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Forças de Segurança e Policiais de Elite => Forças de Segurança => Tópico iniciado por: Paisano em Maio 12, 2004, 08:19:05 pm

Título: BOPE - Rio de Janeiro
Enviado por: Paisano em Maio 12, 2004, 08:19:05 pm
Batalhão de Operações Policiais Especiais - BOPE

A primeira idéia de criação de uma Companhia de Operações Especiais na PMERJ surgiu no ano de 1971, quando era Comandante Geral da Corporação o General de Brigada Oswaldo Ferraro de Carvalho, que ficou sensibilizado com a idéia, não sendo, porém, concretizada.

Posteriormente, no comando do General de Brigada Adyr Fiúza de Castro, foi criado o DESTACAMENTO DE ATIVIDADES ESPECIAIS (DAE), mais tarde transformado em BPAE e hoje 16º BPM (Olaria). O DAE não era constituído de Policiais Militares Especializados, portanto, seus integrantes não possuíam o preparo técnico e tático inerente ao homem de Operações Especiais.

No dia 12 de Janeiro de l978, quando a Corporação era comandada pelo Coronel do Exército Mario Sotero de Menezes, o Capitão PM Paulo César Amêndola de Souza iniciou uma exposição oral ao Comandante Geral com a seguinte afirmação:

"A Policia Militar tem necessidade de uma tropa de elite, tecnicamente mais preparada e adaptada a todos os tipos de ações que lhe sejam exigidos", propondo a criação de uma companhia de Operações Especiais na PM.

Assim nasceu em 19 de Janeiro de 1978 o Núcleo da Companhia de Operações Especiais (NuCOE), com a finalidade de dotar a PMERJ de um órgão operacional que reunisse Oficiais e Praças voluntários, para que, através de muito treinamento e dedicação, formassem um grupamento altamente especializado e com elevado preparo técnico, tático e psicológico. Funcionando em áreas físicas do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) - 31 de Voluntários, a quem era subordinado administrativamente, ficou alojado na então Escola de Formação de Oficiais (EsFO).

Pelo Boletim da PM n° 86, de 10 de maio de 1978, permanece em Instalações físicas do CFAP, mas subordinado administrativamente ao antigo Batalhão de Policia de Atividades Especiais (BPAE), seu efetivo arranchado e alojado na EsFO e, operacionalmente subordinada ao Chefe do Estado-Maior Geral da PMERJ.

Pelo Boletim da PM n° 165, de 12 de novembro de 1979, passa a ser arranchado e aquartelado no CFAP, mantendo a subordinação administrativa ao BPAE e operacionalmente ao Chefe do Estado-Maior Geral. Posteriormente, ocupa no CFAP as instalações do antigo Centro de Educação Física e Desportos (CEFO) da PM, atual Núcleo de Recarga da Policia Militar.

Em abril de 1981 passa a ocupar parte das instalações físicas do Núcleo do 22° BPM (Benfica), a quem subordina-se administrativamente e mantém a vinculação operacional ao Chefe do Estado-Maior Geral.

No Boletim da PM n° 33, de 07 de abril de 1982, o NuCOE passa a funcionar nas instalações do BPChq, sob o comando do Coronel PM Danilo Rodrigues de Barros, como uma de suas companhias orgânicas (1° Cia), recebendo a designação de Companhia de Operações Especiais (COE) do BPChq, onde a instrução e o serviço específico da COE não deveriam sofrer solução de continuidade, podendo seus integrantes, todavia, serem utilizados em apoio à instrução do BPChq e seu material, equipamento e armamento passam a fazer parte da carga do BPChq.

Em 27 de junho de 1984, através da publicação em Boletim da PM n° 120, a COE do BPChq passou a ser novamente denominada Núcleo da Companhia de Operações Especiais (NuCOE), funcionando nas instalações físicas do Regimento Marechal Caetano de Farias, ficando subordinado apenas administrativamente ao BPChq, retornando sua subordinação operacional ao Chefe do Estado-Maior Geral da PMERJ.

Quanto a suas atribuições, o emprego do Núcleo da Cia de Operações Especiais foi regulamentado em publicação no Boletim da PM n° 86, de 10 de maio de 1978, onde delineava o emprego em operações policiais militares não convencionais, em missões de contraguerrilha urbana ou rural e, na condução de missões que venham a exigir, além de pessoal altamente especializado e com grande preparo técnico, tático e psicológico, o emprego de armamento e equipamentos Especiais, não devendo ser empregado em quaisquer modalidades de policiamento ostensivo preventivo e em missões de rotina policial militar.

Pelo Decreto Lei nº 11.094, de 23 de Março de 1988, foi criada a Companhia Independente de Operações Especiais - CIOE, com suas missões próprias em todo o Estado do Rio de Janeiro, que seriam determinadas pelo Comandante Geral.

E, finalmente, pelo Decreto nº 16.374, de 01 de Março de 1991, deu-se a criação do Batalhão de Operações Policiais Especiais - BOPE, ficando extinta a CIOE. Trata-se, pois, de uma Unidade Especial, constituída de Policiais Militares voluntários, dotados de elevado preparo técnico, tático e psicológico e equipada com os recursos indispensáveis para atuação em quaisquer operações não rotineiras de caráter policial militar. A missão do Batalhão de Operações Policiais Especiais é desenvolver Operações Especiais de Policia Militar.

O BOPE é comandando pelo Tenente Coronel PM Fernando Príncipe Martins.

O que é Operação Especial de Polícia Militar?

É toda Operação executada pelo BOPE, no Campo de Segurança Pública: caracterizada pelo desenvolvimento de ações, com objetivos específicos, para fazer frente a ocorrências que situem além da capacidade de ação das Unidades Operacionais da PMERJ, exigindo o emprego da tropa armada, equipada e especialmente treinada.

