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Outras Temáticas de Defesa => Livros-Revistas-Filmes-Documentários => Tópico iniciado por: P44 em Março 15, 2008, 05:46:11 pm
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Texto que submeto á V. Consideração:
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Especialista na história de Espanha... ahaha isso diz tudo não?
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Interessante. Este artigo merece mesmo uma leitura mais atenta.
Benny
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Já não há respeito... :roll:
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Até não era muito desobediente, era um pau mandado da Igreja e da Inquisição ...
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Até não era muito desobediente, era um pau mandado da Igreja e da Inquisição ... :mrgreen:
Por acaso já investigou a simbologia desse quadro de D. Sebastião? 
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Até não era muito desobediente, era um pau mandado da Igreja e da Inquisição ... :mrgreen:
Por acaso já investigou a simbologia desse quadro de D. Sebastião? :? :roll:
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Até não era muito desobediente, era um pau mandado da Igreja e da Inquisição ... :mrgreen:
Por acaso já investigou a simbologia desse quadro de D. Sebastião? :? :roll:
André, o que pensa ou não acerca do assunto é consigo. Mas demonstre os fundamentos da sua afirmação inicial.
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O que este autor diz/escreve não é novidade.
De facto, o Filipe I tinha direitos dinásticos, sabia falar português e veio a Portugal. Muitos historiadores colocam este rei ao nível dos melhores que tivémos, não fosse o desastre da Grande Armada.
O problema foi o Filipe II, e o III, que nunca colocaram os pés em Portugal, nem sabiam falar Português.
Quanto a D. Sebastião, foi um rei imprudente e extremamente mal aconselhado, inclusive pelo Infante D. Henrique que o apoiou na campanha norte-africana.
Já quanto aos Espanhois não quererem Portugal para nada, isso é treta. Os Espanhois (e depois os franceses em 1807 - que bem se lixaram pois obrigaram o D. João a abrir o Brasil) sempre foram louquinhos para ficar com o portos de mar e a rede comercial do império - leia-se Brasil.
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Até não era muito desobediente, era um pau mandado da Igreja e da Inquisição ... :mrgreen:
Por acaso já investigou a simbologia desse quadro de D. Sebastião? :? :roll:
dizem as más linguas dos cronistas da época que ele ODIAVA mulheres
, daí nunca ter "arranjado" uma
eu também sinceramente não percebo a razão de tanto louvar um rei que ao fim ao cabo só prejudicou Portugal
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A unica coisa que eu vejo no texto, é que a pessoa que o escreveu, tem uma visão completamente distorcida da História, e fica completamente preplexa perante outros dados e outras visões.
Na realidade, como já aqui dissemos muitas vezes, o periodo da dinastia dos
Austrias até teve vantagens e acima de tudo, os Austrias foram tolerados e apoiados por parte das elites portuguesas.
É sintomático o caso da tentativa inglesa de invadir Portugal em apoio do D. António, no ano seguinte ao da derrota da armada invencível.
São as tropas do Duque de Bragança que expulsão os ingleses e não as poucas e praticamente inúteis forças do rei, que eram na sua maioria constituídas por um montão de soldados bêbados de manhã à noite...
Há no entanto erros grosseiros nas afirmações encotradas.
O erro mais grosseiro diz respeito à população. Nunca existiu uma proporção de 24:1 na peninsula ibérica.
Aliás em 1580, a «invasão», que só se deu depois de Filipe-I ser declarado rei foi feita com grande numero de tropas de fora da peninsula, exactamente porque havia falta de gente em Castela.
Os dados que tenho apontam para a seguinte população [1]:
Coroa de Castela e Leão, aprox. 6.500.000
Coroa de Aragão: aprox. 1.500.000
Total: aprox. 8.000.000
Portugal: aprox. 1.200.000
De qualquer forma a ideia de que o Habsburgo não estava interessado, vai contra tudo o que conhecemos da História dos reinos da peninsula.
Muitos monarcas se declararam imperadores, para frisar os seus direitos a governar toda a peninsula, pelo que afirmar que Filipe-II não queria juntar o reino de Portugal aos restantes, é no minimo mirabolante.
Não tem nada a ver com a riqueza do país propriamente dito.
Além disso, o que Portugal controlava,l era ainda extremamente valioso.
Rotas de comércio, que tinham de facto grande valor.
Achar que Filipe-II não estava interessado, é ridículo.
A tomada de Portugal foi difícil, porque a situação económica, especialmente da Coroa de Castela era muito complicada, entrando mesmo em bancarrota.
