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Conflitos => Conflitos do Passado e História Militar => Tópico iniciado por: SmokeOn em Novembro 30, 2008, 10:02:05 pm
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Mensagem de S.A.R. Dom Duarte de Bragança, de 1 de Dezembro de 2008
Portugueses:
No 1º de Dezembro de 1640, os nossos antepassados devolveram Portugal aos Portugueses. Souberam responder à crise do seu tempo, lutando pela nossa independência. Hoje, olhamos para o nosso país, e vemos que se acentua a dependência externa e a obediência a directivas quantas vezes alheias à nossa própria vontade.
Anunciam-se dias difíceis. Parece evidente que 2009 será pior que os já duros anos recentes, particularmente para os mais desfavorecidos. É nos momentos de provação que se testa a alma de um povo. Para enfrentar a crise e manter a coesão social devemos invocar os valores espirituais da nossa cultura e vivermos em coerência com a nossa identidade e tradição. O reforço dos laços familiares, o sentido de comunidade e de povo são atitudes urgentes e decisivas em alturas como esta.
Enfrentámos muitos problemas terríveis ao longo da nossa História, que o nosso ânimo conseguiu ultrapassar. E daqui apelo aos instintos de iniciativa e solidariedade, de generosidade e de engenho.
É preciso ampliar a visão, ensaiar ousadia, e confiar a nós mesmos a garantia de desenvolvimento sustentado.
Vivemos uma ocasião propícia para rever as nossas prioridades. Devemos aprender a viver melhor consumindo menos, poupando os recursos limitados do nosso planeta. Para isso é importante apoiar a acção pedagógica de cientistas e organizações ambientalistas. Somos o país europeu com a menor percentagem de filiados nestes movimentos, que mereciam mais representação parlamentar.
A hora é de investir no povo português. As grandes opções para o nosso desenvolvimento têm agora uma oportunidade única para alterarem o rumo. Em vez de se deixar bloquear por falta de critérios técnicos ou por pressões de interesses, o Estado, o sector privado e as associações devem dar as mãos para ultrapassarmos as dificuldades. Queremos medidas mais justas e mais equitativas, e não apenas declarações que chegam tantas vezes tarde demais…
Como disse, a hora é de investir no povo português. É o que têm feito as famílias portuguesas que, com muito sacrifício, apostam na educação dos seus filhos. A qualificação dos jovens é indispensável e os movimentos de professores e de pais clamam por melhor Escola, em programas de ensino adequados, e pela dignificação e respeito pela missão dos professores.
A hora é de investir na terra portuguesa. É o que têm feito os agricultores que se recusam a abandonar a terra, contrariando as directivas desencontradas e a concorrência desleal por parte de outros países onde são muito mais apoiados. Portugal não precisa apenas de uma política de comércio livre; precisa sobretudo de uma política de comércio inteligente e justo.
Os nossos agricultores sabem produzir. Falta que saibam melhor associar-se e cooperar para distribuir os seus produtos directamente aos consumidores. Nos últimos dez anos perdemos 180 mil hectares de boas terras agrícolas comprometendo gravemente a nossa capacidade de produção de alimentos, acentuando a nossa vulnerabilidade. Ainda recentemente experimentamos os perigos que daí podem advir.
A hora é de investir no território português apoiando empresas inovadoras que recorram a energias alternativas.
Simultaneamente devemos combater os desperdícios energéticos e dar prioridade a transportes ferroviários e marítimos, como alternativas competitivas. A capacidade de auto-sustentação no plano energético é cada vez mais necessária. Por exemplo, modernizando as barragens hidroeléctricas já existentes, aumentaríamos a produção de energia em 20%.
O Estado deve promover e praticar uma política de gestão rigorosa dos seus recursos de modo a promover a nossa competitividade; deve ter um orçamento equilibrado para poder baixar os impostos de modo selectivo.
O Estado deve desistir das obras faraónicas, aumentar a produtividade da função pública, encorajar os investimentos privados que produzam riqueza, preferindo sempre bens e serviços produzidos em Portugal. Por exemplo, o facto dos fundos da Segurança Social não serem investidos exclusivamente em empresas portuguesas, contribui para a descapitalização nacional e para o desemprego.
Apelo aos partidos políticos para que não se deixem tornar em meros mecanismos de conquista do poder; que se lembrem que têm um papel decisivo nos debates sobre as doutrinas e as práticas políticas. Mas para isso, devem ser uma escola da cidadania, dialogando com as organizações não governamentais.
Este sentimento geral de que a democracia deve ser melhorada entre nós, levou-me a apoiar o recém-criado Instituto da Democracia Portuguesa, que tem já desenvolvido múltiplas e úteis actividades em várias regiões do país, em colaboração com diversas organizações e com as autarquias locais.
Em 1975 recuperámos as liberdades de expressão e de participação política que já existiam antes da revolução de 1910. Mas cada vez mais ouço especialistas e pessoas de bom senso a dizer: Portugal atrasou-se no séc. XX porque prescindiu do poder moderador do seu Rei, ao contrário de Espanha, Inglaterra e Bélgica, e outros países europeus, que prosseguiram na vanguarda do desenvolvimento.
Tenho percorrido o país de lés a lés. Sou sempre cordialmente acolhido pelos autarcas e pelas populações às quais agradeço o carinho que me dispensam. Nessas ocasiões, apercebo-me da grandeza do nosso património cultural, erudito e popular. Basta apreciar as nossas tradições culturais para me dar conta de como se formou a gente portuguesa, nas várias regiões em que se expressa a alma nacional. É este “produto interno bruto” que mantém em alta a bolsa de valores humanos em que nós devemos investir.
Quero aqui lembrar as numerosas homenagens a D. Carlos promovidas por várias Câmaras Municipais, com destaque para a ocasião em que o Chefe do Estado inaugurou a magnífica estátua erigida em Cascais.
Durante todo este ano tiveram lugar inúmeros eventos de carácter cultural em homenagem ao Rei e ao Príncipe Dom Luís Filipe, organizados pela Comissão D. Carlos 100 Anos, integrada na Fundação D. Manuel II. Salientou-se o congresso “Os Mares da Lusofonia” que reuniu representantes de todos os países que falam português. Pelo interesse suscitado, foi lançado o desafio de a realizar cada dois anos, em países diferentes.
Continuei este ano a colaborar com vários dos países nossos irmãos, especialmente a Guiné-Bissau, Angola e Timor, mediante programas de desenvolvimento rural e protecção ambiental.
Aproveito para saudar o Primeiro Ministro Xanana Gusmão, actualmente de visita a Portugal, como líder que soube conduzir o heróico Povo timorense na luta pela liberdade e agora o serve com seriedade e competência no caminho do progresso material e espiritual.
. Saúdo o alargamento da CPLP esperando que em breve, Marrocos, o Senegal, as Ilhas Maurícias, a Guiné Equatorial e os nossos irmãos galegos possam fazer parte dessa comunidade. A Galiza procura afirmar a sua identidade cultural através da sua “fala”, que está na origem do português moderno.
Tive a alegria de levar a minha Família ao país de minha Mãe, trineta do primeiro Imperador, Dom Pedro, para participar nas celebrações dos 200 anos da transferência do Governo e do Rei para o Brasil. Finalmente foi feita justiça ao tão caluniado D. João VI!
A crescente importância económica e política do Brasil no Mundo é um motivo de orgulho e de oportunidade histórica para Portugal. Felicito os nossos governantes por a saberem aproveitar.
Deixo para o fim a instituição militar que, desde a fundação de Portugal tem estado intimamente ligada ao nosso percurso colectivo. Hoje, defendendo Portugal “lá fora”, tem contribuído de forma impar para o prestígio e afirmação nacionais e para a paz e a segurança da população portuguesa e das regiões em que tem operado.
A canonização, em 2009, de D. Nuno Álvares Pereira, patrono das Forças Armadas, será uma providencial ocasião para aprendermos com os seus exemplos de valentia e caridade, inteligência militar e política, e defesa intransigente da nossa liberdade e independência. Saibamos aproveitar essa oportunidade!
Do fundo da história vem uma certeza que os monges de Alcobaça redigiram numa das mais belas frases da monarquia portuguesa: “O rei é livre e nós somos livres!”.
Neste convento do Beato, situado na Lisboa Oriental onde se começou a conspirar para o 1º de Dezembro, deixai-me hoje proclamar: “Eu sou livre e vós sois livres!”. “Eu sou livre” e “Vós sois livres” porque ser monárquico é também defender Portugal acima de todos os interesses. Juntos poderemos renovar a democracia portuguesa pela Instituição Real que só poderá vigorar por vontade do povo, com o povo e enquanto o povo o entender.
A minha Mulher, eu, e os nossos filhos Afonso, Maria Francisca e Dinis, a isso nos comprometemos porque Portugal pode, Portugal deve, e Portugal quer continuar democrático e independente!
Todos os que pensarem que o sonho dos fundadores e dos restauradores ainda está vivo, venham ter connosco; e se alguém questionar este crescente sentir do poder do povo, a resposta é hoje, como o foi no primeiro 1º de Dezembro: “O rei é livre e nós somos livres!”
Convento do Beato, 30 de Novembro de 2008
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Lindo! :sil: :Palmas:
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Em 1975 recuperámos as liberdades de expressão e de participação política que já existiam antes da revolução de 1910. Mas cada vez mais ouço especialistas e pessoas de bom senso a dizer: Portugal atrasou-se no séc. XX porque prescindiu do poder moderador do seu Rei, ao contrário de Espanha, Inglaterra e Bélgica, e outros países europeus, que prosseguiram na vanguarda do desenvolvimento.
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Neste convento do Beato, situado na Lisboa Oriental onde se começou a conspirar para o 1º de Dezembro, deixai-me hoje proclamar: “Eu sou livre e vós sois livres!”. “Eu sou livre” e “Vós sois livres” porque ser monárquico é também defender Portugal acima de todos os interesses. Juntos poderemos renovar a democracia portuguesa pela Instituição Real que só poderá vigorar por vontade do povo, com o povo e enquanto o povo o entender.
cax23
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É tão triste ver o Chefe de Estado a não celebrar o Dia da Independência ... enfim
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Quero deixar aqui a minha singela mas sentida homenagem a todos aqueles portugueses que durante os longos 28 anos que durou a Guerra da Restauração contra a Espanha, verteram o seu sangue e deram a sua vida nos diversos campos de batalha, para que Portugal voltasse a ser livre e independênte
OBRIGADO!
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Na TVI abordaram a questão de Olivença, claramente a favor dela (como é típico daquele canal tomar posições), a RTP imagino quem nem deve ter tocado no assunto...
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Na TVI abordaram a questão de Olivença, claramente a favor dela (como é típico daquele canal tomar posições), a RTP imagino quem nem deve ter tocado no assunto...
não percebi!!
A favor de castela (Patrão da TVI)
ou
A Favor do seu verdadeiro dono???
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Na TVI abordaram a questão de Olivença, claramente a favor dela (como é típico daquele canal tomar posições), a RTP imagino quem nem deve ter tocado no assunto...
não percebi!!
A favor de castela (Patrão da TVI)
ou
A Favor do seu verdadeiro dono???
A favor do seu verdadeiro dono.
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Na TVI abordaram a questão de Olivença, claramente a favor dela (como é típico daquele canal tomar posições), a RTP imagino quem nem deve ter tocado no assunto...
não percebi!!
A favor de castela (Patrão da TVI)
ou
A Favor do seu verdadeiro dono???
