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Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Mundo => Tópico iniciado por: lazaro em Outubro 10, 2008, 09:46:08 pm

Título: COMO GANHAR O AFEGANISTÃO
Enviado por: lazaro em Outubro 10, 2008, 09:46:08 pm
Este assunto pretende ser um local de apresentação de pontos de vista quanto à forma sobre como os Paises Democráticos podem transformar o Afeganistão num Estado com sucesso, próspero, aliado das democracias, ainda que permanecendo um Estado Islâmico, conforme actualmente estabelecido.
Título:
Enviado por: rafafoz em Outubro 11, 2008, 03:27:06 pm
caramba do geito que voces falam sobre o islamismo, parace que os cara sao uns demonios ou que sao todos sem excessao terroristas, com essa ideologia nunca mesmo.

Primeiro nao sao todos islamicos que sao terroristas, sempre havera rebesdes que lutam pela mesma causa, axo que primeiro deve-se começar pela ideologia de todos, de quem esta tentando ajudar que todos nao sao terroristas e que devem focar nos cidadaoes e fazendo com que o terrorismo nao é a melhor soluçao. Como fazer isso nao sei, começe com a nova geração, nao sei, mais com a ideologia que ha hoje sempre que sai 1 terrorista tera 2 para entrar, pois eles acreditam numa causa, essa causa deve ser revertida. Na minha opniao, nao ah forma de mudar uma sociedade sem começar por sua ideologia.
Título: Re: COMO GANHAR O AFEGANISTÃO
Enviado por: legionario em Outubro 11, 2008, 05:50:20 pm
Citação de: "lazaro"
Este assunto pretende ser um local de apresentação de pontos de vista quanto à forma sobre como os Paises Democráticos podem transformar o Afeganistão num Estado com sucesso, próspero, aliado das democracias, ainda que permanecendo um Estado Islâmico, conforme actualmente estabelecido.


A soluçao passa por deixar os afegaos resolver sozinhos as vidas deles. Nao é a enviar forças de ocupaçao e a bombardear  aldeias que vamos arranjar amigos seja onde for .
Título: Re: COMO GANHAR O AFEGANISTÃO
Enviado por: Miguel em Outubro 11, 2008, 06:25:31 pm
Citação de: "legionario"
Citação de: "lazaro"
Este assunto pretende ser um local de apresentação de pontos de vista quanto à forma sobre como os Paises Democráticos podem transformar o Afeganistão num Estado com sucesso, próspero, aliado das democracias, ainda que permanecendo um Estado Islâmico, conforme actualmente estabelecido.

A soluçao passa por deixar os afegaos resolver sozinhos as vidas deles. Nao é a enviar forças de ocupaçao e a bombardear  aldeias que vamos arranjar amigos seja onde for .


Exatamente

 :Palmas:  :Palmas:  :Palmas:
Título: Re: COMO GANHAR O AFEGANISTÃO
Enviado por: lazaro em Outubro 11, 2008, 06:42:41 pm
Citação de: "Miguel"
Citação de: "legionario"
Citação de: "lazaro"
Este assunto pretende ser um local de apresentação de pontos de vista quanto à forma sobre como os Paises Democráticos podem transformar o Afeganistão num Estado com sucesso, próspero, aliado das democracias, ainda que permanecendo um Estado Islâmico, conforme actualmente estabelecido.

A soluçao passa por deixar os afegaos resolver sozinhos as vidas deles. Nao é a enviar forças de ocupaçao e a bombardear  aldeias que vamos arranjar amigos seja onde for .

Exatamente

 :Palmas:  :Palmas:  :lol:
Título:
Enviado por: legionario em Outubro 11, 2008, 06:53:18 pm
Timor era um territorio ocupado e graças à intervençao diplomatica de Portugal, é hoje um Estado livre e independente. O Afeganistao é exactamente o caso contrario ...
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Outubro 11, 2008, 08:28:16 pm
Em relação a Timor tenho muita pena que o governo da altura não tenha tido tomates de fazer frente à Indonésia, pelo menos nem que seja ter aguentado a pressão.

