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Outras Temáticas de Defesa => Área Livre-Outras Temáticas de Defesa => Tópico iniciado por: ricardonunes em Janeiro 09, 2007, 07:28:51 pm

Título: Referendo do aborto
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 09, 2007, 07:28:51 pm
Visto estar para breve o referendo, 11 de Fevereiro, lanço aqui o debate.

O meu voto é não, acho que a presente Lei (http://http) é a adequada.
Não concordo que o aborto se torne um contraceptivo.
Título:
Enviado por: komet em Janeiro 09, 2007, 08:34:22 pm
Acho que quem já passou por elas é que sabe...
Título:
Enviado por: Bravo Two Zero em Janeiro 09, 2007, 08:47:40 pm
Voto sim, pelo que já vi e conheço..........
Há muita miséria humana neste país.......e os processos de adopção e acolhimento deparam com uma barreira de burocracia.
Não é um bom argumento, mas é o que tenho............
Título:
Enviado por: Yosy em Janeiro 09, 2007, 09:14:48 pm
Voto sim também.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 09, 2007, 09:35:04 pm
Concordo com as opiniões expostas, quem seria eu para não concordar.
Mas mais um motivo para o meu não.
Alguém sabe o que vai ser legislado se o Sim ganhar?
Pois é, no meu entender a questão é muito vaga, é que o despenalizar (http://http), pode vir a tornar-se um liberalizar (http://http), e acho que, se a questão fosse acompanhada de um ante-projecto de Lei ou Dec Lei tudo se tornaria mais transparente.
Acho muito estranho dias antes de o Presidente da Republica marcar o referendo ser noticiado que uma clinica Espanhola, que se dedica á pratica do aborto, andava á procura de um espaço para se instalar na Capital.
E é assim, no meu entender o que vai na realidade acontecer é uma liberalização e não uma despenalização.
Título:
Enviado por: papatango em Janeiro 09, 2007, 10:22:06 pm
É naturalmente um tema complicado.

Em primeiro lugar não gosto da ideia da despenalização. Trata-se de um eufemismo para enganar o pagode.

Na prática, é como se votássemos uma lei a despenalizar os assaltos aos bancos.
Despenalizamos os assaltos aos bancos, mas os assaltos continuam ilegais.
Alguém acha que alguém ligaria alguma à proibição de assaltar bancos?
De que serve ser ilegal, se depois não há uma penalização adequada?

É mais uma esperteza saloia, típica de politicos saloios e eu não gosto de colaborar com mentirosos.

Por outro lado, também reconheço que não vejo que se tenha feito NADA desde o último referendo.

Sou a favor da educação sexual, sou totalmente a favor da utilização de anticoncepcionais e a favor de que as pessoas sejam ensinadas a utilizar tais métodos.

Deste ponto de vista sou absolutamente contrário às posições dogmáticas da Igreja Católica.

Mas também vejo a questão da existência de vida desde o momento da concepção e deste ponto de vista, embora seja a favor da utilização de anti-concepcionais, não aceito que se mate uma vida, sob que argumento seja.

Legalizar o aborto, porque trata-se de liberalizar e não de despenalizar (sejamos honestos e tratemos de não nos enganar uns aos outros com eufemismos)  corresponde a institucionalizar a pena de morte, para quem nunca viu a luz do dia, e nunca terá possibilidade de se defender.

Critico no entanto os sacristões e falsos moralistas, que criticam o aborto, mas ao longo de anos nada fizeram para evitar que ele se faça, para evitar que sejamos um dos países europeus com mais Mães solteiras.

A Liberalização/despenalização não adianta de nada. Vão continuar a existir casos de pessoas que não cumprem os prazos e querem abortar depois das 10 semanas ou das 12 ou das 16, e por aí fora.

Abrir a caixa da Pandora, acabará onde todos sabemos: Na total desregulação.

E isto tudo num país, onde já existe uma lei que permite o aborto, em caso de violação, mal-formação do feto e violação.

O que os promotores do aborto parecem querer é transformar o aborto num anti-concepcional e encher os hospitais com filas de mulheres com a desculpa de que se enganaram nas contas...

Esta proposta de Lei, é uma triste demonstração de que não parecemos funcionar nem com as leis normais que outros países têm.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 09, 2007, 10:31:58 pm
Citação de: "papatango"
Esta proposta de Lei, é uma triste demonstração de que não parecemos funcionar nem com as leis normais que outros países têm.


Julgo que não existe nenhuma proposta de Lei, mas sim uma questão dúbia que vai ser referendada.
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 09, 2007, 10:32:39 pm
Recomendo que vejam as consequências do controlo de natalidade agressiva onde o aborto é mais facilitado, sobretudo a nível demográfico.
Pergunto também o porquê da incongruência da esquerda que quer abortar portugueses e dificultar a sua natalidade e importar estrangeiros.
Não me respondam porque eu sei.
Nestas alturas de novelas "pedagógicas" com meninos boieiros, "educação sexual" nas escolas, "comprovativos"; pílulas do dia seguinte; etc, etc, etc, estranho a oportunidade.
Mas não tentem trazer-me a luz, está bem?
Eu já percebi e também já decidi.
Título:
Enviado por: Doctor Z em Janeiro 10, 2007, 11:04:44 am
Também estou totalmente contra, acho que a lei actual é suficiente e não me
venham cá a dizer que vai haver ainda mais miséria, porque sempre haverá
e há métodos para não engravidar (apesar de serem falíveis).

Mas não tenhamos ilusões : apesar de tudo, já estou a ver o SIM triunfar em
Fevereiro e os oportunistas a abrirem clínicas de abortos por todo o país ...
Se continuarmos assim, teremos mais clínicas de abortos do que maternidades ...  :roll:

Eu vejo no aborto um pneu de socorro : "esqueci-me de tomar todas as
precauções, o marmelo ( :?
Título:
Enviado por: Pantera em Janeiro 10, 2007, 11:39:15 am
Votei contra também.
Mais um crime contra inocentes.
Título:
Enviado por: Viriatuga em Janeiro 10, 2007, 02:56:12 pm
Votei pelo sim por diversas razoes:
1*:Ha muitas raparigas que engravidao muito antes de estarem prontas o que e mau tanto para elas como para a criança
2*:Com toda a miseria que ha em Portugal ha imensas maes que nunca poderam ter meios/$ para cuidar de uma criança por isso muitas vezes o aborto nao passa de uma prova de amor pelo filho
3*:Muitas vezes mais vale abortar que maltrar ou o filho ou que ele passe fome
Nimguem sera obrigado a abortar por tanto quem acha que NAO se deve dar a Liberdade De Aborto simplesmente nao o fara , e em portugal ha muita gente que vota pelo nao por razoes de religeao mas quando se vem a ver teem imensos embrioes enterrados no jardim ou teem dinheiro para ir abortar em clinicas espanholas
ps:espero que nao levem a mal o meu comentario no que toca a religeao ;porque nao falo de toda a gente mas sim de alguns casos
Título:
Enviado por: P44 em Janeiro 10, 2007, 03:31:39 pm
Essa das clinicas é mais uma desinformação dos partidários do "não", quando o que acontecerá é as mulheres serem atendidas e MUITO BEM, no SNS.

Quanto aos partidários do "não" (alguns pelo menos) , acho engraçadissimo (se não fosse imensamente triste), a hipócrisia, pois é bem sabido que muitos partidários do não são pessoas de elevados rendimentos que se dão ao luxo de apanharem um avião ao fim de semana para fazer abortos em Londres...


É claro que os partidários do "não" preferem que as crianças vivam uma existência miserável e sejam alvos de agressão e outros maus-tratos, acabando muitas por cair na marginalidade.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 10, 2007, 05:20:37 pm
Citação de: "P44"
Essa das clinicas é mais uma desinformação dos partidários do "não", quando o que acontecerá é as mulheres serem atendidas e MUITO BEM, no SNS.


Pois a pouca informação que conheço diz precisamente o contrário. (http://http)
Título:
Enviado por: Pantera em Janeiro 10, 2007, 05:22:47 pm
Citação de: "P44"

É claro que os partidários do "não" preferem que as crianças vivam uma existência miserável e sejam alvos de agressão e outros maus-tratos, acabando muitas por cair na marginalidade.


Então é preferivel matar pessoas do que deixá-las viver na miséria?
Se calhar o melhor é começar a bombardear África com armas atómicas e vários países do médio e extremo oriente.Ou então uns nukes para os lados da cova da moura,visto que são pobres e marginais.
Está bem pensado sim senhor.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 10, 2007, 05:24:28 pm
Citação de: "P44"
É claro que os partidários do "não" preferem que as crianças vivam uma existência miserável e sejam alvos de agressão e outros maus-tratos, acabando muitas por cair na marginalidade.


Não sei como é que um aborto vai solucionar o problema que refere.
Título:
Enviado por: Lightning em Janeiro 10, 2007, 05:39:43 pm
Eu também voto não, não posso ser por uma politica que prefere a morte em relação à vida.
Se as meninas não kerem engravidar que tomem precauções.
Se um casal vive na miséria e/ou já tem muitos filhos e não deseja mais, então que faça esterilização e assim os papas e mamas podem "brincar" à vontade.
Título:
Enviado por: dremanu em Janeiro 10, 2007, 06:17:56 pm
No mundo em que vivemos hoje em dia, que conta com educação sexual nas escolas, com pilúlas anti-gravidez, e com preservativos, como se pode justificar o aborto?

Na minha opinião, só quando o feto está completamente deformado, de resto nada mais o justifica.

Os argumentos que defendem o uso do aborto como solução para problemas sociaís são completamente maléficos, e vêm principalmente daqueles que se auto-intitulam "defensores dos direitos humanos" e "protectores dos fracos e excluídos da sociadade", etc. É que nem se apercebem que defender o aborto como solução para problemas sociaís, é o tipo de discurso utilizado por nazis para defender a criação de uma "raça superior" eliminando os indesejaveís.

E mais, quem defende o aborto como medida de resolução de problemas sociaís, propositadamente ignora o facto que mesmo nos países mais ricos do mundo, onde vários deles têm leis liberaís em relação ao aborto, a pobreza continua a existir, abuso a menores continua a existir, e muitas mulheres continuam a ter filhos sem estarem casadas, e muitos pais a contribuir nada para a educação da(s) criança(s). Na verdade, problemas sociaís nunca deixaram de existir, seja qual for a sociadade.

No entanto, reconheço que defender o aborto de fetus mal-formados também se encaixa no tipo de discurso nazi, mas pessoalmente sinto-me confortável com este pensamento porque muitas vezes a própria natureza automaticamente se encarrega de abortar um feto mal-formado, então existe uma exemplo natural que pudemos seguir.

Argumentar a liberalização do aborto da forma leviana como está a ser feito em Portugal provavelmente só nos pode levar a mais tragédia no futuro; Mas não pudemos esperar melhor do que isto, todo este processo esta a ser manipulado pelos agentes das esquerdas, e p'ra essa gente não interessa debater nenhum assunto com profundidade, a única coisa que interessa é largar "sound-bytes" sonantes para criar falsas realidades.

Enfim....

Vivemos num mundo de merda!!!
Título:
Enviado por: Bravo Two Zero em Janeiro 10, 2007, 06:23:55 pm
Citação de: "Lightning"
Eu também voto não, não posso ser por uma politica que prefere a morte em relação à vida.
Se as meninas não kerem engravidar que tomem precauções.
Se um casal vive na miséria e/ou já tem muitos filhos e não deseja mais, então que faça esterilização e assim os papas e mamas podem "brincar" à vontade.


A esterilização poderia ser uma opção não fosse a celeuma que representa ainda em algumas mentalidades mais provincianas e, porque não, incultas/ desinformadas.
Conheço muitos casos que a esterilização é vista como uma "mutilação".
Quanto aos métodos contraceptivos, se o centro de saúde ou o médico de família (se o houver) não fornecer gratuitamente, simplesmente são esquecidos........
E isto passa-se no séc. XXI, num bairro perto de si...............
E depois vai-se fazer um arraial à porta da escola devido ao Joãozinho ou a Maria terem aulas de Educação Sexual...........
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 10, 2007, 06:38:43 pm
Citação de: "Bravo Two Zero"
A esterilização poderia ser uma opção não fosse a celeuma que representa ainda em algumas mentalidades mais provincianas e, porque não, incultas/ desinformadas.
Conheço muitos casos que a esterilização é vista como uma "mutilação".


