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Conflitos => Conflitos do Presente => Tópico iniciado por: fgomes em Abril 05, 2007, 05:56:53 pm

Título: A captura de militares ingleses pelo Irão
Enviado por: fgomes em Abril 05, 2007, 05:56:53 pm
Este incidente, entretanto terminado, levanta-me algumas questões que me deixam perplexo:

- A facilidade com que os ingleses foram capturados. Como é que se deixam 15 militares, afastados do seu navio, sem qualquer protecção, numa zona de guerra?

- A facilidade com que os militares ingleses se prestaram a fazer declarações  propagandísticas. Será que foram torturados? O contraste com o comportamento de prisioneiros de outras guerras não podia ser maior. Cito só o exemplo dos portugueses na Guiné ou o do senador John McCain no Vietname.
Título:
Enviado por: typhonman em Abril 05, 2007, 07:22:13 pm
Os Lynx deviam estar a fazer protecção, mas não estavam...
Título: Re: A captura de militares ingleses pelo Irão
Enviado por: JoseMFernandes em Abril 05, 2007, 07:38:28 pm
Citação de: "fgomes"
(...) A facilidade com que os militares ingleses se prestaram a fazer declarações  propagandísticas. Será que foram torturados? O contraste com o comportamento de prisioneiros de outras guerras não podia ser maior. Cito só o exemplo dos portugueses na Guiné ou o do senador John McCain no Vietname.


Bem...pressão psicológica pode ser uma forma de tortura...porque física não me parece provável que tenha havido!
Seguramente  os militares tem instruções concretas de como agir no caso de serem feitos prisioneiros e devem ter actuado em conformidade com a situação...a partir do momento que não revelem dados sensíveis julgo estarem 'autorizados'  a emitir declarações  'convenientes' para os sequestradores, aqui iranianos, facilitando deste modo  não só a sua vida pessoal como a possibilidade de diálogo, que neste caso era a nível governamental, com vista a sua libertação.
Mas reconheço que, mesmo assim,  pareceu ser algo  rápido o 'reconhecimento de culpa' por parte dos ingleses :?
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Abril 05, 2007, 09:48:39 pm
De facto, foi um episódio humilhante para a Grã-bretanha. Do início ao fim.

Especialmente lamentável foi a postura dos militares capturados, difícil de distinguir entre um real cativeiro ou uma qualquer participação num reality show ocidental.

Muita coisa terá que ser repensada, desde os métodos de recrutamento, treino, etc.
Título:
Enviado por: Lancero em Abril 05, 2007, 10:08:40 pm
Não é segredo que a qualidade do treino e capacidade dos militares britânicos (na generalidade) baixou consideravelmente nos últimos dois anos, fruto das solicitações no Iraque e Afeganistão que estão a 'esticar' ao máximo a capacidade militar do Reino Unido, a isto somando-se os cortes significativos na área da Defesa.

No entanto, neste caso, e já contando com o amadorismo vísivel em alguns dos marinheiros capturados, e após algumas leituras, parece-me que os procedimentos para uma situação do género passam por colaborar com os captores (as entrevistas, as confissões, os sorrisos...). Concordo que pareceu demasiado 'voluntária' a colaboração dada por estes marinheiros.
Recordo ainda que neste caso não havia lugar à protecção devida aos soldados pela Covenção de Genebra, já que não se traram de países em guerra declarada. Logo, a história do nome, posto e número não iria funcionar :)

Mas não queria estar a julgar uma situação na qual, felizmente, nunca me vi envolvido e para a qual nunca fui treinado.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Abril 05, 2007, 10:34:39 pm
Citação de: "Lancero"
Mas não queria estar a julgar uma situação na qual, felizmente, nunca me vi envolvido e para a qual nunca fui treinado.

X2
 
Falta esperar pelo desenrolar da "novela", agora em terras Britanicas c34x
Título:
Enviado por: ricardonunes em Abril 05, 2007, 11:39:02 pm
Irão: Marinheiros faziam trabalho de espionagem, diz Sky News

Citar
Os marinheiros britânicos capturados por Teerão tinham por missão, nomeadamente, «trabalhos de espionagem» sobre o Irão no Golfo, anunciou esta quinta-feira a cadeia de televisão Sky News, divulgando o testemunho de um dos marinheiros, antes de ser capturado.
«Nós recolhemos também informações», explicou o capitão Chris Air à Sky, acrescentando que essas informações diziam respeito a «toda a espécie de actividades iranianas na zona».

«Porque, evidentemente, estamos muito perto da zona tampão com o Irão», contou, entrevistado pela Sky News a bordo da fragata Cornwall, uma semana antes da sua captura.

