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Forças de Segurança e Policiais de Elite => Forças de Segurança => Tópico iniciado por: SLBFaNaTiC em Novembro 12, 2008, 03:42:02 pm
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POR QUE RAZÃO SE SUICIDAM POLÍCIAS
Ano negro na PSP e GNR. Uma militar da GNR deu ontem um tiro na cabeça, aumentando para 14 os suicídios este ano nas forças de segurança. Agentes que já desejaram a morte contam ao DN as suas razões. Os polícias recorrem cada vez mais a psicólogos e a GNR procura causas junto de pessoas próximas das vítimas
Tinha 26 anos e apenas quatro meses de serviço na GNR da Mealhada. Solteira, vivia com os pais perto do posto militar, onde ontem de manhã se suicidou com um tiro na cabeça. É o 14.º caso entre as forças policiais este ano. As razões são desconhecidas, mas alguns dos que tentaram pôr termo à vida relataram ao DN o que os levou a desejar a morte.
"Os polícias não sabem como sair deste buraco em que se encontram, com tantos problemas financeiros por terem salários muito baixos, trabalho em excesso, falta de tempo para descansar nem acompanhar o crescimento dos filhos. E não têm apoio da instituição PSP nem da família, que deixa de os querer por estarem sempre ausentes. Acabam por ficar sozinhos." Maria (nome fictício, tal como o dos restantes agentes nesta reportagem), elemento operacional da PSP já há 25 anos, diz ser tudo isto que está na origem da onda de suicídios que este ano mancharam a GNR (11 casos) e a PSP (três). E deixa um alerta: "Infelizmente, ainda vai haver mais situações destas, porque pensam que o suicídio resolve todos os problemas. Acaba-se tudo..."
Maria
"Porcaria à face da terra"
"Como é que se percebe estes casos todos de suicídio e de conflitos familiares que acabaram em homicídios praticados por profissionais de polícia?", pergunta Maria, referindo-se a uma agente da PSP que seria vítima de maus tratos e, em Setembro, em Sacavém, matou a tiro o marido ex-polícia. Num tom envergonhado, Maria relata o seu caso ao DN: "Eu própria já me tentei suicidar. Foi há muitos anos, porque era vítima de violência por parte do meu marido, também polícia, pois achava que eu lhe era infiel. Como estão sempre a lidar com casos de infidelidade, os polícias tornam-se desconfiados e pensam que se pode passar o mesmo em casa."
"Eu ficava tão humilhada com aquilo que nem tinha forças para reagir. Uma pessoa sente-se a maior porcaria à face da terra. Por isso, entendo bem estas situações e apoio bastante as mulheres que apresentam queixa", confessou.
De baixa psiquiátrica há mais de um mês, Maria diz não voltar ao serviço enquanto não estiver em condições: "Trabalho no terreno e não posso tomar decisões erradas. Estamos a lidar com armas, criminalidade violenta, bairros problemáticos, situações muito delicadas. Este trabalho exige sanidade mental a 100%. Muita gente depende da minha capacidade de resposta."
"Sinto-me muito fragilizada como pessoa e profissional. Mas foi a própria instituição que me levou a isto, porque não dá incentivos. Nem que fosse só por palavras para reconhecer o trabalho que se fez e dar apoio moral às pessoas", referiu.
Com os olhos rasos de lágrimas, lembrou ter trabalhado dois anos com crianças vítimas de violação: "Isso afecta psicologicamente uma pessoa. E a PSP não vê isso. Só demonstra falta de respeito. É isso que me revolta. Retirarem o valor de uma pessoa. Não consigo aceitar isto."
"Já dei muito à polícia e a polícia a mim deu- -me zero. Foi aqui que aprendi a ser mulher. Dei a minha vida toda à PSP. E pela PSP deixei de dar atenção à família e aos filhos. Tudo para defender a bandeira nacional e a minha farda", diz, com uma tristeza no olhar. Desiludida, frisa que "o sonho comanda a vida. E quando uma pessoa deixa de ter sonhos, a vida deixa de fazer sentido".
"Eu perdi todos os amigos que tinha antes de entrar para a PSP, porque deixou de haver tempo para manter essas amizades. Há um corte com o mundo civil e em toda a vivência. Aos polícias só restam os polícias. Não há horas para comer, dormir nem para nada. Faço um turno, mas pode-se prolongar por mais de sete horas se houver uma detenção ou outra ocorrência", explica.
"Estamos em situação de stress extremo. E a realidade actual é muito mais violenta do que aquilo tudo que nos ensinaram na escola de polícia", salienta. Critica a ideia feita que "se és polícia, tens de ser forte em todos os aspectos. Mas isso não é verdade. Somos humanos e temos os nossos limites, como as outras pessoas".
Queixa-se que "não há apoio na corporação nem no exterior, porque a sociedade civil cada vez exige mais de nós".
"Temos um gabinete de psicologia que trabalha para a polícia, mas não com os polícias", denuncia Maria. E deixa um alerta: "Cada pessoa que pede apoio psicológico fica automaticamente queimada e à mercê da instituição."
Por isso, "estou a ser acompanhada pelo psicólogo e psiquiatra particulares. Eles estão também a tratar imensos elementos da PSP com muitos problemas. Há muitos agentes que não vivem, só sobrevivem, porque não têm tempo livre nem dinheiro. Só ganham 700 ou 800 euros por mês".
Alerta que "começa a haver uma revolta silenciosa entre os polícias. Há agentes com meia dúzia de meses na PSP, que já estão tão desanimados com isto, que só desejam arranjar outro emprego e largar a PSP. Na minha esquadra, já ouvi mais de 40 agentes novos a dizerem isso".
João
"Preso como um animal"
"Tenho 30 anos de PSP e nunca vi uma situação igual com tantos suicídios." Quem o diz é João, que já se encontra de baixa psiquiátrica desde 2005 e tentou suicidar-se no Outono de 2007. "Entrei em baixa psiquiátrica pelo grande desgaste em que me encontrava. Entretanto, foi-me detectada doença bipolar e a corporação não me ajuda em nada. Por isso, muitos como eu tentam pôr termo à vida", refere João, que tem uma certeza: "Se pudesse voltar atrás, não teria ingressado na PSP."