É esse tipo de mentalidade que me faz confusão, a esterilização é vista como uma "mutilação" e o aborto é visto como?
Será um simples tratamento clínico?
Título:
Enviado por: Bravo Two Zero em Janeiro 10, 2007, 07:42:58 pm
Respondo-lhe com um testemunho que ouvi de um pai de 8 filhos e que a principal ocupação é a tasca e esperar pelo cheque do rendimento social de inserção:
" Abortos sempre houve, a fulana tal fazia, o fulano doutor tal faz, agora esterilizações nem pensar !!!!!!!! E se a patroa já não consegue satisfazer-me ? "
Título:
Enviado por: Miguel em Janeiro 10, 2007, 07:48:34 pm
Votei Sim

Muitas raparigas escondem a gravidez, etc... etc... enfim

E sempre melhor controlar que ser feito escondido ou em Espanha.

Depois cada um faz aquilo que quer.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 10, 2007, 07:51:48 pm
Não sei o que lhe dizer :conf:

Somente, que para mim esse tipo de atitude, mentalidade é que me leva a ser contra a despenalização, pois como eu já disse, e outros disseram, isto o que se vai tornar é a liberalização do aborto.
Título:
Enviado por: komet em Janeiro 10, 2007, 08:22:24 pm
Não sei qual será o resultado, mas penso que desta vez vai andar muito equilibrado entre o sim e o não...
Título:
Enviado por: Doctor Z em Janeiro 11, 2007, 10:44:41 am
Aqui pelo o menos já está equilibrado ...
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Janeiro 11, 2007, 01:37:51 pm
Uma mulher normal, com um feto normal e uma gravidez normal não pode ter o direito de destruir uma vida.

A pergunta não passa de uma mentira. O que está em causa é liberar o aborto.

Como é possível defender a morte de um ser completamente indefeso, que podia ter sido qualquer um de nós, só porque não se tem “condições” para ter a criança? :roll:  É este o caminho? E a seguir quem vem? Os velhos? Os deficientes?

Também não percebo como se pode ser contra a pena de morte e apoiante do aborto. Em princípio (e eu sou contra a pena de morte) o condenado pelo menos cometeu um crime grave, e o feto? Qual foi o crime dele?

Também acho piada ao argumento de que assim se evita a pobreza e o sofrimento da futura criança. Ok. Então vamos acabar com por exemplo a Etiópia e o Sudão para evitar o sofrimento deles. Que tal? É absurdo o exemplo? Pois é, os etíopes ou os sudaneses terão ao menos a possibilidade de se defender!

Outro disparate é o argumento de ser um direito da mulher! Não, não o é. A criança que ela leva dentro não lhe pertence, não é como cortar o cabelo ou pôr silicone nos peitos. É uma vida perfeitamente independente sobre a qual nem ela nem ninguém têm o direito de decidir se deve ou não nascer.

Pobre das sociedades que não são capazes de proteger e defender os seus membros mais fracos e vulneráveis.

De facto, as ideologias nazis e suas congéneres ganham cada vez mais força. E isso, um dia, todos nós o vamos pagar bem caro.
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 11, 2007, 03:10:44 pm
Na Holanda já se pratica a eutanásia de crianças deficientes. Já foi proposta a eutanásia dos velhos também (desconheço se já é legalmente permitida)
Tem graça (sinistra) como os "progressistas" defendem a eugenia que tanto associam a uma certa corrente política para a atacar. Mas como tudo, tendem a utilizar o argumento vitimizador para atacar quando lhes convêm.

É também curiosa a defesa do aborto ou dificultar o nascimento para apoiar imigrantes (mais os africanos e muçulmanos que os caucasianos, o que é curioso e merece bem outro tópico) e dar-lhes o direito a voto para aumentar o poder. Mas então eliminar os mais desfavorecidos não é também destruir a alegada base de poder "progressista"?

Direi que a mentalidade de certos "progressistas" geralmente "caviar", assenta num sentimento de culpa devido a confortos imerecidos, a uma existência que não exprimentou o esforço, e muito tempo de ócio teve para se dedicar a conceitos violentos " revolucionários" que os fizessem sentir vivos e os retirassem do torpor dos seus ambientes superprotegidos. E é essa gente que se julga uma elite, que se julga moralmente superior, já que não se regem, não estão limitados pelas convenções que restingem os "mortais".
Porém, quando a vida prega rasteiras a essa gente, cedo se apercebem que os valores apurados pelos séculos defendem a vida, do próprio e da sociedade.

Já agora, conhecerá o P44, Antoni Gaudí?
Título:
Enviado por: antoninho em Janeiro 11, 2007, 06:07:24 pm
Por este andar o 3º reich ainda vai ser um autentico prima dona ao pé de certas mentes progressistas ( estou falando da eutanásia ok)
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 11, 2007, 09:13:57 pm
O Nazismo, o Fascismo e o Comunismo são irmãos desavindos, por aquilo que ao longo dos tempos me tenho vindo a aperceber.

Associar o Nazismo à "Direita" não é correcto. Todos eles, na sua base teórica se dizem inimigos do capitalismo e não só, como sabemos.
Há muitas nuances que, de facto, ajudam a separar o trigo do joio. Mas isso deixo para o Papatango, a quem não faltam bases teóricas, verbo, paciência e algum tempo - aquele que ele usa enquanto não está a zurzir nos espanhóis. :mrgreen:

Entretanto...

http://criticomusical.blogspot.com/2007 ... risia.html (http://criticomusical.blogspot.com/2007/01/hipocrisia.html)

Hipocrisia: é dizer que se concorda com o aborto liberalizado para defender os pobres.

Hipocrisia: é liberalizar o aborto para permitir a quem tem meios abortar de forma indiscriminada deixando os desgraçados na mesma.

Mas será que ninguém percebeu que vão ser estes que continuarão a abortar de forma mortal, em condições degradantes, porque não terão dinheiro para pagar os abortos nas clínicas privadas. Ou será que o Estado vai comparticipar o aborto liberalizado e a pedido no Serviço Nacional de Saúde? Passando os casos de aborto a pedido à frente nas listas de espera?

Será ético, ou mesmo possível, um caso de aborto a pedido e sem razões ponderosas objectivas (saúde da mãe, do feto, violação,...) passar à frente numa lista de espera do SNS onde figuram casos gravíssimos que esperam eternidades? Um aborto até às dez semanas não é adiável...

Como disse D. Duarte, e desta vez muito bem: O Estado em vez de liberalizar o aborto deveria apoiar e ajudar os mais desfavorecidos a ultrapassar a sua situação.
Título:
Enviado por: Yosy em Janeiro 12, 2007, 02:25:14 pm
Que grande exagero. Os partidários do "não" agarram-se sempre as essas teses de que é a "cultura da morte" blá, blá, blá - a cultura da morte é agora, quando uma mulher vai fazer um aborto clandestino e acaba por morrer ela também.

Há, e a história da matar uma vida - por amor de Deus, vocês andam a "matar vidas" sempre que vão na rua e pisam os insectos debaixo dos vossos pés.
Título:
Enviado por: Doctor Z em Janeiro 12, 2007, 02:39:41 pm
Citação de: "Yosy"
Há, e a história da matar uma vida - por amor de Deus, vocês andam a "matar vidas" sempre que vão na rua e pisam os insectos debaixo dos vossos pés.


Yosy, apesar de não concordar contigo, respeito a tua opinião, mas será que
não há diferenças entre matar um insecto e um feto ? :P )
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 12, 2007, 04:58:53 pm
Citação de: "Yosy"
Que grande exagero. Os partidários do "não" agarram-se sempre as essas teses de que é a "cultura da morte" blá, blá, blá - a cultura da morte é agora, quando uma mulher vai fazer um aborto clandestino e acaba por morrer ela também.

Há, e a história da matar uma vida - por amor de Deus, vocês andam a "matar vidas" sempre que vão na rua e pisam os insectos debaixo dos vossos pés.


Yosy, que argumento PARVO!
Mas julga que está a falar com quem?
Título:
Enviado por: Marauder em Janeiro 12, 2007, 07:06:56 pm
A juntar aquele comentário de que os defensores do não aparentemente provém de classes abastadas...

Muito falam os defensores de que as pessoas que não tem condições para criar a criança não devem seguir o aborto, mas devem ser apoiadas para permitir condições à dita criança. O curioso é que, falam falam falam...mas somente quem vive essa situação é que sabe como é.

Filosoficamente, o feto/embrião é um projecto de ser humano (a fronteira não é clara). A própria definição de a partir de quando deve ser considerado um ser humano, com personalidade, é muito discutida e pouco definida actualmente. Terminar a vida num ser multi-celular não é bem a mesma coisa que matar uma pessoa. É claro que estamos a falar de uma "futura" pessoa, mas durante esses momentos de gestação tal não pode ser assim classificada.

São conflitos de ideias interessantes..
Título:
Enviado por: Miguel em Janeiro 12, 2007, 07:29:59 pm
Citação de: "Luso"
Citação de: "Yosy"
Que grande exagero. Os partidários do "não" agarram-se sempre as essas teses de que é a "cultura da morte" blá, blá, blá - a cultura da morte é agora, quando uma mulher vai fazer um aborto clandestino e acaba por morrer ela também.

Há, e a história da matar uma vida - por amor de Deus, vocês andam a "matar vidas" sempre que vão na rua e pisam os insectos debaixo dos vossos pés.

Yosy, que argumento PARVO!
Mas julga que está a falar com quem?


Luso por favor um pouco menos de agressividade.

Yosy é um participante muito antigo neste forum, e entre nos devemos ter um minimo de cortesia.

Obrigado
Título:
Enviado por: komet em Janeiro 12, 2007, 07:59:29 pm
Sem querer definir muito a minha opinião, mas no seguimento das analogias... masturbação deverá ser banida? Todos os espermatezóides viáveis, são, afinal de contas, potenciais geradores de vida humana...
Título:
Enviado por: Yosy em Janeiro 12, 2007, 09:17:54 pm
Citação de: "Luso"
Citação de: "Yosy"
Que grande exagero. Os partidários do "não" agarram-se sempre as essas teses de que é a "cultura da morte" blá, blá, blá - a cultura da morte é agora, quando uma mulher vai fazer um aborto clandestino e acaba por morrer ela também.

Há, e a história da matar uma vida - por amor de Deus, vocês andam a "matar vidas" sempre que vão na rua e pisam os insectos debaixo dos vossos pés.

Yosy, que argumento PARVO!
Mas julga que está a falar com quem?


A falar consigo e com os outros participantes. Há problemas?

Nas primeiras 10 semanas o embrião ainda nem chegou ao estado de feto. Considero que estamos muito longe de estarmos a matar uma vida humana.
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 12, 2007, 09:26:28 pm
Citação de: "Yosy"
A falar consigo e com os outros participantes. Há problemas?


Há problemas!
Há problemas quando o argumento é tão básico quando se compara a um feto humano a um insecto que se pisa na estrada!
Claro que há problemas!

Seja a favor do "sim" ou do "não" ou do "talvez" que isso é consigo. Mas não nos chame de tolos.
Título:
Enviado por: Yosy em Janeiro 12, 2007, 09:32:23 pm
Citação de: "Luso"
Citação de: "Yosy"
A falar consigo e com os outros participantes. Há problemas?

Há problemas!
Há problemas quando o argumento é tão básico quando se compara a um feto humano a um insecto que se pisa na estrada!
Claro que há problemas!

Seja a favor do "sim" ou do "não" ou do "talvez" que isso é consigo. Mas não nos chame de tolos.


O aborto afecta o EMBRIÃO. Até ás 10 semanas ainda não é considerado FETO.

Todos passamos por esse estado, bem sei, mas um embrião é pouco mais que um conjunto de células.