Como exemplo temos:

1 - Combate ao crime organizado, visando a captura ou neutralização de seus agentes;
2 - Captura de delinqüentes, fortemente armados e entrincheirados;
3 - Resgate de pessoas mantidas reféns;
4 - Atuação nas rebeliões de presos e estabelecimentos prisionais e nas unidades concentradoras de presos;
5 - Apoio às atividades específicas de Defesa Civil;
6 - Apoio às Operações Policiais Militares em favelas em que quadrilhas organizadas estão posicionadas e fortemente armadas,
7 - Execução de Operações Especiais de Polícia, por longo período de tempo, em áreas urbanas ou rurais, em terrenos montanhosos ou pantanosos, em zonas ribeirinhas ou costeiras;
8 - Execução de Operações helitransportadas, em missões como: Salvamento, localização de marginais entrincheirados em favelas, perseguições aéreas e similares;
9 - Apoio ao Departamento do Sistema Penitenciário (DESIPE) nas escoltas de presos de alta periculosidade;
10 - Execução de missões no Campo da Contraguerrilha Urbana e/ou Rural.

O BOPE ministra:

a) Curso de Operações Especiais para Oficiais e Praças da PMERJ e também oferece vagas para Oficiais e Praças de todos os Estados do Brasil que solicitarem, já tendo formado operações Especiais para: as Polícias Militares de Estados do Pará, Espírito Santo, Amapá, Mato Grosso, Paraíba, Bahia, Maranhão, Santa Catarina, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Alagoas, Sergipe, Distrito Federal e inclusive para os integrantes das Forças Armadas, Polícia Civil e Carabineiros do Chile.

O Curso de Operações Especiais do BOPE é reconhecido nacionalmente por todos os Órgãos de Segurança Pública, como sendo um dos cursos de maior responsabilidade ao nível de Comandos, capaz de possibilitar a seus Oficiais e Praças concludentes, executar e planejar missões especiais que venham a exigir elevado preparo técnico e psicológico, com vistas à atuação dirigida para as ações no Campo da Segurança Pública.

b) Vários Estágios de Técnicas de Abordagens para Oficiais da Corporação, co-irmãs e de polícias estrangeiras; Estágio de Conduta de Patrulha em Áreas de Alto Risco para alunos do Curso de Formação de Oficiais da PMERJ; Estágios de Operações Especiais; Estágios de Prevenção e Repressão a Roubo em Edifícios e Residências; Estágio de Atirador de Escol; Estágio de Segurança de Dignitários para a Câmara Municipal do Rio; Palestras para o Programa Especial de Esforço contra Seqüestros, Estágio de Técnicas Especiais de abordagens para a Polícia Militar do Estado de Pernambuco e Ações Táticas para integrantes da Corporação e também para as Polícias Militares de outros Estados.

3. ESTRUTURA OPERACIONAL:

A partir do convênio celebrado entre o Governo Federal e o Estado do Rio de Janeiro, publicado em Diário Oficial da União, o BOPE participou ativamente de todas as Operações Militares desencadeadas em nosso Estado pelas Forças Armadas, tendo sido sua participação elogiada por todas as Corporações Militares e reconhecida como fundamental para o êxito das operações.

Atualmente, de acordo com Resolução da Secretaria de Segurança Pública nº 13, de 30 de janeiro de 1995, o BOPE está subordinado ao Comando das Unidades Operacionais Especiais (Cmdo UopE), constituindo-se em reserva tática para pronto emprego do Comandante Geral da Corporação.

O BOPE é uma Unidade que busca em todas as missões superar-se, pois conta com homens voluntários dedicados, tecnicamente preparados e imbuídos do propósito de bem servir.

Fonte: Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Maio 12, 2004, 08:39:38 pm
Um excelente artigo Paisano.

Obrigado pela partilha, e já agora seja bem vindo ao fórum defesa.  :wink:
Título:
Enviado por: Paisano em Maio 12, 2004, 08:57:34 pm
:lol:
Título:
Enviado por: Paisano em Maio 12, 2004, 09:09:56 pm
Olá pessoal,

Segue abaixo o endereço do sitio do BOPE:

http://www.policiamilitar.rj.gov.br/bope/index.htm (http://www.policiamilitar.rj.gov.br/bope/index.htm)

Um abraço a todos.
Título:
Enviado por: dremanu em Maio 12, 2004, 10:45:16 pm
Oi Paisano! Bem vindo ao forum, e obrigado pelas informações. :D

Sem dúvida esses policias não têm vida fácil, a violência nas favelas do RJ é uma loucura, e lidar com essas situações requer coragem. É quase como se fosse uma guerra civil, da forma como os traficantes estam armados, e dispostos a lutar contra a autoridade civil.
Título:
Enviado por: Paisano em Maio 13, 2004, 12:45:33 am
Olá dremanu,

Realmente, uma das poucas coisas que os traficantes das favelas do Rio temem (?) (ou respeitam (?)) é o BOPE.

Um abraço.
Título:
Enviado por: TazMonster em Maio 13, 2004, 06:01:50 pm
Se fosse eu que manda-se, dava-lhes outra coisa para temer e respeitar.
Chama-se NAPALM.
Título:
Enviado por: Guilherme em Maio 13, 2004, 06:07:57 pm
Citação de: "TazMonster"
Se fosse eu que manda-se, dava-lhes outra coisa para temer e respeitar.
Chama-se NAPALM.


Seria um desperdício. Bastariam projéteis de 7.62 x 51 mm, do tipo que se fragmenta dentro do corpo humano, disparado por atiradores do topo dos prédios próximos aos "soldados do tráfico".

Sempre que se avistasse um traficante com uma arma ilegal, como um fuzil ou metralhadora, esses atiradores deveriam ter autorização para atirar para matar.
Título:
Enviado por: fgomes em Maio 13, 2004, 06:22:39 pm
O que é que os participantes brasileiros, e não só, pensam da anunciada utilização de forças militares para combater o crime no Rio de Janeiro ?

Na minha opinião não me parece uma boa ideia, pois funções militares e policiais são coisas diferentes.
Título:
Enviado por: Guilherme em Maio 13, 2004, 06:25:58 pm
Citação de: "fgomes"
Na minha opinião não me parece uma boa ideia, pois funções militares e policiais são coisas diferentes.


