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Outras Temáticas de Defesa => Área Livre-Outras Temáticas de Defesa => Tópico iniciado por: Lancero em Janeiro 04, 2008, 03:23:41 pm

Título: Al-Qaeda do Magreb cancela Dakar 2008
Enviado por: Lancero em Janeiro 04, 2008, 03:23:41 pm
Prudência aceitável ou capitulação ao terrorismo?

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Lisboa-Dacar2008: Rali cancelado
Lisboa, 04 Jan (Lusa) - A edição 2008 do rali todo-o-terreno Lisboa-Dacar  foi hoje cancelada devido a razões de segurança, anunciou a France Press  (AFP), citando a organização.  

     

   A empresa organzidora Amaury Sport Organization (ASO) justifica o cancelamento  da prova, pela primeira vez na sua história, com razões de segurança e "ameaças  directas contra a prova", num comunicado emitido hoje em Lisboa.  

     

   "Depois de diferentes conversas com o governo francês - em particular  com ministro dos Negócios Estrangeiros - e tendo em conta as suas firmes  recomendações, os organizadores do Dacar decidiram anular a edição de 2008  do rali, programada para de 05 a 20 de Janeiro entre Lisboa e a capital  senegalesa", refere o comunicado da ASO.  

     

   O comunicado fala ainda de "ameaças directas lançadas contra a prova  por movimentos terroristas".  

     


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Lisboa-Dacar2008: Lavigne justifica anulação com tensões internacionais,

vítimas francesas e ameaça terrorista islâmica    

   Lisboa, 04 Jan (Lusa) - A organização do Lisboa-Dacar2008 anulou hoje  a prova, pela primeira vez desde a sua criação há 30 anos, devido às tensões  políticas internacionais, ao assassínio de quatro franceses na Mauritânia  e às ameaças de terrorismo islâmico contra caravana.  

     

   "Tenho uma péssima notícia, o Dacar 2008 não arrancará", anunciou Etienne  Lavigne, responsável da Amaury Sport Organisation (ASO), organizador francês  do rali de todo-o-terreno, a um grande auditório do Centro Cultural de Belém,  repleto e com as faces dos participantes a expressarem desilusão e frustração.  

     

   Lavigne explicou que, "após várias trocas de informação com o Governo  francês, em particular com o ministério dos Negócios Estrangeiros, e tendo  em conta as suas firmes recomendações, os organizadores decidiram cancelar  o rali, que deveria realizar-se de 05 a 20 de Janeiro".  

     

   "Tendo em conta as actuais tensões políticas internacionais, o assassínio  de quatro turistas, no passado dia 24 de Dezembro, atribuído a um ramo da  Al-Qaeda, no Magrebe Islâmico, e, acima de tudo, às ameaças directas lançadas  contra a prova por movimentos terroristas, a ASO não pode tomar outra decisão  que não seja a anulação da prova", precisou Lavigne.  

     

   O organizador francês recordou que "a primeira responsabilidade da ASO  é a de garantir a segurança de todos: populações dos países atravessados,  concorrentes amadores e profissionais, sejam eles franceses ou estrangeiros,  elementos da assistência técnica, jornalistas, patrocinadores e colaboradores  do rali".  

     

   "A ASO reafirma que as questões de segurança não estão, não estiveram,  nem nunca estarão em causa no rali Dacar", assegurou Lavigne.  

     

   O responsável da ASO sublinhou que a empresa francesa de organização  de eventos desportivos "condena a ameaça terrorista que anula um ano de  trabalho, de inscrições e paixão para todos os participantes".  

     

   Lavigne disse que a ASO está "consciente da frustração vivida, em particular  em Portugal, Marrocos, Mauritânia e Senegal, bem como entre todos os fiéis  parceiros", assim como "da decepção geral e das pesadas consequências económicas,  em termos de retorno directo e indirecto, para os países atravessados".  

     

   Por isso, garante que "continuará a defender os valores que caracterizam  os grandes acontecimentos desportivos e prosseguirá com a mesma determinação  o desenvolvimento das suas acções humanitárias".  

     

   "O Dacar é um símbolo e não pode destruir os símbolos. A anulação da  edição de 2008 não coloca em causa o futuro do Dacar. Propor, em 2009, uma  nova aventura a todos os amantes do 'rali-raid' é um desafio que a ASO irá  assumir nos próximos meses, fiel à sua presença e paixão pelo desporto",  concluiu Etienne Lavigne.  


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Lisboa-Dacar2008: Ameaças da Al-Qaeda citavam a prova, Etienne Lavigne

Lisboa, 04 Jan (Lusa) - As ameaças da Al-Qaeda do Magreb citavam o Lisboa-Dacar2008,  adiantou hoje o director da prova, Etienne Lavigne, justificando a anulação  da prova de todo-o-terreno, que tinha início marcado para sábado.  

     

   A Amaury Sports Organisation (ASO), promotor da prova, anunciou hoje  a anulação do Lisboa-Dacar2008, depois de o Governo francês ter avisado  a organização que haviam ameaças directas à realização da prova.  

     

   "Pesava sobre o Dacar um clima de insegurança geral, desde o assassínio  dos quatro turistas franceses na Mauritânia. As ameaças da Al-Qaeda do Magreb  citavam o Dacar. Era impossível contornar a ameaça, porque não eram visadas  etapas específicas", revelou Etienne Lavigne.  

     

   O director da prova disse que a decisão "foi a mais triste de tomar",  mas que "o Governo francês invocou razão de Estado e isso não é discutível",  enquanto "o Governo mauritano fez o que tinha a fazer, montando um grande  dispositivo de segurança".  

     

   "Penso que estamos numa conjuntura especial. Atentados visam todo o  Mundo. O terrorismo está por toda a parte. Infelizmente, penso que esta  é uma vitória do terrorismo", lamentou.  

     

   Etienne Lavigne assumiu que foi estudada a hipótese de uma prova mais  curta, até Marrocos, mas disse que não eram "organizadores de fiascos" e  que "a recomendação do governo francês era para nem começar o rali".  

     

   "A economia em torno do Dacar é colossal e todos vão ser muito penalizados",  afirmou Lavigne, que adiantou que "os concorrentes vão ser reembolsados  da sua inscrição antes de 28 de Fevereiro".  