Esta entrevista nunca tinha ido para o ar.

O ministro da Defesa britânico, Des Browne, indicou à Sky que «o mandato da ONU» os autorizava «a recolher informações sobre o meio no qual trabalhavam».

Na sua entrevista, Chris Air revelou também que o capitão do barco acabado de inspeccionar pelos seus homens lhe contou que os militares iranianos tinham por hábito acostar ilegalmente aos barcos iraquianos.

«Este dhow (barco) foi roubado pelos iranianos, soldados, há três dias, eles levaram o dinheiro e aparentemente isso aconteceu várias vezes no passado, por isso é bom recolher informações também sobre os iranianos», disse.

De forma premonitória, Chris Air relatou também: «Nós asseguramo-nos de que tomamos todas as medidas de segurança antes de saltar para um barco. Estudamos a situação e garantimos que é seguro antes de subir a bordo».

Chris Air é um dos 15 marinheiros britânicos que foram capturados pelos Guardas da Revolução iranianos no Golfo a 23 de Março e que hoje regressaram a Inglaterra depois de serem libertados quarta-feira.

Diário Digital / Lusa

05-04-2007 20:29:33
Título: N: «Capitão confessa que eram espiões»
Enviado por: Get_It em Abril 06, 2007, 03:22:52 am
Complemento à notícia acima:
Citação de: "F. J. Gonçalves, Correio da Manhã,"
Capitão confessa que eram espiões
(2007-04-06 - 00:00:00)

Ultrapassada a crise do cativeiro dos 15 militares da Marinha Real britânica, que ontem regressaram a casa, começam a surgir revelações polémicas sobre a contenda que opôs o Reino Unido ao Irão.

Ontem soube-se que a cadeia de TV Sky News entrevistou o capitão Chris Air, comandante da embarcação britânica apresada, cinco dias antes das capturas, a 23 de Março. Nessa conversa Air terá reconhecido que a missão dos seus homens era recolher informações sobre as actividades iranianas na zona do Golfo Pérsico onde veio a desencadear-se o drama.

Na entrevista, Air afirmou ao jornalista Jonathan Samuels que a missão do seu barco era abordar outras embarcações a navegar na área. “Basicamente falamos com a tripulação das embarcações, averiguamos se têm algum problema, alertamo-los de que estamos aqui para os proteger, para proteger a sua pesca e para travar qualquer tipo de terrorismo ou pirataria na zona”, afirmou o capitão nessa altura.

Mas além do controlo do contrabando os britânicos espiavam as actividades iranianas.

A TV manteve até agora a informação em sigilo para salvaguardar a integridade dos marinheiros, afirmou um responsável da Sky News. E o receio não era infundado. O veterano diplomata iraniano Mehrdad Khonsari assegurou que se os iranianos conhecessem os contornos da missão dos detidos teria usado a informação “para justificar a prisão dos marinheiros e para os levar a julgamento”.

Apesar da revelação fica por saber se os marinheiros operavam em águas territoriais do Irão ou do Iraque, circunstâncias na base da contenda. Teerão mantém que houve violação do seu território, tendo, durante os 13 dias de cativeiro, apresentado confissões escritas e verbais dos detidos. O governo britânico, por seu lado, continua a afirmar que a captura teve lugar em águas iraquianas e denuncia as confissões, dizendo que foram forçadas para fins de propaganda.

Reino Unido e Irão procuram agora provar que foram os vencedores do diferendo, negando, simultaneamente, a existência de negociações paralelas de contrapartidas. O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, negou uma “transacção” e considerou a libertação resultado de um esforço “sem compromissos”, mas Teerão assegura ter conseguido “os seus objectivos” ao receber “uma carta com desculpas” de Blair.

Blair renova pressão
O gabinete de Blair negou a existência de tal missiva e o líder britânico negou estar interessado em diagnósticos “de vencedores e vencidos”, mas afirmou que o seu governo usou uma estratégia “dupla”, consistindo na abertura ao diálogo e na “mobilização do apoio e pressão internacionais”. “Seria ingénuo pensar que os nossos militares teriam sido libertados sem ambos os elementos dessa estratégia”, concluiu. Apesar de reconhecer que nas últimas semanas “se abriram novos canais de diálogo”, garante que nada mudou nas relações com Teerão e reiterou que o regime teocrático apoia o terrorismo.

Entretanto, os 15 marinheiros chegaram ontem ao aeroporto de Heathrow por volta das 12 horas, posando brevemente para as câmaras dos repórteres, mas não prestando declarações. De seguida foram de helicóptero para uma base militar em Devon. Aí reencontraram as famílias e foram interrogados sobre os dias de cativeiro. As autoridades explicaram a reserva com a necessidade de dar repouso aos marinheiros.