Eis a minha opinião.  :)
Título:
Enviado por: Paisano em Maio 13, 2004, 08:50:01 pm
idem
Título:
Enviado por: komet em Maio 13, 2004, 11:50:36 pm
Mas porquê? Não se trata de pessoas que estão a desafiar a propria integridade do país? É quase como se o território que eles controlassem fosse um país à parte a lutar pela sua independencia, não há legitimidade de defender as populações com meios militares?
Título:
Enviado por: Fábio G. em Maio 14, 2004, 12:16:32 am
No outro dia num telejornal mostrou imagens de um grupo de operações não ouvi o nome talvez o BOPE? em confronto directo com traficantes numa favela do Rio, eles usavam a M-16 penso eu, é que apanhei a reportagem mesmo no fim.
Título:
Enviado por: Paisano em Maio 14, 2004, 01:35:35 am
Prezado komet,

O que acontece é que os militares não estão preparados para atuar nesse tipo de operações de manutenção da ordem pública, uma vez que o treinamento recebido por eles tem outras finalidades, isto é, os militares são treinados para a guerra.

Diferentemente do treinamento dos policiais, que é totalmente focado na segurança da população.

Um abraço.
Título:
Enviado por: Guilherme em Maio 14, 2004, 01:50:52 am
Além do motivo apresentado pelo Paisano, existe mais um: as Forças Armadas estão desde 1985 tentando recuperar sua imagem perante a população. Caso elas sejam usadas nas favelas do RJ, possivelmente ocorrerão baixas entre os civis, e a mídia esquerdista do Brasil utilizará ao máximo esse fato para denegrir ainda mais a imagem das Forças Armadas. Sempre que pode, a mídia esquerdista denigre a imagem das Forças Armadas, com calúnias, boatos e revisionismo histórico. Uma intervenção no RJ será um prato cheio para os canalhas da imprensa.
Título:
Enviado por: Paisano em Maio 14, 2004, 02:03:18 am
Prezado Fábio G.,

A polícia do Rio (PM e Civil) usa um pouco de tudo, no caso, FAL, Pára-FAL, Colt Commando, M-4A2, FAP e AK-47.

Um abraço.
Título:
Enviado por: [PT]HKFlash em Maio 14, 2004, 05:19:27 pm
Citação de: "Fábio G."
No outro dia num telejornal mostrou imagens de um grupo de operações não ouvi o nome talvez o BOPE? em confronto directo com traficantes numa favela do Rio, eles usavam a M-16 penso eu, é que apanhei a reportagem mesmo no fim.


Nao sei se estamos a falar da mesma coisa, mas eu tambem vi na TV policias (?) brasileiros armados com espingardas de assalto como por exemplo uma M-4 Carbine e uma G-3A3 :!: (nao tenho a certeza se era uma G-3 ate podia ser uma FAL)
Título:
Enviado por: Fábio G. em Maio 15, 2004, 02:15:38 am
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Viegas defende força policial nacional

O ministro da Defesa, José VIEGAS Filho, defendeu a criação de uma
força policial nacional para o combate à criminalidade em todo o país.
 VIEGAS falou, nesta terça-feira, em audiência pública conjunta das
Comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; e de
Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.
VIEGAS também disse que as tropas federais vão participar, no Rio de
Janeiro, do apoio e da instrução de forças policiais e vão fornecer
informações de inteligência para o combate ao crime organizado. O
ministro informou que será verificada a possibilidade de uma seleção
de reservistas que atuariam no policiamento do Rio de Janeiro, até a
conclusão do treinamento dos 4.000 homens do batalhão de ocupação
permanente do estado, prevista para dezembro.
VIEGAS reafirmou que as tropas só subirão os morros em operações de
busca e apreensão de armas de uso exclusivo das Forças Armadas e
descartou a possibilidade de as Forças Armadas atuarem em caráter
permanente na segurança publica. Segundo ele, esse seria um total
desvio de funções, e teria a contrapartida de colocar em risco a
proteção da soberania nacional em regiões frágeis como a Amazônia.
Faltam respostas
A convocação de reservistas foi criticada por vários deputados, que
acusaram a proposta de inconstitucional e de difícil
operacionalização. O ministro, porém, informou que as Forças Armadas
dispõem de cadastro dos militares que serviram por até oito anos e
estão familiarizados com a rotina militar, com treinamento suficiente
para atuar em operações especiais.
O líder da Minoria na Câmara, deputado José Thomaz Nonô (PFL-AL),
lamentou a falta de respostas concretas. "Faltam explicações
corretas e elucidativas sobre a solução para o problema da violência
no Rio. Criou-se no seio da opinião pública a expectativa de que o
Exército iria intervir de forma mais clara, não como uma decisão
institucional, mas para dar um alívio à população angustiada. Eu
lamento que nessa fogueira de vaidades entrem governador, ministro,
Executivo federal e estadual, enquanto perde a população", disse Nonô.
Programa nuclear e caças da FAB
José VIEGAS defendeu o programa nuclear brasileiro e afirmou que os
inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica não terão
acesso visual às centrífugas que enriquecem urânio no município de
Resende (RJ) porque foram colocados anteparos visuais que permitirão
a inspeção sem expor a tecnologia nacional.
O ministro explicou que a decisão visa a proteger nossa tecnologia,
que é totalmente nacional, e informou já terem sido investidos no
programa 1 bilhão de dólares. Até o final do ano, o Brasil estará
apto a abastecer as usinas de Angra I e Angra II.
VIEGAS lembrou que o Brasil é signatário de todos os tratados de não-
proliferação de armamentos nucleares e que sua posição é de respeito
a todos esses tratados.
Sobre a compra dos caças para a Força Aérea, o ministro revelou que a
decisão pode sair a qualquer momento, e que o presidente Lula já
recebeu os subsídios necessários para convocar o Conselho de Defesa e
tomar a decisão. VIEGAS assegurou que, qualquer que seja o consórcio
vencedor, a indústria nacional será contemplada.
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Setembro 24, 2004, 03:47:58 pm
O maior problema em colocar o exército para combater o tráfico de drogas no Rio, não são as armas, o maior problema é a fartura de dinheiro, teme-se que a corrupção chegue ao exército caso ele se envolva diretamente no combate ao narcotráfico. Outro problema é que os soldados estão preparados para a guerra aberta, onde tudo é alvo, na favela tem-se que tomar cuidado com a população civil. Mas acredito que não seja mandando tropas para lá que esse problema seria resolvido. As favelas (em minha opinião e gostaria da opinião do Paisano s/isso) teriam de ser desmanteladas e em seu lugar contruir bairros com infra-estrutura, escolas, hospitais, delegacia de polícia, praças para lazer, enfim, deveriam ser bairros normais onde a população pudesse viver com dignidade. Do jeito que esta, nem mandando os FOCAs na USN daria para combater os traficantes!
Título:
Enviado por: Paisano em Setembro 24, 2004, 11:00:03 pm
Citação de: "João Ricaro"
As favelas (em minha opinião e gostaria da opinião do Paisano s/isso) teriam de ser desmanteladas e em seu lugar contruir bairros com infra-estrutura, escolas, hospitais, delegacia de polícia, praças para lazer, enfim, deveriam ser bairros normais onde a população pudesse viver com dignidade. Do jeito que esta, nem mandando os FOCAs na USN daria para combater os traficantes!