     

   O director da prova garantiu que "haverá um grande evento em 2009",  para o qual existem "bastantes ideias", que começarão a ser trabalhadas  na próxima semana.  

     

   "Poderá ser outro Dacar, mas é difícil dizer o que acontecerá para o  ano", referiu Lavigne, que, contudo, não negou a hipótese de o evento partir  do continente africano.  

     

   De acordo com Etienne Lavigne, os concorrentes e os patrocinadores compreenderam  os motivos da anulação da prova.  

     

   "Recebemos muitas mensagens de solidariedade, mas também há incompreensão,  sobretudo dos amigos mauritanos, que têm grande desilusão e amargura", revelou.  

     

   A 30ª edição do Lisboa-Dacar tinha partida marcada para sábado, junto  ao Mosteiro dos Jerónimos, e terminaria a 20 de Janeiro, na capital do Senegal.  

     





E ainda este foco,

     
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Lisboa-Dacar2008: Anulação da prova causa prejuízo ainda por quantificar a Portugal    

   Lisboa, 04 Jan (Lusa) - A decisão da organização do rali todo-o-terreno  Lisboa-Dacar2008 de anular a prova vai ter grandes implicações financeiras,  com perdas consideráveis, mas ainda não quantificadas para Portugal, que  acolhia a partida pelo terceiro ano consecutivo.  

     

   "s 12:00, a Amaury Sports Organisation (ASO), organizador francês do  rali, tomou posição sobre a segurança da passagem da caravana na Mauritânia,  onde quatro franceses foram assassinados no dia 24 de Dezembro, e comunicou  a inédito decisão de anular a prova, em 30 anos de existência.  

     

   Entre as perdas financeiras, o governo português surge em destaque,  ao não receber retorno dos três milhões de euros que investiu este ano,  a mesma verba gasta nos anos anteriores (2006 e 2007), mas autarquias, organizadores,  patrocinadores e equipas também verão os seus investimentos postos em causa.  

     

   O executivo socialista tem contribuído todos os anos com essa verba  para a realização do Dacar, investimento que o ministro da Presidência,  Pedro Silva Pereira, sempre considerou como vantajoso para o país, devido  à promoção da imagem de Portugal e aos benefícios, directos e indirectos,  para a economia nacional.  

     

   A organização portuguesa, a cargo da Lagos Sports, também terá prejuízo,  embora ainda não o tenha quantificado.  

     

   "A única coisa que sei é que o prejuízo é muito duro. Já estão a ser  feitas contas no escritório", admitiu João Lagos, na conferência de imprensa  realizada após o anúncio da anulação, justificada pelas tensões políticas  internacionais, as vítimas francesas na Mauritânia e a ameaça terrorista  islâmica.  

     

   As Câmaras municipais de Lisboa e Portimão, concelhos que deviam receber  a primeira e segunda etapas do Dacar, são também afectadas.  

     

   A Câmara de Portimão investiu 1,5 milhões de euros para ter sábado a  chegada da caravana do Dacar, no final da primeira etapa, e a largada para  a segunda tirada, domingo, e o seu presidente já indicou que vai pedir à  organização o retorno do investimento.  

     

   Segundo Manuel da Luz, os "juristas da autarquia estão a estudar as  contratualizações que foram feitas para que seja exigida à organização o  retorno do investimento que a autarquia fez para receber a prova em Portimão".  

     

   O autarca disse à Agência Lusa que já foram investidos 90 por cento  de 1,5 milhões de euros, estando os restantes 10 por cento destinados a  alojamento e outras questões logísticas para o fim-de-semana.  

     

   O mesmo se aplica à Câmara de Lisboa, que também fez o investimento  para acolher, pela terceira vez consecutiva, a maior prova de todo-o-terreno  do Mundo, mas o presidente da autarquia, António Costa, não precisou o montante  envolvido, na conferência de imprensa que o juntou a João Lagos e a Pedro  Silva Pereira.  

     

   Juntamente com as duas principais autarquias, há ainda que contar com  os investimentos feitos pela organização e outras autarquias (Benavente,  Samora Correia e Alcochete) na montagem das Zonas Espectáculo e no transporte  que iria ser disponibilizado gratuitamente para levar os espectadores até  elas.  

     

   Depois, surgem patrocinadores e equipas, que fizeram avultados investimentos  e agora não terão o retorno desejado.  
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 04, 2008, 03:32:58 pm
Estou chocado! :shock:
Título:
Enviado por: zecouves em Janeiro 04, 2008, 04:17:18 pm
A decisão da organização do DACAR fez uma óbvia capitulação ou ao terrorismo ou a um aviso do governo Francês que, por coincidencia, foi emitido quase em cima do momento do inicio do Rally, isto apesar de os turistas franceses terem sido assassinados no dia 24 de Dezembro, curioso.

Para além disso não sei que "tensão internacional" existe na região da Mauritânia. Que eu saiba nada se modificou significativamente naquele ponto do Globo desde o ultimo DACAR.

Para além disso acho impressionante como os pilotos não foram ouvidos. Para terminar, pergunto porque não foram pensadas alternativas ao percurso original para o caso de haver granel? Afinal de contas, Organizar também implica planear reacções aos imprevistos, digo eu.

Alguém deve estar bastante contente com este baixar de braços e não me parece que sejam terroristas.
Título:
Enviado por: Lancero em Janeiro 04, 2008, 05:38:07 pm
Eu vou mais pela prudência e pela capitulação às pressões das seguradoras.

Entretanto, já se pode comprar (http://http) a t-shirt da edição deste ano  :D

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.caoazul.com%2Floja%2Fimages%2Fdakar%2520ccb%2520mosteiro%2520jeronimos.gif&hash=bb9bd3808a79b3a8952eca11609b60b4)

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O Lisboa Dakar começou e acabou hoje com o percurso histórico CCB – Mosteiro dos Jerónimos. O Cão Azul já tem a t-shirt oficial deste Dakar 2008. Podes ver aqui http://www.caoazul.com/loja/ (http://www.caoazul.com/loja/) .

Foi o primeiro Dakar em que todos os concorrentes chegaram ao fim e pela primeira vez era possível fazer todo o percurso com o “passe L” da Carris ou mesmo apenas com o bilhete do dia.Os mais afoitos podiam ir mesmo a pé.