Foi das poucas coisas que o Guterres fez, pressão na ONU em favor de Timor.
Título:
Enviado por: lazaro em Outubro 13, 2008, 11:48:50 am
Citação de: "legionario"
Timor era um territorio ocupado e graças à intervençao diplomatica de Portugal, é hoje um Estado livre e independente. O Afeganistao é exactamente o caso contrario ...


Timor é um Estado livre e independente graças à intervenção diplomática de Portugal e à intervenção militar com forças militares comandadas por um General Australiano, com participação maioritáriamente de forças militares australianas sob mandato da ONU (INTERFET).

Mas parece que não completas-te o teu raciocinio ... falas do Afeganistão mas faltou o Kosovo e toda a Ex-Jugoslávia, e outros casos  de Paises independentes mas que fruto de questões internas viram o seu território ser alvo de intervenções externas.

... fico então a aguardar o resto da tua exposição caro legionario ...
Título:
Enviado por: legionario em Outubro 13, 2008, 05:51:39 pm
No que respeita a Timor, foram as tropas australianas que ocuparam o terreno, o que nao se percebe porque Portugal era a potencia administrante, mas foram os portugueses que se mexeram para libertar esse territorio que em teoria ainda era Português.

Na ex-Jogoslavia, havia uma guerra civil no coraçao da europa, e penso que se justificava a intervençao militar estrangeira. Contudo nao concordo que tenham posto a Servia de joelhos amputando-lhe o Kosovo, berço da cultura servia.

Quanto ao Iraque : todos os comentarios sao desnecessarios  !

No que diz respeito ao Afeganistao, este foi atacado e ocupado porque o Bush precisava de fazer um gesto "populista" para acalmar os desejos de vingança e de sangue dos americanos logo a seguir ao 11 setembro.

Se existem critérios para se intervir num dado pais ou territorio, que critérios sao esses ?
e nesse caso,
porque nao deveriamos pressionar os EUA para libertar os indios das reservas e devolver-lhes as suas terras ? porque nao sancionar os EUA por causa de Guantanamo ?
Título:
Enviado por: Nitrox13 em Outubro 13, 2008, 10:48:23 pm
Como todos os senarios de guerra de guerrilha a solução só existe quando um das partes perde a vontade de lutar, e essa parte pretende dialogar.

Vejam o nosso caso em África!
Título:
Enviado por: legionario em Outubro 14, 2008, 06:52:16 pm
O que é que o nosso caso em Africa tem a ver ?
Título:
Enviado por: lazaro em Outubro 14, 2008, 10:54:57 pm
Parece que se começarmos a discutir os critérios que universalmente justifiquem a ingerencia, ou não ingerência, nos assuntos internos de um Pais cairemos num beco sem saida. Para mim basta que a ISAF esteja a actuar sob mandato das Nações Unidas (NU) para legitimar internacionalmente a sua acção.

Note-se que a intervenção no Kosovo, não foi sob nenhum mandato das NU, logo foi ilegal.... :shock: ...

Voltando ao Afeganistão: o que está em cima da mesa já não é a justeza da intervenção da NATO, anteriormente iniciada pela Coligação chefiada pelos EUA, mas antes como "ganhar o Afeganistão", quer se concorde ou não com a intervenção da NATO. Os dados estão lançados, falta acabar o jogo...
Título:
Enviado por: Lancero em Outubro 14, 2008, 11:03:53 pm
Citação de: "lazaro"
Note-se que a intervenção no Kosovo, não foi sob nenhum mandato das NU, logo foi ilegal.... :shock: ...


Resolução 1244 (http://http)
Título:
Enviado por: lazaro em Outubro 14, 2008, 11:11:52 pm
Citação de: "Lancero"
Citação de: "lazaro"
Note-se que a intervenção no Kosovo, não foi sob nenhum mandato das NU, logo foi ilegal.... :wink:
Título:
Enviado por: Lancero em Outubro 14, 2008, 11:17:41 pm
Se tivesse escrito ataque à República da Sérvia tinha apanhado à primeira a sua intenção  :D
Título:
Enviado por: lazaro em Outubro 14, 2008, 11:25:32 pm
Citação de: "Lancero"
Se tivesse escrito ataque à República da Sérvia tinha apanhado à primeira a sua intenção  :dormir: que amanhã vou levantar muito cedinho.
Título:
Enviado por: papatango em Outubro 15, 2008, 01:38:42 am
E o que é que a Sérvia tem a ver com o Afeganistão ?