Seja bem vindo João.

Olha, concordo com vc, no que se refere a transformar as favelas em bairros, com toda infra-estrutura necessária, mas somente isso não basta.

Aqui em Volta Redonda a prefeitura urbanizou a maioria das áreas de posse (favelas) e mesmo assim não houve diminuição do tráfico e da violência nesses locais.

O saudoso João Saldanha dizia que favela rima com miséria e por isso deveria ser eliminada e não urbanizada, pois no momento em que vc elimina a miséria estará, também, por consequência, eliminando a favela.

Da minha parte ainda acho que o João Saldanha continua coberto de razão, isso após 14 anos do seu falecimento.
Título:
Enviado por: papatango em Setembro 24, 2004, 11:10:29 pm
Urbanizar os morros do Rio ?  :shock:
Título:
Enviado por: Paisano em Setembro 25, 2004, 02:44:49 am
Citação de: "papatango"
Urbanizar os morros do Rio ?  :shock:


Olá papatango,

Até dá para urbanizar os morros do Rio, mas teria que ser uma coisa radical. Por tudo abaixo para começar do zero. O problema é o custo político dessa atitude.
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Setembro 27, 2004, 09:04:32 pm
Paisano, você tocou em ponto crítico, o custo político, as favelas nasceram de "jogadas políticas", principalmente de um certo "caudilho" que governou por aí. Se não me engano, em Minas Gerais existe um projeto fantástico em que desmantelaram as favelas e em seu lugar construiram casas em sistema de mutirão, essas casas foram construídas utilizando um tijolo especial que fica muito mais barato que o tradicional, em consequência o custo dessas casas ficou muito baixo, viabilizando sua aquisição pelas camadas mais pobres da sociedade, com isso as favelas foram desmanteladas. Se não me engano esse projeto é de Uberlândia-MG.
Título:
Enviado por: Paisano em Setembro 28, 2004, 02:51:59 am
Citação de: "João Ricaro"
Paisano, você tocou em ponto crítico, o custo político, as favelas nasceram de "jogadas políticas", principalmente de um certo "caudilho" que governou por aí.

João, apenas uma informação: As favelas do Rio são bem anteriores ao governo de um certo "caudilho".

Para vc ter uma idéia, os soldados do Exército Brasileiro ao regressarem das expedições contra Antônio Conselheiro, no fim do século 19, receberam alguns recursos para instalar-se em casa própria. E foi no Morro da Providência, no centro do Rio, que esses soldados ergueram as suas casas, iniciando aí as favelas no Rio.

Já, o que aconteceu no governo do "caudilho" foi que ele cometeu apenas um erro, mas que tem influencia até hoje na violência do Rio: Proibiu a polícia de subir os morros do Rio para caçar traficantes.

Imagina vc traficantes livres e soltos dentro das favelas sem a repressão da polícia. Deu o que tinha quer dar, não é verdade?

Citação de: "João Ricaro"
Se não me engano, em Minas Gerais existe um projeto fantástico em que desmantelaram as favelas e em seu lugar construiram casas em sistema de mutirão, essas casas foram construídas utilizando um tijolo especial que fica muito mais barato que o tradicional, em consequência o custo dessas casas ficou muito baixo, viabilizando sua aquisição pelas camadas mais pobres da sociedade, com isso as favelas foram desmanteladas. Se não me engano esse projeto é de Uberlândia-MG.


Olha, eu infelizmente não conheço esse projeto, mas é uma solução válida. Aliás, toda solução que acabe com favelas são válidas.
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Setembro 28, 2004, 02:34:53 pm
Citação de: "Paisano"
Já, o que aconteceu no governo do "caudilho" foi que ele cometeu apenas um erro, mas que tem influencia até hoje na violência do Rio: Proibiu a polícia de subir os morros do Rio para caçar traficantes.


Paisano, será que foi um "erro" ou um "conchavo" do velho caudilho com claras intenções eleitoreiras? :jaja:
Título:
Enviado por: papatango em Setembro 28, 2004, 03:18:03 pm
Para os participantes do fórum que não entendem a questão do "certo Caudilho", acho que se referem ao facto de, com o fim da ditadura militar, que acabou com o General Figueiredo, e com a transição via Tancredo Neves, José Sarney, em eleições para governador do estado do Rio de Janeiro, ter sido eleito para governador do estado, o conhecido Leonel Brizola, entretanto falecido.

São feitas criticas ao governo Brizola, pelo facto de alegadamente se ter proibido à policia militar a entrada nos morros do Rio de Janeiro. Segundo estes criticos, isto terá potenciado enormemente o problema da violência.

Eu, pessoalmente, também acho que houve exageros naquela altura, mas não é menos verdade que as favelas da zona sul de São Paulo (e não só) também eram e são violentas, e que eu saiba, nem Leonel Brizola nem o PDT (Partido Democrático Trabalhista) governaram o estado de São Paulo.

Outra nota: Policia Militar, é no Brasil, o equivalente à Guarda Nacional Republicana em Portugal, uma vez que no Brasil, a policia civil, pertence ao governo de cada estado, havendo apenas a policia federal, a nível nacional.

Cumprimentos
Título: Perigosas
Enviado por: alfsapt em Setembro 28, 2004, 05:13:19 pm
Citação de: "papatango"
Eu, pessoalmente, também acho que houve exageros naquela altura, mas não é menos verdade que as favelas da zona sul de São Paulo (e não só) também eram e são violentas...


