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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Forças Aéreas/Sistemas de Armas => Tópico iniciado por: dremanu em Novembro 26, 2008, 11:43:07 pm

Título: A Noruega vai comprar 50 F-35 para substituir os F-16
Enviado por: dremanu em Novembro 26, 2008, 11:43:07 pm
Como é que eles conseguem justificar gastar os bilhões nesta compra?

Entretanto por aqui o governo Português vende os F-16. Isto é mesmo triste.
Título:
Enviado por: papatango em Novembro 26, 2008, 11:51:03 pm
É simples:

Fazem fronteira com a Rússia
A fronteira e a ZEE é disputada e a Noruega acabará por ter problemas com os russos mais tarde ou mais cedo por causa do Mar do Norte.
Nada como ter uma força com alguma capacidade de dissuasão.

É por causa dessa necessidade de capacidade de dissuasão que a Noruega está mais para F-35 que para Gripen.
Convém ter boas relaçoes com os Estates.
Título: Re: A Noruega vai comprar 50 F-35 para substituir os F-16
Enviado por: zé do bone em Novembro 27, 2008, 01:29:20 pm
Citação de: "dremanu"
Como é que eles conseguem justificar gastar os bilhões nesta compra?


Quem tem jazigas de petróleo e gás natural "aos pontapés" como eles têm, pouco ou nada têm que justificar... Compram porque podem !!!

PS - E para um país, como a Noruega, que têm uma orografia bastante acentuada, o F-35 (versão STOVL) é sem dúvida, o avião a eleger.
Título: Re: A Noruega vai comprar 50 F-35 para substituir os F-16
Enviado por: P44 em Novembro 27, 2008, 04:24:23 pm
Citação de: "dremanu"
Como é que eles conseguem justificar gastar os bilhões nesta compra?

Entretanto por aqui o governo Português vende os F-16. Isto é mesmo triste.


quando tivermos "pitrol", como a Noruega, a gente conversa...
Título:
Enviado por: Sintra em Novembro 27, 2008, 05:34:29 pm
São 48 caças e não 50.
Dos vários Paises que compõe o EPAF apenas Portugal e a Bélgica ainda não lançaram um concurso para a substituição do Viper. Entretanto a Dinamarca como a Holanda devem anunciar brevemente o aparelho escolhido entre O F-35A, o Gripen NG e o Super Hornet (o escolhido vai ser com toda a certeza o Lightning II). No caso da Dinamarca são 48 aviões, no caso da Holanda são 85 unidades.
Título:
Enviado por: papatango em Novembro 27, 2008, 08:07:30 pm
Citação de: "Sintra"
São 48 caças e não 50.
Dos vários Paises que compõe o EPAF apenas Portugal e a Bélgica ainda não lançaram um concurso para a substituição do Viper. Entretanto a Dinamarca como a Holanda devem anunciar brevemente o aparelho escolhido entre O F-35A, o Gripen NG e o Super Hornet (o escolhido vai ser com toda a certeza o Lightning II). No caso da Dinamarca são 48 aviões, no caso da Holanda são 85 unidades.


Quase que se poderia dizer que os belgas não tomaram a decisão porque têm medo que a Bélgica acabe e que os portugueses não tomaram a decisão porque estão à espera que o país acabe.

Não deixa de ser algo preocupante. A modernização MLU foi feita bastantes anos depois de outros países europeus a terem iniciado, e por isso estamos na situação em que estamos.

Mas o F-35, para as forças aéreas que podem é dificil de não escolher.
A possibilidade de virem a optar pelo Gripen NG no entanto parecia bastante fundamentada.

Mas quando se compara aeronaves e se acredita nas vantagens tácticas das características «Stealth» fica dificil não optar pelo F-35 mesmo que como algun dizem «ligeiramente manco».  :D
Título:
Enviado por: typhonman em Novembro 27, 2008, 08:23:53 pm
A intenção da FAP é adquirir o F-35, falta saber se os politicos deixam..
Título:
Enviado por: papatango em Novembro 27, 2008, 08:58:52 pm
o problema é que se os submarinos, com o custo que têm já são apontados como um gasto exagerado, o que acontecerá com um novo caça ?
Mesmo que o Estado Português inscreva 1000 milhões para a compra de novos caças no orçamento, quantos F-35 poderemos comprar com esse dinheiro ?

Estarão os radares AN/APG-66(V)2 dos F-16 MLU ou mesmo os radares AN/APG-68 dos F-16C/D Block 50/52 em condições de enfrentar ameaças modernas?

