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Conflitos => Conflitos do Passado e História Militar => Tópico iniciado por: comanche em Novembro 09, 2007, 03:09:15 pm

Título: D. Nuno Álvares Pereira é o novo santo português
Enviado por: comanche em Novembro 09, 2007, 03:09:15 pm
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O cardeal português José Saraiva Martins, prefeito da Causa dos Santos no Vaticano, assegurou aos bispos portugueses - em visita à Santa Sé até à próxima segunda-feira -, que "o processo do beato Nuno de Santa Maria é aquele que está mais avançado". Seria, segundo os dados actuais, o 11.º santo português, e como a maior parte, viveu na Idade Média, mas com a particularidade de ser um militar.

Ao contrário das afirmações que proferiu ao DN, publicadas no dia 13 do mês passado, o cardeal comunicou aos bispos, de acordo com a Agência Ecclesia, que o processo de canonização de Nuno Alvares "está no bom caminho", embora não avançasse uma data. Garantiu que "poderíamos ter, brevemente, algumas surpresas". Ao DN respondeu: "Ainda não se sabe" se o beato Nuno vai ser santo e que "os médicos analisaram o milagre", mas "as provas não são muito consistentes", concluindo quot;Há um presumível milagre."

O que há de novo sobre o beato Nuno, segundo Saraiva Martins, é que "já não aparece na lista dos processos que estão em curso" e isto significa, segundo diz, que "já está noutro nível". O cardeal aproveitou para pedir aos bispos que "ajudem na promoção da devoção a alguns beatos [8 conhecidos] e personalidades com processos em curso". No mesmo contexto se pronunciou o presidente da Conferência Episcopal, D. Jorge Ortiga, no discurso que fez aos prelados, durante a visita à congregação presidida por Saraiva Martins. "Exorto os meus irmãos bispos a porem em evidência , nas suas dioceses, os sinais de santidade que ainda se manifestam, especialmente quando se trata de fiéis leigos."  


 Até hoje nunca existiu na humanidade, um homem que amasse tanto o seu país como amou D. Nuno Álvares Pereira.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Nuno_%C3%81lvares_Pereira
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Enviado por: ShadIntel em Novembro 09, 2007, 08:02:35 pm
Se se confirmar, já era sem tempo. A ver se os castelhanos não vão contestar a canonização, considerando que não pode ser Santo quem lhes deu uma lição tão memorável que ainda hoje lhes doi  :twisted:
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Enviado por: Luso em Novembro 10, 2007, 01:10:06 pm
Optimo: assim a nossa querida província ficará com o seu santo... patriota?! :conf:
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 10, 2007, 02:37:05 pm
Eu pensava que ele já era Santo! :shock:

Que ele foi um guerreiro como poucos lá isso é verdade. Que ele quando podia ter usufruido da glória e da fortuna que merecidamente ganhou, ele desistiu de tudo e juntou-se a uma ordem religiosa.

Enfim, se comparado com alguns sanguesugas que nós vemos na politica actual, sem dúvida que ele era um Santo!!!
Título:
Enviado por: comanche em Novembro 10, 2007, 02:53:51 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Eu pensava que ele já era Santo! :shock:

Que ele foi um guerreiro como poucos lá isso é verdade. Que ele quando podia ter usufruido da glória e da fortuna que merecidamente ganhou, ele desistiu de tudo e juntou-se a uma ordem religiosa.

Enfim, se comparado com alguns sanguesugas que nós vemos na politica actual, sem dúvida que ele era um Santo!!!


Ele já é Beato, portanto digno de adoração em Portugal, tal como beatos são os pastorinhos de Fátima, Só depois do processo de canonização estar concluido, isto é serem-lhe atribuidos milagres em vida ou depois de morto é que se passa de Beato a Santo, e pode ter uma adoração universal, penso que é mais ou menos isto.
Título:
Enviado por: comanche em Novembro 10, 2007, 03:25:55 pm
Beato Nuno Álvares Pereira


Cura milagrosa de olho abre caminho à canonização

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Uma cura, alegadamente milagrosa, de um olho de uma mulher de 61 anos pode ser a chave para a conclusão do processo de canonização do beato Nuno Álvares Pereira, que foi aberto pelo Patriarcado de Lisboa. Segundo Francisco Rodrigues, frade carmelita e vice-postulador para a Canonização do Beato Nuno de Santa Maria, os relatórios médicos desta cura confirmam que a ciência não tem explicação para este caso, pelo que falta apenas autorização do Vaticano para que se constitua o tribunal canónico que vai analisar o processo de canonização.
O relato do presumível milagre confirma a intervenção divina de Beato Nuno no processo de cura do olho esquerdo de uma mulher residente em Ourém, que ficou queimado com óleo que saltou de uma frigideira a ferver. Depois do acidente, em Setembro de 2000, a idosa consultou vários especialistas, que confirmaram que uma eventual recuperação da visão nesse olho, caso viesse a suceder, demoraria sempre um mínimo de um ano.

O olho deveria ficar tapado de forma a não ser sujeito à luminosidade do sol e a senhora era obrigada a tomar medicamentos diários na tentativa de debelar a queimadura. “Mas mesmo com esses tratamentos não havia garantia de cura e a solução poderia ser um transplante de córnea”, explicou à Agência LUSA o Pe. Francisco Rodrigues,

Depois de várias novenas ao Santo Condestável feitas pelo pároco local e familiares, na noite de 7 de Dezembro de 2000, a senhora “encheu-se de coragem” e rezou de forma intensa ao Beato Nuno, tendo beijado uma imagem sua. «Logo então sentiu uma paz imensa. Foi sentar-se no sofá, ligou a televisão e apercebeu-se que via desse olho», recorda o sacerdote.

De acordo com o vice-postulador, existem «várias graças divinas» que envolvem a intercessão de Beato Nuno, entre os quais «curas de vários tipos de cancro» mas os responsáveis do processo entenderam avançar apenas com este caso já que é mais «evidente» e «simples de provar».

Devido à existência de vários documentos médicos que confirmam a incapacidade e a posterior recuperação da visão, a Postulação para a Causa para a Canonização do Beato Nuno decidiu avançar com o processo, tendo enviado várias informações para o Vaticano, que acolheu com agrado a proposta.

Agora, falta somente a confirmação da Santa Sé para que o tratamento e acompanhamento desta alegada cura seja feita pelo Patriarcado de Lisboa, que irá constituir um tribunal diocesano, à semelhança do que já sucede com a canonização dos Pastorinhos de Fátima.

«O cardeal D. José Policarpo está muito empenhado, bem como o cardeal D. Saraiva Martins», prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, entidade que tutela todos os processos de santidade antes de chegarem ao Papa. Posteriormente, caberá à Congregação dos Carmelitas «propor a canonização do Beato Nuno», explicou Francisco Rodrigues, mostrando-se entusiasmado com a possibilidade de concluir um processo que tem várias centenas de anos.


Mais frade que militar

Depois da sua beatificação, em 1918, por duas vezes, a Igreja tentou promover a sua canonização, que permite o seu culto universal e não apenas em Portugal, como agora sucede.

Em 1940, o Papa Pio XII tentou «canonizá-lo por decreto» como «exemplo do soldado cristão num tempo de guerra» mas pouco tempo depois optou por um processo normal, alicerçado em milagres ou graças divinas. Na década de 60, a Ordem dos Carmelitas deu um novo fôlego ao projecto mas o início da guerra colonial acabou por fazer fracassar esses intentos, com receio de que fosse mais valorizado o seu papel como soldado do que como religioso.

«Penso que agora é que é o momento certo para a sua canonização. Em que é mais importante o seu papel como frade do que como militar», justifica o vice-postulador, embora salientando que as suas virtudes pessoais já eram nítidas durante a crise de 1383-85.

Então, D. Nuno Álvares Pereira, que é também fundador da Casa Real de Bragança, optou pelo Mestre de Avis já que recusava entregar o trono a partidários de Castela, que então apoiava o Papa de Avinhão, ao contrário de Portugal, que defendia a Cúria de Roma, durante o cisma do Ocidente.

Francisco Rodrigues recorda mesmo que D. Nuno Álvares Pereira nunca praticou «guerra ofensiva» e obrigava os seus soldados a confessar-se e a ir à missa com regularidade, proibindo-os ainda de perseguir os espanhóis derrotados após as batalhas.


http://conversamuitaconversa.blogspot.com/2006/06/beato-nuno-lvares-pereira-cura.html
Título:
Enviado por: Sintra em Novembro 10, 2007, 05:13:36 pm
É merecido, o tipo fez um "MILAGRE" em Aljubarrota...
Mas duvido que fosse "santinho"  :twisted:
Título:
Enviado por: Luso em Novembro 10, 2007, 05:37:51 pm
Brincadeiras à parte: embora aprecie o enaltecer da personalidade de D. Nuno, não deixo de sentir alguma confusão (à falta de melhor palavra) face a tal facto e ao momento actual, leia-se pós perda do pouco da indepêndência que nos restava (Tratado de Lisboa).
Ainda estou a digerir isto para tentar compreender melhor em que terra é que eu tenho vindo a acordar, se é o meu Portugal ou se é uma província de um império construido por burocratas.
Título:
Enviado por: comanche em Novembro 10, 2007, 10:21:13 pm
Citação de: "Sintra"
É merecido, o tipo fez um "MILAGRE" em Aljubarrota...
Mas duvido que fosse "santinho"  :twisted:

Para além da dos Atoleiros e de muitas outras escaramuças de fronteira, ainda temos a batalha de Valverde, em território castelhano.

Citar
A estratégia militar do Condestável, a sua fé e ânimo que soube incutir à sua hoste permitiram-lhe alcançar esta vitória que, ainda segundo o cronista Fernão Lopes, foi conseguida sobre um exército mais numeroso do que aquele que fora derrotado em Aljubarrota


http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Valverde
Título:
Enviado por: comanche em Novembro 10, 2007, 10:32:46 pm
Citação de: "Luso"
Brincadeiras à parte: embora aprecie o enaltecer da personalidade de D. Nuno, não deixo de sentir alguma confusão (à falta de melhor palavra) face a tal facto e ao momento actual, leia-se pós perda do pouco da indepêndência que nos restava (Tratado de Lisboa).
Ainda estou a digerir isto para tentar compreender melhor em que terra é que eu tenho vindo a acordar, se é o meu Portugal ou se é uma província de um império construido por burocratas.


O tratado de Lisboa também me deixa algumas preocupações, sou a favor do referendo, deve ser bem explicado aos portugueses qual as suas implicações para Portugal(eu e penso que a maioria dos portugueses estão mal informados) precisamos de um governo, seja ele de esquerda ou de direita com uma liderança forte, e sempre intransigente na defesa dos interesses de Portugal.
Sou a favor da presença de Portugal na União Europeia, mas não a qualquer preço.
Título:
Enviado por: JPM em Janeiro 05, 2008, 06:14:11 pm
O que fazia falta para combater as politicas federalistas em Portugal era, precisamente:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg515.imageshack.us%2Fimg515%2F9616%2Fcruzadavz8.jpg&hash=49fdd7f6993f8545efa2a33c3255d76d)

Infelizmente, deu a sua missão como terminada nos anos 30 e não ressurgiu depois do 25 de Abril.
Título:
Enviado por: TOMSK em Outubro 06, 2008, 09:17:22 pm
Deixo aqui algumas passagens do livro " Vida e Obra de Dom Nuno Álvares Pereira " de G.Leslie Baker.

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D.Nuno não entrava nunca em qualquer batalha sem primeiro ter feito orações, jejuns, disciplinas e votos. As vitórias, atribuía-as sempre a Deus e à intercessão da Virgem Maria e de S.Jorge.

No meio das batalhas, D.Nuno encontrava-se sempre no sitío de maior perigo; e, logo que terminadas, tratava ele próprio dos feridos, e muitas vezes carregava com eles aos ombros para o hospital de sangue, fazendo-lhes todos os tratamentos. Corria que o tratamento feito pelas suas mãos curava mais depressa.

Não era, pois, de admirar que ele fosse considerado como um ser aparte dos mais, que os soldados lhe obedecessem cegamente, que o Rei o consultasse em tudo e ainda que seguisse por via da regra o seu conselho, de preferência ao dos homens mais experimentados.

Sem embargo, no meio das suas extraordinárias virtudes, D.Nuno conservava sempre aquela impulsividade que o levava a imitar as gestas de Galaaz, ou assemelhar-se a um cavaleiro do Santo Graall.

Na grave crise que o país então atravessava, ele iria dar dos seus méritos e virtudes as mais eloquentes provas. O seu espírito de audácia e valentia, levadas ao extremo, iam-no quase indispondo com o Rei, e não haja dúvida que despertara contra si uma grande oposição, por parte dos outros conselheiros do soberano. Mas a verdade é que, se nessa critíca conjuntura, D.Nuno não tivesse tomado - como se costuma dizer - o freio nos dentes, Portugal teria talvez ficado para sempre vassalo do Reino de Castela.

Sem ele, é quase certo que a Batalha de Aljubarrota nunca teria acontecido - essa batalha que deu fama imorredoira a D.Nuno e que, muito justamente, classificou os portugueses como intrépidos guerreiros perante o mundo inteiro.



(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftemplars.files.wordpress.com%2F2007%2F09%2Fdscf7065.jpg&hash=2662074a79ad26b33c6d3ceaa5c246e2)
Título:
Enviado por: JPM em Outubro 06, 2008, 09:38:13 pm
Será que, sendo assim, podemos dizer que a batalha de Aljubarrota foi uma batalha da Luz contra as Trevas e que os castelhanos são emissários diabólicos?  :twisted:
Título:
Enviado por: TOMSK em Outubro 06, 2008, 10:28:22 pm
Citação de: "JPM"
Será que, sendo assim, podemos dizer que a batalha de Aljubarrota foi uma batalha da Luz contra as Trevas e que os castelhanos são emissários diabólicos?  :lol:
Título:
Enviado por: TOMSK em Janeiro 27, 2009, 04:33:20 pm
Bispos convidam Papa a vir a Portugal

O próximo ano, 2009, poderá ser uma boa oportunidade para a visita de Bento XVI a Portugal, tendo por base a possível canonização do beato Nuno Álvares Pereira.Assim, o convite feito por D.Jorge Ortiga incluirá uma visita a Fátima, além da celebração de canonização, algo que só o Papa pode fazer. Os bispos portugueses pretendem que, a cerimónia de canonização do beato Nuno de Santa Maria, em vez de se realizar no Vaticano, se faça em Portugal.
"É um assunto delicado e ainda não totalmente resolvido mas tudo indica que o Beato Nuno será canonizado", salienta o também arcebispo de Braga. O Vaticano avançou já no processo de reconhecimento do beato como santo, ao autorizar, em Julho de 2007, a promulgação de dois decretos que atestam um milagre que lhe é atribuído e as suas "virtudes heróicas". O processo de canonização está praticamente concluído, faltando apenas marcar a data da cerimónia.
A cura milagrosa reconhecida pelo Vaticano foi relatada por Guilhermina de Jesus que sofreu lesões no olho esquerdo por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe. A sexagenária, natural de Vila Franca de Xira, pedido a intervenção do Santo Condestável e ficou curada. Foi observada por diversos médicos em Portugal e foi analisada por uma equipa de cinco médicos e teólogos em Roma, que consideraram a cura miraculosa.

Noticias de Ourém
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 03, 2009, 10:17:41 pm
 A figura do Santo Condestável em «Os Lusíadas»


Professor de literatura fala sobre Nuno Álvares Pereira na obra de Camões

Por Alexandre Ribeiro

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SÃO PAULO, segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- No dia 3 de julho do ano passado, Bento XVI autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar os decretos que reconhecem um milagre e as virtudes heróicas do beato português Nuno Álvares Pereira.

Com isso, abriram-se as portas à canonização do leigo, general e depois professo na Ordem do Carmo, que viveu de 1360 a 1431, e foi beatificado pelo Papa Bento XV em 1918.

Nuno Álvares Pereira, também conhecido como Santo Condestável ou Beato Nuno de Santa Maria, foi o general da célebre Batalha de Aljubarrota, retratada por Camões em Os Lusíadas.

Sobre a figura do Condestável em Os Lusíadas, Zenit conversou com o Prof. Dr. Márcio Ricardo Coelho Muniz, Professor Adjunto de Literatura Portuguesa da Universidade Federal da Bahia - UFBA.

–Como D. Nuno Álvares Pereira é retratado em Os Lusíadas?

–Prof. Márcio Muniz: Nuno Álvares Pereira recebe por parte de Camões a consideração dada aos grandes heróis da pátria. Na condição de artífice da vitória na Batalha de Aljubarrota, que impediu a dominação castelhana durante a crise de 1383-1385, o Condestável terá um espaço, em termos de quantidade de estâncias ou oitavas do poema, que poucas personagens terão. Além disso, o poeta concede-lhe a voz narrativa num discurso feito durante a reunião do Conselho Real, em Abrantes, para decidir sobre a batalha, cuja força retórica só se assemelha à fala de outras importantes personagens do poema, como o Velho do Restelo, Inês de Castro e o Gigante Adamastor.

Os adjetivos com que o poeta qualificará a pessoa e as ações do herói também são representativos da deferência que lhe tem Camões. Nuno Álvares Pereira é forte, feroz, leal, verdadeiro, grande, valoroso, entre outros adjetivos que lhes ressaltam as qualidades físicas, morais e éticas. Ou seja, toda a descrição busca qualificá-lo como figura central e responsável não só pela vitória na Batalha de Aljubarrota, mas também pela construção e afirmação da liberdade do reino, governado por um novo rei, alçado ao trono por uma nova dinastia, a de Avis.

–Qual é o papel do Condestável na Batalha de Aljubarrota?

–Prof. Márcio Muniz: O Condestável é o General da Batalha. É ele, inclusive, que força o enfrentamento das hostes castelhanas, infinitamente superiores às portuguesas. Isto fica claríssimo no relato que o poema faz da reunião do Conselho de Abrantes, em sua grande parte, apoiado na Crônica de D. João I, de Fernão Lopes. Neste Conselho, D. João I buscou ouvir as diversas opiniões dos maiores do reino para decidir se enfrentava ou não o enorme exército castelhano.

Devido à superioridade das forças de Castela, a maioria dos conselheiros do monarca português sugeria uma intervenção militar pelo sul, entrando por Badajoz, de modo a obrigar as forças castelhanas a deslocarem-se para o sul, e, do mesmo modo, criando tempo para a negociação diplomática pela paz. Camões descreve esses conselheiros como "covardes", "desleais", e opõe às suas opiniões o longo e forte discurso de Nuno Álvares Pereira pelo enfrentamento imediato.

Decida a batalha, é o Condestável que organiza o combate, a estratégia da guerra, o posicionamento das diversas colunas de ataque e defesa, e é ele também, junto com seus homens, que toma a frente da batalha, enquanto D. João I permanece na retaguarda. Como se vê, a papel do Condestável na Batalha de Aljubarrota é central, tanto em Os Lusíadas, como nas crônicas que tratarão da batalha.


http://www.zenit.org/article-20700?l=portuguese (http://www.zenit.org/article-20700?l=portuguese)
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Enviado por: TOMSK em Fevereiro 08, 2009, 12:35:12 am
"Um grande dia para Portugal"

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.ecclesia.pt%2Fcardeais%2Fd_saraiva.jpg&hash=c8a18bdc892ce30d633487335a2f076f)

É assim que D.Saraiva Martins, ex-Prefeito para a Congregação da Causa dos Santos, vê a ideia da canonização de Nuno Álvares Pereira.

"É muito importante, acho que é um dia extraordinário, histórico para Portugal!
O Beato Nuno pode agora ser canonizado, porque o Santo Padre já aprovou o milagre e disse à Congregação das Causas Santas para emanar o decreto. O passo decisivo está dado!
Sinto-me muito feliz, porque quando tomei posse da Prefeitura da Causa dos Santos encontrei a documentação relativa à causa do Beato Nuno , mas a causa estava parada e então propus-me a retomar a causa, a levá-la para diante, vencendo algumas dificuldades, por isso, estou extremamente contente e feliz por ter conseguido aquilo que aspirava já desde o princípio"

Recorda-se que já em 1940, o Papa Pio XII tentou «canonizá-lo por decreto» como «exemplo do soldado cristão num tempo de guerra» mas pouco tempo depois optou por um processo normal, alicerçado em milagres ou graças divinas

"Vencendo algumas dificuldades"? - Hmmm, de quem terá sido a origem dessas dificuldades? De Espanha? Ou da República laica e apátrida de José Sócrates?  :twisted:
Título:
Enviado por: TOMSK em Fevereiro 16, 2009, 01:34:10 am
A espada que afirmou Portugal

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi59.photobucket.com%2Falbums%2Fg320%2Ffernao%2Fnunalvares.jpg&hash=fc8fda1612af2ea5025f5538c57fec82)

"E aqui uma pequena digressão para melhor se descrever a famosa espada de D.Nuno, que, diga-se desde já, ainda hoje existe.

Segundo os velhos cronistas, bastava ver aquela espada desembainhada, para logo inspirar terror. A lâmina é direita e aguçada; o punho em cobre, tendo também à roda em espiral, fio de cobre; e na sua maior largura mede três polegadas, diminuindo sucessivamente até à ponta.

Em um dos lados da lâmina, onde também se reconhece o signo do corregedor - uma cruz e uma estrela - D.Nuno mandou gravar esta inscrição: «Excelsus super omnes gentes Dominicus».

Na outra face está gravado o santo nome de Maria, e dentro de um círculo, as palavras «Dom Nuno Álvaro», vendo-se ainda uma contramarca, com a cruz entrelaçada por flores.

Essa mesma espada encontra-se hoje no Museu Militar de Lisboa"

 Vida e Obra de Dom Nuno Álvares Pereira- G.Leslie Baker

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2Fespada.jpg&hash=f871270177bd85ad53bfd7940556c08f)
Réplica da espada de Nuno Álvares Pereira na porta lateral do recinto da capela de Nossa Senhora dos Remédios.

Devo dizer que já fui visitar a espada do Condestável ao Museu Militar.  :Bajular:  :Bajular:
E ao lado dela, está a espada do Rei Dom João I.  Uma excelente homenagem aqueles que em vida foram quase inseparáveis na intransigente defesa de Portugal.
Título:
Enviado por: TOMSK em Fevereiro 16, 2009, 11:52:37 pm
Durante uma exposição no Convento do Carmo, assinalando o 25 de Abril.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2F2449477598_4754aa723d.jpg&hash=0aa1b7c27391a93521316f984c61dda5)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2F2449477540_c3c1cfff20.jpg&hash=ec670d8cbf763764fdc93a12de2d5846)

E a verdadeira e famosa espada de Nuno Álvares, já referida anteriormente.
Terá sido esta a usada em Aljubarrota? Tudo aponta que sim.
Já agora uma curiosidade. Para quem não sabe, aquelas aberturas/ saliências na lâmina serviam, além do aspecto decorativo, para tornar a espada mais leve, e por conseguinte, mais fácil de manusear. :wink:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2F2446671599_bec7c1d5d6.jpg&hash=48d6507e9497f9e94439cb54f70d3d5c)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2F2446671777_2c11fa7c02.jpg&hash=6aa4f7b96129c18341bd577708ccfcc0)
Título:
Enviado por: André em Fevereiro 17, 2009, 01:23:32 am
Consistório sábado para a canonização de D. Nuno Álvares Pereira - Ecclesia

A canonização do Beato Nuno de Santa Maria, D. Nuno Álvares Pereira, avança de forma "decisiva" no próximo sábado, com a realização de um Consistório público ordinário para a votação de dez causas de canonização, na presença do Papa.

O anúncio, hoje citado pela agência católica Ecclesia, consta de um comunicado assinado por D. Guido Marini, Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, publicado na sala de imprensa da Santa Sé.

Segundo a Agência de Notícias da Igreja Católica em Portugal, este é um acto formal em que Bento XVI pede o parecer de um conjunto de Cardeais sobre as causas. Estes já responderam antes do Consistório se concordam ou não com a canonização.

Bento XVI deverá indicar a data de canonização, adianta à Ecclesia o prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal José Saraiva Martins, o homem que conduziu este processo no Vaticano.

As hipóteses mais fortes são os meses de Abril ou Outubro, salientou.

Em Novembro, em Fátima, os bispos católicos portugueses tornaram público o desejo de Bento XVI se deslocar a Portugal em 2009, fazendo conciliar essa viagem com a canonização do beato Nuno Álvares Pereira.

"Depois de tanto tempo e tantos anos, chegou ao seu termo a causa de canonização desta grande figura da hagiografia portuguesa", assinala à Ecclesia o cardeal José Saraiva Martins, frisando que "a canonização vai ser um dia histórico".

O prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos revela à agência católica "um sentimento de gratidão a Deus" pelo "privilégio" que lhe deu por poder concluir o processo de canonização do Beato Nuno Alvares Pereira.

Quanto ao local da canonização do Beato Nuno, o Cardeal Saraiva Martins lembra à Ecclesia que "o princípio é que as canonizações sejam feitas em Roma" e as beatificações nas igrejas locais. "Se não houve nenhum pedido por parte de Portugal, é natural que seja em Roma", sublinha.

Hoje, com os pobres a aumentarem, a mensagem do Nuno Álvares Pereira é "extremamente actual", conclui o cardeal português.

O Beato Nuno de Santa Maria (1360-1431) foi beatificado em 1918 por Bento XV e nos últimos anos, a Ordem do Carmo (onde ingressou em 1422), em conjunto com o Patriarcado de Lisboa, decidiram retomar a defesa da causa da canonização. A sua memória litúrgica celebra-se, actualmente, a 6 de Novembro.

O processo de canonização foi reaberto a 13 de Julho de 2004, nas ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa, em sessão solene presidida por D. José Policarpo.

A cura milagrosa reconhecida pelo Vaticano foi relatada por Guilhermina de Jesus, uma sexagenária natural de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões no olho esquerdo por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe.

A cura de Guilhermina de Jesus, depois de ter pedido a intervenção do Santo Condestável, foi observada por diversos médicos em Portugal e foi analisada por uma equipa de cinco médicos e teólogos em Roma, que a consideraram miraculosa, aponta a Ecclesia.

Lusa
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 18, 2009, 12:46:38 am
Porque escolheu o Beato Nuno os Carmelitas?

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Durante mais de um século, o convento de Moura continuou a ser o único que os Carmelitas possuiam em terras lusitanas, até à intervenção do imortal Condestável D. Nuno Álvares Pereira, o instrumento por Deus escolhido para dar nova vida a Portugal e ao Carmo português. As glórias e grandezas conquistadas nos campos de Aljubarrota e Valverde, realizando a libertação da sua Pátria estremecida, Nuno as depôs humildemente aos pés da Virgem, orando pelo desapêgo a libertação da sua própria alma. Num poema de pedra e granito externou a sua gratidão para com Nossa Senhora, construindo em sua honra uma magnífica igreja gótica e um mosteiro para os religiosos que seriam chamados para o culto divino. A igreja devia ser a mais bela e espaçosa de toda a Côrte. E Nuno conseguiu realizar o seu piedoso sonho.
A primeira pedra foi lançada em 1389, no mês de Julho, e alguns anos mais tarde as obras estavam tão adiantadas que o Condestável podia revelar a segunda parte do seu grandioso projecto: a escolha dos religiosos que haviam de cantar os louvores da Virgem Maria em tão monumental igreja: os Carmelitas de Moura.

Nos meados do último decénio do século XIV, dirige uma carta, “encantadora de forma, de estilo e de espírito português”, ao Vigário Geral Dr. Frei Afonso de Alfama, então Prior de Moura, comunicando-lhe a sua resolução de inaugurar a igreja e o mosteiro e, referindo-se a entendimentos anteriores, pede que sejam agora enviados os frades que haviam de morar no novo convento. Eis o teor da carta, transmitida por Pereira e na nossa acomodação:


“Ao mui honrado Frei Afonso de Alfama, Vigário Geral do Mosteiro de Santa Maria de Moura; Salvé Deus!

Antes de tudo beijo o vosso santo escapulário, dom extremado da Mãe de Deus, que o trouxe do Céu, para a defesa dos seus frades, pela muita afeição que lhes devia desde sua vida; e desde então aprouve-lhe que não fosseis mais ofendidos pelos maus nas terras onde estáveis. Tudo isto merecestes pela vossa vida exemplar que agrada à bendita Mãe do Carmo. Sabei que por ora vos rogo e peço aquilo de que vos já falei e que é de grande serviço para Deus e sua santa Mãe, que me fizeram grandes graças e favores. E por tudo que recebi estou fazendo este mosteiro para Maria Santíssima, o qual, graças a Deus, vai bem adiantado, com os bens que o mesmo Senhor me deu. E como quer que desde o começo determinei que nele estivessem frades, ou freiras do meu agrado, o que, segundo creio, já vos contei, agora vos peço e rogo, como mercê, que venhais para maior serviço de Deus e de sua Mãe, que do alto estarão olhando para tudo que em sua glória fizerdes. Além disso vos rogo que o Dr. Frei Gomes, que boa e merecida fama tem, venha como prior dos outros frades, pois que assim agrada a meu Rei e Senhor, que me falou de sua vontade de, quanto a este mosteiro, combinar em tudo comigo e de auxiliar-me conforme a minha intenção.

E podereis trazer os frades, até ao número que antes vos disse, e que sejam bons, portugueses fiéis à Pátria, do modo que vos parecer melhor, pois sois o Superior deles na Religião.

E como, segundo a vossa lei, não comeis carnes e tendes jejuns muito prolongados, não achareis aqui falta de provisão, porque ficará aos meus cuidados dar-vos comida e roupa suficientes, pois do que é meu, e do que Deus e o Rei meu Senhor me deram, posso fazer mercê, e isto é tornar a ele o que antes me concedeu.

E por circunstância alguma deixai de vir imediatamente depois de meu pedido, para fazerdes todos os serviços sacerdotais para o tempo que estiverdes aqui neste mosteiro encarregados da sua cura espiritual, pois haverá bastante lugar para fazerdes a vossa oração e onde podeis viver retirados no silêncio da vossa regra, que vos como corre a fama, deram tão grandes merecimentos diante de Deus. E por ora não tenho mais que dizer.

Escrita em Lisboa, no primeiro de Janeiro, no ano da Era mil quatrocentos e trinta e tal”. (1)


Frei Diogo Gil, um dos primeiros habitantes do novo convento e o segundo provincial da Província, dá, como tempo da chegada dos Carmelitas a Lisboa, o ano de 1397; “Era de Cesar 1435”. Bieron os Padre de Moura Carmelitas para o mosteiro do Carmo de Lisboa, que habia feixo o Codestabre Nuno Alberes Pereira... (2)

Destas pouca notícias podemos ver que o Beato Nuno conhecia bem os Carmelitas e a Regra que seguiam. E porque lhe agradara a sua vida exemplar e mariana, convidou-os para tomarem posse da fundação que fizeram em honra da Santíssima Virgem. A doação, porém, ainda não era definitiva, pois o Santo Condestável desejava verificar pessoalmente se a vida dos frades escolhidos correspondia à fama. Sòmente os melhores seriam considerados dignos de servirem a Nossa Senhora no mosteiro de Santa Maria. Em 1423, a 6 de Julho, celebrou-se o primeiro capítulo provincial de Portugal, sob a presidência de Dr. Frei Afonso de Alfama, que foi eleito Provincial e como tal confirmado, em 1425, no Capítulo Geral da Ordem.

Durante este primeiro Capítulo da Província lusitana, o Condestável fez a doação definitiva à Ordem Carmelita da Igreja e do Convento, com todos seus bens que lhe haviam sido incorporados, mandando depois lavrar uma escritura, datada em 28 de Julho de 1423: “E que por quanto el no dito mosteiro via fraires bons, e virtuosos, e que vivem bem, e em serviço de Deos” que el declarava sua vontade que ataa hora em o tempo tivera guardada. E que daqui em diante provocava o dito mosteiro ser da Virgem Santa Maria, e da sua Ordem do Carmo, e que fazia del pura doaçom para sempre a dita Ordem com todas as rendas, e direitos, que o el ha dotado para os fraires da dita Ordem...” (3)

Poucos dias depois, no início do mês de Agosto, Nuno Álvares Pereira fez mais outra doação, a última que podia fazer: a doação de si mesmo, entrando para a Ordem, como humilde Irmão leigo ou semi-frater, a fim de consumar a sua obra principal: a santificação da sua própria alma. Durante pouco menos de 8 anos havia de edificar a todos por sua profunda humildade e piedade. Faleceu no 1º de Abril, provàvelmente de 1431, no meio de seus irmãos desolados, e pranteado por todo o Portugal. (Escapulário do Carmo, Outubro, 1956, pp. 10-12).


Manuel Maria Wermers [Escapulário do Carmo, Outubro, 1956, pp. 10-13]

NOTAS:

1 - Começando a Era de César 38 anos antes da nossa, a carta podia ser escrita entre 1394 e 1401

2 - Por essa notícia vê-se que a carta do Condestável foi escrita entre 1394 e 1397, ano da chegada.

3 - Certos autores afirmam que o mosteiro tenha sido doado aos Carmelitas Descalços. Ora, no tempo do Beato Nuno não existia nenhum Carmelita Descalço. A Ordem dos Descalços, ou dos Teresianos, foi fundada quase 200 anos mais tarde. Quando se fala em Carmelitas, sem mais outra especificação, devemos entender os Carmelitas da Antiga Observância, e não os Carmelitas Descalços que dela se afastaram.



http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_ ... tipoid=108 (http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=69533&seccaoid=9&tipoid=108)
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 18, 2009, 12:55:15 am
Canonização em Outubro



O Papa vai canonizar D. Nuno Álvares Pereira no próximo mês de Outubro.


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A cerimónia vai decorrer no Vaticano e será o culminar de um longo processo que eleva aos altares uma figura que há muito o povo consagrou como o Santo Condestável.

Domingo 11 ou Domingo 18 de Outubro são as datas mais prováveis porque a canonização vai coincidir com os trabalhos do Sínodo Africano e, à semelhança do que já aconteceu no último Sínodo que também se realizou em Outubro, o Papa aproveita um desses domingos para fazer canonizações.

São 10 os novos Santos já anunciados: quatro italianos, dois espanhóis, uma francesa (fundadora das Irmãzinhas do Pobres), um polaco, um belga (o famoso padre Damião, apóstolo dos leprosos) e o português Nuno de Santa Maria.

No Consistório do próximo sábado, Bento XVI vai anunciar as datas (Abril ou Outubro) em que estes novos santos sobem aos altares e como vão ser agrupadas as canonizações. Só então se fica a saber quem será canonizado ao mesmo tempo que o Santo Condestável.

Todas as canonizações terão lugar em Roma.

O Consistório do próximo sábado é um mero acto formal em que Bento XVI pede o parecer dos Cardeais para confirmar processos de canonização já terminados. No caso do Santo Condestável, este processo foi concluído e entregue ao Papa na passada Primavera.


CC/Aura Miguel  

http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx ... tId=277133 (http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?AreaId=11&SubAreaId=47&ContentId=277133)
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 18, 2009, 01:04:15 am
Le pape Benoît XVI annoncera la canonisation de dix bienheureux

Le 16 février 2009 -  Eucharistie Sacrement de la Miséricorde - Samedi 21 février 2009, à 11h00, dans Salle Clémentine du Palais Apostolique du Vatican, le pape Benoît XVI présidera un Consistoire Ordinaire Public pour la Canonisation de dix Bienheureux qui se déroulera, parmi lesquels la Française Jeanne Jugan (1792-1879), fondatrice des Petites sœurs des pauvres.  A cette occasion, le Saint-Père annoncera également les dates de leur prochaine canonisation.

Citar
- Nuno de Santa María Alvares Pereira, religieux carme. (1360-1431)

Nuno Alvares Pereira, plus connu au Portugal sous le vocable de "Saint connectable”, naquit au château de Bonjardim le 24 juin 1360.

A peine âge de 13 ans il faisait déjà partie de la suite du roi Ferdinand I et fut ensuite fait chevalier.

Obéissant à son père, il épouse Dona Leonor de Alvim, riche dame de Entre-Douro-e-Minho. Cette union fut bénie par la naissance d’une fille, Dona Beatriz.

Après la mort du roi Ferdinand et, parce que la fille de celui-ci était l’épouse du roi d’Espagne, Nuno Alvares comprit que l’indépendance du pays était menacée ; alors il reprit une activité politique et s’allia au Maître d’Avis qui le nomma Régent et Défenseur du Royaume.

Après les succès obtenus en plusieurs batailles et, tout particulièrement celle d’Aljubarrota, le 15 août 1385 - tout près de Fatima, là où campe le beau monastère de Batalha - et alors veuf, il se lance dans la construction du couvent des Carmes, à Lisbonne.

Mais, revenons à cette fameuse bataille :

Les Espagnols, beaucoup plus nombreux que les Portugais qui n’étaient guère que six mille, enfoncent les lignes lusitaniennes et tout porte alors à croire que l’issue de la bataille leur sera favorable…

Nuno Alvares disparaît alors… On le cherche avec angoisse et on le trouve derrière un rocher en train de prier Marie…

- Je viens, dit-il, ne vous inquiétez pas !

Il revint quelques instants plus tard et l’issu de la bataille fut favorable aux troupes portugaises…

Le bienheureux « connectable » avait alors promis à la Vierge de faire construire un sanctuaire en son honneur, si l’issue de la bataille lui était favorable. Il fut exaucé et le monument construit : Sainte Marie de la Batalha, près de Fatima.

En 1422 il partage ses biens et entre en religion chez les Carmes, le 15 août 1423. Encore le 15 août, jour festif de l’Assomption de Marie, à conduire les hauts moments de sa vie…

Le voici maintenant ascète, détaché de toutes les frivolités de la vie, occupé uniquement à l’adoration et au service de Dieu : il est alors le héros d’une autre bataille : abandonner le monde, pour n’être plus qu’un simple et humble moine, Frère Nuno de Sainte-Marie.

Il rendit son âme à Dieu en 1431.

Le 15 janvier 1918 la Sacrée Congrégation des Rites, en session plénière, approuva et reconnu le culte envers le « saint connectable » et, le pape Benoît XV, par un décret du 23 janvier de cette même année, le confirma.

Il est fêté le 6 novembre.


http://eucharistiemisericor.free.fr/ind ... onsistoire (http://eucharistiemisericor.free.fr/index.php?page=1602098_consistoire)
Título:
Enviado por: TOMSK em Fevereiro 18, 2009, 01:11:28 am
É pena ser no Vaticano, mas pronto... :P

Que auréola te cerca?
É a espada que, volteando,
Faz que o ar alto perca
Seu azul negro e brando.

Mas que espada é que, erguida,
Faz esse halo no céu?
É Excalibur, a ungida,
Que o Rei Artur te deu.

'Sperança consumada,
S.Portugal em ser,
Ergue a luz da tua espada
Para a estrada se ver!
Título:
Enviado por: André em Fevereiro 21, 2009, 02:26:22 pm
Nuno Álvares Pereira canonizado a 26 de Abril


O Papa Bento XVI anunciou hoje a canonização este ano de dez beatos, entre os quais o carmelita português Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, segundo um comunicado do Vaticano.

Nuno Álvares Pereira integra, ao lado de quatro italianos, o primeiro grupo, que será canonizado no próximo dia 26 de Abril.

Os quatro italianos são o padre Arcangelo Tadini (1846-1912), fundador da Congregação das irmãs operárias de Sagrada Família, a religiosa Caterina Volpicelli (1839-1894), fundadora da Congregação das Ancelles do Sagrado-Coração, o teólogo Bernardo Tolomei (1272-1348), fundador da Congregação do Mont-Olivet, e Gertrude Caterina Comensoli (1847-1903), fundadora das Irmãs Sacramentinas.

O segundo grupo de cinco beatos será canonizado a 11 de Outubro e integra a francesa Jeanne Jugan (1792-1879), fundadora das Pequenas Irmãs dos Pobres, o arcebispo polaco Zygmunt Szczesny Felinski (1822-1895) e dois religiosos espanhóis, o dominicano Francisco Coll y Guitart (1812-1875) e o irmão trapista Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), assim como o belga Jozef Damian de Veuster (1840-1889), membro da Congregação dos Sagrados-Corações de Jesus e Maria.

Desde o início do seu pontificado, Bento XVI proclamou 18 novos santos mas contrariamente ao seu antecessor, João Paulo II, não preside às missas de beatificação, normalmente celebradas nos países de origem dos beatos, lembra a agência especializada I-media.

O Beato Nuno de Santa Maria (Nuno Álvares Pereira, 1360-1431) foi beatificado em 1918 por Bento XV e, nos últimos anos, a Ordem do Carmo (onde ingressou em 1422), em conjunto com o Patriarcado de Lisboa, decidiram retomar a defesa da causa da canonização. A sua memória litúrgica celebra-se, actualmente, a 06 de Novembro.

O processo de canonização foi reaberto a 13 de Julho de 2004, nas ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa, em sessão solene presidida por D. José Policarpo.

Uma cura milagrosa reconhecida pelo Vaticano foi relatada por Guilhermina de Jesus, uma sexagenária natural de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões no olho esquerdo, por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe.

O cardeal Saraiva Martins, Prefeito Emérito da Congregação para as Causas dos Santos, conduziu no Vaticano o processo de canonização.

Segundo D. José Saraiva Martins, a idosa sofria de "uma úlcera na córnea, uma coisa gravíssima".

"E os médicos, realmente, chegaram à conclusão que aquilo [a cura] não tinha explicação científica", frisou, em declarações recentes à Lusa, explicando que o processo de canonização de D. Nuno Álvares Pereira chegou ao fim "em três meses", entre Abril e Julho de 2008.

Em Abril, "o milagre atribuído à intervenção do beato Nuno foi examinado pelos médicos [do Vaticano]" e, em Maio, pelos teólogos, "no sentido de saber se tinha sido efeito da oração feita pela doente, pedindo-lhe a sua cura".

Os cardeais da Congregação das Causas dos Santos viriam a aprovar as conclusões, "tanto dos médicos como dos teólogos, e, em Julho, a documentação resultante foi presente ao Papa Bento XVI por D. José Saraiva Martins.

Em Novembro, em Fátima, os bispos católicos portugueses tornaram público o desejo de Bento XVI se deslocar a Portugal em 2009, fazendo conciliar essa viagem com a canonização de Nuno de Santa Maria.

Lusa
Título:
Enviado por: TOMSK em Fevereiro 22, 2009, 12:13:23 am
Presidente da República congratula-se com decisão da Santa Sé sobre canonização de D. Nuno Álvares Pereira

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fww1.rtp.pt%2Fnoticias%2Fimages%2Farticles%2F352633%2Fcavacosilva.jpg&hash=7ccd9fcfbdd41dda74bd8f47f032abe7)
Na sequência do anúncio hoje feito pela Santa Sé sobre a canonização de D. Nuno Álvares Pereira, cuja cerimónia decorrerá em 26 de Abril, no Vaticano, o Presidente da República congratulou-se com a decisão, numa mensagem com o seguinte teor:

“O Presidente da República congratula-se, em nome de Portugal, pela notícia da decisão tomada hoje no processo de canonização de D. Nuno Álvares Pereira, figura maior da nossa História, que, no passado como no presente, deve inspirar os Portugueses na busca de um futuro melhor.“
Título:
Enviado por: HSMW em Fevereiro 22, 2009, 12:25:28 am
Lá apareceu a noticia no telejornal ( de 30 segundos entre os 3 minutos do caso freeport e os 4 dos casamentos gay)    :crit:  :evil:
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 22, 2009, 12:34:39 am
Canonização do Santo Condestável marcada para 26 de Abril

Bento XVI confirma Nuno Álvares Pereira como um dos novos Santos da Igreja


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A cerimónia de canonização do Beato Nuno de Santa Maria, D. Nuno Álvares Pereira, terá lugar no próximo dia 26 de Abril. O anúncio foi feito pela Santa Sé, no final do Consistório deste Sábado, presidido pelo Papa.

O Consistório Público Ordinário representou o passo final do processo para a canonização do Santo Condestável. Juntamente com o novo santo português serão canonizados Arcangelo Tadini, Bernardo Tolomei, Gertrude (Caterina) Comensoli e Caterina Volpicelli. Outras cinco canonizações terã lugar a 11 de Outubro.


O homem que conduziu este processo no Vaticano, Cardeal José Saraiva Martins, referiu à Agência ECCLESIA que "depois de tanto tempo e tantos anos chegou ao seu termo a causa de canonização desta grande figura da hagiografia portuguesa”, frisando que “a canonização vai ser um dia histórico”.


O prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos revela “um sentimento de gratidão a Deus pelo privilégio que me deu por poder concluir praticamente o processo de canonização do Beato Nuno Alvares Pereira”.

“É um dom de Deus à Igreja portuguesa, que todos os portugueses devemos agradecer”, assegura.

Quanto ao local, o Cardeal Saraiva Martins lembra que “o princípio é que as canonizações sejam feitas em Roma” e as beatificações nas igrejas locais. “Se não houve nenhum pedido por parte de Portugal, é natural que seja em Roma”, sublinha.

O Cardeal português diz que “todos os santos são modelos para serem imitados” e no caso do Beato Nuno: destaca “a caridade para com os pobres”.

Hoje, com os pobres a aumentar, a mensagem do Nuno Álvares Pereira é “extremamente actual”.

“É um modelo muito interessante”, assinala D. José Saraiva Martins, que lembra ainda a devoção do Santo Condestável a Nossa Senhora.

O Beato Nuno de Santa Maria (1360-1431) foi beatificado em 1918 por Bento XV e nos últimos anos, a Ordem do Carmo (onde ingressou em 1422), em conjunto com o Patriarcado de Lisboa, decidiram retomar a defesa da causa da canonização. A sua memória litúrgica celebra-se, actualmente, no dia 6 de Novembro.

O processo de canonização foi reaberto no dia 13 de Julho de 2003, nas ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa.

A cura milagrosa reconhecida pelo Vaticano foi relatada por Guilhermina de Jesus, uma sexagenária natural de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões no olho esquerdo por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe.

A cura de Guilhermina de Jesus, depois de ter pedido a intervenção do Santo Condestável, foi observada por diversos médicos em Portugal e foi analisada por uma equipa de cinco médicos e teólogos em Roma, que a consideraram miraculosa.