A debilidade populacional, também era um problema, o que levava a contratar alemães e italianos para lutar e a Coroa de Castela não tinha dinheiro para tudo.
Portugal representava, como sempre representou um problema para a Coroa de Castela ou para a Espanha, por causa da sua política de alianças, que sempre teve como objectivo ajudar a garantir a independência.
Que grande novidade, afirmar que Portugal passou para a órbita dos Habsburgos, para impedir o funcionamento dessa política de alianças.
Este autor, cai também no erro tradicional de considerar a Espanha como um todo, quando na realidade nunca o foi.
No final, o senhor escritor não fez o trabalho de casa e demonstrou a visão anglo-saxonica da História, que é extremamente fechada e pouco lúcida no que respeita à peninsula ibérica. A jornalista que falou com ele, não soube - provavelmente por falta de conhecimentos - desmontar os argumentos, entender as mentiras do senhor inglês, para perceber que ele quer vender livros, e nada mais.
[1] Os valores apresentados são as estimativas mais elevadas. Segundo um estudo publicado pela revista História Moderna i Contemporanea, da Universidade Autónoma de Barcelona, em 1592 a população total de Castela + Aragão + Navarra era de aproximadamente 6.500.000 de habitantes, ou seja, pouco mais de metade do valor que é referido no texto.
Cumprimentos
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dizem as más linguas dos cronistas da época que ele ODIAVA mulheres :roll:
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dizem as más linguas dos cronistas da época que ele ODIAVA mulheres :roll:
:roll:
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Obrigado, mas esse senhor era REI, por isso tinha a obrigação de ter filhos para poder manter a independência de Portugal ... :roll: Se tivesse vivido para além dos 24 anos talvez..., mas não viveu, infelizmente.
Quem chega aos 50 sem casar, já não há problema?
Viva a república!
Estar a criticar os erros de há séculos, quando muito pior se faz HOJE para subjugar Portugal a interesses estrangeiros, é duma hipocrisia invulgar.
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Peço desculpa, mas não creio que estejamos a discutir o cerne da questão.
A questão do comportamento do D. Sebastião, não poderia ter nada a ver com o facto de o Habsburgo estar ou não estar interessado na coroa portuguesa.
Lembro que o D. Sebastião estava suicidado da Silva, quando a coroa foi entregue a Filipe-I.
A tese expressa no título é:
FILIPE I NÃO QUERIA PORTUGAL
O argumento principal é:
D. Sebastião era um delinquente.
Como se o facto de ele ser o que quer que fosse tivesse algo a ver, uma vez que a invasão ocorre dois anos depois de ele ter morrido.
Argumento secundário:
Desinteresse por causa da questão da população, dado que já vimos que está baseado numa mentira absoluta, a acreditar nos numeros espanhóis e portugueses que são públicos.
Não deixa de ser interessante, que a questão da perda da soberania política (dado Portugal não ter deixado de existir nunca como estado independente) seja completamente revirada, acabando nós por discutir a questão e acabando por ficar com as culpas.
Ideia que se pretende passar:
Os portugueses são incompetentes, arranjam lideres imbecis, e depois os bons espanhóis, que até nem estão nada interessados nisto, têm que vir para cá para nos poupar desgraças.
No interim, nós discutimos aquilo que achamos que interessa: As opções sexuais do rei.
:(
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Não queria Portugal o tanas! Este escritor é mais um burlão ao serviço de castela, que vive em Espanha aborveu a visão castelhana da história, fundamentando-se nos historiadores castelhanos, escreveu um livro e agora quer ganhar uns cobres.
Filipe I e a Coroa de Portugal
Este foi seu grande triunfo político: obter a união ibérica, fazendo valer seus direitos de sucessão em 1581 nas Cortes de Tomar. De facto, toda a política matrimonial prévia das dinastias reinantes já buscava esta união.
Depois da morte do rei D. Sebastião na funesta batalha de Alcácer Quibir, Filipe pensou na posse do trono português, com as maiores esperanças, por ver aclamado o cardeal D. Henrique, decrépito, de quem não se podia recear sucessão. Era, antes de sua morte, preciso assegurar a posse do trono, e para isso empenhou todos os meios, intrigas e dinheiro para ganhar ao seu partido a corte de Portugal, conseguindo chamar para seu lado muitos fidalgos portugueses.