Que inimigos encontraremos no futuro que justifiquem possuir este tipo de arma ?
Título:
Enviado por: Daniel em Novembro 28, 2008, 06:18:12 am
Sintra
Citar
Dinamarca como a Holanda devem anunciar brevemente o aparelho escolhido entre O F-35A, o Gripen NG e o Super Hornet


Bom a minha pergunta é a seguinte, mas o Super Hornet, faz parte das possiveis escolhas :?:  desculpe mas sou cru nessa area. :wink:
Título:
Enviado por: Leonidas em Novembro 28, 2008, 05:08:36 pm
Saudações guerreiras

Citação de: "Papatango"
É simples:
Fazem fronteira com a Rússia
A fronteira e a ZEE é disputada e a Noruega acabará por ter problemas com os russos mais tarde ou mais cedo por causa do Mar do Norte.
Nada como ter uma força com alguma capacidade de dissuasão.

Sem dúvida, o que eu acho estranho são os números, só 50 aviões?!! Como refere o Pt e muito bem, só pode ser alguma! Aliás, esta situação já se verificava com o numero de F-16 operacionais, de acordo com o que é conhecido! Como se pode explicar uma frota de F-16 algo a desejar por comparação com uma Holanda que nem sequer tem os cuidados que uma Noruega deve ter. Com os F-16 até diminuiram a sua frota embora usufruam dos mais modernos MLU que por aí andam, se não me falha a memória.
Será a base tecnológica do F-35 a chave do segredo? Faço votos para que nunca venhamos a saber ao certo.

Citação de: "PapaTango"
o problema é que se os submarinos, com o custo que têm já são apontados como um gasto exagerado, o que acontecerá com um novo caça ?
Mesmo que o Estado Português inscreva 1000 milhões para a compra de novos caças no orçamento, quantos F-35 poderemos comprar com esse dinheiro ?
O que mais me espantou foi a celeridade com que os C-295 foram adquiridos. Para aí ninguém aponta gastos e nem outras questões associadas.

Citação de: "PapaTango"
Não deixa de ser algo preocupante. A modernização MLU foi feita bastantes anos depois de outros países europeus a terem iniciado, e por isso estamos na situação em que estamos.

A presença dos F-16 em Portugal, já leva em 14 anos. Aquilo que estava previsto era perfeitamente aceitável, e não seria porque iríamos terminar o MLU alguns anos depois do outros o terem feito, que não se justificaria a sua modernização. O estarmos na situação em que nos encontramos prende-se só com um único factor: o político.

Citação de: "Zé do Bone"
PS - E para um país, como a Noruega, que têm uma orografia bastante acentuada, o F-35 (versão STOVL) é sem dúvida, o avião a eleger.

Porque não adqueriram eles o Harrier? Os americanos também o fabricaram na versão AV-8. Talves os hélis sejam mais indicados para aquilo que tem em mente, a não ser que o Zé queira mesmo que seja o F-35. Os Suiços também têm uma orografia que toda a gente conhece e até agora não foi preciso nenhum avião VSTOL.

Cump.
Título:
Enviado por: zé do bone em Novembro 28, 2008, 05:18:05 pm
Citação de: "Leonidas"
...
Citação de: "Zé do Bone"
PS - E para um país, como a Noruega, que têm uma orografia bastante acentuada, o F-35 (versão STOVL) é sem dúvida, o avião a eleger.
Porque não adqueriram eles o Harrier? Os americanos também o fabricaram na versão AV-8. Talves os hélis sejam mais indicados para aquilo que tem em mente, a não ser que o Zé queira mesmo que seja o F-35. Os Suiços também têm uma orografia que toda a gente conhece e até agora não foi preciso nenhum avião VSTOL.

Cump.


Investir no Harrier ??? :lol:
Quanto à Suiça, não conheço em concreto as suas politicas de defesa (alguém as conhece?) portanto, não me manifesto.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 28, 2008, 05:23:39 pm
Os Suiços têm F-5 e F-18.

Os Harrier já não são fabricados e vão ser substituidos por uma versão dos F-35.

Helis a proteger um espaço aéreo? Dúvido!
Título:
Enviado por: Leonidas em Novembro 28, 2008, 11:14:32 pm
Citação de: "zé do bone"
Helicópteros para substituir aviões para missões de Defesa Aérea ??? Essa era original... :lol:

Citação de: "Cabeça de Martelo"
Helis a proteger um espaço aéreo? Dúvido!


A questão do avião ser VSTOL levou-me a pensar noutras coisas, logo nesse contexto de defesa aérea só podia dar erro. Eu também duvido muito da sua eficácia contra um simples L-39.