Em 2007, a junta médica superior da PSP considerou-o "apto para retomar o serviço", enquanto a sua psiquiatra particular dizia que não estava em condições: "Fiquei muito transtornado com aquilo tudo. Estava em casa e não sei o que me passou pela cabeça. Ingeri grandes quantidades de medicamentos. Senti-me muito mal e, quando me dirigi à esquadra para pedir auxílio, peguei numa coisa qualquer e parti as vidraças das instalações."
"Detiveram-me por danos voluntários. Estive oito horas detido na esquadra e algemado como se de um bandido se tratasse. Fui levado a tribunal e constituído arguido por ter feito um prejuízo de 190 euros", contou João, considerando "inadmissível" a situação: "Em vez de me ajudarem, porque estava mal psicologicamente, fui detido e tratado como um animal irracional. Se o mesmo tivesse sucedido com um cidadão comum, ele teria sido assistido e conduzido aos serviços médicos."
"Não recorro aos serviços de psicologia da PSP, porque não confio neles. É um sistema que tem de ser remodelado para trabalhar para e com os polícias e não apenas para a PSP", sublinha o agente.
E denuncia outra situação que classifica de grave: "Estamos a ser julgados por duas entidades, que é o tribunal e a própria instituição. Há cerca de 50 processos internos pendentes contra mim."
"Sinto que a minha vida desapareceu. Perdi a minha família, os meus amigos. Tive de vender a casa para pagar aos advogados", queixa-se João.
Manuel
"Dar um tiro na cabeça"
"Estive de baixa psicológica durante um ano, devido a pressões da hierarquia. Puseram-me o telemóvel em escuta e descobri que estava a ser investigado", conta Manuel, com 23 anos de serviço operacional na PSP.
"Prejudicavam-me nas escalas, trocavam-me turnos e folgas, ficava sem tempo para a família, nem para a mulher nem para o filho. Sentia-me tão mal, que só queria abandonar a polícia e arranjar outro trabalho", confessou ao DN.
"Até cheguei a pensar em fechar-me na casa de banho da minha esquadra e dar um tiro na cabeça, porque aquilo poderia ser considerado acidente em trabalho. Assim, a mulher tinha direito a receber uma pensão e a casa ficava paga pelo seguro", explicou o mesmo agente.
"Na zona onde moro, a população é que se foi apercebendo de que havia algum problema comigo. Deram-me apoio, porque a minha mulher precisava de ser internada no hospital. Pedi ajuda aos serviços sociais da PSP e não fizeram nada. Os vizinhos é que me emprestaram dinheiro para ela poder ser tratada", recordou, deixando uma crítica: "Quando há um assalto, vou sempre a correr para tomar conta da situação. E a instituição não nos ajuda."
Em termos salariais, diz que "é triste não poder comprar uns ténis ou umas calças ao filho, porque tem um pai que é polícia e ganha mal".
Quanto ao gabinete de psicologia da PSP, "faz relatórios contra mim e a favor da instituição. Por isso, tenho de recorrer à psicóloga particular", salienta, denunciando mais outro problema: "Antigamente, éramos recrutados e sabíamos que tínhamos uma carreira e podíamos concorrer e progredir. Agora não. É preciso estar nas boas graças do chefe, senão nunca se sobe..."
José
"Antecâmara da morte"
José já presta serviço operacional na PSP há 23 anos e é considerado um veterano que sabe lidar com situações de risco de suicídio. "Tenho servido de elo de ligação entre eles - os colegas que pensam em suicidar-se - e as soluções dos seus problemas", explicou ao DN, alertando que "tem aumentado assustadoramente o número de casos destes".
"E a principal razão é a falta de descanso. Os polícias ganham mal e, para terem mais algum dinheiro, têm de fazer serviços gratificados, ficando sem tempo para descansar", denuncia.
"No outro dia, elementos do meu grupo entraram de serviço às 00.30. Às 04.30 detiveram três indivíduos por assalto a vários estabelecimentos comerciais e depois estiveram a fazer o expediente até às 21.30, porque aquilo era complicado e envolvia uma série de casos. Depois voltaram a pegar ao serviço à meia-noite até às 06.30. Às 10.00 tiveram de ir para tribunal com os suspeitos e aquilo prolongou-se até às 19.00. Portanto, estiveram praticamente dois dias seguidos a trabalhar sem descanso", relatou.
Salienta que "a PSP não paga horas extras nem nada. Tiveram de almoçar e jantar fora pagando do seu bolso, enquanto as mulheres estavam em casa à espera deles com as refeições já cozinhadas".
"Estes e outros problemas vão-se acumulando e chega-se a um ponto em que a pessoa começa a descarregar no elo mais fraco e mais próximo, que é a família. Ou termina no suicídio, porque não vê outra saída", comenta o mesmo agente da PSP.
José traça o filme que culmina nesta tragédia: "O polícia vê o comandante a criticá-lo por se atrasar ou andar cansado. A família a queixar-se e a sociedade a exigir cada vez mais dele. Vai-se encolhendo mais e mais e acaba por se colocar na antecâmara da morte."
Na última semana de Setembro, "um sub-chefe de Oeiras tentou suicidar-se. Ia lançar-se de uma falésia do cabo da Roca (Sintra). Felizmente, uma patrulha da GNR passou ali por acaso e evitou o suicídio. Ficou de baixa psiquiátrica".
O mesmo agente considera que "antigamente, os polícias tinham mais capacidade de sofrimento. Mas, agora, os novos são mais frágeis e vulneráveis a nível psicológico. Vão-se abaixo mais facilmente".
Pedro
"Bomba de rastilho curto"
"O grande stress laboral de sobrecarga de trabalho é uma das principais causas que está a levar muitos agentes à baixa médica, a recorrer às consultas, a tentar o suicídio e a cometer violência doméstica", afirmou ao DN um elemento do Sindicato dos Profissionais de Polícia, que fez um estudo sobre esta problemática.
Na origem destas crises, Pedro diagnosticou também "os baixos salários, falta de progressão na carreira e deficiências no gabinete de psicologia da PSP, que é uma fachada, porque só funciona depois de as desgraças acontecerem. Deviam era tomar medidas de prevenção para não sucederem".
