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Outras Temáticas de Defesa => Área Livre-Outras Temáticas de Defesa => Tópico iniciado por: Luso em Maio 01, 2008, 10:49:56 pm

Título: Navio de Bartolomeu Dias descoberto?
Enviado por: Luso em Maio 01, 2008, 10:49:56 pm
Não sei se já sabem mas terá sido encontrado um dos navios da esquadra de Pedro Alvares Cabral ao largo da Namíbia. Nele poderá ter falecido Bartolomeu Dias.

Pedia-vos que concentrassem neste tópico o que entenderem de relevante.

http://www.coinlink.com/News/shipwrecks ... hip-wreck/ (http://www.coinlink.com/News/shipwrecks-treasure/namibia-finds-treasure-ship-wreck/)
http://www.mg.co.za/articlepage.aspx?ar ... ferrer=RSS (http://www.mg.co.za/articlepage.aspx?area=/breaking_news/breaking_news__africa/&articleid=338196&referrer=RSS)
Título:
Enviado por: Adamastor em Maio 01, 2008, 11:10:06 pm
A BBC também noticiou o achado:

http://news.bbc.co.uk/2/hi/africa/7376259.stm (http://news.bbc.co.uk/2/hi/africa/7376259.stm)
Título:
Enviado por: bishop em Maio 01, 2008, 11:11:44 pm
Interessante e uma grande descoberta para a historia...a pergunta que faço a mim mesmo quando é feita uma descoberta desta dimensão quem tem direito sobre ela a companhia em questão o governo da Namíbia ou o estado Português??
Título:
Enviado por: pedro em Maio 01, 2008, 11:41:12 pm
Ser for em aguas territorias é da Namibia.
Se for em aguas internacionais é Portugues.
Cumprimentos
Título:
Enviado por: pedro em Maio 01, 2008, 11:44:43 pm
Uma grande descoberta sem duvida.
Título:
Enviado por: Lancero em Maio 02, 2008, 12:34:30 am
A companhia é mista: privada (De Beers) e do Governo da Namíbia.
O achado foi em terra (já foi mar...). Numa zona absolutamente interdita a civis por ser uma concessão de diamantes.
Acho que Portugal poderá ganhar umas moedas para expor por empréstimo. Se nem conseguimos que os alemães para lá devolvam o padrão original do Diogo Cão em Cape Cross :roll:
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Maio 02, 2008, 01:37:34 am
Não ví essa notícia nos nossos meios de comunicação, é triste!  :(
Título:
Enviado por: zecouves em Maio 02, 2008, 09:03:33 am
Citação de: "Cabecinhas"
Não ví essa notícia nos nossos meios de comunicação, é triste!  :roll:
Título:
Enviado por: ricardonunes em Maio 02, 2008, 08:14:19 pm
Destroços ao largo da Namíbia são de navio português mas não de Bartolomeu Dias- arqueólogo Francisco Alves

02 de Maio de 2008, 20:06


Lisboa, 02 Mai (Lusa) - Os destroços encontrados esta semana ao largo da Namíbia, e que se calculam que sejam do século XVI, pertencem a um navio português mas não à caravela de Bartolomeu Dias, disse hoje à Lusa o arqueólogo Francisco Alves.

"Como arqueólogo penso que é uma grande descoberta. E tenho um palpite, muito alicerçado e com base em tudo o que veio ao de cima na Internet, de que efectivamente é um navio português", salientou Francisco Alves.

"Mas não é a caravela do Bartolomeu Dias. Isso é perfeita especulação", vincou.

Segundo as poucas notícias disponíveis, entre as quais uma fotografia de algumas moedas que fazem parte do espólio descoberto na passada semana ao largo da Namíbia, está a prova da nacionalidade dos proprietários do navio.

"A moeda que mostram, embora seja o reverso, foi identificada por um colega meu, Paulo Alexandre Monteiro. É indiscutivelmente uma moeda de Dom João III, que foi cunhada a partir de Outubro de 1525", destacou Francisco Alves.

"Essa moeda de ouro chama-se 'português' e era uma das mais prestigiantes moedas da época. A moeda mostrada são os 10 cruzados de ouro", acrescentou.

A descoberta foi divulgada em comunicado de imprensa na passada quarta-feira, mas ocorreu no passado dia 01 de Abril, no decorrer de uma expedição de geólogos, envolvidos na prospecção de diamantes, e que pertencem à empresa sul-africana De Beers.

Lynette Gould, do gabinete de imprensa da De Beers em Londres, disse à Agência Lusa que a empresa e o governo namibiano realizarão na próxima semana uma conferência de imprensa para fornecer mais pormenores sobre a descoberta.