A história deste processo já poderia ter conhecido o seu epílogo quando, em 1947, o papa Pio XII se manifestou interessado em canonizar o Beato português por decreto. O estado de uma Europa destruída pela II Guerra Mundial fez, porém, com que a Igreja portuguesa recusasse este motivo de festa.

Trabalhos levados a cabo pelos Cardeais Patriarcas de Lisboa D. José III (1883-1907) e D. António I (1907-1929), secundados pela Ordem do Carmo, culminaram com o Decreto da Congregação dos Ritos “Clementissimus Deus” de 15 de Janeiro de 1918, ratificado e aprovado pelo Papa Bento XV em 23 do mesmo mês e ano. Esses trabalhos, retomados pelo Episcopado Português, culminaram com a já referida permissão de Pio XII para que o processo da canonização prosseguisse......]


http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia. ... iaid=69825 (http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia.asp?noticiaid=69825)
Título:
Enviado por: André em Fevereiro 22, 2009, 01:00:54 am
Citação de: "comanche"
Canonização do Santo Condestável marcada para 26 de Abril

Bento XVI confirma Nuno Álvares Pereira como um dos novos Santos da Igreja


Citar
A cerimónia de canonização do Beato Nuno de Santa Maria, D. Nuno Álvares Pereira, terá lugar no próximo dia 26 de Abril. O anúncio foi feito pela Santa Sé, no final do Consistório deste Sábado, presidido pelo Papa.

O Consistório Público Ordinário representou o passo final do processo para a canonização do Santo Condestável. Juntamente com o novo santo português serão canonizados Arcangelo Tadini, Bernardo Tolomei, Gertrude (Caterina) Comensoli e Caterina Volpicelli. Outras cinco canonizações terã lugar a 11 de Outubro.


O homem que conduziu este processo no Vaticano, Cardeal José Saraiva Martins, referiu à Agência ECCLESIA que "depois de tanto tempo e tantos anos chegou ao seu termo a causa de canonização desta grande figura da hagiografia portuguesa”, frisando que “a canonização vai ser um dia histórico”.


O prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos revela “um sentimento de gratidão a Deus pelo privilégio que me deu por poder concluir praticamente o processo de canonização do Beato Nuno Alvares Pereira”.

“É um dom de Deus à Igreja portuguesa, que todos os portugueses devemos agradecer”, assegura.

Quanto ao local, o Cardeal Saraiva Martins lembra que “o princípio é que as canonizações sejam feitas em Roma” e as beatificações nas igrejas locais. “Se não houve nenhum pedido por parte de Portugal, é natural que seja em Roma”, sublinha.

O Cardeal português diz que “todos os santos são modelos para serem imitados” e no caso do Beato Nuno: destaca “a caridade para com os pobres”.

Hoje, com os pobres a aumentar, a mensagem do Nuno Álvares Pereira é “extremamente actual”.

“É um modelo muito interessante”, assinala D. José Saraiva Martins, que lembra ainda a devoção do Santo Condestável a Nossa Senhora.

O Beato Nuno de Santa Maria (1360-1431) foi beatificado em 1918 por Bento XV e nos últimos anos, a Ordem do Carmo (onde ingressou em 1422), em conjunto com o Patriarcado de Lisboa, decidiram retomar a defesa da causa da canonização. A sua memória litúrgica celebra-se, actualmente, no dia 6 de Novembro.

O processo de canonização foi reaberto no dia 13 de Julho de 2003, nas ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa.

A cura milagrosa reconhecida pelo Vaticano foi relatada por Guilhermina de Jesus, uma sexagenária natural de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões no olho esquerdo por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe.

A cura de Guilhermina de Jesus, depois de ter pedido a intervenção do Santo Condestável, foi observada por diversos médicos em Portugal e foi analisada por uma equipa de cinco médicos e teólogos em Roma, que a consideraram miraculosa.

A história deste processo já poderia ter conhecido o seu epílogo quando, em 1947, o papa Pio XII se manifestou interessado em canonizar o Beato português por decreto. O estado de uma Europa destruída pela II Guerra Mundial fez, porém, com que a Igreja portuguesa recusasse este motivo de festa.

Trabalhos levados a cabo pelos Cardeais Patriarcas de Lisboa D. José III (1883-1907) e D. António I (1907-1929), secundados pela Ordem do Carmo, culminaram com o Decreto da Congregação dos Ritos “Clementissimus Deus” de 15 de Janeiro de 1918, ratificado e aprovado pelo Papa Bento XV em 23 do mesmo mês e ano. Esses trabalhos, retomados pelo Episcopado Português, culminaram com a já referida permissão de Pio XII para que o processo da canonização prosseguisse......]

http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia. ... iaid=69825 (http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia.asp?noticiaid=69825)


Outra vez ...  :roll:  :roll:
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 22, 2009, 01:18:51 am
Citação de: "André"

Outra vez ...  :roll:  :roll:


O titulo da noticia é igual á anterior, mas o conteudo da mesma não, achei pertinente colocar algumas novas declarações do Cardeal José Saraiva Martins.

Cumprimentos.
Título:
Enviado por: nelson38899 em Fevereiro 22, 2009, 09:38:34 pm
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Espanha atrasou canonização


Religião. Bento XVI anunciou ontem a canonização de D. Nuno Álvares Pereira. "Desde a restauração da independência de Portugal que os espanhóis o passaram a ver o condestável com maus olhos", diz D. Duarte de Bragança, seu descendente. Um factor que atrasou o processo, tal como a guerra colonial

D. Nuno passará a santo em cerimónias em Fátima ou Vila Viçosa

"A partir da restauração da independência de Portugal os espanhóis passaram a ver D. Nuno Álvares Pereira com maus olhos. E esta foi a grande razão pelas qual o processo de canonização nunca foi para a frente. " Quem o diz é D. Duarte de Bragança, descendente do Condestável e um dos grandes promotores da causa, que de acordo com as suas próprias palavras terá desenvolvido, a partir de 2000, contactos com as igrejas espanhola e portuguesa, para que esta fosse reconhecida e o processo avançasse. Contudo, reconhece, a guerra colonial, nos anos 60 também terá dado um contributo para os atrasos neste processo, que se arrastou durante décadas, porque D. Nuno Álvares Pereira era um militar.

Ontem a causa atingiu o seu fim. O Papa Bento XVI anunciou a canonização de dez beatos, entre os quais o português Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, de acordo com um comunicado do Vaticano. Nuno Álvares Pereira integra, ao lado de quatro italianos, o primeiro grupo, que será canonizado no dia 26 de Abril próximo.

O guerreiro e carmelita Nuno Álvares Pereira, que viveu entre 1360 e 1431, já fora beatificado em 1918 por Bento XV. Mas só nos últimos anos, a Ordem do Carmo (em que ingressou em 1422), em conjunto com o Patriarcado de Lisboa, decidiu retomar a defesa da causa da sua canonização. E o processo foi reaberto a 13 de Julho de 2004, nas ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa, em sessão solene presidida por D. José Policarpo. Uma cura milagrosa reconhecida pelo Vaticano, relatada por Guilhermina de Jesus, uma sexagenária natural de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões no olho esquerdo, por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe, foi o passo final.

Apesar dos atrasos, D. Duarte considera que a canonização de D. Nuno Álvares Pereira chegou no momento certo. "Porque os valores que ele defendia, como o amor pelos adversários, a tolerância religiosa e a defesa da pátria, estão nesta altura a precisar de ser realçados".

D. Duarte recorda ainda que o processo de canonização esteve para ser concluído por decreto durante a segunda Guerra Mundial, pelo Papa Pio XII, mas o Governo português da altura não aceitou por considerar que não teria o mesmo valor.

Agora, a Fundação D. Manuel I está a promover "uma peregrinação ao Vaticano" para assistir à cerimónia da sua canonização, diz o descendente da família rela portuguesa. Mas D. Duarte quer também que se realizem no mesmo dia cerimónias em Fátima e em Vila Viçosa. Esta, por ser um local a que o Santo Condestável estava muito ligado, tendo lá mandado construir uma igreja. E em Fátima, por ser um local de culto, mas também porque a vila pertence ao concelho de Ourém e D. Nuno Álvares Pereira era conde de Ourém, salienta D. Duarte.  www.dn.pt (http://www.dn.pt)


 :?
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 22, 2009, 11:53:19 pm
Honra de ser português


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O anúncio da canonização de D. Nuno Álvares Pereira mostra que nunca é tarde para se fazer as coisas certas. Neste homem, que a Igreja Católica de Roma vê motivos para elevar aos altares, os portugueses têm razões para sentir um imenso orgulho.


 Ele contribuiu com o seu génio militar para manter a independência nacional numa crise marcada pelo peso da vontade popular. E personificou o que nos seres humanos mais se deve admirar: inteligência, coragem, honra e solidariedade para com os seus semelhantes.

De Nuno Álvares Pereira conta-se uma peripécia histórica que marca quem tem ideia do que é a honra de ser português. Afirmada a independência nos campos de batalha e lançado o projecto prodigioso de dar novos mundos ao mundo, apostando na ciência e na audácia, os vizinhos de Castela continuavam a cobiçar o território. Um embaixador veio avaliar a situação e encontrou-se com o Condestável. Ele recebera pelo seu talento muitos bens e honrarias, mas tudo deixou para trás no caminho de concretização da sua fé. O visitante encontrou no convento um monge débil, mas partiu sem ilusões porque por debaixo do burel o carmelita usava partes da armadura de guerreiro.

Portugal deve sentir honra em homens destes. E o principal não é serem santos. Grave é rarear a ideia de ser português com honra.

 
João Vaz, Redactor principal



http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 5FBB803742 (http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000093-0000-0000-0000-000000000093&contentid=A5A01EE2-6018-43EA-9876-495FBB803742)
Título:
Enviado por: TOMSK em Fevereiro 22, 2009, 11:58:06 pm
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Espanha atrasou canonização


Olha que surpresa...ainda hoje lhes dói a tareia que levaram em 1385...
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 23, 2009, 12:24:20 am
Guerreiro e Frei: de D. Nuno a Santo Condestável

Futuro Santo português granjeou admiração pela sua capacidade enquanto militar e pela sua humildade, após assumir a vida de Carmelita

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Nuno Álvares Pereira, fundador da Casa de Bragança, nasceu em Cernache do Bonjardim em 24 de Julho de 1360. Filho de D. Álvaro Gonçalves Pereira, entrou aos 13 anos na corte de D. Fernando (rei de 1367 a 1383) como pajem da rainha D. Leonor de Teles. Destacando-se logo em jovem num ataque dos castelhanos a Lisboa, foi armado cavaleiro.
Em 1385, D. Nuno foi nomeado por D. João I como o Condestável do Reino. Conquistou o Minho para a causa e, depois da vitória de Trancoso em Maio ou Junho, cortou a arrojada avançada castelhana com a memorável Batalha de Aljubarrota, a 14 de Agosto de 1385.

Ao serviço do Reino de Portugal foi militar invencível na guerra da independência, tendo granjeado enorme admiração entre os seus contemporâneos. Já nos seus Lusíadas, Camões apresenta o herói de Aljubarrota como forte, feroz, leal, verdadeiro, grande, valoroso, entre outros adjectivos que ressaltam as suas qualidades físicas, morais e éticas.

Assegurado o Reino, Nuno Álvares começou a dedicar-se a outras obras. Mandou construir a Capela de São Jorge de Aljubarrota em Outubro de 1388 e o Convento do Carmo em Lisboa, terminado em Julho de 1389 e onde entraram em 1397 os Frades Carmelitas. Dedicou em Vila Viçosa uma capela à Virgem para a qual mandou vir de Inglaterra uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, que 250 anos depois seria proclamada Rainha de Portugal.

A morte da filha, D. Beatriz, em 1414, cortou o último laço com o mundo e abriu o desejo da clausura. Ainda participou na expedição a Ceuta de 1415, primeiro passo da gesta ultramarina portuguesa, onde o seu valor ficou de novo marcado. Mas em breve olharia para outras fronteiras.

Em 1422, distribuiu os títulos e propriedades pelos netos, e a 15 de Agosto de 1423, festa da Assunção, aniversário do seu casamento e dia seguinte ao da Batalha de Aljubarrota, professou no Convento do Carmo.

Descalço, de hábito carmelita donato, túnica que descia aos calcanhares, com escapulário e samarra de estamenha, passou sete anos pelas ruas a pedir esmola para os pobres da capital, tendo dado a todos, durante a sua vida, um exemplo de oração, penitência, amor aos pobres e devoção a Nossa Senhora.

Frei Nuno de Santa Maria morreu na sua pobre cela, rodeado do Rei e dos Príncipes.

Foi beatificado pelo Papa Bento XV a 23 de Janeiro de 1918 e, até agora, a sua festa é liturgicamente assinalada a 6 de Novembro. No início do século passado, o Santo Condestável apresentava-se como um modelo de “santidade patriótica” num período particular conturbado das relações Igreja-Estado.

Fonte: João César das Neves, “Os Santos de Portugal”, Lucerna


Fama de santidade

D. Duarte, sete anos após a morte de D. Nuno, em 1431, solicitou ao Papa a canonização do Condestável evocando o exemplo de bondade e devoção aos pobres. A fama de milagreiro do Santo Condestável era grande conforme as “Chronicas dos Carmelitas” que referem terem-lhe sido atribuídas 21 curas de cegueira, 21 de surdez, 24 de paralisia e 18 de doenças internas.

No reinado de Isabel a católica, teve início em Espanha o culto a São Frei Nuno de Santa Maria, sendo frequente a sua invocação nas missas celebradas na corte. No século XVI, a Rainha Joana veio a Lisboa, em peregrinação ao convento do Carmo, para trasladar os restos mortais de D. Nuno para um mausoléu de alabastro que tinha mandado esculpir em Florença.

O culto ao Beato Nuno surgiu na Itália em meados do séc. XV conforme o Calendário Carmelitano, composto entre 1456 e 1478, da biblioteca de Parma. As igrejas de Santa Inês e de Nossa Senhora do Carmo também apresentam provas do culto ao mesmo beato em Itália.

Em Portugal e Espanha o Beato Nuno foi imortalizado em arte sucedendo o mesmo em Itália, Holanda e Alemanha, em quadros, registos e santinhos que são prova documental da dimensão europeia da devoção a D. Nuno.

O culto a Beato Nuno também era praticado na Corte Papal conforme atesta o pedido de protecção do Papa Eugénio IV a D. Nuno quando se viu ameaçado por forças inimigas.

O mesmo culto esteve presente em devoções e Missas celebradas na igreja de Santo António dos portugueses, da embaixada de Portugal junto da Santa Sé, que conserva o seu quadro na sacristia.

A fraternidade sacerdotal de São Pio X tem o Beato Nuno como patrono do grupo de oração português, venerado na Suíça e em França, onde aparece em estandartes ao lado de Santa Joana d’Arc.

O exército azul, fundado em 1947 nos EUA, com cerca de oitenta milhões de membros espalhados pelo mundo, tem propalado a fama de santidade de Beato Nuno e ajudado a espalhar o seu culto, renovado de modo significativo, durante o período da Guerra-Fria.

Em Angola, Macau e Timor, nas décadas de 60 e 70 do século passado, o culto a Beato Nuno esteve activo. Muitos devotos utilizavam notas portuguesas de 1920, com o rosto impresso de D. Nuno que emolduravam, colocavam em oratório e a quem oravam em suas casas.

Fonte: Sociedade Histórica da Independência de Portugal



http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_ ... tipoid=108 (http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=69837&seccaoid=3&tipoid=108)
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Enviado por: TOMSK em Fevereiro 23, 2009, 01:19:49 am
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O presidente do CDS-PP, saudou a canonização de D. Nuno Álvares Pereira, anunciada para 26 de Abril, afirmando que "é uma grande alegria" para Portugal, e destacou o seu exemplo de "entrega aos pobres".

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fjpn.icicom.up.pt%2Fimagens%2Fpais%2Fpaulo_portas.jpg&hash=9df03334ec07cd005857a4315cf6b289)

"É uma grande alegria para Portugal, para os católicos portugueses e para as instituições que têm o condestável como inspiração, os militares e os que ajudam quem mais precisa",
afirmou, Paulo Portas.

Para o líder democrata-cristão, o Estado português deve "saudar efusivamente" a canonização de D. Nuno Álvares Pereira, cujo "testemunho de vida, coragem e fortaleza nas crises, generosidade e entrega aos pobres, é um exemplo que importa não esquecer".

"Foi um líder destemido que sempre assentou a força na justiça", disse, destacando que, quando "atingiu todos os objectivos abandonou todo o poder e todas as honras", para se dedicar à fé e ingressar na Ordem do Carmo.

Foi anunciado este Sábado pela Santa Sé que a cerimónia de canonização de D. Nuno Álvares Pereira (1360 - 1431) decorrerá em 26 de Abril, no Vaticano.


Tirando o Presidente da República, Paulo Portas foi o único que político que vi a pronunciar-se...isto diz muito de como andam os valores de patriotismo lá pelos corredores do poder...
 
Ainda bem que a imprensa escrita está a receber muito bem esta canonização, e já são vários os textos de opinião exaltando a figura do Condestável. Esperemos que este entuasiamo leve a Comunicação Social a divulgar através de documentários, filmes, etc., a vida notável deste grande português.

Como disse, esta vai ser uma altura para exaltar o patriotismo. Vamos ver se a República consegue estar ao nível do momento.
Quando soube da notícia, este aqui em baixo deve ter ficado com uma azia que nem vos digo... :rir:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F3.bp.blogspot.com%2F_F0jj9UaqYRE%2FSX_4X2nu_CI%2FAAAAAAAAEbA%2Fd8-p2CGbXpI%2Fs200%2FlinoIberista.jpg&hash=3130e37da6e0834db4aee42d9232c4bd)
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Enviado por: TOMSK em Fevereiro 24, 2009, 12:22:12 am
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GUERREIRO E PATRIOTA

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2Fcava.jpg&hash=e73f73ebe5ed0442d0c5ac792a530df7)

O exemplo de Nuno Álvares Pereira

Evocar Aljubarrota é recordar, embora telegraficamente, a personalidade e a vida de D. Nuno Álvares Pereira.

Filho de Álvaro Gonçalves Pereira, prior da ordem militar dos Hospitalários, nasceu no Alentejo, talvez em Flor da Rosa, arredores do Crato, a 24 de Junho de 1360. Conviveu com o pai até aos treze anos, de quem ouviu narração de guerras passadas, em especial a que na altura opunha a França à Inglaterra.

Muito jovem aprendeu as artes da guerra e a observar com atenção a luta que opunha a tradicional cavalaria feudal a renovada peonagem.

Obediente à vontade do pai, frequentou a corte como escudeiro da rainha, onde recebeu educação de acordo com o seu estatuto.

Voluntarioso, idealista, de inteligência viva e vincada personalidade, viveu a juventude em ambiente que auxiliou uma formação de marcado pendor misticista, própria da época. O modo de ser e sentir, caracterizado por forte exaltação cavalheiresca e religiosa, era contido por invulgar ponderação e elevada exigência moral.

O compromisso patriótico de D. Nuno foi desencadeado pela morte de D. Fernando, Outubro de 1383, em período de enorme instabilidade social e forte crise de nacionalidade que confirmava a necessidade urgente da independência ser reconquistada.

Considerar D. Nuno possuidor de poderes sobrenaturais, é opinião apressada e simplista do seu comportamento exemplar, orientado por vontade forte ao serviço de um ideal superior.

É preciso situar o herói em tempo medieval e condições humanas normais. A qualidade do seu comportamento resultou da prática diária que sem hesitação o norteou ao longo da vida. Começou por ser rapaz enérgico e corajoso com invulgar talento guerreiro.

Místico e generoso tomou a responsabilidade de comandar pelo exemplo, empolgando e conduzindo os companheiros à vitória pelo entusiasmo e determinação. Pouco depois vieram a ponderação, a clareza de propósitos, a prática da disciplina e a inteligência das decisões que o guiaram nas acções que praticou. Foi o homem necessário no momento certo. Reuniu e empregou com acerto, escassos meios e vontades disponíveis, por vezes contra a opinião geral, e com eles realizou obra que firmou a nacionalidade. Após a aclamação de D. João I em Coimbra, foi nomeado “fronteiro”, defensor da fronteira, do Alentejo, dando início à pesada tarefa de realizar a independência do reino.

A 6 de Abril de 1384, a meia légua de Fronteira, em Atoleiros, travou luta contra força superior composta por muitas das melhores lanças de Castela. Perante a evidente superioridade do inimigo deu provas de invulgar senso no modo como se adaptou às circunstâncias e resolveu as dificuldades a seu favor. Mandou a hoste apear, formar em quadrado e defender com as lanças, cravadas no chão, inclinadas para fora. Dentro do dispositivo ficaram os besteiros e peões para lançar virotes, setas e pedras sobre o atacante.

D. Nuno montado numa mula, fora do quadrado, face ao invasor, seguro e tranquilo da força da sua razão fez as últimas recomendações. Com o inimigo à vista, apeou, ajoelhou e solicitou protecção divina. Finda a oração, beijou a terra, levantou-se, montou, armou-se de lança e pediu em voz alta “Amigos que ninguém duvide de mim…”

Ouviram-se brados de guerra. Portugal S. Jorge! Castela Santiago! Os grandes de Castela, confiantes e bem armados, lançaram sem demora os cavalos sobre a pequena mas corajosa força que se opunha à sua vontade.

Pesados começaram a ser dizimados por projécteis certeiros que do interior do quadrado os iam atingindo. Poucos conseguiram chegar às lanças onde se espetaram. E os portugueses triunfaram.

A batalha de Atoleiros foi decisiva na consolidação da independência. Foi brado irreprimível que ecoou na Europa medieval anunciando que Portugal teria de ser respeitado. Foi marco que iniciou a identidade de Portugal como povo, nação e reino e significativo pela liderança de D. Nuno que provou merecer a confiança de seus companheiros.

O tratado de Salvaterra continuava a justificar as pretensões de Castela, que invadiu Portugal pelas Beiras com um exército numeroso e fortemente armado.

O conselho real de D. João I, chamado com urgência a Abrantes, perante a esmagadora superioridade do invasor, entendeu prudente adiar a luta.

D. Nuno, contrário à opinião geral, recordou a promessa real de defender a capital do Reino e salientou a necessidade urgente de “atalhar o passo”, deter, ao invasor. As forças portuguesas reunidas em Tomar, passaram por Ourém, com destino a Porto de Mós. A 13 de Agosto de 1385, após reconhecimento do terreno para os lados de Leiria, foi escolhido o local onde se ia dar luta. Na madrugada seguinte foram ocupar o esporão setentrional do planalto de Aljubarrota. O dispositivo português, virado a norte, aproveitava bem o terreno, dificultando o ataque castelhano, mais difícil por o sol estar de frente para o atacante.

O rei de Castela ao sentir a dificuldade no ataque evita o confronto e rodeia a posição pelo lado do mar, na procura de terreno favorável ao seu propósito.

D. Nuno, atento, antecipa-se. Em decisão oportuna mas arriscada, pela proximidade do inimigo e tacanhez do terreno, inverte o dispositivo e vai instalar-se dois quilómetros a sul. A atitude demonstra enorme coragem física e moral, elevada capacidade de comando, invulgar disciplina e superior conhecimento táctico.

Chegados a S. Jorge começaram logo a construir abatizes, covas de lobo e fossos, para complementar as dificuldades naturais das ribeiras de Madeiros e da Mata que, correndo de sul para norte, limitavam o terreno de confronto a poente e nascente, permitindo aos portugueses concentrar as forças na frente do inimigo.

O embate, brutal e rápido, deu-se ao entardecer e durou cerca de uma hora.

O exército castelhano, vencido, retirou em debandada deixando o terreno juncado de corpos e despojos. Foi o triunfo da inteligência e da vontade sobre o orgulho preconceituoso. A diferença do saber da decisão pensada sobre a ignorância e a razão da força.

Aljubarrota foi decisiva. Acabou com os desejos expansionistas de Castela e teve efeitos importantes que ao longo dos séculos se tornaram referência.

A independência de Portugal parecia consolidada. As batalhas, em que se inclui a de Trancoso (29 de Maio de 1385), haviam terminado. Contudo na fronteira sul entre Portugal e Castela, continuavam os confrontos armados.

D. Nuno desejoso de anular as forças estacionadas na área, reuniu meios em Estremoz e invadiu Castela, para lá de Mértola, conquistando terras e troféus.

Os castelhanos receosos e vigilantes seguiam-no de longe, para reunir forças, que chegaram a ser muito superiores.

D. Nuno, percebendo-se deste temor, aproveitou as vantagens do terreno e procurou o confronto. Voltava a ser o táctico atento, de actuação enérgica e oportuna. Após reza solitária deu inicio à batalha de Valverde, a 17 de Outubro, que se prolongou por dois dias “de sol a sol em pelejar, com grandes e boas escaramuças, e assaz de feridos e mortos”.

Começou por atacar o oponente principal, D. Pedro Muñoz, mestre de Santiago, seguro que a sua derrota provocaria debandada geral do inimigo.
Os cavaleiros castelhanos, imitando D. Nuno, apearam para combater a pé, mas pesadamente equipados e pouco habituados a lutar deste modo, apesar de comportamento valoroso, foram derrotados. Morto o mestre de Santiago e os seus melhores companheiros deu-se a fuga do resto da hoste de Castela.

D. Nuno mais uma vez ficou vencedor no campo de batalha.

Consolidada a independência foi assinada a paz com Castela a 31 de Outubro de 1411. Anos depois, em 1415, o condestável pediu autorização real para participar na conquista de Ceuta. Foi o último serviço a Portugal como guerreiro. Sentindo terminada a tarefa perante os homens, decide iniciar outra ao serviço de Deus.

Guerreiro e monge completam-se no mesmo ideal de Servir.

D. Nuno, no decurso das pelejas e ainda mais depois da guerra acabar, estabelecia uma relação íntima entre o futuro de Portugal e o sucesso no Céu.

Cada batalha tinha o seu voto, ficando os feitos perpetuados em pedra, dispersos pelo reino. A imaginação da juventude gerava enorme devoção à Virgem. O heroísmo era penitência e humildade e a devoção ardente e activa.

No Alentejo, coração da ”sua” fronteira e teatro de feitos valorosos, mandou erguer templos votivos em agradecimento pelo resultado das lutas.

D. Nuno, no dia imediato à batalha de Atoleiros, foi descalço em romagem a Santa Maria do Assuma, afastada duas léguas de Monforte. A igreja estava profanada pelas montadas dos castelhanos que humildemente ajudou a limpar e fez voto de construir um Templo que mais tarde ali levantou; em Estremoz concluiu outro a Nossa Senhora dos Mártires, começado por D. Fernando; em Vila Viçosa levantou capela a Nossa Senhora da Conceição; em Sousel, Portel, Monsarás, Mourão, Évora e Camarate, junto a Lisboa, mandou construir outros templos à Virgem Maria; em S. Jorge, onde tinha içado a bandeira durante a batalha Real mandou edificar uma ermida dedicada a Nossa Senhora da Vitória e em Lisboa fez construir grandiosa catedral, dedicada à Virgem do Carmo, em agradecimento pela vitória alcançada em Valverde de Castela.

www.ship.pt
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 24, 2009, 01:02:24 am
Fundação Batalha de Aljubarrota espera mais visitantes com canonização de Nuno Álvares Pereira



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A canonização de Nuno Álvares Pereira vai aumentar o número de visitantes ao Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, em Porto de Mós, admite o administrador da Fundação Batalha de Aljubarrota (FBA).

À agência Lusa, Miguel Horta e Costa reconheceu que não apenas o centro e a área envolvente, o Campo de São Jorge, onde se travou a batalha de Aljubarrota entre portugueses, comandados por D. Nuno Álvares Pereira, e castelhanos, em 1385, sai beneficiado com o anúncio da canonização, como também o Mosteiro da Batalha.

“Com esta canonização aumentará o interesse no conhecimento da figura de Nuno Álvares Pereira e, seguramente, pelo local onde se desenrolou um dos mais marcantes episódios da sua vida, a Batalha de Aljubarrota”, declarou o responsável, acreditando que o “património histórico” da região de Leiria sai valorizado com esta decisão.

O Papa Bento XVI anunciou sábado a canonização este ano de dez beatos, entre os quais o carmelita português Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, cuja cerimónia se realiza a 26 de Abril, em Roma.

O administrador da FBA disse ainda acreditar que a canonização salienta “a todos os portugueses os ideais de Nuno Álvares Pereira”, que não se resumem ao “desejo de afirmar Portugal como uma nação livre e independente”.

“Entre esses ideais encontramos o sentimento de compaixão e caridade”, sublinhou Miguel Horta e Costa, apontando que, em tempos de crise, a canonização “vem lembrar a todos os portugueses que estes ideais continuam válidos” e que devem ser valorizados, contribuindo “para a defesa e desenvolvimento de Portugal”.

O responsável anunciou que o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota e o campo envolvente irão apresentar “novos aspectos da vida e obra de Nuno Álvares Pereira”.


Eu já lá estive, foi com muita emoção e alegria que visitei aquele local pela primeira vez.
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 24, 2009, 01:06:31 am
Petição pede homenagem dos CTT a Nuno Álvares Pereira


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Está a correr na Internet uma petição para que os correios portugueses assinalem a canonização de D. Nuno Álvares Pereira como Santo de Portugal.

A petição pede “uma homenagem filatélica através da emissão de um Bilhete Postal dos CTT com a sua iconografia a emitir no dia da própria canonização” e pode ser consultada aqui (ver link)


Bento XVI anunciou no passado Sábado, durante o Consistório, a canonização de Nuno Álvares Pereira para 26 de Abril de 2009.


Recorde-se que o beato Nuno de Santa Maria (1360-1431) foi beatificado em 1918 por Bento XV.





http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_ ... tipoid=242 (http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=69868&seccaoid=3&tipoid=242)
Título:
Enviado por: TOMSK em Fevereiro 24, 2009, 01:10:13 am
Citação de: "comanche"
Eu já lá estive, foi com muita emoção e alegria que visitei aquele local pela primeira vez.


Comanche, já assistiu ao filme sobre a batalha na Fundação Aljubarrota?
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 24, 2009, 05:05:16 pm
Citação de: "TOMSK"
Citação de: "comanche"
Eu já lá estive, foi com muita emoção e alegria que visitei aquele local pela primeira vez.

Comanche, já assistiu ao filme sobre a batalha na Fundação Aljubarrota?



Sim, e gostei muito, o filme tem cerca de 45 minutos.
Título:
Enviado por: Miguel Silva Machado em Fevereiro 26, 2009, 05:16:16 pm
Na sequência da notícia da canonização de Nuno Álvares Pereira, Beato Nuno de Santa Maria, no próximo dia 26 de Abril, João José Brandão Ferreira escreve no “Operacional” sobre a importância do momento e, em conformidade, faz a sua proposta de comemorações nacionais. Tenente-coronel Piloto-Aviador na situação de reforma, depois de 28 anos de carreira na Força Aérea quer na área operacional quer em funções de estado-maior e ligado à instrução, Brandão Ferreira é hoje comandante de linha aérea. Mestre em Estratégia, com um gosto especial pela história , é autor de vários livros e bem conhecido do público interessado em assuntos de defesa e militares, pela sua longa de anos e sempre contundente opinião, expressa nos jornais e revistas de que é colunista ou colaborador.
D. NUNO ÁLVARES PEREIRA: UM PORTUGUÊS DE EXCEPÇÃO
http://www.operacional.pt/d-nuno-alvare ... -excepcao/ (http://www.operacional.pt/d-nuno-alvares-pereira-um-portugues-de-excepcao/)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.operacional.pt%2Fwp-content%2Fuploads%2F2009%2F02%2F1-d-nuno-batalha.jpg&hash=80bc64a762272aa50ece4aec4a8c9a4c)

Miguel Silva Machado
www.operacional.pt (http://www.operacional.pt)
Título:
Enviado por: TOMSK em Fevereiro 26, 2009, 06:16:38 pm
Excelente artigo!
 :Palmas:  :Palmas:

Sou um grande admirador do Tenente-coronel Brandão Ferreira e das suas correctíssimas apreciações. Mais uma vez está irrepreensível!

Seria uma celebração magnífica a que sugeriu o Tenente-Coronel.
Muito bem conseguida!
Esta sugestão devia ser lida pelas entidades governativas (Presidente da Républica/ Primeiro-Ministro e respectivo governo). Porque não basta uma pequena declaração a "congratularam-se pelo sucedido".
Não basta! Isso não é nada!  
E a "crise" não pode servir, sob nenhum pretexto, ser o motivo pela qual não se celebrou condignamente a pessoa e o exemplo de Nuno Álvares!

Como refere o Tenente-Coronel, decerto que se formará um esforço antinacional em alguns sectores da vida pública que tentem minimizar este acontecimento. Mais esta suspeição se impôe, quando temos um iberista assumido no governo.

A República Portuguesa vai ter um teste muito sério: Há que provar que merecemos tão grande figura como é D. Nuno Álvares Pereira.
Porque se falhar nas celebrações, e estas se mostrarem insuficientes e fracas, estará a transparecer um sinal muito negativo aos Portugueses.

Citando o próprio Tenente-Coronel Brandão Ferreira, a uma oportunidade como esta:
"Será um crime de lesa Pátria, desperdiçá-la!"
Título:
Enviado por: cromwell em Fevereiro 27, 2009, 05:56:39 pm
Citação de: "TOMSK"
Citação de: "comanche"
Eu já lá estive, foi com muita emoção e alegria que visitei aquele local pela primeira vez.

Comanche, já assistiu ao filme sobre a batalha na Fundação Aljubarrota?


Pode me dar esse filme?
Tenho que o ver!
Título:
Enviado por: TOMSK em Fevereiro 27, 2009, 06:19:02 pm
Citação de: "cromwell"
Citação de: "TOMSK"
Citação de: "comanche"
Eu já lá estive, foi com muita emoção e alegria que visitei aquele local pela primeira vez.

Comanche, já assistiu ao filme sobre a batalha na Fundação Aljubarrota?

Pode me dar esse filme?
Tenho que o ver!


 :cry:
Título:
Enviado por: cromwell em Fevereiro 28, 2009, 02:05:55 pm
Nun'Álvares Pereira

Que auréola te cerca?


É a espada que, volteando,
Faz que o ar alto perca
Seu azul negro e brando.

Mas que espada é que, erguida,
Faz esse halo* no céu?
É Excalibur, a ungida,
Que o Rei Artur te deu.

'Sperança consumada,
S.Portugal em ser,
Ergue a luz da tua espada
Para a estrada se ver!
Título:
Enviado por: Heraklion em Março 03, 2009, 11:26:01 am
:headb:  :roll:  :roll:
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 04, 2009, 12:55:09 am
A republiqueta e os laicos dela não ficam contentes porque a republica por princípio é "laica", os republicanos não são chamados para aqui e nem têm voto na matéria.

D.Duarte de Bragança é descendente de D.Nuno Alvares Pereira, não sei do que é o Cavaco descendente ... mouro talvez

Se somos independentes devemos a ele e à Família que ele fundou, a "Casa de Bragança". Seus descendentes em 1640 voltaram a colocar Portugal no mapa como uma nação independente !

Nada se deve a isto : http://centenario-republica.blogspot.com/2009/02/o-que-e-uma-pin-up-onde-e-que-eu-ja-vi.html
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Março 04, 2009, 11:32:11 am
Citação de: "SmokeOn"
Seus descendentes em 1640 voltaram a colocar Portugal no mapa como uma nação independente !

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Seus descendentes em 1480 retiraram Portugal no mapa como uma nação independente !


Se calhar devemos mais ao povo anónimo que combateu nas Guerras da
Restauração, aos "conjurados" (que lhe entregaram o trono de mão beijada) e até mesmo à sua mulher espanhola (que queria ser rainha nem que fosse por um dia c34x )...
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 04, 2009, 11:49:44 am
Devemos a alguém com o peito ao léu ? que não passa de uma pin-up ? e rasga a pornografia  nos últimos 100 anos ????


Na situação semelhante alguém hoje ia acreditar no Cavaco ? LOL
Mas alguém ainda acredita no grande timoneiro ? LOL
Título:
Enviado por: Lancero em Março 04, 2009, 12:17:28 pm
Precisa é de uma dose de educação.
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 04, 2009, 12:18:54 pm
Dose de educação ou melhor cultura :

Pin-up : "Pin-up também pode se referir a desenhos, pinturas e outras ilustrações feitas por imitação a estas fotos. O termo foi documentado pela primeira vez em inglês em 1941; contudo, seu uso pode ser rastreado pelo menos até a década de 1890. As imagens “pin up” podiam ser recortadas de revistas, jornais, cartões postais, cromo-litografias e assim por diante. Tais fotos apareciam freqüentemente em calendários, os quais eram produzidos para serem pendurados (em inglês, pin up) de alguma forma. Posteriormente, posters de “pin-up girls” começaram a ser produzidos em massa.
Muitas “pin ups” eram fotografias de celebridades consideradas sex symbols. Betty Grable foi uma das mais populares dentre as primeiras “pin-ups”. Um de seus posters tornou-se onipresente nos armários dos soldados norte-americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Outras pin-ups eram trabalhos artísticos, freqüentemente representando versões idealizadas do que alguns imaginavam ser a representação de uma mulher particularmente atraente. Um exemplo antigo do último tipo foi a Gibson girl (garota de Gibson), desenhada por Charles Dana Gibson. O gênero também deu origem a vários artistas especializados, tais como Gil Elvgren, Alberto Vargas, George Petty e Art Frahm."

Fonte : Wikipedia :))
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 04, 2009, 12:47:29 pm
Citação de: "PereiraMarques"
Citação de: "SmokeOn"
Seus descendentes em 1640 voltaram a colocar Portugal no mapa como uma nação independente !

Citar
Seus descendentes em 1480 retiraram Portugal no mapa como uma nação independente !

Se calhar devemos mais ao povo anónimo que combateu nas Guerras da
Restauração, aos "conjurados" (que lhe entregaram o trono de mão beijada) e até mesmo à sua mulher espanhola (que queria ser rainha nem que fosse por um dia c34x )...


O primeiro sistema Constitucional em Portugal também se deve aos Braganças não sabia ?
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 04, 2009, 03:49:41 pm
Este tópico é sagrado, e assim deve permanecer!
Nada de andar aqui a falar de pin-ups e peitos ao léu, mais as lutas monárquicas e republicanas...
Há outros tópicos para isso!
 :P
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 04, 2009, 04:16:16 pm
D.Nuno de Alvares Pereira é santo, à luz da constituição portuguesa não vale nada porque o Estado republicano é "Laico".

Por isso nada do que se refere a D.Nuno é da competência do Estado Português e muito menos da república portuguesa. Por muito que custe a alguns D.Duarte de Bragança é descendente de D.Nuno Álvares Pereira e como seu familiar afastado tem o direito que nenhuma republica portuguesa tem a legitimidade de representar Portugal na cerimónia do dia 26 de Abril no Vaticano onde D.Nuno será canonizado como Santo da Igreja Católica.


Ponto Final ! Se há algum regime que não é laico é a Monarquia ! :twisted:
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 04, 2009, 04:37:01 pm
Mas a laicidade da República não pode servir de desculpa para a não celebração da data, bem como o exemplo e personalidade de Nun'Álvares.

Porque apesar de Dom Duarte ser o directo descendente, é a República enquanto forma de governo actual, que tem as capacidades de moblização e organização das celebrações nacionais.
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 04, 2009, 06:28:51 pm
Caros Amigos

Como sabemos a elevação de D. Nuno Alvares Pereira aos altares é um momento muito importante para nós Portugueses, Monarquicos, Católicos.

Como todos sabemos (nem todos sabem, há ignorantes e traidores que não sabem) SAR foi das pessoas que mais lutou para que esta santificação fosse possivel. E justamente SAR na qualidade de descendente e na qualidade de Chefe da Casa Real Portuguesa foi convidado pelo Governo e pelo Vaticano para ser a figura central desta Cerimónia.

A Agência 5º Império, é a agência oficial para esta Peregrinação que espero encha muitos aviôes e nesse dia se vejam no Vaticano muitas bandeiras de Portugal (espero que muitas azuis e brancas)

Aqui fica os programas desta Peregrinação. Vou convencer ainda o Agente de Viagens a fretar um avião para sair aqui pelas 5.00h da manhã e voltar no mesmo dia para tornar esta viagem ainda mais acessivel a todos.

RM


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F2.bp.blogspot.com%2F_uqMXQMBqpag%2FSa6hRecAhGI%2FAAAAAAAAB1I%2Fy6AHn69V0zw%2Fs320%2FROMA%2B2.jpg&hash=a449e9b816a786713f5f7cf86b374727)

Agradeço divulgação dos pacotes turísticos que SAR o Duque de Bragança encarregou a Quinto Império Viagens de organizar por ocasião da canonização do Beato Nuno de Santa Maria em Roma no dia 26 de Abril 09, e que nós juntamos em anexo.


Fizemos 3 pacotes.


1 noite em Roma, de Sábado para Domingo, em hotel de 3***, quarto duplo, com transporte aéreo, transfer in/out, transfer para a Pç S Pedro, e visita guiada a Roma, no dia da chegada, € 390 pp ( voo charter )

3 noites em Roma, de Quinta para Domingo, em hotel de 3***, quarto duplo, com transporte aéreo, transfer in/out, transfer para a Pç S Pedro, e visita guiada a Roma, na sexta-feira de manhã, € 770 pp ( voo regular em companhia da UE - Tap, Air France, Iberia, etc )

4 noites em Roma, de Quinta para Segunda, em hotel de 3***, quarto duplo, com transporte aéreo, transfer in/out, transfer para a Pç S Pedro, e visita guiada a Roma, na sexta-feira de manhã, € 770 pp ( voo regular em companhia da UE - Tap, Air France, Iberia, etc )

Há a possibilidade de ficar num hotel de 4 ****, mediante o pagamento de um suplemento de € 60 p-noite-pessoa-em duplo.

As inscrições serão aceites por ordem de chegada dos depósitos, pelo que sugerimos a maior rapidez possível, já que os lugares são limitados.

Os nomes e moradas dos hoteis serão dados a conhecer oportunamernte.

Agradeçemos que todos os contactos sejam feitos para.


Quinto Império Viagens
Anabela Mattet
Telefone 218 820 105
Telemóvel 912 504 167
roma@quintoimperio.com
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 04, 2009, 06:31:47 pm
A república não é para aqui chamada ...
Título:
Enviado por: Lancero em Março 04, 2009, 06:45:54 pm
Citação de: "SmokeOn"
A república não é para aqui chamada ...


Deixe de ser criançola ou recebe uns patins.
Este tópico é sobre o Condestável D. Nuno Alvares Pereira, ou mais concretamente o Beato Nuno de Santa Maria.
A discussão Monarquia vs. República ou a bajulação ao D. Duarte Pio (que de resto até é uma pessoa que não se presta a essas coisas) têm os seus tópicos próprios e se quiser destilar veneno faça-o aí.
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 04, 2009, 10:33:57 pm
Citar
Este tópico é sobre o Condestável D. Nuno Alvares Pereira, ou mais concretamente o Beato Nuno de Santa Maria.

Você é católico ? monárquico ? então meu caro ... não diga nada e não faça figuras tristes.

D.Nuno de Álvares Pereira era e foi servo da Coroa Portuguesa e nunca colocou em causa a sua Pátria !

D.Duarte de Bragança é da família de D.Nuno e não Cavaco ok ? precisa que lhe coloque aqui a árvore geneológica ? Já agora bloqueie o tópico como costuma fazer quando não gosta do que vê escrito ...

Patins não os tenho ... pergunte mais aos milhares de portugueses que estão a ser despedidos diáriamente ! Devem gostar muito ...

Citar
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"
Cheira a fascismo ...
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 04, 2009, 10:39:27 pm
Citação de: "SmokeOn"
Citar
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"
Cheira a fascismo ...


Ai cheira? Mas quando elogiou o nelson por ter uma citação do "monárquico" Professor Agostinho da Silva, já não lhe cheirou não foi?

Caso não saiba, a frase em questão também é da autoria do Professor.
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 04, 2009, 10:43:30 pm
Citação de: "TOMSK"
Citação de: "SmokeOn"
Citar
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"
Cheira a fascismo ...

Ai cheira? Mas quando elogiou o nelson por ter uma citação do "monárquico" Professor Agostinho da Silva, já não lhe cheirou não foi?

Caso não saiba, a frase em questão também é da autoria do Professor.


Antes de vocês porem causa Agostinho da Silva veja o seguinte filme dele ...

http://www.youtube.com/watch?v=LMtPSyfO77E

Está a ofender a memória de alguém que foi preso e perseguido por Salazar ! Não diga asneiras ... que idade tem você ?
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 05, 2009, 12:12:54 am
Citação de: "SmokeOn"
Citar
Este tópico é sobre o Condestável D. Nuno Alvares Pereira, ou mais concretamente o Beato Nuno de Santa Maria.

Você é católico ? monárquico ? então meu caro ... não diga nada e não faça figuras tristes.

D.Nuno de Álvares Pereira era e foi servo da Coroa Portuguesa e nunca colocou em causa a sua Pátria !

D.Duarte de Bragança é da família de D.Nuno e não Cavaco ok ? precisa que lhe coloque aqui a árvore geneológica ? Já agora bloqueie o tópico como costuma fazer quando não gosta do que vê escrito ...

Patins não os tenho ... pergunte mais aos milhares de portugueses que estão a ser despedidos diáriamente ! Devem gostar muito ...

Citar
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"
Cheira a fascismo ...


Smoke On, pode-nos explicar a todos qual é a sua posição, a sua opinião, o motivo pelo que vêm aqui, aparentemente não dizer nada?

Todos sabemos que D. Duarte é descendente de Nun'Álvares, mas e daí ?
Só Dom Duarte tem direito às celebrações?
O povo português não deve festejar?
Só deveria ser assinalada a data se estivéssemos numa Monarquia?
A República não deve evocar o Herói?

Não estou a perceber nada do que vai na sua cabeça....
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 05, 2009, 12:19:18 am
Não meu caro esqueceu-se que no dia 26 de Abril há uma celebração religiosa ? esqueceu-se ? de que Igreja é ? É no Vaticano percebeu ? quer um desenho ?