Não chamei ninguém de tolo, nem me dirigi a ninguém em particular. Lamento ter que ter dito um argumento assim tão básico, mas parece que nem todos podemos ser tão iluminados com você.
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Janeiro 13, 2007, 12:22:04 pm
Citar
10 semanas – O embrião atinge quatro centímetros e muda de nome: agora é feto. Todas as suas estruturas já estão formadas. Se for do sexo feminino, já possui até os ovários com seu suprimento de óvulos para toda vida. Nas próximas semanas, este novo ser só terá o trabalho de crescer. A mãe não percebe seus movimentos, mas, lá dentro, ele treina o abrir e fechar a boca e as mãos – os dedinhos ainda são ligados por uma membrana, como pés de pato, mas é capaz de dobrá-los, uma brincadeira divertida no aconchego do útero.


10 Semanas

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.gineco.com.br%2Fimages%2F10sem.jpg&hash=930fb53e107b72633ec794f47dfae088)
Título:
Enviado por: Artic Fusion em Janeiro 13, 2007, 02:22:14 pm
Citação de: "Luso"
Citação de: "Yosy"
Que grande exagero. Os partidários do "não" agarram-se sempre as essas teses de que é a "cultura da morte" blá, blá, blá - a cultura da morte é agora, quando uma mulher vai fazer um aborto clandestino e acaba por morrer ela também.

Há, e a história da matar uma vida - por amor de Deus, vocês andam a "matar vidas" sempre que vão na rua e pisam os insectos debaixo dos vossos pés.

Yosy, que argumento PARVO!
Mas julga que está a falar com quem?


Sinceramente tenho de concordar com o sr.Luso. Comparar a vida de um insecto á de um ser humano é no minimo....desumano?
Título:
Enviado por: Yosy em Janeiro 13, 2007, 04:44:48 pm
Citação de: "Artic Fusion"
Citação de: "Luso"
Citação de: "Yosy"
Que grande exagero. Os partidários do "não" agarram-se sempre as essas teses de que é a "cultura da morte" blá, blá, blá - a cultura da morte é agora, quando uma mulher vai fazer um aborto clandestino e acaba por morrer ela também.

Há, e a história da matar uma vida - por amor de Deus, vocês andam a "matar vidas" sempre que vão na rua e pisam os insectos debaixo dos vossos pés.

Yosy, que argumento PARVO!
Mas julga que está a falar com quem?

Sinceramente tenho de concordar com o sr.Luso. Comparar a vida de um insecto á de um ser humano é no minimo....desumano?


Não era minha intenção comparar um humano a um insecto, era só para criticar o discurso de "matar vidas".

Nas 10 semanas, o limite da despenalização, é quando COMEÇA a fase fetal - e para mim o ser vivo está muito longe de ser considerado um ser humano - é um ser completamente animal, sem qualquer tipo de consciência humana.
Título:
Enviado por: Miguel em Janeiro 13, 2007, 08:15:34 pm
Eu sou moderno c34x

Sou a favor da despenelizaçao das drogas leves (alias menos perigosas que o alcoolismo puro..)

Nao tenho nada contra os casais de ambos os sexos

E prefiro a legalizaçao do aborto

Creio que devemos aceitar as mudanças sociais humanas.

Um exemplo para os mais velhos: o que diziam os velhotes dos anos 50 ao ver as raparigas de hoje?? diziam logo que desvergonhadas etc...blabla...

E o casamento sem virginidade!! ai Xesus que vergonha!!!

Devemos evoluir. Em permanencia.

Minha visao, mas posso estar errado.
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 13, 2007, 08:44:55 pm
Citar
Eu sou moderno :wink:

Citar
Sou a favor da despenelizaçao das drogas leves (alias menos perigosas que o alcoolismo puro..)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.clicksmilies.com%2Fs0105%2Fspezial%2FFool%2Fkos.gif&hash=40d08c2252a7b5268dd5996894d0f393)

Citar
Devemos evoluir. Em permanencia.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fupload.wikimedia.org%2Fwikipedia%2Fcommons%2F3%2F31%2FLeon_trotsky.jpg&hash=e150d2886bf2a4775499b17f5af1a2d2)

- Ganda Miguel, oube lá!
 :wink:
Título:
Enviado por: fgomes em Janeiro 13, 2007, 10:02:41 pm
Citação de: "Yosy"
Citação de: "Artic Fusion"
Citação de: "Luso"
Citação de: "Yosy"
Que grande exagero. Os partidários do "não" agarram-se sempre as essas teses de que é a "cultura da morte" blá, blá, blá - a cultura da morte é agora, quando uma mulher vai fazer um aborto clandestino e acaba por morrer ela também.

Há, e a história da matar uma vida - por amor de Deus, vocês andam a "matar vidas" sempre que vão na rua e pisam os insectos debaixo dos vossos pés.

Yosy, que argumento PARVO!
Mas julga que está a falar com quem?

Sinceramente tenho de concordar com o sr.Luso. Comparar a vida de um insecto á de um ser humano é no minimo....desumano?

Não era minha intenção comparar um humano a um insecto, era só para criticar o discurso de "matar vidas".

Nas 10 semanas, o limite da despenalização, é quando COMEÇA a fase fetal - e para mim o ser vivo está muito longe de ser considerado um ser humano - é um ser completamente animal, sem qualquer tipo de consciência humana.


Então às 10 semanas dá-se um "click" e começa a vida humana? Antes é vida animal?
Estamos a ter a discussão errada à hora errada. Devíamos era estar a discutir como aumentar a natalidade e não como diminuí-la ainda mais comprometendo a sobrevivência da nossa sociedade a médio prazo.
Título:
Enviado por: Marauder em Janeiro 13, 2007, 11:43:53 pm
Citação de: "fgomes"
Então às 10 semanas dá-se um "click" e começa a vida humana? Antes é vida animal?
Estamos a ter a discussão errada à hora errada. Devíamos era estar a discutir como aumentar a natalidade e não como diminuí-la ainda mais comprometendo a sobrevivência da nossa sociedade a médio prazo.


Mas tem que se fazer uma distinção clara...senão chegamos ao cumulo da Igreja católica, Masturbação é um pecado...sim...estamos a dar cabo de 50% de futuras vidas ...mas para gozar com isso já temos os Monty Phyton.

Quanto a esse segundo argumento, com todo o respeito fgomes, mas é dos argumentos mais desapropriados que já ouvi falar. É um problema da sociedade sim..a baixa natalidade, mas ..tal como o aborto não vai levar a um cataclismo ( de certa maneira é um argumento arranjado à pressa somente para bater o pé e dizer não), não é a lei actual que vai combater essa falta de natalidade. você aponta para um problema, mas refere algo em lugar errado hora errada. Arranjar países em que o aborto seja possivel e haja taxa de crescimento positivo é fácil desde que não se olhe apenas para a Europa.

Aliás..isto assim seria uma politiquise americana...para resolver 1 problema cria-se outro...
Título:
Enviado por: Bravo Two Zero em Janeiro 14, 2007, 12:01:27 am
Satisfaçam-me a curiosidade:

 :arrow: e quanto à reintrodução da penal capital ?
Alguém já muda de opinião............
Título:
Enviado por: komet em Janeiro 14, 2007, 12:39:52 am
Sou a favor da eutanásia para certos casos.

Quanto à pena de morte sou contra. Não por esta ser cruel, muito pelo contrário, apenas porque há penas pior que a morte, porque a morte não é castigo suficiente para certas pessoas.
Título:
Enviado por: Yosy em Janeiro 14, 2007, 01:35:06 am
Também sou a favor da eutanásia, e absolutamente contra a pena de morte.

E sou contra a despenalização das drogas leves - parte do gozo de pessoal que as consome é precisamente por serem ilegais.
Título:
Enviado por: typhonman em Janeiro 14, 2007, 02:32:30 am
Nao se preocupe que se forem legais vao continuar a consumir..Eu sou contra e sempre serei..Muitos dos acidentes que se dão na estrada para alem do alcool tambem sao devido as "drogas leves"...
Título:
Enviado por: Yosy em Janeiro 14, 2007, 03:44:42 pm
O problema é que, sendo legais, poderá dar-se o facto de quererem ir para drogas mais duras.

Acreditem, se ilegalizassem a vitamina C, haveria pessoal a consumi-la.
Título:
Enviado por: fgomes em Janeiro 14, 2007, 04:20:22 pm
Citar
Mas tem que se fazer uma distinção clara...senão chegamos ao cumulo da Igreja católica, Masturbação é um pecado...sim...estamos a dar cabo de 50% de futuras vidas ...mas para gozar com isso já temos os Monty Phyton.


Quando se combinam 2 células sexuais, uma feminina e outra masculina dá-se origem a um novo indivíduo com uma combinação de genes única, ficando logo definidas muitas das suas características físicas, psicológicas que em combinação com o ambiente e cultura darão origem a um ser humano, num percurso contínuo que só terminará com a morte. Ninguém sabe portanto quando é começa a vida, se às 10 horas, às 10 semanas ou aos 6 meses de gravidez, pelo que na minha opinião é abusivo alguém por via legislativa querer definir algo que a ciência não conseguiu saber rigorosamente.
Título:
Enviado por: Marauder em Janeiro 14, 2007, 04:58:01 pm
Citação de: "fgomes"
Citar
Mas tem que se fazer uma distinção clara...senão chegamos ao cumulo da Igreja católica, Masturbação é um pecado...sim...estamos a dar cabo de 50% de futuras vidas ...mas para gozar com isso já temos os Monty Phyton.

Quando se combinam 2 células sexuais, uma feminina e outra masculina dá-se origem a um novo indivíduo com uma combinação de genes única, ficando logo definidas muitas das suas características físicas, psicológicas que em combinação com o ambiente e cultura darão origem a um ser humano, num percurso contínuo que só terminará com a morte. Ninguém sabe portanto quando é começa a vida, se às 10 horas, às 10 semanas ou aos 6 meses de gravidez, pelo que na minha opinião é abusivo alguém por via legislativa querer definir algo que a ciência não conseguiu saber rigorosamente.


Sim, o embrião ou óvulo fecundado (ou qualquer que seja a correcta definição) contém informação genética de ambos os progenitores, mas isso quer dizer que é automaticamente uma vida?

É sem dúvida um projecto de vida, uma muito provável futura pessoa..mas ainda falta imenso até ser considerada 1 pessoa.

da mesma forma como eu não me sinto culpado por ter dentro de mim 500mil partes de futuras vidas que não serão usadas e as mulheres 500  (falar muito por alto), não percebo porque é que existem pessoas que querem obrigar outras a terem filhos quando: não tem condições financeiras, psicológicas para tal.

Vai um caso pessoal que eu conheço, uma rapariga de 16 ou 17 anos que engravidou de um rapaz da mesma idade, não programado. A mãe do rapaz obrigou a que ela tivesse de facto a criança. Vidas estragadas.....quando secalhar um aborto de um projecto de vida, e duas futuras crianças noutra altura teria sido muito melhor.

E casos como este existem aos chutos e pontapés.

E tanta coisa que depois salta para a discussão, crianças indesejadas que são abandonadas ou dadas para adopção...penso que não é preciso falar da falta de amor e adversidades por que estas passam...

E aí as pessoas e a igreja dizem, é uma vida.....

É uma futura vida sem mente...que não é nada ainda. Será que custa tanto terminar um projecto assim, e poupar essa infeliz criatura de uma muito provável vida que não dá vontade de viver?
E talvez essa criatura poderá "nascer mais tarde" em situações condignas.

É fácil falar quando não se passa pelas situações. Quando não se vê a GNR no Alentejo à procura da mulher Y ou X porque parece que ela teve um aborto (há algum tempo atrás..)...
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 14, 2007, 06:51:07 pm
Citação de: "Marauder"
Vai um caso pessoal que eu conheço, uma rapariga de 16 ou 17 anos que engravidou de um rapaz da mesma idade, não programado. A mãe do rapaz obrigou a que ela tivesse de facto a criança. Vidas estragadas.....quando secalhar um aborto de um projecto de vida, e duas futuras crianças noutra altura teria sido muito melhor.