Além disso, acho que esquecemos todos que TODO O MUNDO se esqueceu do Afeganistão, mas o Afeganistão cedo conseguiu que TODO O MUNDO se lembrasse dele.

No mundo de hoje, deixar um país sozinho, com a esperança de que eles se extreminem todos uns aos outros não funciona.

E a História prova que não funciona!

No passado os britânicos podiam-se dar ao luxo de deixar os afegãos lá nas montanhas do Hindu-Kush mas hoje isso não pode ser feito da mesma maneira. O Afeganistão há de arranjar forma de exportar alguma coisa. Se não for Talibans vai ser Ópio se não for Ópio será outra coisa qualquer.

Os Estados Falhados, caracterizam-se por não serem capazes de resolver os seus problemas.
Os americanos deixaram a Somália resolver os seus problemas e sairam em 1994.
Catorze Anos depois, o resultado está à vista e agora já nem navios podem passar nas águas do país.

Olhar para o lado e fingir que os problemas não existem não é solução.
Fingir que os afegãos vão resolver os problemas deles, quando sabemos que nunca foram capazes de o fazer, também não é.
Título:
Enviado por: lazaro em Outubro 15, 2008, 08:31:28 am
Citação de: "papatango"
E o que é que a Sérvia tem a ver com o Afeganistão ?
Além disso, acho que esquecemos todos que TODO O MUNDO se esqueceu do Afeganistão, mas o Afeganistão cedo conseguiu que TODO O MUNDO se lembrasse dele.

No mundo de hoje, deixar um país sozinho, com a esperança de que eles se extreminem todos uns aos outros não funciona.

E a História prova que não funciona!

No passado os britânicos podiam-se dar ao luxo de deixar os afegãos lá nas montanhas do Hindu-Kush mas hoje isso não pode ser feito da mesma maneira. O Afeganistão há de arranjar forma de exportar alguma coisa. Se não for Talibans vai ser Ópio se não for Ópio será outra coisa qualquer.

Os Estados Falhados, caracterizam-se por não serem capazes de resolver os seus problemas.
Os americanos deixaram a Somália resolver os seus problemas e sairam em 1994.
Catorze Anos depois, o resultado está à vista e agora já nem navios podem passar nas águas do país.

Olhar para o lado e fingir que os problemas não existem não é solução.
Fingir que os afegãos vão resolver os problemas deles, quando sabemos que nunca foram capazes de o fazer, também não é.


De facto a Sérvia não tem muito a ver com o Afeganistão. Se leres bem os posts a Sérvia só veio a lume um pouco fora de tópico.

Quanto ao Afeganistão: Concordo que olhar para o lado e fingir que os problemas não existem não é solução.

O problema aqui é qual será a melhor solução agora que a NATO está metida até ao pescoço.

Já houve declarações de chefes militares Ingleses e Americanos, o ultimo dos quais o próprio General Petraeus, a abrir a porta para a possibilidade de encetar diálogo com os Taliban. Temos que concordar que isto é algum avanço em termos de postura anti-insurgente.
Título:
Enviado por: P44 em Outubro 15, 2008, 12:45:58 pm
Citação de: "lazaro"
Citação de: "Lancero"
Citação de: "lazaro"
Note-se que a intervenção no Kosovo, não foi sob nenhum mandato das NU, logo foi ilegal.... :wink:


essa resolução também falava do Respeito pela "Integridade Territorial da Sérvia" e foi  o que se viu
(sry pelo offtopic)

Em relação ao Afeganistão sinceramente acho que muito dificilmente se conseguirá pacificar aquela Nação, pelo contrário o conflito parece é estar a transpor fronteiras e a alastrar ao Paquistão.
A Bem da Verdade eu estive de acordo com a intervenção -sob bandeira da ONU- para remover os Taliban do poder...o pior foi a partir daí
Título:
Enviado por: lazaro em Outubro 15, 2008, 05:16:52 pm
Não me parece que o problema do Afeganistão esteja a alastrar para o Paquistão. Não esquecer que a génese Taliban localiza-se no Paquistão.