"Não há horário de trabalho estipulado", referiu, dando exemplos: "Num dia, o meu horário era das 08.00 às 16.00. Ligaram na véspera, às 16.00, a informar que, afinal, no dia seguinte só iria entrar às 21.00. Tive de reorganizar toda a minha vida. Noutro caso, dois elementos iam entrar às 16.00, mas mudaram-lhes o turno para as 18.00 sem os avisarem. Tiveram de ficar duas horas na esquadra à espera de entrar ao serviço."
Com estas alterações todas, Pedro explica que "por vezes há polícias que só dormem uma ou duas horas, porque, além do horário normal, têm de fazer serviços gratificados e operações de noite e madrugada".
Esclarece que "a resolução destes problemas de turnos não implica mais dinheiro nem gastos. Basta regulamentar os horários para permitir aos polícias terem uma vida social".
Alerta que "os agentes mais novos vêm lá das terras deles e ficam em Lisboa abandonados. Um vivia num quarto com um colega. Só conseguia ir a casa uma vez por mês. Entretanto, o colega casou-se e mudou de casa. O outro ficou sozinho e não aguentou a solidão. Tentou suicidar--se na rua. Estava num banco de jardim com uma pistola na mão. Polícias encontraram-no, desarmaram-no e depois ele foi colocado de sentinela à porta da esquadra. Não teve apoio do comando nem acompanhamento psicológico. Mais tarde, voltou a ser considerado apto e devolveram-lhe a arma de serviço. No dia seguinte foi encontrado morto com um tiro na cabeça, no quarto onde vivia sozinho".
Salienta que "há um número muito maior de situações mais graves que os suicídios: os casos de violência doméstica praticados por polícias. E a dor das suas vítimas vai-se prolongando por muito tempo". Na sua opinião, "um polícia é uma bomba com rastilho curto. Quando chegam ao limite, uns dá-lhes para se suicidarem e outros para agredirem em casa".
Conclui que "tentar prevenir a criminalidade com polícias que trabalham 24 horas por dia não é sistema. Estão a trabalhar em cansaço e sem condições para o fazer".
http://dn.sapo.pt/2008/11/12/sociedade/ ... icias.html (http://dn.sapo.pt/2008/11/12/sociedade/por_razao_suicidam_policias.html)
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acho que nunca ninguém saberá a verdadeira razão
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As coisas começam mal logo no inicio da carreira, acabam o curso e são atirados para Lisboa, alguns deles ficando completamente sozinhos e em zonas problemáticas, depois vai se acumulando isto tudo que está relatado na mensagem do SLBFaNaTiC e temos isto, como resultado final, suicídios.
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Na minha opinião os grandes culpados desta situação são o Estado e a PSP, Instituição, que deveriam regulamentar e actualizar, horários, folgas, movimentos de pessoal, vencimentos e dar condições dignas, ouço muitas vezes dizerem só vai para polícia quem quer...verdade certo!!! Mas será que quem quer e tem esse sonho não merece condições?
Não merece respeito? não merece ser protegido no desempenho das suas funções e ajudado pela Polícia quando tem problemas psicológicos ou financeiros até... infelizmente assiste-se a um total abandono dos agentes quando são agredidos, horários desumanos, destacamentos irrisórios que provocam o isolamento dos agentes e ausência da familia.Vejo na familia a base para estabilidade emocional, o conforto, até no combate do stress de uma profissão tão desgastante. È urgente formar pessoas que comandem seres humanos e não máquinas, simples subordinados sujeitos aos códigos de conduta que só servem para uns, muitas vezes humilhados e castigados por defenderem os seus direitos enquanto outros são louvados por coisas banais.
Para quando REALIZAÇÃO PROFISSIONAL nas forças de segurança?
ps: peço desculpa pelo desabafo mas todos os dias assisto a estas situações e nada está a mudar para melhor caros amigos infelizmente...
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infelizmente este tipo de situações deixam-nos receosos em relação ao futuro, principalmente para quem está a concorrer para as forças de segurança... é uma vergonha o país nao criar condições para estas pesoas que servem a sociedade sempre perto do perigo e com a vida por um fio...
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infelizmente este tipo de situações deixam-nos receosos em relação ao futuro, principalmente para quem está a concorrer para as forças de segurança... é uma vergonha o país nao criar condições para estas pesoas que servem a sociedade sempre perto do perigo e com a vida por um fio...
concordo...infelizmente concordo...
é verdade...vejo e contam-me...
ainda nesta semana: uma rapariga foi à esquadra de sacavém pedia ajuda ao policia, marido de uma colega de trabalho. como bom profissional: ligou para as instituiçoes. Resposta: "não podemos acolher, não temos espaço"."Então e a criança?" "Não sei, você é que tem de fazer o seu trabalho"... Que respostas foram estas das intituiçoes de apoio às crianças??????????? sabem o resultado?! la teve o pobre rapaz policia de ficar mais 2horas na esquadra depois da hora de saida a tentar algum sitio para a criança ir, sem sucesso, tentou convencer a rapariga a ir para casa!!!!! e ela foi...SE no outro dia aparecesse morta por violência doméstica?!?!??! nem quero imaginar...nem saber....
perder um dia de folga, de descanso para ir a tribunal para testemunhar violencia doméstica, e passado uma semana, vê-se a dita senhora abraçada e a passear feliz da vida (ou nao) com o agressor...compensou perder o dia de folga?
correr atrás de um ladrao por uns meros oculos ou um vidro partido, e ficar com o casaco rasgado? são os policias que têm de pagar o casaco! as botas se querem umas novas, as armas e sei lá mais o que....
3 casos dos milhares que conheço e já vivi e vi familiares meus viverem...
nao admira que muitos pensem em suicidio, porque viver sem tempo para a familia, com 800€ mês quando os que nem sabem mandar recebem o dobro....não é facil... e ter uma arma ao pé que acaba com o sofrimento... depois a familia nao percebe entre outras coisas
e concordo tmb que isto começa mal logo quando saimos da escola (ainda nao sei como vai comigo, mas espero contar). Onde é que as pessoas do interior conseguem viver sem a familia?! namorar? se é casado? não dá...é uma mudança radical, apesar de estar mentalmente preparados, a realidade ultrapassa tudo...