E casos como este existem aos chutos e pontapés.

E tanta coisa que depois salta para a discussão, crianças indesejadas que são abandonadas ou dadas para adopção...penso que não é preciso falar da falta de amor e adversidades por que estas passam...


E a despenalização (liberalização) vai servir para remediar actos não "programados"?
Se esses "jovens" têm maturidade para iniciar a sua vida sexual, não a têm para assumir os seus actos?
Quem não os quer ter (filhos) tem bom remédio, não os faça.
E isto aplicasse tanto aos menores, mas principalmente aos adultos ( maiores de 18 anos).
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 14, 2007, 06:54:14 pm
Vejo que há três correntes:

- A dos que não ligam nenhuma;
- A dos que argumentam "sim" e "não" por questões políticas e que se dane o puto;
- Os que se preocupam com a demografia e com a qualidade de vida.

Eu sou da terceira corrente: não há justificação para abortar (a não ser nos caos já previstos na Lei): há contraceptivos para ele e para ela. Não há justificação a menos que seja por burrice e estupidez patológica ou má fé (dela) para agarrar o "home". Tem que haver responsabilidade.
A esmagadora maioria dos membros  :wink: deste fórum é masculina: não me digam que não controlam os vossos impulsos?
Isto é que é liberdade! Mas liberdade a sério, não libertinagem, como querem os "progressistas" para os quais o êxtase tudo vale (seja sexual seja intelectual). E depois que se intelectualize uma apologia qualquer que legitime o acto.
Título:
Enviado por: komet em Janeiro 14, 2007, 07:01:52 pm
Já que fala no "puto", em caso de violação ou deficiência no feto, há discriminação porque? Uma criança que nascerá com uma deficiência não tem direito a viver? Seremos selectivos ao ponto de escolher quem morre e vive ao estilo nazi? No caso de violação, a criança tem culpa  que o pai seja uma besta?
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 14, 2007, 07:13:15 pm
Citação de: "komet"
Já que fala no "puto", em caso de violação ou deficiência no feto, há discriminação porque? Uma criança que nascerá com uma deficiência não tem direito a viver? Seremos selectivos ao ponto de escolher quem morre e vive ao estilo nazi? No caso de violação, a criança tem culpa  que o pai seja uma besta?


Não, não tem e é uma boa questão a que coloca. Há países em que essa possibilidade é... impossível legalmente.

Uma coisa é uma irresponsabilidade de dois adultos andarem a brincar com o fogo;
Outra coisa é a consequência de um crime. Não há livre arbítrio para não falar dos problemas familiares que isso acarreta para a mãe, criança e família.
Mas tirando essas nuances é sempre o puto que paga, é verdade.

Nessa excepção - a violação - tolero o aborto (mas isso sou eu).

Mas não utilizemos as excepções - nem as minorias - para legislar contra o geral - ou a maioria.
Título:
Enviado por: Miguel em Janeiro 14, 2007, 07:20:49 pm
Citar
Nessa excepção - a violação - tolero o aborto (mas isso sou eu).



Obrigado Luso, e uma das minhas principais razoes pelo qual sou a favor do aborto, porque existe muitas mulheres que por vergonha nao dizem que forem violadas etc..
e depois vao o fazer clandestinamente e acontece graves coisas..
Título:
Enviado por: 3520 em Janeiro 14, 2007, 08:26:13 pm
Voto Sim.
Título:
Enviado por: Miguel em Janeiro 14, 2007, 08:45:53 pm
Esqueci-me ....

Sou a favor da despenalizaçao total da prostituiçao, e legalizaçao de casas para esse efeito como na Hollanda.

 c34x
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 14, 2007, 08:58:12 pm
Citação de: "Miguel"
Esqueci-me ....

Sou a favor da despenilizaçao total da prostituiçao, e legalizaçao de casas para esse efeito como na Hollanda.

 :shock:  :shock:

O Miguel quer castrar os "moços modernos"?
E quem faria isso?
O Serviço Nacional de Saúde? :shock:
E as listas de espera?

"Sr. Doutor, venho aqui para ser despenilizado. Aceita ADSE?"
Título:
Enviado por: Miguel em Janeiro 14, 2007, 09:05:31 pm
enganei me no teclado c34x
Título:
Enviado por: Marauder em Janeiro 15, 2007, 12:00:53 am
Citação de: "ricardonunes"

E a despenalização (liberalização) vai servir para remediar actos não "programados"?
Se esses "jovens" têm maturidade para iniciar a sua vida sexual, não a têm para assumir os seus actos?
Quem não os quer ter (filhos) tem bom remédio, não os faça.
E isto aplicasse tanto aos menores, mas principalmente aos adultos ( maiores de 18 anos).


O mal é que muitos não tem essa maturidade e nem sabem no que se estão a meter...e são 3 vidas que se estragam..

De qualquer das formas, a malta do "não" fala como se, caso o aborto fosse legalizado, seria a 7ª maravilha na Terra para as mulheres. As mulheres não fazem aborto de animo leve, e regra geral somente em casos muito extremos é que o fazem.

A diferença é que quem já ia fazer um aborto de uma forma ou de outra assim já não é marginalizada e já o pode fazer sem correr tantos riscos ( sim..porque os abortos são perigosos, não é como ir à loja da esquina comprar tabaco!)

Em Espanha houve no ano passado 90mil abortos, e é considerado um dos países com menos abortos. Em França penso que é 200mil.
São estes miudos que iriam resolver a nossa situação demográfica? Miudos que secalhar teriam uma vida estilo Cova da Moura ou pior?

Eu digo que seja a mulher a fazer a decisão, que depois todos ajustam contas com o criador lol
Título:
Enviado por: komet em Janeiro 15, 2007, 12:49:15 am
Penso q o resultado desta votação vai reflectir muito bem o resultado do referendo...
Título:
Enviado por: Yosy em Janeiro 16, 2007, 12:33:26 am
Citação de: "Miguel"
Esqueci-me ....

Sou a favor da despenalizaçao total da prostituiçao, e legalizaçao de casas para esse efeito como na Hollanda.

 :P
Título:
Enviado por: Pantera em Janeiro 16, 2007, 06:53:52 pm
Citação de: "Yosy"
Citação de: "Miguel"
Esqueci-me ....

Sou a favor da despenalizaçao total da prostituiçao, e legalizaçao de casas para esse efeito como na Hollanda.

 :P


eu aí também sou a favor.... :P
Título:
Enviado por: Viriatuga em Janeiro 16, 2007, 07:21:54 pm
Citação de: "Pantera"
Citação de: "Yosy"
Citação de: "Miguel"
Esqueci-me ....

Sou a favor da despenalizaçao total da prostituiçao, e legalizaçao de casas para esse efeito como na Hollanda.

 :P

eu aí também sou a favor.... :P

tambem sou a favor mas so se fizerem casas para isso ,porque a prostituiçao sempre hove e sempre havera e assim ao menos haveria um meio para que as prostitutas (e os seus "clientes") se protegessem melhor das doenças
Título:
Enviado por: RedWarrior em Janeiro 18, 2007, 12:10:27 am
Há pessoas que ainda não aprenderam aquilo que Ceausescu aprendeu da pior maneira.
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 18, 2007, 12:15:55 am
Citação de: "RedWarrior"
Há pessoas que ainda não aprenderam aquilo que Ceausescu aprendeu da pior maneira.


De facto!  :twisted:
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 18, 2007, 12:17:07 am
Afinal o Red está vivo :wink:
Não percebo onde quer chegar com a sua intervenção quando cita o Ceausescu (http://http).
Título:
Enviado por: Marauder em Janeiro 18, 2007, 12:19:37 am
Citação de: "ricardonunes"
Afinal o Red está vivo :wink:
Não percebo onde quer chegar com a sua intervenção quando cita o Ceausescu (http://http).


No outro dia deu um bom documentário a explicar a "doença" de Ceausescu..

Ide e multiplicai-vos...era o seu sonho...encher o mundo de romenos lol...completamente contra o aborto...as mulheres romenas desse tempo é que sabem...
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 18, 2007, 12:20:03 am
Citação de: "ricardonunes"
Afinal o Red está vivo :mrgreen:  :wink:
Título:
Enviado por: Paisano em Janeiro 18, 2007, 12:27:42 am
Não!!! :?
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 18, 2007, 12:28:29 am
http://doportugalprofundo.blogspot.com/ (http://doportugalprofundo.blogspot.com/)

Citar
Interpretação do estudo da APF sobre o aborto

A Gisela Nunes do novo blogue Sim Esclarecido indica neste post algumas conclusões do "Estudo-Base sobre as Práticas do Aborto em Portugal", realizado entre Outubro de Dezembro de 2006, pela Consulmark por encomenda da Associação para o Planeamento da Família (APF) o qual, em minha opinião, deveria suscitar uma mudança das posições mais demagógicas sobre o aborto, descompensadas até da argumentação tradicional do aborto na linha da tese de licenciatura de Álvaro Cunhal (O Aborto - Causas e soluções, 1940).

O post levou-me ao estudo da APF (2000 mulheres dos 18 aos 49 anos, residentes em Portugal, questionadas através de entrevista pessoal em Outubro e Novembro de 2006; num inquérito com um intervalo de confiança de 95% e uma margem de erro de 2,2%).

Alguns factos e números referidos no estudo da APF:

Mulheres dos 18 e os 49 anos que afirmaram já ter abortado: 14,5% (daí a conclusão da APF de 346 000 a 363 000 mulheres já terem feito aborto)
o primeiro aborto é realizado:
- dos 13-16 anos por 3,8%;
- dos 17-20 anos por 30%;
- dos 21-24 anos para 20,6%;
- dos 25-34 anos por 35,6%;
- e dos 35-46 por 10%.
Das mulheres de 18 aos 49 anos que responderam ter abortado fizeram-no apenas uma vez: 82,8%
Das mulheres (18-49 anos) que abortaram responderam tê-lo feito até às 10 semanas de gravidez: 72,7% (e 24,9% depois das 10 semanas).
Das mulheres (18-49 anos) que abortaram qual o motivo da gravidez:
- não usavam qualquer método contraceptivo 46,1%;
- o método contraceptivo falhou em 20,8%;
- "descuido («enganou-se nas contas»)" para 15%.
Das mulheres (18-49 anos) que abortaram qual o motivo apresentado para o aborto:
- por ser muito jovem 17,8%;
- por não desejar ter filhos 13,2%;
- pelo marido/companheiro ter rejeitado a gravidez 9,4%;
- instabilidade conjugal 9,1%;
- por pressões familiares 8%;
- por já não ter idade para ter filhos 3,2%;
- por as condições económicas não o permitirem 14,1%;
- por ter tido um filho há pouco tempo 10,2%;
- por problemas de saúde 4,2%;
- por malformação do feto 3,3%;
- e por outros motivos 8,1%.
A decisão de abortar só não foi difícil para 12,6% das mulheres que abortaram.
A decisão de abortar é tomada solitariamente por 22,5% das mulheres (e só 43,8% com o marido ou companheiro)
O método abortivo utilizado no primeiro aborto foi:
- comprimidos 25%;
- raspagem em 35%;
- aspiração em 23%.
O local do aborto cirúrgico (excluem-se os comprimidos) foi:
- numa casa particular 39,4%;
- clínica privada 32,2%;
- consultório médico 18,2%
- hospital público 6,9%
- em casa 1,3%.
O local de realização do aborto cirúrgico numa escala de 1 a 4 (1 muito negativo, 4 muito positivo) é classificado em:
- higiene 3,44;
- privacidade 3,39;
- conforto 3,29;
- localização 3,22
- acolhimento 3,31.
O país da realização do aborto foi... Portugal em 85,7% dos casos e apenas 14,3% a Espanha.
No aborto cirúrgico 87,5% das mulheres foram anestesiadas.
O aborto cirúrgico foi realizado por:
- médicos(as) 45%;
- parteiras 30,6%;
- enfermeiros(as) 13%
Além de hemorragias, febre alta, infecção e outro problemas, 43,6% das mulheres que abortaram referem problemas emocionais após o aborto.
A "contracepção de emergência" (sic) - eufemismo para pílula do dia seguinte? - já foi usada por 14,4% das mulheres.
No que respeita à posição das mulheres dos 18 aos 49 anos sobre um referendo da despenalização do aborto (a pergunta do referendo não foi apresentada):
- vai votar SIM à despenalização 56,5%;
- vai votar NÃO à despenalização 22,4%;
- não vai votar 21,1%
o estudo refere ainda que no último ano fizeram-se em Portugal entre 17260 e 18000 abortos (o estudo na versão disponibilizada e aqui seguida, "apresentação dos principais resultados", não indica como se chegou a este número)
Em rigor, descontado o intervalo de confiança e a margem de erro, consideram-se as respostas apresentadas, ainda que a resposta possa ficar aquém ou além da realidade pessoal, num assunto tão melindroso e de alto envolvimento como é o do aborto.