Aspecto curioso: A Burqa que tanto se vê no Afeganistão foi exactamente importada do Paquistão.

A solução do problema Afegão passa passa incontornavelmente pelo Paquistão e pela incapacidade do Estado Paquistanês fazer valer a sua autoridade e as suas leis em largas faixas fronteiriças com o Afeganistão de Etnia Pashtun. O inverso também é verdade: a incapacidade do Estado Afegão fazer valer a sua autoridade no seu próprio território.

Para já fico por aqui.
Título:
Enviado por: legionario em Outubro 15, 2008, 08:21:56 pm
Nao acredito que se possa vencer uma guerra contra os afegaos . A menos claro que se opte por uma politica de exterminio da populaçao. Nao esqueçamos que nesta terra, os guerrilheiros sao os camponeses e os aldeaos em geral ; mesmo os miudos de 14 anos pastam as cabras com uma Kalash . Faz-me lembrar às vezes as técnicas maoistas de guerrilha de tal maneira os combatentes se confundem com a populaçao.

Se juntarmos este factor com outros, como : a topografia do territorio, a logistica eficaz (com mulas pela montanha...) e o caracter indomavel dos afegaos, podemos adivinhar uma vitoria  dificil .

Por outro lado, o Paquistao é um pais muito instavel,  se os americanos (e aliados) abusarem muito no numero de vitimas colaterais como unica maneira de reduzir a guerrilha, uma revoluçao no Paquistao nao seria de excluir, pois a populaçao paquistanesa (incluindo uma boa parte dos militares)  é muito sensivel à questao dos irmaos afegaos.
E ninguem quer revoluçoes no Paquistao, pois nao ?
Título:
Enviado por: lazaro em Outubro 15, 2008, 11:04:23 pm
Acho que a ideia não é ganhar uma guerra contra os Afegãos.

A guerra não é contra os Afegãos mas sim contra uma linha de pensamento fundamentalista islâmica que já esteve no poder pela força e que pretende assumir esse poder de novo pela força.

Para tal é necessário dotar o Afeganistão de um regime, mesmo que Islâmico, (note-se que o nome actual do País é Republica Islâmica do Afeganistão), mas ainda assim democrata e também respeitador das tradições.
Título:
Enviado por: P44 em Outubro 17, 2008, 08:54:53 am
Citação de: "lazaro"
Não me parece que o problema do Afeganistão esteja a alastrar para o Paquistão. Não esquecer que a génese Taliban localiza-se no Paquistão.

Aspecto curioso: A Burqa que tanto se vê no Afeganistão foi exactamente importada do Paquistão.

A solução do problema Afegão passa passa incontornavelmente pelo Paquistão e pela incapacidade do Estado Paquistanês fazer valer a sua autoridade e as suas leis em largas faixas fronteiriças com o Afeganistão de Etnia Pashtun. O inverso também é verdade: a incapacidade do Estado Afegão fazer valer a sua autoridade no seu próprio território.

Para já fico por aqui.



concordo. Peço desculpas, expressei-me mal :oops:
Título:
Enviado por: lazaro em Outubro 17, 2008, 03:11:05 pm
Seguidamente vou ser sucinto para não dar seca e adormecer os foristas.

Sou da opinião que os vectores-força da acção da NATO devem ser:

1. Participar activamente na reconstrução do Afeganistão aos niveis politico e socio-económico;
2. Colaborar no estabelecimento da autoridade estatal em todo o território;
3. Destruição Fisica dos elementos (Taliban, Senhores da Guerra, Trafivantes de droga, etc)  que estão bastante activos a impedir que sejam atingidos os anteriores pontos 1. e 2 ..;

Em patamares mais elevados (politicos), não tenho duvida que a solução da questão Paquistanesa era fundamental para a solução dos pontos 1., 2. e 3.
Título:
Enviado por: André em Outubro 17, 2008, 03:44:52 pm
http://www.youtube.com/watch?v=VB_ixi-i ... ture=bz301 (http://www.youtube.com/watch?v=VB_ixi-iWTg&feature=bz301)
Título:
Enviado por: legionario em Outubro 17, 2008, 07:55:34 pm
Citação de: "lazaro"
Seguidamente vou ser sucinto para não dar seca e adormecer os foristas.