"Arqueólogos, em conjunto com o Conselho da Herança Nacional [da Namíbia], estão a efectuar um inventário do achado, e irão posteriormente contactar os governos de Portugal e Espanha", acrescentou.

A Lusa contactou o Ministério da Cultura, tendo Rui Peças, do gabinete do ministro José António Pinto Ribeiro, garantido que não foram ainda feitos nenhuns contactos.

"Ainda não fomos contactados oficialmente, nem através do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). O que vamos fazer, em articulação com o MNE, mas tomando nós a iniciativa, é fazer todas as diligências junto da De Beers e do Governo namibiano para saber o que se passa e o que está em causa", disse à Lusa.

Os achados subaquáticos estão protegidos pela Convenção da UNESCO sobre a Protecção do Património Cultural Subaquático, de 02 de Novembro de 2001, que Portugal, ao contrário da Namíbia, ratificou.

EL.

Lusa/Fim
Título:
Enviado por: Luso em Maio 02, 2008, 08:39:02 pm
Obrigado, velho Ricardo. :G-beer2:

Seja como for uma descoberta muito interessante: Pode ser que os estrangeiros façam o que nós não fazemos ou não queremos fazer.
E há tanto para descobrir da Carreira da Índia...
Título:
Enviado por: Luso em Maio 02, 2008, 08:49:15 pm
E foi encontrado em terra! :shock:

http://ap.google.com/article/ALeqM5hLN9 ... QD90D9QQ80 (http://ap.google.com/article/ALeqM5hLN9iGw6G67LjeN3DXlhMPbF08TQD90D9QQ80)

Muito interessante, de facto!
Título:
Enviado por: Lancero em Maio 03, 2008, 12:26:42 am
Citação de: "Luso"
E foi encontrado em terra! :cry:
Título:
Enviado por: JLRC em Maio 03, 2008, 12:41:43 am
Citação de: "Cabecinhas"
Não ví essa notícia nos nossos meios de comunicação, é triste!  :(


Pois eu foi pelos media portugueses que tomei conhecimento....Na mesma altura informaram que foi solicitado a Portugal o envio de especialistas para ajudarem na identificação do achado.
Título:
Enviado por: NVF em Maio 03, 2008, 01:08:20 am
Esse Francisco Alves nao e' o mesmo tipo que esteve envolvido no processo Casa Pia?
Título:
Enviado por: Luso em Maio 03, 2008, 10:30:45 am
Lancero: tens razão, as minhas desculpas. Aquelas fotos da AP falaram mais alto. :wink:

NVF: Francisco Alves é de facto um dos da Casa Pia. Há também uma polémica em relação a ele dentro dos meios da arqueologia e da recuperação que vê o personagem como alguém que trata a arqueologia subaquática em Portugal como uma coutada pessoal.
Conhecendo alguns arqueólogos como conheço não estranharia essa ideia.
Seria interessante conhecer a intervenção deste arqueólogo aquando do eventual descobrimento de casco(s) renascentista(s) aquando da construção do Centro Cultural de Belém.
E do Metro.


Aproveito a oportunidade para repetir: caso a História de Portugal e os seus tempos mais gloriosos sejam considerados importantes, há que passar à acção e dedicar fundos para a construção de um museu digno dedicado à Expansão (tema pouco dilecto aos esquerdelhos traumatizados pelo "colonialismo" em costas alheias) e logo com grande ênfase dado à arqueologia submarina.
Seria melhor isso que os investimentos feitos ou por fazer devido a rabiscos em Foz Coa, pelos vistos mais importantes para uma certa "intelectualidade" que os Descobrimentos.
Título:
Enviado por: sierra002 em Maio 03, 2008, 11:51:17 am
Si el navio era un barcos portugués en misión de estado y Portugal nunca renunció a sus derechos, el buque sigue siendo propiedad del estado portugues. No se si me esplico bien, pero esta es la tesis de España respecto al caso del "Cisne Negro" y el conflicto con la compañia Caza-Tesoro (más bien, piratas) Odissey.
http://es.noticias.yahoo.com/rtrs/20080 ... 7b872.html (http://es.noticias.yahoo.com/rtrs/20080418/tot-odissey-espana-juez-4b7b872.html)
Título:
Enviado por: JLRC em Maio 03, 2008, 11:30:14 pm
Citação de: "Luso"
 Aproveito a oportunidade para repetir: caso a História de Portugal e os seus tempos mais gloriosos sejam considerados importantes, há que passar à acção e dedicar fundos para a construção de um museu digno dedicado à Expansão (tema pouco dilecto aos esquerdelhos traumatizados pelo "colonialismo" em costas alheias) e logo com grande ênfase dado à arqueologia submarina.
Seria melhor isso que os investimentos feitos ou por fazer devido a rabiscos em Foz Coa, pelos vistos mais importantes para uma certa "intelectualidade" que os Descobrimentos.