Este foi também um Dakar amigo do ambiente porque os motores nem chegaram a queimar gasolina. Para o ano há mais…
Título:
Enviado por: Adamastor em Janeiro 04, 2008, 07:07:47 pm
Infelizmente trata-se de uma grande vitória para o terrorismo :evil:

E o problema é que este problema vai-se manter, e para o ano vai tornar a acontecer o mesmo.
Título:
Enviado por: André em Janeiro 04, 2008, 07:15:05 pm
"Foi um golpe muito duro!" diz Sainz

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O campeão espanhol Carlos Sainz, um dos favoritos à vitória no Lisboa/Dakar, resumiu o sentimento geral dos pilotos, dizendo que o cancelamento do Rali foi "um golpe muito duro". Sublinhou, ainda, que se abriu "um precedente muito mau", ao anular-se uma prova  por "um motivo extradesportivo" (leia-se as ameaças terroristas da organização de Bin Laden).

O piloto da Wolkswagen mostrou-se surpreendido com a decisão dos organizadores de cancelar "todo o Rali", na sequência do alerta lançado pelo governo francês sobre o perigo de se entrar, neste momento, em terras da Mauritânia, cenário de oito das quinze etapas. Para ele, o lógico seria cancelar apenas os troços mauritanos. Mas,concluiu Sainz, "se eles decidiram suspender todo o rali, lá terão as suas razões".

A decisão de anular o Rali caiu, também, como uma bomba em várias capitais do mundo, a começar pela Europa, onde os meios de comunicação social abriram os seus noticiários com "a história do primeiro grande evento desportivo internacional cancelado por ameaças terroristas".

Sapo Fama
Título:
Enviado por: André em Janeiro 04, 2008, 07:39:00 pm
Mensagem da Al Qaeda levou a anulação do Lisboa-Dakar 2008

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Uma mensagem da Al Qaeda para as autoridades mauritanas, ameaçando atacar franceses naquele país, onde deveriam realizar-se oito etapas, esteve na origem da anulação do Rali Lisboa-Dacar 2008.

Citando uma fonte próxima do processo, a Agência France Press diz que o conteúdo da mensagem, a sua data e o canal pela qual foi transmitida às autoridades da Mauritânia não foram revelados.

No entanto, a mesma fonte garantiu em Paris que esta dava conta da «vontade e capacidade de certos grupos que se reclamam da Al Qaeda em atacar franceses na Mauritânia».

Estas ameaças estão relacionadas com o assassinato, no dia 24 de Dezembro, de quatro cidadãos franceses num ataque que as autoridades mauritanas atribuem a simpatizantes do Braço da Al Qaeda para o Magreb Islâmico (BAQMI).

Os serviços secretos franceses interceptaram nas últimas semanas conversas entre grupos próximos da organização terrorista que pretendiam realizar atentados em sectores por onde estava prevista a passagem do Rali.

Os organizadores do Dakar2008 alegaram hoje razões de segurança para justificar a anulação da 30ª edição da maior competição mundial de todo-o-terrono, que deveria sair de Lisboa este sábado e terminar na capital senegalesa a 20 de Janeiro.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: Lancero em Janeiro 04, 2008, 08:42:45 pm
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Lisboa-Dacar2008: Mensagem da Al-Qaida foi a 29 de Dezembro

Paris, 04 Jan (Lusa) - Um comunicado da Al-Qaida de 29 de Dezembro colocando  em causa as autoridades da Mauritânia, nomeadamente pelo apoio à segurança  do Lisboa-Dacar2008, confirma a realidade da ameaça que hoje motivou a anulação  do rali.  

     

   A informação é avançada pela Agência France Press, que cita fonte próxima  do processo, depois de o director da prova, Etienne Lavigne, ter justificado  hoje, em Lisboa, a decisão de anular o rali todo-o-terreno pelo "clima de  insegurança" reinante depois do assassínio de quatro turistas franceses  na Mauritânia na véspera de Natal.  

     

   No seu comunicado, o Braço da Al-Qaida no Magreb Islâmico (BAQMI, ex-Grupo  Salafista para a Prédica e Combate - GSPC) critica a colaboração de Nouakchott  com os "Cruzados, os apóstatas e os infiéis", recorrendo a uma terminologia  regularmente utilizada nas suas ameaças e reivindicações de atentados, sublinha  a mesma fonte.  

     

   Este comunicado, acrescenta a fonte, "vem confirmar as motivações dos  terroristas, autores dos assassinatos (dos quatro cidadãos franceses), bem  como a mudança radical de estratégia implicada pela integração do GSPC na  Al-Qaida".  

     

   Em Lisboa, Etienne Lavigne, director do Dacar, evocou hoje "razões de  Estado" que não podia "nem comentar, nem explicar", para justificar a anulação  da prova, que deveria decorrer de 5 a 20 de Janeiro.  

     

   "O governo francês invocou razões de Estado para nos aconselhar formalmente  a não dar a partida do Dacar. Acrescento que comunicados da Al-Qaida no  Magreb citavam o Dacar. Não conheço o conteúdo desses comunicados, mas o  Quai d'Orsay tem-los em sua posse", afirmou Lavigne.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 04, 2008, 08:44:46 pm
Não acredito em patavina desta história  :!:  :roll:
Título:
Enviado por: P44 em Janeiro 04, 2008, 08:46:54 pm
pior seria se tivessem ido para a frente e depois houvesse alguma "desgraça", penso eu de que... :!:
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 04, 2008, 08:57:32 pm
Pois...  :idea:
Título:
Enviado por: P44 em Janeiro 04, 2008, 09:31:47 pm
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Presidente francês decisivo
Sarkozy suspende Dakar

Sócrates foi avisado pelo Presidente francês dos perigos de atentados no Lisboa-Dakar. Entretanto, a organização do rali Lisboa-Dakar vai devolver o valor das inscrições a todos os participantes

O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, informou directamente José Sócrates, na noite de quinta-feira, que o rali Lisboa-Dakar não podia realizar-se.

Depois de terem sido estabelecidos contactos entre as secretas francesa e portuguesa e do embaixador francês em Lisboa ter informado o Ministério português dos Negócios Estrangeiros sobre a ameaça terrorista contra o rali, Sócrates ligou ao seu colega Sarkozy para se inteirar da situação.