A República é Laica, está na Constituição ... não é chamada para o caso
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 05, 2009, 12:30:21 am
Citação de: "SmokeOn"
Não meu caro esqueceu-se que no dia 26 de Abril há uma celebração religiosa ? esqueceu-se ? de que Igreja é ? É no Vaticano percebeu ? quer um desenho ?

A República é Laica, está na Constituição ... não é chamada para o caso


A República é chamada para o caso quando está em causa honrar os seus heróis e os grandes exemplos!
O que você parece transmitir,  é que dado que a República é laica, não se deve intrometer no assunto, pois isso é da responsabilidade da "católica" monarquia.
Ora, segundo o seu pensamento, a República deve ignorar assim uma oportunidade única de dar a conhecer aos portugueses uma personagem ímpar da nossa história, a quem Portugal deve a independência. Nada mais errado!
Que a República não participe nos festejos religiosos, compreende-se, agora não pode, de nenhum modo, abster-se desta data!

No entanto, o mais provável é que isso aconteça... :roll:  :cry:

Já agora, aconselho-o a ler esta sugestão para as celebrações:
http://www.operacional.pt/d-nuno-alvare ... -excepcao/ (http://www.operacional.pt/d-nuno-alvares-pereira-um-portugues-de-excepcao/)
Título:
Enviado por: teXou em Março 05, 2009, 12:49:20 am
Todos não possuem um coração católico ...  ys7x9
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 05, 2009, 12:53:37 am
Citação de: "teXou"
Todos não possuem um coração católico ...  ys7x9


Exactamente!  :Palmas:
Mas lembre-se, que se não fosse esta noticía da canonização, de certeza que a lembrança deste grande português iria ficar enterrada mais umas longas décadas...
Título:
Enviado por: teXou em Março 05, 2009, 12:58:13 am
Citação de: "TOMSK"
... a lembrança deste grande português iria ficar enterrada mais umas longas décadas...

Então é que não conhecem a importância dos seus atos para a independência de Portugal !
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 05, 2009, 01:08:55 am
Citação de: "teXou"
Citação de: "TOMSK"
... a lembrança deste grande português iria ficar enterrada mais umas longas décadas...
Então é que não conhecem a importância dos seus atos para a independência de Portugal !


A maior parte das pessoas aqui do fórum sim, agora vá lá para uma rua qualquer fazer perguntas às pessoas que passam, para ver se sabem...

Já não se ensina História em condições...dá-se mais importância à revolução francesa e outras merd** do que ao que realmente tem valor para nós, portugueses...
E depois, o resto também não ajuda. O que gostam de fazer é séries sobre as namoradas do Salazar, mais os Távoras, e os amores do Governador de São Tomé adaptados do "Equador"...

Já faltava uma grande produção cinematográfica que retratasse alguns dos nossos feitos mais notáveis, os Descobrimentos, Aljubarrota, as aventuras na Índia. Falta vontade?
É que material não falta...
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 05, 2009, 12:10:51 pm
POis

Graças ao estigma de 48 anos de ditadura onde se misturava feitos antes da republica com a própria república que era o Estado Novo muita coisa tornou-se marginal até mesmo dizer em público a palavra PÁTRIA.

D.Nuno de Álvares Pereira por alguma razão foi para beato mas como os militares de agora não o conhecem totalmente .... não sabem que antes de ir para o campo de batalha ele dizia aos seus soldados para "amar o inimigo"

E agora Cultura meus caros de Luis de Camões

CANTO IV

[...]

13

«Não falta com razões quem desconcerte

Da opinião de todos, na vontade;

Em quem o esforço antigo se converte

Em desusada e má deslealdade,

Podendo o temor mais, gelado, inerte,

Que a própria e natural fidelidade;

Negam o Rei e a Pátria, e, se convém,

Negarão, como Pedro, o Deus que têm.

14

Mas nunca foi que este erro se sentisse

No forte Dom Nun’Álvares; mas antes,

Posto que em seus irmãos tão claro o visse,

Reprovando as vontades inconstantes,

Àquelas duvidosas gentes disse,

Com palavras mais duras que elegantes,

A mão na espada, irado e não facundo,

Ameaçando a terra, o mar e o mundo:

 

15

«”Como?! Da Gente ilustre Portuguesa

Há-de haver quem refuse o pátrio Marte?

Como?! Desta província, que princesa

Foi das gentes na guerra em toda a parte,

Há-de sair quem negue ter defesa?

Quem negue a Fé, o amor, o esforço e arte

De Português, e por nenhum respeito,

O próprio Reino queira ver sujeito?

 

     16

“Como?! Não sois vós inda os descendentes

Daqueles que debaixo da bandeira

Do grande Henriques, feros e valentes,

Vencestes esta gente tão guerreira,

Quando tantas bandeiras, tantas gentes

Puseram em fugida, de maneira

Que sete ilustres condes lhe trouxeram

Presos, afora a presa que tiveram?

 

17

“Com quem foram contino sopeados

Estes, de quem o estais agora vós,

Por Dinis e seu filho sublimados,

Senão com os vossos fortes pais e avós?

Pois se, com seus descuidos ou pecados,

Fernando em tal fraqueza assi vos pôs,

Torne-vos vossas forças o Rei novo,

Se é certo que com o rei se muda o povo.    

18

“Rei tendes tal, que, se o valor tiverdes

Igual ao Rei que agora alevantastes,

Desbaratareis tudo o que quiserdes,

Quanto mais a quem já desbaratastes!

E, se com isto, enfim, vos não moverdes

Do penetrante medo que tomastes,

Atai as mãos ao vosso vão receio,

Que, eu só, resistirei ao jugo alheio.

 

 

 

19  
“Eu só, com meus vassalos e com esta

(E, dizendo isto, arranca meia espada),

Defenderei da força dura e infesta

A terra nunca de outrem sojugada!

Em virtude do Rei, da Pátria mesta,

Da lealdade já por vós negada,

Vencerei, não só estes adversários,

Mas quantos a meu Rei forem contrários.”

[...]

Fonte http://www.angelfire.com/pq/unica (http://www.angelfire.com/pq/unica)
Título:
Enviado por: teXou em Março 05, 2009, 05:42:38 pm
Citação de: "SmokeOn"
...
D.Nuno de Álvares Pereira por alguma razão foi para beato ...  antes de ir para o campo de batalha ele dizia aos seus soldados para "amar o inimigo"
...

Não sabia que era tão fácil de ser beato ! :conf:
 :rir:  :rir:
Título:
Enviado por: teXou em Março 05, 2009, 05:51:45 pm
Alguém conhece os milagres do Beato Nuno de Santa Maria ?  :new_argue:
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 05, 2009, 06:46:06 pm
Ele "não foi para beato" por dizer aos seus soldados para amarem o inimigo....Alías, não tenho conhecimento desse tipo de discurso antes das batalhas onde lutou.

D. Nuno mostrava sim, um grande respeito e caridade para com aqueles que eram seus inimigos, facto comprovado, entre outras vezes, por este facto:
Tendo a fome assolado o Reino vizinho, mais de quatrocentos castelhanos atravessaram a fronteira e entraram pelo Alentejo a pedir de comer. Quando isto chegou aos ouvidos de D. Nuno, imediatamente chamou para junto de si os seus subalternos, dando ordens para que se distribuísse a cada um dos castelhanos, sem distinção de idade ou sexo, quatro alqueires de trigo por mês, enquanto a fome durasse.
É preciso não esqueçer que estávamos no meio de uma guerra contra Castela, facto que ainda mais enaltece os valores do Condestável de Portugal.

Citação de: "teXou"
Alguém conhece os milagres do Beato Nuno de Santa Maria ?  :new_argue:


Retirado do livro "Vida e Obra de Dom Nuno Álvares Pereira"
"Um marinheiro inglês, John Thomas, natural de Bristol, estando a bordo do seu navio, ancorado no tejo, teve numa noite de tempestade um ataque de paralisia, ficando ferido num braço e numa perna.

No meio da sua aflição, apegou-se com Nuno de Santa Maria e fez-lhe a promessa de que, se viesse a curar-se, iria à igreja do Carmo, nú da cintura para cima, e lhe oferecia uma perna e um braço de cera. No dia seguinte, contou aos marinheiros a promessa que fizera e disse-lhes o que sabia sobre a vida de Nuno de Santa Maria e sobre os muitos milagres por ele operados.Se os marinheiros acreditaram ou não, não ficou relatado, mas o certo é que na noite seguinte, estando o marinheiro doente em oração a Nuno de Santa Maria, este lhe apareceu e, tocando-lhe no braço e na perna doente, imediatamente todos os sinais de paralisia desapareceram. Levanta-se o homem de manhã, completamente curado, e apressa-se a ir cumprir a sua promessa."

Fora este, há uma série de relatos de pessoas que rezaram a Nuno de Santa Maria, pedindo-lhe a cura para males como tumores, cegueira, problemas neurológicos, ou até a falta de chuva que ameaçava arruinar as colheitas. Todos estas problemas, os intervenientes dizem ter sido resolvidos pela intervenção de D.Nuno.

Quem quiser acredite, quem não quiser, não acredite.
Título:
Enviado por: teXou em Março 05, 2009, 06:51:50 pm
Obrigado por os exemplos.  :G-beer2:
Título:
Enviado por: legionario em Março 05, 2009, 08:38:46 pm
Eu sou catolico  e até estou frequentemente em sintonia com as posiçoes do Vaticano (para além de ser um ex-seminarista), mas nao acredito muito em milagres :)
Título:
Enviado por: Lancero em Março 05, 2009, 08:46:02 pm
Citação de: "SmokeOn"
Citar
Este tópico é sobre o Condestável D. Nuno Alvares Pereira, ou mais concretamente o Beato Nuno de Santa Maria.

Você é católico ? monárquico ? então meu caro ... não diga nada e não faça figuras tristes.

D.Nuno de Álvares Pereira era e foi servo da Coroa Portuguesa e nunca colocou em causa a sua Pátria !

D.Duarte de Bragança é da família de D.Nuno e não Cavaco ok ? precisa que lhe coloque aqui a árvore geneológica ? Já agora bloqueie o tópico como costuma fazer quando não gosta do que vê escrito ...

Patins não os tenho ... pergunte mais aos milhares de portugueses que estão a ser despedidos diáriamente ! Devem gostar muito ...

Não digo nada??!! Mas quem é você? O João Franco?
O Beato Nuno de Santa Maria vai ser elevado a santo por ter agraciado uma cidadã com um milagre. A não ser que tenha sido o meu querido vizinho de S. Pedro de Sintra - onde vale um voto, como eu, e que puxava as orelhas se o visse fazer estas figuras - a realizar esse milagre (e aí devia ser ele elevado a beato) não vejo a justificação para a sua idiótica afirmação de que foi Duarte de Bragança quem mais fez pela canonização do Condestável, a não ser que se tenha tornado Carmelita (vou perguntar-lhe quando o vir).
Tudo o resto é demasiado desesperado para reagir. As melhoras.


Citação de: "SmokeOn"
Citar
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"
Cheira a fascismo ...


Xanax para si. Muito.
Título:
Enviado por: P44 em Março 06, 2009, 11:24:15 am
Citação de: "Lancero"
O Beato Nuno de Santa Maria vai ser elevado a santo por ter agraciado uma cidadã com um milagre. A não ser que tenha sido o meu querido vizinho de S. Pedro de Sintra - onde vale um voto, como eu, e que puxava as orelhas se o visse fazer estas figuras - a realizar esse milagre (e aí devia ser ele elevado a beato) não vejo a justificação para a sua idiótica afirmação de que foi Duarte de Bragança quem mais fez pela canonização do Condestável, a não ser que se tenha tornado Carmelita (vou perguntar-lhe quando o vir).
Tudo o resto é demasiado desesperado para reagir. As melhoras.



 :rir:  :Bajular:  :toto:

Milagre teve  o Sr. Duarte quando o salazar o "reinstalou" como herdeiro da casa de bragança, ele um descendente de D. Miguel e portanto excluido do direito de sucessão.
Título:
Enviado por: Lancero em Março 06, 2009, 02:50:50 pm
Citar
Beato Nuno: Conferência Episcopal aponta exemplo de vida para sociedade actual em nota pastoral  



    Leiria, 06 Mar (Lusa) - A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) destacou hoje o exemplo de vida de Nuno Álvares Pereira para a sociedade actual, numa nota pastoral a propósito da sua canonização, que se realiza a 26 de Abril, em Roma.  

 

    "Vivemos em tempo de crise global, que tem origem num vazio de valores morais. O esbanjamento, a corrupção, a busca imparável do bem-estar material, o relativismo que facilita o uso de todos os meios para alcançar os próprios benefícios, geraram um quadro de desemprego, de angústia e de pobreza que ameaçam as bases sobre as quais se organiza a sociedade", lê-se no documento.

 

    Para os bispos portugueses, "neste contexto, o testemunho de vida de D. Nuno constituirá uma força de mudança em favor da justiça e da fraternidade, da promoção de estilos de vida mais sóbrios e solidários e de iniciativas de partilha de bens".  

 

    "Será também um apelo a uma cidadania exemplarmente vivida e um forte convite à dignificação da vida política como expressão do melhor humanismo ao serviço do bem comum", refere a nota pastoral intitulada "Exemplo heróico em tempo de crise".  

 

    O texto recorda os valores do militar que comandou as tropas portuguesas contra as castelhanas na Batalha de Aljubarrota.  

 

    "Nuno Álvares Pereira não é apenas o herói nacional, homem corajoso, austero, coerente, amigo da Pátria e dos pobres, que os cronistas e historiadores nos apresentam. Ele é também um homem santo", dizem os bispos.  

 

    A CEP propõe mesmo que tais valores, onde se inclui a disponibilidade "para lutar pelos superiores interesses da Pátria" e o serviço aos "mais desprotegidos e pobres", façam parte da vida dos portugueses.  

 

    "Assim seremos parte activa na construção de uma sociedade mais justa e fraterna que todos desejamos", destaca a nota pastoral.  

 

    O Papa Bento XVI anunciou a 21 de Fevereiro a canonização este ano de dez beatos, entre os quais o carmelita português Nuno de Santa Maria Álvares Pereira.  

 

    Nuno Álvares Pereira integra, ao lado de quatro italianos, o primeiro grupo, que será canonizado no próximo dia 26 de Abril.  

 

    O beato Nuno de Santa Maria (Nuno Álvares Pereira, 1360-1431) foi beatificado em 1918 por Bento XV e, nos últimos anos, a Ordem do Carmo (onde ingressou em 1422), em conjunto com o Patriarcado de Lisboa, decidiram retomar a defesa da causa da canonização.  

 

    O processo foi reaberto a 13 de Julho de 2004, nas ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa, em sessão solene presidida por D. José Policarpo.  

 

    Uma cura milagrosa reconhecida pelo Vaticano foi relatada por Guilhermina de Jesus, uma sexagenária natural de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões no olho esquerdo, por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe.  
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 06, 2009, 11:31:18 pm
Prozac para si com Anafranil :))

República não tem nada a ver com D.Nuno, conhecem só a Concordata entre o Estado Português e o Estado do Vaticano ou esqueceram-se que é um estado soberano a homenagear um Herói "nosso" ?
A República portuguesa não tem mais relações para além da Concordata daí que não tem a legítimidade de se meter numa cerimónia religiosa de um Estado Soberano já para nem falar da Igreja que ele representa e que representa a grande maioria da população portuguesa praticante ou não.

Será a Republica uma Igreja ? é laica meus caros não mudem de assunto ... então renegam implicitamente os fundadores do 5 de Outubro :) Como é ? em que ficamos ?


Constituição Portuguesa vigente :

Artigo 41.º
(Liberdade de consciência, de religião e de culto)

1. A liberdade de consciência, de religião e de culto é inviolável.

2. Ninguém pode ser perseguido, privado de direitos ou isento de obrigações ou deveres cívicos por causa das suas convicções ou prática religiosa.

3. Ninguém pode ser perguntado por qualquer autoridade acerca das suas convicções ou prática religiosa, salvo para recolha de dados estatísticos não individualmente identificáveis, nem ser prejudicado por se recusar a responder.

4. As igrejas e outras comunidades religiosas estão separadas do Estado e são livres na sua organização e no exercício das suas funções e do culto.

5. É garantida a liberdade de ensino de qualquer religião praticado no âmbito da respectiva confissão, bem como a utilização de meios de comunicação social próprios para o prosseguimento das suas actividades.

6. É garantido o direito à objecção de consciência, nos termos da lei.

Reflictam e não julguem ....
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 06, 2009, 11:58:28 pm
Citação de: "P44"
Citação de: "Lancero"
O Beato Nuno de Santa Maria vai ser elevado a santo por ter agraciado uma cidadã com um milagre. A não ser que tenha sido o meu querido vizinho de S. Pedro de Sintra - onde vale um voto, como eu, e que puxava as orelhas se o visse fazer estas figuras - a realizar esse milagre (e aí devia ser ele elevado a beato) não vejo a justificação para a sua idiótica afirmação de que foi Duarte de Bragança quem mais fez pela canonização do Condestável, a não ser que se tenha tornado Carmelita (vou perguntar-lhe quando o vir).
Tudo o resto é demasiado desesperado para reagir. As melhoras.


 :rir:  :Bajular:  :?
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 07, 2009, 12:15:04 am
Citação de: "SmokeOn"
Citação de: "P44"
Citação de: "Lancero"
O Beato Nuno de Santa Maria vai ser elevado a santo por ter agraciado uma cidadã com um milagre. A não ser que tenha sido o meu querido vizinho de S. Pedro de Sintra - onde vale um voto, como eu, e que puxava as orelhas se o visse fazer estas figuras - a realizar esse milagre (e aí devia ser ele elevado a beato) não vejo a justificação para a sua idiótica afirmação de que foi Duarte de Bragança quem mais fez pela canonização do Condestável, a não ser que se tenha tornado Carmelita (vou perguntar-lhe quando o vir).
Tudo o resto é demasiado desesperado para reagir. As melhoras.


 :rir:  :Bajular:  :?


Diz o Poidimani...
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.corriere.it%2FMedia%2FFoto%2F2007%2F03%2F24%2Fre--180x140.jpg&hash=b1a7b345338e68d2df71ae1028f4693e)
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 07, 2009, 01:02:05 am
Parlamento aprova voto de congratulação pela canonização de Álvares Pereira

Citar
"Lisboa, 06 Março
O Parlamento aprovou hoje, com os votos contra do BE e a abstenção do PCP, um voto de congratulação proposto pelos democratas-cristãos pela canonização de D. Nuno Álvares Pereira.

O voto recebeu o voto favorável do CDS-PP, PSD e PS, com o deputado socialista Ricardo Gonçalves a optar pela abstenção e Vera Jardim a anunciar a entrega de uma declaração de voto.

O PCP e a deputada não inscrita Luísa Mesquita abstiveram-se.

A aprovação do voto, refere o documento, "permitirá um maior conhecimento e divulgação do exemplo" do militar português, que "figura maior" da história portuguesa cuja canonização "justifica a congratulação não só da Igreja e dos católicos mas de todos os portugueses".

Contra a aprovação, o Bloco de Esquerda entregou uma declaração de voto onde afirma que o que o CDS-PP quer é pôr a Assembleia de uma república laica a congratular-se com um milagre, o que constitui "uma grave violação do princípio da separação".

"O PP quer pôr esta Assembleia, de uma república laica, a reconhecer a cura milagrosa das lesões do olho esquerdo da Dona Guilhermina de Jesus, sofridas pelos salpicos ferventes do óleo de fritar o peixe, para a qual invocou a intercepção do beato Álvares Pereira", contestou o BE.

A AR aprovou ainda, por unanimidade, um voto de pesar pela morte do presidente da Guiné Bissau, "Nino" Vieira, assassinado por militares no domingo passado, depois de um atentado à bomba ter provocado a morte do chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagmé Na Waie.
Lusa/fim"


Cada vez vos odeio mais estes atrasados mentais apátridas da esquerda...  :evil:
Título:
Enviado por: teXou em Março 07, 2009, 01:13:48 am
Desculpe lá, mas ...
Aqui, normalmente todos os defensores de uma república laica, só podem pensar como eles.

Eles pelo menos, não misturam as coisas.
A do Beato/Santo e a do herói da nação.
Duas coisas bem distintas !

O Herói da nação ==>  :Bajular:  
O Beato/Santo ==> :domador:
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Março 07, 2009, 02:39:07 am
Citar
A AR aprovou ainda, por unanimidade, um voto de pesar pela morte do presidente da Guiné Bissau, "Nino" Vieira, assassinado por militares no domingo passado, depois de um atentado à bomba ter provocado a morte do chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagmé Na Waie.


Não foi este individuo um terrorista contra Portugal?! Um "ditadorzeco" para  o seu povo?!

Sem comentários!
Título:
Enviado por: P44 em Março 07, 2009, 10:49:35 am
Citação de: "TOMSK"
Citação de: "SmokeOn"
Citação de: "P44"
Citação de: "Lancero"
O Beato Nuno de Santa Maria vai ser elevado a santo por ter agraciado uma cidadã com um milagre. A não ser que tenha sido o meu querido vizinho de S. Pedro de Sintra - onde vale um voto, como eu, e que puxava as orelhas se o visse fazer estas figuras - a realizar esse milagre (e aí devia ser ele elevado a beato) não vejo a justificação para a sua idiótica afirmação de que foi Duarte de Bragança quem mais fez pela canonização do Condestável, a não ser que se tenha tornado Carmelita (vou perguntar-lhe quando o vir).
Tudo o resto é demasiado desesperado para reagir. As melhoras.


 :rir:  :Bajular:  :?

Diz o Poidimani...
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.corriere.it%2FMedia%2FFoto%2F2007%2F03%2F24%2Fre--180x140.jpg&hash=b1a7b345338e68d2df71ae1028f4693e)

por acaso quem diz é a HISTÓRIA

Retirado do Blog Democracia em Portugal

Citar
De vez em quando, é necessário lembrar a esta gentinha (duartistas), que o cidadão suíço, naturalizado português, que dá pelo nome de Duarte Pio de Bragança, não tem rigorosamente nenhuma legalidade e nenhuma legitimidade, para se auto intitular herdeiro do que quer que seja. Passo a explicar.
A falta de legalidade é tão visível, que até qualquer cidadão mais desatento, sabe que não existe nenhuma lei, quer do tempo da monarquia quer já em período republicano, que explicite que Duarte Pio de Bragança, ou mesmo seu pai ou seu avô, possam ser o que quer que seja em termos de sucessão dos reis de Portugal. Muito pelo contrário. Existem Leis do período monárquico a excluí-los, exactamente, da linha de sucessão, e como prova disso, é que essa gente não podia entrar em Portugal.
Quanto à legitimidade, esta ainda se poderia colocar durante o reinado de D. Maria II, mas a partir do momento em que os seus filhos, D. Pedro V e D. Luiz I, foram reconhecidos reis de Portugal, a questão da legitimidade caí por terra, como muito bem expuseram, posteriormente, os integralistas lusitanos. Só por falta de honestidade intelectual, desta gente (duartistas), é que nos tentam convencer de que não estavam reunidas nos descendentes de D. Maria II, as duas figuras jurídicas: rei de facto e rei de direito.
Constantemente, referem a necessidade de definir uma sucessão de D. Manuel II, mas para justificarem a posição de herdeiro de Duarte Nuno, socorrem-se da revogação da Lei do Banimento e Proscrição de 1950, quando o rei D. Manuel II se tinha finado em 1932. Entretanto, neste hiato de 18 anos, entrava outra linha de sucessão, a dos Loulés. Portanto, lá vai “borda fora”, qualquer pretensão actual dos duartistas.
Para agravar a situação, a condição criada por Salazar para o neto do ex-infante D. Miguel, não foi a de Herdeiro, mas a de Pretendente. A abolição da Lei do Banimento e da Proscrição, não foi um acto de reconhecimento de que eram herdeiros dos reis de Portugal, mas que eventualmente poderiam, quando muito, auto proclamarem-se pretendentes. Mesmo D. Manuel II, nunca deu, ou reconheceu, nada a estes senhores.
Título:
Enviado por: FoxTroop em Março 07, 2009, 11:31:03 am
Eu desconhecia isto. De pretendente a herdeiro vai um mundo de distancia. Ocultação e manipulação e ainda se dizem homens de convicções e valores!!!! Muito bem P44.
Título:
Enviado por: P44 em Março 07, 2009, 11:59:06 am
Citação de: "FoxTroop"
Eu desconhecia isto. De pretendente a herdeiro vai um mundo de distancia. Ocultação e manipulação e ainda se dizem homens de convicções e valores!!!! Muito bem P44.


Caro foxtroop, não se esqueça que o Sr. Duarte é descendente directo de D. Miguel, e que o D. Manuel II NUNCA  reconheceu os "miguelistas/duartistas" como legitimos herdeiros.

Pelas PRÓPRIAS LEIS MONÁRQUICAS (que agora "já" não interessam aos monárquicos) os descendentes de D. Miguel estavam EXCLUIDOS na sucessão dinástica!!!!!!

Foi o d.salazar I  c34x  que "tornou " o sr. duarte "pretendente oficial" a um "pretenso" "trono"
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 07, 2009, 03:43:18 pm
Citação de: "TOMSK"
Citação de: "SmokeOn"
Citação de: "P44"
Citação de: "Lancero"
O Beato Nuno de Santa Maria vai ser elevado a santo por ter agraciado uma cidadã com um milagre. A não ser que tenha sido o meu querido vizinho de S. Pedro de Sintra - onde vale um voto, como eu, e que puxava as orelhas se o visse fazer estas figuras - a realizar esse milagre (e aí devia ser ele elevado a beato) não vejo a justificação para a sua idiótica afirmação de que foi Duarte de Bragança quem mais fez pela canonização do Condestável, a não ser que se tenha tornado Carmelita (vou perguntar-lhe quando o vir).
Tudo o resto é demasiado desesperado para reagir. As melhoras.


 :rir:  :Bajular:  :?

Diz o Poidimani...
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.corriere.it%2FMedia%2FFoto%2F2007%2F03%2F24%2Fre--180x140.jpg&hash=b1a7b345338e68d2df71ae1028f4693e)


Desculpa lá lê isto http://reifazdeconta.blogspot.com

Achas-te patriota ter um pseudo-herdeiro italiano ? que mal sabe falar português ?  :lol:
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 07, 2009, 04:43:47 pm
Sobre o dia 26 de Abril para quem quiser saber mais, a notícia do Diário de Notícias :

Citar
Diário de Notícias - Católicos mobilizam-se para ir a Roma à canonização de D. Nuno

Fonte : http://dn.sapo.pt/2009/03/07/sociedade/ ... ma_a_.html (http://dn.sapo.pt/2009/03/07/sociedade/catolicos_mobilizamse_para_a_roma_a_.html)

RITA CARVALHO

Vaticano. Canonização de Nuno Álvares Pereira decorrerá no dia 26 de Abril




D. Duarte de Bragança estará presente no evento para representar o beato

Os católicos portugueses já se estão a mobilizar para ir ao Vaticano no dia 26 de Abril assistir à canonização do beato Nuno Álvares Pereira, que vai ser elevado a santo pelo Papa. Já há viagens agendadas e grupos organizados de peregrinos que respondem, assim, ao apelo lançado ontem pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) de mobilização dos crentes.

Em grupos, individualmente, ou através de agências especializadas de turismo religioso, centenas de católicos já têm a sua viagem planeada, apesar de a data da canonização só ter sido avançada pelo Vaticano no dia 21 de Fevereiro. Há pacotes de fim de semana, uma vez que a cerimónia decorrerá no domingo, mas também viagens de apenas um dia. Nesse dia serão também canonizadas outras quatro figuras da Igreja.

"Temos vários grupos organizados pois as pessoas têm-nos procurado muito. Já temos cerca de 200 pessoas mas contamos vir a ter mais", avançou ao DN Alfredo Ferreira, director-geral da Professional Team, empresa de viagens que tem um sector especializado na área religiosa.

A pedido da família real portuguesa, a empresa Quinto Império Viagens também está a organizar uma peregrinação que levará ao Vaticano, além de muitos adeptos da causa monárquica, D. Duarte de Bragança. Aliás, sendo representante e descendente de D. Nuno, e tendo sido um dos maiores defensores da sua canonização, D. Duarte foi convidado pelo Governo e pelo Vaticano e terá um lugar de destaque na cerimónia.

Nota pastoral enaltece beato

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) emitiu ontem uma nota onde refere a existência de algumas peregrinações e apela à organização de outras. "Confiamos que outras iniciativas pastorais sejam promovidas para dar a conhecer e propor como modelo o exemplo de virtude heróica que nos deixou este nosso irmão na fé", lê-se no comunicado assinado pelo porta voz Manuel Morujão.

Os bispos congratulam-se com a noticia da santificação do já beato Nuno Santa Maria e enaltecem as suas qualidades morais e espirituais, sublinhando a sua importância numa altura de crise. "Precisamos de figuras como Nuno Álvares Pereira: íntegras, coerentes, santas, ou seja, amigas de Deus e das suas criaturas, sobretudo das mais débeis. São pessoas como estas que despertam a confiança e o dinamismo da sociedade, que fazem superar e vencer as crises", acrescentam os bispos.

D. Nuno é, assim, proposto pela hierarquia da Igreja Católica como referência para os actuais crentes.
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 07, 2009, 04:59:19 pm
Para quem estiver interessado :

Citar
Folheto pode ser consultado aqui : http://www.scribd.com/doc/13026903/Folheto-Roma

Site : http://www.quintoimperio.com/

Agradeço divulgação dos pacotes turísticos que SAR o Duque de Bragança encarregou a Quinto Império Viagens de organizar por ocasião da canonização do Beato Nuno de Santa Maria em Roma no dia 26 de Abril 09, e que nós juntamos em anexo.

Fizemos 3 pacotes.

1 noite em Roma, de Sábado para Domingo, em hotel de 3***, quarto duplo, com transporte aéreo, transfer in/out, transfer para a Pç S Pedro, e visita guiada a Roma, no dia da chegada, € 390 pp ( voo charter )

3 noites em Roma, de Quinta para Domingo, em hotel de 3***, quarto duplo, com transporte aéreo, transfer in/out, transfer para a Pç S Pedro, e visita guiada a Roma, na sexta-feira de manhã, € 770 pp ( voo regular em companhia da UE - Tap, Air France, Iberia, etc )

4 noites em Roma, de Quinta para Segunda, em hotel de 3***, quarto duplo, com transporte aéreo, transfer in/out, transfer para a Pç S Pedro, e visita guiada a Roma, na sexta-feira de manhã, € 770 pp ( voo regular em companhia da UE - Tap, Air France, Iberia, etc )

Há a possibilidade de ficar num hotel de 4 ****, mediante o pagamento de um suplemento de € 60 p-noite-pessoa-em duplo.

As inscrições serão aceites por ordem de chegada dos depósitos, pelo que sugerimos a maior rapidez possível, já que os lugares são limitados.

Os nomes e moradas dos hoteis serão dados a conhecer oportunamernte.

Agradeçemos que todos os contactos sejam feitos para.

Quinto Império Viagens
Anabela Mattet
Telefone 218 820 105
Telemóvel 912 504 167
roma@quintoimperio.com
Título:
Enviado por: Duarte em Março 07, 2009, 05:11:00 pm
Citação de: "teXou"
Eles pelo menos, não misturam as coisas.
A do Beato/Santo e a do herói da nação.
Duas coisas bem distintas !

O Herói da nação ==>  :Bajular:  
O Beato/Santo ==> :roll:

Não são duas coisas distintas. Dizer isto é perpetrar uma enorme burla histórica e apagar o nosso passado. O sangue que se derramou a defender o país e descobrir e conquistar novos mundos não foi pelo laicismo.

O declínio de Portugal e sua presente insignificância política, económica, territorial e social são produto directo do laicismo maçónico-republicano.
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 07, 2009, 05:30:14 pm
Citação de: "SmokeOn"
Achas-te patriota ter um pseudo-herdeiro italiano ? que mal sabe falar português ?  :lol:


Mas quem é que disse que eu apoiava esse mafioso???
Só faltava essa...
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 08, 2009, 12:00:48 am
Citação de: "Duarte"
Citação de: "teXou"
Eles pelo menos, não misturam as coisas.
A do Beato/Santo e a do herói da nação.
Duas coisas bem distintas !

O Herói da nação ==>  :Bajular:  
O Beato/Santo ==> :roll:

Não são duas coisas distintas. Dizer isto é perpetrar uma enorme burla histórica e apagar o nosso passado. O sangue que se derramou a defender o país e descobrir e conquistar novos mundos não foi pelo laicismo.

O declínio de Portugal e sua presente insignificância política, económica, territorial e social são produto directo do laicismo maçónico-republicano.

Completamente de acordo !

Quanto ao resto é um bocado redutor pensar que para uma pessoa ser "militar" não pode ter uma crença e muito menos professar uma fé, quem pensar assim está a violar a Constituição "república" Portuguesa.

Citar
Artigo 41.º
(Liberdade de consciência, de religião e de culto)

1. A liberdade de consciência, de religião e de culto é inviolável.

2. Ninguém pode ser perseguido, privado de direitos ou isento de obrigações ou deveres cívicos por causa das suas convicções ou prática religiosa.

3. Ninguém pode ser perguntado por qualquer autoridade acerca das suas convicções ou prática religiosa, salvo para recolha de dados estatísticos não individualmente identificáveis, nem ser prejudicado por se recusar a responder.

4. As igrejas e outras comunidades religiosas estão separadas do Estado e são livres na sua organização e no exercício das suas funções e do culto.

5. É garantida a liberdade de ensino de qualquer religião praticado no âmbito da respectiva confissão, bem como a utilização de meios de comunicação social próprios para o prosseguimento das suas actividades.

6. É garantido o direito à objecção de consciência, nos termos da lei.

http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Po ... ao_p03.htm (http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Portugal/Sistema_Politico/Constituicao/constituicao_p03.htm)
Título:
Enviado por: Lancero em Março 08, 2009, 12:25:25 am
Citar
Colóquio lembra inovações pastorais de D. António Ferreira Gomes
 

A Fundação SPES promove, dia 14 de Março, um colóquio sobre as inovações pastorais introduzidas na década de 1950 pelo então Bispo do Porto seguido pelo lançamento do livro «Herói e Santo» da autoria de D. António Ferreira Gomes
Depois do anúncio da canonização de Nun' Álvares Pereira para 26 de Abril próximo, a Fundação SPES – Casa Torre da Marca (Porto) - decidiu re-editar a peça de teatro «Herói e Santo» que D. António Ferreira Gomes publicou em 1931 sob o pseudónimo G. de Penafiel e há muito esgotada.

Nesta peça, o autor desenvolve uma interpretação original da história de Portugal e das motivações que teriam levado Nun'Álvares Pereira a recolher-se ao Convento do Carmo. Esta nova edição tem ainda um prefácio de Guilherme de Oliveira Martins e um ensaio de Luísa Malato.

Programa

- 10:00h - «Primórdios do Mundo Melhor em Portugal e o Bispo do Porto» - por Gracinda Fonseca

- 10:30h – «O Papel de D. António Ferreira Gomes na implementação da

Comissão Justiça e Paz» - pelo Pe. António Barros

- 11:00h – «A importância de D. António Ferreira Gomes no Movimento das

Equipas de Nossa Senhora» - por Joaquim Pinto Machado

- 11:30h - Intervalo

- 11:45h – Lançamento do livro «Herói e Santo»

 
http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_ ... 3&tipoid=4 (http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=70324&seccaoid=3&tipoid=4)


Já agora,
http://www.petitiononline.com/inpostal/petition.html (http://www.petitiononline.com/inpostal/petition.html)
Título:
Enviado por: André em Março 08, 2009, 12:30:05 am
Citação de: "Lancero"
Já agora,
http://www.petitiononline.com/inpostal/petition.html (http://www.petitiononline.com/inpostal/petition.html)


Assinado ...  :wink:
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 08, 2009, 12:46:27 am
Citação de: "André"
Citação de: "Lancero"
Já agora,
http://www.petitiononline.com/inpostal/petition.html (http://www.petitiononline.com/inpostal/petition.html)

Assinado ...  :wink:


Igualmente, embora acho que um selo postal é uma ínfima recordação.
Como várias pessoas comentaram, deve ser uma entre as muitas homenagens.
 :G-Ok:
Título:
Enviado por: HSMW em Março 08, 2009, 12:59:36 am
Uma pena eu não ligar a selos...
Ainda se fosse uma moeda  c34x
Título:
Enviado por: André em Março 08, 2009, 02:05:09 am
Citação de: "Duarte"
O sangue que se derramou a descobrir e conquistar novos mundos não foi pelo laicismo.

Pois não, mas também não foi totalmente pela religião católica ...

Como diz Gomes Eanes de Azurara na sua Crónica da Guiné:

Citar
Nenhuns mareantes nem mercadores (...) se trabalham de navegar senão para donde conhecidamente esperam proveito.


e como num paragrafo que é bastante claro do livro 1509:

Citar
Eram antes de mais gente materialista, pragmática e prática que colocara como norte o ouro, a pimenta e o prestígio individual, sem a preocupação poética de «dar novos mundos ao mundo».



Enquanto na metropele perseguia-se, queimava-se e afugentava pessoas de saber em nome da religião e que poderiam ser importantes na continuação de Portugal mais algum tempo como potência marítima dominante e se cometia exessos e escravizava-se pelas colónias muitas vezes com a religião como desculpa ...
A religião cristã pode ter tido um papel importante na criação de Portugal mas em certos momento da nossa História deixou muito a desejar ...
Título:
Enviado por: Duarte em Março 08, 2009, 02:05:25 am
Citação de: "HSMW"
Uma pena eu não ligar a selos...
Ainda se fosse uma moeda  c34x


Pois, deveria ser papel-moeda. Tanto quanto sei nunca foi feita uma nota com D. Nuno Álvares. Ah.. mas já não temos moeda própria..  :twisted:
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 08, 2009, 12:48:31 pm
Citação de: "teXou"
Eles pelo menos, não misturam as coisas.
A do Beato/Santo e a do herói da nação.
Duas coisas bem distintas !

O Herói da nação ==>  :Bajular:  
O Beato/Santo ==> :wink:
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 08, 2009, 01:43:17 pm
Citação de: "Lancero"
Citar
Colóquio lembra inovações pastorais de D. António Ferreira Gomes
 

A Fundação SPES promove, dia 14 de Março, um colóquio sobre as inovações pastorais introduzidas na década de 1950 pelo então Bispo do Porto seguido pelo lançamento do livro «Herói e Santo» da autoria de D. António Ferreira Gomes
Depois do anúncio da canonização de Nun' Álvares Pereira para 26 de Abril próximo, a Fundação SPES – Casa Torre da Marca (Porto) - decidiu re-editar a peça de teatro «Herói e Santo» que D. António Ferreira Gomes publicou em 1931 sob o pseudónimo G. de Penafiel e há muito esgotada.

Nesta peça, o autor desenvolve uma interpretação original da história de Portugal e das motivações que teriam levado Nun'Álvares Pereira a recolher-se ao Convento do Carmo. Esta nova edição tem ainda um prefácio de Guilherme de Oliveira Martins e um ensaio de Luísa Malato.

Programa

- 10:00h - «Primórdios do Mundo Melhor em Portugal e o Bispo do Porto» - por Gracinda Fonseca

- 10:30h – «O Papel de D. António Ferreira Gomes na implementação da

Comissão Justiça e Paz» - pelo Pe. António Barros

- 11:00h – «A importância de D. António Ferreira Gomes no Movimento das

Equipas de Nossa Senhora» - por Joaquim Pinto Machado

- 11:30h - Intervalo

- 11:45h – Lançamento do livro «Herói e Santo»

http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_ ... 3&tipoid=4 (http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=70324&seccaoid=3&tipoid=4)


Já agora,
http://www.petitiononline.com/inpostal/petition.html (http://www.petitiononline.com/inpostal/petition.html)



Sim caro Lancero podemos ter as nossas divergências mas nesta tua mensagem concordo com tudo ! Ser patriota não é ser monárquico, repúblicano ou fascista ou comunista ( são bem patriotas acreditem ) ... é ser português !
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 08, 2009, 01:44:41 pm
Citação de: "HSMW"
Uma pena eu não ligar a selos...
Ainda se fosse uma moeda  c34x


Arranjem um postal ou selo dele com o carimbo do dia 26 de Abril de 2009 ... vai valer muito podem ter a certeza
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 08, 2009, 01:45:49 pm
Citação de: "TOMSK"
Citação de: "teXou"
Eles pelo menos, não misturam as coisas.
A do Beato/Santo e a do herói da nação.
Duas coisas bem distintas !

O Herói da nação ==>  :Bajular:  
O Beato/Santo ==> :wink:


Esqueceste mas eu relembro, e que os Monárquicos celebrem o exemplo.
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 08, 2009, 03:43:12 pm
Citação de: "HSMW"
Uma pena eu não ligar a selos...
Ainda se fosse uma moeda  c34x


A casa da moeda já editou na década de 80 uma medalha de D.Nuno, por acaso tenho um exemplar :) foi da comemoração em 1985
Título:
Enviado por: ShadIntel em Março 08, 2009, 04:01:37 pm
Citação de: "SmokeOn"
A casa da moeda já editou na década de 80 uma medalha de D.Nuno, por acaso tenho um exemplar :oops:
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 08, 2009, 04:54:38 pm
Acho que tenho mais do que uma, se estiveres interessado o meu email é

A colecção eram duas moedas, a de D.Nuno e a de D.João I

spitfire1941@hotmail.com

Podemos falar sobre o assunto

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Março 08, 2009, 04:56:45 pm
Citação de: "SmokeOn"
Citação de: "HSMW"
Uma pena eu não ligar a selos...
Ainda se fosse uma moeda  c34x

Arranjem um postal ou selo dele com o carimbo do dia 26 de Abril de 2009 ... vai valer muito podem ter a certeza


Os Correios não estão abertos ao domingo c34x
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 08, 2009, 05:04:39 pm
Há a petição na net, podemos obrigar os gajos :)

Outra coisa vejam o que vem na notícia do diário de notícias :

Citar
A pedido da família real portuguesa, a empresa Quinto Império Viagens também está a organizar uma peregrinação que levará ao Vaticano, além de muitos adeptos da causa monárquica, D. Duarte de Bragança. Aliás, sendo representante e descendente de D. Nuno, e tendo sido um dos maiores defensores da sua canonização, D. Duarte foi convidado pelo Governo e pelo Vaticano e terá um lugar de destaque na cerimónia.


D.Duarte é devidamente reconhecido !
Título:
Enviado por: Moisés Magalhães em Março 08, 2009, 05:48:23 pm
Sou um homem de fé, monárquico, mas mais que tudo, sou e serei sempre português, jurei servir a minha Pátria até ao fim dos meus dias, e para mim, será grande a honra se necessário for, dar a vida, quando esta (a minha Pátria)se encontar em perigo.

Penso que neste tópico, se disse muito sobre D. Nuno Álvares Pereira, no entanto acredito que haveria muito mais por dizer, mas o maior legado deste grande homem de Portugal, é sem dúvida o exemplo de uma vida de abnegação e sacrifício que em nome de uma causa, a que nós portugueses chamamos PORTUGAL, acreditou, viveu, lutou e sem dúvida alguma, honrou.

Exemplo disso, será esta pequena passagem, da vida de um homem    devoto na sua Fé, mas que respirava a alma de Portugal.

Frei Nuno recebeu o embaixador de Castela, em sua cela, amortalhado no hábito.
-”Nunca mais despireis essa mortalha?” perguntou-lhe o castelhano.
-”Só se el-rei de Castela outra vez movesse guerra a Portugal…”
E erguendo-se:
-”Em tal caso enquanto não estiver sepultado, servirei ao mesmo tempo a religião que professo e a terra que me deu o ser”.
Por baixo do escapulário tinha o arnez vestido.
O castelhano curvando a cabeça, saiu.


Devemos saber com intelegência retirar as lições do passado, acredito com convicção que hoje mais do que nunca a "CAUSA DO MESTRE, ESTÁ VIVA E ACTUAL" o castelhano atenta e espreita, possamos nós, portugueses de hoje, honrar o nome e o exemplo de D. Nuno Álvares Pereira, para que de alguma forma possamos cumprir o nosso PORTUGAL.

Cumprimentos,
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 08, 2009, 11:25:23 pm
Houve outros ... em seu tempo chamavam também a Paiva Couceiro "O Condestável" e comparavam-no a D.Nuno. Sem dúvidas dois excelentes exemplos sem comparação no "actual regimen".
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 09, 2009, 01:36:23 pm
Citar
Mensagem da D.Duarte, Fevereiro de 2007

Está em fase de conclusão a canonização de D. Nuno Álvares Pereira.
 Este processo tem sido moroso e complicado devido à oposição de Castela,que sempre considerou absurdo e ofensivo canonizar uma figura  que derrotando sistematicamente os exércitos invasores, impediu a  unificação da Península Ibérica.
Recentemente a Xunta da Galiza, ainda sob a presidência de D. Manuel Fraga, publicou um trabalho meu intitulado “ Nuno Álvares, Peregrino a Santiago”.
Nesse livro demonstro que Nun’Álvares manifestou muitas vezes o seu amor aos espanhóis, mesmo quando combatia as suas invasões.
Título:
Enviado por: teXou em Março 09, 2009, 10:06:56 pm
Citação de: "TOMSK"
...
Mas tudo bem,

Que os católicos celebrem o Santo, os portugueses celebrem o Patriota, os militares celebrem o Condestável, a República celebre o Homem, e que todos juntos celebremos Nuno Álvares Pereira!

É o meu desejo. :G-beer2:
 :Palmas:  f2x2x  yu23x1
 :G-beer2:
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 12, 2009, 06:18:45 pm
Oração de D.Nuno

Citar
Senhor, faz da minha espada: luz para os que te buscam, força para os desalentados, esperança para os oprimidos, misericórdia para os arrependidos, tormento para os perversos e justiça para os excluidos.
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 12, 2009, 06:28:00 pm
Citação de: "SmokeOn"
Oração de D.Nuno

Citar
Senhor, faz da minha espada: luz para os que te buscam, força para os desalentados, esperança para os oprimidos, misericórdia para os arrependidos, tormento para os perversos e justiça para os excluidos.