Todavia, se não é legítimo considerar a impropriedade do questionário - pesem embora alguns erros de enviesamento, a começar pela escolha da expressão "interrupção voluntária da gravidez" sem a correspondente expressão do "aborto" ou a ostensiva inexistência da questão do financiamento do aborto, e desequilíbrio das perguntas, ou falta de clareza como é o caso da "contracepção de emergência" -, da recolha da informação, do tratamento dos dados e sua análise, senão em face de evidência contrária, o mesmo não se pode dizer da provável encomenda e posterior interpretação do estudo. O estudo cruza sistematicamente os resultados com a variável religião e prática religiosa (sem distinguir religiões), não o fazendo com ideologia política ou até preferência partidária, já sem mencionar a militância política. Nesta dicotomia sistemática - religião ou não - se percebe a definição estratégica do combate: reduzir os adversários da despenalização do aborto aos praticantes religiosos.

Ao contrário da liberalização do aborto, o que o estudo da APF sugere é a necessidade de melhoria do planeamento familiar, especialmente dos segmentos etários mais jovens, a necessidade de apoio do companheiro ou marido e da família, a ajuda à maternidade e mudança das leis laborais para acomodar os contratos e as carreiras com a maternidade e o apoio à guarda dos filhos (em vez das creches de custos exorbitantes e a quase-abstenção do Estado nas cidades).

Segundo o estudo, numa interpretação que as condições de vida conhecidas também reflectem, hoje, em Portugal, o aborto não tem uma causa económica dominante, mas "social": o estudo diz expressamente que "a maioria dos motivos que levou ao aborto é de carácter social". Por isso, é demagógico apresentar como paradigma o caso da mulher pobre, que decide abortar porque a família não tem dinheiro para criar mais um filho, para lhe dar de comida, o vestir e educar, ou a caricatura ainda mais extrema da realidade no caso da empregada doméstica enganada pelo patrão.

O estudo traz a novidade que contrasta com a argumentação económica clássica dos defensores da liberalização incondicional (agora dentro do prazo das 10 semanas) do maior peso relativo das mulheres mais jovens no aborto - nos oito anos que vão dos 17 aos 24 anos fazem-se mais abortos (as mulheres que abortaram só uma vez representam 82,8% do total das mulheres que abortaram) do que dos vinte e dois anos dos 25 aos 46 anos...

Menos surpreendente é a confirmação das consequências emocionais nefastas do aborto que se percebem também na grande dificuldade da decisão de abortar e da percentagem de mulheres que abortou apenas uma vez. Estes números têm tido o efeito positivo de moderar o delírio da emancipação da mulher pelo aborto que se pressentia no entusiasmo da coisificação do feto.

Outra novidade do estudo é o desmentido, através das respostas do próprio questionário da APF no que concerne ao local do aborto e suas condições, da validade do argumento do aborto-que-está-a-ser-realizado-no-vão-de-escada e que torna absolutamente necessária a alteração da lei. Mais ainda, quando 85,7% dos abortos foram realizados em Portugal.

O aborto surge, então, principamente como um recurso do deficiente planeamento familiar, da negligência de contraceptivos - nem sequer da falácia da one-night-stand. A gravidez indesejada surge no meio de um projecto de vida prejudicado, no impacto do choque, pela emergência de um filho: no meio de uma relação incerta, no meio da negação ou desinteresse do pai, no meio dos estudos, no meio do contrato precário ou da evolução na carreira, no meio da casa a que falta o quarto necessário, no meio do corpo que envelhece, no meio do cosmopolitismo que não integra a dádiva. É aí, entre o projecto da mãe/dos pais e o filho que vem que a decisão irreparável de escolha do projecto próprio sobre o Outro se marca.

Para os defensores do Não, o objectivo não é pôr na cadeia a rapariga que aborta porque não usou contraceptivos, a jovem mulher solteira que aborta porque não se preveniu ou a mulher adulta aborta por ter engravidado inesperadamente no intervalo da pílula - nem na verdade são condenadas, à parte um ou outro industrial de abortos mais tardios! Nem tão pouco hipocritamente despenalizar para evitar as indignações mediáticas dos defensores do aborto (tirando as excepções da lei actual), pois é um comportamento moralmente censurável.

O que não se pode consentir, por contrário à civilização do amor do Outro, que evolui do amor-próprio, é a legitimidade do aborto - fora das condições de malformação, saúde e violação. O aborto é um mal. A sociedade não pode admitir legalizar o mal, por causa da sua frequência ou do seu perigo.

Publicado por Antonio Balbino Caldeira em 1/17/2007 12:42:00 AM
Título:
Enviado por: Marauder em Janeiro 18, 2007, 12:44:22 am
Obrigado Luso pelos dados.....deixaram-me no mínimo apreensivo. Terei que analisar melhor , mas realmente não transmitem uma imagem muito abonatória para os abortos.
Título:
Enviado por: RedWarrior em Janeiro 18, 2007, 12:56:35 am
Como disse Marauder, não há pior doença do que pensar que se resolvem os problemas do mundo com gravideses indesejadas, ou dizer que é maior a inconsciência de interromper a sua gravidez a trazê-las ao mundo.
 Neste momento, é o Estado que decide o que é que pode ser indesejável ou não, nos 3 casos previstos pela lei. O que está aqui em causa não é a ética do aborto, o Estado já permite que se matem fetos desde que estes provenham de uma violação. O que está aqui em causa é a despenalização da IVG para todos os outros casos.
 Aqueles que defendem que a gravidez indesejada deve ir até ao fim, não estão a zelar pela felicidade da criança, pois não lhe garantem que ela é desejada pelos seus progenitores num ambiente de estabilidade conjugal, emocional e económica.  E é isso que cabe aos pais (agora aqui o pequeno defeito do referento, que exclue o pai da decisão) decidir.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fphotos1.blogger.com%2Fx%2Fblogger%2F2458%2F214%2F1600%2F594325%2Faborto%255B1%255D.jpg&hash=8e1a268ff4fbf505d2c6650ae9988e23)
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 18, 2007, 06:39:39 pm
Continuando...
Longo, mas vale a pena...

http://aborto.aaldeia.net/abortoclandestino.htm (http://aborto.aaldeia.net/abortoclandestino.htm)

Citar
O argumento do aborto clandestino
 
Alega-se habitualmente que a despenalização do aborto é necessária para acabar com as mortes que o aborto clandestino provoca.
Sobre isto diga-se o seguinte:

1. Quando se faz uma lei deve-se ter em conta o que é justo, ou antes a conveniência dos que infringem a lei?
O governo espanhol deve proteger a vida de todas as pessoas, ou deveria ter autorizado a circular em veículos blindados aqueles jovens suicidas que entravam nas auto-estradas fora de mão, de forma a que eles pudessem matar as outras pessoas sem risco?
Quantos criminosos são mortos em tiroteio com a polícia? Será isso motivo para legalizar os seus crimes?
O governo italiano deve proteger a vida de todas as pessoas ou deve antes dar condições a certos grupos mafiosos para que estes, nos célebres ajustes de contas, possam matar os grupos rivais sem que a sua vida corra perigo?
Quantos reféns e mortos resultam de assaltos a bancos? Devemos legalizar o assalto a bancos?
Todas estas analogias podem ser invalidadas provando que o bebé antes de nascer (ou antes das 20 semanas, ou das 12, ou...) não é pessoa. Mas onde está a prova, se todas as tentativas que se fizeram nesse sentido (gradualismo, não se sabe, funcionalismo) não chegaram sequer a convencer os próprios defensores do aborto?!?
Além do mais a questão é muito simples: o aborto é aceitável ou não? Se o aborto é aceitável, a sua legalização resulta do facto de ele ser aceitável. Se o aborto é inaceitável, como podemos aceitá-lo?

2. O argumento do aborto clandestino baseia-se numa série de premissas que a seguir se discutem:

«O aborto só é perigoso quando é feito sem condições de higiene e por pessoal incompetente. Se o aborto fosse feito em hospitais e por pessoal competente, não haveria mortes.»

a) Esta premissa é completamente falsa! O aborto é um ataque medonho à saúde da mulher que aborta:
"Poucos riscos em obstetrícia são tão certos como aqueles a que a grávida se expõe quando aborta após a décima quarta semana de gravidez." (Cf. Duenhoelter & Grant, "Complications Following Prostaglandin F-2A Induced Midtrimester Abortion," Amer. Jour. OB/GYN, vol. 46, no. 3, Sept. 1975, pp. 247-250)
"Uma das razões que mais frequentemente levam as mulheres à urgência de ginecologia, são abortos feitos em clinicas de aborto legais." (Cf. L. Iffy, "Second Trimester Abortions," JAMA, vol. 249, no. 5, Feb. 4, 1983, p. 588.)
E quais são os problemas a que a mulher se sujeita quando aborta? Entre outros podem-se referir: 20% gravidez ectópica (numa gravidez "desejada" posterior), 8% infertilidade, 14% aborto expontâneo (numa gravidez "desejada" posterior), 5% parto prematuro (numa gravidez posterior), e muitas outras (como hemorragias, febres, coma e morte).
A coroar tudo isto, descobriu-se recentemente que uma mulher aborta hoje e morre daqui a dez anos com um cancro da mama que nunca teria. Só nos EUA morrem 10 000 mulheres [http://www.prolife.org/ultimate/feature.html] por ano com cancro provocado por um aborto. São dez mil mortes reais, dez mil dramas genuínos, que resultaram de uma lei que visava impedir as cinco mil mortes que os pró-aborto diziam resultar de abortos clandestinos, mas que mais tarde reconheceram ser um número forjado e sem nenhum fundamento. (É preciso recuar até aos tempos em que não havia penincilina, para se encontrar nos EUA mil mortes resultantes do aborto).
Por causa de cinco mil mortes inventadas por pessoas mentirosas e sem escrúpulos, morrem hoje dez mil mulheres com um cancro que nunca teriam; outras suicidam-se no dia em que o seu filho abortado deveria nascer, outras morrem durante o aborto, outras morrem na sequência de hemorragias e infecções; algumas mais morrem na sequência de uma gravidez ectópica não assistida, outras ainda ficam estéreis ou inférteis, e todas as que sobrevivem carregam amargamente um drama que se abate sobre marido, pais, família e amigos. Se para a saúde física o aborto é pavoroso, se do ponto de vista psicológico o aborto é medonho, do ponto de vista familiar e de relações sociais é um completo desastre!
b) Nos países que têm aborto legal há mais anos nota-se que o estigma que recai sobre os abortadores não diminui. Consequentemente, a médio prazo, só se dedicam ao aborto os médicos medíocres, sem grandes capacidades, aqueles que não conseguem mais nada... Pelo que acabamos muito perto do que se pretendia evitar: abortos feitos por incompetentes!
«As mulheres sofrem e morrem em abortos legais em parte porque o aborto é inerentemente perigoso, é um ataque violento, e em parte porque as pessoas que se dedicam a fazer abortos podem ser tão perigosos para a saúde das mulheres como alguns dos infames abortadores de vão-de-escada». (Cf. Aborted Women: Silent No More, David Reardon, Chicago, Loyola University Press, 1987.)