A favor do seu verdadeiro dono.
A TVI?
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Sim, é de admirar.
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Sim, é de admirar.
será que depois disto, vai haver despedimentos nesse canal
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Há que manter as aparências, não compreendem?
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É tão triste ver o Chefe de Estado a não celebrar o Dia da Independência ... enfim
Mais triste ainda é ver o nosso Primeiro-Ministro, neste dia, em..........MADRID.
Ahh traidor, que em vez de estar com suas gentes de guerra, se passou aos perros castelhanos!
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Parece uma utopia!
A monarquia vai salvar Portugal!
Antes de 1910 é que era! Aquilo era liberdade para todos!
Que treta!
Não sou súbdito de ninguém, sou cidadão!
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Treta são essas histórias de que muitas pessoas ainda acreditam, de pensar num rei com perucas e andar na carruagem, enquanto o povo se ajeolha à sua passagem...
Um súbdito?
O que é que você pensa, que vai ter que ir servir de criado ao Rei a à sua familía? :cry:
Veja-se:
Ontem, feriado da Restauração da Independência, nem o Presidente de República, nem o Primeiro-Ministro assinalaram este dia.Nem com um mero discurso!
Porque será? Porque acham que é incómodo para os vizinhos espanhóis estarmos a festejar este tipo de feriado?
Ou porque foi aclamado um Rei? Não interessa!
Não era preciso mencionarem a parte "Monárquica" da história, mas pelo menos, a legitíma homenagem a esses Conjurados e todos aqueles que participaram na revolução!
Vergonha!!! Depois queixam-se que os alunos pensem que o 1 de Dezembro seja um Feriado Religioso!
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Parece uma utopia!
A monarquia vai salvar Portugal!
Antes de 1910 é que era! Aquilo era liberdade para todos!
Que treta!
Não sou súbdito de ninguém, sou cidadão!
Que mentalidade atrasada
Antes de 1910 tínhamos pretígio !
De certeza que estava-mos nos 6 primeiros da Europa, hoje 27 grande troféu !
Então depois de 1910 veio a Liberdade ? O que tiveste este fim de semana ? Gripe ? Ou Alzeimer ? Por acaso de 1910 a 1974 houve Liberdade ? 48 anos de ditadura mais 16 de Guerra Civil ? Que raio de Liberdade ?
Podes anotar a republica é a principal responsável pela revolução de 1926 que levou em 1933 Salazar ao poder, se não houvesse 1910 não havia 1926 e o país não ficava atrasado.
P.s. : em 1910 havia partidos e liberdade de expressão, o que é que aconteceu depois de 1910 ? -- > http://www.centenariodarepublica.org/centenario/ (http://www.centenariodarepublica.org/centenario/)
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O Rei D. Carlos chama para governar João Franco que instala uma Ditadura Administrativa.
João Franco, acaba com a liberdade de imprensa, expatria para as colónias os dissidentes políticos que atentassem contra a monarquia.
Além disto, a família real levava uma vida faustosa, chegando a ter quatro iates, além de que, solicitava adiantamentos de dinheiro às Cortes (parlamento).
Em 1908, dá-se o regícidio do Rei D.Carlos e do filho mais velho Luís Filipe. Sucede ao Trono com apenas 18 anos D. Manuel II, este que viria a ser o último rei de Portugal.
A primeira medida realizada pelo jovem Rei D. Manuel foi demitir o ditador João Franco. Governou por dois anos, entre 1908 e 1910.
http://historianove.blogspot.com/2007/1 ... ao-da.html (http://historianove.blogspot.com/2007/11/da-queda-da-monarquia-implantao-da.html)
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Legitimidade é coisa que não reconheço na Monarquia. Eu quero continuar a escolher o Chefe de Estado do meu país, não quero que ele me seja imposto.
Antes de 1910, D.Carlos atirou ás urtigas a Carta Constitucional, colocou João Franco como ditador, assinou o decreto de deportação de todos os oponentes ao governo para Timor e foi este rei que perdeu toda a vergonha e sentido patriótico (que aparentemente eram já residuais na sua personalidade) e cedeu humilhantemente aos interesses ingleses em África. Foi este rei, que no fim de uma viagem a França, no momento de regressar ao seu "reino" desabafou: "lá tenho de voltar para a piolheira".
A Monarquia deu muito a Portugal, basta ter dois dedos de testa para perceber isso, mas no fim do século XIX e início do XX, assumiu posições intoleráveis, por isso é que acabou.
Será que alguém duvida de que a República é um sistema mais justo que a Monarquia? Que monarquia existe hoje em Portugal? Beatos, fadistas e jet-set (seja lá o que isso for), que lutam entre si para decidir quem é que vai ser rei. Aqui há tempos vi na TV um italiano que jurava a pés juntos ser herdeiro da Coroa Portuguesa! D.Duarte Pio, suposto herdeiro da coroa (alguns monarquicos dizem que é um mentiroso), é um homem que tem como objectivo de vida ser rei, que mostra a casa real como a instituição que vai dar a panaceia para os males do povo e que mostra os actuais reinos como utopias:" olhem a Suécia, como é rica! e a Inglaterra também!". E que anda aí pelo país a arranjar simpatizantes.
O atraso de Portugal não se deve á falta de um rei, mas sim á falta de políticos sérios, patriotas e capazes, que é o que os países nórdicos têm e nós não. Os actuais "reis", são um enfeite, uma peça de decoração.
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Precisamente de 1908 a 1910 tinha voltado a "Liberdade" e atenção os partidos nunca foram ilegalizados como em 1933, mesmo João Franco não ilegalizou os partidos sabiam disso ?
Procurem saber o que fez Afonso Costa de 1910 a 1926 ... vão ficar admirados.
Claro que alguém tinha que ir preso especialmente os amigos da Carbonaria que andavam a matar tudo o que fosse contra eles !
E alguém se lembra da colónia de férias do Tarrafal ?
Este aberta mais de 30 anos !
p.s. : os republicanos mataram um presidente da república com mandato escrito do grão mestre da Maçonaria Sebastião Magalhães Lima --> Sidónio Pais !
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cedeu humilhantemente aos interesses ingleses em África. Foi este rei, que no fim de uma viagem a França, no momento de regressar ao seu "reino" desabafou: "lá tenho de voltar para a piolheira".
Gostava de ser hoje inglês ? quem era o militar com bom censo que alguma vez ia desafiar a maior potência militar do séc. XIX ???? Claro os republicanos ... que até gostam do verde = Portugal e vermelho = Espanha, por alguma razão a corrente ideológica Iberista é REPUBLICANA/maçónica !
AH Países nórdicos que ... bem vamos ver : Suécia, Dinamarca, Noruega ... monarquias não ???
O que é que a republica nos deu em 98 anos, recapitulação :
- guerra civil entre 1910-1926
- milhares de mortos na 1ª Grande Guerra só para sustentar o Ego de Afonso Costa
- uma ditadura de 1926 a 1974
- perda de territórios ultramarinos
- perda de poder económico e político
- atraso económico ( em 1910 estávamos à frente dos referidos países nórdicos )
- perda de identidade
- gastam-se 16 milhões de euros anuais com a Casa Civil da Presidência da República quando D.Juan Carlos gastam 9 milhões anuais com a Casa Real. Expliquem-me como é que o presidente gasta tanto !
- a OCDE lançou um estudo em 2008 de que indica que os países co mais "Justiça Social" são as Monarquias Europeias
- a OCDE indica que dos 27 estados europeus, nos 10 primeiros mais fortes economicamente 7 são monarquias .... Portugal é o 27 ( primeiro do fim ).
- bem será que D.Carlos não respeitava mais as Forças Armadas ?
Eu gostava de ser uma : Inglaterra, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Noruega, Espanha, Suécia, Espanha, Mónaco ... e a 2ª mais potência económica do mundo, Japão.
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Claro os republicanos ... que até gostam do verde = Portugal e vermelho = Espanha, por alguma razão a corrente ideológica Iberista é REPUBLICANA !
E eu a pensar que tinha a ver com clubes de futebol da capital...
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O Patriotismo não é nenhum clube de futebol :
A maçonaria em Portugal (Grande Oriente Lusitano - GOL), no século XIX, esteve particularmente ligada à maçonaria de Espanha. Muitas lojas deste país estiveram sob a obediência do GOL. No seio desta organização secreta, onde floresciam as ideias republicanas, também se difundiam as teses iberistas. Na sequência do célebre ultimatum inglês (1890), Magalhães Lima (grão-mestre entre 1908-1928), publica o livro "A Federação Ibérica"(1896), onde advoga um iberismo mitigado (cultural). Estas tendências iberistas de uma corrente na Maçonaria em Portugal tem alimentado uma profunda desconfiança da população perante esta organização secreta. Neste sentido foi com algum alívio que em 1933 assistiu à sua proibição pela ditadura.
Fonte : http://lusotopia.no.sapo.pt/indexPTiber ... ancas.html (http://lusotopia.no.sapo.pt/indexPTiberismoAliancas.html)
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não mudem os politicos que governam a nossa praça e até podia vir o D.Sebastião que isto não se endireitava á mesma
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cedeu humilhantemente aos interesses ingleses em África.
A solução seria então fazer guerra contra a Inglaterra, certo? :lol:
falta de políticos sérios, patriotas e capazes, que é o que os países nórdicos têm e nós não.
Então como não temos, vamos deixar abandalhar isto, com esta República que tanto zela pelos interesses Portugueses.
98 anos de República tem muito pouco de glorioso para contar.
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O que estão a dizer é que todo o mal do país é culpa da República, os políticos da República são péssimos (o que até é verdade), se fosse a Monarquia tinhamos bons políticos. A República é a perdição de Portugal,
a República é anti-patriota, a República é a favor do iberismo, a República é feita de assassinos...
Isto é falso.
Posso apostar que se fossemos uma Monarquia estávamos como estamos hoje. Admito que na sua instauração houve, pelo menos subversivamente intuitos iberistas ou de federalismo ibérico, mas que foram dissipados logo com as eleições dos primeiros presidentes. É verdade também que a 1ª República não foi o que se esperava, nem cumpriu o que prometeu. Mas foi a primeira tentativa de esclarecimento das consciências, de alterar o sistema arcaico da sociedade portuguesa maioritariamente agricola, de impulsionar o ensino (em 1911 existiam 75% de analfabetos), de alargar a igualdade, de acabar com o domínio da crendice e obscurantismo religioso sobre a sociedade etc.
O que a República fez de mal em 98 anos? Eu também posso escrever aqui uma lista interminável de erros da Monarquia e também de grandes feitos, mas isso, vejam nos livros.
Parece que neste fórum ser monarquico é ser patriota e ser republicano é ser anti-patriota. Eu sou Republicano, e sou terminantemente contra o iberismo ou contra qualquer tipo de federalismo ibérico e sou também daqueles que vêm em Espanha uma ameaça.
Nas questões de África...Entrar em guerra com os ingleses?...Não sei...O que sei é que o orgulho e a honra portuguesa foram feridos de morte nesse dia, fomos o circo da Europa. Fomos escorraçados de África como rafeiros. Culpam a República da perda das colónias? Pois eu culpo a Monarquia da perda dos territórios entre Angola e Moçambique.
A República permite ao povo que vote, que escolha o seu Chefe de Estado, permite a qualquer cidadão candiatar-se ao mais alto cargo da nação. A República não admite privilégios de nascimento nem cargos de responsabilidade baseados em laços de sangue, que têm cariz medievalista. Eu respeito todos os monarquicos e as suas ambições á realização de uma referendo, mas apoiarei sempre a Res Publica (coisa pública).