Sou da opinião que os vectores-força da acção da NATO devem ser:

1. Participar activamente na reconstrução do Afeganistão aos niveis politico e socio-económico;
2. Colaborar no estabelecimento da autoridade estatal em todo o território;
3. Destruição Fisica dos elementos (Taliban, Senhores da Guerra, Trafivantes de droga, etc)  que estão bastante activos a impedir que sejam atingidos os anteriores pontos 1. e 2 ..;

Em patamares mais elevados (politicos), não tenho duvida que a solução da questão Paquistanesa era fundamental para a solução dos pontos 1., 2. e 3.


O seu ponto 2 (destruiçao fisica dos elementos...) implica uma guerra total contra a populaçao afegã. Eles nao querem saber do Estado afegao para nada porque o sentimento de pertença a um clan ou etnia é muito mais forte que um hipotético sentimento nacional . E dentro dos clans eles têm uma organizaçao social muito diferente da nossa e que é incompativel com o nosso conceito de democracia.

Os afegaos sentem neste momento o que nos sentiriamos se os marcianos desembarcassem em Portugal e exigissem que adoptassemos os valores e costumes de Marte.
Existe de facto um relativismo ético e cultural que temos que respeitar ! ou isso,... ou entao entrar em guerra com metade dos paises do mundo.

Penso que todas as sociedades têm o seu proprio ritmo de evoluçao, e querer obriga-las a "saltar etapas" (igualdade de sexos, democracia, etc),
so provoca mais sofrimento do que aquele que queriamos evitar.

Nesta guerra todos perdemos, nos e o povo afegao.
Título:
Enviado por: FoxTroop em Outubro 17, 2008, 08:29:59 pm
Este tipo de guerra só pode ser ganha num espaço de tempo que nenhum país está disposto a empenhar em recursos e forças neste momento. É o tipo de guerra que apenas se pode controlar, muito dificilmente ganhar...

Por isso, com as poucas bases que tenho adquirido, penso que:

-1: Aumento em grande escala dos efectivos militares NATO no terreno

-2: Abandono as tacticas de bombardeamento aéreo (geralmente comportando graves danos colaterais, e apenas beliscando a capacidade de guerrilha)

-3: Uso de unidades preparadas e motivadas capazes de perseguir os guerrilheiros até aos seus "heavens" (Para isso à que contar com baixas elevadas, mas não esquecer que tantos os guerrilheiros como a população em geral tem os valor das forças NATO por baixo justamente porque em caso de aperto "volta para a base e manda os aviões")
Título:
Enviado por: FoxTroop em Outubro 17, 2008, 08:38:58 pm
-4: Criar uma serie de alianças e pactos com os vários chefes tribais de modo a que as suas forças (militares e de inteligencia) possam ser usadas para seccionar o movimento taliban e ao mesmo tempo previna uma acção consertada dos mesmos contra a NATO. (Dividir para reinar)

-5: Criação de unidades compostas por afegãos ao estilo dos nossos GE's em Africa (com as diferenças inerentes à situação, claro) :-)

-6: Premitir que seja os proprios chefes tribais a decidir onde e como estabelecer os seus orgãos de soberania, justiça e de decisão (sentirem que mandam em algo no seu território e que se o fazem é porque a NATO os apoia em vez de sentirem que são obrigados a algo pouco a pouco irá colocar a sua "simpatia" do nosso lado)
Título:
Enviado por: FoxTroop em Outubro 17, 2008, 08:48:13 pm
-7: Negociar, por mais que custe aos americanos. Muitos talibans estarão dispostos a renuciar à luta se as condições os permitirem e no minimo pode causar divisões no movimento de guerrilha.

-8: Deixar de uma vez por todas de hostilizar o Irão e de atacar o territorio do Paquistão. Sem boas relações com esses dois países ganhar a guerra é impossivel.