O que é isso? De onde é que a retirou?
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 12, 2009, 06:45:39 pm
Também há outra:

Santo Condestável, alma pura e bela
Vós que nos salvastes do leão de Castela
Recebei as graças e mais as mercês
De quem ama a Pátria e é bom Português

Em Aljubarrota,
Num dia de glória
Salvaste a nossa Pátria
Ganhando a vitória

Belo cavaleiro
Alma pura e bela
Assim nos livrastes
Do Rei de Castela
Título:
Enviado por: ShadIntel em Março 12, 2009, 06:48:29 pm
Citação de: "TOMSK"
Citação de: "SmokeOn"
Oração de D.Nuno

Citar
Senhor, faz da minha espada: luz para os que te buscam, força para os desalentados, esperança para os oprimidos, misericórdia para os arrependidos, tormento para os perversos e justiça para os excluidos.

O que é isso? De onde é que a retirou?

Também gostaria de conhecer a fonte.  :?:
Título:
Enviado por: Lancero em Março 12, 2009, 06:49:06 pm
É uma alegada oração templária - "Oração Para a Consagração da Espada".

Citar
Senhor, fazei de minha espada...

luz para os que Te buscam;

força para os sem alento;

esperança para os oprimidos;

misericórdia para os arrependidos;

tormento para os perversos;

justiça para os excluídos.

Senhor, faze com que seja digno de minha espada.

Que ela jamais saia da bainha se não for para combater o bom cobate.

Que possa com ela diariamente multilar o demônio do ego,

para que um dia possa degolá-lo em definitivo e aí então Senhor,

poder ver-Te face a face e poder depositá-la a Teus santos pés, como

símbolo da vitória sobre mim mesmo, e poder cantar junto com os seus

Querubins e Serafins a Gloria do Teu nome: Kadosh, Kadosh, Kadosh, Adonai Sabaoth.

Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus do Universo.


http://elistas.egrupos.net/lista/restem ... 50/msg/56/ (http://elistas.egrupos.net/lista/restempli/archivo/indice/50/msg/56/)
Título:
Enviado por: ShadIntel em Março 12, 2009, 06:52:31 pm
Citação de: "Lancero"
É uma alegada oração templária - "Oração Para a Consagração da Espada".

Sim, também tinha encontrado essa única referência. Mas  gostaria de conhecer a origem da ligação com D. Nuno.
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 12, 2009, 10:32:45 pm
Citação de: "ShadIntel"
Citação de: "TOMSK"
Citação de: "SmokeOn"
Oração de D.Nuno

Citar
Senhor, faz da minha espada: luz para os que te buscam, força para os desalentados, esperança para os oprimidos, misericórdia para os arrependidos, tormento para os perversos e justiça para os excluidos.

O que é isso? De onde é que a retirou?
Também gostaria de conhecer a fonte.  :?:

Fonte : Instituto da Democracia Portuguesa, constituida por republicanos e monarquicos e cujo presidente é D.Duarte.

mais informações :

Citar
Nuno Álvares Pereira, (pron. IPA: ['nunu 'aɫvɐɾɨʃ pɨ'ɾɐjɾɐ]) (July 24, 1360 – April 1, 1431), was made the 2nd Constable of Portugal, the supreme commander of Portugal’s armies by John I of Portugal, in the 1383-1385 Crisis that assured Portugal's independence from Castile.

Nuno Álvares Pereira sired one daughter, Beatriz Pereira de Alvim, who was to become the wife of Afonso, natural son of John I of Portugal and first Duke of Braganza. Therefore, he was the ancestor of the House of Braganza which became the Portuguese Royal House in 1640.

After the death of his wife, he became a Carmelite at the Carmo Convent (Lisbon) which he had founded in fulfillment of a vow, and took the name of Friar Nuno of St. Mary. He gave away all his money and properties, namely to Christians as well as Jews and Mohameddans.

Nuno Álvares Pereira's tomb was lost in the 1755 Lisbon earthquake. His epitaph was as follows: "Here lies that famous Nuno, the Constable, founder of the House of Bragança, excellent general, blessed monk, who during his life on earth so ardently desired the Kingdom of Heaven that after his death, he merited the eternal company of the Saints. His worldly honors were countless, but he turned his back on them. He was a great Prince, but he made himself a humble monk. He founded, built and endowed this church in which his body rests."

Pope Benedict XVI formally proclaimed him a Saint Nuno de Santa Maria Àlvares Pereira on. The public celebration of his canonisation will happen on April 26, 2009. Saint Nuno's Feast Day has been fixed universaly in the Roman Calendar on November 6th
Prayer of Nuno Álvares Pereira
ENGLISH:

Lord, Make my sword a light for those who seek you, a force to the discouraged, hope for the oppressed, a mercy to repentant, a torment for evildoers and justice to outcasts.
PORTUGUÊS

Senhor, faz da minha espada: luz para os que te buscam, força para os desalentados, esperança para os oprimidos, misericórdia para os arrependidos, tormento para os perversos e justiça para os réprobos.

ESPANOL:

Señor: Haz de mi espada luz para los que te buscan, fuerza para los desalentados, esperanza para los oprimidos, misericordia para los arrepentidos, tormento para los perversos y justicia para los excluídos.

FRANÇAIS:

Mon Dieu: Fais de mon épée une lumière pour ceux qui vous cherchent, force pour les découragés, espoir pour les opprimés, miséricorde pour les repentis, et tourment pour les malfaiteurs et justice pour les reprobes
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 12, 2009, 10:33:50 pm
As ligações de D.Nuno à Casa de Bragança estão explicadas aqui :

http://causamonarquica.wordpress.com/2009/03/12/as-armas-da-casa-de-braganca/
Título:
Enviado por: teXou em Março 13, 2009, 11:23:57 pm
Citação de: "SmokeOn"
...
Fonte : Instituto da Democracia Portuguesa, constituida por republicanos e monarquicos e cujo presidente é D.Duarte.

 :rir:
Título:
Enviado por: Luso em Março 13, 2009, 11:59:58 pm
Citação de: "teXou"
Citação de: "SmokeOn"
...
Fonte : Instituto da Democracia Portuguesa, constituida por republicanos e monarquicos e cujo presidente é D.Duarte.
:mrgreen:

Mas onde andam esses institutos numa hora negra destas?
É nestas alturas que se deve revelar o verdadeiro homem de estado.
Título:
Enviado por: Duarte em Março 14, 2009, 12:55:37 am
Citação de: "SmokeOn"
...
Fonte : Instituto da Democracia Portuguesa, constituida por republicanos e monarquicos e cujo presidente é D.Duarte.



  :shock:  :nice:
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 14, 2009, 10:31:53 am
Não é uma instituição monárquica, a nós está primeiro Portugal.

Estão lá pessoas desde Manuel Alegre a outros como Miguel Cadilhe etc ...

Não somos um partido político, somos pessoas que estamos preocupados com a realidade do país :

site : http://idp.somosportugueses.com/site/ (http://idp.somosportugueses.com/site/)

D.Duarte é o presidente honorário por é a única pessoa cuja sua imparcialidade é reconhecida politicamente.
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Março 18, 2009, 12:02:04 pm
Citar
Peregrinação a Roma

D. Nuno Álvares Pereira (Beato Nuno de Santa Maria) irá ser canonizado, no dia 26 de Abril de 2009, pelo Papa Bento XVI. A sua beatificação ocorreu em 23 de Janeiro de 1918, pelo Papa Bento XV. O processo de canonização foi iniciado em 1940, tendo sido interrompido posteriormente, e retomado em 2004.

As Universidades Lusíadas resolveram juntar-se a esta cerimónia com uma Peregrinação a Roma (25 e 26 de Abril), pelo que todos os interessados deverão contactar a Dr.ª Cristina Moita, até ao dia 18 de Março de 2009, através do seguinte endereço: http://www.lis.ulusiada.pt/eventos/docs/cartaz_roma.pdf (http://www.lis.ulusiada.pt/eventos/docs/cartaz_roma.pdf)
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 19, 2009, 08:59:12 pm
«Exemplo heróico em tempo de crise»  

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fcache04.stormap.sapo.pt%2Ffotostore02%2Ffotos%2F%2Fc0%2F9a%2Fce%2F2494806_RkUcd.jpeg&hash=ce67e5a7cdbb6cbd2d92fdb2bb51f664)
Nuno Álvares Pereira proclamado santo
 
A 21 de Fevereiro de 2009, o Papa Bento XVI anunciou a canonização de D. Nuno Álvares Pereira – o já beato Nuno de Santa Maria – para o dia 26 de Abril, junto com outras quatro figuras ilustres da Igreja.
 
Este facto é para Portugal e os portugueses motivo de júbilo e de esperança. Deve também constituir ocasião de reflexão sobre as qualidades e virtudes heróicas desta relevante personagem histórica, digna de ser conhecida e imitada nos dias de hoje. Nuno Álvares Pereira viveu em tempos difíceis de crise dinástica, com fortes divisões no tecido social e político português, que punham em perigo a própria identidade e independência da Nação.
 
Os Bispos de Portugal, em nome de todos os católicos do nosso país, desejam exprimir a sua alegria e gratidão pelo reconhecimento oficial da santidade heróica de mais um filho da nossa terra. Ultrapassando a mera saudade do passado e assumindo, com realismo e esperança, o tempo que nos é dado viver, querem ressaltar algumas virtudes heróicas de Nuno Álvares Pereira, cuja imitação ajudará a responder aos desafios do tempo presente.
 
(...)
Virtudes e valores afirmados na vida de Nuno Álvares Pereira
 
D. Nuno Álvares Pereira não é apenas o herói nacional, homem corajoso, austero, coerente, amigo da Pátria e dos pobres, que os cronistas e historiadores nos apresentam. Ele é também um homem santo. A sua coragem heróica em defender a identidade nacional, o seu desprendimento dos bens e amor aos mais necessitados brotavam, como água da fonte, do amor a Cristo e à Igreja. A sua beatificação, nos começos do século XX, apresentou o ao povo de Deus como modelo de santidade e intercessor junto de Deus, a quem se pode recorrer nas tribulações e alegrias da vida.
 
Conscientes de que todos os santos são filhos do seu tempo e devem ser vistos e interpretados com os critérios próprios da sua época, desejamos propor alguns valores evangélicos que pautaram a sua vida e nos parecem de maior relevância e actualidade.
 
Os ideais da Cavalaria, nos quais se formou D. Nuno, podem agrupar se em três arcos de acção: no plano militar, sobressaem a coragem, a lealdade e a generosidade; no campo religioso, evidenciam se a fidelidade à Igreja, a obediência e a castidade; a nível social, propõem se a cortesia, a humildade e a beneficência. Foram estes valores que impregnaram a personalidade de Nuno Álvares Pereira, em todas as vicissitudes da sua vida, como documentam os seus feitos militares, familiares, sociais e conventuais.
 
Fazia também parte dos ideais da Cavalaria a protecção das viúvas e dos órfãos, assim como o auxílio aos pobres. Em D. Nuno, estes ideais tornaram se virtudes intensamente vividas, tanto no tempo das lides guerreiras como principalmente quando se desprendeu de tudo e professou na Ordem do Carmo. Como porteiro e esmoler da comunidade, acolhia os pobres de Lisboa, que batiam às portas do convento e atendia os com grande humildade e generosidade. Diz-se que teve aqui origem a «sopa dos pobres».
 
Levado pela sua invulgar humildade, iluminada pela fé, desprendeu se de todos os seus bens – que eram muitos, pois o Rei o tinha recompensado com numerosas comendas – e repartiu os por instituições religiosas e sociais em benefício dos necessitados. Desejoso de seguir radicalmente a Jesus Cristo, optou por uma vida simples e pobre no Convento do Carmo e disponibilizou-se totalmente para acolher e servir os mais desfavorecidos. Esta foi a última batalha da sua vida. Para ela se preparou com as armas espirituais de que falam a carta aos Efésios (cf. Ef 6, 10 20) e a Regra do Carmo: a couraça da justiça, a espada do Espírito (isto é, a Palavra de Deus), o escudo da fé, a oração, o espírito de serviço para anunciar o Evangelho da paz, a perseverança na prática do bem.
 
Precisamos de figuras como Nuno Álvares Pereira: íntegras, coerentes, santas, ou seja, amigas de Deus e das suas criaturas, sobretudo das mais débeis. São pessoas como estas que despertam a confiança e o dinamismo da sociedade, que fazem superar e vencer as crises.
 
Apelo à Igreja em Portugal e a todos os homens e mulheres de boa vontade
 
Ao aproximar-se a data da canonização do beato Nuno Álvares Pereira, pelo Papa Bento XVI, em Roma, alegramo-nos por ver mais um filho da nossa terra elevado às honras dos altares. Algumas peregrinações estão a ser organizadas para marcar a nossa presença na Praça de S. Pedro, na festa da sua canonização, no dia 26 de Abril. Confiamos que outras iniciativas pastorais sejam promovidas para dar a conhecer e propor como modelo o exemplo de virtude heróica que nos deixou este nosso irmão na fé.
 
A pessoa e acção de Nuno Álvares Pereira são bem conhecidas do povo português. A nível civil, é lembrado em monumentos, praças e instituições; a nível religioso, é celebrado em igrejas, imagens e associações. Figura incontornável da nossa história, importa revitalizar a sua memória e dar a conhecer o seu testemunho de vida. Para além de ser um modelo de santidade, no seguimento radical de Cristo, que «não veio para ser servido mas para servir» (Mt 20, 28), apraz nos pôr em relevo alguns aspectos de particular actualidade, para todos os homens e mulheres de boa vontade:
 
 
– Nuno Álvares Pereira foi um homem de Estado, que soube colocar os superiores interesses da Nação acima das suas conveniências, pretensões ou carreira. Fez da sua vida uma missão, correndo todos os riscos para bem servir a Pátria e o povo.
 
– Em tempo de grave crise nacional, optou corajosamente por ser parte da solução e, numa entrega sem limites, enfrentou com esperança os enormes desafios sociais e políticos da Nação.
 
– Coroado de glória com as vitórias alcançadas, senhor de imensas terras, despojou se dos seus bens e optou pela radicalidade do seguimento de Cristo, como simples irmão da Ordem dos Carmelitas.
 
– Não se valeu dos seus títulos de nobreza, prestígio e riqueza, para viver num clima de luxos e grandezas, mas optou por servir preferencialmente os pobres e necessitados do seu tempo.
 
Vivemos em tempo de crise global, que tem origem num vazio de valores morais. O esbanjamento, a corrupção, a busca imparável do bem estar material, o relativismo que facilita o uso de todos os meios para alcançar os próprios benefícios, geraram um quadro de desemprego, de angústia e de pobreza que ameaçam as bases sobre as quais se organiza a sociedade. Neste contexto, o testemunho de vida de D. Nuno constituirá uma força de mudança em favor da justiça e da fraternidade, da promoção de estilos de vida mais sóbrios e solidários e de iniciativas de partilha de bens. Será também um apelo a uma cidadania exemplarmente vivida e um forte convite à dignificação da vida política como expressão do melhor humanismo ao serviço do bem comum.
 
Os Bispos de Portugal propõem, portanto, aos homens e mulheres de hoje o exemplo da vida de Nuno Álvares Pereira, pautada pelos valores evangélicos, orientada pelo maior bem de todos, disponível para lutar pelos superiores interesses da Pátria, solícita por servir os mais desprotegidos e pobres. Assim seremos parte activa na construção de uma sociedade mais justa e fraterna que todos desejamos.

(Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa por ocasião da canonização de Nuno Álvares Pereira)
Título:
Enviado por: Luso em Março 19, 2009, 09:50:22 pm
Não se deve esquecer que D. Nuno foi o que foi mais pela espada do que pela sua "boa vontade".

Seria óptimo para a comunidade que os senhores padres, em vez de monólogos que não interessam ninguém que dissertassem sobre conceitos importantíssimos (não brinco) como esse da "boa vontade", muitas vezes confundido com "ser bonzinho".
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 22, 2009, 11:32:20 am
Citação de: "Luso"
Citação de: "teXou"
Citação de: "SmokeOn"
...
Fonte : Instituto da Democracia Portuguesa, constituida por republicanos e monarquicos e cujo presidente é D.Duarte.
:mrgreen:

Mas onde andam esses institutos numa hora negra destas?
É nestas alturas que se deve revelar o verdadeiro homem de estado.


Pois tem a sua piada, enquanto alguns dizem-se republicanos e não fazem nada ... há pessoas que Portugal está primeiro e colocam as suas divergências de lado pelo bem comum !

Exemplo : Contestação ao Museu dos Coches, Aeroporto da OTA, Linha do Tua, ...

Não ficamos pelos galões da internet :)
Título:
Enviado por: Lancero em Março 22, 2009, 01:15:30 pm
Citar
22 Março 2009 - 00h30

Religião: Cavaco Silva ainda não confirmou presença na cerimónia

Beato Nuno leva 5 mil

São cerca de cinco mil os portugueses que pretendem deslocar-se dia 26 de Abril a Roma para assistir à cerimónia de canonização do beato Nuno de Santa Maria.




O padre Francisco Rodrigues, vice-postulador da causa de canonização, disse ao CM que "os grupos oficiais constituídos contam com mais de três mil pessoas" e alertou todos aqueles que estão a optar por não integrar o esquema oficial para os riscos que correm de não ter lugar na Praça de S. Pedro.

"São cinco canonizações e a organização é muito rigorosa. Quem quiser ir deve observar as regras que estão na internet" em www.nunodesantamaria.org (http://www.nunodesantamaria.org). As agências de viagens têm registado imensos pedidos de viagens para Roma, pelo que se supõe que haverá mais portugueses do que o previsto na cerimónia de canonização do décimo santo português.

Quem não confirmou ainda a presença foi o Presidente da República, Cavaco Silva, apesar de ter manifestado vontade de se juntar a este "grande acontecimento nacional". Já D. Duarte Pio, duque de Bragança, tem lugar reservado "desde o primeiro dia".

O beato Nuno vai chamar-se S. Nuno de Santa Maria. Pode ser venerado em todos os altares do Mundo e a festa litúrgica deve continuar a celebrar-se a 6 de Novembro.

PORMENORES

VIAGENS A 1500 EUROS

Várias agências de viagens estão a organizar programas específicos para a canonização do beato Nuno. Em média, a viagem fica por 1500 euros.

CINCO CANINIZAÇÕES

Para além do Santo Condestável, serão canonizados quatro beatos italianos: Caterina Volpicelli, Gertrude Comensoli, Bernardo Tolomei e Arcangelo Tadini.

CURA MILAGROSA

A cura milagrosa do Santo Condestável (Nuno Álvares Pereira) foi relatada por uma mulher de Ourém, que recuperou de forma inesperada de uma úlcera na córnea.

Secundino Cunha


http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 0000000010 (http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=7A7D9F68-C3DD-42B5-A080-87A212F92AD4&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010)
Título:
Enviado por: ShadIntel em Março 22, 2009, 01:27:55 pm
Citação de: "Lancero"
Citar
São cerca de cinco mil os portugueses que pretendem deslocar-se dia 26 de Abril a Roma para assistir à cerimónia de canonização do beato Nuno de Santa Maria.

Para além da importância do evento em si, tem também o mérito de aliviar um pouco do impacto da crise sobre as agências de viagens.

 :mrgreen:
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 22, 2009, 01:29:21 pm
Excelentes noticías! :wink:
Quantas mais bandeiras portugueses (sejam republicanas ou monárquicas) estiverem lá presentes, melhor!
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 22, 2009, 03:15:10 pm
A única Bandeira que devia estar lá seria a de D.João I, foi essa que D.Nuno levou para o campo de Batalha e jurou fidelidade. Ele não jurou fidelidade a nenhuma republicana e nenhuma liberal azul e branca por muito monárquica que seja.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fupload.wikimedia.org%2Fwikipedia%2Fcommons%2Fthumb%2Fd%2Fdf%2FBanner_of_Arms_of_King_John_I_of_Portugal.png%2F180px-Banner_of_Arms_of_King_John_I_of_Portugal.png&hash=d28865632f2fe398aa6fe22667eecec2)

Outra bandeira que poderia estar era a bandeira do brasão da sua família Pereira, meus caros ele era de uma família nobre por muito que custe a alguns :

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F1.bp.blogspot.com%2F_xxWtN-QTPec%2FSSNI2eW2vSI%2FAAAAAAAAALI%2FPrX_FCs_520%2FS240%2FBrasao%252520Pereira.jpg&hash=015663015eeac435d7811cf65f6846d6)

Para mais informações sobre as origens da Casa que D.Nuno ajudou a fundar ver aqui :

http://causamonarquica.wordpress.com/2009/03/12/as-armas-da-casa-de-braganca/
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 22, 2009, 03:29:31 pm
Mais informações podem ser encontradas no site criado pela Ordem religiosa a que D.Nuno pertencia, a Ordem do Carmo :

http://www.nunodesantamaria.org/

Mas esta Bandeira seria a mais bem vinda :

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.nunodesantamaria.org%2Fimages%2Fstories%2Fbandeira%2520beato%2520nuno.jpg&hash=e8302424abb3d3833635c7b7b0013ce3)
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 22, 2009, 03:31:43 pm
Citar
CANONIZAÇÃO DO BEATO NUNO DE SANTA MARIA         
O anúncio do dia 26 de Abril de 2009 como a data para a celebração festiva da canonização do Beato Nuno de Santa Maria desperta em todos os cristãos e, dum modo particular Nos membros de toda a Família Carmelita, um sentimento de júbilo e de acção de graças!

É o ponto alto dum longo percurso em ordem ao reconhecimento oficial por parte da hierarquia da Igreja Católica da santidade deste ilustre filho da Igreja. Digo oficial porque, no mundo popular e no espírito de todos os que admiram a vida exemplar do Beato Nuno, ele já é santo desde há muito!

É um momento para agradecer!

Agradecer a Deus as maravilhas que operou e opera na e através da pessoa do Beato Nuno.

Agradecer o dom que é para a Igreja a figura do Santo Condestável!

Agradecer ao Santo Padre o Papa Bento XVI e aos seus colaboradores mais directos o reconhecimento da santidade do Beato Nuno como modelo para todos os cristãos e homens de boa vontade!

Agradecer a todos aqueles que, ao longo dos anos, acreditaram e lutaram por esta causa!

Somos convidados a uma atitude de fascínio, de encanto e de admiração diante do mistério de Deus presente dum modo tão evidente  e perceptível na figura do Beato Nuno!

Alegremo-nos neste momento!

Unamo-nos em Igreja! Sendo português, o Beato Nuno é um santo da Igreja universal!

Unamo-nos como Igreja em Portugal! O tempo actual, marcado pela crise económica e por uma série de temas fracturantes lançados para a discussão pública, exige de nós uma Fé clara e uma radicalidade na vivência da nossa Espiritualidade cristã, sobretudo no âmbito da solidariedade. Ao contemplarmos a vida do Beato Nuno e confiados na força de Deus, acreditamos que isso é possível e real!

Unamo-nos como Carmelitas! O Beato Nuno abraçou a vocação Carmelita! É um testemunho vivo daquilo que somos chamados a ser: profetas de Deus que vivem e ensinam os outros a viver aquilo que experimentamos na oração contemplativa, transformando esta oração em gestos efectivos de ajuda aos mais necessitados!

Deixo aqui o desafio para nos prepararmos intensamente para celebrar o dia solene desta canonização!

Procuremos conhecer em profundidade o itinerário espiritual do Beato Nuno de Santa Maria! São várias as publicações que nos relatam o seu percurso na nossa história! A simples leitura da sua vida é capaz de nos edificar e de fazer crescer como carmelitas e como cristãos!

Na medida das nossas possibilidades e disponibilidade, façamos por estar atentos e participar nas iniciativas que serão organizadas para celebrar esta canonização!

Procuremos, então, num misto de louvor, admiração, conhecimento e identificação, prepararmo-nos para celebrar solenemente a canonização do Beato Nuno!

Frei Agostinho Marques de Castro, O. Carm.
Superior Maior da Ordem do Carmo em Portugal
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 22, 2009, 06:30:08 pm
O Sr. Smoke On já começa a meter nojo. Muito nojo.

Você anda aqui, já à algum tempo a querer aproveitar-se da canonização de Nun'Álvares para dividir os portugueses em monárquicos e republicanos, entre de "boas" e pobres famílias, num acontecimento que devia ser de união entre todos nós.

É lamentavelmente reprovável a sua atitude, e nem percebo como ainda não recebeu uma repreensão mais grave por parte de nínguem aqui.

Será que alguém duvida que quais fossem as cores da bandeira portuguesa ou o regime político na altura fosse diferente, a fidelidade do Condestável seria abalada? Eu não.

Citar
Outra bandeira que poderia estar era a bandeira do brasão da sua família Pereira, meus caros ele era de uma família nobre por muito que custe a alguns :

Custa muito a alguns? Diga lá a quem?
É tão estupidamente desncessária e insignificante essa afirmação que até dá vontade de rir.  Eu devo ser de familías muito pouco nobres porque não estou a ver a quem isso "custe" muito...

Caramba homem, eu também me considero monárquico, mas não ando aqui a dar pontapés ao vento, feito parvo, a pegar em argumentos que não tem qualquer fundamento...

Cresca lá um bocado...
Título:
Enviado por: Lancero em Março 22, 2009, 06:53:09 pm
Por falar em Aljubarrota, não sei se já viram o trailer: http://www.fundacao-aljubarrota.pt/alj.htm (http://www.fundacao-aljubarrota.pt/alj.htm)
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 23, 2009, 12:05:52 am
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O Sr. Smoke On já começa a meter nojo. Muito nojo.

Comece a apontar primeiro o dedo a quem é moderador e "manda calar" quem tem uma opinião diferente dos outros ... Se o ofendi peço desde já as minhas desculpas.

Citar
Você anda aqui, já à algum tempo a querer aproveitar-se da canonização de Nun'Álvares para dividir os portugueses em monárquicos e republicanos, entre de "boas" e pobres famílias, num acontecimento que devia ser de união entre todos nós.

Tem percentagem nas viagens para o Vaticano ? Eu não ... não tenho jeito para vendedor da banha da cobra

Citar
É lamentavelmente reprovável a sua atitude, e nem percebo como ainda não recebeu uma repreensão mais grave por parte de nínguem aqui.

Ai não ? ainda não leu aqui neste forum "cale-se" ?



Citar
Será que alguém duvida que quais fossem as cores da bandeira portuguesa ou o regime político na altura fosse diferente, a fidelidade do Condestável seria abalada? Eu não.

Faça um "rewind" talvez chegue a alguma conclusão

Citar
Citar
Outra bandeira que poderia estar era a bandeira do brasão da sua família Pereira, meus caros ele era de uma família nobre por muito que custe a alguns :
Custa muito a alguns? Diga lá a quem?

A começar por aqueles que têm um só neurónio que diz que todos os monárquicos o são porque têm sangue azul ... ou ainda não leu isso aqui ? É virgem o assunto ?

Citar
É tão estupidamente desncessária e insignificante essa afirmação que até dá vontade de rir.  Eu devo ser de familías muito pouco nobres porque não estou a ver a quem isso "custe" muito...

O ridículo tem formas de se revelar ... uma delas é pelo comportamento :lol:
Título:
Enviado por: FoxTroop em Março 23, 2009, 12:36:01 am
:rir:  :rir:  Começa o circo. Tá giro. Então os seus ascendentes lutaram pela pátria??? UAU!!!!! Bem, se calhar fizeram a sua simples obrigação, assim como milhões de portugueses ao longo da nossa História.

Ser monárquico é ser pela tradição?!!! Ui, que giro, giro, giro..... A ser pela tradição o D. Afonso Henriques esteve muito mal, que bater na mãe não se faz e renegar o juramento que tinha feito ainda pior  :lol:  Mas acho que foi por influencias da TV com aquele anuncio do JB "a tradição já não é o que era"

Felizmente por aqui advoga o sentido da livre expressão o que permite patacoadas como a sua e coisas assim escritas como a minha. E já agora também permite que se possa exprimir opiniões ou caricaturar os chefes da nação enquanto aqui ao lado, por exemplo, uma caricatura de "sua baixeza real" vale um processo judicial.

Aproveite
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 24, 2009, 10:25:38 pm
Quem é que fez de um rei um cartoon com a figura de um porco ?

Divirta-se meu caro ...

Os monárquicos servem o país ...

Os republicanos servem-se do país ...

Ao menos arranje um Avatar mais nacional do que esse Eurofighter que tem aí ... ainda vai ter que aturar por muito tempo os F-16  :lol:

A dor de corno tem solução meu caro ... bata com cabeça contra a parede ...
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Março 24, 2009, 10:55:33 pm
Citação de: "SmokeOn"
Os monárquicos servem o país ...

Os republicanos servem-se do país ...

Seja um "homenzinho"...tanta (pseudo-)nobreza descaminha logo para o insulto fácil...

"Noblesse oblige" como diz o "conde"...

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F2.bp.blogspot.com%2F_IK6RCryEdYY%2FSTBbYb3Kx2I%2FAAAAAAAADZo%2FdaCdpZcsRms%2Fs400%2Fjose_castelo_branco_portugal_porreiro.jpg&hash=d791447d2d0577ed87e363ac5b710d17)

Até os irmãos de Nun'Álvares trairam o seu país...

Citar
«Não falta com razões quem desconcerte
Da opinião de todos, na vontade;
Em quem o esforço antigo se converte
Em desusada e má deslealdade,
Podendo o temor mais, gelado, inerte,
Que a própria e natural fidelidade.
Negam o Rei e a Pátria e, se convém,
Negarão (como Pedro) o Deus que têm.

«Mas nunca foi que este erro se sentisse
No forte Dom Nuno Álveres; mas antes,
Posto que em seus irmãos tão claro o visse,
Reprovando as vontades inconstantes,
Àquelas duvidosas gentes disse,
Com palavras mais duras que elegantes,
A mão na espada, irado e não facundo,
Ameaçando a terra, o mar e o mundo:

«Como? Da gente ilustre Portuguesa
Há-de haver quem refuse o pátrio Marte?

Como? Desta província, que princesa
Foi das gentes na guerra em toda parte,
Há-de sair quem negue ter defesa?
Quem negue a Fé, o amor, o esforço e arte
De Português, e por nenhum respeito
O próprio Reino queira ver sujeito?


(...)

«Eis ali seus irmãos contra ele vão
(Caso feio e cruel!)
; mas não se espanta,
Que menos é querer matar o irmão,
Quem contra o Rei e a Pátria se alevanta.
Destes arrenegados muitos são
No primeiro esquadrão, que se adianta
Contra irmãos e parentes (caso estranho),
Quais nas guerras civis de Júlio [e] Magno.

«Ó tu, Sertório, ó nobre Coriolano,
Catilina, e vós outros dos antigos
Que contra vossas pátrias com profano
Coração vos fizestes inimigos:
Se lá no reino escuro de Sumano
Receberdes gravíssimos castigos,
Dizei-lhe que também dos Portugueses
Alguns tredores houve algũas vezes
.

(...)

«A muitos mandam ver o Estígio lago,
Em cujo corpo a morte e o ferro entrava.
O Mestre morre ali de Santiago,
Que fortìssimamente pelejava;
Morre também, fazendo grande estrago,
Outro Mestre cruel de Calatrava.
Os Pereiras também, arrenegados,
Morrem
, arrenegando o Céu e os Fados.
Título:
Enviado por: Luso em Março 24, 2009, 11:32:09 pm
Não somos todos assim, D. Pereira... :wink:
Há biscas em todo o lado...
Vós, moderadores, tendes paciência de santo!
Título:
Enviado por: Lancero em Março 25, 2009, 02:37:14 pm
Citação de: "SmokeOn"
Comece a apontar primeiro o dedo a quem é moderador e "manda calar" quem tem uma opinião diferente dos outros


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg300.imageshack.us%2Fimg300%2F3707%2Fkph.png&hash=9c127105379ddabde3d14080f64240c5)
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 25, 2009, 03:26:46 pm
"Meter uma lança em África"

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.vatican.va%2Fnews_services%2Fliturgy%2Fsaints%2F2009%2Fimg%2F20090426_nuno.jpg&hash=8566e167f8171de33d342755f1d816c5)

Quando se preparava nova expedição militar a Ceuta, que não chegou a se concretizar, Nuno Álvares Pereira, agora Frei Nuno, dispôs-se a participar desse que prometia ser um duro feito de armas. Alguns frades chamaram-lhe a atenção, dizendo que aos 70 anos já não teria mais o vigor de um jovem cavaleiro. O venerável ancião tomou de uma lança e violentamente arremessou-a, do alto da colina em que estava, noutra em frente: a arma cravou-se a fundo numa árvore e ali ficou vibrando.
Ante a surpresa dos assistentes, disse calmamente:

"Em África a poderei meter, se for ainda necessário que eu exponha a vida em perigos, em honra da Pátria ou em defesa da Religião".

Daí se originou o dito "meter uma lança em África", significando praticar feito valoroso, levar a cabo uma empresa dificíl, realizar um empreendimento que se afigurava impossível.
Título:
Enviado por: FoxTroop em Março 25, 2009, 06:47:22 pm
Um grande nome de Portugal que em vez de servir de exemplo é usado como arma de arremesso entre ideologias   :(   :(

O orgulho que sinto pelos feitos da nação enquanto Reino de Portugal é o mesmo que sinto pela República Portuguesa. A massa que está cá é da mesma estripe. Eduquem-na e apontem-lhe um objectivo e vão ver. A nossa maior virtude e nosso maior defeito a teimosia quando temperada e dirigida, faz milagres. A nossa História está repleta deles e nós actualmente não somos menos que os nossos ascendentes.
Título:
Enviado por: legionario em Março 26, 2009, 08:00:29 pm
Oh amigo FoxTroop nao estou a reconhece-lo :):):)
Título:
Enviado por: FoxTroop em Março 26, 2009, 08:40:26 pm
Tem tudo a ver, realmente.  :roll:  :roll:   :roll:
Título:
Enviado por: André em Março 26, 2009, 09:22:27 pm
Citação de: "legionario"
Oh amigo FoxTroop nao estou a reconhece-lo :):):)


 :shock:

Foi mais aos Castelhanos que deu porrada e não aos mouros ...

Vá aprender um bocado História de Portugal antes de andar para aqui a dizer disparates ...  :roll:  :roll:
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 26, 2009, 09:33:15 pm
André, ele foi um dos estrategas do plano secreto da conquista de Ceuta, tendo participado nessa mesma empresa, não como Condestável, mas agora com o título de Capitão, tendo mais uma vez se notabilizado, desta vez acorrendo ao Rei Dom João I e ao Princípe Dom Duarte, quando estes se encontravam em perigo.

Normalmente  esquecemo-nos que além de Atoleiros, Aljubarrota e Valverde, Ceuta esteve também no curriculum militar de Nun'Álvares.
E como não podia deixar de ser, mais uma batalha vitoriosa!

 :wink:
Título:
Enviado por: André em Março 26, 2009, 09:40:47 pm
Sim, mas não deixou de matar mais castelhanos do que mouros, Ceuta estava praticamente deserta de guerreiros mouros, já que foi um ataque surpresa ...  :roll:
Título:
Enviado por: legionario em Março 26, 2009, 10:03:58 pm
Citação de: "TOMSK"
André, ele foi um dos estrategas do plano secreto da conquista de Ceuta, tendo participado nessa mesma empresa, não como Condestável, mas agora com o título de Capitão, tendo mais uma vez se notabilizado, desta vez acorrendo ao Rei Dom João I e ao Princípe Dom Duarte, quando estes se encontravam em perigo.

Normalmente  esquecemo-nos que além de Atoleiros, Aljubarrota e Valverde, Ceuta esteve também no curriculum militar de Nun'Álvares.
E como não podia deixar de ser, mais uma batalha vitoriosa!

 :)
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 27, 2009, 12:33:40 pm
Comemorar D. Nuno Álvares Pereira, um dever nacional !

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2Fbandeirabeatonunoalvares-1.jpg&hash=f30d073d203ef28a7fe71a91f12f5586)

João José Brandão Ferreira
TCor Pilav

“Aqui jaz o famoso Nuno, o Condestável, fundador da Casa de Bragança, excelente general, beato monge, que durante a sua vida na terra tão ardentemente desejou o Reino dos Céus depois da morte, e mereceu a eterna companhia dos Santos. As suas honras terrenas foram incontáveis, mas voltou-lhes as costas. Foi um grande Príncipe, mas fez-se humilde monge. Fundou, construiu e dedicou esta Igreja onde descansa o seu corpo”. -Inscrição que existiria na pedra tumular da sepultura primitiva de D. Nuno Álvares Pereira, na Igreja do Carmo em Lisboa

"Explicámos em artigos anteriores as razões pelas quais se deveria aproveitar a distinção feita por Sua Santidade o Papa ao elevar à categoria de Santo um dos nossos mais ilustres antepassados; as razões pelas quais o júbilo não se deveria quedar pelo povo católico e ainda as razões que acreditamos estarem na origem da falta de unidade por parte das forças políticas e de outras, cuja actuação nada tem de transparente, em promoverem quaisquer manifestações que saiam fora do âmbito religioso.

Também nos parece evidente que as razões que aduzimos para esta atitude dos políticos e que se fundam nas asneiras muito graves cometidas por alturas de 1974/75, no desprezo pelo nosso passado histórico, pela adopção de ideologias contrárias aos interesses nacionais, pelo jacobinismo militante e pelos próceres defensores da federalização dos países europeus, dificilmente serão assumidas publicamente pelas personalidades ou forças que as sustentam. Tal poderia espoletar debates ideológicos de desfecho incerto e acordar consciências adormecidas por acções de cariz apologético e,ou,intimidatório (vulgo lavagem ao cérebro desenfreada), mas falsas na sua essência.

Não, o principal ponto que sustentará a objecção política a comemorações alargadas com empenhamento dos órgãos do Estado irá ser o argumento de que, em Portugal, o Estado é laico e existem perfeitamente definidos e separados os poderes e aquilo que pertence a Deus e o que cabe a César. Ora sendo a canonização de Nuno Álvares um acto eminentemente religioso, a César não compete imiscuir-se nem tomar partido.

Para não dizer que não fazem nada, os representantes do Povo, apelidados de deputados, por proposta de alguns, aprovaram recente e maioritariamente, um voto de congratulação pelo sucedido, embora uma mão cheia deles se abstivessem – isto é, tanto lhes faz e dão ao desprezo – e outros tantos até votaram contra – ou seja estão tristes por um compatriota seu (partindo do princípio que se sentem portugueses …) tenha sido distinguido com uma honra, que eles certamente abominam mas que não deixa de ser uma honra.

Era assim como se alguns de nós fossemos votar contra pelo facto de Saramago ter recebido o Nobel, só por não gostarmos da criatura.

De qualquer modo o voto de congratulações não obriga a fazer nada…

É este argumento peco que deve ser desmontado e nem sequer é difícil fazê-lo. Vejamos:

Em primeiro lugar a própria distinção religiosa deve ser motivo de júbilo nacional e não apenas dos católicos, já que é o reconhecimento de uma coisa boa – mesmo para quem não tem Fé – e que tem uma expressão a nível mundial. Que “diabo”, não estamos a tratar de um condenado por um qualquer tribunal internacional… Se assim for, um dia que houver um judeu ou um muçulmano português que se distinga, numa área qualquer da cultura, do desporto, no campo científico, etc., os católicos não se devem regozijar por isso, ou não vão participar numa qualquer homenagem nacional que se lhe queira fazer?

Por outro lado Portugal é um país de grande tradição cristã e católica que nos vem da fundação da nacionalidade. Os portugueses foram um pilar da Cristandade e são grandemente responsáveis pela expansão da palavra do Deus que morreu na cruz, em todo o mundo. Hoje em dia a grande maioria do povo português ainda se diz católica e teve de alguma forma formação católica. Então os órgãos do Estado que representam a Nação politicamente organizada fingem não ter nada a ver com esta realidade? Assumem-se (não quer dizer que o sejam!) tão democráticos e, neste caso, a maioria não lhes diz nada? Mas isto tem alguma lógica?

Vejamos ainda outro aspecto de primordial importância: a dimensão do personagem. D. Nuno não é um cidadão cuja vida se tivesse confinado ao âmbito religioso, como são por exemplo, os casos da irmã Lúcia ou do bom do Padre Américo. D. Nuno é uma figura avantajada da História de Portugal, foi um grande comandante militar e um líder natural, cuja acção se repercutiu na política nacional, numa altura gravíssima em que a independência corria sério perigo; consubstanciou um conjunto raro de virtudes morais, cívicas e militares, absolutamente invulgar. Numa palavra é um exemplo para todos e que, justamente, a todos devia servir de inspiração. São raros os países no mundo que se podem orgulhar de terem figuras da sua igualha e nós em Portugal não fazemos nada?

Perdoarão os leitores, mas creio que os portugueses se etilizaram colectivamente numa festa qualquer que ninguém deu conta ainda que acabou e assim ficaram. Então a selecção nacional de futebol que não deixa de ser um grupo de atletas principescamente pagos, que estacionam nos melhores hotéis, fazem estágios com cozinheiros, massagistas, médicos, etc., e restante parafernália ao seu serviço, que nos custa os olhos da cara e que ano após ano só nos dão desgostos, são recebidos pelo PR, pelo Chefe de Governo, são cumulados de telegramas e atenções, têm multidões à espera e são objecto de cobertura mediática capaz de criar urticária nos mais pacatos cidadãos e uma figura da estirpe do Santo Condestável, que nos tem guiado desde o século XIV e continua actual, não merece aos portugueses mais do que uma nota exaltante da Conferência Episcopal? (honra lhe seja feita).

Que grave doença moral e até degenerescência física terá atingido o antigo Reino, agora República de Portugal?

D. Nuno combateu o bom combate. Como julgamos que nada se passa por acaso, aguardamos esperançosos os sinais positivos que a graça da santificação augura."

 ys7x9  :Palmas:
Título:
Enviado por: teXou em Março 27, 2009, 01:06:09 pm
Como é possível não se compreender a diferença entre Condestável, santo e Santo :bang:

Para mim, que amo a minha patria, mas que não sou católico, é o Condestável que conta.
E é para o Condestável que vai todo o meu respeito e orgulho.

Agora para o santo  :dormir:

Mas, posso compreender que para um portugues católico, a elevação a "Santo" tenha uma grande importância.
Mas exigir uma comemoração nacional... Há caminho !
E nem todos querem ir por esse caminho. Também deve compreender-se .  

Ou então sera que os unicos portugueses são os católicos ? :roll:
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 27, 2009, 03:13:50 pm
Vê-se portanto que o pensamento do teXou se coaduna com o dos políticos que nos governam.

-A República é laica,  eu não sou católico, não condordo com celebração, porque nem toda a população é católica, e o Estado Português não se deve intrometer-

Com toda a sinceridade, eu já não tenho muita pachorra para estar aqui a elencar todos os pontos pelos quais deve haver uma celebração nacional.
Para já, uma simples e descomplexada leitura da crónica do Tenente-Coronel, tirará todas as dúvidas.

A começar pelo título:
Citar
Comemorar D. Nuno Álvares Pereira, um dever nacional !

Não é comemorar Nuno de Santa Maria!
Não é comemorar o Santo!
Não é comemorar o Condestável!
É tão só e apenas, a celebração de Nuno Álvares Pereira

Viu isto? Não?
Ah ok, passou logo para a parte onde os seus olhos encontraram isto :arrow: "asneiras muito graves cometidas por alturas de 1974/75"
Mas meu amigo, a integridade do texto não deve ficar abalada por uma verdade inconveniente!

Passando à frente.

A República é laica. Mas não pode ser laicizante.
E muito menos sabendo que esmagadora maioria do povo português é católica.

Se você diz que não devemos ir pelo caminho da celebração nacional porque nem todos querem ir por esse caminho, então devemos alterar uma série de "factos".
Vamos deixar de celebrar o 5 de Outubro, porque uma parte da população é monáquica?
Vamos deixar de celebrar a Restauração da Independência porque uma data de anormais preferiam ser espanhóis?
Vamos deixar de celebrar o 25 de Abril porque alguns preferiam o regime anterior?
E os feriados religiosos? Se somos um Estado Laico, porque já não acabaram com esse tipo de feriados?

Então, no meu ponto de vista, que acredito ser o de a maior parte das pessoas, a canonização de Nuno Álvares Pereira deve ser alvo de uma celebração nacional :
1)Porque é uma grande alegria para os católicos portugueses, que ainda são o núcleo do povo português.

2)Porque é a forma de homenagem do Estado Português, que deve à referida personagem a existência de um Portugal soberano.

3)Porque Nuno Álvares Pereira é o Patrono da Infantaria Portuguesea, e inspiração máxima de conduta para os nossos militares dos três ramos.

4)Porque é para os portugueses patriotas o expoente máximo da afirmação da nacionalidade, da vontade de sermos portugueses, representando o melhor do gene luso.

5)Porque apresenta-nos um modelo de vida e personalidade impar, que devia ser conhecida por todos, e mais que tudo, agora que surgiu a oportunidade, deve ser profundamente divulgada, principalmente aos mais jovens.

6)Porque nada explica, por mais obscuros que sejam os interesses, que personalidades que se notabilizaram no altar da Pátria e que obraram dos mais notáveis feitos deixem de ser celebradas. Será que a Repúbllica além de ser laica é apátrida?

7)Porque por muito menos, já grande atenção nacional foi dispensada a eventos ou pessoas que não mereciam. Será que uma dúzia de gatos-pingados que correm atrás de uma bola, merecem tão nojenta bajulação e um português que arriscou a sua própria vida, prestando os mais notáveis serviços à Pátria Portuguesa seja deixado de lado?

8)Porque é necessário evocar e exaltar o amor á Pátria, afastando de uma vez por todas o fantasma da União Ibérica que percorre a mente de muitos portugueses, factor maligno que está presente em alguns sectores na nossa sociedade. Excusado será dizer que esse patriotismo não deve ser só transmitido nos dias dos jogos da Selecção, certo?

9)Porque já em Espanha, França, Polónia, Itália, Bélgica se preparam estrondosas celebrações para as datas em que também os seus Santos vão ser canonizados. E nós em Portugal não fazemos nada? Que pseudo-intelectualidade anti-cristã é esta?
Ou seja, só vale a pena organizarmos grandes eventos e celebrações quando é para os "camones" virem ver?
Para consumo interno, não vale a pena, o povinho fica entretido com o ópio do futebol, é isso?
Enquanto os outros países se vão preparando para uma festa, nós por aqui vamos nos separando, por grupinhos:
O dos monárquicos que querem o Santo para si;
O dos que não são católicos e acham que não se devia fazer nada;
O dos que nem sabem de quem se está a falar;
O dos traidores (muitos deles na política) que tentam desvalorizar o acontecimento porque isso entra em confronto com o sonho da União Ibérica;
Resta os patriotas com dois dedos de testa, ao menos esses sabem ver as coisas.