Eu concordo com a construção desse museu mas não posso deixar de lamentar a forma pouco civilizada como se exprimiu. Não fica bem a si e muito menos a um moderador. Espanta-me que depois de escrever esta pérola "tema pouco dileto aos esquerdelhos traumatizados" se mostre ofendido se eu o classificar como pertencente "à direitalha bafienta e trauliteira". Entendeu-me seu pretenso nobre?
Título:
Enviado por: Lancero em Maio 04, 2008, 12:00:19 am
Citação de: "Luso"
Lancero: tens razão, as minhas desculpas. Aquelas fotos da AP falaram mais alto. :wink:


Se estou bem a situar o local do achado (no Sul da Costa dos Diamantes), trata-se de uma zona conquistada ao mar (offshore) pelos prospectores de diamantes através de uma obra de engenharia

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.bclme.org%2Ffactfig%2Fimages%2Fdiamon5.jpg&hash=f6f9da81d02c2e6049a2aa47f3a92c80)
Título:
Enviado por: Luso em Maio 04, 2008, 12:19:30 pm
Citação de: "JLRC"
Eu concordo com a construção desse museu mas não posso deixar de lamentar a forma pouco civilizada como se exprimiu. Não fica bem a si e muito menos a um moderador. Espanta-me que depois de escrever esta pérola "tema pouco dileto aos esquerdelhos traumatizados" se mostre ofendido se eu o classificar como pertencente "à direitalha bafienta e trauliteira". Entendeu-me seu pretenso nobre?


Tranquilo. Nunca o chamei de "esquerdelho traumatizado", mas apenas "o meu comuna favorito". Depois já lhe disse que não pretendo ser nobre de título, mas apenas de espírito. Julgo que esse objectivo deve ser de nós todos, não?

Continua-me a parecer que o JLRC é uma alma perdida no purgatório devido aos seus pecados comu... comuni... isso, porque me parece que até pode ser um português bem decente - lá no fundo! :wink:
E já agora era bom saber quem lançou fogo à "D. Fernando e Glória" mas desviamo-nos no tópico.

Já agora andam a fazer investigações para saber a origem de um navio encontrado na costa leste da Austrália. Parece ser do Séc. XVII (da Carreira Manila Acapulco) mas nunca se sabe. E está num pântano.

Isto é muito interessante.
Título:
Enviado por: zocuni em Maio 04, 2008, 10:42:05 pm
Citação de: "Luso"
há que passar à acção e dedicar fundos para a construção de um museu digno dedicado à Expansão


Tudo bem,

Julgava que isso existisse ou fosse apresentado no "Museu da Marinha".Penso ser o local e a entidade correcta.

Abraços,
Título:
Enviado por: Luso em Maio 04, 2008, 10:46:21 pm
Citação de: "zocuni"
Citação de: "Luso"
há que passar à acção e dedicar fundos para a construção de um museu digno dedicado à Expansão

Tudo bem,

Julgava que isso existisse ou fosse apresentado no "Museu da Marinha".Penso ser o local e a entidade correcta.

Abraços,


Tem uma coisas, de facto, mas há tanto disperso: pelo museu militar, Museu Nacional de Arqueologia, etc...
E muito ainda por levantar do fundo.
Título:
Enviado por: zocuni em Maio 04, 2008, 11:07:01 pm
Citação de: "Luso"
Tem uma coisas, de facto, mas há tanto disperso: pelo museu militar, Museu Nacional de Arqueologia, etc...
E muito ainda por levantar do fundo.


Além dos arquivos documentais que penso estarem na Torre do Tombo.Seria muito interessante,mas penso que iria virar uma tremenda feira das vaidades.

Abraços,
Título:
Enviado por: JLRC em Maio 05, 2008, 12:50:01 am
Citação de: "Luso"

Tranquilo. Nunca o chamei de "esquerdelho traumatizado", mas apenas "o meu comuna favorito". Depois já lhe disse que não pretendo ser nobre de título, mas apenas de espírito. Julgo que esse objectivo deve ser de nós todos, não?


Eu sei que não se referia a mim mas lembro-me de uma vez, quando respondi a um post reacionário em que se falava da esquerdalha terem algumas virgens impolutas ficado muito ofendidas (coitaditas) por as classificar de direitalha rançosa e até o Luso botou prosa dizendo nomeadamente que ficava mal a um professor escrever aquelas coisas horripilantes, direitalha? Que horror!!! Pois é Luso, era em relação a isso que eu me referia.