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Essa história da República igualitária e cheia de oportunidades é toda muito bonita, mas sabemos que na realidade não se passa nada disso.
Também eu não fui sempre Monárquico. Aliás, foi há pouco tempo que me decidi, completamente farto destes políticos, desta República e do rumo para onde está a levar Portugal.
Acredito que porventura haja políticos que até sejam bastante competentes, patriotas, e que pudessem de forma competente levar este País a levantar de novo o seu esplendor. Agora se os há, ou já morreram, ou andam escondidos por Alcácer Quibir.
O Professor Salazar incorporava algumas destas qualidades, mas como tudo, tinha os seus defeitos, que foram a sua perdição.
Há até uma história engraçada, sobre a possibilidade de Salazar partilhar alguns ideiais monárquicos:
Em 1948 insistiram com ele alguns amigos para que apresentasse a sua candidatura às eleições para Presidente da República. Chegou a zangar-se.
Alguém que julgava conhecê-lo disse então:
- É um homem coerente. Sendo monárquico, tem a consciência de que, se ocupasse o lugar de Chefe do Estado, usurparia uma função que de Direito lhe não pode pertencer. Como Presidente do Conselho está à vontade, da mesma forma que o estaria como primeiro-ministro numa monarquia, à direita do seu rei. Depois, não tem saúde, nem feitio, nem tempo para se deslocar aqui e acolá, presidir a cerimónias, receber todo o bicho careta, cortar fitinhas inaugurais - toda essa massada a que um Chefe de Estado está sujeito...
Não é possível deixar de associar este comentário à história da estátua de Nuno Álvares, transferida para a Batalha por sugestão de Salazar e com uma frase que era muito do seu gosto.
Pelos anos 60 a Câmara Municipal de Lisboa quis erigir uma estátua ao Condestável. Escolheu para local a Praça da Figueira, onde foi ao depois levantada a estátua de D. João I.
Houve duas vozes que se levantaram contra a escolha do local: a do deputado Francisco do Cazal-Ribeiro e a do «Diário da Manhã». Achavam essas vozes que a praça não tinha a grandeza suficiente para o monumento a uma das principais figuras da História portuguesa Salazar concordou e, por sugestão sua, a estátua de Nuno Álvares, que já estava concluída, foi colocada junto ao mosteiro da Batalha.
- Ali é que o herói está bem - dizia Salazar. - À estribeira de seu rei, como em vida sempre andou.
Nesta frase se revelará porventura uma consciência de monárquico por sentimento, que servia o seu País não como rei, que legitimamente não poderia ser, mas à estribeira de quem ocupava, ainda que em usurpação necessária, o lugar do Rei legítimo.
Por sinal que, nas cerimónias de inauguração do monumento, manifestou ao Secretário de Estado da Presidência o desejo de ler os discursos que iam ser proferidos ali. Excluiu desse desejo o discurso que Monsenhor Moreira das Neves diria no templo. Fazia parte da cerimónia religiosa e não da civil. Não se intrometia naquela, como não permitia que bulissem no poder civil. Em todo o caso fez uma prevenção:
- Diga ao Moreira das Neves que tome cuidado, não vá ele atrás do gosto das pessoas que fazem comparações. Não gostaria nada que ele fosse comparar-me ao Nuno Álvares. E muito menos ao cavalo...
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tanto a monarquia como a republica cometeram os seus erros e perderam territórios, ninguém pode dizer o contrário pois se o disser é mentiroso ou não conhece a história. Na altura em que perdemos territórios para Inglaterra no chamado ultimato Inglês do famoso mapa cor de rosa, se fosse a republica a governar aconteceria o mesmo que aconteceu com a monarquia e o mesmo se iria passar com a descolonização de 1975 se fosse a monarquia a governar. Portugal se a memória não me falha deixou de se encontrar no mesmo patamar que os outros países da Europa a partir de 1580. Porque a partir desse ano começamos a ser roubados pelos castelhanos, a seguir a estes 40 anos de roubos vieram as guerras da restauração da independência, depois o terramoto a guerras com os franceses o fim do Brasil e mais uma panóplia de guerras com isto tudo o país começou atrasar-se. Com a republica não foi diferente pois tivemos uma ditadura estúpida e burra que em vez de levar o país para a frente preferia-o estúpido, uma guerra mundial que apenas nos serviu para manter as colónias por mais uns anos e sem contar com as possíveis guerras civis durante a republica. Se não me estou enganado Portugal só teve duas épocas de prosperidade esta que se encontra a decorrer e a altura das descobertas, os resto da nossa existência como país, foi feita de sangue e lágrimas do Povo e não como muitos dizem dos reis, nobreza , presidentes da republica ou políticos incompetentes que sempre existiram e existiram.
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Se não me estou enganado Portugal só teve duas épocas de prosperidade esta que se encontra a decorrer e a altura das descobertas
Esta época que se encontra a decorrer é uma época de prosperidade?:nice:
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Decididamente, esta não é uma época de prosperidade.
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Bem... Basicamente não estamos em guerra com ninguém nem com nenhum conflito interno... portanto podia ser pior
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Nos votamos para um presidente da républica, e isso da a sensaçao que escolhemos . A verdade é que a escolha se limita aos 2 candidatos que sao patrocinados pelas oligarquias e pelos partidos. Este patrocinio, o presidente tem que o reembolsar de uma forma ou de outra, nem sempre no interesse dos portugueses.
Este jogo do "dou-te agora depois das-me tu" nao acaba com o fim do mandato , vejam so os tachos que têm os nossos ex-presidentes (com excepçao do Ramalho Eanes, que é homem integro). O Rei nao tem pois que negociar apoios para se manter no poder !
O Rei para alem de incarnar a alma de um Povo, é o unico poder verdadeiramente isento que nao deve nada a este ou aquele partido nem a nenhum grupo de interesses economicos. É um arbitro escutado e respeitado em caso de necessidade e um ultimo recurso apartidario.
Gostaria de lembrar a açao do rei italiano que demitiu um chefe de governo portanto eleito democraticamente (Mussolini), a açao do Rei de Espanha (inviabilizou o golpe de Tejero de Molina) e mais recentemente a açao do rei da Tailandia. Neste pais teriamos concerteza uma guerra civil se em vez dum rei tivessem uma republica pois forçosamente o presidente pertenceria a uma das façoes.
VIVA O REI
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A TVI é controlada por uma empresa espanhola.
Desde que isso aconteceu o canal tornou-se uma me***.
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Só para meter mais lenha na fogueira :lol: .
D. Sebastião
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Só para meter mais lenha na fogueira :lol: .
D. Sebastião
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Na europa do sec XXI, isso nao tem hipoteses de acontecer .
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Só para meter mais lenha na fogueira :lol: .
D. Sebastião :lol:
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Uma prosperidade do caraças :)
Algum presidente da república andou na 1ª Grande Guerra a conduzir uma ambulância para retirar os feridos de zona de combate sujeito a ser abatido como El Rei D.Manuel II ? alguém criou um Hospital Ortopédico em zona de Guerra com o nome de "O Hospital do Português" como D.Manuel II ??
Os presidentes da republica desde 1910 até 1974 ( excpeto Ramalho Eanes) tiveram a coragem de ficar em casa
Algum presidente da republica andou em zona de guerra em Angola a evacuar os feridos de combate em Helicópteros da Força Aérea ? D.Duarte de Bragança fez e não deixa de ser admirado pelos seus camaradas de armas.
Algum presidente alguma vez desde 1974 teve apoio de mais de 50% da população portuguesa ? Cavaco teve 51% dos (100%-45% de abstenção), 28% da população votou nele !
Falam-se em "súbditos" mas será que ainda não pensaram que há muitas esposas "súbditas" dos maridos ? é isto uma república ? Deiam-lhes direitos de "Igualdade e Liberdade". Elas nunca tiveram de 1910 a 1974, nem sequer podiam votar ou trabalhar e ter uma profissão !
Se é uma republica laica porque é que não acabam de uma vez por todas com as ordens :
· Ordem de Cristo
· Ordem de Avis
· Ordem de Sant'Iago da Espada
São Ordens Militares "Religiosas" ! Se o Estado é Laico e a republica também então meus caros camaradas ... acabem com elas !!! Gostavam não gostavam ? Sejam coerentes !
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Só para meter mais lenha na fogueira :lol: .
D. Sebastião :lol:
A Carta Constitucional de 1828 proibia o direito ao Trono de Estrangeiros, leia alguma coisa de história por favor ...
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E os Presidentes da Republica Portuguesa que viabilizaram Salazar de 1933 a 1968 ? Esqueceram-se ?
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E os Presidentes da Republica Portuguesa que viabilizaram Salazar de 1933 a 1968 ? Esqueceram-se ?
Era mais o Botas a "viabiliza-los"...
Mas até tenho pena que o Duarte se ponha a dizer asneiras contra o dia que, ao fim e ao cabo, pôs termo à ditadura, porque só tira força aos argumentos que até existem contra a 1ª e 2ª Republicas, que vos digo enquanto republicano, foram desastres do principio ao fim.
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Mas até tenho pena que o Duarte se ponha a dizer asneiras contra o dia que, ao fim e ao cabo, pôs termo à ditadura, porque só tira força aos argumentos que até existem contra a 1ª e 2ª Republicas, que vos digo enquanto republicano, foram desastres do principio ao fim.
Asneiras, eu? Deve haver equívoco.
1a., 2a., 3a. não interessa nenhuma república.
Mas qualquer regime é prefeível ao federalismo europeu. Portugal vassalo de Bruxelas, e província de Espanha.
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Se não me estou enganado Portugal só teve duas épocas de prosperidade esta que se encontra a decorrer e a altura das descobertas
Esta época que se encontra a decorrer é uma época de prosperidade?:nice:
Sim é!! Nós vivemos muito melhor agora que viveram os meus avós na minha idade em que muitas vezes tinham que dividir uma sardinha por seis. Tu agora tens gás canalizado, electricidade televisão e muitas outras comodidades que há 30 anos era impensável. Apesar da crise que estamos a passar esta época que estamos a viver, eu continuo a ver empresas com lucros.
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esse senhor que se auto-intitula "SAR" tem o direito de manifestar as suas opiniões pessoais porque já não é o amado "botas" que governa, senão nem um piu dizia.
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Se não me estou enganado Portugal só teve duas épocas de prosperidade esta que se encontra a decorrer e a altura das descobertas
Esta época que se encontra a decorrer é uma época de prosperidade?:nice:
Sócrates?
Is that you?????
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Sim é!! Nós vivemos muito melhor agora que viveram os meus avós na minha idade em que muitas vezes tinham que dividir uma sardinha por seis. Tu agora tens gás canalizado, electricidade televisão e muitas outras comodidades que há 30 anos era impensável. Apesar da crise que estamos a passar esta época que estamos a viver, eu continuo a ver empresas com lucros.
Acho que está a confundir as coisas.
O que relata aqui, e muito bem, sobre o facto de antigamente não haver gás canalizado, electricidade, etc... trata-se mais da "evolução" em si do que propriamente de prosperidade.
Há uma grande diferença entre prosperidade e o momento actual em que vivemos. Como podemos falar em prosperidade com o enorme número de desempregados que existem? Com o número de pobres a aumentar?
E a algumas empresas sempre tiveram lucros ao longo dos tempos. Prosperidade era se uma grande parte das empresas portuguesas estivessem a ter lucros. E não estão.