A militar Faye Turney foi o rosto dos 15 cativos britânicos ao ser a militar mais usada na guerra de propaganda de Teerão durante a contenda com a comunidade internacional. Ontem, antes de embarcar de regresso a Londres, afirmou: “Estou grata ao governo iraniano por me ter libertado e gostaria de regressar como turista.” Para o governo britânico estas palavras não podem ser tomadas à letra. “Creio que o público é inteligente e percebe por que razão as pessoas disseram o que disseram”, afirmou o primeiro-ministro Tony Blair.

Soltas
Os EUA excluem, para já, a hipótese de libertar ou conceder acesso consular aos cinco iranianos detidos no Iraque desde 11 de Janeiro, afirmou ontem o titular da Defesa, Robert Gates. Washington afirmou não haver qualquer ligação entre a libertação dos cinco britânicos com os cinco iranianos.

A libertação dos 15 prisioneiros dividiu os britânicos. Para alguns analistas não só não foi uma vitória de Tony Blair como foi uma humilhação para o Reino Unido. Esses, apesar dos desmentidos oficiais, não acreditam que não tenha havido cedências a Teerão.

O líder da diplomacia da União Europeia, Javier Solana, debateu ao telefone com Ali Larijani, principal negociador do Irão para o nuclear, a possibilidade de novos encontros sobre o tema, afirmou um responsável da UE. A mesma fonte negou que este avanço esteja ligado à libertação dos 15 militares britânicos detidos pelo Irão.

fonte: http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=237405&idselect=91&idCanal=91&p=200

Cumprimentos,
Título:
Enviado por: Lancero em Abril 06, 2007, 04:27:06 pm
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Irão: Marinheiros britânicos dizem que foram sujeitos a "pressões psicológicas"

Base de Chivenor, Reino Unido, 06 Abr (Lusa) - Os 15 marinheiros britânicos que estiveram detidos no Irão sofreram "pressões psicológicas constantes" durante o cativeiro, afirmaram hoje seis dos militares numa conferência de imprensa.

        Os marinheiros estiveram com os olhos vendados, foram algemados e foram objecto de "pressões psicológicas constantes", refere uma declaração lida à imprensa em nome dos 15 membros do grupo.

        Segundo os militares, os iranianos ameaçaram-nos com sete anos de prisão se não declarassem ter sido capturados em águas territoriais do Irão.

        Faye Turney, a única mulher do grupo, foi isolada e utilizada como instrumento de propaganda pelas autoridades iranianas, afirmaram os membros do grupo na conferência de imprensa.

        "Faye foi separada de nós logo que ficámos sob detenção e fechada numa célula muito longe de nós", declarou um dos marinheiros.

        "Durante quatro dias, disseram-lhe que já todos tínhamos regressado a casa e que ela era a única que continuava ali", acrescentou, sublinhando que, como mulher Faye, recebeu um tratamento diferenciado.

        Segundo os 15 marinheiros, encontravam-se a 1,7 milhas náuticas fora das águas territoriais iranianas quando foram capturados pelos iranianos em 23 de Março.

        "Estávamos a 1,7 milhas náuticas das águas territoriais iranianas", afirmaram na declaração em nome do conjunto dos membros do grupo.

        Precisaram também que a localização da patrulha era "continuamente" avaliada através de um sistema GPS e que a missão de controlo que efectuavam em águas do Iraque era uma missão de rotina no âmbito de um mandato das Nações Unidas.
Título:
Enviado por: Yosy em Abril 06, 2007, 07:18:48 pm
Citação de: "Lancero"
Não é segredo que a qualidade do treino e capacidade dos militares britânicos (na generalidade) baixou consideravelmente nos últimos dois anos, fruto das solicitações no Iraque e Afeganistão que estão a 'esticar' ao máximo a capacidade militar do Reino Unido, a isto somando-se os cortes significativos na área da Defesa.

No entanto, neste caso, e já contando com o amadorismo vísivel em alguns dos marinheiros capturados, e após algumas leituras, parece-me que os procedimentos para uma situação do género passam por colaborar com os captores (as entrevistas, as confissões, os sorrisos...). Concordo que pareceu demasiado 'voluntária' a colaboração dada por estes marinheiros.
Recordo ainda que neste caso não havia lugar à protecção devida aos soldados pela Covenção de Genebra, já que não se traram de países em guerra declarada. Logo, a história do nome, posto e número não iria funcionar :)

Mas não queria estar a julgar uma situação na qual, felizmente, nunca me vi envolvido e para a qual nunca fui treinado.