é um ciclo vicioso, e quando se vier a "descobrir" o que motiva o suicidio, não se vai fazer nada...nada e mais nada.... o normal em Portugal... evitar? naaaa, nada disso, para quê... custa mais evitar do que remediar...
culpa? do país em que estamos e dos vicios que o dominam.... estes nunca vão acabar...filhos de policias, policias serão... filhos de politicos, ociosos serão....
tal como já Eça dizia...o ócio e os vicios que dominam...enquanto não receberem 800€ para os que recebem 480€ poderem receber algo mais, não chegamos a lado nenhum... enquanto comprarem carros e porem gasolina à conta do orçamento...
enfim, acho que me excedi um pouco, mas como vou entrar p PSP, não quero fazer parte das estatisticas e o melhor é fazer como os outros..preocupar? naaaa, para que?
mas até todos os policias escreverem porque comentem suicidio nunca saberemos, apenas supomos...
se houver sempre noticias como estas a relatar o que realmente se passa, talvez se mude apenas uma das partes que precisam de melhorar na instituição
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Livro polémico arrasa PSP
São 185 páginas de um livro que os autores assumem ser polémico – e que retrata a PSP a partir de dentro. Ouvindo agentes do terreno. A obra é apresentada na segunda-feira, em Lisboa, e nem o retrato negro que traça de toda a corporação impede o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, de estar presente e com discurso previsto. Apesar de se poder ler em ‘Polícia à Portuguesa – um Retrato Dramático’, entre outras denúncias que arrasam a PSP, a explicação da psicóloga Sandra Coelho: "O medo de represálias leva à introspecção. E o reflexo disso é o aumento dos suicídios."
Esta é uma noticia do Correio da Manhã
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Ainda hoje estive com esse livro na mão, só que 19,20€ ainda custa um pouco
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Será que o governo anda de olhos tapados? Não, deve andar é bem seguro a ganhar os seus bons ordenados, porque não são incomodados no seu dia a dia que passam bem sentados a secretária do ministério a cagar leis e comunicados de imprensa que nunca levam a lado nenhum.
Qualquer PSP que esteja aqui a ler sabe bem que gostamos da nossa farda, temos orgulho no trabalho que fazemos - aliás 99% da "população" policial anda no serviço por causa do bichinho e da minima adrenalina que pode haver - mas quando chegamos ao nosso serviço e toca a elaborar expediente durante horas e horas, tribunal durante mais horas, dias sem ir a casa, renumerações baixas, falta de condições, por ai fora, deixamos de ter vontade de continuar a levar isto para a frente e de cumprirmos o nosso suposto dever de proteger os cidadãos civis.
Mas, e não sei se ai os camaradas e o pessoal das forças armadas e até os civis concorda comigo, mas a m***a toda é a porra das injustiças que vivemos no dia a dia em que o policia é que é o criminoso, o cão que precisa de ser enjaulado e onde as frustrações das pessoas devem ser descarregadas.
A justiça e o governo não ajudam a policia, então quem é que o faz?
Abraços a todos!
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Será que o governo anda de olhos tapados? Não, deve andar é bem seguro a ganhar os seus bons ordenados, porque não são incomodados no seu dia a dia que passam bem sentados a secretária do ministério a cagar leis e comunicados de imprensa que nunca levam a lado nenhum.
Qualquer PSP que esteja aqui a ler sabe bem que gostamos da nossa farda, temos orgulho no trabalho que fazemos - aliás 99% da "população" policial anda no serviço por causa do bichinho e da minima adrenalina que pode haver - mas quando chegamos ao nosso serviço e toca a elaborar expediente durante horas e horas, tribunal durante mais horas, dias sem ir a casa, renumerações baixas, falta de condições, por ai fora, deixamos de ter vontade de continuar a levar isto para a frente e de cumprirmos o nosso suposto dever de proteger os cidadãos civis.
Mas, e não sei se ai os camaradas e o pessoal das forças armadas e até os civis concorda comigo, mas a m***a toda é a porra das injustiças que vivemos no dia a dia em que o policia é que é o criminoso, o cão que precisa de ser enjaulado e onde as frustrações das pessoas devem ser descarregadas.
A justiça e o governo não ajudam a policia, então quem é que o faz?
Abraços a todos!
Apoiadissimo...
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Falando dos suicídios:
Com todo o respeito pelo tema e pelos meus colegas que optaram por essa forma estúpida de acabarem com os seus problemas devo dizer-vos que não encontro na PSP e na vida policial mais motivos para que as pessoas se suicidem do que noutras profissões.
Penso que se noutros ramos de actividade as pessoas tivessem permanentemente uma arma à “mão de semear” os índices de suicídio seriam - em geral - pelo menos idênticos, nunca inferiores.
Assim de repente e avulsamente lembro-me de tês casos recentes: um subcomissário da DT-Lisboa, um cantineiro/barista, um secretário/amanuense numa secção de inquéritos. Nenhum deles passava noites a patrulher, nenhum fazia turnos, nenhum aturava "mitras", nenhum deles passava fins-de-semana a trabalhar, nenhum deles passava dias nos tribunais nas suas horas de folga…. enfim, todos estavam fora daquelas actividades e rotinas normalmente associadas às "agruras e amarguras" da vida policial.
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Falando dos suicídios:
Penso que se noutros ramos de actividade as pessoas tivessem permanentemente uma arma à “mão de semear” os índices de suicídio seriam - em geral - pelo menos idênticos, nunca inferiores.
Concordo. Todas as profissões têm o seu q.b. de stress. talvez até o jardineiro ou varredor de ruas... e concordo, porque uma pessoa que pensa em suicidio tenta fazê-lo de forma mais eficaz (penso eu de que...), e na ponte 25 de Abril obriga a parar o carro e ser detectado pelas câmaras, enquanto se uma pessoa tiver uma arma precipita-se tudo... isto digo eu para as pessoas que pensam em suicidar-se.Por isso, quando um agente está de baixa psicológica lhe é retirada a arma (penso que seja assim), claro que também não fazi sentido ter a arma e sua posse :roll: uhmmm, juizes que põem os culpados cá fora? :evil:
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COMO TODOS SABEM A VONTADE DE TERMINAR COM A VIDA TEM APENAS UMA ÚNICA RAZÃO, NÃO GOSTAMOS DA VIDA QUE LEVAMOS.....