Agora se compararmos com o Portugal de Dom Afonso Henriques, então podemos dizer que estamos em prosperidade! :lol:
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o nelson é banqueiro do BPN ... (ouvi dizer!)
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o nelson é banqueiro do BPN ... (ouvi dizer!) 
Meus senhores quais foram as alturas em que os Portugueses viveram melhor??
Na minha opinião foram as descobertas e agora, ou seja, desde 1987 até ao presente momento.
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o nelson é banqueiro do BPN ... (ouvi dizer!) :banana: Então está tudo explicado! 
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Não pertenço ao BPN nem tenho qualquer cargo publico ou no sistema bancário
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o nelson é banqueiro do BPN ... (ouvi dizer!) 
Meus senhores quais foram as alturas em que os Portugueses viveram melhor??
Na minha opinião foram as descobertas e agora, ou seja, desde 1987 até ao presente momento.
No tempo das descobertas viviamos do comércio das especiarias pois nunca fomos mais do que intermediários (sim,porque desenvolver o país tá quieto oh bicho!), depois vivemos do ouro do Brasil, depois das colónias africanas...em 1987 começou a chover a mama dos fundos comunitários que foram muito "bem" aproveitados....e agora vamos pedir a quem?
E dúvido que no tempo das descobertas o "zé povinho" vivesse assim tão bem...
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E dúvido que no tempo das descobertas o "zé povinho" vivesse assim tão bem...
Exacto.
O país em si estava com os cofres cheios, mas não seria o povo a usufruir dele.
Os custos das viagens, o soldo dos militares, havia muito sitio para onde canalizar os tostões, e o povo não era o principal visado.
Mas por exemplo, por alturas de Aljubarrota, o povo vivia substancialmente pior, não haja dúvida.
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Honestamente, se quisermos fazer comparaçoes entre os dois sistemas, republicano e monarquico, temos que as fazer dentro dum mesmo contexto. Comparar o nivel de vida entre a monarquia do sec XIX e a republica do sec XX ou sec XXI é muito esquisito, nao é ?
No sec XIX morria-se de fome e da peste em todos os paises, republicas ou monarquias.
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Mas qualquer regime é prefeível ao federalismo europeu. Portugal vassalo de Bruxelas, e província de Espanha.
Já vi que não podiamos estar mais longe nas nossas posições!
Ah well, viva a democracia!
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Antes de 1910 tínhamos pretígio !
De certeza que estava-mos nos 6 primeiros da Europa, hoje 27 grande troféu !
Um pequeno comentário, antes de 1910, o prestígio de Portugal tinha descido às ruas da amargura. A situação ficou expressa na declaração de bancarrota, que deixou o país visto internacionalmente como inviável.
Foi por causa da declaração de bancarrota que os alemães e os ingleses arranjaram argumentos para ocupar as colónias africanas, porque Portugal não tinha como mante-las.
A república está cheia de quistos e equimoses, mas a monarquia infelizmente não está melhor classificada, especialmente nos seus últimos anos.
O problema, como já aqui falámos várias vezes, está na própria sociedade portuguesa. Não está directamente relacionado com o sistema monárquico ou repúblicano.
Se o D. Duarte fosse proclamado Rei de Portugal, no primeiro dia em que abrisse a boca, tinha manifestações à porta a exigir a demissão do Rei.
É por isso que nós temos uma espécie de Presidente-Rei.
Nós funcionamos como uma «espécie» de monarquia electiva, em que elegemos um rei a cada 10 anos, para ir variando. O poder do presidente é pouco, mas mesmo sendo pouco tem a vantagem de ter atrás dele a legitimidade de pelo menos metade dos portugueses mais um.
Para o tipo de sociedade que temos é o sistema mais equilibrado. É muito imperfeito mas é equilibrado.
Isto dito, eu sou absolutamente contrário a um Preceito Constitucional que proíbe Portugal de ser uma monarquia.
Não aceito que a Constituição me proiba de aceitar uma Monarquia, no dia em que eu e a maioria dos portugueses acharmos que é preferível ser uma monarquia.
Mas o facto de eu achar que devemos ter essa Liberdade, não quer dizer que a utilizasse.
Cumprimentos
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Antes de 1910 tínhamos pretígio !De certeza que estava-mos nos 6 primeiros da Europa, hoje 27 grande troféu !
Então depois de 1910 veio a Liberdade ? O que tiveste este fim de semana ? Gripe ? Ou Alzeimer ? Por acaso de 1910 a 1974 houve Liberdade ? 48 anos de ditadura mais 16 de Guerra Civil ? Que raio de Liberdade ?
Podes anotar a republica é a principal responsável pela revolução de 1926 que levou em 1933 Salazar ao poder, se não houvesse 1910 não havia 1926 e o país não ficava atrasado.
1890- Revolta do Porto
1891- Bancarrota do Estado Português
1892- O deputado Ferreira de Almeida propõe a venda das colónias para se fazer face ao défice orçamental de 10 mil contos, excluindo da venda apenas Angola e a Índia; A praça de touros do Campo Pequeno é inaugurada...
1893- Ruptura das relações diplomáticas com o Brasil...
1894- Epidemia de Cólera;Governo entra em ditadura. São encerradas as Cortes e deixa de haver parlamento até Janeiro de 1895. Situação semelhante apenas ocorrera em 1847.
Etc, etc, etc...
Dizer que o Prestigio de Portugal pré 1910 "andava nas ruas da amargura" é ser optimista...
Prestigio! Qual Prestigio?
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Antes de 1910 tínhamos pretígio !De certeza que estava-mos nos 6 primeiros da Europa, hoje 27 grande troféu !
Então depois de 1910 veio a Liberdade ? O que tiveste este fim de semana ? Gripe ? Ou Alzeimer ? Por acaso de 1910 a 1974 houve Liberdade ? 48 anos de ditadura mais 16 de Guerra Civil ? Que raio de Liberdade ?
Podes anotar a republica é a principal responsável pela revolução de 1926 que levou em 1933 Salazar ao poder, se não houvesse 1910 não havia 1926 e o país não ficava atrasado.
1890- Revolta do Porto
1891- Bancarrota do Estado Português
1892- O deputado Ferreira de Almeida propõe a venda das colónias para se fazer face ao défice orçamental de 10 mil contos, excluindo da venda apenas Angola e a Índia; A praça de touros do Campo Pequeno é inaugurada...
1893- Ruptura das relações diplomáticas com o Brasil...
1894- Epidemia de Cólera;Governo entra em ditadura. São encerradas as Cortes e deixa de haver parlamento até Janeiro de 1895. Situação semelhante apenas ocorrera em 1847.
Etc, etc, etc...
Dizer que o Prestigio de Portugal pré 1910 "andava nas ruas da amargura" é ser optimista...
Prestigio! Qual Prestigio?
Pode agradecer a época de prosperidade aos seus amigos republicanos !
A situação econónima antes e depois de 1910
A regeneração foi na verdade um “boom” económico que poderia ter adiantado os actuais níveis de vida em 30 anos, não tivesse sido a revolução de 1910 as crises económicas de 1890 e a implantação da republica no Brasil…
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F1.bp.blogspot.com%2F_fCNAShPkCH0%2FSMqylQgTmjI%2FAAAAAAAAAx8%2FEYYtmB0yDqY%2Fs400%2Fimg337.jpg&hash=2fba3fe285ae592995a4f90475913b43)
A linha azul mostra a evolução do rendimento “per capita” durante a monarquia, no período de 1855 ate 1910
A linha vermelha mostra a evolução do nível de rendimento durante a I República
A linha vermelha fina mostra a “tendência” (trend) que o ciclo económico poderia ter levado se não tivesse havido aqueles 16 anos ,entre 1910 e 1926
1- O 1910
Em 1855 o PIB era de 248.000 contos de reis, para uma população de 3.901.000 indivíduos, tal significava um rendimento per capita de 82 escudos (escudos de 1914). Esse rendimento viria a subir até 176 escudos (escudos de 1914), ou seja 114 % em 33 anos. A manter-se esse ritmo , o rendimento real per capita em 1921 teria sido de 189 escudos e não 90 como efectivamente foi (um hiato de 110%), sendo que era um valor inferior ao auferido em 1799.
Não podemos dizer que o nível de vida em 1799 fosse melhor do que em 1921, embora os dados indiquem nesse caminho, mas podemo-nos questionar onde foram parar os 110% de rendimento per capita, ou mesmo como foi possível a um país com um PIB real de um milhão de escudos em 1910 regredir para metade desse valor em 11 anos (555 000 contos em 1921). Para um país com seis milhões de almas e um rendimento per capita de 90 escudos… pode dizer-se que em 11 anos (1910-1921) Portugal efectivamente regrediu mais de 60 anos, anulando todo o desenvolvimento que a regeneração havia feito, condenando o país a um eterno atraso de uma a três décadas.
2- A REPUBLICA DO BRASIL E AS CRISES DA DECADA DE 90
Que ocorreu então entre 1890 e 1910 ?. A economia quase estagnou, mesmo apesar de em 1910 ter atingido o maior valor para o Rendimento Interno até então conseguido (1.007.000 contos a preços constantes de 1914). Mesmo apesar da enorme dívida que todos os anos crescia 11.000 contos, o país crescia… não havia uma tendência no sentido da descida, como se veio a verificar desde 1910 até 1921.
Para cumprir os programas de fomento necessários Portugal tinha obrigatoriamente de recorrer ao crédito internacional, e para isso era obrigatória a entrada no sistema do “livre câmbio”, através do sistema “padrão ouro” (cada moeda valia efectivamente uma quantidade fixa de ouro).
Esta abertura ao exterior era um enorme risco para uma economia ainda agrícola e a prová-lo estão as pautas aduaneiras portuguesas, que eram à altura as mais elevadas da Europa (o Estado cobrava em média 30% sobre as importações) o que no fundo reflecte o carácter proteccionista sobre a industria nacional.
Mas não se pode dizer que Portugal fosse efectivamente uma economia aberta, pois o peso das importações e exportações nunca ultrapassou os 7% (em Inglaterra a média era de aproximadamente 20%). Só com advento da República é que esta fasquia foi ultrapassada tendo a Balança comercial registrado desvios de 21 pontos percentuais com as importações a representarem 28% do PIB (1921) face aos 7% das exportações.
A real abertura da economia não advinha da balança comercial mas da exportação de trabalhadores (emigração - modelo idêntico ao italiano, com as mesmas consequências). Portugal exportava os trabalhadores, que enviavam remessas sob a forma de letras de câmbio sobre a praça de Londres (porque o Brasil tinha mais relações económicas com Inglaterra) permitindo aos nacionais e ao Estado ter crédito para contrair empréstimos.
Então tudo o que se passava no Brasil tinha reflexos imediatos no valor da moeda face á libra. Isto foi verdade na guerra do Paraguai (1868-71) e particularmente grave na implantação da republica do Brasil (1890-1907).
A desvalorização da moeda face ao exterior provocava o imediato aumento da Divida Pública e de facto o crescente endividamento que se verifica desde 1890 não advém de um endividamento real, mas do seu menor valor. Na altura todos queriam ver culpados no Fontes Pereira de Melo ou numa conspiração inglesa. Foi num estudo de 1915 ( “O Ágio”, Salazar) por um académico de nome Oliveira Salazar, que se provou o que já era sugerido por alguns… Foi o câmbio da moeda brasileira que determinou o câmbio da moeda nacional até 1907.