Mas mudando de assunto ou melhor, retornando à questão do Museu, à uns anos, em conversa com alguns familiares, discutimos uma ideia minha que consistia em despejar os Ministérios do Terreiro do Paço e transformar o edifício num Museu Nacional congregando espólios espalhados por pequenos Museus (Arte Antiga, Arqueologia, etc.) e que poderia ser por exemplo o Museu do Paço Real (da Ribeira) e rebaptizar a Praça do Comércio como Terreiro do Paço, nome pelo qual ela é popularmente conhecida. Seria o nosso Louvre ou British Museam ou o castelhano Prado  :oops: . Por sinal, recentemente, o Prof. Ermano Saraiva propôs o mesmo no seu programa.
Título:
Enviado por: zocuni em Maio 05, 2008, 01:10:31 am
Citação de: "JLRC"
Mas mudando de assunto ou melhor, retornando à questão do Museu, à uns anos, em conversa com alguns familiares, discutimos uma ideia minha que consistia em despejar os Ministérios do Terreiro do Paço e transformar o edifício num Museu Nacional congregando espólios espalhados por pequenos Museus (Arte Antiga, Arqueologia, etc.) e que poderia ser por exemplo o Museu do Paço Real (da Ribeira) e rebaptizar a Praça do Comércio como Terreiro do Paço, nome pelo qual ela é popularmente conhecida. Seria o nosso Louvre ou British Museam ou o castelhano Prado  :oops: Não liguem sou meio louco.

Abraços,
Título:
Enviado por: JLRC em Maio 05, 2008, 02:41:11 am
Citação de: "zocuni"

Gostei dessa de despejar os ministérios.Isso seria um mega-museu,teria espaço suficiente?
Depois de sua sugestão algo arrojada,porque não minha muito alucinada.Porque não no Mosteiro dos Jerónimos?Acho que me vai cair o Carmo e a Trinadade em cima. :oops: Não liguem sou meio louco.

Abraços,


Tinha espaço suficiente para fazer um grande Museu Nacional. A ideia do Terreiro do Paço surgiu porque os edifícios podem-se adaptar facilmente a museu. Todos ganhavam, os Ministérios porque ganhavam novos edifícios feitos de raiz para as novas funções em vez dos velhos actuais adaptados e ganhava o país que ficava a dispor de um grande e digno Museu com as principais colecções lisboetas, dispersas actualmente por vários pequenos museus. Os Jerónimos não me parecem dispor de condições nem de espaço para um tal Museu.
Título:
Enviado por: P44 em Maio 05, 2008, 02:44:54 pm
Citação de: "JLRC"
Mas mudando de assunto ou melhor, retornando à questão do Museu, à uns anos, em conversa com alguns familiares, discutimos uma ideia minha que consistia em despejar os Ministérios do Terreiro do Paço e transformar o edifício num Museu Nacional congregando espólios espalhados por pequenos Museus (Arte Antiga, Arqueologia, etc.) e que poderia ser por exemplo o Museu do Paço Real (da Ribeira) e rebaptizar a Praça do Comércio como Terreiro do Paço, nome pelo qual ela é popularmente conhecida. Seria o nosso Louvre ou British Museam ou o castelhano Prado  :mrgreen:

Outros defenderiam um "regresso ás origens" com a re-instituição dos Autos de Fé a mando da Santa-Madre Igreja e da Congregação para a doutrina da Fé c34x
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Maio 05, 2008, 07:50:09 pm
Talvez muitos ja tenham tido conhecimento, mas a proposito de descobertas arqueologicas navais, o achado em Istambul de 31 navios datando da era medieval (portanto do tempo de Constantinopla que foi sucessivamente  capital  do Império Romano em geral e posteriormente do Império Romano do Oriente ) constitui um dos mais importantes da historia recente.
Espera-se que a exploração desta descoberta permita saber muito mais em concreto sobre a arte de construção naval da altura ( encontraram-se navios mercantes e militares ).
Saber como ou porque aconteceu aquela situação (maremoto ? ) sera outra questão...e nada facil.


http://www.lexpress.fr/info/infojour/af ... =9779&1134 (http://www.lexpress.fr/info/infojour/afp.asp?id=9779&1134)
Título:
Enviado por: André em Maio 05, 2008, 08:36:29 pm
Citação de: "JoseMFernandes"
Talvez muitos ja tenham tido conhecimento, mas a proposito de descobertas arqueologicas navais, o achado em Istambul de 31 navios datando da era medieval (portanto do tempo de Constantinopla que foi sucessivamente  capital  do Império Romano em geral e posteriormente do Império Romano do Oriente ) constitui um dos mais importantes da historia recente.
Espera-se que a exploração desta descoberta permita saber muito mais em concreto sobre a arte de construção naval da altura ( encontraram-se navios mercantes e militares ).
Saber como ou porque aconteceu aquela situação (maremoto ? ) sera outra questão...e nada facil.


http://www.lexpress.fr/info/infojour/af ... =9779&1134 (http://www.lexpress.fr/info/infojour/afp.asp?id=9779&1134)


Dizem que foi um Tsunami ...  :wink:
Título:
Enviado por: André em Maio 05, 2008, 10:36:17 pm
Navios da antiguidade e idade média descobertos em antigo porto na Turquia

Citar
Uma equipa de arqueólogos turcos exumou de um antigo porto bizantino de Istambul 31 navios, que constituem, na sua avaliação, a mais vasta frota medieval até agora descoberta.
Fazem parte do conjunto caiques à vela utilizados no transporte de cereal e mármore e navios militares bizantinos a remos.