10)E por último, nunca ninguém como o agnóstico Oliveira Martins soube melhor classificar Nuno Álvares Pereira:

  "Nun’Álvares remiu Portugal do cativeiro castelhano iminente, abstraindo a Nação dos limbos obscuros da política pessoal dos reis, para a assentar sobre os alicerces firmes da vontade popular; aclamando-a num voto de acção heróica, e deixando-a, de pé e armada, pronta para a conquista do seu lugar épico na história da civilização moderna”.

No ano passado, na Praça dos Restauradores, 1 de Dezembro, estavam lá meia dúzia de pessoas, proventura os verdadeiros portugueses, a assinalar a data.
Do governo, nada, nem uma pessoa.
José Sócrates estava em Espanha, ironia do destino.
É assim que isto vai continuar?

Vamos então perder mais uma oportunidade de nos orgulharmos e celebrarmos Portugal?
Título:
Enviado por: teXou em Março 27, 2009, 05:36:56 pm
Magnífico voo lírico TOMSK ! :G-beer2:
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 27, 2009, 05:58:36 pm
TOMSK ele é patrono da Arma de Infantaria e não das Forças Armadas.
Título:
Enviado por: legionario em Março 27, 2009, 08:34:05 pm
Citação de: "teXou"
Magnífico voo lírico TOMSK ! :G-beer2:


Nao podemos dissociar o Dom Nuno da sua Fé porque foi esta que sempre o guiou. Comemora-se o homem no seu todo ou so nos aspectos que agradam ao Texous ?
Vc pode ser ateu , judeu , evangélico (ou o que queira), mas nao se esqueça que esta em terra catolica, se nao esta contente emigre para um Kiboutz :)
Título:
Enviado por: André em Março 27, 2009, 08:55:36 pm
Pois é católica, o pessoal do FD vai todos os dias à missa ...   :mrgreen:  :lol:  :lol:
Título:
Enviado por: Luso em Março 27, 2009, 09:46:14 pm
A qualidade das intervenções dos últimos meses não auspícia um bom futuro a este espaço tão necessário.
É pena.
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 27, 2009, 10:27:32 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
TOMSK ele é patrono da Arma de Infantaria e não das Forças Armadas.

Agradeço a informaçâo e já está corrigido.
 :wink:
Foi o excerto de uma declaração de Dom Duarte que me enganou...

Citar
(...)
A canonização, em 2009, de D. Nuno Álvares Pereira, patrono das Forças Armadas, será uma providencial ocasião para aprendermos com os seus exemplos de valentia e caridade, inteligência militar e política, e defesa intransigente da nossa liberdade e independência. Saibamos aproveitar essa oportunidade!
(...)

SAR D. Duarte Pio
Convento do Beato, 30 de Novembro de 2008


Título:
Enviado por: HSMW em Março 27, 2009, 11:08:21 pm
Exacto e:
Mouzinho de Albuquerque -  Patrono da Cavalaria
Santa Barbara - Artilharia

Esse D. Duarte também...  :roll:
Título:
Enviado por: P44 em Março 28, 2009, 06:07:54 pm
o "herdeiro" dos miguelistas até do "santo" se aproveita para dar nas vistas :roll:
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 28, 2009, 06:28:13 pm
Citação de: "HSMW"
Exacto e:
Mouzinho de Albuquerque -  Patrono da Cavalaria
Santa Barbara - Artilharia

Esse D. Duarte também...  :roll:


Além disso é o patrono da Brigada Mecanizada ( herdeira da Divisão Nun'Álvares) e penso também ser o patrono do Regimento de Infantaria da GNR.
Título:
Enviado por: Lancero em Março 28, 2009, 08:29:20 pm
Citação de: "TOMSK"
e penso também ser o patrono do Regimento de Infantaria da GNR.


Por inerência de ser o patrono da Infantaria ;)
Repare que tem a cruz dos Pereiras

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.gnr.pt%2Fmultimedia%2Fcomuns%2Fimagens%2Fbrasoes%2Freginf_gra.gif&hash=26e9f209f19d0cce185e5d43558fd970)
Título:
Enviado por: legionario em Março 29, 2009, 01:14:27 pm
Citação de: "André"
Pois é católica, o pessoal do FD vai todos os dias à missa ...   :mrgreen:  :lol:  :lol:


Eu raramente vou à missa mas sei ver que o sentimento catolico anima profundamente o nosso povo e isto desde os principios da nossa historia.
Apesar de agnostico, sou ideologicamente catolico e partilho os valores do catolicismo ; penso que é o que acontece a muitos portugueses, que como os membros deste forum, nao vao à missa todos os dias .
Título:
Enviado por: André em Março 29, 2009, 01:45:47 pm
Citação de: "legionario"
Eu raramente vou à missa mas sei ver que o sentimento catolico anima profundamente o nosso povo e isto desde os principios da nossa historia.


Para o bem e para o mal infelizmente ...  :?  :?  :roll:
Título:
Enviado por: HSMW em Março 29, 2009, 03:28:03 pm
A mesma cruz que está presente no brasão do já extinto RI2 de Abrantes
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi279.photobucket.com%2Falbums%2Fkk144%2FHSMW%2FIMG%2FRegimentodeInfantarian2.jpg&hash=5ef3623f6153c447572542e4d60c19d6)
Título:
Enviado por: Luso em Março 29, 2009, 03:55:17 pm
Ou seja, é OBRIGAÇÃO de todos os Pereiras (mesmo os mais reles republicanos) de defender a pátria e o seu Rei. Agir de outra forma implicaria a sua transmutação em coisas abomináveis, tais como comunistas, benfiquistas ou moços "modernos".

Bem lembrado, Lancero! :G-beer2:

- Estejam à altura das responsabilidades, aí, oh Pereiras!
Título:
Enviado por: Lancero em Março 29, 2009, 04:08:14 pm
Eu não sou Pereira, mas defenderia qualquer rei que me desse um castelo, princesa e me isentasse de impostos, para poder chular a plebe. Podia chamar-me D. Socráncero.

PS - Todos teriam que fazer este teste - http://en.wikipedia.org/wiki/Fruit_machine (http://en.wikipedia.org/wiki/Fruit_machine)
Título:
Enviado por: Luso em Março 29, 2009, 04:57:08 pm
Oh Lancero, e eu que tinha tantas esperanças para ti...
Se queres aproveitar-te da plebe, adora a República e faz-te Comendador!
Ficas intocável. :shock:
Título:
Enviado por: SmokeOn em Março 30, 2009, 04:06:16 pm
Mas depois de Comendador cuidado ... o Berardo está em falência técnica  :lol: Apostava na Bolsa a crédito e lixou-se ...
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 31, 2009, 06:21:41 pm
Sobre a canonização de Nuno Álvares Pereira

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2Fmapascopy-1.jpg&hash=bcd88bf017890f989c5ff26bd5587d78)

José Honorato Ferreira

“Não conheço pessoalmente o TCOR PILAV Brandão Ferreira. Tenho lido muitas das suas intervenções e reconheço-me em muitas das suas afirmações.

A figura de Nuno Álvares Pereira pouco ou nada dirá à grande maioria dos altos dirigentes políticos nacionais, pois o politicamente correcto é defender a UE e, mesmo, a integração num espaço ibérico, o que quer que tal conceito queira significar.

Como a educação e a formação das novas gerações tem sido descurada nas últimas décadas, raros serão os que se perturbam com a ideia da defesa de uma chamada união ibérica. Pobre D. Nuno que tem de suportar estes seus concidadãos, seis séculos após os seus actos heróicos em defesa da Pátria.

Portanto, tenho para mim que não passará pela cabeça de nenhum órgão de soberania nacional dar o devido relevo à canonização do Condestável, o que seria normal num País que não se tivesse “esquecido” da sua História e da sua identidade nacional.

Aliás, será que os políticos que nos governam têm ideia do que significam esses conceitos?
Aconselho a leitura da entrevista do Prof. Vitorino Magalhães Godinho no DN de 27 de Fevereiro corrente. Do alto dos seus 90 anos e do passado de que se orgulha (desconhecido da maioria, certamente...) põe o dedo na ferida sobre a pobreza de espírito e ignorância da classe política.

Portanto, a 26 de Abril próximo, para além de meia dúzia de salamaleques protocolares que as relações diplomáticas formais entre a República Portuguesa e a Santa Sé tornarão inevitáveis, tudo será feito para, de forma "politicamente correcta", manter a “sacrossanta e jacobina” separação da Igreja do Estado, não vá qualquer outra atitude ferir a sensibilidade de prestimosas instituições tidas como progressistas e defensoras de liberdades e garantias, bem conhecidas de muitos de nós.

Se tudo correr de outra maneira... Te Deum laudamus... Portugal ainda não terá adormecido!

Que nunca a voz doa ao TCOR PILAV Brandão Ferreira e aos militares que têm consciência do Juramento de Bandeira que convictamente proferiram!

Não temos de viver com fantasmas do passado, é certo.

Temos, contudo, de manter a noção de defesa e de dignidade de uma Pátria e de uma História de quase 900 anos, de que não temos de nos envergonhar!"
Título:
Enviado por: Lancero em Abril 05, 2009, 08:01:09 pm
Reconstituição da Batalha de Atoleiros.


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi144.photobucket.com%2Falbums%2Fr173%2Flancero_2007%2Fatolei.jpg&hash=c21e5fd445d7d6d1ad5133fb9cc0e0cb)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi144.photobucket.com%2Falbums%2Fr173%2Flancero_2007%2Fatolei1.jpg&hash=37a5f52e8fc99fa9a0c418019674cbb1)

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Fronteira, Abril de 2009
Homenagem a acontecimento decisivo para a independência de Portugal
Comemorações Inéditas da Batalha dos Atoleiros antecipam Canonização de D. Nuno Álvares Pereira

No dia 6 de Abril de 1384, no espaço do actual Município de Fronteira, D. Nuno Álvares Pereira lidera um pequeno e mal equipado exército na primeira de três batalhas determinantes para a independência de Portugal no século XIV. Seiscentos e vinte cinco anos depois, e a dias da canonização do herói português, a Câmara Municipal de Fronteira e a Turismo do Alentejo E.R.T. unem-se para prestar uma inédita grande homenagem a um momento decisivo da nossa história, que funcionou como antecâmara para a Batalha de Aljubarrota.
Após a morte de D. Fernando em 1383, D. Juan I de Castela apresenta pretensões a assumir o trono de Portugal, passando a capital para Toledo. Contrariado por D. João, filho bastardo de D. Pedro I e Mestre da Ordem Militar de Aviz, avança em 1384 com várias incursões militares no nosso país, a primeira das quais pelo Alentejo. Na altura fronteiro da comarca de Entre Tejo e Guadiana, Nuno Álvares Pereira avança na sua direcção recrutando uma pequena unidade composta sobretudo por camponeses. Inferiorizado em cerca de 1/5, Nuno Álvares Pereira recorreu pela primeira vez à táctica do quadrado, beneficiando da escolha de um terreno propício à neutralização da cavalaria adversária.
Em memória dos acontecimentos, durante o fim-de-semana de 4 a 6 de Abril (esta segunda-feira é feriado em Fronteira), a vila alentejana veste-se de gala e regressa à época. No Sábado, abre portas o mercado medieval no centro de Fronteira, oferecendo desde produtos regionais aos serviços, à época, de um ferreiro e oleiro. Para a noite, estão reservadas as emoções de um Torneio Medieval, interpretado pela Guarda Nacional Republicana.
Dia 5 de Abril, Domingo, tem lugar a primeira reconstituição histórica da Batalha dos Atoleiros. Reunindo elementos de uma empresa especializada, efectivos da G.N.R e colaboradores da Coudelaria de Alter, a homenagem terá lugar logo à saída de Fronteira.



Por fim, na segunda-feira, a cerimónia e parada anual de homenagem aos heróis de Atoleiros será completada por um acontecimento muito especial. Aproveitando a ocasião, a Câmara Municipal de Fronteira irá lançar a primeira pedra do Centro de Interpretação da Batalha de Atoleiros, que está ligado com os espaços homólogos de Aljubarrota e de Trancoso, que completam três locais de combates determinantes para a consolidação do trono de D. João I face às pretensões castelhanas.

Informação à Imprensa:
Bernardo Oliveira Neves – marta.meneres@lift.com.pt (http://mailto:marta.meneres@lift.com.pt) – T. 214 666 500

Sobre Fronteira
Fronteira é uma vila alentejana pertencente ao distrito de Portalegre e composto das freguesias de Fronteira, São Saturnino e Cabeço de Vide. Com uma população actual de cerca de 2.300 habitantes, terá sido fundada no reinado de D. Dinis, havendo o registo de que em 1236 a igreja de Fronteira ou Frontaria fica na posse da diocese de Évora. Em carta régia de 1424 Fronteira é agraciada com vários privilégios e em 1512 D. Manuel I dá-lhe foral.
Quanto ao topónimo não há certezas e são apontadas pelo menos três hipóteses. Uma delas invoca a possibilidade de Fronteira ter sido edificada sobre a linha divisória ou fronteira entre os territórios ainda ocupados pelos muçulmanos, a sul, e os recentemente reconquistados pelos cristãos, a norte. Outra versão é a de que a vila foi primeiramente erguida no Outeiro da Vila Velha (e haveria um forte no outeiro de São Miguel) de onde, por razões de salubridade, teria sido transferida para a actual localização no reinado de D. Dinis. Fernando Pina aponta ainda "uma terceira versão, mais erudita, defendida pela investigadora francesa Rosa Plana-Mallart", em que faz recuar a fundação à época romana e o topónimo ao facto de a sua localização se situar no limite - fronteira - da administração dos territoria das civitates romanas de Ebora (Évora) e Ammaia.












BATALHA DOS ATOLEIROS – 6 de Abril de 1364  
LOCAL: FRONTEIRA – Alentejo

Contexto político anterior á Batalha dos Atoleiros:

Quando D. Fernando morre, em 22 de Outubro de 1383, a situação que se cria, decorrente do Tratado de Salvaterra de Magos, celebrado em Abril de 1383 por iniciativa de D. Leonor Teles, o Conde João Fernandes Andeiro e D. Juan I de Castela, provoca mal-estar no Reino de Portugal. Com efeito, e para além de colocar na regência do Reino D. Leonor Teles, que era impopular para a grande maioria da população, este Tratado estabelece que a Coroa Portuguesa passaria a pertencer aos descendentes do Rei de Castela, D. Juan I, passando a capital do Reino para Toledo. O Reino de Castela iria inevitavelmente dominar Portugal. Esta situação não agrada á grande maioria da população portuguesa, gerando-se assim uma grave crise política.
Um sector da sociedade portuguesa entendia que D. João, Mestre da Ordem militar de Avis e filho bastardo de D. Pedro I, tinha direito ao trono.
D. Juan I de Castela invade então Portugal com o seu exército, em Janeiro de 1384, entrando pela cidade da Guarda e dirigindo-se seguidamente para Santarém.
Sendo entretanto informado de uma incursão castelhana no Alentejo, D. João nomeia, em Março, Nuno Álvares Pereira fronteiro da comarca de Entre Tejo e Guadiana, com poder absoluto, quer militar, quer económico ou político. Foi autorizado por D. João a escolher, em Lisboa, 200 cavaleiros, dos quais 40 cavaleiros da primeira nobreza. Teve também autorização para juntar á sua hoste cerca de 1.000 homens a pé. Nuno Álvares Pereira parte então para o Alentejo.
Dirige-se para Estremoz, onde teve conhecimento que os castelhanos já estavam no Crato. Os capitães que estavam debaixo das suas ordens tentaram dissuadi-lo a combater contra um exército muito superior e onde se encontravam dois dos seus irmãos. D. Nuno referiu então:
“Amigos ! Bem sabeis que o Mestre me enviou a esta terra para que com a ajuda de Deus, vós e eu a defendamos de algum mal ou dano que os castelhanos lhe queiram fazer; e que esse feito lhes daria, para sempre, grande honra e bom nome; Grande bem faremos também a nós próprios em lutar, ao defender as nossas terras e bens, de que somos detentores”.

No dia seguinte, 6 de Abril de 1384, D. Nuno parte com a sua gente em direcção a Fronteira, que estava então a ser cercada pelos castelhanos vindos do Crato. Parte D. Nuno com um exército de 1.500 homens. Pequena hoste, face á dimensão da tarefa que a aguardava.

O desenrolar do combate:

Chegado á Herdade dos Atoleiros, 2,5 Km a sul de Fronteira, Nuno Álvares Pereira suspendeu a marcha, e escolheu um local apropriado para colocar a sua hoste. Optou por um terreno ligeiramente inclinado, e que tinha em toda a extensão, na zona mais baixa, uma ribeira, chamada das Águas Belas. Tratou-se de um local extremamente bem escolhido, pois embora fosse aparentemente convidativo para um ataque, tinha diante de si uma ribeira, que não se vê a não ser de perto, e que era suficientemente larga e profunda para constituir um fosso. Por outro lado ao colocar os seus homens num local ligeiramente mais elevado, proporcionava um ângulo de tiro muito vantajoso para os besteiros.
Nuno Álvares tratou então de ordenar o seu pequeno exército. Em primeiro lugar mandou apear toda a cavalaria, mal armada, e que seria incapaz de resistir ao choque dos esquadrões castelhanos. Seguidamente organizou com eles a vanguarda, as duas alas, colocando ainda alguns cavaleiros na retaguarda. Seguidamente colocou os besteiros pelas duas alas e também por detrás da vanguarda, de onde pudessem alvejar, com sucesso, os castelhanos quando estes se aproximassem.
O exército castelhano era composto por cerca de 1.000 cavaleiros e 4.000 homens a pé. Chegados ao local, os castelhanos, ao verificarem quanto diminuta era a hoste portuguesa e a inferioridade do seu armamento, abandonaram a ideia de combaterem a pé e decidem montar os seus cavalos, convencidos de que a vitória estaria garantida. Pelas 12 horas, os castelhanos iniciaram o seu ataque de cavalaria.
Os castelhanos que avançavam receberam então em cheio os dardos e virotões desferidos pelas fileiras interiores do exército português, lançados por cima da vanguarda portuguesa. Também os peões portugueses lançavam pedras em direcção aos castelhanos.
Por outro lado a própria natureza do terreno, que neste local é bastante argiloso, fez com que vários cavalos tenham enterrado as suas patas no solo, deixando de conseguir avançar, o que muitas vezes provocou a queda dos respectivos cavaleiros. Mesmo assim muitos cavaleiros castelhanos chegaram ao contacto com os portugueses. Os portugueses situados na vanguarda tinham contudo, por ordem de Nuno Álvares Pereira, cravado obliquamente as suas lanças no chão, sendo cada lança segurada pelo braço de um homem. Constitui-se portanto uma frente cerrada, com dezenas de lanças apontadas obliquamente ao inimigo. Este facto fez com que muitos cavalos e cavaleiros inimigos se espetassem nas pontas das suas armas. Entretanto os peões e besteiros portugueses continuavam a lançar as suas pedras e virotões, provocando mortes e feridos no inimigo.
Seguiram-se mais três ataques, efectuados contra a vanguarda e alas portuguesas, que continuaram contudo a resistir heróica e eficazmente. Com toda a probabilidade, nestes ataques castelhanos participaram também homens a pé. Sofreram contudo as mesmas dificuldades que os cavaleiros no avanço no terreno, ou seja, tanto devido á natureza do solo, como por serem atingidos pelas pedras, dardos e virotões dos portugueses. Alguns terão certamente chegado próximo da vanguarda portuguesa, mas não a conseguiram romper.•
Este combate que durou cerca de uma hora, não originou um grande número de mortes, que ocorreram sobretudo no choque inicial entre as duas vanguardas. Do lado castelhano terão morrido cerca de 600 cavaleiros e homens a pé, ou seja, cerca de 12% do seu exército. Em contraste, as baixas do lado português terão sido praticamente nulas.•
No dia seguinte á Batalha, D. Nuno Álvares Pereira dirigiu-se para Assumar, descalço e a pé, em agradecimento pelo resultado do combate e para fazer oração a Santa Maria desta Vila.

Consequências da Batalha dos Atoleiros:

O êxito alcançado na Batalha dos Atoleiros teve um enorme impacto psicológico nos apoiantes do Mestre de Avis e de uma forma geral em Portugal, ao demonstrar que apesar de todo o seu poderio militar, os castelhanos não eram invencíveis. Esta constatação demonstrou aos portugueses, que se devidamente organizada e orientada, a luta pela independência do Reino poderia ser bem sucedida.•
A Batalha dos Atoleiros constitui um acontecimento de extrema importância na chamada crise de 1383 a 1385, que consagrou e definiu a identidade de Portugal, como País, como povo e como nação. Esta consciência de independência nacional jamais se veio a perder, chegou aos nossos dias e certamente permanecerá no futuro.
O êxito alcançado na Batalha dos Atoleiros iniciou assim um processo notável de afirmação da nação portuguesa, sem o qual não teria sido possível nem Aljubarrota, nem mais tarde o Acordo de Paz com Castela, em 1411.

Fonte: Fundação Batalha de Aljubarrota
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 06, 2009, 06:00:25 pm
Muito bem! :wink:
Estas iniciativas só pecam por serem escassas!
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 06, 2009, 06:04:03 pm
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A Associação Ateísta Portuguesa insurgiu-se contra a participação de figuras do Estado na Comissão de Honra para a canonização de D. Nun'Álvares Pereira, acusando-as de «burla pueril» e de «traição ao Estado laico»

«Repudiamos esta traição ao Estado laico, pois está-se a fazer confusão entre funções de Estado e crenças pessoais» , disse Carlos Esperança, presidente da AAP, organização criada em Maio do ano passado e que, referiu, conta menos de 200 associados.

Em comunicado, a associação, que se afirma «perplexa» com a canonização do condestável de D. João I, cujo prestígio «não se dilata com o alegado milagre», diz estar «absolutamente indignada com a cumplicidade que os mais elevados dignitários de Portugal» emprestam à canonização, marcada para 26 de Abril, em Roma.

A AAP insurge-se especialmente contra a participação do Presidente da República (PR), Cavaco Silva, nessa comissão, da qual também fazem parte, entre outros, o presidente da Assembleia da Republica, Jaime Gama, e os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, Luís Amado e Severiano Teixeira, respectivamente.

«O Estado laico, condição essencial de uma democracia, fica, na opinião da AAP, irremediavelmente comprometido com a participação do PR que, de algum modo, estabelece uma lamentável confusão entre as funções de Estado e os actos pios do foro individual» , refere o comunicado.

A canonização do beato Nuno de Santa Maria foi anunciada a 21 de Fevereiro pelo Vaticano, depois de concluído o processo em que foi reconhecida por médicos a cura milagrosa de uma mulher residente em Vila Franca de Xira, que sofrera lesões no olho esquerdo ao ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe.

D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431) já tinha sido beatificado em 1918 pelo papa Bento XV, tendo o processo de canonização sido reaberto em Julho de 2004 no Patriarcado de Lisboa.

A Comissão de Honra, anunciada este fim-de-semana, pretende lançar bases para o estudo alargado sobre a dimensão espiritual, social, política e histórica do beato Nuno de Santa Maria e estimular iniciativas em torno das celebrações da canonização que vão decorrer em todo o país ao longo de 2009 e vão ser divulgadas através do site www.nunodesantamaria.org (http://www.nunodesantamaria.org) .

Integram ainda a comissão o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, general Valença Pinto, o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga, o Superior Maior da Ordem do Carmo em Portugal, padre Agostinho Marques de Castro, e o duque de Bragança, D. Duarte Pio.

Lusa / SOL


Cortem os pulsos! :evil:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fapi.ning.com%2Ffiles%2FaODiOfPz9e74VwX7r-g%2AU1CN-OIHnF%2AVPtafK5VS8AtnA1HizRWfTsHiTblD-KE8Obr%2AjmH4Sd-DGHhFnqI1mfh5GL7Oh5b1%2Fgorilla_middle_finger.jpg&hash=dfbd28fba5bdbecf625e5dd5a2118841)
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 07, 2009, 10:39:40 am
Espada do Condestável D.Nuno Álvares Pereira

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2FDSC05552-1.jpg&hash=57abf04b92261f8a11f30730aa35f4fb)

Descrição
"Espada atribuída a Nun’Álvares Pereira
Século XIV
Ferro forjado

Apesar das suas dimensões é uma arma relativamente leve, não atingindo os 2400 gramas de peso. A lâmina é direita, com dois gumes e encontra-se vazada para lhe garantir um menor peso e um melhor equilíbrio no manejo, tendo de ambos os lados como marca um lobo e cruzes. O punho, protegido por quartões e um arco, é revestido com uma placa de cobre onde se enrola, em hélice, um fio de cobre.

Foi encontrada após o terramoto de 1755, nos destroços do Convento do Carmo, onde Nun’Álvares viveu e morreu. Por ser muito comprida foi mandada cortar pelos frades Carmelitas para ser colocada, segura pela mão de uma imagem de Santo Elias.
A partir de então, na procissão do Dia do Corpo de Deus, Santo Elias aparecia armado com ela, até que em 1854, por ordem de El-Rei D.Pedro IV, foi mandada recolher ao Arquivo da Casa Real, no Paço das Necessidades, de onde veio para o Museu Militar em 19 de Dezembro de 1915."
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 07, 2009, 11:55:39 am
Segundo um colega de um outro Fórum, essa não é a espada verdadeira de D. Nuno Álvares Pereira. :evil:
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 07, 2009, 12:03:53 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Segundo um colega de um outro Fórum, essa não é a espada verdadeira de D. Nuno Álvares Pereira. :evil:


É atríbuída a D. Nuno Álvares Pereira por ter sido encontrada no Convento do Carmo, como refere o documento.
Então qual é a "verdadeira"?
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 07, 2009, 01:15:23 pm
Segundo ele, perdeu-se nos tempos... ou seja, ninguém sabe.
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 07, 2009, 08:08:09 pm
É muito provável que sim, como também os dados históricos pertencentes à espada presente do Museu Militar parecem levar-nos a pensar que possa ter pertencido de facto ao Condestável...
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 09, 2009, 01:03:35 am
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2F2957525_99Y9Y.jpg&hash=914c5e211a3813664d9b78edf290c37d)

Citar
«Os CTT associam-se à Canonização do Beato Nuno de Santa Maria com a edição de um único selo.
Os CTT Utilizaram a reprodução de um quadro antigo de colecção particular e que foi já utilizado no Livro de Filatelia "Henrique o Navegador".»


Só um selo?
Pffff... :bang:
Título:
Enviado por: Duarte em Abril 09, 2009, 01:38:54 am
Citação de: "TOMSK"
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2F2957525_99Y9Y.jpg&hash=914c5e211a3813664d9b78edf290c37d)

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«Os CTT associam-se à Canonização do Beato Nuno de Santa Maria com a edição de um único selo.
Os CTT Utilizaram a reprodução de um quadro antigo de colecção particular e que foi já utilizado no Livro de Filatelia "Henrique o Navegador".»

Só um selo?
Pffff... :twisted:  :roll:
Título:
Enviado por: SmokeOn em Abril 13, 2009, 12:23:21 pm
Bem

Para mim as reconstituições de batalhas são como as Feiras Medievais que vemos no Verão pelo país ... uma pura palhaçada.
É a tal coisa ... as pessoas quando se lembram de um Conto de Fadas têm sempre os ingredientes : um Rei, um Cavaleiro, uma donzela e ... claro um reinado. Experimentem dizer ao Povo em geral o pensariam se a mesma história fosse escrita não com termos de monarquia mas de outra forma ?
É por isso que acho uma fantochada ...

Se em vez de gastar dinheiro com essas fantasias romanticas aplicassem o dinheiro a recuperar monumentos e mesmo Castelos que estão a cair ... ganhavam muitos pontos.

Mas o que se pode esperar quando num estudo da SIC "O Estado do Estado" foi feito um inquérito aos portugueses sobre o que achavam da "União Ibérica" ... e entre 33% e 45% disseram que sim ??? curiosamente a percentagem de 45% verifica-se no Sul do País !


Muito tem de ser feito ...nada disto responde aos problemas dos milhares que são desempregados ... isto não lhes paga o ordenado e nem mata a fome !

Quanto ao Selo ... o que se pode esperar ? A história é feita por vencedores e não pelos vencidos ... não estou a defender Álvaro Cunhal mas ele não foi dos vencidos em 1974.
Título:
Enviado por: André em Abril 18, 2009, 02:19:25 pm
"Gaffe" do Vaticano convida à canonização de Alvarez


Começou a distribuição dos ingressos para a Praça de São Pedro, onde D. Nuno será canonizado dia 26. E a novidade é que, afinal, se chama 'Alvarez'. Um nome espanhol, povo a quem ganhou a batalha de Aljubarrota.

Os convites para a canonização de D. Nuno Álvares Pereira, domingo, 26 de Abril, começaram a chegar. E, com eles, uma novidade. Afinal, D. Nuno não se chama Álvares, mas "Alvarez". É o que vem escrito nos ingressos enviados pela "prefeitura da casa pontífice Bento XVI". Uma gralha? É o que parece ser, mas não deixa de ser uma estranha coincidência. O Condestável surge com um nome espanhol, precisamente o povo contra quem sempre se bateu. E os defensores da sua canonização até dizem que foi por vontade de Espanha que D. Nuno não foi santo mais cedo.

"Recebi os convites anteontem. Agora, está feito, não há tempo de corrigir, têm de ser distribuídos, mas o que interessa é que vamos lá estar [em Roma] e assistir à canonização de D. Nuno Álvares Pereira. Não é por causa de uma letra que deixa de ser canonizado." É a reacção do padre Francisco Rodrigues ao que diz ser um erro tipográfico. O sacerdote pertence à Ordem do Carmo (a que pertenceu D. Nuno) e é vice-postular da causa da canonização do beato Nuno de Santa Maria.

O nome de Nuno de Santa Maria "Alvarez" Pereira surge entre outros quatro beatos, cujas canonizações estão previstas para as 10:00 de domingo na Praça de São Pedro, em Roma, Itália. É o único português numa lista de mais quatro italianos, mas até parece espanhol.

D. Duarte é descendente de D. Nuno e, também, não atribui demasiada importância à alteração da ortografia. Embora reconheça, não ser uma coisa simpática. "Mas o mais importante é que é um santo nosso, o que é um motivo de orgulho", justifica. Ainda não tem o ingresso para a Praça de S.Pedro, mas conta levar a família para assistir à canonização.

"Deve ser mãozinha dos espanhóis, que sempre se opuseram à canonização. Se há pessoas que os espanhóis detestam, essa pessoa é D. Nuno Álvarez", ironiza João José Ferreira, um entusiasta da vida do Condestável. Mas acaba por condescender: "Não fica muito bem, mas penso que o erro não terá sido intencional. Claro que deveriam ter lido o convite com mais atenção antes de ser impresso."

João José Ferreira é um dos muitos portugueses que se estão a organizar para viajar até Roma na próxima semana. O padre Francisco Rodrigues diz que 700 pessoas lhe pediram um convite para aceder ao palco das cerimónias.

O vice-postulador da causa pensa viajar já na terça-feira para Itália, para acompanhar os preparativos finais e velar para que não existam mais incorrecções a ensombrar as cerimónias. "O que posso fazer é garantir que os textos oficiais estejam correctos, esses ainda poderei corrigir. Mas penso que não haverá problemas porque foram escritos por mim", sublinha.

A canonização de D. Nuno Álvares foi anunciada há dois meses, tal como a de outros nove beatos. E vai ser canonizado no primeiro grupo de cinco.

O Santo Condestável, como sempre lhe chamou o povo, embora tal só seja rigorosamente verdade a partir de domingo, viveu entre 1360 e 1431, tendo ingressado na Ordem do Carmo em 1422. Bento XV beatificou-o em 1918, mas foi a partir do momento em que os carmelitas e o patriarca de Lisboa agarraram nesta causa que a canonização se tornou mais rápida. O processo foi reaberto a 13 de Julho de 2004, nas ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa, numa cerimónia presidida por D. José Policarpo.

Carmelita, mas também guerreiro, D. Nuno Álvares Pereira e D. João I comandavam as tropas portuguesas quando derrotaram o exército castelhano de D. Juan I de Castela, na batalha de Aljubarrota. Foi no dia 14 de Agosto de 1385, e o confronto deu-se no campo de S. Jorge. Com a derrota definitiva das tropas castelhanas, acabou a crise 1383-1385, o que coincidiu com a consolidação de D. João I como rei de Portugal, o primeiro da dinastia de Avis.

DN
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 18, 2009, 05:13:35 pm
"Santa" Ingnorância!
 :bang:
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 18, 2009, 07:05:36 pm
Citar
in: DN de 16-04-2009

Presidente da República faz-se representar no Vaticano

Manuel Carlos Freire

O ministro Luís Amado vai chefiar a delegação portuguesa presente na cerimónia de beatificação de Nuno Álvares Pereira, no próximo dia 26

O Presidente da República vai estar representado pelo seu chefe da Casa Militar, general Carvalho dos Reis, na cerimónia de canonização de Nuno Álvares Pereira, que se realiza no próximo dia 26 no Vaticano, soube ontem o DN.

A delegação portuguesa vai ser chefiada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, e integra, entre outros, um representante da Assembleia da República e o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Valença Pinto. Cavaco Silva faz-se representar porque "problemas de agenda" o impedem de estar presente, adiantou uma das fontes.

De acordo com o protocolo, na fila da frente vão estar, além de Luís Amado e dos representantes do Presidente e do Parlamento, o embaixador português junto da Santa Sé e outro elemento do Ministério dos Negócios Estrangeiros, adiantou uma das fontes envolvidas no processo.

O beato Nuno de Santa Maria Álvares Pereira (1360-1431) é o patrono da Arma de Infantaria e da Brigada Mecanizada do Exército, ramo que enviará oficiais seus - a par de um major-general da Armada e outro da Força Aérea - à cerimónia.

Mas o chefe do Estado-Maior do Exército, general Pinto Ramalho, vai estar ausente da cerimónia, oficialmente porque não foi convidado. Nos bastidores, contudo, algumas fontes dizem que o general - enquanto comandante do Exército - não aceitou ser relegado pelo protocolo para as filas secundárias da assistência.

A canonização de Nuno Álvares Pereira, que pertenceu à Ordem do Carmo, foi anunciada há algumas semanas pelo Papa Bento XVI. O processo foi reaberto a 13 de Julho de 2004 e a decisão teve por base o reconhecimento de uma cura milagrosa relatada por Guilhermina de Jesus, uma sexagenária natural de Vila Franca de Xira que sofreu lesões no olho esquerdo.


Esquiva-te Cavaco!
Primeiro ia estar presente, agora evoca "problemas de agenda"....
Andamos a brincar ou quê? s1x2x
Título:
Enviado por: Luso em Abril 18, 2009, 09:33:58 pm
A nova filiação partidária de Cavaco não permite tal presença.
Como é sabido, o PS é um partido laico.
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 19, 2009, 01:47:45 pm
Vice-postulador da canonização de Nun`Álvares Pereira respeita críticas ateístas, apesar de as "estranhar"  

Lisboa, 14 Abr (Lusa) - O vice-postulador da canonização de Nun`Álvares Pereira disse hoje respeitar as críticas da Associação Ateísta Portuguesa à participação de figuras do Estado na Comissão de Honra da causa, apesar de as "estranhar".

"Respeito as críticas", disse o vice-postulador para a causa da canonização de Nun`Álvares Pereira, padre Francisco Rodrigues, quando questionado pela Lusa sobre as críticas da Associação Ateísta Portuguesa (AAP).

Contudo, acrescentou o sacerdote, essas críticas são um pouco "estranhas", pois Nun`Álvares Pereira não era apenas um religioso.

"Estranhei as críticas, ainda se ele fosse só um religioso, mas é um herói nacional que trabalhou tanto pela Nação e pela independência",
sublinhou o padre Francisco Rodrigues, que falava à saída de uma audiência com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, no Palácio de Belém.

No início do mês, dias depois de ter sido anunciado que o chefe de Estado aceitou integrar a Comissão de Honra para a canonização de Nun`Álvares Pereira, que vai ter lugar a 26 de Abril, em Roma, a AAP insurgiu-se contra a participação de figuras do Estado na comissão, acusando-as de cumplicidade numa "burla pueril" e de "traição ao Estado laico".

"Repudiamos esta traição ao Estado laico, pois está-se a fazer confusão entre funções de Estado e crenças pessoais", disse na altura à Agência Lusa Carlos Esperança, presidente da associação criada em Maio do ano passado e que, referiu, conta menos de 200 associados.

Num comunicado emitido também na ocasião, a associação insurgiu-se especialmente contra a participação do Presidente da República nessa comissão, da qual também fazem parte, entre outros, o presidente da Assembleia da Republica, Jaime Gama, e os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, Luís Amado e Severiano Teixeira, respectivamente.

"O Estado laico, condição essencial de uma democracia, fica, na opinião da AAP, irremediavelmente comprometido com a participação do PR que, de algum modo, estabelece uma lamentável confusão entre as funções de Estado e os actos pios do foro individual", lia-se no comunicado.

Ainda segundo o vice-postulador da causa da canonização de Nun`Álvares Pereira, o encontro de hoje com o Presidente da República com uma delegação da Comissão S. Nuno de Santa Maria, da Ordem do Carmo de Portugal, foi uma audiência para "agradecer" a Cavaco Silva por ter aceite o convite para integrar a Comissão de Honra.

A canonização do beato Nuno de Santa Maria foi anunciada a 21 de Fevereiro pelo Vaticano, depois de concluído o processo em que foi reconhecida por médicos a cura milagrosa de uma mulher residente em Vila Franca de Xira, que sofrera lesões no olho esquerdo ao ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe.

D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431) já tinha sido beatificado em 1918 pelo papa Bento XV, tendo o processo de canonização sido reaberto em Julho de 2004 no Patriarcado de Lisboa.

A Comissão de Honra pretende lançar bases para o estudo alargado sobre a dimensão espiritual, social, política e histórica do beato Nuno de Santa Maria e estimular iniciativas em torno das celebrações da canonização que vão decorrer em todo o país ao longo de 2009 e vão ser divulgadas através do site www.nunodesantamaria.org (http://www.nunodesantamaria.org) .

Integram ainda a comissão o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, general Valença Pinto, o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga, o Superior Maior da Ordem do Carmo em Portugal, padre Agostinho Marques de Castro, e o duque de Bragança, D. Duarte Pio.
Título:
Enviado por: teXou em Abril 19, 2009, 07:28:21 pm
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"Estranhei as críticas, ainda se ele fosse só um religioso, mas é um herói nacional que trabalhou tanto pela Nação e pela independência"

Ele não é só um religioso é verdade.  :roll:

Mas no próximo dia 26, o Vaticano, o Papa, não festeija o herói da Nação Portugal ... mas a canonização do beato Nuno de Santa Maria.

2 coizas completamente diferentes !
Título:
Enviado por: Duarte em Abril 19, 2009, 07:38:38 pm
Por mais que os laicos queiram, o religioso é inseparável do herói nacional, tal como a história de Portugal é inseparável da igreja e da monarquia. A árvore não sobrevive sem as suas raízes.

Revisionismo histórico de índole "politico-correctista", pode enrolar muito bem, e enfiar onde o sol não chega.

 c34x
Título:
Enviado por: teXou em Abril 19, 2009, 07:55:16 pm
Citação de: "Duarte"
Por mais que os laicos queiram, o religioso é inseparável do herói nacional, tal como a história de Portugal é inseparável da igreja e da monarquia. A árvore não sobrevive sem as suas raízes. ...

Como na maioria dos países europeus.  :banana:
Título:
Enviado por: Duarte em Abril 19, 2009, 10:02:42 pm
35 anos que a a ligação estado/catolicismo foi revogada.

Há mais de 8 séculos de ligação que levarão mais do que 35 anos para apagar. São 35 anos que Portugal está no declínio acelerado, não levará muito tempo para ser absorvido. Até o Português escrito degenerou.  :roll:
Título:
Enviado por: teXou em Abril 19, 2009, 11:21:51 pm
f2x2x  f2x2x
Título:
Enviado por: Duarte em Abril 19, 2009, 11:48:19 pm
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fsmiley.onegreatguy.net%2Fcrazy.gif&hash=b9dcf660b9e45802aaee585d856e5f1f)

 :jok:


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fsmiley.onegreatguy.net%2Fcrazyeyes.gif&hash=5c16f175b884f14bef93edfe93c0e8a4)(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fsmiley.onegreatguy.net%2Featshit.gif&hash=ab2122431e12cf5a9eea8e4c7b72447a)(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fsmiley.onegreatguy.net%2Fban-cow.gif&hash=f034f2dffc4cb9878d3d212460918bf5)
Título:
Enviado por: HSMW em Abril 20, 2009, 12:19:12 am
Citação de: "Duarte"
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fsmiley.onegreatguy.net%2Fban-cow.gif&hash=f034f2dffc4cb9878d3d212460918bf5)

Há com cada boneco  :shock:
Olha o que fizeram à pobre da banana...
Título:
Enviado por: Lancero em Abril 20, 2009, 04:31:21 pm
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Canonização: Cardeal Patriarca convida cristãos a celebrarem "Santo de Lisboa"

Lisboa, 20 Abr (Lusa) - O Cardeal Patriarca convidou hoje os párocos  e comunidades cristãs do Patriarcado de Lisboa a viverem espiritualmente  a canonização do Beato Nuno de Santa Maria, recordando que, além de Santo  de Portugal, "é sobretudo um Santo de Lisboa".  

 

   Numa mensagem a propósito da canonização do Santo Condestável, no próximo  domingo, e do Jubileu do monumento a Cristo-Rei (16 e 17 de Maio), D. José  Policarpo sublinhou a ligação de D. Nuno Álvares Pereira à cidade de Lisboa,  "onde viveu a última parte da vida como irmão da Ordem do Carmo, dando testemunho  heróico de humildade e de caridade, expressa sobretudo no amor dos pobres  a quem deu todos os seus bens e serviu com grande humildade".  

 

   "Formas de culto público, reconhecimento, pela comunidade, da sua santidade  de vida, são conhecidas em Lisboa logo após a sua morte", referiu, lembrando  também que foi a diocese de Lisboa que por três vezes (1918, 1940 e agora)  apresentou a causa da canonização.  

 

   "Ele é, pois, um Santo que muito diz à Diocese de Lisboa, onde se construiu  a primeira Igreja que o tem como Orago, a Igreja de Santo Condestável, na  Cidade de Lisboa", escreveu, convidando as comunidades cristãs a "viverem  espiritualmente este momento" e relembrando as celebrações, em Lisboa e  em Roma, que acompanham a cerimónia de canonização.  

 

   Na mesma mensagem, o Cardeal Patriarca referiu-se também à comemoração  dos 50 anos da inauguração do monumento a Cristo-Rei, a 16 e 17 de Maio,  recordando que ele resulta de um voto dos bispos portugueses, que, durante  a Segunda Guerra Mundial, pediram ao Sagrado Coração de Jesus e a Nossa  Senhora de Fátima que poupassem Portugal ao conflito.  

 

   Os prelados portugueses, adiantou, manifestaram dessa maneira a sua  fé na intervenção de Deus na história, pelo que, 50 anos depois, a mensagem  a reter é "levar os cristãos a confiar na acção de Deus na resolução dos  problemas" da sociedade.  

 

   "O Monumento a Cristo-Rei não pode ser apenas um mirante, mas um sinal  da protecção de Deus sobre a cidade dos homens", acentuou D. José Policarpo,  convidando igualmente os cristãos a participarem nas celebrações, que incluem  cerimónias com a presença da imagem de Nossa Senhora de Fátima.  
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 21, 2009, 12:09:54 pm
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Na Praça de São Pedro, no Vaticano, testemunhe um momento histórico para Portugal…

Dia 26 de Abril de 2009, a partir das 09:00h na RTP

Cerimónias da Canonização presididas por Sua Santidade o Papa Bento XVI na Praça de São Pedro.

Noventa e um anos depois do Papa Bento XV o ter reconhecido como beato, Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, vai agora ser proclamado santo, pelo Papa Bento XVI.

Imprescindível para o terminar deste processo foi a cura, considerada pela Igreja como milagrosa e por intercessão do beato Nuno de Santa Maria, de Guilhermina de Jesus, de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões graves no olho esquerdo, ao ser atingida por salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe.

No dia 26 de Abril, além de Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, são canonizados outros cinco beatos.
A cerimónia tem lugar em Roma e leva à capital italiana um grande número de fiéis portugueses.

Nuno Álvares Pereira, fundador da Casa de Bragança, nasceu em Cernache do Bonjardim em 24 de Julho de 1360. Filho de D. Álvaro Gonçalves Pereira, entrou aos 13 anos na corte de D. Fernando (rei de 1367 a 1383) como pajem da rainha D. Leonor de Teles. Destacando-se logo em jovem num ataque dos castelhanos a Lisboa, foi armado cavaleiro.
Em 1385, D. Nuno foi nomeado por D. João I como o Condestável do Reino. Conquistou o Minho para a causa e, depois da vitória de Trancoso em Maio ou Junho, cortou a arrojada avançada castelhana com a memorável Batalha de Aljubarrota, a 14 de Agosto de 1385.


Acho impressionante como nenhuma estação televisiva deu ainda um passo em frente para fazer um documentário sobre a vida do Santo Condestável, que seria concerteza a melhor maneira de dar a conhecer o seu exemplo aos portugueses...

Isto não é Portugal.
Isto é um país que anda a perder-se em telenovelas e futebol...
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 21, 2009, 12:39:01 pm
Exortação frente à estátua do Condestável na Batalha

Cavalga no bronze da glória
À ilharga do túmulo real,
Aqui, onde ficou, em pedra e fé, memória
Da mais vital vitória
De Portugal.

E ergue a espada nua. (Em certo dia
Bastara meia espada
Para enfrentar a cobardia
E vencer a batalha antes de começada.)

E o peito ovante oculta, floreada,
A cruz do seu brasão:
Como a sua alma e coração (branca e encarnada),
É divina divisa devotada
Ao Mestre, ao Rei e ao Irmão.