«Os abortos clandestinos são feitos sem condições de higiene e por pessoal incompetente»

a) Que dados fiáveis sobre a situação portuguesa existem? Concretamente: Quais são as qualificações académicas dos abortadores em Portugal? Quantos abortos clandestinos há? Quantos são feitos em caves fétidas? Será que a maioria dos abortadores clandestinos são funcionários de hospitais (médicos, enfermeiros, etc)? Ou será que só fazem abortos os mais rematados analfabetos porque todas as pessoas que percebem do assunto preferem ficar fora do negócio?! Quantos abortos são feitos por médicos competentes em clínicas e hospitais? Quantas mulheres chegam por dia às urgências dos hospitais com complicações resultantes de uma aborto clandestino? Já viu algum estudo que responda a tudo isto?
b) Alega-se a necessidade de despenalizar o aborto, pois todas as pessoas sabem que os abortos clandestinos são feitos por pessoal incompetente e sem condições sanitárias, mas ao mesmo tempo ninguém considera possível uma análise científica destas certezas porque, pela sua clandestinidade, ninguém sabe onde eles se fazem nem por quem! Ou seja, toda a gente sabe aquilo que ninguém consegue estudar!

«A despenalização do aborto acaba com o aborto clandestino»

a) Em 1984 legalizou-se -ou despenalizou-se- o aborto para acabar com o aborto clandestino. Acabou ou não? Se acabou, então não há aborto clandestino! Se não acabou, então está provado que a legalização não acaba com o aborto clandestino!
b) A legalização do aborto implica -só!!- que o aborto passa a ser legal! Não implica, ao contrário do que se pretende fazer crer, que todas as mulheres vão passar a recorrer ao aborto legal! Umas o farão mas outras nem tanto!
Todos os defensores do aborto estão convidados a apresentar um país -um único!- onde a legalização do aborto tenha acabado com o aborto clandestino. No caso de não conseguirem, expliquem-nos então porque invocam o aborto clandestino a seu favor.
c) E expliquem mais isto: nos países em que o aborto é proibido, as forças pró-aborto clamam contra as mortes causadas pelo aborto clandestino. Nos países onde o aborto é permitido até às 12 semanas, as forças pró-aborto clamam contra as mortes em abortos clandestinos depois das 12 semanas. Com argumentos destes, tendo sempre o cuidado de nunca verificar a veracidade das mortes alegadas, pode-se legalizar o aborto até aos nove meses! É isso que se pretende? Se é, porque o não dizem claramente? Se não é, como pensam parar o processo? Por acto de fé?
d) Se algumas mulheres morrerem na sequência do aborto do seu filho de 35 semanas, isso será motivo para legalizar o aborto até às 35 semanas? Porque é que a morte num aborto clandestino até às 12 semanas legitima a legalização do aborto até ás 12 semanas, e a morte na sequência de um aborto às 35 não legitima a legalização do aborto até às 35 semanas?
e) E já agora registe-se:
O aborto na Índia é legal há 25 anos e por cada aborto legal fazem-se dez clandestinos. Como se explica isto? Quem garante que não acontecerá o mesmo em Portugal?
Todos os estudos que se seguem provaram que, depois da legalização, o aborto clandestino não diminui de forma significativa:
(Inglaterra: Brit. Med. Jour., May 1970, 1972, e Lancet, Mar. 1968;
Japão: Asahi Jour., Oct. 16, 1966;
Hungria: International Jour. of OB/GYN, May 1971;
EUA: Amer. Jour. of Public Health, No. 1967. )
Quem nos garante que em Portugal será diferente?
f) Além do mais, este argumento supõe uma enorme simplificação sociológica... ou uma estratégia definida!...
Alguém no seu juízo perfeito acredita que uma rapariga da província vai abortar ao hospital da terra, quando sabe que o pai ou a prima ou a vizinha trabalham lá? Ou quando pode encontrar nos corredores do hospital dez ou vinte pessoas da sua aldeia? E para a rapariga se deslocar a duzentos ou trezentos quilómetros, para abortar sem perigo de ser reconhecida, é necessário que o aborto lhe seja feito sem demora; quer dizer, é preciso que o aborto esteja muito facilitado, livre e a pedido, pois não há condições -nem de tempo nem geográficas nem humanas- para apurar se se verificam os pressupostos de uma lei do aborto...
E se o resultado final que se pretende -e que já se prevê!- é o aborto livre, o aborto a pedido, porque não há a honestidade de o defender claramente? Porque insistem os pró-aborto em empurrar a lei, suavemente, calmamente, sem dor, como se todas as pessoas fossem ovelhas estúpidas arrastadas ao matadouro?

«Depois da despenalização só aborta legalmente quem abortaria clandestinamente».

a) Num estudo realizado nos EUA, 72% das mulheres interrogadas afirmaram categoricamente que se o aborto fosse ilegal nunca o teriam feito. As restantes exprimiram dúvidas sobre se o teriam feito ou não. Somente 4% das interrogadas afirmaram que teriam feito o aborto ainda que ele fosse ilegal. (Cf. Aborted Women: Silent No More, David Reardon, Chicago, Loyola University Press, 1987.)
b) Mostra a experiência dos outros países que, depois de legalizado ou despenalizado, os números do aborto disparam para valores nunca vistos.
Portanto, o deputado ao aprovar uma lei do aborto não está --como já se viu-- a votar o fim do aborto clandestino: está a votar a favor da morte de bebés que de outra forma viveriam! O deputado pode ignorar isso ou pode sabê-lo mas preferir silenciá-lo. A verdade, porém, é que o seu voto levou a que fossem torturadas até à morte crianças que de outra forma não morreriam. À volta de 72% das crianças que forem mortas ao abrigo da sua lei, não morreriam no caso de o seu voto ser distinto.

«A penalização do aborto não acaba com o aborto»

a) Pois não! E a penalização do roubo acabou com o roubo? E a penalização da violação acabou com as violações? Ou será que devemos legalizar a violação?
b) Estudos sobre a psicologia da moralidade revelam que a lei é, verdadeiramente, um guia. Uma das conclusões mais significativas desses estudos mostra que as leis que existem, junto com os costumes, são o critério mais importante quando se trata de decidir o que é certo ou errado. A maioria das pessoas olha para a lei como um guia moral. Neste momento a lei está a ensinar que o aborto é moral e presumivelmente uma solução eficaz para solucionar os problemas que decorrem duma gravidez indesejada. Como resultado estão a ser destruídas milhões de crianças, e um número igual de mulheres estão a ser violentadas física e emocionalmente, enquanto que a compaixão da sociedade por ambas está a ser erodida. (Cf. Aborted Women: Silent No More, David Reardon, Chicago, Loyola University Press, 1987.)
Título:
Enviado por: Marauder em Janeiro 18, 2007, 07:05:57 pm
Eu também posso meter textos que sejam pro-aborto meu caro Luso.

Mas eu faço mais do que isso, eu meto para os dois lados.

http://www.religioustolerance.org/abortion.htm (http://www.religioustolerance.org/abortion.htm)

Um exemplo rápido...isso da correlação entre o cancro da mama e o não ter feito aborto não é assim tão básico como pinta. Aliás, existem mesmo estudos a apontar o contrário. Basta só ir a este site e ir ver à secção da saúde e do cancro da mama, aonde fala de opiniões e estudos que favorecem ambos os lados.

Mas pode continuar a postar aquilo que lhe dê mais jeito, no entanto, caros colegas, existem "postas" para todos os gostos .

Para quem tiver tempo e queira ler algo mais sobre o aborto recomendo esse site. É em inglês :S
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 18, 2007, 07:09:30 pm
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Eu também posso meter textos que sejam pro-aborto meu caro Luso.


Oh meu caro Marauder, não sou eu que o vai impedir...
Título:
Enviado por: Dissident em Janeiro 21, 2007, 08:12:25 pm
A minha opinião sobre este assunto:

O que vai ser referendado não são interpretações sobre a natureza ou o momento do início da vida. A pergunta não é se o aborto é bom ou mau. O que vai ser referendado é se o aborto deve ser despenalizado ou não.

É preciso reconhecer claramente que o aborto existe, hoje, e em Portugal. Tal como existiu ontem e continuará a existir amanhã. A questão é saber em que condições se fará amanhã.

A situação que temos actualmente é:

- Quem não tem dinheiro sujeita-se às condições miseráveis do aborto clandestino nas parteiras, com as consequências a nível de saúde que muitas vezes daí surgem. Isto para além da possibilidade destas mulheres serem investigadas, julgadas e condenadas a pena de prisão até 3 anos por essa práctica. A penalização do aborto existe mesmo, não é um debate meramente teórico.

- Quem tem dinheiro vai a Espanha, a França, ao Reino Unido, etc “às compras” e paga para fazer um aborto com condições.

Penso que a situação actual é vergonhosamente hipócrita. Isto para além de eu achar que existe um falso moralismo sobre o assunto. Parece que no fundo as pessoas não se importam muito com a situação desde que continue como está: enevoada, dúbia, encoberta. Um jogo de sombras em que se finge não saber nada do que se passa, mesmo que a situação já tenha acontecido à família ou amigos. Ou seja, desde que não venha a lume, está tudo bem.

O aborto é sempre um último recurso. Acho que a sexualidade e os métodos contraceptivos devem ser abertamente discutidos e ensinados para que o sexo possa ser assumido com responsabilidade. Curiosamente, a maioria dos movimentos contra a legalização do aborto têm-se oposto e colocado barreiras neste campo.

Eu sou completamente contra a actual situação e por isso votarei sim no referendo da IVG.

Para finalizar deixo-vos o seguinte pensamento para reflexão: Se os homens pudessem engravidar, o aborto seria legal há séculos.
Título:
Enviado por: hellraiser em Janeiro 22, 2007, 08:06:50 am
Hoje em dia é permitido o aborto em casos excepcionais como malformações no feto, quando há perigo de vida para a mãe, em caso de violação entre outros. O que se pretende com este referendo não é assegurar os direitos da mulheres ou melhorar o nível de vida das crianças. O que se pretende é tornar o aborto num meio contraceptivo comercial. Em media uma gestação dura 9 meses, aqui pretende-se o direito às mães de indiscriminadamente abortarem ate aos 2 meses! O aborto não pode ser transformado num contraceptivo. Já existem pílulas, preservativos, DIU's, intervenções cirúrgicas, implantes, e mesmo a pílula do dia seguinte. É desnecessário recorrer ao homicídio. Numa época em que as DST's em especial a SIDA se espalha mais por contactos heterossexuais que homossexuais, esta legalização só vai promover ainda mais os contactos sexuais não protegidos.
E não se caia no erro de pensar, como muitos dizem, que assim haverá menos crime porque os filhos indesejados tornam-se sempre pedófilos ou bandidos. Isso é demagogia, é uma solução à Hitler. Não é desejado? Mata-se! Não podemos ir por este caminho, há que haver condições sociais para que o aborto não seja uma opção a considerar. Acima de tudo há que promover a educação sexual e o planeamento familiar, os apoios as famílias com filhos, a distribuição gratuita de preservativos deve ser diária e constante e visível, e não apenas um dia por ano em que se distribuem preservativos nas escolas. Há também que acabar com as burocracias e reformular todo o processo de adopção de crianças, que pelo que se pode ver nos últimos dias não funciona! É por todos sabido que nos EUA, é permitido o aborto ate parte considerável da gestação. Agora eu pergunto em que é que eles foram beneficiados? Diminuiu a criminalidade? Não me parece. Os abandonos de crianças? Também não. Os abusos familiares e maus tratos? Também não estou a ver... Aumentou de forma desenfreada o numero de mulheres que abortam e que têm condições para criar um filho? Sim. É aborto visto como mais um método contraceptivo e muitas vezes descartada a ideia que um feto pode ainda não ser uma vida autónoma, mas é já um vida potencial? Completamente.
Somos também abordados com o argumento tipico: "AH, quem tem dinheiro vai a Espanha, e quem não tem lixa-se e faz ilegal em Portugal".   Isto é outra demagogia. Os bilhetes de comboio para Espanha custam volta dos 30 euros, os autocarros ainda menos, um aborto lá é certamente muito mais barato que um cá! Não têm dinheiro, mas têm telemoveis 3 e 4G, ipods, tunning nos carros que ate geralmente fica mais caro que o carro em si. E gastam 20 e 30 contos nuns ténis porque têm o símbolo da nike, ou numa camisola que é da puma, mas que é feita na china tal como as que compramos na feira. Por isso metam a ideia na gaveta e voltem a tentar daqui a mais 8 anos. E entretanto legalizem mas é as drogas leves que a malta agradece!
Título:
Enviado por: Marauder em Janeiro 24, 2007, 04:53:09 pm
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Braga: PJ investiga aparecimento de feto em rua da cidade
A Polícia Judiciária de Braga está a investigar o aparecimento de um feto, encontrado na manhã de hoje, por populares, numa rua da cidade, disse à Lusa fonte policial.