O balanço da exploração, iniciada em finais de 2004 no Eleuterion, porto fundado pelo imperador Teodósio I (364-395) na margem europeia do Mar de Marmara, ultrapassou todas as expectativas.

«Nunca antes foram exumados tantos navios dos séculos VI, VII, IX, X e XI. Eles tapam um grande buraco no conhecimento que temos da tecnologia naval na época bizantina», declarou Metin Gökçay, um dos arqueólogos da missão.

Os navios, dos quais subsistem sobretudo os cascos - atingindo alguns 25 metros de comprimento - fornecem igualmente preciosas informações sobre as rotas marítimas de ligação da capital de um império então no auge da sua potência com o resto do mundo.

«Os navios chegavam aqui vindos de todos os cantos do império. Encontrámos objectos procedentes do Egipto, de Chipre, da Crimeia, da Rússia, da Roménia, da Bulgária...», assinalou o arqueólogo Mehmet Ali Polat, segundo o qual «é excepcional encontrar-se num mesmo local objectos de tantas origens diferentes».

Durante vários séculos, assinalou Gökçay, o Eleutérion recebeu o milho e a cevada enviados do Egipto para alimentar Constantinopla, populosa capital do império romano de 330 a 395 e, depois, do Império romano do Oriente ou Império bizantino.

«Mas no século VII - referiu - os árabes derrotaram os bizantinos, que perderam o controlo do Egipto. E verifica-se que, no século IX, os bizantinos estabelecem relações comerciais com os russos, à medida que estes se convertem ao cristianismo».

Além dos navios, os arqueólogos trouxeram à luz do dia importantes vestígios do próprio porto: as fundações de um farol, um quebra-mar, os alicerces de uma igreja e cerca de 20 metros da muralha do imperador Constantino I (274-337), até agora conhecida unicamente pelos textos que sobre ela se escreveram.

Por esclarecer continua o mistério que rodeia o naufrágio de dezenas de embarcações no cais. Os arqueólogos privilegiam, por agora, a hipótese de um tsunami que teria varrido o porto no século VI.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: André em Maio 08, 2008, 08:12:20 pm
Pedida colaboração de Portugal para investigar nau ao largo da Namíbia

Citar
Portugal foi contactado para colaborar na identificação do espólio subaquático descoberto ao largo da Namíbia, e que provavelmente era transportado por um navio português, naufragado no século XVI, disse hoje à Lusa fonte oficial portuguesa.

Segundo João Pedro Cunha Ribeiro, subdirector do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), a sua instituição, em conjunto com o Ministério da Cultura, "está a diligenciar esforços para responder às solicitações dos arqueólogos locais".

O contacto foi feito através do Consulado de Portugal na Cidade do Cabo pelo arqueólogo sul-africano Dieter Noli, contratado pelo consórcio NAMDEB, formado pelo Governo namibiano e pela empresa diamantífera De Beers.

"É um contacto no sentido de nós podermos colaborar no estudo do processo e podermos diligenciar para que esta informação seja uma mais-valia para o conhecimento daquilo que é a gesta dos Descobrimentos e a arqueologia náutica que lhe está associada", destacou.

A descoberta foi divulgada em comunicado de imprensa da De Beers no passado dia 30 de Abril, mas ocorreu a 01 de Abril, no decorrer de uma expedição de prospecção de diamantes.

"Recebemos hoje a informação de que o arqueóogo Dieter Noli contactou o nosso Consulado na Cidade do Cabo", revelou Cunha Ribeiro à Lusa.

"A informação chegou-nos via Ministério dos Negócios Estrangeiros", acrescentou.

Cunha Ribeiro adiantou que o pouco que ainda se conhece da descoberta representa "uma valia patrimonial para a qual nós temos de saber responder. Neste momento estamos a ponderar, em colaboração obviamente com o Ministério da Cultura, qual vai ser o contacto que vamos estabelecer e qual a resposta que vai ser dada à solicitação que nos foi feita".

Para o subdirector do IGESPAR, as informações disponíveis apontam para que, a partir de fotografias de parte do tesouro descoberto, em que se vêem várias moedas, designadamente uma moeda de ouro de Dom João III, o naufrágio tenha ocorrido depois de 1525.