E olha o céu, caminho seu, seguro,
Pois sabe que no céu tudo se escoa
E Deus é sempre o futuro,
O último senhor do ceptro e da coroa.

Ó português que passas, indiferente,
Frente à estátua do Santo, do Herói:
Não te dói o presente?
A tua pátria doente
Não te dói?

Não sentes o desejo, o ímpeto de orar
Àquele que nos foi o salvador;
Pedir-lhe para regressar,
Formar quadrado contra o agressor?

De ter de novo como Capitão,
Por Deus e Pátria e Rei, o Herói, o Santo?
E de poder dizer altivamente não,
Seguindo o seu pendão,
Onde arde a esperança que perdeste há tanto?

Ah, se não queres marchar, em som de guerra,
Tal como ele, por um ideal,
É que não vale a pena o sangue, a terra,
E morre Portugal.


António Manuel Couto Viana

 :Palmas:
Título:
Enviado por: Lancero em Abril 21, 2009, 12:55:49 pm
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Canonização: Portugueses "divorciados" do acontecimento - D. Januário Torgal Ferreira


   Fátima, Santarém, 21 Abr (Lusa) - O bispo das Forças Armadas e de Segurança,  D. Januário Torgal Ferreira, considera que os portugueses "estão perfeitamente  divorciados" da canonização de D. Nuno Álvares Pereira, que se realiza domingo  no Vaticano.  

 

   "Eu não posso dizer sim, não ou 'nim'. Eu devo dizer aquilo que se passa",  afirmou D. Januário Torgal Ferreira, acrescentando que a sua sensibilidade  é que se trata de "um acontecimento que passa quase à margem de tudo aquilo  que nós vivemos".  

 

   Rejeitando que se trata de uma canonização elitista, o prelado considerou,  no entanto, que "tudo isto foi mal preparado", acusando, embora sem especificar,  os "sectores que estiveram em tudo isto".  

 

   Sem querer "pessoalizar" a questão, o bispo das Forças Armadas e de  Segurança - que não vai estar em Roma domingo para assistir à canonização  do militar português porque vai celebrar um casamento - admitiu nunca ter  tido qualquer contacto relacionado com este assunto, com excepção do Chefe  do Estado-Maior General das Forças Armadas.  

 

   O prelado afirmou, no entanto, que a canonização faz "justiça a uma  das mais antigas devoções que há na alma do povo", ressalvando contudo que,  neste momento, é "mínima" a devoção ao militar.  

 

   "Tendo eu descoberto que foi uma das devoções mais sentidas da alma  portuguesa, devo confessar, para não mentir, (...) que tenho sentido em  alargadíssimos sectores da alma nacional a mínima devoção ao Condestável  D. Nuno", declarou.  

 

   O bispo justificou: "Assumindo eu funções que tocam muito a figura do  Condestável D. Nuno como militar, nunca, em nenhum sector laical do País,  me foi solicitada uma celebração, uma eucaristia, uma conferência, uma reflexão  espiritual, uma visão historiográfica".  

 

   Sem esconder o desejo que D. Nuno Álvares Pereira fosse "o mentor espiritual  dos militares católicos portugueses", D. Januário Torgal Ferreira lamentou,  contudo, a forma "demasiadamente devocionista" como tem sido apresentado  o beato.  

 

   "Das várias coisas que tenho lido sobre o Condestável D. Nuno Álvares  Pereira são de tal forma devocionistas, são panegíricos tão fáceis, são  expressões de espiritualidade tão serôdia, que eu fico altamente escandalizado",  observou, aconselhando a leitura de um texto do padre António Ferreira Gomes,  posteriormente bispo do Porto, publicado em 1931, sobre o beato.  

 

   "Não quero ser também monolítico e dizer que a única pessoa a ter razão  foi D. António Ferreira Gomes", mas "o retrato com que é apresentado D.  Nuno Álvares trai a mais elementar das interpretações históricas", denunciou.  
 

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Canonização: Portugal necessita de santos nos tempos que correm - Presidente da Conferência Episcopal  

   Fátima, Santarém, 21 Abr (Lusa) - O presidente da Conferência Episcopal  Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, considera que o País "necessita de santos"  na actualidade e que ser santo "não é algo de excepcional, de anormal".  

 

   "Portugal, tendo alguns grandes santos, evidentemente que necessita  de santos nos tempos que correm e mesmo para o futuro", disse à Agência  Lusa, a propósito da canonização de D. Nuno Álvares Pereira, que decorre  domingo, em Roma.  

 

   "Eu creio que, pessoas como D. Nuno Álvares Pereira, Portugal necessita  de as ter (...) e, sobretudo, de as conhecer", acrescentou.  

 

   Para o Arcebispo Primaz de Braga, os santos são "homens e mulheres que  vivem o seu cristianismo com normalidade, num ambiente normal e que, por  isso mesmo, tentam ser modelo e exemplo para outros homens e mulheres".  

 

   O presidente da CEP destacou que a canonização do militar que comandou  as tropas portuguesas contra as castelhanas na Batalha de Aljubarrota é  um "apelo" a que "os católicos, os crentes, vejam que uma vida em fidelidade  com o Evangelho, pautada pelos valores de um humanismo autenticamente cristão  não é algo de excepcional, de anormal, mas é necessário para os tempos que  correm".  

 

   D. Jorge Ortiga destacou as qualidades de D. Nuno Álvares Pereira, que  não se limitaram a ser um "exímio militar" ou um "estratega", mas sublinhou  uma vida ligada à oração "antes da carreira militar, durante e, particularmente,  depois".  

 

   Além de realçar a relação "transcendente e com o divino através da oração",  o presidente da CEP apontou outros atributos cristãos do beato: "Sendo um  homem extremamente rico, possuidor de muitos bens, sentiu que deveria partilhar  em prol dos mais pobres".  

 

   Esta faceta - "de se colocar ao serviço dos mais necessitados, dos mais  carenciados" - é destacada por D. Jorge Ortiga, não hesitando em assumir  que D. Nuno Álvares Pereira "é uma referência neste tempo, que necessita,  precisamente, de alguém que possa dar como que uma ajuda no encontrar o  sentido da História".  

 

   Considerando que a canonização é uma "oportunidade" para a população  conhecer este grande português", que lutou para que Portugal conservasse  a independência, D. Jorge Ortiga afirmou ainda que "importaria que [os portugueses]  fossem capazes de sentir" a canonização como algo seu.  


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Canonização: Beato Nuno é do "melhor que Portugal teve na sua História" - Cardeal Patriarca


    Lisboa, 21 Abr (Lusa) - O Cardeal Patriarca de Lisboa considera que a canonização do Santo Condestável vai permitir recordar "o melhor que Portugal teve na sua História".  

 

    "Penso que a canonização, para quem a viver com sentido de Igreja, é um retocar, é um voltar à nossa memória o melhor que Portugal teve na sua História", sublinhou D. José Policarpo, em entrevista à Agência Lusa.  

 

    Além disso, a vida do Beato Nuno de Santa Maria, que domingo é canonizado em Roma pelo papa Bento XVI, vem mostrar que é possível servir a causa pública e ser cristão ao mesmo tempo, comentou.  

 

    "É possível ter cargos públicos importantes, servir a nação, como ele serviu, e serviu a nação num momento crucial da nossa História, e fazê-lo com um espírito cristão, de grande elevação. Portanto, não há contradição entre o ser cristão e o servir, antes pelo contrário, pode ser uma ajuda", afirmou.  

 

    Outro aspecto de Nuno Álvares Pereira que o Cardeal Patriarca de Lisboa destaca é a radicalidade da última fase da sua vida.  

 

    Recordando que o Condestável era possuidor de uma grande fortuna ("esteshomens públicos nessa altura eram gratificados com terras"), D. José Policarpo afirmou que Nuno Álvares Pereira dedicou tudo à causa dos pobres, à excepção dos bens necessários para a construção do Convento do Carmo, onde viveu e morreu.  

 

    Por isso, sublinhou, o Santo Condestável é o melhor que Portugal tem na sua História, independentemente das circunstâncias políticas da altura, situação que não é "transponível para os dias de hoje".  

 

    Quanto ao processo, D. José Policarpo recordou os principais passos, nomeadamente as anteriores tentativas de canonização, em 1918 e 1940, referindo que nos finais do século XVI a Igreja viu-se obrigada a exigir a abertura de processo canónico para os casos em que não tivesse havido martírio.  

 

    No entanto, disse, o decreto papal que fixou as regras estabeleceu uma excepção para os santos já com culto popular com mais de 200 anos.  

 

    "Era o caso do Santo Condestável: o beato Nuno de Santa Maria teve culto público praticamente logo a seguir à sua morte [1431]. Foi de tal maneira marcante, sobretudo a última parte da sua vida, de serviço dos pobres, de atendimento e de esmoler, porque distribuiu os seus bens pelos pobres, não era preciso canonização", sublinhou.  

 

    Apesar disso, em 1918 o então Cardeal D. António Mendes Belo decidiu introduzir a causa do Beato Nuno, ao que a Santa Sé respondeu não ser necessária a instrução de processo, aprovando por decreto o culto.  

 

    O processo voltou a ser apresentado em 1940, mas aí, referiu, percebe-se a razão.  

 

    "Em 1940 é a comemoração do centenário da nacionalidade e da Restauração, e aí penso que por pressão do governo de então, acho que o dr. Salazar fazia muita questão com isso, que se fizesse uma festa pública, e o Cardeal Cerejeira reintroduziu o processo", explicou.  

 

    "E a Santa Sé respondeu da mesma maneira: que não havia lugar para uma canonização, que quando muito declarava por decreto o culto. Mas isso não interessava ao governo da altura, que queria uma festa, e o assunto morreu", recordou.  

 

    Foi nessa altura que, por decreto papal, foi autorizado o culto e permitido que o Santo Condestável fosse patrono de igrejas.  

 

    A Igreja do Santo Condestável, em Campo de Ourique, Lisboa, foi o primeiro templo a ter Nuno Álvares Pereira como patrono, uma situação até então reservada pela Igreja a santos canonizados.  

 

    Quando em 2001 a Ordem Carmelita manifestou interesse em voltar a apresentar o processo, D. José Policarpo esperava que o desfecho fosse o mesmo.  

 

    No entanto, para sua surpresa, o cardeal Saraiva Martins, então prefeito da Congregação da Causa dos Santos, decidiu fazer um processo totalmente novo, como se nunca tivesse acontecido nada até então.  

 

    Esta circunstância levou D. José Policarpo a tomar uma decisão que desde então não voltou a repetir: mandar abrir os selos dos processos de 1918 e de 1940 para deles retirar os elementos que pudessem ser utilizados no novo processo, conduzido no Patriarcado pelo falecido cónego Saraiva Abrantes.

 

    E o processo acabou por terminar com a canonização do beato Nuno de Santa Maria.  

 

    "Finalmente o Santo Condestável vai ter uma festa, apesar de já ser santo há muito tempo, vai ter uma festa de canonização", comentou, sorrindo.

 

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 Canonização: Processo chega ao fim, 570 anos depois

Lisboa, 21 Abr (Lusa) - A primeira tentativa de canonização de D. Nuno Álvares Pereira foi feita por D. Duarte, pouco depois da morte do Condestável, pedindo ao papa Eugénio V para canonicamente declarar santo quem já o era aos olhos do povo.  

 

    De acordo com várias crónicas, o rei terá argumentado com os exemplos de humildade, bondade e devoção aos pobres que frei Nuno de Santa Maria, nome religioso que o Condestável adoptou ao entrar nos Carmelitas Calçados a 15 de Agosto de 1423.  

 

    D. Duarte, que as crónicas descrevem como muito amigo de D. Nuno Álvares Pereira e que se encontrava à sua cabeceira (bem como D. João I) quando a morte sobreveio a 01 de Abril de 1431, estava apenas a dar expressão oficial a um culto religioso popular que tivera início pouco antes.  

 

    "Alguns anos depois da sua morte, por volta de 1460-1470, Nun'Álvares tinha já culto nessa Ordem, e por iniciativa de D. Afonso V (Agiológio lusitano dos santos e varões ilustres, de Jorge Cardoso, 1668) ou de D. Duarte (Crónica dos Carmelitas, de Frei José Pereira de Santana, 1745) foi mandado lavrar em prata uma lâmpada que se conservou permanentemente acesa sobre a sepultura, localizada na capela-mor do Convento do Carmo", escreve o professor Castro Leal.  

 

    "Tais ocorrências permitiram o surgimento de um forte culto de religiosidade popular à sua santidade, fora das normas canónicas mas tolerado, que se traduzia em peregrinações religiosas e romarias festivas ao Convento", acrescenta o historiador, docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, autor da monografia "Nuno Álvares: símbolo e mito nos séculos XIX-XX".  

 

    A causa da beatificação foi retomada já depois da Restauração da Independência, por D. João IV (1641) e por D. Pedro II, em 1674, em ambos os casos sem sucesso, a par de outras tentativas, igualmente falhadas, promovidas pela Ordem dos Carmelitas.  

 

    A partir de 1894 desencadeia-se novo processo, que conhece vários contratempos ("morte do notário e do promotor, mudança de juízes, resignação do Cardeal-Patriarca D. José Sebastião Neto") até que é aprovado o relatório que o então Patriarca, D. António Mendes Belo, envia para Roma.  

 

    No ano seguinte, a 15 de Janeiro de 1918, a Congregação dos Ritos aprovou o relatório e reconheceu o culto ao beato Nuno de Santa Maria, ratificado por decreto papal de Bento XV, de 23 de Janeiro de 1918, no qual é aprovada a missa e o ofício da festa ao novo beato para 06 de Novembro.  

 

    Conseguida a beatificação começaram desde logo os trabalhos para obter da Santa Sé a canonização do Santo Condestável, o que esteve quase a ser conseguido por decreto de Pio XII, num processo que acabou por não ter seguimento, segundo o padre Francisco Rodrigues, o carmelita Vice-Postulador do processo que agora concluiu.  

 

    Em Maio de 1941, o mesmo papa autoriza o início do processo de canonização "via milagre", mas, por razões que o padre Francisco Rodrigues afirma desconhecer, os trabalhos foram interrompidos anos depois, apesar do interesse manifestado por António Salazar e do empenho do então Cardeal Patriarca, D. Manuel Cerejeira.

 

    Na década de 60 do século passado, no sexto centenário do nascimento de D. Nuno Álvares Pereira, a causa foi retomada, mas rapidamente abandonada, face à guerra que então eclodiu em África.  

 

    O processo só recomeçou no início deste século, quando o actual Cardeal Patriarca de Lisboa acedeu ao pedido dos Carmelitas para reapresentar o processo, mas receando que igualmente tivesse o mesmo destino.  

 

    Mas, para seu espanto, como D. José Policarpo reconheceu em entrevista à Lusa, o cardeal Saraiva Martins, prefeito da Congregação da Causa dos Santos, decidiu começar o processo a partir do zero.  

 

    Reaberto em Julho de 2003 no âmbito do Patriarcado, foi concluído em menos de um ano (Abril de 2004), tendo sido nomeado em Novembro o tribunal eclesiástico que iria estudar o processo do milagre atribuído ao Santo Condestável.

 

    Esse suposto milagre, confirmado agora com a canonização, refere-se à cura de Guilhermina de Jesus, ocorrida a 07 de Dezembro de 2009, três meses depois de salpicos de óleo a ferver a terem atingido na córnea do olho esquerdo.  

 

    Em Janeiro de 2005 o processo foi enviado para aquela Congregação, incluindo já a aprovação do alegado milagre atribuído à intercessão do Santo Condestável.

 

    Ao fim de três anos de novos estudos, o papa Bento XVI aprovou, a 03 de Julho de 2008, os decretos sobre as virtudes heróicas e sobre o milagre, marcando, em Fevereiro deste ano, a data de 26 de Abril para a cerimónia de canonização, pondo termo a um processo com 570 anos.  
 
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Canonização: 600 anos de elogios a D. Nuno Álvares Pereira, "do melhor da História de Portugal"    

   Lisboa, 21 Abr (Lusa) - Unanimemente reconhecido como génio militar,  símbolo da independência e homem piedoso, com culto popular logo após a  morte, em D. Nuno Álvares Pereira, beato e santo a partir de domingo, esgotam-se  adjectivos e elogios há quase 600 anos.  

 

   "Vencedor heróico", "monge piedoso", "nobre pelo sangue e pelo carácter",  "encarnação da melhor alma portuguesa: fé, valentia, bondade, cavalheirismo",  "símbolo da fé e amor da Pátria", "Santo Condestável", "Conde Santo", "símbolo  da autonomia e da consolidação da Nação" são algumas das expressões recolhidas  pelo professor Ernesto Castro Alves, da Faculdade de Letras de Lisboa, na  monografia "Nuno Álvares: símbolo e mito nos séculos XIX-XX".  

 

   Filho do prior da Ordem dos Hospitalários de Portugal, D. Álvaro Gonçalves  Pereira, e de D. Iria Gonçalves de Carvalhal, dama de companhia de D. Beatriz,  filha de D. Fernando e de Dª Leonor Teles, Nuno Álvares Pereira nasceu em  Cernache do Bonjardim, na Beira Baixa, a 24 de Junho de 1360.  

 

   Apesar de ter sido armado cavaleiro pela própria Dª Leonor Teles, Nuno  Álvares Pereira não hesitou em se colocar ao lado dos poucos nobres portugueses  e do povo português que se revoltaram contra a possibilidade do trono vir  a cair em mãos castelhanas e aclamaram o mestre de Avis como rei de Portugal,  na crise de 1383-1385, facção contrária à dos seus meio-irmãos e da própria  mãe.  

 

   Amigo de longa data do mestre de Avis, D. Nuno Álvares Pereira revela-se  um notável estratego, estreando na batalha de Atoleiros (1384), a primeira  que travou, a táctica do quadrado, que viria a revelar-se decisiva na batalha  de Aljubarrota (15 de Agosto de 1385), o confronto que pôs fim à crise e  estabeleceu em definitivo o reinado de D.João I.  

 

   O rei, que o nomeara Condestável do reino após a vitória em Atoleiros,  cumula-o de terras e títulos (conde Ourém, conde de Barcelos, conde de Arraiolos,  entre outros), tornando-o num dos homens mais ricos e mais poderosos do  reino.  

 

   A aliança entre o mestre de Avis e o seu braço direito cimentou-se com  o casamento de um filho bastardo do rei, D. Afonso, com Dª Beatriz, filha  do matrimónio entre D. Nuno Álvares Pereira e Dª Leonor Alvim, dando origem  à casa de Bragança.  

 

   Alguns historiadores referem um afastamento entre os dois homens, provavelmente  resultado de uma luta pelo poder, anos após a consolidação da independência,  com referências à possibilidade de D. Nuno Álvares Pereira ter ficado desgostado  com o rumo que o país estava a levar, tendo um outro ideal para Portugal.  

 

   Após a morte da mulher, e mais tarde, da filha, resolve em 1423 doar  todos os bens aos pobres e recolher-se ao Convento de Nossa Senhora do Vencimento  do Monte do Carmo, em Lisboa, que ele próprio mandara construir muito provavelmente  em louvor da vitória na batalha de Valverde (1385), refere Castro Leal.  

 

   Tendo professado na data simbólica de 15 de Agosto de 1423, tomando  o nome de frei Nuno de Santa Maria, nunca quis ser ordenado padre.  

 

   É neste convento, de que hoje apenas restam ruínas, que morre no dia  01 de Abril de 1431, data que é largamente aceite pelos historiadores, embora  a convicção popular fosse de que tivesse morrido a 01 de Novembro, dia em  que tinha lugar a principal festa do culto ao Santo Condestável.  

 

   Os últimos anos da sua vida são passados a prestar auxílio aos pobres  da cidade de Lisboa, que faziam bicha à porta do Convento do Carmo, chegando  mesmo a mendigar por esmolas pelas ruas, pedindo dinheiro para distribuir  pelos mais necessitados, assinala o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José  Policarpo.  

 

   "Nun'Álvares morreu na austera cela do Convento do Carmo que habitava,  provavelmente em 1 de Abril de 1431, tendo a seu lado D. João I e o Príncipe  D. Duarte, e foi colocado numa sepultura rasa - conforme seu desejo - no  meio da capela-mor da Igreja do Convento, mais chegada às cadeiras que ficam  do lado da Epístola", refere o professor Castro Leal.  
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 21, 2009, 01:18:05 pm
O Estado Português não está, portanto, a fazer nada para assinalar condignamente a celebração de um dos maiores portugueses, escolhendo assilm deixar esta data "passar ao lado".
Já esperava isso, princilpalmente de um governo PS.

Se ao menos ainda estivéssemos numa coligação PSD/CDS-PP tinha a certeza que as coisas seriam ligeiramente diferentes - para melhor.
Ou numa Monarquia, sem dúvida.

Se no próximo dia 26 de Abril o Estado Português demonstrar mais uma vez não estar à altura das suas melhores tradições de honra aos Heróis da Nação, teremos pela frente um sinal muito claro de fim de Portugal como identidade cultural única e soberana, agora condenada aos desígnios externos e ocultos.

"Só as nações incultas desconhecem os seus homens ilustres.
O nosso povo, desgraçadamente, é um povo analfabeto. E, para o castigo ser mais rude, propagandas dissolventes, de procedências várias e com diversos fins, têm-no batido com insistência, durante largos anos, consecutivamente. Houve quem cerrasse os olhos a essa tarefa anti-portuguesa e anti-social. Houve quem aparentasse não se aperceber dos seus perigos, sabendo muito bem a sua gravidade. E foram-se esquecendo as nobres figuras, os edificantes exemplos e as lições prodigiosas do Passado, que é sempre uma escola, quer para os indivíduos, quer para as colectividades. Quem é hoje, fora do círculo apertado dos estudiosos, que conhece, e devidamente compreende, a personalidade eminente de Nun`Álvares? Quem sabe as suas glórias, os seus heroísmos, os seus rasgos, as páginas edificantes e comoventes da sua vida modelar, toda ela consagrada, sem um desfalecimento, sem uma hesitação, sem uma incoerência, ao amor de Deus e ao serviço da Terra-Mãe? Nós vivemos numa época que exige, como nenhuma outra, talvez, o conhecimento dos grandes homens dos tempos idos. Para os chorar? Para os admirar apenas? Principalmente, para os tomarmos como modelos. Para continuarmos a sua obra...
E Portugal salvar-se-á, de quantas crises o assoberbem, se não esquecer Nun`Álvares, se ouvir vozes e a lição do Santo Condestável... "
Título:
Enviado por: Lancero em Abril 21, 2009, 03:26:41 pm
Citação de: "TOMSK"
Se ao menos ainda estivéssemos numa coligação PSD/CDS-PP tinha a certeza que as coisas seriam ligeiramente diferentes - para melhor.


Onde vai estar domingo o presidente da República eleito pelo PSD/CDS-PP?
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 21, 2009, 03:53:56 pm
Citação de: "Lancero"
Citação de: "TOMSK"
Se ao menos ainda estivéssemos numa coligação PSD/CDS-PP tinha a certeza que as coisas seriam ligeiramente diferentes - para melhor.

Onde vai estar domingo o presidente da República eleito pelo PSD/CDS-PP?


Ele ia estar presente. Só que lhe "apareceram" problemas de agenda, veja lá...
E era no Presidente da República que eu confiava para interceder junto do Governo. Afinal, juntou-se ao "boicote".

Digo o CDS-PP porque foi o partido que tem estado mais interventivo neste assunto. Referi-me a uma coligação porque não vejo a vitória única, por si só.
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 21, 2009, 09:02:04 pm
Entretanto, as boas noticías também devem ser assinaladas!

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A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou uma moção de homenagem ao Santo Condestável, que será canonizado por Bento XVI no próximo dia 26 de Abril.

Na reunião do passado dia 24, ficou ainda determinado que se solicite à Câmara Municipal de Lisboa que promova a colocação de um monumento a D. Nuno Álvares Pereira, no local para esse efeito preparado, no cimo do Parque Eduardo VII.

A moção que segue foi apresentada pelo deputado municipal Luís Brito Correia do PSD (foi também subscrita pelo Presidente da Junta de Freguesia do Santo Condestável) e cujos dois pontos foram votados em separado e aprovados, por maioria (PSD e CDS), sem votos contra (!) e com abstenções do PS, PCP, BE e PEV. O PCP (Modesto Navarro) apresentou um voto de vencido, invocando a separação da Igreja do Estado.

Texto da Moção
O Papa Bento XVI decidiu canonizar, em 26 de Abril de 2009, D. Nuno Álvares Pereira, beatificado pelo Papa Bento XV, em 23.1.1918, e a quem o povo português chama, há séculos, o Santo Condestável.
Armado cavaleiro aos 13 anos, foi treinado no culto dos grandes valores da vida; e tornou-se defensor da justiça, dos oprimidos, das viúvas e dos órfãos.
Nuno Álvares Pereira contribuiu decisivamente para a independência nacional, quer como chefe militar (Fronteiro-Mor do Alentejo e, depois, Condestável do Reino), quer como líder político, sobretudo, nas Cortes de Coimbra, de 1385. À sua coragem e determinação se devem as vitórias nas batalhas de Atoleiros (6.4.1384), Aljubarrota (12.8.1385) e Valverde (17 e 18.10.1385).

Como intérprete eminente dos sentimentos do povo português, e, especialmente, do então chamado "povo miúdo" de Lisboa, contribuiu de modo muito relevante para a consciência da nossa identidade nacional.
Com 55 anos, participou na expedição a Ceuta, com que se iniciou a expansão portuguesa pelo mundo, nos primórdios da globalização.
Promoveu a construção do Convento do Carmo, em Lisboa, um monumento nacional, que, ainda hoje, é admirável, apesar de arruinado pelo terramoto de 1755.

Depois de negociar a paz com Castela (em 31.10.1411), começou a orientar a sua vida para o convento. Tendo-lhe pertencido metade do Reino, repartiu as terras pelos netos; distribuiu todo o dinheiro, jóias, armas e roupas a cavaleiros e escudeiros e a pobres; e, desde 1423, viveu como humilde donato carmelita os últimos oito anos da sua vida, repartindo diariamente a tença real pelos pobres, à porta do convento. Ele, que fora, abaixo do Rei, o fidalgo mais poderoso do Reino (Condestável, Conde de Ourém, Conde Arraiolos, Conde de Barcelos, etc.), passou a viver numa "cela minguada, escura e solitária", não consentindo que lhe chamassem senão Nuno, por humildade - depois, Nuno de Santa Maria.
A Crónica do Condestável diz dele que "Deus por sua mercê fez e faz muitos milagres naquele lugar em que seu corpo jaz que são denotados e manifestos".
Foi considerado pelo historiador Oliveira Martins como "a mais nobre, a mais bela figura que a Idade Média portuguesa nos deixou".
A Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 24 de Março de 2009, delibera:

1. Aprovar um voto de congratulação pela anunciada canonização do Santo Condestável.
2. Solicitar à Câmara Municipal de Lisboa que promova a colocação de um monumento a D. Nuno Álvares Pereira, no local para esse efeito preparado, no cimo do Parque Eduardo VII.


Ou seja, dentro de pouco tempo a cidade de Lisboa terá um monumento a Nuno Álvares Pereira junto à grande bandeira nacional presente no Parque Eduardo VII.
Muito bem! Só espero que seja uma obra bem feita e não um qualquer aborto intitulado "arte".
 :Bajular:  :Palmas:
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 22, 2009, 02:04:46 pm
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Canonização com lotação esgotada

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.wmaker.net%2Fportorl%2Fphoto%2F1265344-1656000.jpg&hash=b5e0913c0ed273633067c367c6a55e4e)

Correio da Manhã - 22 de Abril de 2009

Está tudo a postos. Trinta e dois anos depois da canonização de santa Beatriz da Silva, em 1976, Portugal volta a ter um santo. E, desta vez, um herói nacional.

A canonização do beato Nuno de Santa Maria está marcada para as 10h00 de domingo, na praça de S. Pedro, em Roma, onde os lugares já estão todos ocupados.

"Para assistir à celebração na praça, nós temos direito a pouco mais de três mil lugares (são 15 mil ao todo) e há muito que não há inscrições", disse ao CM o padre carmelita Francisco Rodrigues, vice-postulador da causa.

De resto, a concelebrar com o Papa estarão apenas 50 clérigos, sendo somente dez portugueses. É que os beatos a canonizar são cinco, quatro italianos e um português, e os lugares foram divididos em número exactamente igual para cada causa.

Assim, da causa portuguesa vão sentar-se ao lado de Bento XVI o Cardeal-patriarca, D. José Policarpo, o cardeal D. Saraiva Martins, o presidente da CEP, D. Jorge Ortiga, os bispos do Alentejo, D. José Alves, D. Antonino Dias e D. Vitalino Dantas, que é carmelita, o titular da paróquia do Santo Condestável, o provincial português da Ordem do Carmo, o abade-geral da Ordem e outro bispo que ocupará o lugar cedido pelo vice-postulador.

No meio dos restantes fiéis vão ficar bispos como D. Jacinto Botelho, D. Manuel Felício, D. Neto Quintas ou D. Carlos Azevedo.

Em lugar especial, definido pelo protocolo, vão sentar-se também as autoridades representantes do Estado, como o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, o chefe da Casa Civil do Presidente da República, O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e o deputado Guilherme Silva.

Mas há também outras personalidades nesse sector à direita do Papa, como D. Duarte Pio de Bragança ou a miraculada, Guilhermina de Jesus.

De resto, os primeiros portugueses começam a chegar a Roma já na próxima sexta-feira, dia em que se realiza a primeira vigília.

O PROCESSO QUE CHEGOU AO FIM

Após várias tentativas de canonização de D. Nuno Álvares Pereira, ao longo dos séculos, este processo, iniciado em Abril de 2004 pela Ordem do Carmo e pela diocese de Lisboa, acabou por alcançar um objectivo desejado há quase 570 anos. Estas duas caixas continham o processo que chegou ao fim.

DEZ SANTOS PORTUGUESES NASCIDOS APÓS A NACIONALIDADE

S. Teotónio (1082-1162)
Nasceu em Valença, é padroeiro de Viseu e considerado o primeiro santo português

SANTO ANTÓNIO (1179-1231)
É o mais conhecido santo português e ombreia em popularidade S. Francisco.

S. GUALTER (canon. em 1260)
Foi o primeiro frade franciscano a fixar-se em Guimarães. Ajudava os pobres.

SANTA ISABEL (1271-1336)
Rainha de Portugal, esposa de D. Dinis. Foi canonizada por Urbano VIII em 1625.

S. JOÃO DE DEUS (1495-1550)
É o padroeiro dos hospitais e foi canonizado em 1690 pelo Papa Alexandre VIII.

S. FREI GIL (1190-1265)
Nasceu em Vouzela, morreu em Santarém e foi canonizado por Bento XIV em 1748.

S. GONÇALO GARCIA (1557-1597)
Filho de portugueses, nasceu na Índia e foi martirizado no Japão. Canonizado em 1862.

S. JOÃO DE BRITO (1647-1693)
Nasceu em Lisboa e morreu, martirizado, na Índia. Canonizado por Pio XII em 1947.

SANTA BEATRIZ DA SILVA (1426-1492)
Nasceu em Campo Maior e morreu em Espanha. Canonizada por Paulo VI em 1976.

S. NUNO DE SANTA MARIA (1360-1431)
Herói de Aljubarrota, condestável e carmelita. Canonizado por Bento XVI em 2009.

VIGÍLIAS DE LOUVOR EM VÁRIAS IGREJAS DA CIDADE DE ROMA

Além da cerimónia de canonização, marcada para as 10h00 de domingo, estão previstas, mesmo no programa oficial, uma série de vigílias e celebrações, em várias igrejas de Roma, de louvor e agradecimento a Deus, "pela graça de Portugal ter mais um santo".

A primeira vigília ocorrerá já na sexta-feira à noite, altura em que muitos portugueses já estarão em Roma, e terá lugar no Colégio Pontifício Português. No sábado, pelas 19h30, o padre Fernando Millán, prior-geral da Ordem do Carmo, celebrará uma vigília na Igreja de Santa Maria, em Traspontina. Mas a grande vigília está marcada para as 21h00, na Igreja de Santo António dos Portugueses, e vai ser presidida pelo Patriarca de Lisboa.

Para além de D. José Policarpo, devem participar nesta celebração diversos prelados portugueses, como D. Jorge Ortiga, D. José Alves ou D. António Vitalino.

Na tarde de domingo, a Embaixada de Portugal junto da Santa Sé promove uma recepção com os prelados portugueses e elementos da hierarquia da Cúria Romana, como os cardeais D. Ângelo Amato, D. Ivan Dias e D. José Saraiva Martins.

De resto, na segunda-feira à tarde, o Cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, celebra uma Eucaristia de acção de graças na Basílica de São Paulo Fora de Muros. Na Terça, dia 28, há ainda uma Missa na Ordem do Carmo em Roma.

NO ALTAR DE UMA IGREJA LISBOETA

Em meados do século passado, mais de 30 anos após a beatificação de Nuno Álvares Pereira, o Patriarcado de Lisboa criou a paróquia do Santo Condestável. Foi construída uma igreja de raiz, toda dedicada ao ‘santo’ e herói da pátria. No dia 10 de Maio, esta paróquia vai realizar uma festa, para a qual D. Policarpo já convidou toda a diocese, em honra de S. Nuno de Santa Maria.

LIVRO REVELA TUDO SOBRE NOVO SANTO

Foi e é um dos maiores heróis nacionais. Primeiro venceu Aljubarrota, garantindo a independência de Portugal e agora, 570 anos após a morte, conquistou a santidade. Neste livro, disponível amanhã, na compra do CM, por apenas 1,5 euros, pode conhecer a vida de D. Nuno Álvares Pereira que, através da cerimónia de canonização do próximo domingo, sobe aos altares do Mundo. Ficará, ainda, a conhecer as suas facetas de guerreiro e de monge carmelita, assim como a evolução do processo de canonização, e o motivo pelo qual o mesmo se arrastou ao longo de vários séculos.

COMISSÃO DE HONRA

Cavaco Silva - Presidente da República

Jaime Gama - Presidente da A. República

Luís Amado - Ministro dos Neg. Estrangeiros

Luís Valença Pinto - CEMG das Forças Armadas

D. José Policarpo - Cardeal-patriarca de Lisboa

D. Jorge Ortiga - Presidente da CEP

Agostinho M. de Castro - Provincial Carmelita

D. Duarte Pio - Duque de Bragança


LONGO
Os processos de beatificação e canonização são sempre muito longos e difíceis. Os passos são muitos e em cada um deles é exigido algo muito difícil de provar: um milagre.

5
Só cinco anos após a morte de uma pessoa com fama de santidade é possível iniciar o processo de beatificação. A não ser que haja autorização do Papa, sempre excepcional, para antecipar o prazo, como aconteceu com a Irmã Lúcia.

570
Foram os anos que a Ordem do Carmo e Portugal tiveram de esperar para ver D. Nuno Álvares Pereira ser elevado aos altares do Mundo.

ESPERA
Portugal tem 23 processos de canonização e beatificação em espera no Vaticano. Uma lista que inclui os Pastorinhos Jacinta e Francisco, o padre Américo e o famoso Padre Cruz.


Por isso, quem quiser ficar a saber mais acerca da vida do Condestável,  aproveite amanhã  a "oferta" do Correio da Manhã. :wink:
Título:
Enviado por: P44 em Abril 23, 2009, 10:39:41 am
agora é que Portugal finalmente vai sair do buraco...Aleluia!  :roll:
Título:
Enviado por: P44 em Abril 23, 2009, 10:40:17 am
Citação de: "Lancero"
Citação de: "TOMSK"
Se ao menos ainda estivéssemos numa coligação PSD/CDS-PP tinha a certeza que as coisas seriam ligeiramente diferentes - para melhor.

Onde vai estar domingo o presidente da República eleito pelo PSD/CDS-PP?


essa foi boa  :jok:
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 23, 2009, 10:53:35 am
Citação de: "P44"
agora é que Portugal finalmente vai sair do buraco...Aleluia!  :P  :lol:
Título:
Enviado por: P44 em Abril 23, 2009, 11:02:36 am
Citação de: "TOMSK"
Citação de: "P44"
agora é que Portugal finalmente vai sair do buraco...Aleluia!  :P  :shock: olha...pensando bem....
Título:
Enviado por: Lancero em Abril 23, 2009, 11:44:16 am
Não percebo porque se há-de criticar ou gozar com algo que satisfaz a parte dos portugueses. Mas enfim...


Mais uma resma...

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Canonização: Escuteiros portugueses marcam presença em Roma

Lisboa, 23 Abr (Lusa) - Cerca de 200 escuteiros portugueses deslocam-se  este fim-de-semana a Roma, para assistirem na Praça de São Pedro às cerimónias  de canonização do patrono do Corpo Nacional de Escutas (CNE), Beato Nuno  de Santa Maria.  

 

   Segundo informação hoje divulgada pelo CNE, um grupo de 202 escuteiros  desloca-se em voo charter.  

 

   Para a selecção dos membros que integram este grupo, o CNE organizou  um concurso na Internet, a nível nacional entre todos os escuteiros do país,  "oferecendo ao bando/patrulha/equipa de cada secção que mais soubesse da  vida do Santo Condestável a possibilidade de viajar até Roma para assistir  à cerimónia da canonização ao vivo".  

 

   "Além dos vencedores do concurso, viajam todos os que desejavam celebrar  com Bento XVI este momento tão importante para o CNE", explica Carlos Alberto  Pereira, Chefe Nacional do Corpo Nacional de Escutas.  

 

   "A ideia que presidiu à decisão foi encontrar uma solução que permitisse  aos escuteiros que quisessem viver este momento ímpar da canonização do  Patrono do Escutismo Católico Português, sem que o seu orçamento familiar  fosse muito sobrecarregado", acrescenta.  

 

   Para este responsável, a canonização de Nuno Álvares Pereira "é um momento  marcante", uma vez que "ele é o patrono do CNE, é um modelo de vida incontornável  no processo educativo que o escutismo oferece aos jovens".  

 

   A delegação do CNE parte para Roma na manhã de sábado, dia 25 de Abril,  regressando a Portugal no final de domingo, dia 26.  

 

   O programa em Roma prevê, além das cerimónias de canonização no domingo,  a participação, no sábado, na oração na Basílica de São Paulo Fora de Muros,  pelas 10:30, e na Vigília na Basílica de Santo António dos Portugueses,  presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, pelas 21:00.  
 


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Canonização: Portugueses viajam para Roma em número esperado pelas agências de viagens    

   Lisboa, 23 Abr (Lusa) -- Mais de 350 portugueses vão assistir, em Roma,  à cerimónia de canonização do beato Nuno integrados em circuitos organizados  por agências de viagens, uma participação que, em época de crise, correspondeu  às expectativas das empresas turísticas.  

 

   A maioria das viagens divulgadas no sítio oficial da Comissão "São Nuno  de Santa Maria" tinha já todos os lugares preenchidos a meio da semana,  com preços entre os 800 e 1.300 euros, relativos a estadas de três a sete  dias, incluindo outras cidades italianas para além da capital e do Vaticano.  

 

   No sábado, dia 25, véspera da canonização, partem do Aeroporto de Lisboa  três grupos organizados pela agência Abreu, dois dos quais - num total de  101 pessoas -- regressarão na segunda-feira.  

 

   Outros 41 passageiros apenas voltarão a Portugal na quarta-feira, já  que vão também conhecer Assis, outra referência nos roteiros de turismo  religioso.  

 

   Segundo a agência, "a procura de viagens para este acontecimento excedeu  todas as expectativas", havendo também "inúmeras" viagens individuais não  contabilizadas.  

 

   No caso da empresa especialista em turismo religioso Verde Pino, a procura  também surpreendeu. O proprietário da agência, Albino Frazão, explicou à  Lusa que a conjuntura levou a que não se arriscasse em voos "charter" e  que todos os lugares reservados em aviões acabaram por ser ocupados.  

 

   "Normalmente até se arrisca, mas na conjuntura actual não é fácil, as  coisas estão complicadas. Mas talvez tenhamos deixado em terra 20 pessoas,  por falta de lugar", contou.  

 

   A Verde Pino levará a Roma um total de 80 portugueses -- 35 ficarão  na capital durante três dias, enquanto os restantes 45 optaram por prolongar  a viagem para conhecer outros locais.  

 

   Uma outra agência de que Albino Frazão é também responsável constituiu  também um grupo de 35 a 40 pessoas, oriundo da vila de Aljubarrota, nas  proximidades da qual Dom Nuno Álvares Pereira conduziu o exército português  à vitória numa das mais decisivas batalhas pela independência nacional.  

 

   O responsável acredita que Portugal poderá ter uma representação de  meio milhar de fiéis anónimos na cerimónia de canonização de domingo.  

 

   Entre eles vão estar os 80 participantes das duas viagens organizadas  pela Paxtur, a partir de Lisboa e Porto.  

 

   De acordo com a directora da agência, Maria Benilde, o número corresponde  à expectativa da empresa.  

 

   Entretanto, muitos dos portugueses que assistirão ao vivo às cerimónias  que o Papa Bento XVI presidirá domingo na Praça de São Pedro, no Vaticano,  estarão identifcados com lenços e bonés preparados propositadamente para  o momento.  

 

   Cada conjunto composto por lenço e boné custa seis euros e os pedidos  têm sido satisfeitos por responsáveis da Ordem do Carmo em Portugal.  

 
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Canonização: Celebrações em vários pontos do país festejam novo santo

Lisboa, 23 Abr (Lusa) - Uma vigília no sábado e uma missa de Acção de Graças, a 10 de Maio, são as celebrações previstas, para já, para Lisboa, assinalando a canonização do Beato Nuno de Santa Maria, que "é sobretudo um Santo de Lisboa".  

 

    O Cardeal Patriarca, D. José Policarpo, vai estar em Roma, presidindo na noite de sábado a uma vigília de oração na Igreja de Santo António dos Portugueses, enquanto em Lisboa D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar, dirige idêntica celebração na Igreja do Sagrado Coração de Jesus.  

 

    O Cardeal Patriarca conclui as celebrações da canonização com uma missa de Acção de Graças no dia 10 de Maio na Igreja do Santo Condestável, em Lisboa, onde desde 1951 repousam os restos mortais do mais recente santo português.  

 

    Já em Ourém, onde Guilhermina de Jesus sofreu a queimadura na córnea, cuja cura viria a ser atribuída à intercessão do beato Nuno, será assinalada a canonização no próximo domingo com uma missa às 11:00 na Colegiada, em plena zona histórica, seguindo-se o descerramento de uma lápide junto à estátua de D. Nuno Álvares Pereira.  

 

    Por sua vez, em S. Jorge, concelho de Porto de Mós, onde em 1385 o Condestável liderou as forças portuguesas que derrotaram os castelhanos, a canonização vai ser seguida em ecrã gigante que a Fundação Batalha de Aljubarrota vai instalar junto à capela ali existente.  

 

    A emissão tem início às 09:00 e a fundação presidida por Alexandre Patrício Gouveia está a fazer um convite generalizado à população para que ali assista às cerimónias.  

 

    O mesmo vai acontecer na vila alentejana do Crato, no concelho de Portalegre, que vai assinalar a canonização do Beato Nuno Álvares Pereira com um vasto conjunto de iniciativas de âmbito festivo, reflexivo e religioso.  

 

    O primeiro acto, promovido por várias entidades daquele concelho, ocorrerá no domingo, 26 de Abril, com a transmissão em directo da cerimónia de canonização no interior do Mosteiro de Santa Maria, em Flor da Rosa.  

 

    O mosteiro, monumento nacional, está intimamente ligado a Nuno Álvares Pereira, uma vez que foi mandado construir pelo seu pai, D. Álvaro Gonçalves Pereira, que aí se encontra sepultado.  

 

    De acordo com a organização, até ao mês de Abril de 2010, vão ser programadas várias actividades culturais, como concertos, exposições e conferências, para assinalar este acontecimento.  

 

    Por sua vez, o município local vai criar uma condecoração oficial, incluir o nome do novo santo na toponímia do concelho e construir um monumento evocativo à canonização.  

 

    Estão também previstas, ao longo do ano, várias iniciativas de carácter militar para homenagear o novo santo.  

 

    A organização espera ainda efectuar a inclusão da liturgia do Beato Nuno Álvares Pereira nas paróquias daquele concelho, com especial destaque nas freguesias de Flor da Rosa e Crato.  

 

    Também o Mosteiro das Carmelitas Descalças do Crato será mobilizado e envolvido nesta iniciativa de cariz religioso.  

 

    Por por todo o país, entretanto, é esperado que o tema seja abordado na generalidade das paróquias durante as cerimónias religiosas de domingo.

 

    É o que vai acontecer na ilha do Pico, nos Açores, onde a Ouvidoria local, se vai associar à canonização de Nuno Álvares Pereira com uma celebração solene na Igreja da Candelária, a única paróquia da Diocese de Angra do Heroísmo que tem um templo dedicado ao beato português.  

 

    O templo situa-se no lugar da Mirateca e a eucaristia será presidida por D. Arquimínio Rodrigues da Costa, Bispo Emérito de Macau, e concelebrada pelo clero da ilha do Pico.  

 

    No final, realiza-se uma procissão com a imagem de S. Nuno, desde aquela igreja até à sua Ermida, na Mirateca.  


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Canonização: Museu dedicado ao Santo Condestável abre em Junho em Ourém

Ourém, Santarém, 23 Abr (Lusa) -- Um museu dedicado a D. Nuno Álvares  Pereira vai abrir em Junho na Zona Histórica de Ourém, no âmbito de uma  parceria entre a Fundação Batalha de Aljubarrota (FBA) e a Fundação Histórico-Cultural  Oureana.  

 

   O presidente da FBA, Alexandre Patrício Gouveia, explicou à Agência  Lusa que se trata de um espaço para "completar" o Centro de Interpretação  da Batalha de Aljubarrota que a fundação desenvolveu em S. Jorge, no concelho  de Porto de Mós.  

 

   "São espaços diferentes e complementares", precisou o responsável, acrescentando  que o Museu ao Santo Condestável -- designação que deverá assumir -- reúne  objectos relacionados com a vida de D. Nuno Álvares Pereira, 3º conde de  Ourém.  