Perigosas? Não mais do que Bagdad... talvez um pouco menos; mas pouco mesmo.

Estive 15 dias em São Paulo e principalmente em Santos em Dezembro passado. Aquilo é guerra urbana não é criminalidade. O som de tiros não é esporádico, é constante.
Testemunhei 3 crimes (passava muito tempo na praia ou em casa/hotel).
E como disfrutei da muito boa hospitalidade local devo três comentários para fazer alguma justiça:

1 - Os Brasileiros na sua maioria (o Povo) são fantásticos na sua maneira de ser (o que me surpreendeu porque já conhecia e conheço bastantes por cá, mas estes não se fazem representar, não sem bem porquê...)

2 - O País tem potencialidade a todos os níveis que sem dúvida pode ambicionar a ser um dos mais ricos do mundo.

3 - O que considero ser de longe o pior do Brasil (mesmo contando com EVENTUAL fome porque apanha-se comida do chão que em Portugal custa os olhos da cara) é o crime/violência: sair à rua mete medo como nunca tive nem na Buraca nem no Monte da Caparica nos seus tempos maus (para quem conheceu serve como amostra).

Quanto aos crimes que assisti: se a PSP ou a GNR tivessem a reação que assisti das autoridades estariamos muito melhor. Se bem que em zonas turísticas a segurança mesmo nas ruas parecia ser privada onde não faltavam lanchas e helis...
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Setembro 28, 2004, 05:46:00 pm
Papatango, na verdade a PM (Polícia Militar) também pertence ao estado, o que difere é a missão de cada uma, a PM trabalha com a prevenção (ou deveria) e Polícia Civil trabalha com a investigação. Quanto a criminalidade vale ressaltar que SP é até mais violenta que o Rio, o que difere as duas é maneira que é distribuida, no Rio existem áreas que "pertencem" ao tráfico e em SP é mais distribuida pela cidade. Mas essa violência é restrita aos grandes centros, eu moro no interior do estado de SP, em uma cidade (muito bonita) de 200 mil habitantes e aqui (embora também haja crime) pode-se viver tranqüilamente. Nosso único problema chama-se MST (Movimento dos Sem Terra :crit: , queridinho das ONGs européias) mas isso é uma outra história...
Título:
Enviado por: alfsapt em Setembro 28, 2004, 06:11:37 pm
Citação de: "João Ricaro"
...Mas essa violência é restrita aos grandes centros, eu moro no interior do estado de SP, em uma cidade (muito bonita) de 200 mil habitantes e aqui (embora também aja crime) pode-se viver tranqüilamente...


Sem dúvida. Os 15 dias que estive em SP foram precedidos por uma semana em Porto Seguro (terra do primeiro desembarque Português, primeira missa e Primeira cidade, pelo menos do Brasil)

Em Porto Seguro o nome faz justiça à terra. Podem-se deixar chaves nos carros e o mais perigoso que se ouve é de um desacato numa discoteca entre meninas (meninas no sentido Brasileiro inofensivo).

Mas não se podem comparar duas realidades tão destintas quando em Portugal se notem diferenças sociais no espaço de 100 Km e o Brasil é maior que a Europa dos 15.
Enquanto Lisboa tem uns bairros mais problemáticos de alguns milhares de pessoas São Paulo é morada de 10 a 12 milhões julgo que sem contar com cidades satélite como Santos que por si só são maiores que Lisboa e Porto juntas.
Título:
Enviado por: Paisano em Setembro 28, 2004, 06:44:53 pm
Citação de: "João Ricaro"
Papatango, na verdade a PM (Polícia Militar) também pertence ao estado, o que difere é a missão de cada uma, a PM trabalha com a prevenção (ou deveria) e Polícia Civil trabalha com a investigação.


Apenas como contribuição ao debate, segue abaixo a missão de cada polícia no Brasil, definida pela Constituição Federal:

Polícia Federal: Apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei.

Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência.

Exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras.

Exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.

Polícia Rodoviária Federal: Patrulhamento ostensivo das rodovias federais.

Polícia Ferroviária Federal: Patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.

Polícia Civil Estadual: Exercer funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares, nos Estados e Distrito Federal (Brasília).

Polícia Militar: Polícia ostensiva e a preservação da ordem pública nos Estados e Distrito Federal (Brasília)

Corpo de Bombeiro Militar: Execução de atividades de defesa civil
Título:
Enviado por: fredom em Setembro 29, 2004, 03:38:53 am
eu acho que posso falar um pouco mais sobre essa violencia no Brasil e principalmente sobre a desigualdade. Pois aki em Brasília e bem caracteristico isso... um exemplo no bairro onde eu moro foi implatado o sistema de segurança comunitaria e se vc liga para o batalhao local da policia ela chega em 5 minitos - no maximo - agora se vc for fazer isso em uma cidade satelite ela leva de 25 min. ou mais para atender a ocorrencia e uma total disparidade, sem contar a lerdeza o poder judiciario e as penas - muitas vezes - brandas com os bandidos. Mas apesar disso tudo eu ainda me sinto seguro aki, confesso que ainda nao fui no rio nem em sp para julgar, mas o que se mostra na tv não é nada animador sobre estes lugares - hj mesmo passou um video em que um grupo de assaltantes roubavam varios turistas no leblon -
Título:
Enviado por: JLRC em Setembro 29, 2004, 02:17:18 pm
Hoje, na nossa TV (RTP 1), também passou esse vídeo dos pivetes a assaltarem turistas no Leblon, em plena luz do dia e à beira-mar. Fiquei impressionado. Graças a Deus que tenho Sesimbra e Arrábida e Troia e a Figueirinha e tantas outras (não sou grande apreciador da Costa da Caparica) onde vou ao banho ficando os pertences sózinhos no areal, ou como em Monte-Gordo, onde as cadeiras ficam de noite no toldo, para o dia seguinte, sem ninguém tocar nelas. Não era capaz de viver no meio de tanta violência.
Cumptos
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Setembro 29, 2004, 06:10:13 pm
:banana:  e descançar  :bye:
Mas voltando ao Rio, eles estão investindo muito em segurança :police: , a orla de Copacaba por exemplo, é toda vigiada por câmeras, geralmente após um crime, o bandido é logo identificado e preso! Mas... não é de uma hora para outra que irão pacificar o Rio.
Título:
Enviado por: komet em Setembro 29, 2004, 06:12:12 pm
Citar
geralmente após um crime, o bandido é logo identificado e preso!