OS POLICIAS, COMO TODOS OS OS OUTROS PROFISSIONAIS, SEJA QUAL FOR A PROFISSÃO, NECESSITAM DE ESTABILIDADE EMOCIONAL E FINANCEIRA PARA DESENPENHAREM DA MELHOR FORMA A SUA MISSÃO.
PAGAR 800/900 EUROS A UM HOMEM PARA ELE TRABALHAR 6/8 HORAS POR DIA, FOLGAR AO OITAVO DIA E SÓ SABER A ESCALA DE SERVIÇO NO DIA ANTERIOR É SEM SOMBRA DE DÚVIDAS UM INCENTIVO AO DESCONTENTAMENTO.
UM AGENTE DE AUTORIDADE DEVERIA RECEBER UM ORDENADO QUE O DIGNIFICASSE.
É TRISTE DE DIZER MAS TER DINHEIRO É MEIO CAMINHO ANDADADO PARA SE TER ESTABILIDADE EMOCIONAL, LOGO OS TERMINUS DE VIDA DIMINUEM.
E POR FIM GOSTARIA DE REALÇAR QUE TODOS OS AGENTES DE AUTORIDADE DEVERIAM ESTAR NO SERVIÇO OPERACIONAL, DEIXANDO OS SERVIÇOS BUROCRÁTICOS PARA CIVIS, OS JARDINS PARA JARDINEIROS, OS INCÊNDIOS PARA OS BOMBEIROS, AS COZINHAS PARA COZINHEIROS ETC........
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Isso o ordenado tem que se lhe diga, porque se trabalhassem 12 horas seguidas e só folgassem ao domingo quando não estivessem como "voluntários", tb é dificil. E atenção tudo isto e não se ganha 800/900€ por mês.
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Também nao acho que os aspectos monetários sejam de especial relevância. Até porque esse é um aspecto à priori bem conhecido - e talvez o único - por todos os que se alistam.
Eu pergunto: quantas saídas profissionais dão €920,00 mensais (limpos) ao fim de 6 meses de formação?
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Também nao acho que os aspectos monetários sejam de especial relevância. Até porque esse é um aspecto à priori bem conhecido - e talvez o único - por todos os que se alistam.
Eu pergunto: quantas saídas profissionais dão €920,00 mensais (limpos) ao fim de 6 meses de formação?
Depende. O aspecto monetário pode ser problema ou não, tudo depende da região do país onde se vive e trabalha. Por exemplo um salário de 800€ para um militar que viva na zona de Braga, seja casado e esposa tambem seja remunerada com o mesmo valor, é bastante bom. Já não direi o mesmo para o mesmo caso só que tendo residencia em Lisboa.
Na questão das remunerações a região do país conta e muito.
Compensa mais ser militar/policia na zona do Vale do Cavado, do que no Vale do Tejo, seja a nivel de alimentação, seja habitação..etc.
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O salário na PSP é muitas vezes criticado, realmente para quem mete a vida em perigo e está constantemente a lidar com pressão psicológica e com desgaste físico, devido a trabalhar por turnos, 920 não é muito mas este ordenado em principio de carreira, eu acho um bom salário, conheço licenciados a trabalhar nas áreas dos seus cursos a ganhar menos.
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ribeiro86,
Desculpe-me mas julgo estar enganado em relação à dicotomia que faz entre Lisboa e Braga. É simples: em Lisboa há mais por onde escolher, as opções são muito mais. Dou-lhe dois exemplos, que conheço, que vivi recentemente: em Lisboa come-se mais barato que em Braga e também fiquei com a impressão de que os preços nos supermercados são genericamente mais baixos na capital.
Esta é das tais coisas que convém desmistificar.
Açoriano,
Na policia nao somos todos os que estamos constantemente a lidar com o perigo, com o desgaste, etc... etc.... na verdade esses são uma pequena minoria e nao ficam a vida toda nessas esquadras. E também é verdade que conheço alguns que até as preferem... a vida policial é uma pasmaceira para mais de 80% de nós (nao incluo aqui aqueles para quem qualquer actividade que nao tenha a ver com dormir e curtir seja uma chatice).
Também aqui há um certo misticismo de que os sindicatos são prodigos a tirar proveito.
Nao quero todavia dizer com isto que os policias são bem pagos - de maneira nenhuma. Só quis realçar que há profissões bem mais mal pagas e nao é por isso que se suicidam ou pelo menos não é apontada como 1ª razãp...
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Na policia nao somos todos os que estamos constantemente a lidar com o perigo, com o desgaste, etc... etc.... na verdade esses são uma pequena minoria e nao ficam a vida toda nessas esquadras. E também é verdade que conheço alguns que até as preferem... a vida policial é uma pasmaceira para mais de 80% de nós (nao incluo aqui aqueles para quem qualquer actividade que nao tenha a ver com dormir e curtir seja uma chatice).
Também aqui há um certo misticismo de que os sindicatos são prodigos a tirar proveito.
Nao quero todavia dizer com isto que os policias são bem pagos - de maneira nenhuma. Só quis realçar que há profissões bem mais mal pagas e nao é por isso que se suicidam ou pelo menos não é apontada como 1ª razãp...
Concordo plenamente...
Tenho amigos que não fazem nenhum na PSP... literalmente, nenhum!!! E há outros que fartam-se de trabalhar e de apertar o cinto... "há gostos para tudo" por assim dizer...
Quanto ao ordenado... falo por mim, não é muito bom, mas também não é mau de todo... eu ganho pouco mais que o ordenado mínimo, pago renda, contas, comida e transportes... sobra pouco para o cafezinho... com 800 euros governava-me bem melhor! :wink:
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Gina,
Eu tendo a resumir estas coisas a um único vector: inteligência emocional.