Foi o próprio Presidente francês que explicou a Sócrates que os serviços secretos franceses tinham tido conhecimento de que estava em preparação um atentado terrorista contra a caravana do rali, para acontecer no deserto, na Mauritânia.

O ataque seria feito, informou ainda, por jipes com lança-rockets.

João Lagos, o organizador português, explicou que, quinta-feira ao fim do dia, o Governo francês «deu ordem» à organização para cancelar o rali, uma vez que a ameaça passou a ser «sobre todo o percurso, e não só na Mauritânia», onde tinham ocorrido a morte de quatro turistas franceses, há quinze dias, vítimas de extremistas islâmicos.

«Os grandes eventos desportivos são todos alvo de grande pressão e ameaça. E não são cancelados. Esta decisão é um mau sinal», conclui Lagos.

Rali devolve dinheiro aos pilotos

A organização do rali Lisboa-Dakar vai devolver o valor das inscrições a todos os participantes, revelou João Lagos ao SOL

A devolução dos patrocínios e o pagamento de todas as despesas envolvendo a organização da prova deverão ser cobertos pelos seguros que, segundo o organizador português do Lisboa-Dakar, são feitos para precaver este tipo de situações.

«A organização francesa tem seguros que devem cobrir também a parte portuguesa», disse João Lagos a propósito dos patrocinadores portugueses.

Quanto à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a principal patrocinadora do rali, terá de «resolver tudo com a organização francesa».

A prova foi cancelada esta sexta-feira, depois do Governo francês ter considerado de alto risco a possibilidade de ocorrer um atentado terrorista contra a caravana do Lisboa-Dakar.

Segundo soube o SOL, durante o dia de quinta-feira, as secretas francesa e portuguesa mantiveram-se em contacto, depois daquela ter sido informada de que estava em preparação um atentado terrorista contra o rali, para acontecer no deserto da Mauritânia.


http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Despor ... t_id=74287 (http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=74287)
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 04, 2008, 09:46:58 pm
Então o Socas sabia e não disse nada (entrevista dada pela Srª Joana Lemos) :shock:

Cá para mim não deixaram foi inscrever uma equipa do Bin, e o tipo quando fica "xatiado"...

E depois aquela publicidade... camelos... areia...  :wink:
Título:
Enviado por: Miguel em Janeiro 04, 2008, 10:07:31 pm
Citação de: "ricardonunes"
Então o Socas sabia e não disse nada (entrevista dada pela Srª Joana Lemos) :shock:

Cá para mim não deixaram foi inscrever uma equipa do Bin, e o tipo quando fica "xatiado"...

E depois aquela publicidade... camelos... areia...  :wink:


Em dezembro foram mortos 4 turistas franceses na mauritania.

O RPG e a AK47 com pick ups seria um blitzkrieg....

E como podiamos resgatar aquela malta ? isto é a afirmaçao que a Europa nao teem capacidades de defesa e combate em todos os azimutes...isto é outro debate.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 04, 2008, 10:22:50 pm
Citação de: "Miguel"
O RPG e a AK47 com pick ups seria um blitzkrieg....


Não tenho dúvidas, mas... acreditar nesses dois "pavões"  :idea:  Quando o "pavão" Francês se quer afirmar "bélicamente", pricipalmente perante o "pai do terrorismo" (Irão), porque os outros dois já "quinaram" e os resultados são nulos :idea:
Título:
Enviado por: André em Janeiro 05, 2008, 02:31:23 pm
Le Solei fala em transferência para o Chile

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A imprensa senegalesa considera hoje que a organização do Rali Lisboa-Dakar 2008 cedeu a uma ameaça terrorista ao anular a prova e coloca a hipótese de a próxima edição ser transferida para a América do Sul, nomeadamente para o Chile.

A organização do mais importante rali todo-o-terreno do Mundo, que devia arrancar hoje de Lisboa e chegar no dia 20 a Dakar, anulou da 30ª edição na sexta-feira, menos de 24 horas antes do horário previsto para o seu início, devido a ameaças terroristas contra a caravana surgidas na Mauritânia.

«Pode ser a morte do Dakar tradicional», refere hoje o Le Solei, que duvida de que África seja palco da próxima edição, colocando mesmo a hipótese da sua transferência para a América do Sul, nomeadamente para o Chile, «onde certos responsáveis do Dakar estiveram recentemente».

Segundo o diário, considerado pró-governamental, a prova foi utilizada por «movimentos com falta de publicidade» que recorrem a «todos os canais à sua disposição» para fazerem ameaças.

«O Dakar é uma montra extraordinária para fazer nome. Certos grupelhos compreenderam-no, e usam e abusam (desse facto)», acrescenta o Le Solei.

O diário afirma não «condenar a decisão dos organizadores» de anular a prova pela primeira vez em 30 anos de história, mas levanta dúvidas quanto ao futuro do mais famoso rali todo-o-terreno do Mundo.

«Não se pode impedir de pensar no que acontecerá no próximo ano se decidirem regressar a África. Qualquer ameaça terrorista poderá voltar a colocar tudo em causa», sublinha, prevendo: «O que é certo é que, desta forma, talvez tenha sido assinada a morte do Dakar tradicional».

Para o Le Matin, o terrorismo foi levado a sério no Lisboa-Dakar 2008, enquanto o Quotidien, igualmente privado, considera que a anulação da prova é «um verdadeiro desperdício», uma «perda enorme» tendo em conta os investimentos feitos e o retorno financeiro esperado.

Outro jornal privado, o Sud Quotidien, sublinha que «o Senegal perde 1.310 milhões de francos CFA (cerca de dois milhões de euros) e a África salva as suas crianças» com a anulação do rali, que provocou meia centena de mortos desde a sua estreia, em 1979.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Janeiro 05, 2008, 09:50:01 pm
Dedico esta grande vitória do terrorismo internacional a todos aqueles que advogam por uma retirada imediata das tropas ocidentais do Iraque e do Afeganistão.
Título:
Enviado por: André em Janeiro 05, 2008, 09:51:03 pm
Director da Mitsubishi considera que anulação significa "fim do formato africano" do rali

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O director da equipa Mitsubishi, Dominique Serieys, considerou hoje que o cancelamento, sexta-feira, do Lisboa-Dakar 2008, devido à ameaça terrorista, significa "o fim o formato africano" da competição, que se realiza desde 1979.