Segundo a fonte, o feto foi levantado às 11:30 e transportado para a morgue, depois de ter sido analisado pela Brigada de Homicídios e pelo delegado de Saúde de Braga.

O feto, de tempo indeterminado, foi encontrado na Rua Alfredo Vieira Gomes, próxima da estação de caminhos de ferro.

O caso foi comunicado por um cidadão à PSP local que chamou a PJ, dados os indícios de crime.

Diário Digital / Lusa

24-01-2007 12:46:00
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 24, 2007, 10:15:35 pm
A explicação do Professor Marcelo (http://http)
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Janeiro 24, 2007, 11:43:21 pm
Citação de: "ricardonunes"
A explicação do Professor Marcelo (http://http)


Ora aí está toda a verdade! A pergunta em si não passa de uma artimanha manhosa da esquerda portuguesa para tentar enganar o Zé-povinho e assim conseguirem a tão ansiada liberalização total to aborto até as 10 semanas. Veremos se o povo se deixa ou não enganar.
Título:
Enviado por: lurker em Janeiro 25, 2007, 01:35:48 am
Antes de mais, eu vou votar sim.

A posição do Professor Marcelo (a quem até costumo ouvir com gosto e atenção) é, a meu ver, de uma profunda desonestidade intelectual.
Ao menos, o Marques Mendes (a quem habitualmente considero intragavelmente irritante) teve uma posição mais directa, como podem ver aqui (http://http).
Há um fundamento de opinião moral ali, classifica o aborto como "um acto arbitrário e injustificado que destrói um ser humano" pelo qual está disposto a mandar pessoas para a cadeia.
Obviamente não concordo com ele, nem há factos que aprovem a ideia que depois de despenalizado o aborto se torne num "mecanismo de desresponsabilização social", uma forma de planeamento familiar. Mas a opinião moral é clara e defensável.
A do Marcelo Rebelo de Sousa resume-se a algo como "sou contra a penalização das mulheres mas vou votar não porque a pergunta no referendo não é a que devia".
A pergunta no referendo é exactamente se as pesssoas devem continuar a ser penalizadas por isso! Ou dito de outra forma: estamos suficientemente convictos que há ali uma vida que deve ser protegida a todo o custo, obrigando a mãe a levar até ao fim uma gravidez indesejada e  prendendo as pessoas que abortam?
A meu ver, é tão simples e clara quanto isso.

Já agora, tenho uma dúvida: muitas pessoas têm manifestado que vão votar "não" porque temem uma "liberalização total" do aborto.

Este é o meu entender do efeito de uma vitória no "Sim": deixando de ser crime, o aborto até às 10 semanas em establecimento médico autorizado passa a ser um acto médico a necessitar de regulamentação pelas entidades competentes.
Uma vez regulamentado, isso significará que as mulheres que o desejarem poderão fazer um aborto após uma ou duas consultas de avaliação mas, no fundo, sem grandes entraves.

É isto que entendem por "liberalização total" do aborto?
Em que termos votariam "Sim" a uma despenalização do aborto?
Título:
Enviado por: Leonidas em Janeiro 26, 2007, 01:50:05 am
Novelas:

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Aborto: Jerónimo lembra que cabe aos partidos aprovar a lei

O secretário-geral comunista defendeu hoje que o debate em torno do referendo de 11 de Fevereiro é também uma questão partidária, lembrando que cabe aos partidos aprovar ou não a lei de despenalização no Parlamento.

«Alguns vêm falar em partidarização. Nós falamos em responsabilização. É certo que o referendo se constitui de facto uma dimensão da democracia participativa. Sobra a questão da democracia representativa», afirmou Jerónimo de Sousa .
O líder do PCP falava na sessão de apresentação do livro «Sim!» à despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), distribuído com a edição de hoje do jornal «Avante!», que decorreu em Lisboa.
«É que o referendo não faz a lei, dá uma resposta. São os partidos políticos com assento parlamentar que vão ter que dar uma resposta se sim ou não à IVG», frisou.

Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa defendeu o «sim» no referendo de 11 de Fevereiro, sustentando que «para além de tudo, do que se está a tratar é da dignidade da mulher».
«É bem evidente que o que está em causa com a pergunta do referendo são questões criminais e de saúde pública», afirmou.
Jerónimo de Sousa acusou «as forças que defendem o não» no referendo de serem «cúmplices dos boicotes e resistências à implementação da educação sexual nas escolas (...) e na oposição à comercialização da contracepção de emergência».

«O que estas forças pretendem é uma dupla penalização das mulheres», acusou, defendendo que «para o PCP, não são as mulheres que assumem uma conduta criminosa» quando recorrem ao aborto.
«Pelo contrário, são os poderes políticos que exercem de forma continuada uma forte violência sobre as mulheres através da lei penal», afirmou.

Jerónimo de Sousa frisou que desde o referendo de 1998 persistiu o recurso ao aborto clandestino por «razões económicas e sociais, afectivas e psicológicas que põem em causa as condições para uma maternidade e paternidade livre, consciente e responsável».
Diário Digital / Lusa
25-01-2007 20:51:00

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=260002 (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=260002)

«Guerra de cartazes» entre Sim e Não termina em queixas à CNE

O referendo sobre o aborto está na origem de uma «guerra de cartazes» em Aveiro entre partidários do «Sim» e do Não«, que anunciaram hoje a apresentação de queixas à Comissão Nacional de Eleições.
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Uma das organizações queixosas é o PCP, cuja juventude partidária colou cerca de uma centena de cartazes na Avenida Lourenço Peixinho a favor do «Sim» e que alega que os mesmos foram depois cobertos por placares da Plataforma «Não Obrigado».

A outra é o movimento cívico «Liberalização do aborto? Não!» que anunciou hoje que vai apresentar queixa junto da Comissão Nacional de Eleições «contra indivíduos ou grupos do «Sim» que, de forma continuada, têm vindo a vandalizar o material de campanha».
Segundo o PCP, activistas da Juventude Comunista Portuguesa colaram na Avenida Lourenço Peixinho na cidade de Aveiro, cerca de uma cen tena de cartazes com a expressão «Basta! Sim ao Direito de Optar!».

Na noite de 23 de Janeiro, esses cartazes foram cobertos por cartazes da Plataforma «Não Obrigado», com a inscrição «Uff, já passei as 10 semanas!», e com um desenho de um bebé, segurando uma ampulheta.
Os comunistas concluem que foi uma atitude deliberada, «uma vez que em vários sítios em que estavam dois cartazes, a opção foi por cobrir o da JCP, deixando o outro, sem qualquer ligação com o Referendo, intocado e bem visível».
«A opção pela destruição da propaganda da Juventude Comunista Portuguesa fica ainda clara pelo facto de, no separador central do Túnel da Estação, haver apenas dois cartazes da JCP, ficando por isso dezenas de metros de parede livre, tendo o cartaz da referida Plataforma, sido colado de forma a destruir os dois cartazes daquela organização juvenil do PCP», acrescenta uma nota daquele partido.

Demarcando-se dessa acção, o movimento cívico «Liberalização do aborto? Não!» anunciou também que vai apresentar queixa à CNE por lhe terem destruído o material de campanha.
«Assim como condenamos a intolerância daqueles que têm vindo a destruir o nosso material, repudiamos do mesmo modo a acção de quem afixou cartazes de grupos do Não sobre propaganda do PCP», afirma um comunicado daquele movimento.

O comunicado dá conta de que os placares «Tenho 10 semanas: Proteja-me» têm vindo a ser sistematicamente destruídos em Aveiro. «Na semana passada, na Avenida Lourenço Peixinho, foram danificados cartazes e respectivos suportes. Ontem desapareceu um cartaz colocado na Rua Mário Sacramento e hoje foi destruído um dos dois placares que se encontravam na Ponte-Praça», acusa.
Tanto o movimento «Liberalização do aborto? Não!» como a direcção da organização regional de Aveiro do PCP (DORAV) referem ter feito as respectivas participações às autoridades policiais.
Diário Digital / Lusa
25-01-2007 20:30:00

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=259989 (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=259989)

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Referendo: Sarsfield Cabral acusa BE de «fúria persecutória»

O director da Rádio Renascença, Francisco Sarsfield Cabral, acusou hoje o Bloco de Esquerda de «fúria persecutória», afastando as acusações de ligações a conteúdos de extrema-direita do «Blogue do Não», no qual colabora.

A deputada do BE Helena Pinto dirigiu hoje uma carta aberta ao director da Rádio Renascença e colaborador do «Blogue do Não» à despenalização do aborto, Sarsfield Cabral, afirmando «estranhar» ligações daquele site a conteúdos fascistas.
«Tudo isto é ridículo. E mostra uma fúria persecutória da parte do BE que me parece lamentável», afirmou Sarsfield Cabral, numa nota lida em antena na Rádio Renascença.

O director da RR acusa o BE de, na questão do aborto, «andar com falta de ideias políticas e de argumentos».
«A título pessoal, colaboro com o Blogue do Não e participei no lançamento de uma colectânea de textos que apareceram no Blogue. E fi-lo porque o Blogue do Não é moderado, tolerante, nada radical», salienta, acrescentando que «se há alguém extremista aqui é o BE, de extrema-esquerda».
Sarsfield Cabral recordou ainda que, no lançamento do livro «Blogue do Não - Dez Semanas de Argumentos» teve ao seu lado duas deputadas independentes, eleitas na lista do PS: Matilde Sousa Franco e Maria do Rosário Carneiro.

«Não me parece que sejam de extrema-direita», sublinha.
Na base das acusações do BE está uma categoria, no «Blogue do Não», de «links» designados «Blogues Alinhados», nos quais se encontra o blogue «Pela Vida», com textos de Pedro Guedes, que foi, segundo Helena Pinto, «o cabeça de lista do Partido Nacional Renovador nas últimas eleições europeias e é um dos promotores do blogue nazi Último Reduto».

Outro dos colaboradores do blogue «Pela Vida» assina-se «camisa negra», sendo possível, através do perfil daquele colaborador aceder a um outro blogue do mesmo autor, intitulado «Fascismo em rede».
O «Blogue do Não», que conta com mil visitas diárias e mais de cinquenta mil visitas registadas desde o seu início a 22 de Outubro, conta com a colaboração de outras figuras mediáticas como a fadista Kátia Guerreiro, Pedro Mexia ou o dirigente da Nova Democracia Jorge Ferreira.
Diário Digital / Lusa
25-01-2007 20:16:00

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=259988

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BE acusa «Blogue do Não» de ligações a «conteúdos fascistas»

A deputada bloquista Helena Pinto dirigiu hoje uma carta aberta ao director da Rádio Renascença e colaborador do «Blogue do Não» à despenalização do aborto, Sarsfield Cabral, afirmando «estranhar» ligações daquele site a conteúdos fascistas.

Em conferência de imprensa no Parlamento, a deputada, coordenadora da campanha do Bloco de Esquerda pelo «sim» no referendo sobre a despenalização do aborto, Helena Pinto considerou «incompatível com um debate sereno» a participação na campanha do referendo de «pessoas que defendem o ódio, o racismo e o Holocausto», afirmou.