Exacto. Não esquecer que os marinheiros nunca foram treinados para esta situação.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Abril 06, 2007, 07:58:52 pm
Marinheiros confessam ter sofrido «pressões psicológicas constantes» no Irão

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Os 15 marinheiros britânicos que estiveram detidos no Irão sofreram «pressões psicológicas constantes» durante o cativeiro, afirmaram hoje seis dos militares numa conferência de imprensa


Segundo os militares, os iranianos ameaçaram-nos com sete anos de prisão se não declarassem ter sido capturados em águas territoriais do Irão.

Faye Turney, a única mulher do grupo, foi isolada e utilizada como instrumento de propaganda pelas autoridades iranianas, afirmaram os membros do grupo na conferência de imprensa.

«Faye foi separada de nós logo que ficámos sob detenção e fechada numa célula muito longe de nós», declarou um dos marinheiros.

«Durante quatro dias, disseram-lhe que já todos tínhamos regressado a casa e que ela era a única que continuava ali», acrescentou, sublinhando que, como mulher Faye, recebeu um tratamento diferenciado.

Segundo os 15 marinheiros, encontravam-se a 1,7 milhas náuticas fora das águas territoriais iranianas quando foram capturados pelos iranianos em 23 de Março.

«Estávamos a 1,7 milhas náuticas das águas territoriais iranianas», afirmaram na declaração em nome do conjunto dos membros do grupo.

Precisaram também que a localização da patrulha era «continuamente» avaliada através de um sistema GPS e que a missão de controlo que efectuavam em águas do Iraque era uma missão de rotina no âmbito de um mandato das Nações Unidas.

 Lusa/SOL


Que mandato será este :conf:
Título:
Enviado por: Mar Verde em Abril 06, 2007, 10:38:17 pm
Citação de: "ricardonunes"

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Precisaram também que a localização da patrulha era «continuamente» avaliada através de um sistema GPS e que a missão de controlo que efectuavam em águas do Iraque era uma missão de rotina no âmbito de um mandato das Nações Unidas.

 Lusa/SOL

Que mandato será este :conf:


Resolução 1723 do Conselho de Segurança das Nações Unidas

assegurar a soberania e integridade das águas territoriais Iraquianas, proteger as plataformas petrolíferas, fiscalizar os navios mercantes, detectar acções contrabando de armas

relativamente a uma outra noticia intitulada "Capitão confessa que eram espiões" trata-se de titulo falacioso e errado

na entrevista à Sky News, apenas agora transmitida, o Marine diz "we also are gathering intel" ou seja, "tb recolhemos informação" sobre a actividade dos iranianos (dentro de águas iraquianas) o que vai de acordo, e em nada colide, com o mandato da UN
Título:
Enviado por: ricardonunes em Abril 06, 2007, 10:58:26 pm
Citação de: "Mar Verde"
Resolução 1723 do Conselho de Segurança das Nações Unidas

assegurar a soberania e integridade das águas territoriais Iraquianas, proteger as plataformas petrolíferas, fiscalizar os navios mercantes, detectar acções contrabando de armas


Obrigado pelo esclarecimento :wink:

Citação de: "Mar Verde"
relativamente a uma outra noticia intitulada "Capitão confessa que eram espiões" trata-se de titulo falacioso e errado

na entrevista à Sky News, apenas agora transmitida, o Marine diz "we also are gathering intel" ou seja, "tb recolhemos informação" sobre a actividade dos iranianos (dentro de águas iraquianas) o que vai de acordo, e em nada colide, com o mandato da UN


Quanto a este ponto, cada qual chama o que quiser, mas na minha opinião, se determinado indivíduo recolhe informação "estratégica" de forma encapotada, com a finalidade de a transmitir a outrem isso é espionagem (http://http).
Título:
Enviado por: Mar Verde em Abril 06, 2007, 11:30:55 pm
Citação de: "ricardonunes"

Quanto a este ponto, cada qual chama o que quiser, mas na minha opinião, se determinado indivíduo recolhe informação "estratégica" de forma encapotada, com a finalidade de a transmitir a outrem isso é espionagem (http://http).


a informação não era estratégica, nem recolhida de forma encapotada


os ingleses limitavam-se a monitorizar a actividade dos iranianos, tendo em conta que a sua missão era proteger a integridade das águas iraquianas e detectar situações de contrabando de armas

passava por coisa como perguntar os pescadores de onde vinham, para onde iam, o que os is iranianos lhes tinham dito ou feito ( por ex. no ultimo barco q tinham estado os guardas islâmicos tinham abordado o barco e roubado dinheiro)

isto é que consta da entrevista que só agora foi para o ar (SKY news)


eu pergunto. qd a Marinha Portuguesa patrulha a nossa ZEE anda a espiar os espanhóis ?
Título:
Enviado por: ricardonunes em Abril 06, 2007, 11:44:07 pm
Citação de: "Mar Verde"
eu pergunto. qd a Marinha Portuguesa patrulha a nossa ZEE anda a espiar os espanhóis ?


