ForumDefesa.com
Forças Armadas e Sistemas de Armas => Marinha Portuguesa => Tópico iniciado por: Harapan em Fevereiro 16, 2008, 12:53:08 pm
-
Gostaria de abrir aqui um assunto de discussão que a meu ver me parece importante para o FUTURO dos nossos FUZILEIROs. A atribuição de missões ás forças armadas ao que parece esta apenas e unicamente direccionada para as unidades do exercito (excluindo aqui a força aerea com o C-130), e isto faz-me pensar...será que os Fuzileiros não são capazes de desempenhar as mesmas funções que os comandos e os paraquedistas? São sim senhor. Porque é que não tem missões? Não é com certeza por serem uma tropa ligada ao mar. porque os Paras foram para o Afganistão e não saltam...Digam de vossa justiça!
-
Harapan escreveu:
Porque é que não tem missões? Não é com certeza por serem uma tropa ligada ao mar. porque os Paras foram para o Afganistão e não saltam...Digam de vossa justiça!
http://www.forumdefesa.com/forum/viewto ... &start=135 (http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=1047&postdays=0&postorder=asc&start=135)
Cabeça de Martelo escreveu:
Já foram a Timor-Leste, Bósnia, a última missão foi à pouco tempo quando o DAe foi ao Congo.
E Guiné Bissau.
-
excluindo aqui a força aerea com o C-130
Só um pormenor, é verdade que o grosso das missões da Força Aérea são do C-130 mas não são todas, os F-16 estiveram em Aviano (Itália) e na Lituania, as equipas TACP que já estiveram nos Balkas e agora estão no Afeganistão, o grupo de militares da FAP que esteve a comandar o aeroporto de Cabul, os P-3 com destacamentos no Mediterrâneo, o Aviocar com destacamento permanente em Cabo Verde.
-
Infelizmente é um dos grandes contras dos fuzileiros,è a falta de missões...
-
Harapan e Ricp concordo totalmente com voces.
1. Portugal e 1 país de "QUINTINHAS" e como tal as missoes sao sempre dadas ao exercito e pk o exercito vai levar Fuzileiros s tem Comandos,Paraquedistas e OE`S nao vai ficar a dever "favores" a Marinha;mais 1 vez refiro o exercito e k tem a nesseçaria LOGISTICA.
2.Cada vez a menos pessoal nos Fuzileiros e sem missoes ainda pior, pk vai 1 jovem de Chaves para os Fuzileiros fazer serviço para a Penalva(posto da Nato) a ganhar 500euros e a ir 2 vezes por semana a casa kuando pode estar nos securitas perto de casa a ganhar 700?????????????????
-
Vamos preservar a nossa língua e vamos escrever como dever ser, se não se importam.
SMS é só para telemóveis.
-
Caro Luis Filipe Silva tem toda a razão no que diz respeito de missões anteriores tem toda a razão...a missão em Timor terminou já faz tempo...a Bósnia então nem se fala...a missão no Congo tem um cariz especial e em nada semelhante ás que estão a desenrolar-se no Afeganistão. Pelo que percebi depreendia-se mais com Acções Especiais...talvez estudo do terreno para uma possível evacuação de cidadãos Portugueses. Como diz o amigo Tilt a questão da logística e do pessoal são duas das lacunas dos Fuzileiros mas não foram impedimento nas missões anteriores. Porque não permutar entre Comandos, Fuzileiros e Paraquedistas. Neste momento o exercito tem o monopólio das missões incluindo (Timor com a GNR). A questão do pessoal não seria problema se houvessem missões. Axo que é uma jogada para acabar com os Fuzileiros como em tempos se fez com os Comandos.
-
Já pensaram que Portugal - dada a sua política externa e a constante conflitualidade em algumas das suas ex-colónias - não pode dar-se ao luxo de abdicar de um batalhão, ou companhia que seja, de Fuzileiros para estarem comprometidos como FND por períodos de seis meses a meio mundo de distância?
Pergunto eu: E se a Guiné estoirasse de novo? Quem ia lá evacuar os portugueses? Iam as unidades do Exército embarcar e fazer algo para o qual não estão tão preparadas como os Fuzileiros?
Eu acho que tudo tem uma razão, e acredito que esta é a justificação para que o EMGFA não comprometa unidades de Fuzileiros em rotações agendadas. Acho mesmo que são uma reserva.
-
Anos atraz tinha proposto a integraçao dos Fuzileiros no Exército, como em França.
Assim ficavamos com uma Brigada Ligeira Infantaria, vocacionada para a defesa da costa,ilhas e defesa costeira e claro assalto anfibio etc...