O responsável pela equipa Mitsubishi, construtor que participou em 26 das 29 edições do rali, tendo vencido nos últimos sete anos, afirmou que a anulação abre um precedente, embora frise "ser indiscutível a prioridade da segurança".

"Com o mesmo formato, partindo de Lisboa e atravessando os países previstos, quem poderá garantir que o rali não será anulado por causa de ameaça terrorista algumas horas depois da partida", questionou Dominique Serieys.

Nem mesmo a possibilidade do rali atravessar a Líbia e o Egipto demove o director da equipa do construtor nipónico, o principal favorito na edição de 2008, apesar do "respeito que todos os países" lhe merecem.

"Conhecemos as posições da Líbia, onde fomos sempre bem acolhidos, mas, pelo contrário, estivemos muitas vezes no Egipto e, numa das ocasiões, em 2005, algumas semanas depois da partida do Rali dos Faraós, verificaram-se atentados em Charm-El-Cheikh, provocando 88 mortos", lembrou.

O director da equipa Mitsubishi recordou também o atentado em Luxor, que causou a morte de 62 pessoas, em 1997, para concluir que "a segurança não será assim tão forte no Egipto, como não era na Mauritânia".

Antigo co-piloto, Serieys estimou entre 35 a 40 milhões de euros a anulação do Lisboa-Dakar 2008 em perdas para a equipa Mitsubishi.

Lusa
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 05, 2008, 11:09:19 pm
Citação de: "Jorge Pereira"
Dedico esta grande vitória do terrorismo internacional a todos aqueles que advogam por uma retirada imediata das tropas ocidentais do Iraque e do Afeganistão.


Quando uma coisa tiver a ver com a outra  :roll:

Foi só politica...

Quanto ao advogar a saida das tropas... não deviam é de ter ido!
Título:
Enviado por: ShadIntel em Janeiro 05, 2008, 11:21:12 pm
Citação de: "ricardonunes"
Citação de: "Jorge Pereira"
Dedico esta grande vitória do terrorismo internacional a todos aqueles que advogam por uma retirada imediata das tropas ocidentais do Iraque e do Afeganistão.

Quando uma coisa tiver a ver com a outra  :roll:

Foi só politica...

Quanto ao advogar a saida das tropas... não deviam é de ter ido!

Talvez não devessem ter ido. É uma pergunta em aberto. Mas esta guerra não começou nem no Iraque, nem no Afeganistão, e não é nesses países que irá acabar. A questão é de saber se a frente de combate está melhor em casa do inimigo, ou na nossa...
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 05, 2008, 11:26:26 pm
Citação de: "ShadIntel"
A questão é de saber se a frente de combate está melhor em casa do inimigo, ou na nossa...


Porra!!! que espetou uma questão do caraças :shock:
Título:
Enviado por: nelson38899 em Janeiro 06, 2008, 12:38:19 am
boas

Para mim é sempre melhor ir combater na casa do visinho do que na minha, mas para o cidadão comum,  o mais importante é o preço do combustivel e do emprestimo da casa do que andar a matar os terroristas. Apesar de estar tudo combinado, pois aumentando os ataques terroristas, aumenta o petroleo e por aí em diante só tenho pena que as pessoas ainda não tenham percebido isso. Para o cidadão comum quando se pergunta se acha bem mandar tropas para o afeganistão, dizem logo, para quê, nós não andamos em guerra e eles só vão para lá para ganhar mais e para quê que vamos defender o que não é nosso. Eu estou a falar de combater o terrorismo, mas isto vem com um problema mais de fundo, é tentar explicar às pessoas, porque é que são necessárias as nossas forças armadas, pois  as pessoas dizem logo, eles só estão nos quarteis a coçar os tomates e a gastar dinheiro ao estado e que sempre que se vai fazer uma compra de algum equipamento dizem logo esse dinheiro dava mais jeito para um hospital entre outras milhares de razões.
              Eu não vou dizer que combater os terroristas pelas armas, seja a única forma de os eliminar, mas quando eu vejo pessoas formadas em medicina e outro tipo de graduações, acho que as armas são a única solução e não com a educação ou saúde.
     Respondendo à questão lançada e não tenho a minha reposta em plano de fundo mas o pensamento do cidadão comum, o melhor é lutar na nossa casa, pois só assim é que se consegue mostrar às pessoas, que é melhor combater na casa do visinho do que na nossa.
   Quanto ao tópico, é pena que o rali tenha sido anulado, mas se as coisas continuando a ser anuladas por cada vez que à a possibilidade de um ataque terrorista, o melhor é acabar com tudo o que envolva muitas pessoas juntas, que tirem as tropas do afeganistão, iraque e kosovo. E que não saiam de casa. Quando os muçulmanos quiserem reaver a grande nação, que os deixem entrar, pois eles são todos uns coitadinhos. Não melhor vamos todos aderir ao islamismo, pois só assim deixamos, de ser infieis e acabamos com as leis e aceitamos apenas o alcorão. O ùnico  problema é que como vai deixar de haver infieis, vamos perder a única vantagem, que é morrer pelo islão ao matar infieis dá direito a 72 virgens. Eu não quero ser Xenófobo, mas esta politica de que todos os que vivem em africa e medio oriente são os coitadinhos, é fazer de nòs lorpas. Pois dia para dia, vejo discursos cada vez mais inflamatórios, por parte dos muçulmanos basta olhar para o irão.
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Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 07, 2008, 09:57:52 am
:arrow: http://videos.sapo.pt/BfKhMzBzdDUhmhMomgF0 (http://videos.sapo.pt/BfKhMzBzdDUhmhMomgF0)
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Enviado por: P44 em Janeiro 07, 2008, 11:34:40 am
Citação de: "ricardonunes"
Citação de: "Jorge Pereira"
Dedico esta grande vitória do terrorismo internacional a todos aqueles que advogam por uma retirada imediata das tropas ocidentais do Iraque e do Afeganistão.

Quando uma coisa tiver a ver com a outra  :roll:

Foi só politica...

Quanto ao advogar a saida das tropas... não deviam é de ter ido!


x2
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Enviado por: André em Janeiro 08, 2008, 03:18:54 pm
Chile pode ser o futuro do Dakar  

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A América Latina tem sido apontada como a grande solução para que o Rali Dakar volte a ganhar vida. Sendo cada vez mais remota a possível realização da maior prova de todo-o-terreno do Mundo no continente africano, os países da América Latina tendem a fazer ver as suas potencialidades junto da organização. O Chile foi o primeiro.