Isto são apenas linhas vagas e gerais, tal como disse antes a minha visão é restrita. Ou como disse um comentador no forum "a experiencia pessoal é isso mesmo e é sempre subjectiva" lolol
Título:
Enviado por: lazaro em Outubro 17, 2008, 10:22:55 pm
Como já anteriormente referi, a ideia não é ganhar nenhuma guerra contra os Afegãos, mas antes ajudar a criar condições para a implementação de um regime que não permita o regresso dos Taliban ao poder.

Quanto aos Afegões não quererem democracia é uma apreciação grosseira. Concerteza que o Legionário não está ao corrente da adesão nas eleições presidenciais em 2004 e parlamentares em 2005, nomeadamente no que respeita à participação feminina.
Título:
Enviado por: lazaro em Outubro 17, 2008, 10:29:03 pm
Citação de: "André"
http://www.youtube.com/watch?v=VB_ixi-i ... ture=bz301 (http://www.youtube.com/watch?v=VB_ixi-iWTg&feature=bz301)


Infelizmente e incompreensivelmente a Guerra de Informação no Afeganistão está a ser perdida. Porque não se fala mais dos milhões de crianças que estão finalmente a ter acesso à educação escolar ... enfim ... :(
Título:
Enviado por: André em Outubro 17, 2008, 11:09:18 pm
Citação de: "lazaro"
Citação de: "André"
http://www.youtube.com/watch?v=VB_ixi-i ... ture=bz301 (http://www.youtube.com/watch?v=VB_ixi-iWTg&feature=bz301)

Infelizmente e incompreensivelmente a Guerra de Informação no Afeganistão está a ser perdida. Porque não se fala mais dos milhões de crianças que estão finalmente a ter acesso à educação escolar ... enfim ... :wink:  :wink:
Título:
Enviado por: legionario em Outubro 18, 2008, 06:58:33 pm
Citação de: "lazaro"
Como já anteriormente referi, a ideia não é ganhar nenhuma guerra contra os Afegãos, mas antes ajudar a criar condições para a implementação de um regime que não permita o regresso dos Taliban ao poder.

Quanto aos Afegões não quererem democracia é uma apreciação grosseira. Concerteza que o Legionário não está ao corrente da adesão nas eleições presidenciais em 2004 e parlamentares em 2005, nomeadamente no que respeita à participação feminina.


E se democraticamente e través de eleiçoes, os afegaos decidissem que nao queriam uma democracia à ocidental, mas antes continuar com o sistema politico e tradicional deles ?
As eleiçoes no Afeganistao sao especiais, em geral, as pessoas votam onde o chefe clanico diz para votarem. E os chefes votam em que lhes pagar mais.
O Afeganistao para reencontrar uma situaçao estavel deveria talvez voltar à monarquia. Mesmo o atual presidente afegao era favoravel a que o rei regressasse do exilio em Roma para voltar a Cabul. Os americanos nao aceitaram . A estes interessa mais ter um leader que possam comprar.
O rei ZAHER era a figura mais respeitada do pais e foi ele que até aos anos setenta fez progredir (ao ritmo possivel) o Afeganistao. Continua  a usufruir de um enorme capital simpatia por parte dos afegaos.

AFGHANISTAN L’ancien roi Zaher Chah " bouleversé "
Pour la communauté internationale, et les Afghans, l’ancien roi Zaher Chah pourrait être une solution de rechange au régime des taliban à la tête d’une coalition qui comprendrait l’Alliance du Nord. Depuis son exil romain, Mohammad Zaher Chah n’aurait pas particulièrement apprécié les frappes américaines en Afghanistan. Il est " bouleversé et triste ", a déclaré à l’AFP l’un de ses conseillers à Rome. " Vous pouvez imaginer ce que ressent quelqu’un quand il voit son pays attaqué, il est bouleversé et triste ", a déclaré l’ancien ministre afghan des Affaires étrangères et proche du roi, Hedayat Amin Arsala. " C’est évidemment une tragédie. J’espère que cela va cesser rapidement et qu’il n’y a pas de blessés ", a ajouté le porte-parole. " Nous avions espéré que cela pourrait être évité ", a-t-il dit. Plusieurs membres de l’opposition afghane sont réunis dans la capitale italienne où les pourparlers avec le roi se poursuivent depuis environ dix jours.
Título:
Enviado por: lazaro em Outubro 19, 2008, 02:47:50 pm
Não sei onde o Legionário foi buscar a ideia de que eu defendo a implementação de uma democracia "à Ocidental" para o Afeganistão. Nunca o disse nem defendo tal ideia.