Creio que não está confirmada a versão VSTOL. O mais certo será a versão A, aterragem e descolagem normal.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 29, 2008, 12:03:31 pm
Citação de: "Leonidas"
Creio que não está confirmada a versão VSTOL. O mais certo será a versão A, aterragem e descolagem normal.


Pois era mesmo isso que eu ia perguntar, já alguém tem a certeza de qual a versão do F-35 que a Noruega pensa adquirir? É que pode muito bem ser a convencional e não tem nada a ver com STOVL.
Título:
Enviado por: Sintra em Dezembro 02, 2008, 11:36:22 pm
Citação de: "Daniel"
Sintra
Citar
Dinamarca como a Holanda devem anunciar brevemente o aparelho escolhido entre O F-35A, o Gripen NG e o Super Hornet

Bom a minha pergunta é a seguinte, mas o Super Hornet, faz parte das possiveis escolhas :?:  desculpe mas sou cru nessa area. :wink:


 O F-16 Viper é da mesma idade do Northrop YF-17 com o qual concorreu para o concurso "LWF- Light Weight Fighter" em 1974. O F-16 ganhou o concurso e o primeiro avião de série saiu da fábrica em Outubro de 1976.
 Entretanto o YF-17 parecia condenado ao caixote de lixo da história aeronáutica, quando surge o programa "Navy Air Combat Fighter (NACF)" que era um derivado de um outro anterior (VFAX) para um novo caça tático para a US Navy, a diferença era que o Pentágono recebeu ordens explicitas do Congresso e do Departamento de defesa para utilizar ao máximo tecnologias do concurso da USAF que tinha dado origem ao F-16. Só que a US Navy recusou-se a adoptar o Viper... Monomotor, pequeno, etc...
 O resultado foi uma adaptação radical do YF-17 da Northrop, que se veio a transformar no muito maior e mais pesado F/A-18A/B Hornet que voou pela primeira vez em Abril de 1980.
 Passado uma década (inicio dos anos 90) a US Navy perseguia dois programas de aviões de combate de nova geração, o Bombardeiro A-12 e uma variação naval do F-22. Ambos foram cancelados devido em grande parte aos custos dos programas  (e péssima gestão do primeiro), sendo que de um momento para o outro apercebeu-se que não tinha dinheiro para aviões muito sofisticados. Por volta de 1991 faz uma avaliação no "papel" de várias variantes do F-14 Tomcat e do F-18  e acaba por ordenar a aquisição da versão mais simples do Hornet que lhe tida sido proposta pela (então) McDonnell Douglas. Esse avião veio a ser conhecido pelo Super Hornet e é cerca de 25% maior e mais pesado que o F/A-18 original (e é duas vezs mais pesado que o YF-17) e voou pela primeira vez em Novembro de 1995, sendo que o Viper é duas décadas mais "velho".

 Abraço
Título:
Enviado por: Sintra em Dezembro 02, 2008, 11:37:54 pm
Citação de: "Lightning"
Citação de: "Leonidas"
Creio que não está confirmada a versão VSTOL. O mais certo será a versão A, aterragem e descolagem normal.

Pois era mesmo isso que eu ia perguntar, já alguém tem a certeza de qual a versão do F-35 que a Noruega pensa adquirir? É que pode muito bem ser a convencional e não tem nada a ver com STOVL.


É o F-35A
Título:
Enviado por: pchunter em Dezembro 30, 2008, 04:15:58 pm
Valerá o F-35 $100 milhões?
Não me parece, porque não vai demorar muito tempo para haver um radar que os detecta. E depois com menor agilidade já estou a ver o resultado.
Ainda se vão arrepender de o ter comprado.
Título:
Enviado por: Instrutor em Janeiro 01, 2009, 11:52:29 pm
Sinceramente preferia ver a Força Aérea Portuguesa equipada com o Eurotyphoon do que com o F35, pois penso que o unico ponto de vantagem que leva é ser Stealth, embora pense que dentro de breve tempo construam radares capazes de anular essa superioridade, posto isto penso que estariamos muito mais bem servidos com o modelo europeu em termos de radar é mto superior em termos de velocidades também, raio de acção, suportes de armas, capacidade de carga e armamento,bem como o seu tecto de serviço além de ser mais pequeno e ser muito mais manobravel.
Título:
Enviado por: Cláudio C. em Janeiro 02, 2009, 02:44:07 pm
Citação de: "Instrutor"
Sinceramente preferia ver a Força Aérea Portuguesa equipada com o Eurotyphoon do que com o F35, pois penso que o unico ponto de vantagem que leva é ser Stealth, embora pense que dentro de breve tempo construam radares capazes de anular essa superioridade, posto isto penso que estariamos muito mais bem servidos com o modelo europeu em termos de radar é mto superior em termos de velocidades também, raio de acção, suportes de armas, capacidade de carga e armamento,bem como o seu tecto de serviço além de ser mais pequeno e ser muito mais manobravel.