"Será portanto um naufrágio do segundo quartel do século XVI, numa altura em que a região era fundamentalmente frequentada por naus portuguesas e fundamentalmente por naus da carreira da Índia", afiançou.

A explicação assenta no Tratado de Tordesilhas, que as coroas portuguesa e espanhola assinaram em 1494 e que permitiu dividir o mundo em duas áreas de influência.

"Enquanto os espanhóis andavam a explorar o continente americano e a América Latina, nós estávamos a trabalhar no outro lado", explicou.

Mas não existem garantias, segundo Cunha Ribeiro, de que a nau encontrada ao largo da Namíbia seja portuguesa.

"Tanto mais que até sugestivamente há lá moedas espanholas, o que não quer dizer nada, porque naquela altura valia mais pelo metal, muito mais do que pelo valor facial. Com toda a probabilidade trata-se de um barco português, ainda que sujeito a confirmação", frisou.

A resposta portuguesa à solicitação poderá passar pelo envio de uma expedição científica, mas não há ainda certezas.

"Essa é uma das hipóteses. Estamos a ver se entramos em contacto directo com os nossos colegas namibianos, porque uma expedição destas obriga a uma logística", disse.

O achado ocorreu numa zona concessionada à NAMDEB, a 12 quilómetros da fronteira namibiano-sul-africana, completamente interdita, pelo que "nunca se poderia lá ir a não ser com uma organização das autoridades locais".

"Não estamos aqui a disputar, a saber se aquilo é nosso ou não. Vai além disso, para a salvação do património. E temos todo o interesse em colaborar com as autoridades locais para salvar um património que é nosso, não em sentido material, mas em sentido sentimental", ressalvou.

No passado dia 02, em declarações à Lusa, o arqueólogo Francisco Alves disse que os destroços achados representavam uma "grande descoberta".

"Como arqueólogo penso que é uma grande descoberta. E tenho um palpite, muito alicerçado e com base em tudo o que veio ao de cima na Internet, de que efectivamente é um navio português", salientou.

"Mas não é a caravela do Bartolomeu Dias. Isso é perfeita especulação", vincou.

Segundo as poucas notícias disponíveis, entre as quais uma fotografia de algumas moedas que fazem parte do espólio descoberto na passada semana ao largo da Namíbia, está a prova da nacionalidade portuguesa dos proprietários do navio.

"A moeda que mostram, embora seja o reverso, foi identificada por um colega meu, Paulo Alexandre Monteiro. É indiscutivelmente uma moeda de Dom João III, que foi cunhada a partir de Outubro de 1525", destacou Francisco Alves.

"Essa moeda de ouro chama-se 'português' e era uma das mais prestigiantes moedas da época. A moeda mostrada corresponde a 10 cruzados de ouro", acrescentou.

Lusa
Título:
Enviado por: Lusitanus em Maio 09, 2008, 11:57:55 pm
Pronto lá tinham que vir os Espanhois atrás deste achado,mas será que eles não sabem da sua historia?

os espanhois nunca atravessaram a costa leste Africana.
Título:
Enviado por: Luso em Maio 10, 2008, 12:31:23 am
Os espanhós não se meteram na história, mas meteram-nos sem eles quererem. Motivo?

- A falta de referência bibliográficas e culturais relativas à nossa história.

Nós padecemos de uma falha grave: nós não tivemso qualquer influência digna de nota na história desse grande massificador cultural que são os Estados Unidos da América.
A Espanha sim.
Toda e qualquer referência a navios afundados, moedas de ouro e artilharia naval arcaica evoca na maior parte das pessoas desse mundo com um módico de acesso a documentários, publicações e filmes, o galeão espanhol e o tesouro afundado de dobrões de ouro. Porque isso faz parte da cultura da potência dominante.

E para piorar as coisas temos responsáveis culturais que efectivamente detestam este país e deprezam esse momento histórico, não investindo na sua divulgação, limitando-se a manter umas poucas coutadas de clientes políticos e amigos.

É o poder do mais forte.

Caso o Brasil se torne numa potência mundial digna desse nome, passaremos a fazer parte das referências culturais dessa potência, e , portanto, mais conhecidos.

Há pouco tempo andei a efectuar uma pesquisa sobre tsubas Namban de inspiração portuguesa e a nossa cultura é sempre secundarizada em função da espanhola, apesar da nossa importância história ser nesse caso mais importante. E se não é espanhola é "ibérica".

