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Forças de Segurança e Policiais de Elite => Forças de Segurança => Tópico iniciado por: Areopago em Março 09, 2008, 08:17:15 pm
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O problema da criminalidade não se resolve com mais polícias...
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Se assim não é, o que o amigo Areopago aconselha? "Licenças 007"?
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Cyrus,
Tem razão o Areopago.
Se a criminalidade se resolvesse com mais policias os paises com grande capacidade economica (logo, tb orçamental) como os EUA, França, ingleterra, etc... nao teriam criminalidade... contratavam policias!
Quando os politicos falham quem leva é a sociedade em geral...
Quando falham em politicas sociais, de imigração, de integração, de educação, de gestão do território, de urbanização, etc... estão a arranjar mais trabalho aos policias, tribunais e guardas prisionais... e mais desassossego social.
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e pior as leis actuais atam as mãos de policias e juizes, de tal forma que ter 10.000 policias ou ter 10 vai dar ao mesmo, eles não podem fazer nada, e quando podem, o juiz normalmente é obrigado (pela lei) a meter os meliantes de volta na rua.
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O exemplo de Nova Iorque: Tolerância Zero.
A expressão é sobretudo aplicada como um modelo de segurança pública em que a acção policial é especialmente intransigente com delitos menores, como não pagar o transporte público, a prostituição, os pequenos furtos etc. O sistema de tolerância zero tem como meta principal incutir o hábito à legalidade, o que produziria a médio prazo uma redução nos índices de microcrimimalidade, bem como uma diminuição dos delitos de maior importância, como estupros e homicídios.
Como podem ver, completamente ao contrário do que por cá se faz…
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Sim, eu sei que a aplicação da lei não depende directamente do número de efectivos das forças de segurança, mas sim da educação cívica da população além dos hábitos de seguir ou não a lei.
Poderiamos chegar ao extremo de ter um policia para cada habitante, mas depois punha-se o problema de quem policiava os policias. E mesmo assim, a criminalidade não seria aniquilada. Poderia descer um pouco no indice de incidencia, mas nunca seria efectivamente zero.
Actualmente, é consenso que o presente Código Penal está cheio de leis inúteis e pior: não há forma de fiscalizar a implementação e respeito das leis que realmente podem fazer algo para que a criminalidade seja devidamente punida.
Foi nesse sentido que questionei o excelso Areopago sobre as propostas que este considere exequiveis e consensuais entre a grande maioria da opinião pública.
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Cidadão Cyrus,
Por aquilo que escreveu presumo que não entenda muito de área policial o que não é um ponto a seu desfavor (não intreprete nesse sentido)...
Cidadão Cyrus a sociedade não necessita de mais polícias, necessita sim que a classe política enterre de uma vez por todas os fantasmas da PIDE e elabore uma política de segurança interna apoiada em códigos penais e processuais penais que permitam aos elementos já existentes nas forças e serviços de segurança um trabalho com sentido e não andarmos com retalhos aqui e ali sem nunca resolver as questões de fundo...o mundo globalizou-se em todos os sentidos e não apenas no sentido económico como alguns pensam pois tudo está interligado...as forças de segurança necessitam de meios tecnológicos capazes de fazer face à evolução da criminalidade, necessitam que as hierarquias, nomeadamente na PSP, apoiem o trabalho dos elementos na rua e não largá-los e que se "desenrasquem" quando as coisas correm mal pois não há uma comunicação vertical entre a base e o topo e sim um vazio que tem sido muito prejudicial para quem anda na rua todos os dias completamente desencentivado e esfrangalhado e com receio de actuar...os tribunais também não funcionam por a Justiça se encontrar de rastos o que cria um clima de permissividade na mentalidade colectiva dos criminosos e um espírito de medo nos cidadãos honestos que sentem uma insegurança a descambar em alarme social...caro Cyrus as forças de segurança não necessitam de LICENÇAS 007, necessitam sim é de apoio para trabalharem ou seja que a entidade que as criou (vulgo Estado) lhes dê condições que lhes permitam manter o respeito pela autoridade do Estado pois um Estado fraco e sem autoridade apenas conhece um fim - a anarquia, a pobreza e a FOME... observe o Mundo que o rodeia caro Cyrus...