Sete pretendentes disputavam entre si a posse do reino quando morreu o rei em 1580, mas desses sete, apenas cinco baseavam as suas pretensões em fundamentos aceitáveis:
- Filipe II filho da primogênita do rei Manuel I, com seu marido Carlos V;
- Duque de Sabóia, filho da infanta D. Beatriz, filha do mesmo Rei D. Manuel I e de seu esposo o duque de Sabóia;
- Dom António, prior do Crato, filho natural do infante D. Luís, sendo este filho do mesmo rei D. Manuel;
- duque de Parma, neto por parte de mãe do Infante D. Duarte, filho do mesmo rei D. Manuel;
- D. Catarina, Duquesa de Bragança, filha legítima do mesmo Infante D. Duarte.
Os que menos direito mostravam eram Catarina de Médicis, rainha de França, descendente de D. Afonso III e de sua primeira esposa a condessa Matilde de Bolonha, e o Papa, herdeiro natural dos cardeais, que entendia portanto dever usufruir o reino que um cardeal governava assim como podia usufruir uma quinta de que fora possuidor. Dos cinco que apresentavam títulos valiosos, só três disputavam seriamente a coroa: Filipe II, o prior do Crato e a duquesa de Bragança.
Morto o cardeal D. Henrique, acendeu-se a intriga. Cristóvão de Moura, «agente infernal do rei de Espanha, o demónio do meio-dia» segundo os seus adversários, «enleava tudo nas redes da sua diplomacia corruptora, espalhando ouro castelhano com que comprava as consciências que quisessem vender-se». Filipe II dirigia os planos e auxiliava sua política.
O reino de Portugal ficara entregue a cinco governadores dependentes dos interesses dos Habsburgo, os quais, receando do povo que se agitava, hesitavam em reconhecer Filipe como Rei. Este se dispôs a conquistar Portugal pelas armas, pois os governadores das praças já eram criaturas suas. O prior do Crato se fizera aclamar em Santarém, mas dispunha de poucas tropas. Filipe reuniu exército, entregou-o ao general Duque de Alba; confiou ao Marquês de Santa Cruz o comando da esquadra, e conservou-se próximo da fronteira de Badajoz. Alba marchou sobre Setúbal; conquistando facilmente o Alentejo, atravessou para Cascais na esquadra do Marquês de Santa Cruz, marchou sobre Lisboa, derrotou o prior do Crato na batalha de Alcântara a 4 de agosto de 1580, perseguiu-o até à província do Minho, e preparou enfim o reino para receber a visita do seu novo soberano.
Filipe não procurou intervir na política interna de Portugal e entregou o governo do país a um português de sua confiança. Educado por cortesãos portugueses nos primeiros anos de vida, Filipe teve o português como primeira língua até a morte da mãe e cortava a barba à moda portuguesa. Filipe, em 9 de dezembro de 1580, atravessou a fronteira, entrou em Elvas, onde se demorou dois meses recebendo os cumprimentos dos novos súditos. Dos primeiros que o veio saudar foi o duque de Bragança. A 23 de fevereiro de 1581 Filipe II saiu de Elvas, atravessou triunfante e demoradamente o país, e a 16 de março de 1581 entrou em Tomar, para onde convocara cortes. Distribuiu recompensas, ordenou suplícios e confiscos, e recebeu a noticia de que todas as colónias haviam reconhecido a sua soberania, exceptuando a Ilha Terceira, onde se arvorara a bandeira do prior do Crato, ali jurado rei de Portugal a 16 de abril de 1581. Nas cortes, prometeu respeitar os foros e as isenções e nunca dar para governador ao país senão um português ou um membro da família real. Expediu de Lisboa tropas que subjugaram a ilha Terceira, em que D. António fora auxiliado pela França, e partiu para Espanha depois da vitória naval de Vila Franca, em que o Marquês de Santa Cruz destroçou a esquadra francesa em 26 de julho de 1582, obtendo a submissão da ilha.
Nomeando para vice-rei de Portugal seu sobrinho, o cardeal-Arquiduque Alberto, e depois lhe ter agregado um Conselho de governo e de ter nomeado os membros do conselho de Portugal, partiu finalmente a 11 de fevereiro de 1583.
A nova monarquia, sempre associada aos interesses da rama austriaca dos Habsburgo, era opulentíssima: a península ibérica, Nápoles, Sicília, Milão, Sardenha e Bélgica atual; na Ásia, feitorias na Índia, Pérsia, China, Indochina, Arábia; na África, Angola, Moçambique, Madeira, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Canárias, toda a América menos algumas ilhas das Antilhas, parte dos atuais Estados Unidos e o Canadá, e terras na Guiana; na Oceânia, as Molucas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Filipe_II_de_Espanha