Contudo há quem prefira apostar no "prestigio" futebolesco e em "west coast of europe by nick night". A porra é que as referências bibliográficas "tendem" a ser muito mais duradouras e influentes junto das elites.
Prioridades.
Título:
Enviado por: Lancero em Maio 10, 2008, 03:41:05 pm
Citar
Se o navio for português os seus tesouros são nossos


Se o navio do século XVI encontrado na costa da Namíbia em Abril for português, como tudo leva a crer, não perdeu a soberania nacional quando naufragou, podendo Portugal reclamar o que é seu, se assim o desejar, de acordo com as boas práticas da arqueologia subaquática.

Esta é a opinião de José Luís Bonifácio Ramos, docente da Faculdade de Direito de Lisboa, que completou, em Dezembro, a sua tese de doutoramento, precisamente sobre a defesa do património cultural subaquático.

"Na altura do naufrágio, se o navio era português, continua hoje a ser português. A imunidade da salvaguarda do Estado é igual porque durante o naufrágio não houve perda da sua titularidade. Mas insisto em que primeiro é preciso saber se o navio é de facto português. Se for português e se se tratar de um navio de Estado ou de guerra, então pode considerar--se que os despojos devem pertencer ao nosso país", explica ao DN José Luís Bonifácio Ramos, citando a mais recente disposição sobre a matéria. A confirmação de se tratar de uma nau pertencente à Carreira da Índia torna claro, em sua opinião, "que o navio é simultaneamente de Estado e de guerra".

Portugal tem de agir

Para já, defende o jurista, "Portugal terá de assinar um acordo com a Namíbia". E este país africano não pode escudar-se na legislação que tem citado na imprensa internacional, segundo a qual o navio lhes pertence por estar há mais de 35 anos nas suas águas territoriais.

"Embora Portugal tenha ratificado a Convenção da UNESCO de 2001 e a Namíbia não, esse facto não impede que se sigam as boas práticas acordadas antes da elaboração da convenção" revela, ao DN, o especialista na matéria. A convenção não está não entrou em vigor porque só o fará quando for assinada por um mínimo de 25 países.

Estas questões começaram a ter pertinência a partir dos anos 70 e 80 do século XX, quando a tecnologia permitiu descer a maiores profundidades e começaram a aparecer cada vez mais navios, tendo-se concluído que a maior parte dos despojos destes navios antigos se encontravam em estados terceiros.

Inércia e inacção

O advogado, que tem acompanhado alguns dos últimos casos que têm a ver com o nosso País, considera que o problema do governo português é a inércia.

"Na área da Cultura Portugal nunca fez nada em relação aos acordos entre estados. Temos um passado de inércia e de verdadeira inacção. Os Estados Unidos e a França têm acordos, até a Holanda os tem com a Austrália, mas Portugal nunca promoveu qualquer acordo", precisa o advogado.

Em sua opinião a Namíbia não deve prosseguir com o levantamento dos despojos do navio encontrado em Abril passado.

"Os arqueólogos que se encontram a trabalhar para a empresa não deviam ter tocado nos despojos. E não devem prosseguir com o levantamento do navio. Os acordos entre países são bem claros: os dois países interessados têm de acompanhar esse levantamento. Quanto mais não seja para depois se concluir que pode haver interesse em que os despojos continuem preservados no meio subaquático."


http://dn.sapo.pt/2008/05/10/artes/se_o ... ros_n.html (http://dn.sapo.pt/2008/05/10/artes/se_o_navio_portugues_seus_tesouros_n.html)
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Enviado por: André em Outubro 01, 2008, 01:24:32 pm
Lisboa salvaguarda vestígios da nau portuguesa do século XVI descoberta ao largo da Namíbia

Lisboa garantiu hoje o seu interesse "fundamental" na protecção dos vestígios de uma nau portuguesa do séc XVI descoberta na costa da Namíbia, reagindo a notícias que davam conta de ela poder em breve ficar submersa.

Num esclarecimento à Comunicação social, o Ministério da Cultura reage "ás notícias tornadas públicas nos últimos dias", lembrando que já no início de Setembro ficou "claro que o interesse fundamental do Governo português era o de assegurar a integral salvaguarda dos vestígios em questão".

Foi também em Setembro que os Ministérios da Cultura e dos Negócios Estrangeiros decidiram enviar ao local - a interface costeira de Oranjemund - dois técnicos portugueses do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (os arqueólogos Francisco Alves e Miguel Aleluia), salienta a nota.

A Agência France Press noticiou no sábado que os destroços da nau portuguesa descoberta em Abril ao largo da Namíbia "serão devolvidos proximamente ao oceano sem ter podido revelar todos os seus tesouros devido aos elevados custos para serem retirados das areias subaquáticas".

O Jornal Público puxou o assunto para a sua capa na edição de segunda-feira com o titulo "Caravela com 500 anos em risco de ser submersa na costa da Namíbia", citando no artigo a notícia avançada pela France Press.