Preso? Pelo que ouvi não é bem assim. E mesmo que o seja, as prisões no Brasil têm a fama de serem ultra-über-super-hiper-lotadas.
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Setembro 29, 2004, 09:07:02 pm
Pelo menos na reportagem que lí era sim!!!

Agora, quanto a falar de prisões é preciso cuidado, cada estado da federação é responsável pelo seu sistema prisional, aqui no estado de SP a coisa é diferente, as prisões são modernas, tanto que a prisão mais moderna do Brasil fica perto de minha cidade, prá fugir de lá só virando fantasma!!! Agora, no Rio...
Título:
Enviado por: Paisano em Setembro 30, 2004, 12:14:45 am
Citação de: "João Ricaro"
Mas infelizmente o Rio de Janeiro faz questão de manchar com sua bagunça um país lindo que conta com as mais belas paisagens!


Agora sou que peço calma a vc João. :shock:  :shock:  Do jeito que vc fala fica parecendo que o Rio é o pinico do Brasil e SP o paraíso e nós dois sabemos que nenhuma dessas duas coisas são verdades.

Quanto ao arrastão, prefiro esperar um pouco mais para comentar acontecido. Eu ainda me lembro das eleiçoes de 1992 (se não me engano foi em 1992 mesmo), onde também houve arrastões e depois do pleito, como por um passe de mágica, tudo voltou a calma na orla carioca.

No entanto, não estou querendo ignorar o ocorrido, mas apenas esperar e ver o que realmente aconteceu.
Título:
Enviado por: JLRC em Setembro 30, 2004, 02:25:07 am
Citação de: "João Ricaro"
:o Calma JRLC, infelizmente o Rio funciona como uma vitrina do Brasil, mas não espelha a realidade do país como um todo. A maioria das praias brasileiras são assim como as de Portugal, são seguras e além de tudo muito lindas, ótimas para se divertir :dormir:


Eu sei João, estava a referir somente o Rio e S. Paulo e pelo que tenho lido Brasília. O Brasil é imenso e não devemos generalisar. Eu até tenho um tio numa cidade linda, Curitiba, e tenciono ir aí visitá-lo pois não conheço os meus primos brasileiros. Aliás, há um sítio no nordeste, que vi numa reportagem e pelo qual fiquei apaixonado, Geri Qua Quara (julgo que é assim que se escreve). Tenho também um amigo que esteve no Sul, em Porto Alegre e que veio maravilhado. Gostava também de conhecer as cataratas de Iguassu e mergulhar em Fernando Noronha. Eu não confundo as coisas, mas fez bem em chamar-me a atenção.
Cumptos
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Setembro 30, 2004, 01:23:35 pm
Tem razão Paisano, o Rio junto com SP são cidade maravilhosas mas infelizmente são as mais judiadas pela incompetência de nossos excelentíssimos políticos. Mas vou falar a verdade, que a "danada" é bonita demias, há... isso é!!! E garotas cariocas...  :bang:
Título:
Enviado por: Paisano em Setembro 30, 2004, 09:00:55 pm
Citação de: "João Ricaro"
Paisano, me prometa uma coisa, NUNCA MAIS ELEJAM a família Garotinho!!!!!!!!!!! :cry:

Vamos esperar 2006 e ver o que a população do RJ (capital e interior) decidem. Até lá é aturar a família Garotinho, principalmente, o "Coronel Bolinha" e rezar para que eles façam o mínimo de besteiras na área de segurança.
Título:
Enviado por: FinkenHeinle em Outubro 11, 2004, 05:25:01 pm
Citação de: "Paisano"
Citação de: "papatango"
Urbanizar os morros do Rio ?  :shock:

Olá papatango,

Até dá para urbanizar os morros do Rio, mas teria que ser uma coisa radical. Por tudo abaixo para começar do zero. O problema é o custo político dessa atitude.


Se for para botar tudo abaixo, e começar do zero, é melhor retirar esse pessoal todo dos morros e reinstalá-los em outros locais...

De quebra acaba com o tráfico nos morros, e com um enorme problema ambiental...
Título:
Enviado por: Paisano em Outubro 11, 2004, 06:12:20 pm
Citação de: "FinkenHeinle"
Citação de: "Paisano"
Citação de: "papatango"
Urbanizar os morros do Rio ?  :shock:

Olá papatango,

Até dá para urbanizar os morros do Rio, mas teria que ser uma coisa radical. Por tudo abaixo para começar do zero. O problema é o custo político dessa atitude.

Se for para botar tudo abaixo, e começar do zero, é melhor retirar esse pessoal todo dos morros e reinstalá-los em outros locais...

De quebra acaba com o tráfico nos morros, e com um enorme problema ambiental...


Reinstalá-los onde? O que acontecerá é a transferencia dos problemas (miséria, traficantes, etc.) para esse novo local.

A solução tem que ser no próprio local onde estão as favelas, a começar (eu disse: a começar) transformando-as em bairros com toda infra-estrutura necessária.
Título:
Enviado por: FinkenHeinle em Outubro 11, 2004, 10:53:54 pm
Citação de: "Paisano"
Reinstalá-los onde? O que acontecerá é a transferencia dos problemas (miséria, traficantes, etc.) para esse novo local.

A solução tem que ser no próprio local onde estão as favelas, a começar (eu disse: a começar) transformando-as em bairros com toda infra-estrutura necessária.


Tu não me compreendeu, Paisano.

Reinstalá-los EM BAIRROS COM TODA A INFRA-ESTRUTURA. Não seria simplesmente reinstalar a favela em outros lugares e jogá-los ao relento.
Título:
Enviado por: Paisano em Outubro 11, 2004, 11:18:41 pm
Citação de: "FinkenHeinle"
Citação de: "Paisano"
Reinstalá-los onde? O que acontecerá é a transferencia dos problemas (miséria, traficantes, etc.) para esse novo local.

A solução tem que ser no próprio local onde estão as favelas, a começar (eu disse: a começar) transformando-as em bairros com toda infra-estrutura necessária.