Nunca tive um patrão que me pagasse tão bem e que tanto respeitasse os meus direitos como a PSP. Quando encontrar faço o mesmo que fiz com os anteriores, mudo-me.
Sem generalizações obtusas nem pretender colar etiquetas em ninguém.
Tenho colegas (dos tais deslocados) que ocupam e aproveitamos os tempos livres (e na policia até há bastantes) das mais variadas formas: praticando desporto, aprendendo musica, frequentando bibliotecas, exposições, estudando, etc, etc… O que não faltam em Lisboa são sítios onde tudo isso é gratuito. Por norma esses não se queixam da vida.
Tenho outros que “aproveitam” o distanciamento da família e do ambiente natural - uns porque pela 1ª vez se vêem com algum dinheiro na mão que possam chamar de seu e outros porque pela primeira vez se viram livre das baias do papá - para fazerem (as primeiras) incursões pelo mundo da prostituição, pelos bares, discotecas, etc… estão sempre aflitos para que termine o turno para irem a correr não se sabe para onde. Esses, decorridos 6 meses, dizem mal da vida, da policia, de tudo e de todos…
A esmagadora maioria nao se enquadra nestes extremos.
joka.
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Nunca tive um patrão que me pagasse tão bem e que tanto respeitasse os meus direitos como a PSP. Quando encontrar faço o mesmo que fiz com os anteriores, mudo-me.
Concordo plenamente, quem não está bem, só resta ..
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ribeiro86,
Desculpe-me mas julgo estar enganado em relação à dicotomia que faz entre Lisboa e Braga. É simples: em Lisboa há mais por onde escolher, as opções são muito mais. Dou-lhe dois exemplos, que conheço, que vivi recentemente: em Lisboa come-se mais barato que em Braga e também fiquei com a impressão de que os preços nos supermercados são genericamente mais baixos na capital.
Esta é das tais coisas que convém desmistificar.
Açoriano,
Na policia nao somos todos os que estamos constantemente a lidar com o perigo, com o desgaste, etc... etc.... na verdade esses são uma pequena minoria e nao ficam a vida toda nessas esquadras. E também é verdade que conheço alguns que até as preferem... a vida policial é uma pasmaceira para mais de 80% de nós (nao incluo aqui aqueles para quem qualquer actividade que nao tenha a ver com dormir e curtir seja uma chatice).
Também aqui há um certo misticismo de que os sindicatos são prodigos a tirar proveito.
Nao quero todavia dizer com isto que os policias são bem pagos - de maneira nenhuma. Só quis realçar que há profissões bem mais mal pagas e nao é por isso que se suicidam ou pelo menos não é apontada como 1ª razãp...
Permite-me discordar, mas garanto-te que não consegues, com o mesmo rendimento mensal, ter melhor qualidade de vida em Lisboa que em Braga ou Aveiro. Posso pegar logo pela habitação que é carissima em Lisboa e por vezes em zonas problematicas. Quanto aos preços nos hipermercados não te sei dizer, mas acredito que sejam ela por ela. Agora em termos de alimentação não sei que restaurantes frequentas-te em Braga, mas garanto-te que almoças ou jantas bem mais barato que em Lisboa. As diarias podem rondar preços entre 3€ e 6€, coisa que em Lisboa eu não consigo encontrar, fora shoppings claro. Paguei sempre mais de 8€ para almoçar ou jantar em Lisboa.
Está provado já há bastante tempo que Lisboa é a cidade com custo de vida mais caro em Portugal.
Cumps
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é certo que o dinheiro não é a única causa, concordo, também é certo que para chegar aos valores referidos é necessário reunir alguns factores.
certamente que existem profissões mais mal pagas.
não podemos olhar para quem está pior, penso que devemos procurar chegar aos niveis de quem está melhor.
devemos pagar bem aos agentes de autoridade, mas acima de tudo devemos exigir deles profissionalismo, competência, dedicação.
Nos postos territoriais da GNR os militares estão sugeitos a um regime de folgas, que penso que mais nenhum trabalhador do sector público ou privado está.
Trabalham sete dias e folgam ao oitavo. não existe uma folga semanal, mas sim TRABALHAS SETE DIAS SEGUIDOS E DEPOIS TENS UMA FOLGA.... TRABALHAS MAIS SETE DIAS E VOLTAS TER OUTRA FOLGA....
ISTO NÃO É UMA FOLGA SEMANAL
é certo que além destas folgas tem mais uma folga semanal
na minha opinião os guardas da GNR deviam ter duas folgas semanais ou então fazerem serviços de seis horas com uma folga semanal.
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Ai uma nota ao camarada trafaria, olha que há malta na psp ( e falo por mim ) que deixa o corpo no serviço, sua o que for preciso e ás vezes as zonas onde se passa são no minimo estranhas!
Abraços!
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Um militar da GNR, de 28 anos, suicidou-se ontem com um tiro na cabeça, usando a sua arma pessoal (revólver). O corpo foi encontrado por um popular, pelas 09h30, dentro da viatura do guarda, numa zona erma junto a Brancanes, concelho de Olhão.
É o segundo suicídio de elementos da GNR, este ano, sendo as duas vítimas naturais de Alcáçova. Em 2008 registaram-se 13 suicídios na corporação e, em 2007, oito casos.
Ainda mal começou o ano e já vão 2.
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Não sei mas acho que esta reestruturação na GNR que está a colocar muitos militares longe de casa, vai fazer com que este número engorde!
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Não sei mas acho que esta reestruturação na GNR que está a colocar muitos militares longe de casa, vai fazer com que este número engorde!
Concordo... Infelizmente acho que é bem possivel... Conheço um Sargento-Ajudante que ja está no mesmo local á 14 anos e agora com a nova restruturação corre esse risco de ser colocado bem longe de casa...
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Não conheço a realidade da GNR ou da PSP mas tenho muitos antigos camaradas meus que lá estão. Acredito que é uma vida de desgaste e não é especialmente bem paga mas quem vai para lá em principio deve saber ao que vai. Mas pelas conversas que temos compreendi que muito boa gente vai para lá com uma visão dourada do que é ser agente da lei.