Se calhar é essa a diferença :wink:
Título:
Enviado por: oultimoespiao em Abril 07, 2007, 01:07:30 am
Esquecao-se dessa treta toda, " um regime que tem como referencia a alemanha NAZI, faz refens e usa a chantagem como diplomacia normal, faz 15 prisioneiros e mantem uma nacao refem. Imaginem o que o irao fara quando possuir armas nucleares!" Estou muito convicto de que em breve todos os defensores desta gente vai estar bem escondida e calada e com opinioes bem diferentes!
Título:
Enviado por: ricardonunes em Abril 07, 2007, 01:15:26 am
Citação de: "oultimoespiao"
Esquecao-se dessa treta toda, " um regime que tem como referencia a alemanha NAZI, faz refens e usa a chantagem como diplomacia normal, faz 15 prisioneiros e mantem uma nacao refem. Imaginem o que o irao fara quando possuir armas nucleares!" Estou muito convicto de que em breve todos os defensores desta gente vai estar bem escondida e calada e com opinioes bem diferentes!


No dia em que tiver que apontar o dedo não hesitarei :wink:
Agora essa conversa "americanisada", não me convence, pelo contrário fico sempre de pé atrás.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Abril 07, 2007, 01:24:15 am
Irão: Teerão considera "propaganda" conferência dos marinheiros britânicos

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6 de Abril, 22:38
Teerão, 06 Abr (Lusa) - O Irão qualificou hoje como "propaganda" a conferência de imprensa dos marinheiros britânicos que afirmaram ter sofrido "pressões psicológicas" durante a sua detenção no Irão.

"O actos de encenação e propaganda não podem encobrir o erro dos militares britânicos, nomeadamente a violação das águas territoriais da República islâmica", afirmou Mohammad Ali Hosseini, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, segundo um fax enviado à agência noticiosa France Presse.

Estes actos não pode encobrir "os repetidos erros dos militares britânicos que entraram sem autorização em território iraniano", lê-se ainda no mesmo documento.

Capturados a 23 de Março e acusados por Teerão de terem entrado ilegalmente nas suas águas territoriais, os 15 marinheiros britânicos regressaram quinta-feira ao Reino Unido após terem sido libertados pelo Irão que afirmou ter assim dado um "presente" ao povo britânico.

Seis dos 15 marinheiros afirmaram hoje em conferência de imprensa na base de Chivenor (Reino Unido) que sofreram "pressões psicológicas constantes" durante o cativeiro.

Os marinheiros estiveram com os olhos vendados, foram algemados e foram objecto de "pressões psicológicas constantes", refere a declaração lida à imprensa em nome dos 15 membros do grupo.

Segundo os militares, os iranianos ameaçaram-nos com sete anos de prisão se não declarassem ter sido capturados em águas territoriais do Irão.

Faye Turney, a única mulher do grupo, foi isolada e utilizada como instrumento de propaganda pelas autoridades iranianas, afirmaram os membros do grupo na conferência de imprensa.

Segundo os 15 marinheiros, encontravam-se a 1,7 milhas náuticas fora das águas territoriais iranianas quando foram capturados pelos iranianos, a 23 de Março.

"Estávamos a 1,7 milhas náuticas das águas territoriais iranianas", afirmaram na declaração em nome do grupo.

NL.

Lusa/Fim
Título:
Enviado por: oultimoespiao em Abril 07, 2007, 04:29:07 am
Se vc dorme descansado com um Irao nuclear eu nao! E penso que qualquer pessoa nas suas plenas capacidades tambem nao...
Título:
Enviado por: ricardonunes em Abril 07, 2007, 04:46:36 am
Citação de: "oultimoespiao"
Se vc dorme descansado com um Irao nuclear eu nao! E penso que qualquer pessoa nas suas plenas capacidades tambem nao...