Vários pilotos se manifestaram a favor desta ideia. Marc Coma, Jordi Viladoms e Carlos Sainz foram alguns que se fizeram ouvir. O director-geral da Mitsubishi, Dominique Serieys, disse mesmo que ao «ceder nesta ocasião» (ao terrorismo), pressupõe-se que foi «o fim do Dakar em África». Desta forma, Chile e Argentina estão dispostos a concorrer à realização da prova. O Rali Patagónia-Atacama, uma das provas do Mundial da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), atravessa os dois países e tem grande sucesso junto de pilotos e equipas.

As negociações para a realização da prova no Chile estão a ser conduzidas, depois de já ter sido posta na mesa a hipótese para o Dakar em 2009: «Agora as negociações foram retomadas», disse Daniel Eli, promotor do Rali da Patagónia. Rodrigo Lobo, director-geral da mesma prova, disse que as negociações devem ser feitas com rapidez para que os implicados com a anulação da prova deste ano possam vir a ser recompensados: «Há que agir com rapidez. Queremos que a ASO [empresa organizadora do Dakar há três anos] saiba que o governo do Chile está interessado e que dará todas as facilidades se elegerem a América do Sul.»

Óscar Santelices, director do Serviço Natural de Turismo (Sernatur), mostrou entusiasmo com a situação: «Seria comparável a um Mundial de Futebol. Interessa-nos muito e desde já vou falar com o resto das autoridades para ver o que é que se pode fazer para que a corrida passe pelo nosso país. É uma grande oportunidade e não fazer nada seria imperdoável». A grande desvantagem seria o transporte de tudo o que envolve uma prova deste género, mas a solução até parece simples, se tivermos em conta as palavras do director do rali da Patagónia: «Existem uns barcos do tamanho de um edifício com os quais se baixariam muito os custos.»

Maisfutebol
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Enviado por: Lancero em Janeiro 11, 2008, 03:09:15 pm
Na Guiné. Porque é que não me surpreende...

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Guiné-Bissau: Detidos em Bissau quatro suspeitos de morte de turistas franceses na Mauritânia    

   Bissau, 11 Jan (Lusa) - A directora-geral da Polícia Judiciária (PJ)  da Guiné-Bissau anunciou hoje a detenção, em Bissau, de quatro indivíduos  suspeitos da morte de quatro turistas franceses na Mauritânia, incidente  que esteve na origem do cancelamento do rali Lisboa-Dacar2008.  

     

   Lucinda Barbosa Aukarié referiu que os indivíduos são todos cidadãos  estrangeiros e foram detidos quinta-feira, numa unidade hoteleira de Bissau,  onde se encontravam hospedados.  

     

   A detenção foi feita numa operação conduzida pela PJ guineense em colaboração  com agentes franceses.  

     

   Fonte policial disse que dois dos quatro suspeitos confirmaram terem  ligações com a rede terrorista da Al Qaida.  

     

   Os quatro turistas franceses foram mortos na Mauritânia a 24 de Dezembro  de 2007, num ataque atribuído ao Braço da Al-Qaida no Magrebe Islâmico (BAQMI).  
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Enviado por: André em Janeiro 15, 2008, 02:12:38 pm
Luís Amado recusa que o terrorismo questione futuro do Rali Dakar

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O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, rejeitou hoje que o rali Lisboa-Dakar seja suspenso indefinidamente ou transferido para outra região devido a uma ameaça terrorista e considerou «inaceitável» que governos pactuem com esta situação.
Em declarações a jornalistas à margem do fórum da ONU Aliança das Civilizações, a decorrer em Madrid, Luís Amado considerou «inaceitável» que a História venha a atribuir o fim do maior rali do mundo, o Lisboa-Dakar, a uma ameaça terrorista e advertiu que a decisão de cancelamento da edição de 2008 da prova pode constituir «um precedente» para outros eventos internacionais.

«É inaceitável que fique para a história que o rali Lisboa-Dakar possa ter acabado sob uma ameaça da Al Qaeda, uma organização terrorista. Seria um precedente para muitos eventos internacionais», alertou o chefe da diplomacia portuguesa, considerando ser ainda «profundamente inaceitável que os governos baixem os braços perante uma situação deste tipo».

Luís Amado disse ser crucial «avaliar as implicações políticas e estratégicas» da decisão de suspender indefinidamente o rali ou de o transferir para outra região do globo, como a Ásia ou a América Latina.

«Temos que analisar as implicações que isso teria para a região, do ponto de vista estratégico e político. Penso que isso seria profundamente negativo», afirmou o ministro português.

«Devemos reflectir sobre isso e tomar decisões sobre a forma de contornar um problema que deixou de ser desportivo e passou a ser um problema político e estratégico grave na região», salientou o governante português, insistindo que cabe aos Estados procurar ultrapassar no futuro «circunstâncias adversas» como as que marcaram a edição deste ano do rali todo-o-terreno, que foi anulada há 11 dias, na véspera do seu arranque em Lisboa, devido a ameaças terroristas.

O ministro disse que Portugal vai levar o assunto «ao fórum adequado», nomeadamente ao próximo encontro ministerial do Grupo 5+5, que reúne países europeus e africanos das duas margens do Mediterrâneo, e que se realiza segunda-feira (dia 21), em Rabat.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Janeiro 17, 2008, 11:12:27 pm
Espanha de acordo com Portugal na crítica ao cancelamento do Rali Dakar

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Madrid está em "sintonia" clara com as preocupações portuguesas sobre a suspensão do rali Lisboa-Dakar considerando que poderia ter havido outras formas de responder às ameaças terroristas que pairavam sobre o certame.

A posição espanhola foi reflectida hoje pelo secretário de Estado de Assuntos Exteriores espanhol, Bernardino Léon que disse partilhar a vontade manifestada pelo chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, de ver o assunto debatido no encontro ministerial de segunda-feira do Grupo 5+5, em Rabat.

"Vimos com preocupação a anulação do rali. Isso deu à Al Qaeda uma capacidade de chantagem e de condicionar determinados eventos", explicou, questionado pela Lusa sobre este tema que Portugal quer discutir na reunião dos países europeus e africanos das duas margens do Mediterrâneo.