Essa Brigada teria como organizaçao:
3 Batalhoes de Fuzileiros (1 batalhao no Norte em Porto, 1 batalhao em Lisboa/Almada, 1 Batalhao no Sul/Algarve)
Unidades de apoio geral,artilharia,etc.. fornecidas por unidades do exercito.
-
Lancero disse:
Já pensaram que Portugal - dada a sua política externa e a constante conflitualidade em algumas das suas ex-colónias - não pode dar-se ao luxo de abdicar de um batalhão, ou companhia que seja, de Fuzileiros para estarem comprometidos como FND por períodos de seis meses a meio mundo de distância?
Pergunto eu: E se a Guiné estoirasse de novo?
Quem ia lá evacuar os portugueses? Iam as unidades do Exército embarcar e fazer algo para o qual não estão tão preparadas como os Fuzileiros?
Concordo plenamente que sejam vistos, não como "reserva", como lhe chama,mas sim como os únicos a recorrer nesse caso, mas se existe essa preocupação então porque estão os Fuzileiros com tanta falta de pessoal como se sabe? Antes de Timor também existia uma "crise" em termos de efectivos, e com a missão a admissão cresceu fortemente. Se o problema é ter uma reserva para intervir nos PALOP então crie-se mais um Batalhão Operacional FZ. É fundamental ter o pessoal motivado, e acredito que a missão neste momento seria essencial.
Miguel disse:
Anos atraz tinha proposto a integraçao dos Fuzileiros no Exército, como em França.
Acho que como os Paras os Fuzileiros vão ter um triste fim no Exercito, não digo triste pela instituição,mas sim, pela tradição de mar que estes têm. Antes de Fuzileiros são Marinheiros.
-
Anos atraz tinha proposto a integraçao dos Fuzileiros no Exército, como em França.
Acho que como os Paras os Fuzileiros vão ter um triste fim no Exercito, não digo triste pela instituição,mas sim, pela tradição de mar que estes têm. Antes de Fuzileiros são Marinheiros.
Comparar os Para-quedistas aos Fuzileiros? Acho que estão-se a esquecer que nos FZ existe mais que o DAE e as outras unidades especiais.
É que acho que se estão a esquecer de outras missões que os Fuzileiros têm, senão acho que nem pensavam mais nisso.
Cumprimentos,
-
Get_It disse:
É que acho que se estão a esquecer de outras missões que os Fuzileiros têm, senão acho que nem pensavam mais nisso.
Quais? a PN? o Boarding?
-
Peço desculpa pelas mensagens tipi sms mas sao um terrivel vicio que vou tentar evitar.
Na minha modesta opiniao era criada em portugal como tem os U.S. uma força expedicionaria,atraves da fuzão das tropas especiais que temos em portugal mas mantendo a especificidade de cada uma.
Respondendo a outra questao aqui levantada nao e so a PN OU O BOARDING, mas para quem nao saiba o BF 1 esta neste momento a mandar equipas para a protecçao dos navios SAR e existe coloboração da PN E CAF na prevençao aos fogos florestais e ainda estar equicionada a participação da UMD no plano de contigencias do rio tejo, entre outras........
-
O Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar (SEDNAM), Dr. João Mira Gomes, visita amanhã, 14 de Março, a Marinha. Nesta ocasião o Secretário de Estado, acompanhado do Chefe do Estado Maior da Armada, almirante Melo Gomes, terá a oportunidade de assistir ao exercício FTX BLD, de aprontamento dos Fuzileiros, que decorre desde segunda-feira na Península de Tróia, Pinheiro da Cruz e irá terminar no próximo dia 17.
Este exercício tem vários objectivos nomeadamente a certificação da Força de Fuzileiros, pertencente à componente naval, que irá ser atribuída à Força de Reacção Rápida (FRI) a partir de Abril , o treino de técnicas de combate em áreas urbanas, no âmbito de missões de Paz e a realização de operações anfíbias no Estuário do Sado, entre outros. Este exercício envolve 480 militares.
Fonte: http://www.marinha.pt/Marinha/PT/Menu/N ... SEDNAM.htm (http://www.marinha.pt/Marinha/PT/Menu/NoticiasAgenda/Noticias/Visita+SEDNAM.htm)
Finalmente!
Ja não era sem tempo,parece que vai ser desta que vão "reanimar" o nosso corpo de fuzileiros.
-
Eu ultimamente ando numa de bater nas siglas
.
FRI é a Força de Reacção Imediata, é uma Força conjunta dos 3 ramos das forças armadas.
A Força de Reacção Rápida não existe, o jornalista deve é estar a confundir isto tudo e meteu a Brigada de Reacção Rápida do Exército ao barulho, o que não tem nada a ver.