Eu durmo descansado todas as noites, e é o que vou fazer agora, um pouco tarde, eu sei.
Quanto aos seus temores quanto ao irão falamos "daqui a bocado", eu acordo cedo :wink:
Título:
Enviado por: oultimoespiao em Abril 07, 2007, 05:44:39 am
Eu acredito que todos se devem exprimir abertamente e dizerem o que pensao, eu coloco o regime iraniano par a par com os nazis ou sovietico na era de estaline e teem provas dadas disso. nao o estou a querer convencer. So espero para bem de muita gente que haja no final mais adeptos do meu lado do que do seu! Boa noite
Título:
Enviado por: Yosy em Abril 09, 2007, 10:42:56 am
Citação de: "oultimoespiao"
Eu acredito que todos se devem exprimir abertamente e dizerem o que pensao, eu coloco o regime iraniano par a par com os nazis ou sovietico na era de estaline e teem provas dadas disso. nao o estou a querer convencer. So espero para bem de muita gente que haja no final mais adeptos do meu lado do que do seu! Boa noite

Que grande exagero. Eu não quero nem por nada ver um Irão nuclear, mas comparar esse regime com nazis e estalinismo também não é correcto.

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na entrevista à Sky News, apenas agora transmitida, o Marine diz "we also are gathering intel" ou seja, "tb recolhemos informação" sobre a actividade dos iranianos (dentro de águas iraquianas) o que vai de acordo, e em nada colide, com o mandato da UN


No Direito Internacional há sempre muita margem de manobra (uma das suas fraquezas por vezes). Isto não é espionagem no sentido restrito, mas sim recolha de informações - coisas muito diferentes. Conheço pessoal que navega no Golfo - os ingleses e os americanos abordam as embarcações sobretudo para ver se está tudo em ordem, não há ilegais, tráfico de droga, armas, etc. E entretanto perguntam aos oficiais de navios mercantes, pescadores da zona, etc se têm visto muito tráfego, navios de guerra atracados, coisas do género. Mas sempre em tom de conversa, nada de mais.
Título:
Enviado por: Lancero em Abril 09, 2007, 04:57:41 pm
Agora esta 'novela' começa a atingir contornos de rídiculo

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Irão: Marinheiros britânicos vendem história aos media, polémica acesa

Londres, 09 Abr (Lusa) - Faye Turney, a única mulher do grupo de 15 britânicos detidos e depois libertados pelo Irão, relatou hoje a experiência, aproveitando uma autorização do ministério da Defesa para vender a história aos "medias", o que desencadeou uma acesa polémica.

      A decisão do ministério causou uma reacção consternada da imprensa, da oposição e das famílias dos soldados mortos no Iraque.

      O ministério da Defesa justificou a decisão, afirmando que, mesmo sem o acordo das autoridades, "os relatos seriam difundidos através da família e dos amigos".

      No sábado, o ministério da Defesa britânico anunciou o levantamento por "circunstâncias excepcionais" da proibição para o pessoal no activo de concluir acordos financeiros com os meios de comunicação social britânicos.

      Faye Turner, 26 anos, descreveu ao jornal britânico The Sun a chacota e as ameaças de morte de que foi alvo nos 13 dias de detenção, durante os quais os captores a obrigaram a despir-se, lhe mentiram e sugeriram que não voltaria a ver a filha de três anos, Molly.

      Antes mesmo da publicação das entrevistas, a mãe de um dos quatro soldados mortos no Iraque na semana passada manifestou a sua indignação. "Será uma terrível vergonha se um deles (os marinheiros) decidir vender a sua história", declarou Sally Veck ao jornal Times.

      Os conservadores manifestaram a sua preocupação, enquanto o diário The Independent (esquerda) criticou um "sistema que concede indemnizações quase inexistentes a pessoas mortas em serviço mas autoriza prisioneiros libertados a ganhar várias vezes o salário anual" por contar a experiência.

      Um dos marinheiros capturados, o tenente Felix Carman, que afirmou não aceitar dinheiro para contar a sua história, reconheceu hoje ter achado o processo "um pouco desagradável".

      Numa outra entrevista, à cadeia de televisão ITV, a difundir hoje à noite mas cujos extractos foram divulgados na Internet, Faye Turney afirmou que lhe foi oferecido muito dinheiro pela sua história mas não aceitou "a oferta maior".

      De acordo com a agência noticiosa britânica Press Association, Turney chegou a acordo com o The Sun - a maior tiragem da imprensa britânica (3,2 milhões de exemplares) - por uma soma inferior às 100.000 libras (147.000 euros) oferecidas.

      Ao The Sun, Faye contou como acordou, uma manhã, com uma mulher a medi-la da cabeça aos pés, enquanto no quarto ao lado ouvia o som de madeira a ser serrada e pregada. "Estava convencida de que faziam o meu caixão", disse.