"Poderia ter-se pensado noutras formas de responder a esta situação", considerou, admitindo que apesar do atentado e das ameaças, soluções alternativas poderiam ter sido analisadas.

Em particular, notou, porque a própria Mauritânia foi especialmente afectada perdendo o que estimou em 15 por cento do seu PIB pelo cancelamento do evento

O tema foi referido na quarta-feira em Madrid pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, que rejeitou que o rali Lisboa-Dacar seja suspenso indefinidamente ou transferido para outra região devido a uma ameaça terrorista e considerou "inaceitável" que governos pactuem com esta situação.

Em declarações a jornalistas à margem do fórum da ONU Aliança das Civilizações, a decorrer em Madrid, Luís Amado considerou "inaceitável" que a história venha a atribuir o fim do maior rali do mundo, o Lisboa-Dacar, a uma ameaça terrorista e advertiu que a decisão de cancelamento da edição de 2008 da prova pode constituir "um precedente" para outros eventos internacionais.

"É inaceitável que fique para a história que o rali Lisboa-Dacar possa ter acabado sob uma ameaça da Al Qaeda, uma organização terrorista. Seria um precedente para muitos eventos internacionais", alertou o chefe da diplomacia portuguesa, considerando ser ainda "profundamente inaceitável que os governos baixem os braços perante uma situação deste tipo".

Luís Amado disse ser crucial "avaliar as implicações políticas e estratégicas" da decisão de suspender indefinidamente o rali ou de o transferir para outra região do globo, como a Ásia ou a América Latina.

"Temos que analisar as implicações que isso teria para a região, do ponto de vista estratégico e político. Penso que isso seria profundamente negativo", afirmou o ministro português.

"Devemos reflectir sobre isso e tomar decisões sobre a forma de contornar um problema que deixou de ser desportivo e passou a ser um problema político e estratégico grave na região", salientou o governante português, insistindo que cabe aos Estados procurar ultrapassar no futuro "circunstâncias adversas" como as que marcaram a edição deste ano do rali todo-o-terreno, que foi anulada há 11 dias, na véspera do seu arranque em Lisboa, devido a ameaças terroristas.

Lusa
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Enviado por: ricardonunes em Janeiro 17, 2008, 11:19:23 pm
Também eu estou em sintonia com os Espanhois e com o Ministro Luís Amado c34x

Foi "um braço da al caida"  :roll:
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Enviado por: André em Janeiro 18, 2008, 05:54:16 pm
MNE europeus e africanos discutem anulação Lisboa-Dakar 2008

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A anulação do do rali Lisboa-Dakar 2008 é discutida segunda-feira pelos ministros dos Negócios Estrangeiros dos países europeus e africanos do Mediterrâneo Ocidental, depois de Portugal ter rejeitado que ameaças terroristas ponham em causa o futuro da prova.
A questão é o ponto número quatro da agenda de trabalho da reunião do chamado Grupo 5+5, que se realiza segunda-feira em Marrocos, assunto que foi introduzido por iniciativa de Portugal, representado em Rabat pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado.

Antes de reunião de Marrocos, Luís Amado vai também discutir a questão na Mauritânia, país que visita oficialmente no domingo e onde se reúne com o seu homólogo, Mohamed Saleck Mohamed Lemine.

A anulação da edição de 2008 do maior rali do mundo foi anunciada na véspera do dia da partida da prova pelos organizadores franceses, na sequência de ameaças terroristas feitas pelo Braço da Al Qaeda no Magrebe.

Num comentário à situação, terça-feira em Madrid, Luís Amado considerou «inaceitável» que uma ameaça terrorista determine «o fim do maior rali do mundo», alertou para o risco de a decisão se transformar num precedente para outros eventos desportivos internacionais e responsabilizou os governos pelas acções a empreender para que isso não aconteça.

«Devemos reflectir e tomar decisões sobre a forma de contornar um problema que deixou de ser desportivo e passou a ser um problema político e estratégico grave na região», disse Luís Amado.

Posteriormente, numa entrevista à Agência Lusa, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho, sublinhou a necessidade de impedir que «a ameaça de actividades terroristas leve a uma alteração de padrões de comportamento inteiramente legítimos».

«Se, por um lado, se compreende que perante ameaças muito concretas tenha havido uma decisão de anulação de um rali (...), também somos confrontados com a necessidade de saber responder a este tipo de ameaça», disse Cravinho, acrescentando noutro passo que «um dos desafios mais imediatos é pôr cobro a ameaças de terrorismo no deserto do Saara».

A Espanha declarou entretanto estar «em sintonia» com Portugal nesta questão, mas foi mais longe nas críticas aos organizadores, com o MNE espanhol, Miguel Angel Moratinos, a considerar que «poderia ter-se pensado noutras formas de responder» à situação de ameaça.

Além do Dakar, os ministros vão discutir em Rabat o projecto de União Mediterrânica, a consolidação da integração regional e a cooperação reforçada no âmbito do diálogo entre os parceiros mediterrânicos, assim como o alargamento do 5+5, fórum de cooperação integrado pelos cinco países europeus e os cinco africanos do Mediterrâneo Ocidental - Portugal, Espanha, França, Itália e Malta, Marrocos, Argélia, Tunísia, Mauritânia e Líbia.

A ideia de uma União Mediterrânica, avançada em Maio pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, como alternativa aos outros espaços de cooperação mediterrânica, não foi bem acolhida pela maioria dos parceiros europeus, que frisam a necessidade de reforçar esses outros fóruns - designadamente o chamado Processo de Barcelona - e envolver, como eles, as instituições europeias.

Discutida na conferência euromediterrânica que Lisboa acolheu em Novembro passado, a ideia foi então apresentada pela França como um processo desenvolvido em articulação, e não em paralelo, com a parceria euro-mediterrânica.

Hoje, na cerimónia de apresentação de cumprimentos de Ano Novo do corpo diplomático estrangeiro, Nicolas Sarkozy referiu-se à União Mediterrânica como «um grande projecto civilização» e relacionou-a com as perspectivas de paz no conflito israelo-palestiniano.

«2008 será o ano do lançamento de um grande projecto de civilização: a União Mediterrânica (...). Esta grande ambição será facilitada em 2008, que também vai ser, como ficou previsto em Annapolis, o ano da criação de um Estado palestiniano ao lado do Estado de Israel», disse.