Tudo estava bem se tudo estivesse bem no Brasil (e D. Carlos sabia-o), mas desde Novembro de 1889, com o fim da monarquia no Brasil que este pais descambou num Carnaval de golpes de Estado, sendo que em 1891 já as praças internacionais previam a bancarrota, com o cambio da moeda portuguesa a cair 25 % e as transferências do Brasil a passarem de 4355 contos (1888) para 800 contos em 1891, uma queda de 80%
Portanto foi uma consequência da conjuntura internacional, o que determinou a fraca performance económica (1890-1907), sendo que o PIB per capita de 1909 só seria igualado em 1928…19 anos de diferença! e a prova do fracasso da I republica
De facto a I república foi um fracasso, não só ideológico como social. O Liberalismo assentava grande parte do seu pensamento no equilíbrio do Poder pela sua divisão. Ao monarca, o poder moderador contrapunha o poder executivo do governo e das assembleias. Mas a implantação da República apenas veio vincar o acrescido gosto pelo poder que as “elites” vinham vindo a adquirir e o quanto era incomoda a presença de um poder moderador. A enorme liberdade de movimento financeiro e executivo dos sucessivos governos veio provar que a independência orçamental tinha sido subestimada e que esta era de facto mais forte do que os poderes consignados na Constituição…mas seria de facto mais eficiente?
A República implanta-se muito devido ao escândalo dos tabacos, que em 1926 ainda não tinha sido resolvido.
O aumento do nível de vida foi uma mentira escabrosa… as diferenças sociais aumentaram, e se em 1910 não se vivia muito bem, em 1921 nem pão havia para comer, o que diz muito da igualdade entre os homens!
A dívida pública aumentou e não se construíram quaisquer estruturas. É legitimo perguntar-se para que serviu a republica ou se a monarquia era assim tão desnecessária.
Bom entre a linha azul e a vermelha a única diferença (do gráfico) é o Rei porque o resto estava lá tudo: as estruturas, os políticos, as mentiras e omissões!
…afinal a monarquia fez falta!
Fonte : Leonidas, Somos Portugueses, Forum Realistas
Cumprimentos Monárquicos
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Caraças, façam um abaixo assinado para um Referendo Monarquia vs. República que eu sou o primeiro a assinar!!!!
A ver se se calam, os adoradores do "Search and Rescue" (tb conhecido por SAR)
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Eu não tenho problema nenhum com a possível realização de um referendo. Mas então também temos de aceitar um referendo á Democracia, ao sistema económico etc.
Porque se a Monarquia parece bem a uns, um sistema com economia planeada parece bem a outros.
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Eu não tenho problema nenhum com a possível realização de um referendo. Mas então também temos de aceitar um referendo á Democracia, ao sistema económico etc.
Porque se a Monarquia parece bem a uns, um sistema com economia planeada parece bem a outros.
Não está a confundir nada ?
E as monarquias com "sistema com economia planeada" ? As ditas nórdicas ? acha que alguma vez esse "sistema" seria aplicado com sucesso cá numa república
... duvido
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Uma monarquia nórdica só teria sucesso em Portugal se Portugal fosse habitado por nórdicos
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Uma monarquia nórdica só teria sucesso em Portugal se Portugal fosse habitado por nórdicos :roll:
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Uma monarquia nórdica só teria sucesso em Portugal se Portugal fosse habitado por nórdicos :roll:
Eu cá gostava que Portugal, tivesse o mesmo desenvolvimento tecnológico parecido com os isrealistas
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Se calhar estou enganado...
Pensei que uma economia planeada era uma teoria marxista/comunista e acho que nos países nórdicos vigora uma economia de mercado.
Não sei...
O que eu queria dizer é que se se referendar uma coisa também se deve referendar a outra.
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ah mas tomara a nós ter o modelo social -democrata da Suécia ...tomara a nós...
ao invés do "bloquismo-centralismo-chupismo"
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Se calhar estou enganado...
Pensei que uma economia planeada era uma teoria marxista/comunista e acho que nos países nórdicos vigora uma economia de mercado.
Não sei...
O que eu queria dizer é que se se referendar uma coisa também se deve referendar a outra.
Economia de mercado nos países nórdicos é de cariz social-democrata ou seja Socialista Democrata
Não tem nada a ver uma coisa com a outra.
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A propósito disso tudo :
"Presidente da República pede algo que não conseguiu ,nem quis, produzir enquanto foi chefe de Governo por mais de uma década. Portugal sofre hoje de uma imensa falha estrutural no sistema produtivo após 20 anos de desinvestimento no sector secundário em favor da terciarização da economia portuguesa para obter maiores indices de crescimento do PIB, via procura interna.
Actualmente o paradigma produtivo mundial alterou-se de mão de obra intensivo (linhas de produção onde a mão de obra é o factor mais relevante ) para capital intensivo (o investimento e a mão de obra qualificada em pequena quantidade) de pouco ou nada servindo a flexibilização das leis do trabalho e a revisão do Codigo do Trabalho em nome de uma competitividade que já não existe...mão de obra barata
(4 de Dezembro de 2008) Lusa"
Eu eu pergunto quem foi o primeiro ministro há 20 anos ??? POis, neste sistema um primeiro ministro pode fazer asneira e depois é promovido a presidente ... um Rei jamais faria tal coisa !
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O discurso está bom, e pessoalmente concordo com as opiniões expressas. Agora, será que não puderiam parar de chamar a este homem "Sua Alteza Real". É uma pirosice/parolice de todo o tamanho.
1o. Quando é que este homem foi coroado Rei de Portugal?
2o. Portugal é uma república não é uma monarquia.
3o. O sr. Duarte é um pretende ao trono de Portugal, se no futuro o país se decidir a re-instituir a monarquia, pois por agora, não passa de isso, um pretende.
4o. Mesmo que Portugal volte a ser uma monarquia, não há guarantia nenhuma que seria este o "escolhido" para ser rei de Portugal, quem sabe a vontade pública não seria ver instituir o Mario Soares como rei deste país. Tudo é possível, inclusivo o desejo de ter uma nova dinastia.
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SmokeOn -> Você pretende afirmar que a decadência do país não existiu, esquecendo a realidade do final do século XIX e inicio do século XX.
O país entrou em bancarrota por duas vezes !
Como é que você consegue passar por cima dessa realidade ?
O problema não era a monarquia, é verdade e como se viu a solução não foi a Repúiblica.
O problema é que se a República não resolveu o problema, a Monarquia conseguiu ser pior ainda.
Os portugueses são como são e não vão mudar de um dia para o outro. E há muitos casos de monarquias que passaram a repúblicas, mas não são assim tantos os de repúblicas que passaram a Monarquias.
Além disso, desde quando a Finlandia deixou de ser um país Nórdico ?
Os Estados Bálticos são tão Nórdicos como a Finlandia, quanto os finlandeses ou os suecos (muitas origens idênticas se exceptuarmos os eslavos russos). Que eu saiba todos eles optaram por ser repúblicas.
Temos monarquias evoluidas, como temos monarquias corruptas e miseráveis, como a monarquia cubana, a monarquia norte-coreana ou as monarquias do Golfo Pérsico.
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Realmente o Sr. D. Duarte não é Alteza Real, porque o país é uma República. Ele sería Sua Alteza Real, quando e se os portugueses achassem que ele deveria ser Rei.
Pessoalmente, considero a instituição monárquica como uma espécie de Simbolo do Estado, e acho que se deve o respeito a D. Duarte, como Pretendente ao Trono, mas como disse o Dremanu, peço desculpa, mas chamar Sua Alteza ao homem também me parece um bocado para o parolo.
Faz lembrar a mania portuga de chamar Senhor Doutor a todo o burro que sai da universidade com um diploma, mas que quando toca a chegar à vida real não é capaz de escrever uma carta.
Cumprimentos
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Se o Senhor Dom Duarte fosse Rei, nao seria "Sua Alteza Real" mas sim "Sua Majestade" ...e assim é para os portugueses que assim o entendem : por exemplo para mim e para a minha familia toda , apesar de sermos uma familia de pedreiros e de costureiras sem ponta de sangue azul.
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Uma monarquia nórdica só teria sucesso em Portugal se Portugal fosse habitado por nórdicos :wink:
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não há guarantia nenhuma que seria este o "escolhido" para ser rei de Portugal, quem sabe a vontade pública não seria ver instituir o Mario Soares como rei deste país. Tudo é possível, inclusivo o desejo de ter uma nova dinastia.
:amazing: A dinastia Chuchalista, D. Bochechas I
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O "SAR" ou de "Sua Majestade" é apenas uma questão de educação, tal como vocês, quando tratam o vosso médico por "Doutor" ou "Sr.Doutor".
Não é algo obrigatório! Nem faz sentido uma discussão acerca disso...
Quando ele foi entrevistado no Portugal no Coração, lembro-me que o trataram apenas por "Dom Duarte". E ele não se pôs a refilar, pedindo para o tratarem por "SAR", ou seja o que fôr...
E deixem-me dizer-vos, é uma pessoa bem mais afável do que muitos "Doutores" e "Engenheiros" da nossa praça.
Faz lembrar a mania portuga de chamar Senhor Doutor a todo o burro que sai da universidade com um diploma, mas que quando toca a chegar à vida real não é capaz de escrever uma carta.
Para mim, desde pequeno, Doutores são os Médicos! Não trato outra profissão por Doutor!
Mais nada!
por exemplo para mim e para a minha familia toda , apesar de sermos uma familia de pedreiros e de costureiras sem ponta de sangue azul.
Moi aussi!
Que é para não dizerem que os Monárquicos são todos " Beatos, Fadistas e Jet-Set"
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não há guarantia nenhuma que seria este o "escolhido" para ser rei de Portugal, quem sabe a vontade pública não seria ver instituir o Mario Soares como rei deste país. Tudo é possível, inclusivo o desejo de ter uma nova dinastia.
:amazing: A dinastia Chuchalista, D. Bochechas I :P Para isso deixo de ser Monárquico!
Qual melhor que a Casa de Bragança, fundada pelos filhos dos Grandes Dom João I e do Condestável, para servir o nosso país?
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Os cidadãos Dom [sic] Afonso de Santa Maria de Bragança, nascido em 25/03/1996 na freguesia de São Domingos de Benfica do concelho de Lisboa e Dom [sic] Dinis de Santa Maria de Bragança, nascido em 25/11/1999 na freguesia de São Pedro de Penaferrim do concelho de Sintra, ficarão conhecidos por toda a vida por terem como primeiro nome próprio a palavra "Dom", graças às "reais" cag*neiras do senhor seu pai :P
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Quanto à economia não preciso de dizer mais nada, o gráfico e o estudo comprovam o que digo.
Quanto ao resto antes de driblarem sobre se D.Duarte é ou não quem é gostaria de vos dizer que ele não gosta que o tratem por SAR, prefere somente D.Duarte de Bragança.
Quanto ao resto efectivamente vivemos numa republica mas deixo-vos este parecer de um dos orgãos da dita :
Ministério dos Negócios Estrangeiros
O Senhor Secretário Geral solicitou ao Departamento de Assuntos Jurídicos que emitisse a sua opinião relativamente ao caso do Sr. Rosário Poidimani e às suas actividades no estrangeiro envolvendo o nome de Portugal e da Casa de Bragança.
Solicitado que foi o parecer deste Departamento, cumpre emiti-lo.