      Descreveu os interrogatórios, durante a noite e muitas vezes até às 06:00. "A dado momento, perguntaram-me 'o que é que te faz morrer pelo teu país?' (à) 'deve cooperar connosco. Não quer voltar a ver a sua filha um dia?", contou.

      "Enfiaram-me numa cela minúscula e mandaram despir-me", disse. "Ficaram com tudo, à excepção das cuecas e deram-me um pijama de algodão para vestir e quatro cobertores".

      Na entrevista à ITV, Faye Turney confessou que se sentiu "como uma traidora" depois de ter escrito as cartas em que admitiu ter entrado em águas territoriais do Irão.

      Um outro marinheiro, Arthur Batchelor, 20 anos, concedeu hoje uma entrevista ao Daily Mirror, na qual contou que "chorava como um bebé" na sua cela.

      Os seus captores apelidaram-no de "Mr. Bean". "Era aterrador. Pareciam ter um prazer especial em gozar comigo porque era o mais jovem".
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Abril 09, 2007, 07:34:12 pm
Citação de: "Lancero"
Agora esta 'novela' começa a atingir contornos de rídiculo

...é o minimo que se pode dizer :( !!!
Concordo totalmente com o editorial de hoje do 'Diario de Noticias'...

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Ceder demasiado

 O caso dos reféns britânicos no Irão tem demonstrado contornos estranhos, e não se trata aqui de saber se eles invadiram ou não águas iranianas. Bem mais preocupante - porque à volta desta questão essencial: está o Ocidente a formar cidadãos capazes de o defender? - é o comportamento de alguns desses 14 homens e uma mulher que serviam o Reino Unido no golfo Pérsico. Não foram propriamente um exemplo de como devem agir soldados apanhados por forças adversárias.

Desde logo, alguns deles falaram para a televisão iraniana pedindo desculpa sobre a sua missão. Ninguém mais do que a Grã-Bretanha deu exemplos ao mundo sobre como os seus cidadãos, em geral (os londrinos sob o bombardeamento nazi), e os seus soldados, em particular (por exemplo, nos campos de concentração japoneses e alemães, da II Guerra Mundial), se comportam frente ao inimigo. Nome, patente, número de tropa e data de nascimento - é tudo o que um soldado diz quando feito prisioneiro.

As autoridades britânicas aceitaram a demasiada conversa dos seus marinheiros, pretextando que eles não eram prisioneiros de guerra porque não havia guerra. Percebe-se mal a desculpa, já que isso era mais uma razão para os seus homens em missão militar se calarem. Estarem detidos por um país com que o seu tinha relações diplomáticas parece implicar menor risco do que com um país inimigo... Pedia-se mais firmeza, o que seria mais fácil porque menos perigoso. Mas não, alguns deles falaram logo ao fim de uma semana de detenção, sem tortura física (em 1942, nos campos da Birmânia, os japoneses tinham métodos mais persuasivos, e os exemplos de heroicidade de soldados britânicos não faltaram).

Já libertado, o capitão dos fuzileiros Chris Air explicou a cedência: "Nós não cooperámos demasiado. E se tivéssemos feito de outra maneira alguns de nós não estaríamos aqui." É possível. Mas quem ignora que a função de um soldado comporta riscos?

Finalmente, o Ministério da Defesa britânico autorizou os reféns a vender as suas histórias para as televisões! No total, eles poderão ganhar 375 mil euros, sendo que o jackpot saiu à marinheira Faye Turney, mãe de um bebé, que deverá receber 225 mil euros. Lembra-se aqui: nenhum dos pais dos soldados britânicos mortos no Iraque vendeu a sua dor aos jornais.

Foi para testar a fraqueza do Ocidente que o Presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, começou esta partida de póquer. E ficou a saber que ela, a fraqueza, não é pequena.  

e o jornal frances 'Le Monde'...

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Les anciens captifs britanniques monnaient leurs confessions
Reuters 09.04.07 | 19h27

Adrian Croft

LONDRES (Reuters) - La presse britannique publie lundi les récits de captivité de deux des 15 membres de la Royal Navy qui ont passé 13 jours dans les geôles iraniennes avant d'être libérés la semaine dernière à l'initiative du président Mahmoud Ahmadinejad.

Faye Turney, la seule femme matelot du groupe, déclare dans une interview au Sun qu'elle s'est entendu demander ce que cela lui ferait de mourir pour son pays. Elle affirme avoir cru un moment qu'on préparait son cercueil.

Un matin, Turney dit avoir entendu qu'on sciait du bois et que l'on plantait des clous près de sa cellule. Une femme est venue prendre ses mesures. "J'étais persuadée qu'ils fabriquaient mon cercueil", dit-elle au Sun.