Eu também preferia ver o Eurofighter na nossa força aeria,  não só pelas suas qualidades e capacidades, mas também por ser um caça de origem e concepção europeia, ajudaria a ficarmos (Portugal e Europa) "mais" independentes face aos Norte-Americanos relativamente a este tipo de arma! E não andarmos ao sabor dos seus interesses e vontades estratégicas.
Título:
Enviado por: LM em Janeiro 10, 2009, 10:20:04 pm
Confesso poucas certezas se será o melhor tópico para colocar este texto, mas...

Achei interessante a alteração de "modelo" de FA, alterando a "moda" NATO de ligeiro, pouco, assimétrico - isto de ter Russia perto a mostrar as "garrazinhas"... talvez o início de uma nova tendencia...?

http://www.militaryphotos.net/forums/showthread.php?t=149241:

In Norwegian, so I've made a light translation below

http://www.dagbladet.no/2009/01/05/n...itikk/4257819/ (http://www.dagbladet.no/2009/01/05/n...itikk/4257819/)

http://www.regjeringen.no/en/dep/fd/...html?id=541542 (http://www.regjeringen.no/en/dep/fd/...html?id=541542)

Norway’s Labour Party’s defence minister Anne Grethe Strøm-Erichsen held the yearly speech to the Oslo Military Society on 5. Dec, where she pointed out that the one sided focus on doctrines in international operations and asymmetrical warfare had gone too far and was to be withdrawn from its top priority status. -The armed forces are "over-adapted" in direction of being light, fast and mobile. There is now a firm political awareness for the need of a larger, more robust and homeland defence oriented force, the minister said.

Even with this strategic change, Norwegian forces that are committed to international operations should – as the general army is about to - become more robust and have better stamina in their abilities to stay abroad for longer periods at a time.

The minister proudly pointed out that the army personnel had increased by 40% during the current government - and would rapidly grow further. -The navy and coast guard are some of Europe's most modern, and all fighter squadrons of the air force will receive new F-35 fighters. The painful process of down-scaling the Cold War invasion army was over - we will now see a brighter future for the armed forces.

The ministry of defence is hereby withdrawing its main focus from international operations - to again be mainly addressing the guarding of national sovereignty, surveillance of the Northern areas and to keep an open eye on Russia.

The minister is calling on NATO to be more vigilant in its relations to Russia, as this country is rapidly increasing its military presence and manoeuvring activity on the alliace' Northern flank. -The recent actions in Georgia have also contributed a new perspective on matters.

During the NATO conference in February, Strøm-Erichsen laid out her concerns and views in this matter and got a positive feedback from the other representatives. When she again addressed the same issue in September, there were even more agreement and favour of her arguments.

NATO must both address modern threats and conflicts on the Global arena, as well as maintaining capabilities related to the traditional geo-political threats which the alliance was originally formed to confront. She wants an increased focus on protection of individual member countries - which in turn will strengthen international operations like the ISAF mission in Afghanistan.

Her views have especially seen support from the USA and the new, Eastern member countries. Also the Mediterranean countries appear to support this view, as they are also seeing geo-political challenges due to their geographical locations. -Others speak of the danger to draw the focus away from Afghanistan, but this is where we believe NATO needs to keep track of both these challenges, Strøm-Erichsen says.

In the end, the minister insists that the Norwegian commitment in Afghanistan is for the long term, and that the country will soon commit forces to UN missions. 150 troops and a field hospital will be sent to Chad in March, and a frigate may be deployed to counter pirate activity outside Somali waters this year. There are also talks of committing troops to the UN force in Congo.
Título:
Enviado por: HaDeS em Janeiro 11, 2009, 01:03:49 am
Engraçado com a Noruega tem um medo enorme da Rússia, quem agradece é a Boeing  :D !
Título:
Enviado por: nelson38899 em Janeiro 11, 2009, 02:20:56 pm
a Russia sempre teve ambições imperialistas é normal que eles tenham medo, basta ver o numero de interceptações feitas pelos caças da nato nestes últimos tempos  aos aviões russos