I. DAS NORMAS DE SUCESSÃO NA CHEFIA DA CASA REAL DE PORTUGAL
Cabe, de antemão, precisar as normas que regem a transmissão de títulos nobiliárquicos, em particular aqueles associados à realeza de Portugal, para enfim confrontar a legitimidade de Rosário Poidimani, por oposição a D. Duarte Pio de Bragança.
As regras sobre a sucessão régia, ou neste caso sobre a sucessão na chefia da Casa Real, em Portugal a Sereníssima Casa de Bragança, fazem parte do direito costumeiro internacional, não se encontrando estabelecidas em nenhum texto consolidado, antes emergindo da ordem social europeia e dispersas pelos vários sistemas constitucionais europeus ao tempo das grandes Monarquias Europeias, dos quais hoje sobrevivem apenas alguns de que são exemplo o do Reino Unido, da Espanha, da Dinamarca, da Bélgica, do Luxemburgo, do Mónaco, etc.
Em Portugal, algumas dessas normas encontraram expressão escrita nas Constituições Monárquicas - Constituição de 1822, Carta Constitucional de 1826 e Constituição Política de 1838.
Em 1911, com a primeira Constituição republicana, foram expressamente revogadas todas as disposições constitucionais anteriores, pelo que deixaram de valer na ordem jurídica portuguesa. Não deixam, contudo de servir de referência escrita mas apenas na parte que corresponde às mencionadas normas da tradição dinástica europeia.
De tal tradição resulta que:
1. A sucessão da Coroa segue a ordem regular de primogenitura, e
representação entre os legítimos descendentes do monarca reinante (ou do chefe da Casa Real, num regime não monárquico), preferindo sempre a linha anterior às posteriores e, na mesma linha, o grau de parentesco mais próximo ao mais remoto e, no mesmo grau, o sexo masculino ao feminino e, no mesmo sexo, a pessoa mais velha à mais nova.
2. Extinta a linha da descendência do monarca reinante (ou do chefe da Casa Real num regime não monárquico) passará a Coroa às linhas colaterais e, uma vez radicada a sucessão em linha, enquanto esta durar, não entrará a imediata.
3. A chefia da Casa Real, bem como a Chefia do Estado, só poderá ser
assumida por pessoa de nacionalidade portuguesa originária.
4. Extintas todas as linhas dos descendentes e colaterais, caberá ao regime (Cortes, Parlamento, Conselho da Nobreza ou Povo) chamar à chefia da Casa Real uma pessoa idónea a partir da qual se regulará a nova sucessão.
5. A descendência do chefe da Casa Real nascida fora do seu casamento oficial - entenda-se canónico - está afastada da sucessão da Coroa, salvo por intervenção expressa do regime (Cortes, Parlamento, Conselho da Nobreza ou Povo) e nunca do próprio monarca.
6. Mesmo em exílio, a sucessão real mantém-se, com todos os privilégios, estilos e honras que cabem ao chefe da Casa Real não reinante.
II. DA SUCESSÃO NA CHEFIA DA CASA REAL DE BRAGANÇA
De acordo com aquele direito costumeiro, a sucessão na chefia da Casa Real Portuguesa deu-se do seguinte modo:
. D. Pedro IV de Portugal, I do Brasil, irmão de D. Miguel, abdicou do Trono Português.
. D. Maria II, seguinte na linha de sucessão, assumiu o trono.
. A descendência de D. Maria II manteve o Trono até 1910, aquando da Implantação da República.
. D. Manuel II, último Rei de Portugal, morreu no exílio, sem descendentes, nem irmãos legítimos.
. A linha colateral mais próxima, mantendo a nacionalidade portuguesa, de acordo com as normas sucessórias era a linha que advinha de D. Miguel, irmão de D. Pedro IV. Desse modo, o filho de D. Miguel, Miguel Maria de Assis Januário tornou-se legitimamente o novo chefe da Casa Real de Bragança por sucessão mortis causa de D. Manuel II.
. Ainda no exílio, sucedeu a D. Miguel [agora, de Bragança], seu único filho varão D. Duarte Nuno de Bragança e a este o actual chefe da Casa Real, D.Duarte Pio de Bragança.
. Em 1950, por Lei da Assembleia Nacional, a Família Real portuguesa foi autorizada a retornar ao território nacional.
Porque alguns defendiam que se mantinha em vigor a disposição da
Constituição de 1838 que excluía da sucessão a linhagem de D. Miguel, irmão de D. Pedro IV, e para explicitamente reconhecer essa linha colateral como seguinte na sucessão a D. Manuel II, este ex-monarca e D. Miguel Maria de Assis Januário assinaram um documento, conhecido como o Pacto de Dover, onde o primeiro reconhecia a legitimidade para a sucessão ao filho de D. Miguel, D. Duarte Nuno. Na verdade tal Pacto era juridicamente desnecessário, pois com a Constituição de 1911 haviam sido revogadas todas as disposições constitucionais anteriores.
III. DA LEGITIMIDADE NO USO DO TÍTULO A QUE SE ARROGA ROSÁRIO POIDIMANI
O Sr. Rosário Poidimani alega ser o legítimo sucessor do último Rei de
Portugal, D. Manuel II e, como tal, pretendente ao trono de Portugal e
verdadeiro chefe da Casa Real de Bragança. Invoca essa sua legitimidade com base nos seguintes factos:
. No exílio, o último Rei de Portugal, D. Manuel II, entretanto casado com a
princesa Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen, veio a falecer em 1932
sem deixar descendentes.
. Terá, entretanto, sobrevivido uma filha ilegítima do Rei D. Carlos, pai de
D. Manuel II, chamada D. Maria Pia de Saxónia Coburgo de Bragança, nascida
em 1907, também conhecida por Hilda Toledano.
. Esta filha ilegítima terá sido baptizada por vontade de seu pai, o Rei D.
Carlos, numa paróquia de Alcalà de Henares, perto de Madrid, e o mesmo
soberano ter-lhe-á atribuído, por carta, todas as honras, privilégios e
direitos dos Infantes de Portugal.
. Não tendo quaisquer outros sucessores, e considerando-se legítima
pretendente ao trono português, D. Maria Pia de Bragança terá abdicado dos
seus direitos em favor de Rosário Poidimani, por meio de documento
presenciado por notário.
III.A. Da bastardia
Como referido anteriormente, a sucessão à chefia da Casa Real faz-se de
acordo com as normas costumeiras que afastam da mesma sucessão a
descendência ilegítima, outrora designada bastardia. Assim, mesmo provada a
existência de uma filha ilegítima de El-Rei D. Carlos, mesmo por vontade
daquele monarca, ela não poderia jamais suceder na chefia da Casa Real.
Simili modo, quando El-Rei D. João II, que viria a morrer sem descendência legítima, tentou “legitimar” seu filho bastardo, D. Jorge de Lencastre, não o conseguiu, tendo-lhe sucedido no trono o seu primo e cunhado D. Manuel I, Duque de Beja.
De facto, o único descendente real ilegítimo que conseguiu subir ao Trono
Português foi D. João I. Seu meio-irmão, D. Fernando I deixara como único
herdeiro legítimo uma filha, D. Beatriz, casada com o Rei de Castela. Essa
ainda chegou a ser Rainha de Portugal, mas por fortes oposições internas por
temor de que Portugal perdesse a independência com aquela união real dos tronos de Portugal e de Castela, e após um sangrento interregno, tomou o Trono o Mestre de Avis, D. João I, bastardo de El-Rei D. Pedro I, com o apoio legitimante da Nobreza e do Povo portugueses.
III.B. Do direito a outros títulos
Na tradição dinástica europeia, e designadamente portuguesa, era prática reiterada que o monarca, quando fosse o caso, conferisse aos seus descendentes ilegítimos outros títulos para que, não obstante não poderem suceder-lhe na coroa, não ficassem de todo desligados da sua hereditariedade real. O próprio 1º Duque de Bragança era filho ilegítimo do mencionado Rei D. João I.
D. Maria Pia, pretensa filha ilegítima de El-Rei D. Carlos, não reivindicou
o uso de qualquer outro título que o Rei lhe tivesse concedido, porque
apenas esse título poderia ter sido transmitido ao Sr. Rosário Poidimani, com o aval do Chefe da Casa Real.
III.C. Do acto de abdicação
Mais se esclarece que quando um titular abdica, não o pode fazer designando
um sucessor. A designação do sucessor cabe às normas dinásticas vigentes.
Assim, sem conceder que D. Maria Pia de Bragança fosse a herdeira de D.
Manuel II, o acto de abdicação só seria válido per se, sem a designação de
um sucessor cuja relação de parentesco com a abdicante é, minime, obscura.
Mas, visto não ser D. Maria de Bragança a legítima sucessora, em nada
adianta o acto de abdicação e menos ainda o facto de ter sido lavrado em
notário que, não obstante a validade formal, é nulo porque carece de
legitimidade.
IV. DO RECONHECIMENTO E DO “APANÁGIO” À CASA REAL DE BRAGANÇA E AO SEU
LEGÍTIMO TITULAR
Refere o Sr. Rosário Poidimani, uma comunicação do Consulado Geral de Milão, Março de 1992, em que se informa que D. Duarte Pio de Bragança usufrui de
uma habitação oferecida pelo Governo da República Portuguesa (”usufruisce di
una abitazione messa a sua disposizione dal Governo della Repubblica
Portoghese”). Igualmente numa comunicação do mesmo Consulado, de Julho de
2005, se afirma que ao mesmo herdeiro da Casa Real é conferido também o
respectivo apanágio (”anche del relativo appannaggio”). Por fim, em nome dos
cidadãos portugueses, inquere o Sr. Rosário Poidimani, na mesma carta de
Fevereiro de 2006 em que refere as anteriores comunicações, ao abrigo de que
norma tem o Senhor de Santar direito ao uso de uma casa paga pelos
contribuintes portugueses (”di quale provedimento il signor di Santar
avrebbe in uso una casa a spese dei contribuenti portoghesi”) e em que capítulo de despesa [do Orçamento do Estado] se encontra aquele apanágio,
qual o montante e se é conferido a título vitalício ou a prazo (”in quale
capitolo di spesa sai inserito tale appannaggio, a quanto ammonta e se sia a titolo vitalizio o limitato nel tempo”).
Embora de pouca relevância prática, impõe-se esclarecer a questão.
De facto, a mencionada comunicação de 1992 informava erroneamente sobre a
habitação do Duque de Bragança. Na verdade, o Estado Português nunca suportou qualquer habitação do herdeiro da Casa Real. Houve, de facto, uma imposição do Chefe do Governo, António de Oliveira Salazar, em 1950, para que a Fundação da Casa de Bragança - fundação privada de utilidade pública para testemunhar a história e manter os bens da Casa de Bragança após a morte de D. Manuel II, em cujo conselho de administração se encontra um representante do Governo - aquando do retorno da Família Real, providenciasse a sua condigna instalação em Portugal, precisamente para não ser o Estado a suportar tais despesas. Foi-lhes então cedido, a custas da
fundação, o Palácio de S. Marcos em Coimbra, onde se mantiveram até 1974.
No conturbado período pós-revolução de 25 de Abril de 1974, o Duque de
Bragança, procurou assegurar a sua permanência aquirindo uma vivenda perto
da Vila de Sintra que permanece, hoje, a sua residência e sede da Casa Real
de Bragança. Esta casa e espaços circundantes, são propriedade pessoal do
mesmo D. Duarte Pio de Bragança.