-
Fui Fuzileiro em 1990 e gostava de responder á tua pergunta, concerteza que não estás bem informado os Fuzileiros estão em diversas missões nos países dos palops em Àfrica em Timor, etc. mas por serem uma força altamente especializada e com uma vertente virada para as operações em que envolvam meios aquáticos não são escolhidos para as missões normais de manutenção de paz, também os efectivos são muito menos do que as outras forças, mas somos nós que lutamos contra o flagelo da droga nas nossas costas (apesar de isso não aparecer nas notícias ), damos instrução militar em países africanos,etc.
-
Fui Fuzileiro em 1990 e gostava de responder á tua pergunta, concerteza que não estás bem informado os Fuzileiros estão em diversas missões nos países dos palops em Àfrica em Timor, etc. mas por serem uma força altamente especializada e com uma vertente virada para as operações em que envolvam meios aquáticos não são escolhidos para as missões normais de manutenção de paz, também os efectivos são muito menos do que as outras forças, mas somos nós que lutamos contra o flagelo da droga nas nossas costas (apesar de isso não aparecer nas notícias ), damos instrução militar em países africanos,etc.
1990....a realidade dos Fuzileiros passado 18 anos é outra e em Timor ja não temos ninguem!!!!
Espero que num futuro proximo não sejam incluidos no Exercito como outrora foi feito com os paraquedistas quando estes pertenciam á FAP e posteriormente passaram para o Exercito!
-
Mas quem falou nessa possibilidade foi o Miguel. Garanto-te que não está nada pensado nesse sentido. Pessoalmente acredito que essa transferência se deu porque o Exército queria ter no seu seio a unidade mais bem equipada e treinada em Portugal. Sempre senti que não havia nenhuma explicação palpavel para isso ter acontecido. O generalato sempre teve inveja dos Pára-quedistas Portugueses!
-
Mas quem falou nessa possibilidade foi o Miguel. Garanto-te que não está nada pensado nesse sentido. Pessoalmente acredito que essa transferência se deu porque o Exército queria ter no seu seio a unidade mais bem equipada e treinada em Portugal. Sempre senti que não havia nenhuma explicação palpavel para isso ter acontecido. O generalato sempre teve inveja dos Pára-quedistas Portugueses!
Não se esqueça do enorme lobby comando que não gosto da extinção em 1994.Tanto se falou dos para-comandos e nada.
Devem ter pensado:" já que vão acabar com a nossa tropa, os paras não se vão ficar a rir".
Eu sou militar do Exercito e devo confessar que só ficámos a ganhar com a vinda dos paraquedistas para o Exercito e assim com a projecção (com modernização associada) para teatros estrangeiros (Bósnia).
Com os paraquedistas vieram as missões e os Kevlars, camuflados, coletes, e muito outro material que de outra forma não existiria.
Ainda andariamos de M/64.
-
-
Concordo plenamente com as ideias anteriormente expostas mas em boa verdade os Fuzileiros em nada vão beneficiar se tal transferencia ocorrer.
A tradição Naval, a ligação aos meios navais e antes de mais não nos podemos esquecer que para alem de Fuzileiro cada militar é um Marinheiro. Por outro lado tambem são um pouco esquecidos no seio da Armada devido ás preocupações com a modernização dos navios e do poder naval que está em permanente evolução no teatro mundial.Não quero com isto dizer que o equipamento é mau, apenas acho que ainda paira a velha guarda no que toca á classe de Fuzileiros.Melhores tempos virão....
-
Não desejo que ninguém seja colocado em perigo de vida, não quero ser mal interpretado, mas talvez se os fuzileiros fossem render uma companhia de comandos ou de paraquedistas ao afganistão, estes ganhariam novamente protagonismo e brilho.
Quanto ao facto de não ganharem nada com a passagem para o exercito, a ideia que eu expus mais atrás é essa. No caso dos paraquedistas eles não ganharam nada, quem ganhou foi o Exercito.
-
jmg, acredita que esse é o desejo de muitos de nós... uma missão para animar a malta, aumentar o moral e fazer ver que não servimos só para serviços e paradas. E que apesar de tudo, continuamos operacionais como sempre fomos, sempre prontos para arrancar seja para onde for, seja que missão for com o garante de mais uma missão cumprida...
-
Eu não tenho nenhuma dúvida quanto as capacidades dos "filhos da Escola".
Só que infelizmente reina em Portugal a ideia que os Fuzileiros só servem para fazerem desembarques.
As forças equivalentes estrangeiras já mostraram que essa ideia é errada e participam activamente em missões no estrangeiro.
Precisam de contratar o mesmo tecnico de marketing que a GNR.
Estes sim. Conseguiram limpar aquela imagem de guarda gordo e cara de vinho. Agora quando se diz GNR pensa-se logo em missões no Iraque, Timor, no COE, no GIPS, na BF e afins.
Precisam de um comandante que não tenha medo de assumir consequências e de mostrar ao poder político que não existem só para azer parada em Oeiras...