Aconselho o Legionário a ler um pouco mais sobre a forma como está organizado o sistema poilitico Afegão e depois tente encontrar as diferenças como o sistema Português. Pode começar pelas câmaras e quem as integra.

Penso é que o Afeganistão não se deve tornar em mais um Estado-falhado onde a corja de toda a espécie, fundamentalistas islâmicos e narcotraficantes incluidos, têm espaço vital para se movimentarem à vontade e atingir os seus objectivos. Veja-se o que está a acontecer actualmente na Guiné-Bissau.

Acredito que a NATO pode/deve desempenhar um papel fulcral neste processo de reconstrução do Afeganistão.
Título:
Enviado por: André em Outubro 21, 2008, 09:31:10 am
Não haverá vitória sem real vontade política - NATO

O falhanço dos países membros da NATO em enviar as tropas prometidas para o Afeganistão demonstra uma vontade "flutuante", que entrava os progressos da missão que não pode ter sucesso apenas com os militares, advertiu um alto responsável da NATO.

"Um breve olhar para a determinação da nossa aliança quanto à sua missão no Afeganistão demonstra reais pontos fracos", afirmou segunda-feira o comandante em chefe das forças aliadas na Europa, o general norte-americano John Craddock, durante uma conferência no Royal United Services Institute (RUSI) de Londres.

Tendo em vista as restrições colocadas pelos governos nos locais onde as tropas da NATO podem operar e a "nossa incapacidade constante de colmatar as necessidades declaradas como necessárias no teatro de operações, demonstramos uma vontade política que é por vezes flutuante", prosseguiu.

"É esta vontade política flutuante que entrava os progressos operacionais e coloca em questão a pertinência da aliança no século XXI", indicou.

O general norte-americano John Craddock referiu que a guerra contra os rebeldes talibãs não pode ser vencida apenas pelos militares, necessitando de um esforço mais amplo em matéria de desenvolvimento e de reconstrução.

"Nós, a comunidade internacional, devemos trabalhar em conjunto no âmbito de uma abordagem realmente global", sublinhou, antes de considerar que "o actual esforço continua dividido no tempo e no espaço".

Craddock criticou a ausência de um "sistema judiciário realmente funcional" no Afeganistão que faz com que "numerosos afegãos pensam que a justiça dos talibãs oferece uma alternativa mais eficaz".

"O governo afegão e a comunidade internacional devem atacar este problema, que é um elemento essencial de um sucesso duradouro", referiu.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Outubro 28, 2008, 07:27:03 pm
NATO/Afeganistão: General quer mais «6 ou 7 mil militares»

O comandante da Força Conjunta da Aliança Atlântica na Holanda, general Egon Ramms, defendeu hoje no Parlamento que para fazer face ao aumento de violência no Afeganistão é «necessário» enviar para o terreno mais «seis ou sete mil tropas».

Questionado pelos jornalistas no final da conferência «Afeganistão - O grande desafio operacional da NATO», o comandante do «Allied Joint Force Command», em Brunssum, na Holanda, garantiu que «para progredir» seria necessário juntar aos cerca de cinquenta mil militares actualmente destacados em território afegão mais «seis ou sete mil militares».

O líder do Comando de Força Conjunta Aliada de Brunssum falava no final de uma conferência organizada pela comissão parlamentar de Defesa, que teve lugar na Assembleia da República.

O general alemão frisou ainda a «contribuição muito positiva» do contingente português no Afeganistão - actualmente com cerca de 50 militares e um avião de transporte Hércules C-130.

Já sobre um eventual aumento de tropas nacionais, o general Egon Ramms preferiu generalizar, dizendo que ficaria «muito agradecido» se «todos os países europeus, entre os quais se inclui Portugal», o fizessem.

«Um investimento agora pode ser um retorno muito brevemente», advogou.

