. Vahidnia has remained unmolested since his 10-minute critique, which condemned the recent brutal post-election crackdown and denounced the state broadcaster, IRIB, for biased coverage. But his most remarkable comments were reserved for Khamenei himself.
"I don't know why in this country it's not allowed to make any kind of criticism of you," he told Iran's most powerful cleric, who has the final say in all state matters. "In the past three to five years that I have been reading newspapers, I have seen no criticism of you, not even by the assembly of experts [a clerical body with the theoretical power to sack the leader]. I feel that if this doesn't happen this situation will lead to discord and grudge."
Vahidnia, who achieved nationwide recognition two years ago by winning Iran's annual mathematics Olympiad, made his remarks at a meeting between Khamenei and the country's scientific elite. They came after the supreme leader asked at the end of a question-and-answer session if anyone else wanted to speak. He chose Vahidnia after seeing him being pushed down by officials when he stood to ask a question.
Referring to the post-election crackdown sanctioned by Khamenei, he asked: "Wouldn't our system have a better chance of preserving itself if we were using more satisfactory methods and limited the use of violence only to essential circumstances?"
Although state TV cameras were present, the criticisms only came to light when they were highlighted on Khamenei's own website and by Alef, a fundamentalist site. Both carried accounts showing Khamenei responding calmly.
"Don't think that I'll be unhappy to hear such statements. No, I would be unhappy if such statements are not made," he said. "About lack of criticism of the leader, you go and tell them to criticise. We have not said that no one should criticise us … I welcome criticism. There is criticism and there is a lot of it. And I receive it and I understand the criticism."
The exchange has been seized on by pro-regime media as a demonstration of the leader's tolerance. The hardline Keyhan newspaper, whose editor-in-chief is appointed by Khamenei, reported it under a headline reading, The Revolutionary Leader's Fatherly Response to Critical Youth.
Some opposition websites suggested that Vahidnia had been arrested by intelligence agents while other reports asked whether he had been a plant set up by regime officials. Vahidnia scotched both suggestions in an interview with Alef, in which he asked "society and elites not to spread rumours".
Under Iranian law comments deemed insulting to the supreme leader carry possible prison sentences, although in practice critics are often not arrested immediately. Ahmad Zeidabadi, the head of Iran's leading student movement, Tahkim-e Vahdat, published an open letter critical of Khamenei in 2007 but was only arrested in the round-ups that followed last June's disputed presidential election.
http://www.guardian.co.uk/world/2009/no ... CMP=AFCYAH (http://www.guardian.co.uk/world/2009/nov/06/iran-student-criticises-ayatollah-khamenei?CMP=AFCYAH)
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Comam fundamentalistas e governo nojentos!
Iran condemns Oxford for honoring slain protester
TEHRAN, Iran – Iran has protested to an Oxford University college over a scholarship in memory of the slain Iranian student who became an icon of mass street protests sparked by the disputed June election.
In Tehran, a small group of hard-line women demonstrated Wednesday against the scholarship in front of the British Embassy. The women chanted "Death to Britain," the semi-official Fars news agency reported.
Oxford's Queen's College established the Neda Agha Soltan Graduate Scholarship in Philosophy earlier this year, named for the 27-year-old student fatally shot on June 20 on the sidelines of a Tehran demonstration. Her dying moments were caught on a video viewed by millions on the Internet, and she became a potent symbol of the opposition's struggle.
"It seems that the University of Oxford has stepped up involvement in a politically motivated campaign which is not only in sharp contrast with academic objectives" but also linked to British interference in Iran's post-election turmoil, Iran's Embassy in London said in a letter to the provost of the British university's college. Queen's College confirmed it had received the letter dated Tuesday.
Iran has in the past accused Britain of playing a role in the protests following the June 12 presidential election and meddling in its internal affairs. The opposition said President Mahmoud Ahmadinejad won the election by fraud. But hard-liners have described the massive protests as a plot by Iran's enemies to overthrow the system of clerical rule through a 'velvet revolution.'
The Iranian letter said Soltan's "suspicious death" is still a criminal case being investigated by the police at home. It said she had been shot on an isolated street far from the protesters and her "murderers" had filmed her and her companions for 20 minutes before the killing.
The letter also mentioned Arash Hejazi, an Iranian doctor who was with Soltan at the time she was shot and said he tried to save her life. Hejazi is studying at Oxford and was visiting Iran at the time.
"Surprising, an Oxford fellow, Mr. Arash Hejazi, who had arrived in Iran two days before Neda's killing, was present on the scene when she was bleeding to death and immediately left for London the day after her horrible death," the letter said. "There is further supporting evidence indicating a pre-made scenario and other complications yet to be investigated.
In July, a couple weeks after Soltan's death, Iran's police chief said intelligence officials were seeking Hejazi. That came after Hejazi returned to London and told the BBC that Soltan apparently was shot by a member of the volunteer Basij militia, which is linked to Iran's powerful and elite Revolutionary Guard corps. Hejazi said protesters spotted an armed member of the militia on a motorcycle, and stopped and disarmed him.
Iranian police claimed this was a fabrication and the incident had nothing to do with the street riots. Police did not say why officials want Hejazi, but the regime repeatedly has implicated protesters and foreign agents in Soltan's death.
The protesters in Tehran Wednesday accused Hejazi of being behind Soltan's killing and demanded his extradition, even though he is not facing any charges in Iran.
"We want you to extradite Neda Agha Soltan Murderer" read a placard carried by the women. They also chanted "U.K. and U.S. perpetrators."
The provost of Queen's College, Paul Madden, said the names of scholarships were decided, "within reason," by donors. The college did not disclose the donors behind the Soltan scholarship, but said the key individual was a British citizen who is well known to the college.
The scholarship is open to all philosophy students, with preference given to Iranians and those of Iranian descent. The first holder is Arianne Shahvisi, studying for a master's degree in the philosophy of physics.
http://news.yahoo.com/s/ap/20091111/ap_ ... xford_iran (http://news.yahoo.com/s/ap/20091111/ap_on_re_eu/eu_britain_oxford_iran)