 

   Alexandre Patrício Gouveia disse, ainda, acreditar que o futuro museu  vai potenciar a investigação sobre o militar, que liderou as tropas portuguesas  contra as castelhanas na Batalha de Aljubarrota, em 1385, assegurando que  vai, por outro lado, "enriquecer" a região.  

 

   Questionado por que razão o museu não vai ficar junto ao centro de interpretação,  o presidente da FBA afirmou que "o que importa é haver um espaço dedicado  a D. Nuno Álvares Pereira".  

 

   Já o presidente do conselho executivo da Fundação Histórico-Cultural  Oureana, Carlos Evaristo, adiantou que a abertura do museu está prevista  para 24 de Junho, quando se assinala mais um aniversário do nascimento de  D. Nuno Álvares Pereira.  

 

   Carlos Evaristo, filho da mulher que afirma ter sido curada de uma lesão  na vista por intercessão do novo santo, admitiu, no entanto, que a inauguração  oficial do espaço deverá ocorrer a 06 de Novembro, quando a Igreja Católica  assinala a festa do Beato Nuno de Santa Maria.  

 

   O responsável acrescentou que além de peças cedidas pela FBA, o museu,  que vai desenvolver-se num imóvel situado nas muralhas do Castelo de Ourém,  vai incluir artigos disponibilizados pela Ordem do Carmo, Casa Real Portuguesa  e particulares.  

 

   "O espaço vai ter peças alusivas à vida e obra de D. Nuno, ao seu culto  e à canonização, assim como ao seu condado", disse Carlos Evaristo.  

 

   "A ideia é criar a Rota do Santo Condestável", referiu ainda, exemplificando  que a rota quer incluir os espaços e caminhos na região onde esteve D. Nuno  Álvares Pereira.  

 

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Canonização: A vizinha que não fala do milagre (C/ VÍDEO E FOTOS)

    Ourém, Santarém, 23 Abr (Lusa) -- No interior das muralhas do Castelo de Ourém, onde numa das suas ruas mora a mulher que se afirma curada por intercessão de Nuno Álvares Pereira, mostram-se infrutíferas as tentativas para falar com a miraculada.  

 

    Já o filho de Guilhermina de Jesus, Carlos Evaristo, justificou o silêncio da mãe: "É um assunto demasiadamente pessoal. Entre ela e Deus, apenas. É a devoção particular dela".  

 

    Talvez por isso ninguém que a Agência Lusa contactou na Zona Histórica de Ourém tenha ouvido dizer uma palavra sequer a Guilhermina de Jesus, de 66 anos, sobre o suposto milagre.  

 

    Josefina Faria, de 73 anos, moradora na velha Ourém há cerca de quatro décadas, admitiu que por entre as muralhas do Castelo até se fale do assunto, "mas quem fala mais é o Carlos Evaristo".  

 

    "Não chego a perceber como é que foi", declarou Josefina Faria, garantindo que "nunca" ouviu de Guilhermina de Jesus uma palavra sobre o assunto.  

 

    E apesar de estarem de relações cortadas, esta moradora não poupou elogios à miraculada.  

 

    "É uma pessoa impecável, boa, capaz de acudir às pessoas. É divertida e muito de paródia", referiu Josefina Faria, que não revela fé no acontecimento que desencadeou o processo de canonização de Nuno Álvares Pereira.  

 

    Para o marido de Josefina, Raul Júlio, que se assumiu como um grande devoto, o beato Nuno "já é santo", independentemente de qualquer milagre.

 

    Enquanto mostra uma réplica da espada que mandou fazer semelhante à que terá sido usada por Nuno Álvares Pereira para derrotar os castelhanos em 1385, o septuagenário critica quem diz que Guilhermina de Jesus é de Ourém, pois, lembrou, ela é natural de Vila Franca de Xira.  

 

    Alterna, no entanto, o local de residência entre Ourém e Fátima, acrescentou o filho.  

 

    No velho burgo de Ourém, Guilhermina de Jesus é tratada como dona Mina e é assim que a chama Augusto Gonçalves, de 62 anos, habituado que está a servir-lhe cafés.  

 

    "A dona Mina é uma pessoa simpática e prestável", afirmou Augusto Gonçalves, acrescentando que é "bastante brincalhona e divertida".  

 

    O proprietário do estabelecimento acrescentou que da canonização "não se fala muito" por aqueles lados.  

 

    "Falam mais os jornais, fala mais a televisão que propriamente as pessoas aqui", declarou, acreditando que a razão do sucedido se deve tão-só ao facto de Guilhermina de Jesus não ser natural da freguesia.  

 

    "Eu não tenho falado com ninguém que ponha em causa qualquer coisa ou que diga que é mentira. Acho que as pessoas acreditam", continuou o morador.

 

    Augusto Gonçalves confessou ainda que nunca abordou a vizinha acerca da alegada cura inexplicável pela medicina, mas também nunca a miraculada, que conheceu há uma dúzia de anos no restaurante medieval, instalado no Castelo, lhe falou o assunto.  

 

    Um assunto que Hélder Farinha, funcionário na Galeria Municipal, garantiu, no entanto, não passar despercebido na localidade.  

 

    "As pessoas têm consciência que D. Nuno Álvares Pereira foi o 3º conde de Ourém, foi uma pessoa importante e de relevo na nossa história local", observou, esperançado que a canonização "sirva, também do ponto de vista turístico, para a atracção de novos públicos".  
 

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Canonização: Secretário da Conferência Episcopal destaca "grandeza espantosa" do Condestável    

   Fátima, Santarém, 22 Abr (Lusa) -- O porta-voz da Conferência Episcopal  Portuguesa (CEP), padre Manuel Morujão, destacou hoje, em Fátima, a "grandeza  espantosa" de Nuno Álvares Pereira, considerando que "ilumina a todos",  desde políticos a religiosos.  

 

   "É uma figura ímpar da nossa história, da história do heroísmo humano,  mas também do heroísmo de santidade", declarou Manuel Morujão numa conferência  de imprensa para divulgação dos trabalhos da Assembleia Plenária da CEP.  

 

   O responsável sublinhou que Nuno Álvares Pereira foi alguém que, "perante  uma crise nacional grave, de identidade e da própria independência, arriscou  a sua vida, entusiasmou as pessoas por uma causa".  

 

   Reconhecendo que uma qualquer batalha "é sempre uma história trágica  e muito triste", Manuel Morujão destacou a "grande humanidade" do militar  que, depois da Batalha de Aljubarrota, "organizou um campo de acolhimento  para os feridos".  

 

   O secretário da CEP, que lembrou já ter sido publicada uma nota pastoral  sobre D. Nuno Álvares Pereira, realçou também a distribuição que o militar  fez dos seus bens para ser um "simples irmão".  

 

   Confrontado com a existência de um erro nos convites oficiais para as  cerimónias de canonização, em que Álvares se apresenta como "Alvarez", o  padre Manuel Morujão considerou que são "erros que não deviam acontecer".  

 

   "É um erro de ignorância, penso que de modo algum de malícia", afirmou,  admitindo que é "triste", porque "deveria ser um ponto de honra que as coisas  fossem como deveriam ser".  

 
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Canonização: Forças Armadas sublinham "figura ímpar"

Lisboa, 22 Abr (Lusa) - O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas  (CEMGFA), general Valença Pinto, manifestou o regozijo das Forças Armadas  pela canonização da "figura ímpar" que foi D. Nuno Álvares Pereira.  

 

   "As Forças Armadas congratulam-se com o reconhecimento por parte da  Igreja Católica da dimensão e perfil de uma das mais altas personalidades  da sua História, traduzido pela canonização de D. Nuno Álvares Pereira,  Chefe Militar Português com acção decisiva na independência da Nação e,  como tal, figura ímpar do património histórico-militar de Portugal", declarou  o general Valença Pinto à Agência Lusa.  

 

   D. Nuno Álvares Pereira será canonizado no próximo domingo, dia 26 de  Abril, em Roma, pelo Papa Bento XVI.  

 

   Nascido a 24 de Junho de 1360, em Cernache do Bonjardim, D. Nuno foi  chefe militar e, como Condestável do reino, foi determinante para a consolidação  e futuro de Portugal, sobretudo pelo papel que desempenhou na crise de 1383-1385,  quando Portugal lutava pela sua independência contra Castela.  

 

   Depois de ficar viúvo e da morte da filha, despojou-se dos bens materiais  e entrou para o Convento do Carmo, onde morreria em 1431.  

 

   D. Nuno Álvares Pereira foi beatificado em 23 de Janeiro de 1918 pelo  Papa Bento XV.  



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Canonização: 520 anos depois da morte, Nuno Álvares Pereira descansa na Igreja do Santo Condestável    

   Lisboa, 22 Abr (Lusa) - Os restos mortais de D. Nuno Álvares Pereira  foram trasladados por oito vezes, encontrando repouso, ao fim de 520 anos,  na Igreja do Santo Condestável em Lisboa, onde se encontram desde 1951.  

 

   Cumprindo-se os seus desejos, frei Nuno de Santa Maria, o nome religioso  que D. Nuno Álvares Pereira adoptou ao entrar na Ordem dos Carmelitas Calçados,  foi colocado numa sepultura rasa do Convento do Carmo quando ali morreu  a 01 de Abril de 1431, levando até ao fim a humildade que caracterizou a  última parte da sua vida.  

 

   Quase cem anos depois registou-se a primeira trasladação, refere um  trabalho do professor Ernesto Castro Leal, da Faculdade de Letras de Lisboa:  em 1522, na presença de D. João III, o cadáver foi exumado e, depois de  retirados alguns ossos para um relicário ainda hoje guardado pela Ordem  dos Carmelitas, foi ali erguido um mausoléu de alabastro onde foram depositados  os restos mortais.  

 

   Em 1548 ocorreu a segunda trasladação, com a deslocação do mausoléu,  no interior da igreja, para a zona do Presbitério, junto ao lado do Evangelho,  com o objectivo de dar mais relevo ao túmulo.  

 

   Ali se manteve até ao terramoto de 01 de Novembro de 1755, que destruiu  o convento, deixando-o em ruínas, e o mausoléu.  

 

   A 21 de Março de 1768, os ossos de frei Nuno de Santa Maria, que estavam  guardados numa caixa de pau de Angelim, foram colocados num mausoléu de  madeira a imitar o anterior, situado na zona do templo apenas utilizada  pelos religiosos carmelitas.  

 

   Na mesma altura foi lavrado um auto, catalogando e descrevendo as ossadas  encontradas.  

 

   A quarta trasladação registou-se a 14 de Março de 1836 e envolveu a  saída dos restos mortais e do túmulo do convento do Carmo para a igreja  de São Vicente de Fora, onde, desde D. João IV, a Casa de Bragança tinha  um segundo Panteão (o primeiro situava-se no palácio ducal de Vila Viçosa).  

 

   Recorde-se que D. Nuno Álvares Pereira está na origem da Casa de Bragança,  pois a sua filha Beatriz casou com D. Afonso, bastardo de D. João I, primeiro  duque de Bragança.  

 

   Transportado em coche real, o túmulo ficou colocado no vão da capela  lateral do Cruzeiro da Igreja da parte do Evangelho.  

 

   As duas trasladações seguintes foram no interior da igreja de São Vicente  de Fora, contígua à actual sede do Patriarcado de Lisboa: em 09 de Março  de 1895 o túmulo foi transferido para a capela particular do Paço Patriarcal,  no rés-do-chão do edifício, e em Agosto de 1912 voltou ao piso superior,  junto ao Panteão da Casa de Bragança.  

 

   A 05 de Março de 1906 concluiu-se o exame e identificação das ossadas,  comparando o conteúdo do túmulo com o auto elaborado em 1768, o que veio  a ser repetido em Fevereiro de 1918, na sequência da beatificação de frei  Nuno de Santa Maria, em Janeiro desse ano.  

 

   Para 02 de Março de 1918 esteve prevista nova trasladação, desta vez  para o Mosteiro dos Jerónimos, que veio a ser inviabilizada pela feroz oposição  dos integralistas de A Monarquia, que se revoltaram contra a pretendida  intenção de fazer transportar a urna num armão da Artilharia.  

 

   Depois de acesa discussão sobre o melhor local para depositar os restos  mortais de D. Nuno Álvares Pereira (o Mosteiro de Santa Maria da Vitória,  na Batalha, chegou a ser alvitrado), a urna foi trasladada, de carro, para  a Capela da Ordem Terceira do Carmo, onde permaneceu até 1951 em más condições  de segurança.  

 

   A 14 de Agosto de 1951, 566 anos depois da batalha de Aljubarrota, foi  sagrada a nova Igreja do Santo Condestável, em Campo de Ourique, para onde  foram trasladados nesse mesmo dia, em grande cortejo, os restos mortais  do beato Nuno de Santa Maria, que ali repousam numa urna de mármore negro.  

 

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Canonização: Exemplo de D. Nuno Álvares Pereira usado como símbolo ao longo dos tempos  



    Lisboa, 22 Abr (Lusa) - A figura do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, como militar e como homem piedoso, foi usada como símbolo ao longo dos tempos para unir os portugueses em torno de um ideal ou como arma de combate.  

 

    Desde sempre o Santo Condestável, canonicamente santo a partir de domingo, foi apontado como exemplo de militar "bem sucedido, avaliador cauteloso das circunstâncias antes da tomada de decisão, portador de uma eficaz ideia de chefia", refere o professor Ernesto Castro Alves, num trabalho intitulado "Nuno Álvares: símbolo e mito nos séculos XIX-XX".  

 

    "A exemplaridade de Nuno Álvares Pereira, como herói e como santo, foi usada nos campos religioso, cultural e político português, com maior intensidade entre 1890 e 1940", disse à Lusa o historiador, professor na Faculdade de Letras de Lisboa.  

 

    O culto popular ao Santo Condestável, misturando a religiosidade com a simbologia de líder, manteve-se até ao século XVI, tendo sido refreado durante o período filipino com o surgimento do mito sebastianista.  

 

    Renovou-se a partir de 1890, e mais acentuadamente no início da República, como forma de combater o anti-clericalismo então vigente.  

 

    "A convergência dos católicos com os monárquicos em torno do cultualismo cívico a Nun'Álvares, nestes primórdios da I República, revestiu um claro sentido de resistência político-religiosa à prática vigente de republicanização laicista do Estado e da sociedade", observa Castro Leal, que acrescenta que aqueles sectores divulgavam uma representação ideológica e moral onde se valorizavam as dimensões de "vencedor heróico", de "condestável santo", de "monge piedoso", de "nobre pelo sangue e pelo carácter".  

 

    Do outro lado tentava-se evitar que, em resposta, se promovesse "uma espécie de republicanização de Nun'Álvares, à imagem do que tinha sido feito com Camões a partir de 1880".  

 

    Mas mesmo para destacados elementos da República, a figura de D. Nuno Álvares Pereira surgia como um dos maiores nomes de sempre da história portuguesa.

 

    Em Outubro de 1913, o jornal O Século publicou um inquérito a "29 elementos da elite republicana" com a pergunta "Qual é a mais bela figura da História Portuguesa?".  

 

    O nome do Santo Condestável aparece com o maior número de citações (oito), bem à frente do Infante D. Henrique e de D. Afonso de Albuquerque, com quatro citações cada.  

 

    "Entre 1918 e 1926 a Cruzada Nacional D. Nuno Álvares Pereira conseguiu estabelecer uma ampla convergência patriótica de republicanos e monárquicos, com a promoção de celebrações anuais que juntaram em cerimónias oficiais representantes do Estado, das Forças Armadas e da Igreja Católica", indicou à Lusa Castro Alves.  

 

    O culto religioso, festa do Santo Condestável, acentuou-se com a sua beatificação pelo papa Bento XV em 23 de Janeiro de 1918, sendo consagrado o dia 06 de Novembro para dia litúrgico do culto nacional dedicado ao Beato Nuno de Santa Maria.  

 

    "O culto cívico, festa do patriotismo, festa da pátria, foi oficializado na I República em 13 de Agosto de 1920, como festa nacional, a celebrar a 14 de Agosto, dia da batalha de Aljubarrota, mas em 1925 o regime republicano criou outra festa nacional, Festa de Portugal em honra de Camões, a comemorar no dia 10 de Junho", referiu o investigador.  

 

    Entre 1926 e 1928, "criou-se em áreas da opinião pública a ideia de que essas duas festas nacionais podiam ser transformadas em feriados oficiais".

 

    "Acabando com as dúvidas, em 29 de Julho de 1929, o governo de Artur Ivens Ferraz decretou a confirmação de todos os feriados nacionais anteriores e introduziu apenas mais um: o 10 de Junho, não consagrando o 14 de Agosto como feriado nacional", indicou.  

 

    Para trás também ficou o projecto de dar o nome de Nuno Álvares Pereira à Avenida 24 de Julho, em Lisboa, iniciativa que gerou polémica entre católicos e republicanos maçónicos e que acabou por ser abandonada.  
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Enviado por: Lancero em Abril 23, 2009, 11:49:00 am
Este merece ir isolado.

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Canonização: Espanha desconhece Condestável e pouco destaque dá à Batalha de Aljubarrota - historiador  


    Madrid, 22 Abr (Lusa) - A figura de Nuno Álvares Pereira, que domingo será canonizado pelo Papa Bento XVI, é "totalmente desconhecida" em Espanha, apesar do seu papel na história espanhola, sintoma que reflecte o quase total desconhecimento da história portuguesa naquele país.  

 

    A opinião é de Hipólito de La Torre Gómez, professor da Universidade Nacional de Educação à Distância (UNED) espanhola que, em declarações à Agência Lusa, lamentou o facto de, em Espanha, se conhecer "pouco ou nada da História de Portugal", inclusive em momentos como o que viveu o Condestável, onde o vínculo entre os dois países é evidente.  

 

    "Não se conhece, ou então conhece-se muito isoladamente, entre um ou outro sector. Vejo isso pelos meus alunos, inclusive da cadeira de História de Portugal", afirmou.  

 

    La Torre - especialista em história ibérica - admitiu que o desconhecimento sobre Portugal continua a ser preocupante, estando no caso da História a agravar-se, dando como exemplo uma aula onde comprovou que nenhum dos seus 40 alunos sabia quem fora Luís de Camões.  

 

    "Eu estudei na escola quem era Camões. O grande poeta épico português, como dizíamos na altura. Agora chegam à Universidade e não sabem sequer que existiu", lamentou.  

 

    "Infelizmente, também não conhecem figuras importantes espanholas, mas, no caso de Portugal, a visão 'peninsularista' dos espanhóis leva a que vejam Portugal apenas como aquela franja de terra à beira do Atlântico e não entendam a dimensão de aprofundamento geopolítico português, a profundidade atlântica e os caminhos do mar", disse.  

 

    Daí que, neste cenário, o desconhecimento sobre D. Nuno Álvares Pereira possa ser mais facilmente entendido, tornando-se um figura de especialistas e desaparecendo da dinâmica do retrato histórico da formação ibérica.  

 

    "Pode haver alguns estudos medievais onde o assunto é tocado, mas passa-se muito por cima e não se dá importância à Batalha de Aljubarrota", disse.

 

    "Claro que a História é escrita pelos vencedores e, por isso, os vencidos não se interessam muito em aprofundar as suas derrotas. Assim, Nuno Álvares Pereira tem muito mais importância em Portugal", frisou.  

 

    O mesmo ocorre, por exemplo, na confusão feita regularmente em Espanha sobre quando ocorreu a independência de Portugal, que líderes espanhóis tendem a fixar em 1640 e não em 1143.  

 

    "Acho difícil que um espanhol entenda o que ocorreu entre Portugal e Espanha em 1640. Mas também não conhecem a data de 1143, tristemente, porque acho que cada vez se conhecem menos datas", afirmou.  

 

    "O período de 1640 acaba por ter aqui mais destaque porque se relaciona mais com a crise na monarquia hispânica, por momentos como a separação da Catalunha. Por isso saltam 1143", disse.  

 

    Já sobre Nuno Álvares Pereira, o historiador admitiu ser provável que sectores da Igreja espanhola, "que respondem também a interesses nacionais", possam, durante algum tempo, ter dificultado os esforços para canonizar o Condestável.  

 

    "Não estranharia que pudessem ter tentado levantar obstáculos para reconhecer essa figura como uma grande soldado e um dos grandes artífices da forja de Portugal", salientou.  

 

    "Mas, actualmente, não creio que em Espanha possa haver sectores que coloquem alguma reserva", disse.  

 

    Até porque, considerou, a canonização é "um reconhecimento justíssimo de uma figura muito notável no campo militar e religioso" e que "reúne as condições do famoso soldado-monge".  

 

    Uma personalidade que hoje, volvidos tantos séculos, continua a ter "uma grandeza fora de dúvida", que torna "justificável qualquer tipo de exaltação que tenha, ou que sempre teve em Portugal".  

 

    "O Santo Condestável tem muita actualidade. Tem uma profunda vocação social, uma entrega completa e sempre utilizou o poder militar e político em benefício do povo, renunciando a todas as honras e grandezas. É um exemplo eterno, tanto para a sociedade actual, como para o futuro", considerou Hipólito de La Torre Gómez.  

 

    O professor da UNED mostra-se esperançado que a canonização de Nuno Alvares Pereira contribua para novo passo no conhecimento espanhol sobre a história portuguesa, recordando que tentativas no passado de fomentar o conhecimento mútuo sempre "naufragaram".  

 

    A este propósito, lembrou uma comissão luso-espanhola de integrou, na década de 1990, a qual procurou estabelecer normas mínimas para "enxertar a História dos dois países, uma na outra".  

 

    Nas suas aulas, procura forçar um pouco o tema da história portuguesa, verificando a surpresa dos seus alunos quando vão descobrindo alguns detalhes.

 

    "Temos de recuperar alguns dos nossos marcos históricos. É a única forma de nos explicarmos, de tomar consciência do que ocorre no presente e de perceber o que devemos fazer. Até mesmo noutros sectores, como a economia e o direito, onde a matéria histórica se está a perder, há que repensar os novos padrões de estudo", disse o universitário espanhol.  

 

    "Seria uma pena que não se aproveitasse a figura de Nuno Álvares Pereira e este momento para recuperar uma época de esforço colectivo (...), aproveitando os exemplos desta figura que, apesar de ser o nosso vencedor, também é um figura de Espanha", disse.  
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Enviado por: Lancero em Abril 23, 2009, 11:51:28 am
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Canonização: Visitantes da Batalha e S. Jorge conhecem o militar, mas desconhecem o santo

    Batalha, Leiria, 22 Abr (Lusa) - O Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota (CIBA), em Porto de Mós, junto do qual se travou a batalha entre portugueses e castelhanos em 1385, tem no militar D. Nuno Álvares Pereira o maior dos protagonistas.  

 

    Já o Beato Nuno, que no próximo domingo vai ser canonizado em Roma por Bento XVI, passa despercebido aos visitantes.  

 

    É o que sucede, também, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, onde a estátua equestre é recordação a levar fotograficamente, para reavivar as memórias dos feitos militares que figuram nos livros de História de Portugal.

 

    Foi a essas memórias que José Martinho, de 66 anos, da Figueira da Foz, foi buscar a resposta à pergunta "Quem é D. Nuno Álvares Pereira?".  

 

    "Foi um português que comandou a Batalha de Aljubarrota", disse José Martinho, recordando que, "no tempo dele, foi um grande homem", o equivalente hoje a um "general", refugiando-se, depois, no facto de ter a quarta classe para pouco mais dizer sobre a vida do militar.  

 

    Quanto à canonização, o visitante afirmou que já ouviu "dizer qualquer coisa", mas não está "dentro do assunto", acrescentando, a propósito de o País "ganhar" domingo um novo santo: "Não posso dizer se será bom ou mau".

 

    Também de visita ao mosteiro que D. João I mandou erguer na sequência da vitória portuguesa na Batalha de Aljubarrota, o espanhol Miguel Herrera, de 67 anos, mostrou-se relutante em revelar que homem representa a estátua equestre.  

 

    "Não lhe posso dizer porque falo contra mim", afirmou, entre gargalhadas, para acrescentar que D. Nuno Álvares Pereira venceu "uma batalha muito simples, uma batalhita pequena".  

 

    Em nenhum momento, o espanhol, de Málaga, se referiu a castelhanos nem tão-pouco ao beato que no domingo é elevado a santo.  

 

    Nem ele, nem os seus acompanhantes, excursionistas pela História de Portugal que a Agência Lusa encontrou, mas que não conseguiu que se pronunciassem sobre a canonização.  

 

    Enquanto isso, uma compatriota insistia que o nome do militar era "Alvarez" e "tem nome de espanhol".  

 

    A portuguesa Laura Paulo, que intervalou a venda de cavacas das Caldas da Rainha para falar do beato Nuno, reconheceu que "propriamente" não sabe o que o militar fez para ser santo.  

 

    "Sei que foi da batalha, que depois foi viúvo e que não voltou a casar. Há mais qualquer coisa que eu não...", afirmou, para defender que santos devem "ser exemplos para as outras pessoas".  

 

    "Temos de acreditar em alguém", declarou ainda Laura Paulo.  

 

    Regressando ao CIBA, onde se encontravam mais portugueses que espanhóis, e próximo do qual está a capela de São Jorge, mandada construir em 1393 pelo Condestável, Ricardo Ramos, de 11 anos, de Vila Nova de Gaia, que integrava uma visita de estudo, atirou que D. Nuno Álvares Pereira "devia ter sido [santo] há mais tempo, pois ele fez tantas coisas boas por Portugal".  

 

    Já Amândio Santana, de 64 anos, residente em Lisboa, destacou que "o fundamental é o papel" que o militar "desempenhou na História de Portugal".  

    O resto, a beatificação ou a canonização, "depende da visão, da crença ou da fé de cada um", comentou o visitante, que acrescentou: "Para mim, fundamental é o que ele foi e o que representou na defesa da independência nacional".  
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Enviado por: TOMSK em Abril 23, 2009, 12:05:41 pm
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Também de visita ao mosteiro que D. João I mandou erguer na sequência da vitória portuguesa na Batalha de Aljubarrota, o espanhol Miguel Herrera, de 67 anos, mostrou-se relutante em revelar que homem representa a estátua equestre.

"Não lhe posso dizer porque falo contra mim", afirmou, entre gargalhadas, para acrescentar que D. Nuno Álvares Pereira venceu "uma batalha muito simples, uma batalhita pequena".
Em nenhum momento, o espanhol, de Málaga, se referiu a castelhanos nem tão-pouco ao beato que no domingo é elevado a santo.

Nem ele, nem os seus acompanhantes, excursionistas pela História de Portugal que a Agência Lusa encontrou, mas que não conseguiu que se pronunciassem sobre a canonização.

Enquanto isso, uma compatriota insistia que o nome do militar era "Alvarez" e "tem nome de espanhol".

Notável este segmento!  ufx29
Tipicamente espanhol...

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Regressando ao CIBA, onde se encontravam mais portugueses que espanhóis, e próximo do qual está a capela de São Jorge, mandada construir em 1393 pelo Condestável, Ricardo Ramos, de 11 anos, de Vila Nova de Gaia, que integrava uma visita de estudo, atirou que D. Nuno Álvares Pereira "devia ter sido [santo] há mais tempo, pois ele fez tantas coisas boas por Portugal".

Valha-nos a juventude portuguesa!  yu23x1  :rir:
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 23, 2009, 05:45:08 pm
Livro: O Santo que salvou Portugal do Correio da Manhã

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2FOSantoquesalvouPortugalcapa.jpg&hash=7c56686557a80cbe12c47b7c6c8194a2)

O Correio da Manhã publicou, hoje, um livro da autoria de Secundino Cunha sobre um dos maiores heróis da História de Portugal. Com um magnífico caderno de imagens a cores. São 112 páginas que incluem a biografia do Condestável, uma entrevista ao Bispo de Beja, D. Vitalino Dantas e a explicação de um processo de canonização. Preço: 1,50€.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2FOSantoquesalvouPortugalcc.jpg&hash=35a497e4e0334b313aa584fdccd20bfe)

Quem quiser aproveite!

 :wink:
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 23, 2009, 05:56:00 pm
Já adquiri, mas quem está ler é o meu colega... :roll:
Título:
Enviado por: Lancero em Abril 23, 2009, 08:34:28 pm
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(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.gnr.pt%2Fmultimedia%2Finternet%2Fimagens%2Fportal%2Fnoticias%2FJornal2.jpg&hash=36e5718b07dd645485e5b9f3989d3d53)



Abertura do Quartel do Carmo ao público  


A Guarda Nacional Republicana, no âmbito das comemorações do seu 98º aniversário e do 35º aniversário do 25 de Abril de 1974, abre pela terceira vez as portas do Quartel do Carmo ao público, com uma exposição, patente entre os dias 24 e 03 de Maio das 12:30 às 19:30 horas, alusiva ao tema “ Carmo, do Condestável à Guarda Nacional Republicana” e com um circuito de visitas interno.  
O evento evoca mais de 600 anos da história nacional, dividindo-se em três núcleos: o primeiro sobre a vida e obra de D. Nuno Álvares Pereira, que fundou e faleceu neste edifício, incluindo a crise de 1383-1385 e as vitórias militares de Atoleiros, Aljubarrota e Valverde; o segundo é relativo à história da segurança em Portugal, desde os Quadrilheiros - os Guardas militares do Condestável, até à actual Guarda, sem esquecer os temas da cidadania, do ambiente e da segurança rodoviária. O terceiro relembra a Revolução de Abril de 1974, tendo terminado neste Quartel o longo período da ditadura em Portugal.


Entre os pontos altos da exposição contam-se a circulação nos espaços conventuais criados por D. Nuno Álvares Pereira, nos espaços onde se negociou a rendição e transmissão do poder em Abril de 1974, a subida à varanda sobre o Rossio, onde se pode ver uma das melhores panorâmicas sobre o coração da capital e a descida à cisterna subterrânea.


Recorda-se que nas duas anteriores edições, o evento contou com uma elevada adesão de visitantes, com uma média diária de 1500 visitas.

 
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 24, 2009, 12:47:28 am
Deixo aqui um interessante debate sobre canonização de D. Nuno Álvares Pereira no programa Sociedade Civil, contando com a participação de D. Duarte, do Tenente-Coronel Brandão Ferreira, entre outros.

:arrow: http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php? ... s&escolha= (http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=23283&idpod=24534&formato=wmv&pag=recentes&escolha=)

Destaco mais uma vez, as palavras sábias do Tenente-Coronel Brandão Ferreira que chamou os bois pelos nomes, e sem meias palavras desancou boa parte da comunicação social, dos políticos e do ensino português, revoltando-se contra a não-celebração nacional desta data.

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"Eu acho que algo de estranho se passa em Portugal.
Nuno Álvares Pereira é das figuras mais extraordinárias não só da História de Portugal mas do Mundo inteiro. E nós no meio de isto tudo fazemos figuras de totós, porque temos uma especial apetência por desprezar tudo aquilo que é nosso.
Toda a vida dele é de uma grande coerência e não se lhe conhecem sombras, vicíos ou màs acções! Não há exemplos na humanidade que se lhe possa igualar. E nós olhamos para isto com uma desplicência tal e com a maior das ignorâncias. (...)

Eu julgo que a Comunicação Social também tem alguma responsabilidade no alheamente das pessoas para o tema em questão.

Naquele programa de má-memória que houve sobre o melhor português, o Nuno Álvares Pereira não apareceu, e no entanto, nos primeiros 10 lugares apareceu lá uma série de gente, a maior parte deles desconhecidos por mais de 90% do país e até algumas figuras que eu nem convidava para ir jantar a minha casa.

Isto tem a ver com aquilo que se passa na escola, com o que se passa na família, e sobretudo tem a ver com o que se passa com os «media», para além daquilo que tem a ver com questões políticas.

E no entanto, quando os telejornais abrem a dar directos sobre as questões de futebol, que é algo que não tem qualquer comparação com a importância da figura de Nuno Álvares Pereira, e ficam no futebol durante 20 minutos, estão à espera que depois os espectadores se interessam por quê?

Eu julgo que a cerne da questão que se passa aqui é uma questão política.
Vou  tentar usar da maior das diplomacias mas não poderei ser completamente diplomático para expôr isto de maneira a que me percebam, e já é tempo de os portugueses aprenderem a ouvir falar "verdade".
Esta questão política está partida em três partes:

A primeira tem a ver com o fundo ideológico e doutrinário dos partidos representados na Assembleia da República.
E o que é que nós vemos na Assembleia?
Vemos gente que tem doutrinas que não encaixam propriamente na figura de Nuno Álvares.
Para a maioria dos partidos a figura de Nuno Álvares arde-lhes nas mãos, porque ele é a antítese de tudo aquilo que eles defendem.
Houve um voto de congratulação mas isso a mim não me diz nada. Um voto de congratulação e não os obriga a fazer nada.  Houve um partido que se absteve, isto é, tanto lhe faz. E houve ainda outro que votou contra, portanto está triste. Considera esta homenagem como uma coisa má.
E isto não tem só a ver com o fundo doutrinário como tem a ver com a falta de doutrinação.

A segunda é que desde à umas décadas a esta parte tem-se diabolizado parte da história de Portugal. Ou seja, andaram a dizer que nós andámos a fazer asneiras pelo mundo inteiro estes últimos 500 anos.
E portanto, vilipendiaram e vilanizaram uma quantidade de estadistas, marinheiros, políticos, reis, etc... Isso é a componente marxista da História, que afirma que esta não tem heróis e é tudo feito à base das lutas de classes e de movimentos de massas.Eu julgo que não é nada assim.
Por outro lado a maioria das pessoas que passou a ter tempo de antena na Comunicação Social são pessoas que foram desertores, refractários, tipos que andaram a pôr bombas e foram condecorados com a Ordem da Liberdade, oficiais das forças armadas que se esqueçeram dos deveres militares e enfim, estes é que nos últimos anos tem tido palco.

A terceira razão tem a ver com o Federalismo Europeu.
O que interessa para haver esse federalismo é deixar de haver nações e pátrias.
Ora, Portugal é o estado-nação mais completo e perfeito que há. Exaltar figuras da história de cada país deixou de estar na moda porque agora o que interessa é a História da Europa.

Portanto, acho que estas são as 3 razões fundamentais pelas quais as forças políticas não querem fazer da figura de Nuno Álvares Pereira uma comemoração Nacional
Título:
Enviado por: Duarte em Abril 24, 2009, 12:58:49 am
Acho que esta seria uma oportunidade para o Exército repor o nome Nun'Álvares à BriMec. Brigada Nun'Álvares. Não acham..?
Título:
Enviado por: André em Abril 24, 2009, 12:16:33 pm
Canonização é a «oportunidade» para portugueses conhecerem o santo - Fundação Batalha de Aljubarrota


O presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota (FBA), Alexandre Patrício Gouveia, considera que a canonização de D. Nuno Álvares Pereira é uma «oportunidade» para os portugueses conhecerem a vida do novo santo.

Sublinhando que o conhecimento de D. Nuno Álvares Pereira não deve apenas cingir-se à carreira militar ou ao «seu amor por Portugal», Alexandre Patrício Gouveia, em declarações à Agência Lusa, destacou o lado «social» do beato Nuno, cuja canonização decorre domingo em Roma e onde o presidente da FBA vai estar.

«A vida de D. Nuno Álvares Pereira é um exemplo para os portugueses», afirmou, acrescentando que esse exemplo é «actual» e deve ser «incrementado».

A Fundação Batalha de Aljubarrota foi constituída em Março de 2002, por iniciativa do empresário, já falecido, António Champalimaud, tendo como um dos objectivos estratégicos a recuperação e valorização dos principais campos de batalha associados à formação e consolidação de Portugal.

No mesmo ano obteve o estatuto de Superior Interesse Cultural, atribuído pelo Ministério da Cultura, e foi reconhecida pelo Ministério da Administração Interna. Em 2003, ganhou o estatuto de utilidade pública.

Segundo o sítio na Internet da FBA, desde a sua criação, a fundação tem trabalhado com o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico nos processos de classificação de seis campos de batalha: Atoleiros (1384), Trancoso (1385), Aljubarrota (1385), Linhas de Elvas (1659), Ameixial (1663) e Montes Claros (1665).

«Estes são os principais campos de batalha associados à Guerra da Independência (1383 a 1411) e à Guerra da Restauração (1640 a 1668), que se situam em território nacional», revela a fundação, que considera estas classificações como «actos administrativos da maior importância».

Neste momento, o processo relacionado com a Batalha de Aljubarrota, no concelho de Porto de Mós, é o único que se encontra concluído, tendo sido construído - onde antes foi o Campo Militar - um centro de interpretação, no qual o papel desempenhado por D. Nuno Álvares Pereira assume o maior protagonismo.

Entretanto, para D. Duarte Pio de Bragança, a canonização de D. Nuno Álvares Pereira é «importantíssima» para o país, porque «todas as qualidades que ele tinha são aquelas que hoje fazem falta a Portugal», nomeadamente «a dedicação ao país, a coragem e a imaginação criativa».

«Realmente, tudo isto faz falta ao país», reforçou, acrescentando ainda «a ética e o sentido de moralização», isto porque, D. Nuno Álvares Pereira «moralizou bastante o nosso país na altura», disse D. Duarte Pio.

Para D. Duarte, a canonização «vem exactamente no momento oportuno, porque agora é que Portugal precisa que nos lembremos desses valores».

«Se fosse há 50 ou cem anos atrás, se calhar não faziam tanta falta», considerou, acrescentando «providencial» que o beato Nuno só agora seja canonizado, porque se aproveitam «muito mais as suas lições», como «militar genial e como cristão».

«Há um livro do D. António Ferreira Gomes, antigo bispo do Porto, que foi agora reeditado, que mostra a política dele, de descentralização e de evitar sintomas de feudalismo que ainda havia na época», observou, acrescentando que marcará presença na cerimónia de canonização, no Vaticano, acompanhado da «família toda».

Lusa
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 24, 2009, 12:24:49 pm
Citação de: "Duarte"
Acho que esta seria uma oportunidade para o Exército repor o nome Nun'Álvares à BriMec. Brigada Nun'Álvares. Não acham..?


Eu acho que entre outras homenagens que as Forças Armadas lhe deviam fazer, especialmente a Arma de Infantaria, essa era uma das boas ideias.
No fundo, era voltar às origens... :wink:
Título:
Enviado por: typhonman em Abril 24, 2009, 06:05:54 pm
O Ten Coronel Brandão Ferreira é um SENHOR, que continue por muitos e bons anos a dizer as verdades !
Título:
Enviado por: Açoriano em Abril 24, 2009, 08:59:52 pm
http://sic.aeiou.pt/online/video/inform ... tugues.htm (http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/Primeiro+Jornal/2009/4/santo-portugues.htm)
Título:
Enviado por: Lancero em Abril 25, 2009, 08:53:20 pm
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Canonização: Instrumentalização da figura do Condestável prejudicou dimensão espiritual  - D. José Policarpo  

 

    Roma, 25 Abr (Lusa) - O cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, reconheceu hoje em Roma que a figura de D. Nuno Álvares Pereira foi instrumentalizada no passado por causas nacionais prejudicando a sua dimensão espiritual.

 

 

    "Trata-se de um acto da ordem da fé e não estamos perante uma exaltação patriótica de um grande português", afirmou o cardeal hoje em Roma, recordando que "ao longo da atribulada história desta canonização, a mistura dessas duas grandes perspectivas: tentar fazer da canonização uma exaltação patriótica prejudicou o próprio projecto da canonização".  

 

    Um processo de "canonização é um reconhecimento pela autoridade máxima do pontífice romano da santidade de um cristão" e uma recompensa à "maneira como ele viveu a sua fé, dando sentido a tudo o que fez", sustentou.  

 

    Agora, "ponhamos de parte toda a exaltação patriótica, esse é o papel dos historiadores" e "ponhamos o assento naquilo que é específico da Igreja que é contemplar o mistério da santidade de um cristão em todas as circunstâncias", defendeu.  

 

    Até porque, um "santo é sempre um desafio muito grande e é um desafio perene" e a vida do Condestável é uma "interpelação perene" a todos os portugueses.
 

 

    Reconhecendo que "faz falta uma boa biografia" do Condestável, D. José Policarpo, recordou que "mesmo sendo guerreiro ele foi capaz de sê-lo com critérios cristãos", ao "impedir violências escusadas", o "saque ou que os soldados se aproveitassem" das mulheres do lado dos derrotados.  

 

    D. Nuno Álvares Pereira "soube ser cristão mesmo sendo guerreiro" e constitui um "poço de interpelações"  

 

    Na sua opinião, "há uma denúncia muito grande que o D. Nuno faz aos homens do nosso tempo: é inconciliável com a mediocridade, com a falta de um ideal".  

 

    Por isso, "quem quiser estar na vida com mediocridade não olhe para o D. Nuno", desafiou D. José Policarpo, que considera normal que "um grande português com fama de santidade seja puxado por vários regimes", como o Estado Novo ou outros anteriores.  

 

    "É perfeitamente normal que ele funcione não como modelo mas como símbolo e ícone de todos os grandes movimentos que se pretendem ser restauradores de Portugal". Além disso, "como todos os santos sujeitam-se às diversas utilizações que fazem dele aqueles que não são completamente santos", ironizou.

 

    "Eu andei em miúdo a rezar pela canonização" mas isso "misturou-se com a causa nacional" do Estado Novo e "consta que o presidente do Conselho gostaria muito de fazer essa oferta aos seus irmãos espanhóis", disse, entre sorrisos, o cardeal.  

 

    "Houve uma grande mistura com questões patrióticas" pelo que depois, já com a Guerra Colonial e a contestação ao regime, "amorteceu um pouco a causa de canonização", afirmou.  
 

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Canonização: Estado português "convive mal com a Igreja e com a santidade" -   D. José Policarpo  


    Roma, 25 Abr (Lusa) - O cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, classificou hoje como "discreta" a reacção do Estado português à canonização de D. Nuno Álvares Pereira, considerando que o poder político "convive mal com a Igreja e com a santidade".  

 

    Em conferência de imprensa hoje realizada no Pontifício Colégio Português, em Roma, D. José Policarpo lamentou a reduzida importância que os políticos deram a esta honra dada pela Igreja ao Condestável, quando comparado com outros feitos de portugueses, seja a nível cultural ou desportivo.  

 

    "Se fosse noutros contextos, o relevo dado seria maior", afirmou.  

 

    Na sua opinião, "depois da separação da Igreja do Estado e da declaração de laicidade do Estado com tudo o que isso acorrentou de compreensão da ideologia que conduz a vida pública, temos de reconhecer que, pelo menos em público, o nosso Estado convive mal com a Igreja e com a santidade, a expressão máxima da vida cristã", afirmou D. José Policarpo.  

 

    Para o cardeal, o Estado "convive mal" com a religião, mas "às vezes nem é má vontade, é um contexto cultural".  

 

    No entanto, "penso que, tirando vozes esporádicas, desde o chefe máximo da Estação até uma declaração do Parlamento, o resto compete-nos a nós fazer", acrescentou o cardeal, que está em Roma para participar nas cerimónias religiosas.

 

 

    "No contexto em que estamos até fiquei contente que a reacção oficial fosse discreta porque penso que reacção mais verdadeira compete-nos a nós, a todos os que estão sensíveis a estes valores, porque o contrário poderíamos cair na exaltação patriótica" que sucedeu noutros períodos históricos do país, salientou.  

 

    O ponto alto em Roma será a cerimónia de canonização, a decorrer a partir das 10:00 de domingo na Praça de São Pedro, sob a presidência de Bento XVI que irá elevar aos altares o novo santo português juntamente com mais outros quatro italianos, fundadores de ordens religiosas.  

 

    Para a cerimónia está já confirmada a presença do ministro português dos Negócios Estrangeiros, do responsável pela Casa Militar do Presidente da República, do Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, D. Duarte de Bragança, do líder do CDS-PP e do deputado Guilherme Silva (em representação da Assembleia da República).  

 

    A Comissão de Honra, no entanto, inclui o próprio Presidente da República, Cavaco Silva, que enviou uma mensagem à Santa Sé.  

 

    Durante a tarde de domingo, a Embaixada de Portugal junto da Santa Sé e da Soberana Ordem de Malta irá promover uma recepção, com elementos da hierarquia da Igreja Católica em Portugal e da Cúria.  
Título:
Enviado por: André em Abril 26, 2009, 01:29:28 pm
Papa destaca vida do canonizado Nuno Álvares Pereira

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fcomsantateresa.org.br%2Fwebsite%2Fimages%2Fstories%2FPapa%2Fbento_xvi_inicio.jpg&hash=3d02d24d3b98ba42105b3b5263f91956)


O Papa destacou hoje a vida do agora São Nuno, o Condestável, elogiando o facto de mesmo em confrontos militares ter mantido os «valores e princípios» cristãos, algo que contribuiu para a sua canonização, que se realizou hoje em Roma.

A vida do Condestável é uma «prova de que, em qualquer situação, mesmo de carácter militar e bélica, é possível actuar e realizar os valores e princípios da vida cristã», afirmou bento XVI na homilia das cerimónias perante os milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, muitos dos quais portugueses.

A parte do discurso proferida em português e dedicada ao novo São Nuno, Bento XVI recordou que durante a sua vida, Portugal veio a «consolidar a sua independência de Castela e estender-se depois pelos oceanos», permitindo a «chegada do Evangelho de Cristo até aos confins da terra».

«São Nuno sente-se instrumento deste desígnio superior» e assumindo o «serviço de testemunho que cada cristão é chamado a dar no mundo», optou por uma «intensa vida de oração e absoluta confiança no auxílio divino», salientou o Papa.

Por isso, «embora fosse um óptimo militar e um grande chefe, nunca deixou os dotes pessoais» sobreporem-se à fé, «imitando Nossa Senhora de quem era devotíssimo e a quem atribuía publicamente as suas vitórias», explicou Bento XVI, recordando que o Condestável, no fim da sua vida, se retirou para «o convento do Carmo por ele mandado construir».

Nesse sentido, «sinto-me feliz por apontar à igreja inteira esta figura exemplar», resumiu o Papa durante as cerimónias que religiosas, onde marcou presença vários portugueses, entre os quais o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, e o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Valença Pinto.

Durante as cerimónias, a mulher cuja cura do olho sustenta o milagre que permite o processo canónico, foi chamada para levar um dos símbolos de D. Nuno (a imagem, velas ou flores) que irão representar o Condestável, acompanhada do seu filho, Carlos Evaristo, e do presidente da Fundação da Batalha de Aljubarrota, Alexandre Patrício Gouveia.