"Mais de 2.300 peças de ouro pesando cerca de 21 quilogramas e 1,5 quilogramas de moedas de prata foram encontradas a bordo, num valor de mais de 100 milhões de dólares", explicava numa recente visita ao local o arqueólogo Francisco Alves, maravilhado com o valor cultural desta descoberta, "sem preço", citado pela France Press.

O sítio dos achados está a céu aberto graças a um cordão dunar criado artificialmente - uma baía com cerca de 90 m2 a seis metros abaixo do nível do mar.

Por influência das alterações atmosféricas, normais nesta época do ano, no Atlântico Sul, ficou acordado que os trabalhos deveriam ficar concluídos a 2 de Outubro. Neste momento, com novas previsões meteorológicas é possível alargar o prazo dos trabalhos até 10 de Outubro, refere o Ministério da Cultura.

A equipa de arqueólogos portugueses acompanhará assim "a remoção dos achados até à sua conclusão", assegura a nota.

Devido à sua "reconhecida capacidade técnica e científica", os dois técnicos participarão também na investigação, valorização e divulgação dos achados.

Lisboa lembra que o governo namibiano convidou o Estado português a participar nos trabalhos de salvamento da nau portuguesa e que esse clima de "total cooperação e empenho" foi reiterado num encontro recente à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, entre os representantes das diplomacias dos dois países.

Deste encontro resultou a deslocação a Portugal do ministro dos Negócios Estrangeiros da Namíbia, em data a agendar, adianta o comunicado.

Lusa
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Enviado por: André em Outubro 18, 2008, 12:15:35 am
Portugal e Namíbia vão preservar nau do século XVI

Especialistas portugueses continuarão a desenvolver a parceria com a Namíbia no estudo e preservação do espólio da nau portuguesa do século XVI naufragada na costa daquele país africano, informou hoje o Governo

Em conferência de imprensa, realizada na Biblioteca do Palácio Nacional da Ajuda, o arqueólogo Francisco Alves referiu que irá preparar um relatório para informar as autoridades portuguesas sobre o que é mais relevante realizar nesta fase do processo de investigação e preservação do espólio da embarcação.

«É primordial conservar tudo o que foi já recolhido, bem como fazer o registo, o estudo de todas as peças, materiais e restos humanos encontrados», disse Francisco Alves, o director do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática.

O relatório será enviado ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) e aos ministérios da Cultura e dos Negócios Estrangeiros, que irão posteriormente determinar o cronograma de trabalho a ser desenvolvido, assim como o montante do investimento no projecto.

«Em Setembro, mantive em Nova Iorque uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Namíbia, que foi uma reunião extremamente satisfatória, porque pude aperceber-me da importância que as autoridades da Namíbia atribuem a esta temática», disse o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho, durante a conferência de imprensa.

Segundo João Gomes Cravinho, o Governo da Namíbia pretende seguir os parâmetros internacionais de tratamento do património arqueológico descoberto e deseja plenamente a ajuda de Portugal e outros parceiros internacionais.

Para a secretária de Estado da Cultura, Maria Paula Fernandes dos Santos, o fundamental agora é manter as excelentes conversações com o Governo da Namíbia e, sobretudo, ajudar no processo de preservação do espólio da embarcação.

«Não podemos falar neste momento em futuras exposições do espólio ou museus. Temos que acompanhar todo o processo, seguir o cronograma de trabalho e, posteriormente, voltar a estas questões», referiu.

A secretária de Estado acrescentou que o Governo da Namíbia demonstrou interesse na ajuda de Portugal. Francisco Alves participou, juntamente com outro arqueólogo português, Miguel Aleluia, na escavação e recuperação dos restos da nau portuguesa realizada por uma equipa multidisciplinar que incluía também uma missão espanhola, especialistas da Universidade do Texas, Estados Unidos, e da Namíbia.

A expedição, realizada entre 15 de Setembro e 10 de Outubro, permitiu recolher uma parte da estrutura e casco da nau, peças de ouro, pedaços de cerâmicas, pratos e panelas, lingotes, canhões, moedas e restos humanos e de animais, entre outros artefactos.

Segundo Francisco Alves, o objectivo de retirar todo o espólio existente naquele sítio arqueológico foi alcançado a 100 por cento, mas adiantou que outros fragmentos e peças da embarcação podem ainda estar espalhados pela costa sudoeste da Namíbia.

O espólio, considerado de valor histórico inestimável, já foi avaliado preliminarmente em cerca de 70 milhões de euros.

Lusa
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Enviado por: TOMSK em Outubro 18, 2008, 12:18:40 am
Neste tipo de situações, o achado pertence sempre ao país que o encontrou?
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Setembro 09, 2009, 08:49:49 pm
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