Sem estofo psicológico, sem capacidade para lidar com os contratempos inerentes (escalas de serviço, distancia em relação a casa, incapaz de viver e lidar com a brutalidade e realidade do que encontram diariamente, etc).
Não acredito que se "cá fora" houvesse uma acesso alargado a armas os índices de suicídio fossem muito superiores, afinal quem quer por termo há vida falo-a de qualquer maneira.
Penso que o problema está na própria selecção e formação do pessoal.
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pessoal eu sinceramente nao consigo perceber o motivo desta razÃO, eu tou a concorrer ao concurso que abriu o ano passado para tentar engreçar na GNR e ja pessei por tanto, dificuldades e secrificios por este sonho, como é k eu pessoa k esta la dentro ja e k teem uma carreira pela frente fax isto
cumprimentos pessoal
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A maior parte dos elementos que actualmente ingressam nas FS a única coisa que fizeram antes na vida foi "estudos e borgas" com muitos deles a serem os chamados "filhinhos do papá". Isso, junto com o facto da selecção estar vocacionada para isso mesmo (ter sido militar geralmente é um contratempo para entrar e se tiver pertencido às forças especiais pior), somando ao facto de os CFA, CFG serem de uma duração reduzida e por isso incapazes de fazer uma triagem aprofundada, conjugam uma serie de factores de risco.
Acredito que com uma formação nunca inferior a 2 anos e meio e novos padrões de selecção o nº de casos teria tendência a decrescer.
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GNR suicida-se com gás
Segundo o CM apurou junto de familiares e vizinhos do sargento-ajudante Paulo Rodrigues, "ele andava a reclamar com as mudanças na GNR"
O suicídio de Paulo Rodrigues é o terceiro verificado entre elementos da GNR este ano.
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Os suicídios na GNR têm sido na classe de guardas , são os que ganham menos, os que têm o trabalho mais duro, os que são tratados como números na guarda, agora um sargento-ajudante fazer um trabalho destes
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Militar da GNR suicida-se por enforcamento
Um militar da GNR do posto de Sabóia, Odemira, foi ontem encontrado morto pela família após suicídio por enforcamento.
Este é o quinto suicídio na GNR desde o início de 2009.
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 0000000010 (http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=05F020AA-F256-46CA-B2C7-A49B153AC67A&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010)
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para o governo e só mais um que morre, é uma questão de números
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Acho que os sindicatos das forças de segurança são os que melhor conseguem responder a essa pergunta..
sem mais..
"Já chega de suicídios na GNR. Não se tem feito nada para os evitar. Com esta taxa, algo se passa. Este drama e as humilhações entre camaradas tem de acabar"
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Bem este militar de 43 anos já é o sexto este ano que se suicida na GNR.
Mês -6
Suicídio -6
É um dado curioso mas preocupante, alguma coisa vai muito mal nesta guarda.
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Polícia deprimido dá tiro na cabeça
Um agente da PSP do Comando da Guarda suicidou-se, no domingo à noite, com a arma de serviço. O agente principal Carlos Manuel Tomás, de 45 anos (há 21 na polícia), aproveitou a saída da mulher e da filha de 12 anos para dar um tiro na cabeça, em sua casa. Pouco passava das 21h00.
Com este sobe para dois o número de casos de suicídio na PSP em 2009. O primeiro foi em Portalegre há apenas três meses. Por sua vez, a GNR já conta com seis suicídios desde o início do ano.
http://www.correiodamanha.pt/noticia.as ... 0000000010 (http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=6395608E-03F8-4E4A-A95D-C2AAE4B888D5&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010)
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GNR beija as filhas e mata-se
Um cabo da GNR de 32 anos, em serviço no posto de Tortosendo, suicidou-se quarta-feira à noite com um tiro na cabeça, no interior da sua viatura, estacionada junto à casa onde vivia, em Peraboa, perto da Covilhã.
O suicídio do militar, o segundo em dois dias no distrito de Castelo Branco – o outro foi o do cabo João Massa, que se matou após assassinar a mulher –, deixou a GNR chocada e aumentou a apreensão dos sindicatos. “Estamos a viver um período muito complicado. Foi o nono militar que este ano pôs termo à vida”, constatou José Manageiro, da Associação Socio-Profissional da Guarda.
http://www.correiodamanha.pt/noticia.as ... 0000000010 (http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=ACFF1817-8D42-494F-82E9-7A6E3A0C071A&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010)
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Xiça, que se passa?
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As chefias tão-se a cagar para os militares da GNR. Aliás, tudo se está a cagar para estes militares. Estes são literalmente "explorados" em horas de trabalho, não têm condições minimamente decentes e quando ainda fazem o bem em prol da população, ou acabam a levar "porradas" ou são gozados pelos próprios bandidos/justiça.
Enfim...a GNR não vai longe!
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Há duas coisas que me deixam frustrado:
1ª é apanhar um mitra qualquer com um carro roubado, droga, qualquer tipo de crime que preveja pena de prisão, apanha-lo em flagrante, leva-lo a tribunal e o juiz libertar o criminoso sem se preocupar se é reincidente ou não, se há a possibilidade de fugir etc etc. Seja qual for o crime é sempre aplicada a medida de coacção mais leve (termo de identidade e residência)
2ª é poderes ser um agente que mostra imenso serviço, sempre certinho, nunca falha nada no serviço, no dia em que por azar "mete as patas" tens logo um processo às costas e o que já fizeste não conta para nada.
Depois cada um lida com os problemas à sua maneira, uns são mais fortes psicologicamente, têm mais apoio da família e camaradas, outros não têm essa sorte e arranjam outra maneira de fugir aos problemas.
Todos os dias há suicídios, só que se for um padeiro ou um pedreiro (com todo o respeito) não vem na comunicação social e se é um polícia aparece logo nas primeiras páginas dos jornais.
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Seis suicídios de militares da GNR este ano
Um militar do Serviço de Protecção da Natureza da GNR suicidou-se este sábado com a arma pessoal. A informação foi avançada ao tvi24.pt pelo vice-presidente da Associação de Profissionais da Guarda (APG/GNR), César Nogueira, que explica que, com este, «já são seis casos de suicídios de guardas este ano».