Quanto ao apanágio, entendido como tributo monetário, é de todo infundada a
sua existência. O Estado Português nunca conferiu qualquer dotação
orçamental para a manutenção da Casa de Bragança. Qualquer despesa ou
remuneração da parte do Estado para com os Duques de Bragança foi e será
sempre a título de serviços prestados em nome de Portugal, designadamente
pela sua representação política, histórica ou diplomática.
No que concerne ao apanágio, com o significado de privilégio, regalia ou
tratamento de maior dignidade, a República Portuguesa não promove a
distinção de classes, pelo contrário, propugna a igualdade de todos os
cidadãos perante a lei.
Por outro lado, o Estado Português, que é hoje uma República com quase 100
anos, viveu os anteriores 8 séculos de História de Portugal em regime de
monarquia. A Casa de Bragança e o seu legítimo titular são, no presente,
herdeiros e sucessores da Casa que presidia àquele regime.
Como herdeiros da tradição monárquica, é praxis do Estado Português que os
Duques de Bragança testemunhem presencialmente os mais importantes momentos
da vida do Estado como algumas cerimónias oficiais, designadamente aquelas
que envolvem a participação de membros da realeza mundial. De igual modo,
são os Duques, várias vezes, enviados a representar o Povo Português em
eventos de natureza cultural, humanitária ou religiosa [católica] no
estrangeiro, altura em que lhes é conferido o Passaporte Diplomático ao
abrigo do n.º 3 b) e do n.º 5 do art.º 2.º do Decreto-Lei nº 70/79, de 31 de
Março (Lei dos Passaportes Diplomáticos).
Importa, ademais, esclarecer que ao reconhecimento do Estado Português, se
junta o reconhecimento tácito das restantes casas reais da Europa e do
Mundo, com as quais a legítima Casa de Bragança partilha laços de
consaguinidade, reconhecimento esse que encontra expressão nas constantes
solicitações dessas mesmas casas para que os Duques de Bragança se associem
aos seus mais dignos eventos.
V. DO DIREITO À UTILIZAÇÃO DE OUTROS TÍTULOS, DO DIREITO A OSTENTAR BRASÃO,
DA MESTRIA DAS ORDENS NOBILIÁRQUICAS E HONORÍFICAS MONÁRQUICAS E DO
TRATAMENTO POR “SUA ALTEZA REAL”
A Guardia di Finanza em Gallarate, Itália, numa comunicação para o Consulado
Geral de Portugal em Milão, de Março de 2006, procura saber se são
reconhecidos ao Sr. Rosario Poidimani, pela República Portuguesa, os títulos
de “Principe de Saxónia Coburgo de Bragança”, o tratamento de “Sua Alteza
Real” e o título de “Pretendente ao trono de Portugal e Chefe da Casa Real
de Portugal”, com o direito de ostentar o “brasão”, o direito de transmitir
o título e outros direitos conexos ao Mestrado das Ordens dinásticas da Real
Casa de Portugal.
Pois bem, a utilização, em Portugal, do título de Príncipe respeita apenas
ao sucessor do legítimo chefe da Casa Real de Bragança. Por tradição esse
sucessor - hoje, D. Afonso de Santa Maria, filho primogénito de D. Duarte
Pio de Bragança - adquire, com o nascimento, o título de Príncipe da Beira.
De todo o modo, nunca seria um Príncipe da linhagem de Saxe-Coburgo-Gotha
porque tal linhagem terminou em Portugal com a morte de D. Manuel II.
Ainda, pelo direito dinástico internacional e por tradição, o título de
Presuntivo Herdeiro ao Trono de Portugal está reservado para o uso pessoal
do Duque de Bragança, como verdadeiro sucessor dos Reis de Portugal.
Do mesmo modo, a mestria das ordens nobiliárquicas e honoríficas monárquicas
compete ao legítimo sucessor dos Reis de Portugal, o Duque de Bragança.
Apenas a ele compete conferir foros de nobreza e títulos honoríficos. Deve,
porém, ressalvar-se que, para efeitos de documentação oficial, apenas são
reconhecidos pelo Estado os foros e títulos conferidos antes de 5 de Outubro
de 1910 e desde que o direito ao seu uso seja devidamente provado, nos
termos do Decreto n.º 10537, de 12 de Fevereiro de 1925 .
Quanto ao tratamento por “Sua Alteza Real”, o Protocolo de Estado Português
respeita as regras de deferência social e o protocolo internacional, pelo
que nas cerimónias em que participam os Duques de Bragança, e na
correspondência oficial que lhe é remetida, é-lhes conferido o mesmo estilo
de “SS.AA.RR.”.
No que concerne a ostentação de brasões, ou armas de família, desde 1910 o
regime encontra-se liberalizado em Portugal. Para efeitos de protecção
jurídica, os brasões ou armas de família são equiparados a símbolos,
logótipos ou marcas, devendo todavia respeitar as regras da
não-confundibilidade e da leal concorrência.
VI. DA CELEBRAÇÃO DE NEGÓCIOS JURÍDICAMENTE VINCULANTES POR QUEM USA TÍTULO
REAL OU NOBILIÁRQUICO
Ainda que se considere provado, nos termos anteriormente referidos, o
direito a usar um título nobiliárquico, o mesmo Decreto n.º 10537 estabelece
que a intervenção em acto, contrato ou documento, que haja de produzir
direitos e obrigações, é antes de mais exigido o nome civil. Se a esse se
juntar a referência honorífica ou nobiliárquica, deverá de novo ser provado
o direito ao seu uso.
VII. DE IUS LEGATIONIS E DO RECONHECIMENTO COMO SUJEITO DE DIREITO
INTERNACIONAL
Consta da documentação fornecida que o Sr. Rosário Poidimani, e respectivos
caudatários, têm aberto “representações diplomáticas” da Real Casa de
Portugal, pelo território italiano.
A capacidade de enviar e receber representantes diplomáticos, ou Ius
Legationis, pertence exclusivamente ao Estados e às Organizações
Internacionais. São eles os principais actores do Direito Internacional.
O Ius Legationis é prioritariamente uma competência dos Estados, que são o
substrato da Comunidade Internacional. A eles, Estados, cabe desenvolver
relações amistosas com as outras nações, independentemente da diversidade
dos seus regimes constitucionais e sociais (Convenção de Viena sobre
Relações Diplomáticas, celebrada em 18 de Abril de 1961).
O Ius Legationis e o Ius Tractum (Direito de concluir Tratados), são as
competências internacionais que mais evidentemente resultam da soberania dos
Estados. Mas a formação das Organizações Internacionais e a evolução da
comunidade internacional implicou em grande parte a transferência de algumas
dessas faculdades soberanas, e a partilha de outras. Dotadas dessa soberania
transferida pelos Estados, as Organizações Internacionais já podem, hoje,
celebrar tratados e receber ou enviar representações diplomáticas.
Ulteriormente, tem também ganho importância o indivíduo como sujeito de
Direito Internacional, mas com evidentes limites: não dotado de soberania o
indivíduo não possui as competências clássicas dos Estados. Ele é mero
sujeito de direito Internacional na medida em que direitos e deveres
nascidos de convenções internacionais, celebradas por Estados e/ou
Organizações Internacionais, recaiam na sua esfera pessoal.
Porque nem o Sr. Rosário Poidimani, nem a sua “Real Casa de Portugal”
dispõem de soberania, não lhes pode ser reconhecido qualquer Ius Legationis.
E ainda que, como parece ser seu plano, pretenda instalar o seu “Estado”
numa ilha do Mar Adriático, tal pretensão parece não ser exequível pois a
constituição de um Estado está sujeita ao cumprimento dos seguintes
requisitos:
. existência de um Povo, cultural, histórica e axiologicamente organizado;
. existência de um Território, independente. A compra de um território à
Croácia, não confere independência ao mesmo;
. existência de um Governo, organizado;
. efectiva conexão entre os três anteriores elementos. Ainda que a “Real
Casa de Portugal” venha a formar o governo, se o povo é croata, não parece
haver qualquer ligação entre os dois.
Cumpridos aqueles requisitos, a soberania está ainda dependente do
reconhecimento da comunidade internacional.
VIII. DA OFENSA AO BOM NOME DE PORTUGAL E À CASA DE BRAGANÇA
Do que é dado conhecer pela documentação fornecida, encontra-se em curso uma
acção penal na qual é arguido principal o Sr. Rosário Poidimani, nas
competentes sedes jurisdicionais italianas, pela alegada prática dos crimes
de fraude, evasão fiscal, coacção, burla, extorsão e mesmo usurpação de
funções públicas.
Não obstante a acção penal em curso, a actuação como “Duca di Bragança”,
Chefe da “Real Casa de Portugal” e “Príncipe de Saxónia de Coburgo e de
Bragança”, e de, por esse meio, se ter feito passar por representante do
Estado Português, ao ponto de ter, inclusive, aberto “Consulados” da “Real
Casa de Portugal”, conferiu fé pública aos seus actos e revelou-se lesiva
para o bom nome de Portugal e da legítima Casa de Bragança.
Por outro lado, no que concerne à apropriação ilegítima do título de Duque
de Bragança, entende-se - e é nesse espírito que a Republica Portuguesa tem
mantido a legislação sobre o uso de títulos nobiliárquicos (Decreto do
Governo n.º 10537, de 12 de Fevereiro de 1925) - que os títulos ou forais
correspondem a antigas tradições de família, pelo que elementos importantes
da identidade pessoal e familiar. Mesmo em regime republicano, não proteger
os legítimos titulares do uso ou apropriação indevida dos seus títulos
implica uma violação da norma prevista no art.º 26.º da Constituição da
República Portuguesa (direito à identidade pessoal, ao desenvolvimento da
personalidade, ao bom nome e reputação, à imagem.).
Acresce que o Sr. Rosário Poidimani tem ostentado um brasão que, até 1910,
correspondeu ao brasão do Chefe de Estado de Portugal, acção que parece
configurar um uso abusivo e ilegítimo de símbolos da soberania nacional,
previsto e punido pelo Código Penal no art.º 332.º.
De acordo com as considerações anteriores, considera-se conveniente, salvo
melhor opinião, o Estado Português constituir advogado, através da Embaixada
de Portugal em Roma, para que através desse mandatário, o Estado se associe,
e, querendo, a Casa de Bragança na qualidade de contra-interessado, à acção
penal em curso, nos termos dos números 3 e 4 do art.º 5.º do Regulamento do
Conselho 44/2001, de 22 de Dezembro de 2000, que regula a competência
jurisdicional em matéria civil e comercial, com o intuito de obter reparação
dos danos de que resultou o desprestígio do nome de Portugal, da sua
história e tradição, designadamente danos não-patrimoniais e patrimoniais
(despesas administrativas, honorários dos advogados, etc.).
E, se a lei italiana previr a protecção da imagem ou da honra do nome de um
Estado ou dos seus símbolos históricos, ou de uma entidade histórica como a
Casa de Bragança, possa, salvo melhor entendimento, ser despoletado o
processo conducente à punição por violação dessas normas.
Se, por fim, após terem sido encerrados os seus “consulados” e ter sido
condenado na reparação dos danos mencionados, o Sr. Rosário Poidimani
insistir em prosseguir as suas actividades ilícitas e em intitular-se
ilegitimamente Duque de Bragança e Chefe da “Real Casa de Portugal” (cuja
propositada semelhança com Casa Real de Portugal ou de Bragança conduz ao
erro sobre a legitimidade daquela) configurará o crime de desobediência
previsto pelo direito penal italiano e português.