Cette femme de 25 ans, mère d'une petite fille de trois ans que ses geôliers lui ont dit qu'elle pourrait ne plus revoir, précise avoir été mise au secret pendant cinq jours. Elle a eu peur d'être violée.

La décision de l'armée britannique d'autoriser ses militaires à vendre leur récit à la presse a provoqué un tollé en Grande-Bretagne. En réaction, le ministère de la Défense a annoncé lundi une révision des règlements internes de l'armée de façon à interdire aux soldats de commercialiser le récit de leurs déboires.

"Aucun militaire ne sera autorisé à raconter à la presse ses expériences en échange d'argent", a précisé dans un communiqué le secrétaire à la Défense, Des Browne.

Dans son récit, Arthur Batchelor, 20 ans, benjamin du groupe, confesse avoir "pleuré comme un bébé" après avoir été jeté dans sa cellule, les mains ligotées et les yeux bandés, sous les quolibets de ses geôliers.

"J'était complètement épuisé par la pression. Il y a eu des moments où j'ai eu peur d'être violé ou tué", avoue-t-il dans une interview publiée par le Daily Mirror.

Seuls pour le moment Turney et Batchelor ont livré leurs confidences à la presse britannique, auprès de laquelle le ministère de la Défense à autorisé à titre exceptionnel les 15 anciens captifs à s'épancher en raison du vif intérêt de l'opinion au sujet de leur aventure.

"UNE TRAITRESSE"

Turney, que l'on a vue à la télévision iranienne les cheveux couverts d'un foulard islamique et fumant nerveusement des cigarettes blondes, a aussi accordé une interview à la chaîne britannique ITV qui devait être diffusée dans la journée de lundi.

Le autorités iraniennes ont publié trois lettres manuscrites

où elle se plaint d'avoir été sacrifiée sur l'autel de l'interventionnisme britannique et américain en Irak.

"Quand ils ont voulu que j'écrive au sujet des troupes britanniques et américaines, je me suis sentie une traîtresse" , a-t-elle confié à ITV.

La télévision iranienne a diffusé des images des captifs jouant au ping-pong ou aux échecs et les montrant détendus et souriant, en contraste total avec les conditions rigoureuses dans lesquelles ils affirment avoir été détenus.

Lors d'une conférence de presse commune 24 heures après le "debriefing" qu'ils ont subi sur une base militaire anglaise vendredi après leur libération, les 15 membres de la Royal Navy ont dit avoir été ligotés, eu les yeux bandés, été tenus en isolement les uns des autres et menacé de sept ans de prison.

Le Sun n'a pas indiqué combien il avait payé pour obtenir l'interview de Turney, mais le Guardian croit savoir qu'elle a obtenu environ 200.000 dollars pour faire ses confidence au journal à grand tirage et à ITV, soit trois fois sa solde annuelle.

Cette surenchère et loin de faire l'unanimité outre-Manche.

Le général Patrick Cordingly, un ancien de la guerre du Golfe de 1991, a suggéré au micro de la BBC que les militaires reversent les sommes perçues pour leur confidences à des organisations caritatives.

William Hague , porte-parole pour les Affaires étrangères des Tories, a déclaré qu'il interpellerait le gouvernement à ce sujet aux Communes lors de la réouverture de la session parlementaire le 16 avril.

Quant à l'ex-ministre de la Défense conservateur Michael Heseltine, il a réclamé une enquête sur cette décision des autorités d'autoriser les 15 militaires à monnayer leurs confessions dans la presse.

Nombre de commentateurs font valoir que le gouvernement les instrumentalise dans sa guerre de propagande contre l'Iran sans nourrir plus de scrupules que celui-ci.

"Je pense que chacun de nous a reçu des offres. Je suis simplement heureux que la vérité puisse ainsi éclater car nous avons été quelque peu critiqués", a déclaré à la BBC un des anciens prisonniers, le lieutenant Felix Carman, lors d'une interview celle-là gratuite.
 
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Enviado por: oultimoespiao em Abril 09, 2007, 10:17:43 pm
www.observatoriodajihad.blogspot.com (http://www.observatoriodajihad.blogspot.com)

Para os mais duvidosos podem tirar boas ideias do que o Irao e grande parte do mundo islao pensa do ocidente! E para os que pensarem estar imunes por serem de esquerda ou anti-americanos vao ser tratados diferentemente nao se iludao... O Islao radical nao ve liberdades, nao respeita outras religioes nem ideologias. A unica coisa que conta e a religiao ou a forma como eles interpretao o islamismo. Fora disso e o vale tudo!

P.S. Vejao bem o site em cima!