O militar, com cerca de 30 anos, casado e pai de uma menina de 4 anos, entrou na GNR em 1999 e tinha sido promovido recentemente a segundo sargento. Segundo o responsável da APG/GNR, o militar, que reside no Porto, estava «abalado» pela decisão do Comando de o transferir de Gaia para Aveiro e encontrava-se mesmo «de baixa psiquiátrica».
http://www.tvi24.iol.pt/portal-iol/gnr- ... -5281.html (http://www.tvi24.iol.pt/portal-iol/gnr-militar-suicidio-morte-arma-tvi24/1173707-5281.html)
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Eu acho que isto não tem nada a ver com a gnr nem com a psp, se somarmos o numero de suicídios da gnr e da psp não supera o restante, todas as semanas ou quase todas há sempre alguém que se atira ao rio douro, a linha de comboio, se intoxica etc etc
O que se está a passar é que a vida esta desgastante, as coisas cada vez estão mais caras, cada vez cortam mais em tudo, cada vez nos temos MENOS paciência o que origina descarregar com a família e leva a divórcios e problemas em casa, e de seguida levamos para o trabalho...Ora bem com o aumento da concorrência os patrões pensam desta maneira" não falta ai quem queira trabalhar por isso eu não tenho tempo para os teus problemas pessoais", esta mentalidade sim é errada...Hoje em dia as pessoas passam anos a estudar, na faculdade, antigamente a licenciatura era um sonho agora é como se fosse o ciclo, as pessoas já só pensam em pós- doutoramento para ter mais que as outras, para ter mais benefícios na procura de trabalho... Isto tudo provoca frustração e as pessoas ainda não estão adaptadas a isto então muitas vezes cometem loucuras que não os leva a lado nenhum...
Falando agora nos patrões, eles cada vez tem menos respeito pelas pessoas porque não podem ter, eles tmb estão mal se antigamente havia 10 empresas para 10 consumidores e estava tudo bem, nós agora temos 50 empresas para 10 consumidores porque o mercado estrangeiro já esta explorar a nossa economia...
O que se passa é que os níveis de exigência estão aumentar e há mtas pessoas, que não estão preparados a mentalidade é esta, nos temos de ser como maquinas porque quem não conseguir vai-se dar mal seja na psp seja na gnr seja onde for, acreditem o mercado cá fora esta mto pior que na psp ou que na gnr...
Falando um pouco em casos práticos, o que esta mal não e a psicologia da psp nem da gnr mas sim a psicologia do ESTADO, já alguém reparou que os hospitais públicos não tem urgências de psiquiatria????Pois é....
Já alguém assistiu uma pessoa entrar com uma crise de pânico num Hospital publico???E como essa pessoa é tratada????
So vos digo não queiram imaginar, porque e horrível o ano passado uma amiga minha que andava com uma vida completamente lixada, criou uma depressão onde tinha crises de ansiedade e de pânico uma vez fomos com ela para o Hospital ela entrou de urgência, o que lhe fizeram foi gozar com ela, droga-la e manda-la para casa, no final disseram a mim e aos restantes amigos que la estavam que ela era mto nova para ter isto...Isto foi dito por um medico de ortopedia...Porque não existe psiquiatria...
Outro exemplo familiar directo, essa pessoa era militar mais concretamente sargento, na altura resolveu deixar a tropa por causa da família porque não tinha tempo pra família etc etc...Palavras dele hj" foi a maior asneira que fiz", hj trabalha quase 24h só começa as 7h da manha e termina as 2h da manha na melhor das hipóteses a meter relatórios no computador, isto td porque tem um patrão que diz que quem não trabalha vai embora, então as pessoas tem de sobreviver e tem de cumprir com os objectivos que são pedidos no trabalho, objectivos esses que são mais que um abuso mtas das vezes extremamente difícil dos atingir por isso uma pessoa quase nem para,porque senão cumprir e despedido...E as pessoas acabam a pensar estou cheio disto, mas vou fazer o que com esta idade???fundo desemprego ganhar 480€€€???
Por isso pessoal não pensem que isso tem a ver com gnr nem psp, tudo esta difícil, isto vai e da resistência da pessoa ao stress mais nada...
Quanto ao apoio psicológico o culpado é o estado que não se preocupa com isso, e hj em dia esse e o problema de todas as doenças....
Cumps
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Infelizmente, acho que estas situações vão agravar-se, não vislumbro grande solução para este problema. Aparentemente tudo esta bem, mas muitas das vezes esconde-se um grande sofrimento interior, que não se consegue detectar através de uma relação laboral, sofre-se em silêncio e não é aos camaradas, cujo relacionamento é estritamente profissional que vamos exteriozar os nossos problemas pessoais ou profissionais, entramos numa imensa solidão. Perante situações de fraqueza extrema entramos num "vazio"cada vez mais profundo de onde achamos que já não conseguimos sair e a situação limite aparece.
A minha vivência profissional (mais de duas décadas), mostra-me que o meio laboral actual se esta a tornar cada vez mais competitivo e individualista conduzindo a desagregação, quem no exercício das funções não atinge determinados parâmentros sente-se excluido, regeitado ou preterido. O afastamento da familia, a desagregação, o medo, as perdas a nível profissional, o estigma, a privação ou exclusão de determinadas funções, o sentir de estereotipias, tudo isso constrange e conduz a perca de auto-estima levando ao suicídio.
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Na minha opinião o suicídio de policias está ligado a vários factores:
-Problemas de socialização: não se consegue integrar no local para onde foi remetido;
-Sentimento de injustiça, todos os dias lida com demasiadas emoções fortes e nem sempre vê a justiça a ser feita;
-Stress acumulado derivado à falta de descanso, turnos acumulados e falta de lazer;
-Problemas familiares;
-Desenvolvimento de distúrbios mentais, como a depressão e falta de acompanhamento adequado (todos sabemos que quando alguém tem problemas psicológicos é logo deitado abaixo e vem as histórinhas das cismas etc. A mente é um órgão como qualquer qualquer e que pode sofrer danos, estes para serem reparados precisam de ajuda seja do psiquiatra ou do psicologo conforme os casos).