Nas cerimónias, concelebraram com Bento XVI e vários elementos da cúria romana, os cardeais Saraiva Martins e José Policarpo, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga, e os bispos José Alves (Évora), Antonino Dias (Portalegre), Vitalino Dantas (carmelita de Beja), o superior geral da Ordem do Carmo em Portugal, frei Agostinho Castro, além de outros sacerdotes.

No guião da cerimónia, a Santa Sé classifica o Condestável como o «homem mais rico de Portugal» do seu tempo que «por amor de Deus fez-se pobre, inteiramente pobre» e «distribuiu todos os seus bens pela Igreja, pelos pobres, pela família e pelos antigos companheiros de armas».

«Só por ordem do rei é que deixou de andar pelas ruas a pedir esmola para os pobres» e «do que o rei lhe mandava para seu sustento, distribuía tudo o que podia pelos pobres, socorrendo e assistindo na agonia aos moribundos», refere ainda o guião.

Dos cinco novos santos, o Condestável é o único não italiano e também aquele que não está directamente relacionado com a fundação de uma instituição religiosa, embora a promoção da sua Causa tenha sido assumida pela Ordem do Carmo.

Juntamente com o Beato Nuno, serão canonizados o sacerdote Arcangelo Tadini (fundador da Congregação das Operárias da Santa Casa de Nazaré), o abade Bernardo Tolomei (Congregação de Santa Maria do Monte Oliveto da Ordem de São Benito), Gertrude Comensoli (Instituto das Religiosas do Santíssimo Sacramento) e Caterina Volpicelli (Congregação das Servas do Sagrado Coração).

Lusa
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Enviado por: André em Abril 26, 2009, 01:39:37 pm
Luís Amado louva reconhecimento de «santo do povo»

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F2.bp.blogspot.com%2F_fOJD67rCP10%2FSPB5Gc-CXfI%2FAAAAAAAAMss%2FVny2J33dfds%2Fs400%2FLuis_Amado_boa2.jpg&hash=93e94853e9262653865b331163e6d748)

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, considerou hoje em Roma que a canonização do agora São Nuno Álvares Pereira foi o reconhecimento pelo Vaticano de um «santo do povo».

«Antes de ser um santo reconhecido pela Igreja foi um santo do povo, um homem simples, um homem humilde, um grande chefe militar da história portuguesa e uma figura incontornável da nossa história», afirmou Luís Amado, no final da cerimónia durante a qual Bento XVI canonizou o Condestável.
Depois das cerimónias, o ministro e o vice-presidente da Assembleia da República Guilherme Silva foram recebidos pelo Papa num audiência privada.

Segundo o ministro, trataram-se somente de «cumprimentos protocolares».

Para Luís Amado, esta homenagem da Igreja é o «reconhecimento de uma grande personalidade que muito simbolicamente nós também veneramos», pelo que a cerimónia terá uma «grande simbologia para a história portuguesa».

Por isso, «é com muita honra que em nome do Governo por aqui estive a representar o Governo português nesta cerimónia», afirmou, minimizando as críticas de quem lamenta a ausência de outros elementos do Governo ou do próprio Presidente da República, que enviou uma mensagem ao Vaticano.

«O Estado português esteve representado pelo senhor vice-presidente da Assembleia» que «é a instituição que representa a nação portuguesa», o «Governo esteve representado através do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e as Forças Armadas através dos seus chefes militares», salientou Luís Amado.

Já o deputado Guilherme Silva explicou que esteve em representação do presidente do Parlamento, Jaime Gama, que não pôde ir a Roma por motivos de agenda.

No entanto, pelo protocolo, Guilherme Silva esteve presente na cerimónia como «a segunda figura do Estado» e a «representar a Assembleia e o povo português».

Salientando que «foi muito tocante esta recepção por parte de Sua Santidade», a quem transmitiu «cumprimentos e saudações do povo português», Guilherme Silva preferiu salientar a figura do Condestável.

Em particular, as «virtudes acumuladas, como seja a santidade e a actividade de acção militar, que o D. Nuno Álvares Pereira teve».

Na sua opinião, a «história, quando as pessoas têm o valor que têm, não as apaga antes as exalta».

Uma cerimónia de canonização de um português não se realizava em Roma desde 1976, ano em que foi confirmado o culto universal da fundadora da Ordem da Imaculada Conceição, Santa Beatriz da Silva, pelo Papa Paulo VI.

Lusa
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 26, 2009, 02:14:21 pm
FREI NUNO DE SANTA MARIA INTEMPORAL

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fbandeiranegra1.files.wordpress.com%2F2009%2F04%2Fnunoalvarespereira011.jpg&hash=d721309374bdc9aa4b4b6522e3c2f317)

«Não compreendo por que se há-de enveredar por uma via ridiculareira em relação a este gesto da Igreja Católica. Afinal de contas, num tempo em que Turras Éticos governam e forcejam por repetir-se no Governo-Tetina-Clientelar, é um bom exemplo alguém que, tendo sido um bravíssimo soldado identitário nosso, amante da nossa Independência e Insubmissão, em dado ponto optou livremente não apenas por ser pobre, mas por pedir esmola para os pobres, por alimentá-los, ao ver neles a Presença Viva do Cristo Misericordioso, Esse cuja Palavra, outrora Rochosa-Sólida à construção de um Portugal Ético, é hoje cuspida e calcada, com o que se degenera a nossa Têmpera, a Moral Geral, a começar numas supostas elites nacionais que não passam de uma merda qualquer.

E Frei Nuno fez isto: entregou-se à Pobreza Essencial depois de ter sido rico no supérfluo superficial. Lamento a sátira que vou lendo a isto, ao gesto da Igreja que o torna exemplar. Sinto-me esfomeado por Justiça e Verdade e não passo de um blogger pobre, compulsivamente empobrecido, mas respeito esses paneleiros intelectuais de esquerda que não separam águas nem exercitam o mesmo respeito que exigem para si. Pois vertam pelo olho cu acima esse óleo de fritar a ferver se tal retórica redutora tanto os diverte:
«Frei Nuno de Santa Maria torna-se assim o oitavo santo português desde a fundação da nacionalidade. A última portuguesa a ser proclamada santa foi Beatriz da Silva, que viveu entre cerca de 1426 e 1492, tendo fundado a congregação da Imaculada Conceição. A lista dos restantes portugueses canonizados pela Igreja Católica inclui São Teotónio, Santo António, a Rainha Santa Isabel, João de Deus, Gonçalo Garcia e João de Brito.»

http://joshuaquim7.blogspot.com/2009/04 ... maria.html (http://joshuaquim7.blogspot.com/2009/04/frei-nuno-de-santa-maria.html)
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Enviado por: Lancero em Abril 26, 2009, 02:58:27 pm
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi269.photobucket.com%2Falbums%2Fjj68%2Flancero555%2Fabril09%2F20090426133901ENLUS0170979212407531.jpg&hash=af07ff262466d6c182545752c7d4ad84)


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Canonização: São Nuno é "exemplo" para chefias militares - CEMGFA  

 

   Roma, 26 Abr (Lusa) -- O Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas  (CEMGFA) classificou hoje em Roma o novo São Nuno Álvares Pereira um "exemplo"  para as chefias militares, compreendendo essas funções como "poderes de  serviço" e não de "mando".  

 

   Falando à Lusa no final das cerimónias de canonização no Vaticano, o  general Valença Pinto considerou hoje o discurso de Bento XVI alusivo aos  feitos guerreiro do Condestável como "observações extremamente pertinentes  e felizes" para a hierarquia militar.    

 

   Além das Forças Armadas portuguesas, "estou a representar os valores  militares que não são diferentes dos outros valores da sociedade, embora,  porventura vividos de modo mais intenso, mais exigente e mais recorrentemente  chamados à atenção", afirmou.  

 

   Tratam-se de "valores de serviço a ideais superiores de bem-estar, paz  e liberdade" e o Condestável foi um "exemplo" como "chefe militar" no "serviço  ao país e à sociedade".  

 

   "São valores que só podem ser compreendidos e bem vividos se forem praticados  com despojamento e isso Nuno Álvares fê-lo de um modo exemplar", explicou  Valença Pinto.  

 

   "No Estado e nas Forças Armadas, quaisquer poderes têm que ser compreendidos  como poderes de serviço e não como poderes de competência, de exercício  ou de mando", alertou o general, que não quis comentar as críticas feitas  à ausência de mais representantes dos órgãos institucionais portugueses  nas cerimónias.    

 

   "De um ponto de vista estritamente militar, honra muito as Forças Armadas  que haja aqui representação dos três órgãos de soberania: Presidência da  República, Assembleia da República e Governo", limitou-se a dizer.    

 

   Dos cinco novos santos, o Condestável é o único não italiano e também  aquele que não está directamente relacionado com a fundação de uma instituição  religiosa, embora a promoção da sua Causa tenha sido assumida pela Ordem  do Carmo.  

 



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Canonização: Peregrinos portugueses colocam a par a santidade aos feitos militares do Condestável

 

    Roma, 26 Abr (Lusa) - Alguns dos peregrinos portugueses presentes na Praça de São Pedro, em Roma, colocaram a importância dos feitos militares do Condestável a par da sua vida religiosa, o que o levou hoje a ser canonizado em Roma.  

 

    "O São Nuno também está a ser canonizado pelo guerreiro que foi que não deixava de lutar pelas batalhas justas e porque rezava antes de cada batalha", afirmou Rui Gonçalves, de Setúbal e um dos 200 escuteiros presentes em Roma para homenagear o Patrono do Corpo Nacional de Escutas.  

 

    São Nuno "defendeu sempre Portugal na batalha pelo cristianismo", acrescentou o escuteiro.  

 

    Isaura da Silva, de Cernache do Bonjardim (terra natal do Condestável), veio também de propósito a Roma para a "canonização de São Nuno" até porque no concelho "existe uma grande devoção desde há muitos anos" a este beato, que dá nome ao seminário local.  

 

    "Somos muitos devotos de São Nuno" que "é o amor da nossa terra", um "defensor da nossa pátria, um grande santo e defensor de Portugal", acrescentou.

 

 

    Francisco Almeida Dias vive em Roma há oito anos e também optou por vir ao Vaticano, nem que fosse por "respeito" à memória do beato Nuno.  

 

    No entanto, o emigrante português destaca a forte presença de portugueses na cidade, algo que é visível para todos: "Meu Deus, [sábado à noite] a rua dos portugueses estava cheia, estava intrasitável" como "nunca me lembro de a ter visto".  

 

    Já Rosa Maria veio de Paris a Roma e aproveitou para assistir às cerimónias.
 

 

    "Acontece-nos uma vez na vida participarmos numa cerimónia deste género", explicou.  

 

    Do maior centro de peregrinação português, em Fátima, para o maior do mundo, em Roma, este é o percurso de Lino Pereira, que é também vizinho de uma mulher importante no processo.  

 

    "A senhora que sustentou o milagre é uma senhora de Ourém", explicou o peregrino que recorda também o guerreiro até porque é isso que a "história nos faz mais lembrar".  

 

    Hoje, na Praça de São Pedro, o Postulador da Causa, Fernando Millán, explicou o processo canónico que justifica esta atribuição pela Santa Sé, com relatos sobre a santidade de Nuno Álvares Pereira confirmados por teólogos e historiadores e um relatório de médicos convidados pelo Vaticano que atestam a sua "intercessão" na "cura miraculosa" de um olho da portuguesa Guilhermina de Jesus, queimado com óleo de fritar.  

 

    Uma cerimónia de canonização de um português não se realizava em Roma desde 1976, ano em que foi confirmado o culto universal da fundadora da Ordem da Imaculada Conceição, Santa Beatriz da Silva, pelo Papa Paulo VI.

 

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http://www.youtube.com/watch?v=vXNx7cQgShM (http://www.youtube.com/watch?v=vXNx7cQgShM)

http://www.presidencia.pt/?idc=22&idi=26847 (http://www.presidencia.pt/?idc=22&idi=26847)

Hoje é um dia de alegria para todos os Portugueses.

A canonização de Nuno Álvares Pereira constitui um gesto que honra uma das figuras mais marcantes da nossa História, uma figura em que os Portugueses se revêem como símbolo de amor ao seu País, de defesa corajosa da independência nacional, de vontade de triunfar mesmo nas horas mais difíceis.

Orgulhamo-nos com a canonização de Nuno Álvares Pereira, pelo que ela representa de reconhecimento do valor exemplar de um português heróico e ilustre.

Um português que soube também ser humilde, o que o levou a retirar-se do gozo das grandezas mundanas em nome da fé que possuía.

Recordo o seu epitáfio: «As suas honras terrenas foram incontáveis, mas voltou-lhes as costas. Foi um grande Príncipe, mas fez-se humilde monge».

De facto, Nuno Álvares Pereira soube voltar as costas às honras terrenas que conquistara através de feitos heróicos.

Mas não voltou as costas ao seu amor por Portugal, pois foi em nome desse amor que o Condestável comandou tropas em defesa da independência de uma nação ameaçada.

O «forte Dom Nuno», como lhe chamou Camões, é um exemplo para todos nós e, muito em particular, para as nossas Forças Armadas.

Congratulo-me pela canonização de Nuno Álvares Pereira e estou certo de que este gesto ficará inscrito na nossa memória colectiva e será motivo de orgulho e de alegria para todos os que amam o nosso País e a sua história.
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 27, 2009, 12:29:27 am
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Paulo Portas destacou "a dimensão de patriotismo" do Condestável

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F2.bp.blogspot.com%2F_TOL64dpbBqc%2FSUUu3orY4UI%2FAAAAAAAAANM%2Ffw0VFFaXft0%2Fs320%2FPaulo%252520Portas%252520-%252520Portugal%252520bandeira%252520Azul.jpg&hash=f1923cf45676eecffbc77c0c8806e125)

O líder do CDS-PP destacou em Roma "a dimensão de patriotismo" de D. Nuno Álvares Pereira, o Condestável, a par da sua importância religiosa e ética, valores que sustentam a sua canonização no próximo domingo, no Vaticano.

Paulo Portas, que se encontra em Roma para participar nas cerimónias da canonização, afirmou que D. Nuno Álvares Pereira tem uma "dimensão religiosa" devido à sua fé, mas também "uma dimensão ética que é também contemporânea", numa referencia à circunstância de o Condestável se ter despojado de "todas as honrarias" ainda em vida.

Na opinião do líder centrista, na figura do Condestável "há também uma dimensão de patriotismo, até porque foi general do exército" português "pelo qual obteve vitórias essenciais para a independência nacional".

Por isso, salientou, "é um santo e um herói".

"Como eu acho que o patriotismo não é um valor em desuso na actualidade, estou aqui porque gosto e porque tenho muito empenho", acrescentou.

"Portugal não teria existido enquanto Estado independente se não tivesse algumas figuras da nossa história como o Condestável", mas "obviamente a canonização é um primeiro lugar uma celebração de natureza espiritual e religiosa, mas este acontecimento é inseparável da história de Portugal", declarou.

Paulo Portas escusou-se a comentar a ausência, notada, de elementos do Governo português, com excepção do ministro dos Negócios Estrangeiros.

"Sei que fiz o que a minha consciência me determinou, até porque uma canonização se calhar não acontece na vida mais de que uma vez. E eu, acontecesse o que acontecesse em Portugal, garanto que hoje estaria em Roma", assumiu Portas.
Título:
Enviado por: TOMSK em Abril 27, 2009, 12:48:31 am
O Santo Condestável não contestável

Agência Ecclesia, 2009/04/23
Bagão Félix

No meio da parafernália de pequenas, médias e grandes notícias sobre quase tudo e quase nada, foi com alegria que recebi a notícia da canonização de D. Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável. Como católico e como português. E também pelo facto de a este processo de canonização estar associado o Cardeal português D. Saraiva Martins, de quem, há cerca de três anos, tive a honra de apresentar o livro “Como se faz um Santo”.

É claro que esta simbólica distinção que muito honra a portugalidade no Mundo – mesmo que analisada apenas fora do contexto religioso – não faz manchetes, como fazem à profusão as distinções de um bom jogador de futebol, de um consagrado autor, de um artista de telenovela ou de um empresário de sucesso fulminante. O que anima certos meios de opinião liofilizada e quase sempre desconhecedores da religião é a discussão (?) sobre a natureza do milagre que está associado à canonização do Beato Nuno. Mas o povo, na sua sabedoria genuína e despoluída, já há muito o havia consagrado como o Santo Condestável. Isso mesmo: santo carmelita e condestável chefe militar e primeiro dignitário do Reino!

Agora que os Santos parecem estar “fora de moda” numa sociedade de “zapping”, comportamentalmente hedonista, moralmente relativista e subjugada à “ditadura das banalidades”, o que vem à liça é minimizar a espiritualidade e a transcendência associadas à santidade. Daí que, nesta onda em que é quase compulsivo em certos meios pôr em causa tudo o que emerge no seio da Igreja, o Santo Condestável seja depreciado por alguns como um “contestável santo”…

O que é certo é que D. Nuno Álvares Pereira, cuja vida de verdadeiro patriota não é de todo contestável e nos habituámos a respeitar, é um exemplo num tempo em que o valor da exemplaridade escasseia. Não apenas na sua vida mais religiosa quando após a morte da sua mulher e despojado de todas as propriedades, títulos e honrarias, se tornou carmelita e viveu um tempo totalmente dedicado aos mais pobres entre os pobres, mas igualmente como notável general de uma guerra que nos garantiu a independência seriamente ameaçada.

Ser santo - como o demonstra a vida de Nuno Álvares Pereira - sempre representou uma forma de subversão, traduzida em cada época de modo diverso e como regra vivida na ausência de qualquer forma de poder, que é onde se revela toda a força da presença de Deus. Na sociedade contemporânea em que, no plano da relação com Deus, clamamos muito mas obedecemos pouco, o Santo é uma espécie de novo insurrecto sinalizador e modelo da pureza, da harmonia, da espiritualidade levada à sua mais bela singeleza.No fundo, somos reconduzidos à mais forte constatação: a de que para se ser santo é necessário praticar e, acima de tudo, concretizar o Evangelho. Assim se atinge a perfeição da caridade entendida como a mais elevada medida de amor para com o Criador e para com o próximo. São Paulo haveria de sintetizá-la numa curtíssima expressão: não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim.

A santidade de Nuno Álvares Pereira simboliza a purificação da heroicidade do simples e é a expressão vitoriosa do homem de e para todos os tempos sobre o homem do instante. A santidade sempre foi entendida como a expressão da Graça Divina, mas também da condição livre de se ser pessoa. O Santo Condestável representa, na História de Portugal e do Mundo, este traço de união entre o passado e o futuro, entre a memória e o exemplo, entre a vida pública e a consagração a Deus.

O Beato Nuno de Santa Maria é um exemplo de uma vida ao serviço do outro, alicerçada numa fé inabalável e num espírito de radical caridade. Através dele poderemos entender melhor o caminho da santidade pelo qual a caridade é, ao mesmo tempo, o coração da inteligência e a inteligência do coração, e que só a partir do nosso interior se pode transformar o que nos é exterior. Se há quem congregue sem ensinar e quem ensine sem congregar, o novo santo português ensinou pela universalidade do seu exemplo e congregou na perfeição das suas virtudes. Parafraseando S.S. o Papa Bento XVI, D. Nuno viveu profundamente consciente que “se Deus não está presente tudo se torna completamente insuficiente”. Neste momento em que escrevo, não posso deixar de registar, no plano institucional e político, uma atitude e uma omissão. A atitude de o Senhor Presidente da República, como o mais alto magistrado da Nação, se ter congratulado, em nome de Portugal, e considerado D. Nuno “uma figura maior da nossa história que, no passado e no presente, deve inspirar os portugueses na busca de um futuro melhor”. A omissão e o silêncio do lado do Governo e de alguns partidos políticos, sempre tão pródigos e rápidos em felicitar outras personagens nem sempre significantes e em formular votos de congratulação por dá cá aquela palha.

É recorrente nestas alturas usar-se e abusar-se do argumento da separação compulsiva entre o Estado e a Igreja. A louvável e imperativa neutralidade religiosa do Estado não pode, porém, transformar este num Estado anti-religião.A laicidade do Estado não implica a laicidade da sociedade. A sociedade é plural no sentido religioso e é perigoso confundir sistematicamente, neste plano, Estado e Sociedade.

A separação do Estado e da Igreja também não significa neutralidade por omissão, indiferença, abstenção, ignorância ou desconhecimento dos fenómenos religiosos e muito menos hostilidade.Mas no caso de D. Nuno Álvares Pereira não se exige do Estado que o homenageie como santo católico. Apenas, que o sinalize para as gerações vindouras como grande, ilustre e exemplar português.

A História faz parte do presente e do futuro, embora, como um dia escreveu Miguel Torga, “os nossos governantes não querem saber da História. Para eles tudo começa na hora em que assumem o poder”Em suma: o Beato Nuno é agora consagrado universalmente como o São Nuno de Santa Maria. O povo vê assim confirmado pelo Papa o nome de um incontestável Santo Condestável!"

António Bagão Félix
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Enviado por: TOMSK em Abril 27, 2009, 02:29:34 pm
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Camâra Clara na RTP2
Programa sobre Nuno Álvares Pereira

:G-Ok:

Foi dos programas mais interessantes que vi sobre este tema.
A partir do minuto 3:10 temos ainda uma pequeno excerto do filme "Aljubarrota", disponível para visualização no Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota.
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2Frecta.jpg&hash=55107003bc5831faaa8766867fce658c)
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Enviado por: Luso em Abril 27, 2009, 08:22:32 pm
http://combustoes.blogspot.com/ (http://combustoes.blogspot.com/)

27 Abril 2009
Santo Condestável
 
 
A vida do Santo Condestável é orgulhosa réplica ao anti-herói que hoje se exalta como exemplo. Não é, pois, de estranhar que tantos desertores medalhados e promovidos às culminâncias do Estado, tantos objectores de consciência e tantos arranjistas tenham saído à liça para macular o herói português de sempre com defeitos e até, pasmemos, com as mais descabeladas insinuações sobre o património que Nuno Álvares Pereira teria acumulado no rescaldo da Revolução de 1383-85. Uns, menos atrevidos, nele só querem ver o cavaleiro da Idade Média tardia, entranhado da ética cavaleiresca. Outros, cujo horizonte e gabarito se limita à exaltação da vida entre a gamela e os negócios, minimizam-lhe as qualidades intemporais do arrojo e destemor reduzindo-o a um caudilho militar ou, pior, a um ambicioso manipulador que "fez" D. João I para destruir a velha nobreza que tomara partido por Castela. De Nuno Álvares conheço razoavelmente a bio-bibliografia oitocentista e novecentista, mas às interpretações hodiernas da grande figura prefiro, de longe, por que mais impressivas e exaltantes, a Crónica do Condestável (1526), o Condestável de Portugal (1610), de Francisco Rodrigues Lobo e El Heroe Portugues : vida, haçañas, vitorias, virtud, i muerte d'el Excelentissimo Señor, el señor D. Nuño Alvares Pereira, Condestable de Portugal , de António de Escobar.


O verdadeiro milagre de Nuno Álvares foi o de formalizar o patriotismo. Onde antes havia comunidades dispersas, vínculos e suzeranias, feudatários e pendões e caldeiras, Nuno Álvares fez uma comunidade de destino, insuflou-lhe unidade e libertou-a do tempo pequeno dos interesses. O milagre português confunde-se com Nuno de Santa Maria. Antes dele, para além dos "factores democráticos", pouco mais havia que uma lealdade dinástica, um território-património, um Estado que se confundia com as necessidades dos reis. Depois de Nuno Álvares, o Estado passou a ser um nós e os reis passaram a ser reis portugueses. Tudo isto confunde os marxistas e os capitalistas, que só entendem a nação ou como "superestrutura" ideológica ao serviço de "interesses de classe" ou como necessidade "sexy", que a não vingar, aceita a mudança "sexy" das fidelidades bem pagas, o confortozinho da alcova e da mesa bem servida. Portugal foi e é uma nação pobre. Milagre foi o de haver conseguido fazer tanto com tão pouco e, depois, com tanto medo à solta, projectar Portugal para fora da Europa, dando-lhe um destino e uma missão que continua, queiram ou não os tribalistazinhos filoeuropeus, a confundir-se com as sete partidas do mundo. D. Nuno não é uma personagem literária; existiu e é vulto inspirador para tantos que teimam em permanecer portugueses - isto é, nós - num tempo de penumbra e demissão.

Publicada por Combustões em 27.4.09
Título:
Enviado por: Lancero em Abril 27, 2009, 09:11:44 pm
Citação de: "Luso"
http://combustoes.blogspot.com/


Grande banda sonora  :guitar:
Título:
Enviado por: Luso em Abril 27, 2009, 09:20:31 pm
Citação de: "Lancero"
Citação de: "Luso"
http://combustoes.blogspot.com/

Grande banda sonora  :wink:
Tem graça que cada vez dou mais valor a esses sons que desprezava há uns bons anos atrás.

Que lhe pareceu o Blogue, Lancero?
Considero-o muito bom.
Título:
Enviado por: Lancero em Abril 27, 2009, 09:47:57 pm
Tenho um fraquinho por tudo o que diga à partida que ali não se diz mal de Portugal.

PS - O meu pai tem guardada a colecção de singles em vinil. Conheço-as todas  :D
A que ouvimos todos os natais (não sei porquê...) - http://www.youtube.com/watch?v=NkS0G9S3vTw (http://www.youtube.com/watch?v=NkS0G9S3vTw)
Título:
Enviado por: André em Abril 28, 2009, 01:10:09 pm
Trocar a cruz pela espada
Paulo Mendonça

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fbandeiranegra1.files.wordpress.com%2F2009%2F04%2Fnunoalvarespereira011.jpg&hash=d721309374bdc9aa4b4b6522e3c2f317)


Ocorreu no passado Domingo em Roma na Praça de S.Pedro a canonização de D. Nuno Álvares Pereira, que desde há bastante tempo tinha já ascendido à condição de Santo, canonizado não pelo Papa mas pelos cidadãos portugueses.

A relação entre Deus e a guerra, existe desde que as sociedades adoram divindades e a elas recorrem para auxílio em situações onde a vitória não é assegurada.
São famosas as oferendas aos Deuses feitas pelos generais do império romano, que faziam sacrifícios aos deuses de Roma, mas também aos deuses dos inimigos, para aplacar a sua ira.

A Igreja normalmente considera Santos, os fieis que se destacaram pelo seu comportamento exemplar, quanto ao seguimento das regras e procedimentos dessa mesma Igreja.

É por isso que a canonização de D. Nuno Alvares Pereira tem um significado curioso, pois afinal, por muitas que tenham sido as obras piedosas do agora Santo e por muito demonstrada que tenha sido a sua humanidade e o seu respeito e devoção por Deus, é impossível dissociar D. Nuno Álvares Pereira daquilo que o distinguiu para a História: O facto de ter sido um líder militar.

E não foi um líder militar qualquer.

Num país que como Estado Independente conta já com quase 900 anos de História, e que encontra as raízes da sua identidade mais remota nas lutas dos povos da Lusitânia contra o império romano, muitos são os líderes militares que se destacaram, normalmente na afirmação dos direitos desse povo ou povos do ocidente da Península Ibérica.

D. Nuno Álvares Pereira, como Condestável e chefe militar das forças do Reino de Portugal, numa altura em que a sua existência era colocada em perigo, é provavelmente um dos mais destacados de entre os destacados chefes militares portugueses.

Durante a crise dinástica de 1383-1385, e dentro do contexto da guerra dos 100 anos, em que a França e a Inglaterra se digladiavam, tendo a França o apoio do reino de Castela e a Inglaterra o apoio de pelo menos parte de Portugal, a existência do pequeno reino do ocidente peninsular esteve em causa.

Tivesse Portugal sido derrotado em Aljubarrota e o rei escolhido por grande parte do povo - o Mestre da Ordem de Avis, aclamado Rei D. João I de Portugal - sido morto aprisionado ou privado do reino, o mais provável, é que Portugal fosse hoje nada mais que uma triste região descaracterizada e morta, dentro da grande nação castelhana, que hoje conhecemos como Espanha.
Esse foi aliás o destino da Galiza e do Reino de Leão, completamente descaracterizados.

Podemos dizer que graças a D. Nuno Álvares Pereira, nos livrámos de fazer parte desse erro da História que se conhece como Estado Espanhol.

A batalha de Aljubarrota, marco absoluto da aspiração de um povo à Liberdade e ao Direito de Existir, ganha assim mais um símbolo, reconhecido pela própria Igreja.

Há curiosamente um outro símbolo, bastante mais simples, popular e impossível de canonizar.
Trata-se do símbolo representado pela Padeira de Aljubarrota, que representa a raiva incontida dos portugueses, perante a violação da sua terra por estrangeiros que aqui chegaram vindos de Espanha para a roubar, para a violar e para a conspurcar com a sua presença.

Não parece ser de todo impossível que tenha sido a violência da reacção popular e a perseguição sem quartel que foi movida aos castelhanos depois dos fatídicos 30 minutos de batalha (em que o enorme exercito castelhano-francês foi desbaratado) que esteja entre as razões da conversão de D. Nuno Alvares Pereira, que conforme se aprendia nos livros de História trocou a espada pela cruz.

Muito poderão dizer os Homens da Igreja, sobre as benfeitorias e a devoção do agora S. Nuno Álvares Pereira.

Mas, acima de tudo, há que ter em consideração que se trata de um Santo da Igreja, que como português lutou pelo Direito de um povo a ser Livre.

Saibamos portanto ser dignos da lição que se nos oferece para estudar.
Devemos ter a capacidade de trocar a espada pela cruz, de perceber que a violência gera violência e que é preferível a Paz à Guerra. Sempre assim foi.

Saibamos no entanto também estudar o significado dos actos.

Podemos trocar a espada pela cruz, mas não devemos nunca achar que chegámos ao fim da História e que Portugal nunca mais precisará ser defendido.

Desenganem-se os pacifistas falsos, que querem acreditar cegamente na bondade de vizinhos ou supostos aliados.

D. Nuno Alvares Pereira trocou a espada pela cruz.

Mas se não soubermos entender o que está em jogo, se não formos capazes de defender aquilo que representa a ideia de Portugal, então não seremos dignos nem de D. Nuno, nem de Padeiras, nem de D. Afonso Henriques.

Não seremos dignos de nada, se quando for necessário, não percebermos que se há momentos em que é preciso trocar a espada pela cruz, também haverá no futuro momentos, em que será preciso trocar a cruz pela espada.

A História não acabou, e voltará a repetir-se.

Área Militar
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Enviado por: Lancero em Abril 30, 2009, 03:28:22 pm
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Canonização: Português adapta Batalha de Aljubarrota para jogo de tabuleiro em homenagem ao condestável
 

    Lisboa, 30 Abr (Lusa) - O condestável Nuno Álvares Pereira, recentemente canonizado, é o herói de um novo jogo de tabuleiro que recria a Batalha de Aljubarrota, uma iniciativa que visa ensinar os mais novos através da diversão.  

 

    O "inventor" de jogos de tabuleiro Gil Orey decidiu avançar agora com a este novo jogo, que dará destaque à figura do agora São Nuno Álvares Pereira, procurando "dar a conhecer a sua importância e mostrar aquilo que é ser português".  

 

    "O objectivo é fazer com que as pessoas percebam a importância desta batalha, que foi determinante para que hoje fôssemos portugueses", disse à Lusa Gil Orey, sublinhando que não pretende incutir nenhum "ódio" aos castelhanos e, por esse motivo, nenhuma peça do jogo faz a referência ao país vizinho.  

 

    "Quero que este jogo retrate apenas o espírito português", acrescentou.

 

    O autor explicou que a ideia surgiu o ano passado, quando visitou a Fundação Batalha de Aljubarrota, decidindo também ele criar uma forma "lúdica" de mostrar aquilo que foi o conflito militar, ao mesmo tempo que "adultos e crianças pudessem brincar".  

 

    Gil Orey admitiu que o interesse em fazer este jogo não está relacionado com a recente canonização de D. Nuno Alvares Pereira, reconhecendo no entanto que se trata de uma "feliz coincidência" e que serve "obviamente" para realçar a importância militar do Santo Condestável nesta batalha.  

 

    "As pessoas agora ouvem falar na Batalha de Aljubarrota e associam de imediato a D. Nuno Alvares Pereira, o que as leva a ficar mais atentas e interessadas", salientou.  

 

    Depois de "muitas horas a queimar pestanas" - recordou o autor - a elaboração deste jogo implicou ainda a colaboração de outros intervenientes para testar o seu resultado e que ajudaram a "afinar as regras", para que o "Aljubarrota" se tornasse um jogo "consistente e divertido".  

 

    Este não é o primeiro jogo deste inventor que, através da sua empresa "Gil Orey Design", já criou outros jogos de mesa relacionados, por exemplo, com o forte dos Oitavos, em Cascais, com o concelho de Loures e com o Marquês de Pombal, encomendado pela Câmara Municipal de Oeiras, todos eles seguidores de uma vertente histórica.  

 

    Questionado sobre a opção de um jogo de mesa tradicional em vez de um jogo de computador, Gil Orey explicou que teve o cuidado de preservar a componente interactiva, realçando que este jogo pretende combater o "isolamento" dos jogos de computador e incentivar o convívio entre as pessoas.  

 

    "Creio que todos reconhecem que existe essa vantagem de um jogo de tabuleiro que é juntar as pessoas à volta de uma mesa e estar a conviver", acrescentou.

 

    O "Aljubarrota" dá então a oportunidade de reviver os principais acontecimentos que marcaram este momento decisivo para a independência de Portugal, destinado a todas as famílias e que vai estar disponível ao público já no final deste ano, explicou, o autor, sugerindo o jogo como uma "boa oferta para o próximo Natal".  
Título:
Enviado por: André em Maio 02, 2009, 04:36:58 pm
Falta de sentido patriótico e de dignidade do Estado
João Mattos e Silva *


Qualquer Nação que se preze venera os seus heróis. Vejam-se as nações mais modernas: os Estados Unidos da América ou o Brasil, por exemplo, que não perdem um feito, que não esquecem uma data relevante para a sua afirmação nacional, que elevam aos "altares da pátria" quem contribuiu para a sua independência, ou as suas conquistas ou, pelo menos, o engrandecimento do País perante o mundo. E não é para "tapar com a peneira", como dizem os nossos irmãos brasileiros, os erros, os crimes, os momentos menos felizes da sua vivência colectiva. É para apontar exemplos aos seus concidadãos, é para suscitar orgulho na sua nacionalidade, é para cimentar o amor pela terra em que nasceram e pelo povo a que pertencem, sem o qual não há sentimento de serviço nacional e sentido de cidadania.

Por essa Europa fora assiste-se, entre as nações mais velhas do velho continente, ao culto dos heróis nacionais, que não se fica apenas pelas celebrações das efemérides oficiais, mas se revela no estudo das suas biografias, das épocas históricas em que se afirmaram, dos feitos que cometeram, ou obras que realizaram, empenhado o Estado em fomentar e em apoiar todas as iniciativas.

No Portugal desta III República não. Os únicos heróis, cujos feitos parecem comover quem está à frente do Estado, parecem ser os revolucionários do 5 de Outubro, mesmo os carbonários que assassinaram um Rei, um Príncipe Real e um Presidente da República, ou os do 25 de Abril. E nem todos. Para muitos dos que nos têm governado ou são candidatos a governar, a História de Portugal começou em 1974. Quando muito em 1910. Dir-se-á que é uma reacção natural à II República que usou e abusou dos heróis nacionais e dos feitos históricos do passado para construir e justificar o regime autoritário que instituiu. Fraca desculpa, quando sobre o fim desse período da história do regime republicano já passaram trinta e cinco anos!

A Igreja Católica, pela vontade do seu Pontífice máximo, o Papa, e depois de um processo de séculos que Espanha entravou por razões exclusivamente políticas, decidiu canonizar - com base numa cura cientificamente inexplicável, comprovada por homens da ciência, muitos dos quais não católicos, que foi atribuída à sua intercessão - o Condestável D. Nuno Álvares Pereira, Beato Nuno de Santa Maria desde 1929, herói da independência nacional na crise de 1383-1385.

Reconhecido e aceite pelo povo como santo, ainda em vida, D. Nuno Álvares Pereira destacou-se pela sua devoção como cristão, pelas atitudes, que hoje diríamos humanitárias, e são afinal fundamentalmente cristãs, face aos inimigos de Portugal que combateu, pelas doações do seu imenso património que fez aos mais humildes dos seus companheiros de armas e aos mosteiros que acolhiam os pobres, pelo despojamento e humildade que demonstrou quando decidiu de tudo prescindir, no auge do seu poder e da sua glória, e entrar na Ordem do Carmo, para prosseguir o seu aperfeiçoamento espiritual e servir os que nada tinham.

Sem a acção militar de D. Nuno Álvares Pereira, enquanto comandante dos exércitos portugueses, sem o seu sentido de estratégia e sem as tácticas que fez adoptar face a um adversário muito mais poderoso e numeroso, sem a sua determinação patriótica, que chegou a roçar a desobediência ao Rei, Portugal poderia ter perdido a sua independência face a Castela e aos reinos ibéricos. A História poderia ser bem outra.

Anunciada a canonização pela Santa Sé, qual foi a posição do Estado e dos partidos portugueses? Um tímido comunicado da presidência da República, outro envergonhado e tardio do Governo, o apoio com votos contra e declarações de voto dos deputados do partido do governo a um voto de congratulação proposto corajosamente por um partido da oposição, o CDS, que o PSD acompanhou, a abstenção do Partido Comunista e o patético e ridículo voto contra do Bloco de Esquerda, a coqueluche da burguesia envergonhada e com complexos de culpa, em nome da separação entre o Estado e Igreja.

Em qualquer outro país normal, toda a sociedade se teria desdobrado em manifestações de júbilo por um seu herói nacional ter sido reconhecido como santo pela Igreja Católica, mesmo por parte daqueles para quem a santidade não tem qualquer valor. Celebravam o Estado laico e o povo em geral o seu herói, celebravam a Igreja Católica e os seus fiéis o seu santo. Por cá não. Em nome de uma falsa liberdade religiosa e de complexos revolucionários centenários e mais recentes, tenta-se que os católicos não façam muito barulho em volta de D. Nuno Álvares Pereira, joga-se o jogo do empurra para saber quem representará o Estado nas cerimónias no Vaticano e assobia-se para o lado. Não é uma questão de Estado; é uma questão de falta de sentido patriótico e de dignidade do Estado Português.

* Nota: o texto publicado é da exclusiva responsabilidade do autor.

Diário Digital
Título:
Enviado por: Açoriano em Maio 02, 2009, 05:11:01 pm
Citação de: "André"
Portugal poderia ter perdido a sua independência face a Castela e aos reinos ibéricos. A História poderia ser bem outra.

Anunciada a canonização pela Santa Sé, qual foi a posição do Estado e dos partidos portugueses? Um tímido comunicado da presidência da República, outro envergonhado e tardio do Governo, o apoio com votos contra e declarações de voto dos deputados do partido do governo a um voto de congratulação proposto corajosamente por um partido da oposição, o CDS, que o PSD acompanhou, a abstenção do Partido Comunista e o patético e ridículo voto contra do Bloco de Esquerda, a coqueluche da burguesia envergonhada e com complexos de culpa, em nome da separação entre o Estado e Igreja.
Uma autêntica vergonha por parte do Estado e o BE ainda votou contra, incrível, tal como diz a notícia, se não fosse a acção militar de D. Nuno Álvares Pereira a história podia ser outra e hoje estes chupistas não estariam todos a mamar do orçamento, impostos de todos nós, não teriam cada um o seu tacho à nossa custa.
Sentido patriótico e de dignidade?
O herói nacional deles é o dinheiro.
Título:
Enviado por: Açoriano em Maio 02, 2009, 05:14:46 pm
Homenagem ao Santo Condestável
http://tv1.rtp.pt/noticias/?headline=20 ... cle=217283 (http://tv1.rtp.pt/noticias/?headline=20&visual=9&tm=8&t=Homenagem-ao-Santo-Condestavel.rtp&article=217283)
Título:
Enviado por: TOMSK em Maio 04, 2009, 08:16:19 am
Já que as televisões se alheiam de realizar um documentário em condições sobre a vida de Nuno Álvares Pereira, valha-nos a vontade de alguns portugueses:

CONDESTÁVEL DE PORTUGAL
http://www.youtube.com/watch?v=BVY2GNfKD7E (http://www.youtube.com/watch?v=BVY2GNfKD7E)

Grande vídeo!
Título: um outro eventual santo
Enviado por: rpedrot em Maio 09, 2009, 11:24:17 pm
boas noites,

encontrei na enciclopédia luso brasileira a referencia a um santo padre gonçalo da silveira. que esteve para ser santo mas que o processo de canonização foi interrompido pelo conflito diplomático com a santa sé, no reinado de d joao V.

alguém sabe mais sobre este assunto?
Título:
Enviado por: TOMSK em Maio 30, 2009, 12:46:31 am
Canonização de Nuno Álvares: Último Acto

Por João José Brandão Ferreira

«Ameaçava chuva o dia 26 de Abril. Mas o astro-rei, tendo certamente em conta a transcendência da cerimónia, decidiu-se a enviar os seus raios de luz e calorento afago.

A cerimónia decorreu simples e com o decoro próprio da Santa Madre Igreja. Há, no entanto, a destacar as palavras de Sua Santidade ao referir-se à figura de D. Nuno. Foram sem dúvida as mais importantes de todas e extravasaram até o âmbito religioso, como foram as referências às evidências histórico-políticas da consolidação da independência e da importância dos Descobrimentos (e não “encontro de culturas”). E não se coibiu de o chamar de “herói”. A Santa Sé bem sabe a importância que tal teve para a expansão do cristianismo no mundo. A Igreja, de facto, é universal, mas uma grande parte dela é portuguesa ou teve por base a missionização portuguesa. Outra evidência que ficaria bem à classe política e ao episcopado português ter sempre presente. Portugal, para além de ser um dos três únicos países a cuja realeza foi atribuído um título pela Santa Sé – o Cristianíssimo Rei de França; Muito Católica Majestade (espanhola) e a Nação Fidelíssima (nós), é o único país do mundo que ostenta um símbolo cristão na sua bandeira – os escudetes em forma de cruz, que representam as cinco chagas de Cristo e os 30 dinheiros da traição de Judas – e isto desde o início da nacionalidade.

Não é, aliás, a actual cura da Srª. D. Guilhermina, tida como milagrosa, que fez a Santidade de D. Nuno. Foi toda uma vida pautada pelos valores cristãos, em que não se conhece mácula, tanto na paz como na guerra; e o reconhecimento popular, desde a sua morte, que justificam plenamente a distinção ora concedida. E disso fez o Papa eco apontando D. Nuno como exemplo para toda a Igreja como, de resto, já o seu antecessor Pio XII o tinha feito em plena Segunda Guerra Mundial apontando-o como modelo a seguir por todos os combatentes.

Por isso confessamos o nosso “gozo” ao ter ouvido um padre alemão comentar para os seus amigos ou familiares que tinha sido canonizado um general português – “Ein portugiesischer General”…

Tem alguma razão o Sr. Cardeal Patriarca quando disse, na missa na Igreja de Santo António dos Portugueses, que a canonização não deveria servir propósitos políticos. Eu diria que “partidários” ficaria melhor, pois exaltar a figura de D. Nuno – e ela está longe de se esgotar no campo religioso – é exaltar um português de renome e concomitantemente a terra a que pertence e isso não deixa de ser um acto político. Por outro lado ignorar o que se passa também é uma atitude política. Não dá para se ficar neutro.

Porque a Santa Sé é um Estado e o Papa a sua cabeça, fez bem em agradecer a presença da comitiva oficial portuguesa chefiada pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros. A delegação era condigna, mas não estava para ser assim. Para registo, convém dizer que o Governo apenas se queria fazer representar pelo nosso embaixador no Vaticano e foram precisas algumas manobras de bastidores, ao que se consta da própria presidência da República (o PR não podendo estar presente, quis fazer-se representar pelo Chefe da Casa Militar), e não só, para que a delegação estivesse compostinha e com uma representação militar. A talhe de foice, deve também referir-se não ser razoável que os homens do Exército tenham ido e voltado num espaço de tempo que não lhes deixou margem para tomarem banho e mudarem de camisa. Pobrezinhos, mas não tanto…

Pena, também, que nada estivesse organizado para juntar os portugueses em Roma, a fim de puderem tomar parte nas actividades em conjunto. A mobilização também não foi grande e possivelmente não houve capacidade para mobilizar as comunidades de emigrantes das redondezas. O cartão que dava acesso ao recinto com cadeiras trazia inexplicavelmente o nome de D. Nuno, Alvares escrito com “z”, dando ideia de uma espanholidade que faria o Santo dar voltas no túmulo. Pormenores que não são despiciendos e que convém esclarecer para que não medre o dito popular de que “não acredito em bruxas, mas lá que as há, há”.

E como teria sido bonito que o altar onde se realizou a missa de canonização tivesse uma guarda de honra de cadetes da Academia Militar, que escoltariam a imagem ou relíquia que representasse o novo Santo de volta à Pátria num avião com a Cruz de Cristo. Mas tal exigiria outros dotes e interesses que, contemporaneamente, estão ausentes do governo da Nação.

As cerimónias finalizaram, já no dia 28, com uma missa de acção de graças na Igreja de S. Maria em Transpontina, por parte da comunidade carmelita vinda de todo o mundo. Coube ao Prior Geral da Ordem do Carmo, Padre Fernando Millan – espanhol – fazer o elogio da vida de D. Nuno Álvares. E fê-lo bem.

Na realidade, são insondáveis os desígnios do Senhor.»
Título: Re: D. Nuno Álvares Pereira é o novo santo português
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 08, 2010, 01:35:43 pm
Título: Re: D. Nuno Álvares Pereira é o novo santo português
Enviado por: HSMW em Outubro 08, 2010, 02:33:18 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Uau :shock: Vale a pena divulgar esse vídeo pela net.
Título: Re: D. Nuno Álvares Pereira é o novo santo português
Enviado por: Luso em Outubro 08, 2010, 06:39:01 pm
Está simples e interessante mas deve ser corrigida a ortografia.