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Excelente post Magnifico. Vi aqui recentemente membros (presumo que agentes da PSP) a defenderem a eliminacao da ESP e a adopcao de um modelo tipo americano, o que poderia ser uma excelente medida. E como disse alguem, quem quer subir na carreira e adquirir educacao superior pode sempre recorrer ao ensino 'civil'.
No entanto, nao me recordo de ver alguem defender o outsourcing de certas funcoes ditas nao-policiais (mecanicos, catering, padeiros, etc.) O que pensam os caros amigos agentes da PSP e militares da Guarda sobre isto?
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Cidadão NVF
Poder-se-ia explicar melhor face à questão dos mecânicos e padeiros?!
Quanto à extinção da ESP dou razão ao cidadão Trafaria em alguns aspectos mas admito que o curso da ESP seja muito bom só que quem o ministra falha muitíssimo na questão humana pois os oficiais saiem sem um minímo de referências em relação à realidade policial e ao mundo envolvente e a prova disso, dito por um Oficial de Polícia, " Não falo com agentes e com subchefes por especial favor..." isto não tem cabimento algum em pleno século XXI (?!!!) pois todos temos que ser respeitados independentemente de sermos agentes ou subchefes...os postos são meras designações administrativas e mais nada o prioblema é muitos usam-nos para colmatar as graves falhas no seu anormal desenvolvimento como seres humanos, fazendo dos códigos deontológico-disciplinares leis pessoais para servir os seus caprichos pessoais e não como reguladores normais das instituições...a PSP possui muitos agentes licenciados, com pós graduações e mestrados que poderiam ser utilizados pela instituição no sentido de mudar muitas coisas que estão mal visto serem pessoas com experiência mas prefere que saiam para outras instituições perdendo mais valias riquíssimas atodos os níveis...
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No entanto, nao me recordo de ver alguem defender o outsourcing de certas funcoes ditas nao-policiais (mecanicos, catering, padeiros, etc.) O que pensam os caros amigos agentes da PSP e militares da Guarda sobre isto?
Iria na resposta mais longe do que o outsourcing. Mas isso levaria-nos a uma longa conversa, terá que ficar para outra ocasião.
Porém desde já lhe digo que não, que não concordo, acho errado, acho até muito perverso que um homem ou mulher com formação e vencimento para trabalhar na segurança dos portugueses seja colocado atrás dum balcão a aviar bicas ou numa garagem a lavar viaturas.
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Sempre fui de opinião que um elemento de um órgão de polícia criminal não deveria de servir cafés ou lavar viaturas numa garagem...nem os superiores hierárquicos deveriam promover essas situações nem quem vai para lá deveria de aceitar essa situação pois desprestigia o próprio elemento...
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Sempre fui de opinião que um elemento de um órgão de polícia criminal não deveria de servir cafés ou lavar viaturas numa garagem...nem os superiores hierárquicos deveriam promover essas situações nem quem vai para lá deveria de aceitar essa situação pois desprestigia o próprio elemento... 
e vais por civis a fazer isso, pondo em risco a abertura das instalações e consequente infiltramento de pessoas alheias à segurança interna?
nao seria melhor teres uma unidades especializada em logistica e manutençao dentro das forças ?
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Dawn_to_dusk:
Não poderia estar mais de acordo consigo, se efectivamente as coisas na prática funcionassem. No entanto, com alguns elementos policiais que temos entre nós, que falam abertamente de assuntos policiais no meio de civis em zonas exteriores ao meio policial, de que valia um grupo especializado em logistica? A infeliz realidade é que há civis que sabem mais do que ocorre no âmbito policial do que os próprios policias.
Por isso concordo completamente que se dê esses serviços a civis. Além de que já temos funcionários civis em outras areas, assim só será mais uma.
saudações policiais
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pois, mas os moinas não deveriam de falar nisso ao publico... mas há coisas e coisas.
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pois, mas os moinas não deveriam de falar nisso ao publico... mas há coisas e coisas.
Nas a verdade é que fazem e não há maneira de de os banir da Corporação porque não há mecanismos nem coragem, embora toda a gente saiba quem eles são.
Saudações Policiais
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GNR tranquiliza PSP sobre partilha de poderes entre as duas instituições
MANUEL CARLOS FREIRE
GNR tranquiliza PSP sobre partilha de poderes entre as duas instituições
Ciclo de conferências da GNR em Queluz começou quarta-feira
O recém-empossado director nacional da PSP ouviu as cúpulas da GNR declararem, 24 horas depois da sua posse, que a Guarda "não pretende ocupar o 'espaço' de ninguém", no quadro da reforma em curso entre as forças de segurança.