Sobre a especificidade das forças militares necessárias no Afeganistão, o general explicou que, apesar de serem precisos mais meio aéreos, o essencial é ter mais «forças terrestres» -- «ground forces» -, «tanto para transporte como para combate».

«O envio de tropas por qualquer país da NATO é bem-vindo», reiterou Egon Ramms sobre um possível aumento de tropas nacionais em território afegão.

Já o presidente da comissão parlamentar de Defesa, o deputado Júlio Miranda Calha, enalteceu a importância da presença do general alemão - que esteve em Portugal a convite da comissão, para «informar sobre o progresso da missão» da Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão - e afirmou estar «muito satisfeito» pelos seus elogios às forças portuguesas destacadas.

Confrontado com as palavras de Egon Ramms, Miranda Calha defendeu que Portugal «tem estado à altura» e «tem desenvolvido uma participação que tem sido a possível e a viável» tendo em conta «a dimensão» do país.

Relativamente ao aumento de atentados e incidentes nos últimos meses no Afeganistão, o deputado socialista assegurou que «os locais mais problemáticos estão localizados» e reiterou que a missão portuguesa tem sido «muito positiva» e se tem desenrolado «de acordo com as possibilidades».

Lusa
Título:
Enviado por: lazaro em Outubro 29, 2008, 06:07:19 am
Parece-me que os problemas não são só a exeguidade dos efectivos mas também as limitações (Caveats) impostos pelos Países doadores de forças ao emprego das suas unidades. Alguns a roçar o ridiculo.

A vertente militar/táctica do Afeganistão está demasiado orientada para a protecção das forças do que para o cumprimento das missões ... penso eu de que ...
Título:
Enviado por: komet em Outubro 30, 2008, 02:58:41 am
Vêr este video: http://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline ... iew/1.html (http://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/warbriefing/view/1.html)

Muito bom. :wink:
Título:
Enviado por: André em Outubro 30, 2008, 11:09:06 am
Pentágono recusa reconciliação com mullah Omar

Os Estados Unidos apoiam os esforços do governo afegão para se reconciliar com os rebeldes talibãs, mas não com o seu chefe supremo, o mullah Mohammad Omar, afirmou quarta-feira o porta-voz do Pentágono, Geoff Morrell.
 
«Como governo não cremos que o mullah Omar seja alguém com quem seja possível uma reconciliação», afirmou Morrell, durante uma conferência de imprensa.

«O mullah Omar tem o sangue de milhares de norte-americanos nas suas mãos, devido ao apoio que prestou a Ussama bin Laden», líder do grupo islamista radical Al Qaeda, prosseguiu o porta-voz.

Em fuga desde 2001, o mullah Omar é líder dos militantes fundamentalistas que dirigiram o Afeganistão entre 1996 e o final de 2001, fazendo aplicar a lei islâmica mais radical.

Os Estados Unidos oferecem uma recompensa de 25 milhões de dólares pela sua captura.

Nos últimos dois anos, os confrontos têm subido de intensidade no Afeganistão, apesar da presença de 70.000 soldados de duas forças multinacionais no terreno, uma da NATO, e a outra sob comando norte-americano (Operação Liberdade Duradoura).

Neste contexto, o governo afegão e os responsáveis norte-americanos mostraram-se favoráveis a um diálogo com os rebeldes.

Responsáveis afegãos reuniram-se no início de Outubro em Meca, na Arábia Saudita, com antigos membros do regime talibã, marcando uma primeira tentativa de negociação de alto nível entre ambas as partes.

O secretário norte-americano da Defesa, Robert Gates, bem como o general norte-americano David Petraeus, que deve ser nomeado sexta-feira chefe das tropas norte-americanas nas guerras do Iraque e do Afeganistão, também se mostraram favoráveis à abertura de um diálogo com talibãs.

Lusa
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Enviado por: lazaro em Dezembro 21, 2008, 02:54:08 pm
Um texto bastante interessante escrito por quem já ocupou um alto cargo no QG da ISAF: http://www.idn.gov.pt/publicacoes/cader ... noIDN2.pdf (http://www.idn.gov.pt/publicacoes/cadernos/CadernoIDN2.pdf)