Na Mauritânia, a visita de Luís Amado tem carácter bilateral e inclui uma audiência com o presidente, Sidi Ould Cheikh Abdallahi, e um almoço de trabalho com o ministro Mohamed Lemine, em que vão ser discutidas a cooperação Euromed (União Europeia e países mediterrânicos), os acordos de pescas e as consequências da anulação da edição deste ano do rali Lisboa-Dakar.

O ministro português vai ainda encontrar-se com os cerca de 50 cidadãos portugueses residentes na Mauritânia, país que foi palco, na véspera de natal, do assassínio de quatro turistas franceses alegadamente às mãos de combatentes do Braço da Al Qaeda no Magrebe, o mesmo que fez ameaças terroristas contra o Lisboa-Dakar.

Dois dos suspeitos de autoria dos assassínios foram entretanto detidos na Guiné-Bissau e extraditados para a Mauritânia, que já tem detidos 15 suspeitos de envolvimento no crime.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Janeiro 20, 2008, 07:17:33 pm
Mauritânia afirma que o Rali Dakar podia ter-se realizado

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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Mauritânia criticou hoje a anulação do Lisboa-Dakar, alegando que o Governo mauritano accionou «um dispositivo significativo e considerável» de segurança

«Penso que o rali podia ter-se realizado este ano. As condições estavam reunidas, preparámos muito bem este acontecimento com os organizadores e estava pronto um grande dispositivo para o rali», disse Mohamed Saleck Mohamed Lemine à imprensa, após um encontro, na capital mauritana, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado.

«É claro que o risco zero não existe, mas preparámos um dispositivo significativo e considerável», frisou o chefe da diplomacia da Mauritânia, onde dias antes do início do rali em Lisboa foram assassinados quatro turistas franceses alegadamente por elementos do Braço da Al Qaeda no Magrebe.

Para que o rali Lisboa-Dakar possa realizar-se em 2009, o ministro mauritano defendeu que «todos os governos, e não apenas os desta região (Norte de África), devem tomar medidas».

O evento está ligado a esta região do mundo, lembrou, sublinhando que a Mauritânia «voltará a assumir todas as responsabilidades para que o rali decorra com todas as garantias».

A anulação da edição de 2008 do maior rali do mundo foi anunciada na véspera do dia da partida da prova pelos organizadores franceses, na sequência do assassínio dos turistas franceses na Mauritânia e de ameaças terroristas alegadamente feitas pelo Braço da Al Qaeda no Magrebe.

Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) português, Luís Amado, disse ter discutido a questão tanto com o seu homólogo, como com o presidente da Mauritânia, Sidi Ould Cheikh Abdallahi.

«Discutimos o que se passou com o rali e o que pode ser feito para normalizar o mais rapidamente possível essa situação», afirmou o chefe da diplomacia portuguesa.

A visita que Luís Amado realizou hoje à Mauritânia tem por objectivo aprofundar as relações políticas e económicas com aquele país.

O MNE esteve também reunido com representantes dos portugueses que residem na Mauritânia, muitos dos quais são empresários.

«Há mais empresas portuguesas que estão a olhar para este mercado com uma nova atenção e, por isso, Portugal quer reforçar as relações políticas e económicas com a Mauritânia», disse o ministro.

Lusa / SOL
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Enviado por: André em Janeiro 21, 2008, 12:19:26 am
Governos africanos e europeus vão empenhar-se na realização do rali Dakar em 2009

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Os países europeus e africanos do Mediterrâneo Ocidental decidiram hoje trabalhar em conjunto para que o rali Lisboa-Dakar possa voltar a realizar-se em 2009, disse hoje à Agência Lusa fonte diplomática.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Espanha, França, Itália, Malta, Marrocos, Argélia, Tunísia, Mauritânia e Líbia reuniram-se hoje num jantar de trabalho, em Rabat, para discutir, a pedido do chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, as consequências da anulação do rali devido a ameaças terroristas.

Segundo a mesma fonte, que pediu anonimato, todos os participantes no jantar do chamado Grupo 5+5 manifestaram preocupação com a questão e acordaram trabalhar para "reunir condições para que o rali volte a realizar-se".

Na sua intervenção, o chefe da diplomacia mauritana, Mohamed Saleck Mohamed Lemine, voltou a sublinhar o grande dispositivo de segurança montado pelo seu governo para a edição deste ano e defendeu que os incidentes na origem da anulação do rali não foram ataques terroristas mas apenas assaltos, cometidos por presumíveis contrabandistas.

A anulação da edição de 2008 do maior rali do mundo foi anunciada na véspera do dia da partida da prova pelos organizadores franceses, na sequência de ameaças terroristas feitas pelo braço da Al Qaeda no Magrebe.

Num comentário à situação, terça-feira em Madrid, Luís Amado considerou "inaceitável" que uma ameaça terrorista determine "o fim do maior rali do mundo", alertou para o risco de a decisão se transformar num precedente para outros eventos desportivos internacionais e responsabilizou os governos pelas acções a empreender para que isso não aconteça.

Outro dos pontos em discussão em Rabat - a criação da União para o Mediterrâneo proposta pela França - foi explicada pelo chefe da diplomacia francesa, Bernard Kouchner, como estando numa fase em que há ainda "vários modelos" em apreciação e qualquer decisão foi remetida para futuras reuniões.

A ideia de uma União Mediterrânica, avançada em Maio pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, como alternativa aos outros espaços de cooperação mediterrânica, não foi bem acolhida pela maioria dos parceiros europeus, que frisam a necessidade de reforçar esses outros fóruns - designadamente o chamado Processo de Barcelona - e envolver, como eles, as instituições europeias.

Em discussão está nomeadamente uma "proposta conjunta" da França e da Alemanha - um dos países mais críticos quanto a uma duplicação de fóruns de cooperação euro-mediterrânica - que visa, segundo Paris, "associar todos os europeus que o queiram ao projecto".

Os ministros acordaram também adiar, para obter mais tempo de reflexão, uma decisão sobre um alargamento ao Egipto e à Grécia do Grupo 5+5.

Os membros do Grupo 5+5 voltam a reunir-se segunda-feira, em sessão de trabalho, para acordar numa declaração final do encontro.

Lusa