Tu não me compreendeu, Paisano.

Reinstalá-los EM BAIRROS COM TODA A INFRA-ESTRUTURA. Não seria simplesmente reinstalar a favela em outros lugares e jogá-los ao relento.


Ok FinkenHeinle, concordo com você.

No entanto, não é infinitamente mais fácil transformar as próprias favelas em bairros do que reinstalar toda uma população favelada?

Só para lembrar: A Rocinha tem quase 200.000 habitantes. Como se reinstala 200.000 pessoas?
Título:
Enviado por: FinkenHeinle em Outubro 12, 2004, 09:01:04 pm
Citação de: "Paisano"
Citação de: "FinkenHeinle"
Citação de: "Paisano"
Reinstalá-los onde? O que acontecerá é a transferencia dos problemas (miséria, traficantes, etc.) para esse novo local.

A solução tem que ser no próprio local onde estão as favelas, a começar (eu disse: a começar) transformando-as em bairros com toda infra-estrutura necessária.

Tu não me compreendeu, Paisano.

Reinstalá-los EM BAIRROS COM TODA A INFRA-ESTRUTURA. Não seria simplesmente reinstalar a favela em outros lugares e jogá-los ao relento.

Ok FinkenHeinle, concordo com você.

No entanto, não é infinitamente mais fácil transformar as próprias favelas em bairros do que reinstalar toda uma população favelada?

Só para lembrar: A Rocinha tem quase 200.000 habitantes. Como se reinstala 200.000 pessoas?


Olha Paisano.


Além das questões ambientais de se ter as favelas lá transformadas em bairros, fico pensando nas dificuldades técnicas envolvidas, e a resultante alta dos custos para se levar morro acima toda a infra-estrutura de bairros.

Seria mais fácil (e conseqüentemente mais barato) levar essa gente para a periferia da própria cidade. E, mesmo que seja mais caro, seria interessante, pois esse tipo de projeto poderia contar com apoio fincanceiro também do Ministério do Meio-Ambiente..

De qualquer foram, nenhuma das opções é barata. Mas penso que transferir essa gente para outros locais é melhor pois também isere elas economicamente na sociedade.
Título:
Enviado por: Paisano em Outubro 13, 2004, 12:12:34 am
BNDES financia a urbanização da maior favela de Belo Horizonte


· Aglomerado da Serra já tem mais de 46 mil habitantes
· Cerca de 3,2 mil famílias da favela serão remanejadas
· Obras irão do saneamento à recuperação ambiental
· Projeto premiado de Nazareno também ganha recursos


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento à Prefeitura de Belo Horizonte, para aplicação na primeira etapa do projeto multissetorial integrado que vai beneficiar os moradores do Aglomerado da Serra, a maior favela da capital mineira, formada por seis comunidades.

O investimento total da primeira fase do projeto é de R$ 114 milhões, dos quais o BNDES financia 75% (R$ 85,5 milhões), com a Prefeitura participando com 24,4% (R$ 27,8 milhões) e a Copasa, concessionária de serviços de abastecimento de água, completando os 0,6% restantes (R$ 740 mil).

Saneamento – De início, será implantado o sistema de saneamento básico, com interceptores a serem ligados aos serviços de esgotamento das comunidades. Somente após a instalação dos esgotos é que o abastecimento de água será regularizado, possibilitando o atendimento integral dos moradores, através da rede instalada pela concessionária Copasa.

Será feita também a reforma do sistema viário, que permitirá o acesso de caminhões de lixo e a coleta porta a porta nas vielas, com os garis utilizando carrinhos de mão. Haverá também coleta seletiva e programas especiais para retirada de entulho e de grandes volumes.

Meio ambiente – Serão feitas drenagens de águas pluviais e recuperação da cobertura vegetal nas margens dos córregos existentes na favela. Além disso, haverá desocupação das áreas do topo da Serra do Curral, para proteger as cabeceiras e as nascentes da bacia do Córrego Arrudas, com remoção dos moradores também em áreas ao longo do Córrego das Mangueiras e nas encostas a serem protegidas e reflorestadas.

O projeto, que prevê regularização fundiária, com a titulação efetuada preferencialmente em nome da mulher, permitirá ainda o remanejamento de aproximadamente 3,2 mil famílias, que representam cerca de 24% dos moradores do Aglomerado da Serra. As novas habitações estarão localizadas em três conjuntos habitacionais construídos em outras áreas da própria favela – dois conjuntos na Vila Nossa Senhora de Fátima e o outro na Vila Aparecida.

Nazareno – Ainda em Minas Gerais, o BNDES está destinando cerca de R$ 1,5 milhão ao município de Nazareno, que fica a cerca de 230 km ao sul de Belo Horizonte, para construção do Centro Regional Integrado de Desenvolvimento Sustentado e também para capacitação das comunidades em temas ambientais e sociais, com destaque para estabilização de voçorocas (desmoronamentos e buracos causados por erosão subterrânea).

O projeto, denominado Maria de Barro, está inserido no programa Nazareno Verde, que foi premiado num concurso de Gestão Pública e Cidadania, uma iniciativa da Fundação Getúlio Vargas e da Fundação Ford, com apoio do BNDES.

Fonte: BNDES (http://www.finame.com.br/noticias/not826.asp (http://www.finame.com.br/noticias/not826.asp))
Título:
Enviado por: Sniper BR em Dezembro 22, 2004, 11:37:14 pm
Citação de: "Paisano"
BNDES financia a urbanização da maior favela de Belo Horizonte


· Aglomerado da Serra já tem mais de 46 mil habitantes
· Cerca de 3,2 mil famílias da favela serão remanejadas
· Obras irão do saneamento à recuperação ambiental
· Projeto premiado de Nazareno também ganha recursos


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento à Prefeitura de Belo Horizonte, para aplicação na primeira etapa do projeto multissetorial integrado que vai beneficiar os moradores do Aglomerado da Serra, a maior favela da capital mineira, formada por seis comunidades.

O investimento total da primeira fase do projeto é de R$ 114 milhões, dos quais o BNDES financia 75% (R$ 85,5 milhões), com a Prefeitura participando com 24,4% (R$ 27,8 milhões) e a Copasa, concessionária de serviços de abastecimento de água, completando os 0,6% restantes (R$ 740 mil).