Esta posição do comandante-geral da GNR foi transmitida anteontem à noite pelo director da Escola Prática da Guarda, major-general Carlos Chaves, no encerramento da primeira das conferências organizadas pela corporação e a que assistiram, além do superintendente-chefe Oliveira Pereira, figuras como os ex--ministros Ângelo Correira e Figueiredo Lopes, o deputado João Rebelo, o general Loureiro dos Santos, o director nacional da PJ, Alípio Ribeiro ou o secretário-geral do Gabinete Coordenador de Segurança, general Leonel de Carvalho, entre outros.
"A GNR não pretende ocupar o 'espaço'de ninguém, antes entende que tem o seu 'espaço' próprio como força intermediária entre as forças de segurança e as Forças Armadas", frisou Carlos Chaves, nas conclusões da conferência proferida pelo general francês Richard Lizurey, da Gendarmerie francesa, centrada na importância das forças de gendarmerie face aos novos riscos e ameaças à segurança interna dos Estados. O próprio papel crescente que essas forças policiais - de natureza militar - têm vindo a assumir, nas missões internacionais de paz e gestão de crises, foi também realçado pelo militar gaulês.
O elencar dos problemas e dificuldades existentes no sector das forças de segurança francesas, e em especial as que se antevêm com a ida da Gendarmerie (na tutela do Ministério da Defesa) para o Ministério da Administração Interna, onde se vai juntar à Polícia Nacional, não criaram qualquer surpresa nas dezenas de convidados - por serem idênticos aos que existem em Portugal, conforme sublinhou o ex-ministro Ângelo Correia, suscitando muitos sorrisos.
"A passagem, a 01 de Janeiro de 2009, da Gendarmerie para o seio do Ministério do Interior representa uma evolução essencial, temida por muitos. É necessário notar que os gendarmes temem ver-se absorver pela Polícia, mas que os polícias temem igualmente ver a Gendarmerie impor-se ao Ministério do Interior, onde eram, até agora, os únicos presentes", disse o general, adiantando: "Ninguém duvida que a passagem para o Ministério do Interior vai aumentar a tensão social, que se apoia essencialmente sobre uma comparação permanente com a situação dos polícias."
A próxima conferência, a 24 de Abril, terá como convidado o coronel italiano Giovanni Truglio, comandante da EUROGENDFOR - a força de gendarmerie da UE que integra a GNR, a Guardia Civil (Espanha), a Gendarmerie (França), os Carabinieri (Itália) e a Marachusse (Holanda).
http://dn.sapo.pt/2008/03/28/nacional/g ... poder.html (http://dn.sapo.pt/2008/03/28/nacional/gnr_tranquiliza_sobre_partilha_poder.html)
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Cidadão NVF
Porque afirmou que teriam que ser agentes da PSP a defenderem o enverramento da ESP?!!
Sabe o que é a ESP?!!
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Cidadão NVF
Porque afirmou que teriam que ser agentes da PSP a defenderem o enverramento da ESP?!!
Sabe o que é a ESP?!! c34x Mas posso estar equivocado, uma vez nao sou, nem nunca fui policia.
E, para finalizar, dado que nao habito numa cidade, agradecia que parasse de me tratar por cidadao.
'Saludos'
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Senhor NVF
A entrada "cidadão" no dicionário de Língua Portuguesa explica-nos que é um indivíduo que goza dos direitos civis e políticos num Estado livre, indivíduo qualquer independentemente de habitar na cidade ou na provincia ou aldeia...
É a excelsu (sublime, egrégio) forma de nos dirigirmos como seres humanos uns aos outros em contextos específicos cujo nome, por variadíssimos motivos, não pode ser utilizado e num Forum, caso conheça um pouco da civilização romana e grega, perceberá que, tal como os senadores em Roma, é um género educado de cultura que também poderá ser usado num espaço virtual mas como vivemos num Estado de direito democrático, com origem no iuris romanum, tem todo o direito de não gostar que me dirija à sua pessoa humana como "cidadão" o que desde já peço como cidadão educado as minhas humildes desculpas...cidadão é a egrégia forma independente do local onde habitemos...