-
Só que infelizmente reina em Portugal a ideia que os Fuzileiros só servem para fazerem desembarques.
As forças equivalentes estrangeiras já mostraram que essa ideia é errada e participam activamente em missões no estrangeiro.
Precisam de contratar o mesmo tecnico de marketing que a GNR.
A primeira tarefa desse técnico de marketing seria tentar convencer as chefias da Marinha de que os fuzileiros não servem só para fazer desembarques. Palpita-me que seria despedido no dia seguinte. A "zebromania", a paixão assolapada pelos barquinhos pneumáticos, continua a bater forte.
JQT
-
Bem, eu não sei muito sobre a Marinha, mas pelo que li neste tópico, parece-me que talvez o Fuzos beneficiassem em ir para o Exército, a nivel de missões no estrangeiro. Já que entre os Almirantes parece imperar a ideia de que "o lugar dos Fuzileiros é na água" e as missões ultimamente têm sido em ambientes mais "secos", como o Iraque e Afeganistão, talvez no Exército, que está mais vocacionado para a "terra", fossem uma opção mais usada.
Mas não sei, estou puramente a especular. Eu acho que o ideal era cada ramo das FA ter uma secção de militares mais especializados (Páras na FAP, Comandos e Rangers no Exército, Fuzos na Marinha) para não haver invejas, ressentimentos, ou lá o que possa haver. Porém, como eu sou pouco entendido na matéria, a minha opinião de pouco vale. É só que gostava de ver os Fuzileiros em pé de igualdade a nivel de "protagonismo" com as outras tropas especiais, seria mais justo, e não sei se tal acontecerá se se mantiverem na Marinha.
Ou então reestruturava-se tudo, e fazia-se Estado-Maior do Exército, Estado-Maior da Armada, Estado-Maior da Força Aérea e Estado-Maior de Tropas Especiais, onde estariam os Páras, os Comandos, os Rangers, os Fuzos, e que mais viesse
-
Alguem me sabe explicar a diferença entre um Fuzileiro e um Oficial Fuzileiro?
Tenho esta dúvida á muito tempo, e gostava de a ver esclarecida e vejo que só neste forúm a informação pode ser boa.
O que gostava de saber são as diferenças, as posições que têm, os cargos, os treinos.
O que me intriga é saber o que faz um Oficial Fuzileiro.
Peço desculpa a todos por não saber muito ainda sobre a Marinha, mas penso ingressar nela, só que as dúvidas aparecem e gostava de as esclarecer.
Desde já demonstro o meu enorme respeito por estes homens. Parabens pelo grupo de elite que têm, a coragem e a força.
Cumprimentos.
-
Bem, eu não sei muito sobre a Marinha, mas pelo que li neste tópico, parece-me que talvez o Fuzos beneficiassem em ir para o Exército, a nivel de missões no estrangeiro. Já que entre os Almirantes parece imperar a ideia de que "o lugar dos Fuzileiros é na água" e as missões ultimamente têm sido em ambientes mais "secos", como o Iraque e Afeganistão, talvez no Exército, que está mais vocacionado para a "terra", fossem uma opção mais usada.
Mas não sei, estou puramente a especular. Eu acho que o ideal era cada ramo das FA ter uma secção de militares mais especializados (Páras na FAP, Comandos e Rangers no Exército, Fuzos na Marinha) para não haver invejas, ressentimentos, ou lá o que possa haver. Porém, como eu sou pouco entendido na matéria, a minha opinião de pouco vale. É só que gostava de ver os Fuzileiros em pé de igualdade a nivel de "protagonismo" com as outras tropas especiais, seria mais justo, e não sei se tal acontecerá se se mantiverem na Marinha.
Ou então reestruturava-se tudo, e fazia-se Estado-Maior do Exército, Estado-Maior da Armada, Estado-Maior da Força Aérea e Estado-Maior de Tropas Especiais, onde estariam os Páras, os Comandos, os Rangers, os Fuzos, e que mais viesse :lol: .
-
Não me venha com essa do Estado-Maior das Tropas Especiais, o pessoal a querer reduzir a estrutura das Forças Armadas e você já a arranjar mais capelinhas para os generais e oficias superiores :mrgreen:
Espero é que ninguém com poder para tal leia isso, e se ponha com ideias. Vê-se cada coisa, que nem me surpreendia muita se tal acontecesse...
Obrigado pela sua explicação relativamente ao papel dos Fuzileiros na Marinha, é muito fácil esquecer todos os papéis que fazem. E antes que algum Fuzo me crucifique, deixo aqui outra vez claro que não defendo que os Fuzos devam sair da Marinha - apenas que deviam ter um papel mais activo a nivel de missões no estrangeiro. Mas isso de certeza que também eles querem!