IX. CONCLUSÃO
Face ao que precede, conclui-se nos seguintes termos:
. Não obstante ser Portugal uma República, o direito à sucessão na chefia da
casa real não-reinante continua a ser regulado pelo direito consuetudinário
internacional;
. O Estado Português reconhece, de acordo com aquele direito
consuetudinário, que a Casa Real de Bragança e o seu chefe, o Sr. D. Duarte
Pio, Duque de Bragança, são os legítimos sucessores dos Reis de Portugal. A
esse reconhecimento, associa-se o reconhecimento tácito das restantes Casas
Reais do mundo;
. Mesmo reconhecida oficialmente, a Casa de Bragança não tem qualquer
capacidade de representação do Estado que não lhe tenha sido expressamente e
ad hoc concedida. Não é, igualmente um sujeito de Direito Internacional
dotado de soberania, pelo que não detém a faculdade de receber e enviar
representações diplomáticas.
. A actuação do Sr. Rosário Poidimani em Itália, designadamente a prática de
crimes em nome da sua “Real Casa de Portugal” revelou-se lesiva para o nome
de Portugal e para a honra da Casa Real de Bragança, desrespeitosa para a
história e para os interesses do país e abusiva no uso dos símbolos e
títulos outrora do chefe de estado de Portugal que agora pertencem à
legítima Casa Real de Bragança.
. Salvo melhor opinião, considera-se conveniente para o Estado Português (e
igualmente para a Casa Real de Bragança na qualidade de contra-interessados)
associar-se, nos termos do Regulamento do Conselho 44/2001, de 22 de
Dezembro de 2000, à acção penal em curso em Itália, se tal ainda for
possível, ou intentar uma nova acção de responsabilidade civil pelos danos
patrimoniais e não-patrimoniais que implicou a lesão da imagem, do nome e da
honra do Estado Português e da Casa Real de Bragança; eventualmente, se a
lei italiana o previr, despoletar igualmente uma acção penal com vista à
punição por ultraje à imagem e aos símbolos da soberania de um Estado.
À consideração superior,
Lisboa, Abril de 2006
[/quote]
-
Para mim, o único parolo aqui é este gajo:
O italiano que queria ser rei de Portugal e acabou na prisão
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.corriere.it%2FMedia%2FFoto%2F2007%2F03%2F24%2Fre--180x140.jpg&hash=b1a7b345338e68d2df71ae1028f4693e)
Rosario Poidimani diz-se “sua alteza real príncipe de Bragança”, pretendente ao trono de Portugal, filho de D. Manuel II e tem entre os seus projectos a criação de um mini-Estado, possivelmente numa ilha no Mediterrâneo, onde instalaria o “Principado de Bragança”.
Foi em Vicenza que o burlão, nascido em 1941 na Sicília, instalou a sua “Real Casa de Portugal”, que funciona como gabinete diplomático, emitindo e vendendo documentos falsos - a polícia italiana apreendeu na operação 712 falsos passaportes diplomáticos, 600 bilhetes de identidade, 125 matrículas e ainda cinco livre-trânsitos das Nações Unidas. Aí, o pretenso “rei de Portugal” construiu cuidadosamente a sua ficção. Tem uma sala do trono, com cadeiras em vermelho escuro e dourado perfiladas de ambos os lados, para eventuais audiências. E, aparentemente, não faltavam visitantes.
-
Os cidadãos Dom [sic] Afonso de Santa Maria de Bragança, nascido em 25/03/1996 na freguesia de São Domingos de Benfica do concelho de Lisboa e Dom [sic] Dinis de Santa Maria de Bragança, nascido em 25/11/1999 na freguesia de São Pedro de Penaferrim do concelho de Sintra, ficarão conhecidos por toda a vida por terem como primeiro nome próprio a palavra "Dom", graças às "reais" cag*neiras do senhor seu pai :P
machistas!
o sr.Duarte é um Machista!!!!
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Cavaco também ficou conhecido por ser o filho do gazolineiro que afundou a Agricultura e o Sistema produtivo há 20 anos e agora diz que o país tem de mudar drasticamente o rumo ... é preciso lata !
Mas não se pode esperar mais ...
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TOMSK
Não vale a pena perder tempo com mafiosos ... já chegam os criminosos que temos cá
Afinal o BPN é bem exemplo disso ... e não é preciso ser um grande crânio para saber de onde eles vêm e quem os "criou".
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Não é por nada mas nós já temos um tópico algures, sobre este mafioso patético, não havia nechechidade
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proponho o sr.duarte e o sr.rosário, num ringue de boxe, o primeiro a ganhar por KO fica "herdeiro" c34x
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proponho o sr.duarte e o sr.rosário, num ringue de boxe, o primeiro a ganhar por KO fica "herdeiro" c34x
LOL!
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proponho o sr.duarte e o sr.rosário, num ringue de boxe, o primeiro a ganhar por KO fica "herdeiro" c34x
LOL!
Realmente o Povo anda com um sentido de humor estranho...
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olha que também tenho notado isso....
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E já repararam por acaso que D.Duarte está a ter uma exposição nos media muito superior ao normal ?

As pessoas estão fartas da pouca vergonha do sistema político actual, nem o Cavaco se safa devido aos telhados de vidro do BPN.
Sobre legitimidade para representar o nosso Povo deixo o seguinte artigo de um amigo meu :
Caros
A eterna questão da Democracia intrinseca ,na eleição do Chefe de Estado, em Republica é uma questão sobrevalorizada e nem sequer completamente entendida pelos próprios republicanos
A propaganda republicana do sec XIX referia-se sempre ao Rei D. Carlos como o individuo (ele é "gordo", "inutil", ausente, traido, desrespeitado..etc etc etc) mas nunca como Chefe de Estado
Toda a Europa recebia de braços abertos D. Carlos...não porque fosse parente, mas porque:
1- era o representante de um País com 800 anos
2- era uma figura intelectualmente respeitada
É exactamente na lógica representativa que o argumentário republicano falha em toda a linha
Um Chefe de Estado existe para uma função especifica e assaz relevante...a representação do Estado!
1-Legitimidade eleitoral: peso e razões
Mas de facto o Presidente não é capaz de o fazer com relevância porque a sua legitimidade é limitada no tempo....um Presidente é eleito no dia X ás horas Y de um dado ano e por uma base eleitoral muito definida no tempo ...não sendo o caso português, este até pode ser eleito por 30% da população votante...ou seja por um milhão e pouco de portugueses
Ou até um único português,se os restantes se absterem , já que o nº relativo de votantes sobre a base eleitoral absoluta não é relevante
As razões...então neste ponto a falha é fracturante
Que razões lógicas sustentam a eleição de um PR?
Não sendo o projecto (pois o cargo não é executivo), só resta a impressão pessoal que os eleitores possam ter do politico.Poís era esta a falha que os republicanos apontavam ao regime monarquico...o caracter pessoal, familiar, falivel, frágil e humano da representação do Estado
Então temos que um Chefe de Estado em Republica pode ser eleito por apenas 10% da população de um dia especifico sem qualquer análise objectiva das capacidades reais do candidato...e se fosse uma semana depois..ou antes?
De facto a força politica de um presidente não reside na legitimidade eleitoral, mas nas audiências e vários instrumentos estatisticos (mais sérios, ou menos sérios) que inferem sobre a popularidade do Chefe de Estado.Todos os presidentes eleitos sabem que o povo o elegeu num processo rápido (o caso dos EUA é considerado longo- um ano- quando um REi ,quando sobe ao trono, já é conhecido à 18 anos)...que acontecerá a essa base eleitoral favorável após 2 anos ou 4?
2-eficácia do processo democrático na eleição do PR
Será a democratização na eleição do Chefe de Estado um factor relevante ou útil?
Tendo em consideração que a quase totalidade dos cargos politicos de relevo é feita por nomeação (não por sufrágio entre os pares) podemos questionar a representatividade do próprio processo nos mecanismos de representatividade social.
Será a representatividade da Nação (que pode até ser maior que o Estado) ser objecto de um processo tão fulgral como um passeio no parque, onde as condições climatéricas podem reduzir drásticamente o nº de eleitores, onde a eficácia do candidato é determinada pelo nº de almoços oferecidos e carros postos à disposição?
Será a Democracia do processo electivo do PR tão "sagrada" que até se pode pór em causa a seriedade do cargo e a sua eficácia?
Será o processo capaz de sobreviver ao objectivo para o qual foi criado?
Se o Presidente Regional da Madeira sabe que o seu consulado irá durar mais do que o do Presidente da Republica, qual a força do PR?
Se o Presidente detem a sua legitimidade por um sufrágio de um dia especifico, porque razão continua Manuel Alegre a evocar o milhão de eleitores que votou na sua candidatura?
Que se saiba a eleição apenas legitima o vencedor do sufrágio e o resultado caduca no dia seguinte
Porque razão recorrem sistemáticamente os PR a hábitos e procedimentos monarquicos , como as marchas militares, a abertura do "palácio presidencial", reportagens sobre a "familia presidencial"..etc etc etc
3- Razões para a monarquia
Um Rei é mais eficiente do que um PR , não porque seja o melhor, o mais inteligente, o mais dotado para o cargo, aquele que foi escolhido ou mesmo o mais rico entre os portugueses
O Rei, semelhante na condição de identidade( pois é tão português quanto o povo que o reconhece) difere na missão e na consciência do papel para o qual nasceu
Tal como alguém nasce português, mas pode morrer frances ou espanhol
Um Rei não nasce Rei, nasce para SER Rei e é nessa luta por ultrapassar a condição falivel e querer ser melhor que um povo se faz grande e um menino, Rei
È esse exemplo que faz de um Rei o mais legitimo representante, não de um pedaço de terra, mas de um povo e da sua memória colectiva já que partilha com estes as mesmas ambições, sonhos, esperança, erros e dor
Um Rei não é o melhor, mas aquele que quer ser melhor e no processo leva o povo, como exemplo de que embora sejamos faliveis podemos e devemos abraçar o esforço de fazer mais e melhor
Em epocas de riqueza um Presidente é democrático em contra ciclo teremos sempre um ditador...mas em ambos os ciclos um Rei será sempre ele prórpio, com o seu povo
O próprio facto de haver politicos a defender o valor do processo electivo do PR demonstra bem a demagogia que grassa.Se um politico sabe que a maior parte do tempo é dedicada a conservar o posto politico e não a defender o Bem Público, como pode esse mesmo politico devotar à luta partidária o cargo de Chefe de Estado, quando de todos, é o cargo menos partidário
a Razão só pode ser uma...todos querem ser Reis, só não sabem como
Será o PR Anibal o Presidente do dia 22 de janeiro de 2006 ou o representante de uma nação com 800 anos de existência?
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Declaração de interesse: sou republicano, aliás do ponto de vista da organização/ filosofia política deve ser a uníca coisa que dificilmente vou mudar - e acreditar na democracia... já no resto estou a mudar lentamente mais à direita, mas ainda com muito espaço até ao muro

Para mim é certo que a monarquia não iria mudar nada, tal como a republica também pouco alterou no "alicerces", como já foi dito - é uma ideia "abstracta", a que se agarram como um "santo graal" e que os impede de ver friamente a questão.
Nem vou tentar fundamentar a minha crença republicana por que não valeria a pena; no entanto gostava de ver um gráfico de "desenvolvimento" económico 1840 - 1910 de Portugal e média europeia e uma republica europeia...
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republicano + direita +- fascista
Salazar era de Direita e Republicano