Saneamento – De início, será implantado o sistema de saneamento básico, com interceptores a serem ligados aos serviços de esgotamento das comunidades. Somente após a instalação dos esgotos é que o abastecimento de água será regularizado, possibilitando o atendimento integral dos moradores, através da rede instalada pela concessionária Copasa.

Será feita também a reforma do sistema viário, que permitirá o acesso de caminhões de lixo e a coleta porta a porta nas vielas, com os garis utilizando carrinhos de mão. Haverá também coleta seletiva e programas especiais para retirada de entulho e de grandes volumes.

Meio ambiente – Serão feitas drenagens de águas pluviais e recuperação da cobertura vegetal nas margens dos córregos existentes na favela. Além disso, haverá desocupação das áreas do topo da Serra do Curral, para proteger as cabeceiras e as nascentes da bacia do Córrego Arrudas, com remoção dos moradores também em áreas ao longo do Córrego das Mangueiras e nas encostas a serem protegidas e reflorestadas.

O projeto, que prevê regularização fundiária, com a titulação efetuada preferencialmente em nome da mulher, permitirá ainda o remanejamento de aproximadamente 3,2 mil famílias, que representam cerca de 24% dos moradores do Aglomerado da Serra. As novas habitações estarão localizadas em três conjuntos habitacionais construídos em outras áreas da própria favela – dois conjuntos na Vila Nossa Senhora de Fátima e o outro na Vila Aparecida.

Nazareno – Ainda em Minas Gerais, o BNDES está destinando cerca de R$ 1,5 milhão ao município de Nazareno, que fica a cerca de 230 km ao sul de Belo Horizonte, para construção do Centro Regional Integrado de Desenvolvimento Sustentado e também para capacitação das comunidades em temas ambientais e sociais, com destaque para estabilização de voçorocas (desmoronamentos e buracos causados por erosão subterrânea).

O projeto, denominado Maria de Barro, está inserido no programa Nazareno Verde, que foi premiado num concurso de Gestão Pública e Cidadania, uma iniciativa da Fundação Getúlio Vargas e da Fundação Ford, com apoio do BNDES.

Fonte: BNDES (http://www.finame.com.br/noticias/not826.asp (http://www.finame.com.br/noticias/not826.asp))


Amigos e é com prazer que eu venho lhes comunicar que a obra na Serra ta ficando uma beleza! :D

  Abraços!
Título:
Enviado por: balburdio em Outubro 25, 2005, 09:07:26 pm
Citação de: "Guilherme"
Citação de: "TazMonster"
Se fosse eu que manda-se, dava-lhes outra coisa para temer e respeitar.
Chama-se NAPALM.

Seria um desperdício. Bastariam projéteis de 7.62 x 51 mm, do tipo que se fragmenta dentro do corpo humano, disparado por atiradores do topo dos prédios próximos aos "soldados do tráfico".

Sempre que se avistasse um traficante com uma arma ilegal, como um fuzil ou metralhadora, esses atiradores deveriam ter autorização para atirar para matar.


É por essas e por outras que esse BOPE não anda muito longe dos famigerados esquadrões da morte da PM. Aliás um comandante do BOPE no Rio de Janeiro foi demitido em 2002 na sequência de mais um "raid" daquela força polícial na comuna de Vigário Geral
Título:
Enviado por: Sniper BR em Agosto 13, 2006, 12:40:46 am
Olá amigos!

Vídeo sobre a rotina da Plícia do Rio de Janeiro:http://www.flurl.com/uploaded/brazil_10258.html

Cenas Fortes... :shock:

  Abraços!
Título:
Enviado por: Jorge Freire em Setembro 13, 2006, 02:47:34 am
Citação de: "Paisano"
Citação de: "FinkenHeinle"
Citação de: "Paisano"
Reinstalá-los onde? O que acontecerá é a transferencia dos problemas (miséria, traficantes, etc.) para esse novo local.

A solução tem que ser no próprio local onde estão as favelas, a começar (eu disse: a começar) transformando-as em bairros com toda infra-estrutura necessária.

Tu não me compreendeu, Paisano.

Reinstalá-los EM BAIRROS COM TODA A INFRA-ESTRUTURA. Não seria simplesmente reinstalar a favela em outros lugares e jogá-los ao relento.

Ok FinkenHeinle, concordo com você.

No entanto, não é infinitamente mais fácil transformar as próprias favelas em bairros do que reinstalar toda uma população favelada?

Só para lembrar: A Rocinha tem quase 200.000 habitantes. Como se reinstala 200.000 pessoas?


Sou arquiteto, nasci e me formei no Rio de Janeiro. Meu PG (Projeto de Graduação) era sobre este tema.
Existe a possibilidade. Com dinheiro, muito dinheiro, um sistema social que levante toda a situação, sistemas contrutivos modernos e um planejamento adequado, poderemos fazer.
Mas o maior problema, é manter a mesma densidade demográfica existente nestas áreas. É muito difícil. Talvez se fosse combinada com a transferência e relocação de parte da população, fosse possível.
O filme "Cidade de Deus", mostra um conjunto habitacional, conruído para a relocação de favelados e que foi dominado pelo crime.
O Maluf em São Paulo, começou a fazer alguma coisa no sentido de reurbanizar e transformar fabelas em bairros. Em Minas Gerais e em Vitória se faz alguma coisa. Mas não existe uma favela igual a outra.
Quanto ao uso de forças militares no combate ao crime organizado e a açãoes de polícia em áreas de alta densidade,  é uma apelação política-eleitoreira.
Os soldados não foram treinados para isto, não fariam como os policiais  cuja missãoé prender o elemento e leva-lo para a justiça; eles são treinados para cumprir a missão de derrotar o inimigo e reconhecem uma dose de dano colaterar indispensável, eles não iriam conversar, se confrontados, iriam usar os meios que dispusessem para cumprir a missão.
Temos que lembrar que as favelas são áreas residenciais,lá moram famílias, crianças e trabalhadores, os marginais são minoria, e napalm faz ótimas fotos de crianças correndo queimadas na rua e que por causa de ações como esta, o exército dos EUA perderam o apoio interno na época da Guerra do Vietnan e a guerra.