O «Blogue do Não», que conta com mil visitas diárias e mais de cinquenta mil visitas registadas desde o seu início a 22 de Outubro, conta com a colaboração de outras figuras mediáticas como a fadista Kátia Guerreiro, Pedro Mexia ou o dirigente da Nova Democracia Jorge Ferreira.
No «Blogue do Não» há uma categoria de «links» designados «Blogues Alinhados», nos quais se encontra o blogue «Pela Vida», com textos de Pedro Guedes, que foi, sublinhou a deputada na carta aberta a Sarsfield Cabral «o cabeça de lista do Partido Nacional Renovador nas últimas eleições europeias e é um dos promotores do blogue nazi Último Reduto».

Outro dos colaboradores do blogue «Pela Vida» assina-se «camisa negra», sendo possível, através do perfil daquele colaborador, aceder a um outro blogue do mesmo autor, intitulado «Fascismo em rede».
«Estou certa de que existirá, da sua parte, uma demarcação a tão reprovável companhia. Estou certa de que não apoia esta ligação sinistra aos blogues geridos por dirigentes da Frente Nacional e do PNR», afirma Helena Pinto na carta.

Questionada sobre se o «Blogue do Não» deveria excluir as ligações aos sites que condenou, Helena Pinto afirmou que os princípios constitucionais portugueses prevêem que não haja «divulgação possível e apoio nenhum a quem defende o ódio e o racismo».
No blogue «Pela Vida» encontram-se ainda textos de Pedro Vassalo, mandatário da Plataforma «Não Obrigada», que participa na campanha do referendo em defesa do «não» à despenalização.
Diário Digital / Lusa
25-01-2007 19:44:00

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=259987 (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=259987)

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 26, 2007, 12:11:06 pm
The rise of the homosexual movement is a textbook example of societal amorality devolving into societal immorality. The rationale behind societal amorality is the myopic question: “How does my immoral behavior hurt you?” The answer is: It may not, in the short term. But when society sanctions your immoral behavior, that does hurt me. If millions of people accept the deviant as normal, that reshapes society in vastly destructive ways. Your moral self-destruction may have no consequences for me, but destruction of societal standards always has consequences.
When the stigma left single motherhood, society felt the sting in rising rates of single motherhood and juvenile crime. When the stigma left sexual licentiousness, society felt the sting in rising rates of teen pregnancy, sexually transmitted disease, emotional emptiness and nihilism. Your immoral personal behavior may not affect me, but exempting your immoral behavior from societal scrutiny certainly does. A society without standards is an unhappy, unhealthy society — a society with no future. And all of us have to live in that society.


Ben Shapiro
Título:
Enviado por: lurker em Janeiro 26, 2007, 01:50:20 pm
É um texto muito falacioso, caro Luso.

«If millions of people accept the deviant as normal»
Comportamento socialmente incorrecto (deviant) na perspectiva subjectiva do autor, não na perspectiva subjectiva de milhões dos seus concidadãos.

«When the stigma left single motherhood, society felt the sting in rising rates of single motherhood and juvenile crime. When the stigma left sexual licentiousness, society felt the sting in rising rates of teen pregnancy, sexually transmitted disease, emotional emptiness and nihilism.»
Qualquer um destes assuntos é demasiado complexo para se resumir a causa-efeito à aceitação social destes comportamentos.

O número de mães solteiras de facto aumentou com a aceitação social do caso, mas não quer dizer que o número de mulheres a engravidar fora de uma relação estável tenha aumentado. Há outros factores a considerar -- aborto, doação de bebés para adopção -- que diminuiram. Hoje em dia é mais provável que uma mulher que se veja nessa situação se decida a ter e criar o bebé em vez de fazer um aborto ou dá-lo para adopção do que era há 30 anos.

A relação entre mães solteiras e criminalidade juvenil parece-me completamente tirada da cartola.

Adolescentes grávidas sempre existiram. Só que "antigamente", o normal era uma rapariga de 16 anos casar-se e não ir à escola, logo não era um considerado um problema.

Doenças sexualmente transmissiveis também foram um problema desde que há memória. Lupus, gonorreia, etc.

Vazio emocional e nihilismo? Outro tirado da cartola.

Por outro lado, quando estes comportamentos deixaram de ser tabu, a sociedade passou a ter meios para combater estes problemas: educação sexual, planeamento familiar, contraceptivos.

«Your immoral personal behavior may not affect me, but exempting your immoral behavior from societal scrutiny certainly does. A society without standards is an unhappy, unhealthy society — a society with no future. And all of us have to live in that society.»
Eu até concordo com esta parte: devemos, cada um nós individuos, ter standards sociais.
Por exemplo, a mim desagrada-me profundamente a tolerância social que há em Portugal para com o acto de conduzir sob o efeito do álcool, em excesso de velocidade, etc.
Contudo, lá porque temos de ter standards sociais não quer dizer que devamos ter os do autor do texto.
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Janeiro 26, 2007, 05:22:25 pm
Citar
Aborto clandestino e aborto legal

Visto que o argumento da prisão das mulheres tem sido destronado pela evidência do ridículo após o partido do Governo ter posto um cartaz mentiroso nas ruas, centra-se agora o discurso na clandestinidade do aborto.

1. O secretismo do aborto é inato à própria decisão de terminar com a gravidez: uma mulher que decide abortar fá-lo em absoluta contradição com a sua consciência - todos estamos de acordo nisto, ao que parece... Não quer que as vizinhas saibam, muitas vezes quer até esconder do marido... Alguém acredita que as senhoras passarão a abortar no Hospital da residência?

2. A legalização do aborto não o torna seguro. É impossível. É como dizer que uma operação ao coração não tem riscos se for feita no SNS. É mentira porque o aborto enquanto acto é perigoso, acarreta riscos muito violentos para a saúde física e psíquica da mulher. Casos há [e muitos!] em países como os EUA onde mulheres contam que ficaram com o útero destruído para o resto da vida, com sequelas psicológicas irreversíveis. Uma lei não muda o perigo, a violência e o mal que um aborto representa por si só. Como tal, não o podemos oferecer como solução a ninguém!

3. Quais foram as consequências da legalização de abortos noutros países? As mulheres não são condenadas quando praticam um aborto! Muito bem, aqui estamos em pé de igualdade. Tem um pequeno senão: olhemos para a realidade espanhola. A proliferação de clínicas de abortos torna incontrolável a prática interna de cada clínica. Como se soube há bem pouco tempo, em Espanha, muitas clínicas praticam abortos a todo o tempo de gravidez a troco de enormidades de dinheiro - tudo com uma lei igual à nossa...!A opção não pode ser entre aborto clandestino e aborto legal. Não é a qualificação jurídica de uma coisa que a torna melhor ou pior em si mesma. Temos que olhar para todas as mulheres numa perspectiva de futuro e de bem para elas: a resposta a uma gravidez não planeada não é o julgamento escamuçado pelos defensores do SIM até ao último minuto.

A resposta é uma alternativa concreta a uma situação não planeada mas que traz uma possibilidade nova de enfrentar livremente a vida, sem ser escravo de nenhuma circunstância.

http://pelo-nao.blogspot.com/ (http://pelo-nao.blogspot.com/)

Título:
Enviado por: hellraiser em Janeiro 26, 2007, 05:42:58 pm
Citação de: "Luso"
The rise of the homosexual movement is a textbook example of societal amorality devolving into societal immorality. The rationale behind societal amorality is the myopic question: “How does my immoral behavior hurt you?” The answer is: It may not, in the short term. But when society sanctions your immoral behavior, that does hurt me. If millions of people accept the deviant as normal, that reshapes society in vastly destructive ways. Your moral self-destruction may have no consequences for me, but destruction of societal standards always has consequences.
When the stigma left single motherhood, society felt the sting in rising rates of single motherhood and juvenile crime. When the stigma left sexual licentiousness, society felt the sting in rising rates of teen pregnancy, sexually transmitted disease, emotional emptiness and nihilism. Your immoral personal behavior may not affect me, but exempting your immoral behavior from societal scrutiny certainly does. A society without standards is an unhappy, unhealthy society — a society with no future. And all of us have to live in that society.


Ben Shapiro


A homossexualidade não pode ser considerada uma imoralidade. Visto existir na natureza em animais sem moral ou consciência. É antes um fenenomeno natural que também ocorre no homem.
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 26, 2007, 06:35:03 pm
Citação de: "hellraiser"
A homossexualidade não pode ser considerada uma imoralidade. Visto existir na natureza em animais sem moral ou consciência. É antes um fenenomeno natural que também ocorre no homem.


Não.
Há de facto condições em que desiqulíbrios fisiológicos graves são causadores de comportamentos anti-naturais e desviantes da norma. Não me gozem: o homem complementa-se com a mulher e vice-versa. Dizer o contrário é simplesmente defender uma aberração. Mas não se acreditem em mim: procure investigar os efeitos do pai ausente (homens aprendem com homens), comportamento maternal e seus efeitos na criança, etc, ou algo sobre o assunto. Medite no tema. Veja exemplos. Veja o que acontece quando o paizinho delega toda a educação na mãezinha. Sobretudo abra os olhos, esteja atento e medite.

Depois, seguindo o seu raciocínio, o assassinato também não pode ser considerado uma imoralidade. Visto existir na natureza animais sem moral ou consciência. É antes um fenómeno natural que ocorre no homem
Lamento, mas esse argumento... :roll:
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Janeiro 26, 2007, 07:03:50 pm
Citar
Liberalizar o aborto é «inconstitucional

Jorge Miranda no grupo de 42 professores de Direito que dizem «não»

O constitucionalista Jorge Miranda defendeu esta sexta-feira que a pergunta do referendo de 11 de Fevereiro visa a liberalização e não a despenalização do aborto, considerando que uma futura lei nesse sentido violará a Constituição da República, refere a Lusa.

«Na lei de 1984 há um ponderação de valores entre a vida humana e o direito à saúde e dignidade da mulher. Aqui não há nenhuma realidade constitucionalmente admissível que justifique pôr em causa a vida humana», afirmou Jorge Miranda, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL), onde foi apresentado um grupo de 42 professores de Direito de várias universidades do país que defendem o «não» no referendo sobre aborto.

Questionado se, em caso de vitória do «sim», a legislação futura violará a Constituição, Jorge Miranda respondeu afirmativamente.

«Entendo que sim», disse, lembrando que a Constituição da República refere, no seu artigo 24º, que «a vida humana é inviolável».


«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?», é a pergunta que vai ser colocada aos eleitores a 11 de Fevereiro, igual à do referendo de 1998.

Para Jorge Miranda, se a intenção do legislador fosse a de despenalizar, «nem valeria a pena levar a questão a referendo», considerando que «na prática» já se verifica a despenalização, ao não existirem mulheres presas pela prática de aborto.

«Admite-se que, numa sociedade plural, uma parte entenda que [o aborto] não deve ser criminalizado. Mas essa parte não pode impor à outra que considere que um mal, um ilícito seja liberalizado», disse.

Fonte (http://http)

Título:
Enviado por: lurker em Janeiro 26, 2007, 07:11:05 pm
Até poderia concordar com a posição de que a despenalização/liberalização do aborto é inconstutucional (o que não muda em nada a minha opinião, não acho a nossa Constituição perfeita).

Mas há uma parte que me faz urticária, vinda de um jurista:
Citar
Para Jorge Miranda, se a intenção do legislador fosse a de despenalizar, «nem valeria a pena levar a questão a referendo», considerando que «na prática» já se verifica a despenalização, ao não existirem mulheres presas pela prática de aborto.


Que drogas anda ele a tomar? Atém de haverem mulheres presas por essa prática, um jurista a promover a continuação de um status quo de ilegalidade?
Um estado de direito não se pode permitir a isso. As leis que existam devem ser para se cumprir.. ou ser alteradas.
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 26, 2007, 07:48:11 pm
Concordo com este raciocínio do Lurker. E já dá para ver o mundo em que vivem os nossos juristas: a da frase bem feita para agradar aos pares e nenhuma preocupação na sua aplicabilidade. Aliás este "pormenor" da aplicabilidade é como "sujar as mãos", conhecer o "povo". Algo mesquinho. O que interessam são as grandes ideias, os grandes conceitos...  :roll:
Ai estes professores universitários portugueses...
Título:
Enviado por: lurker em Janeiro 26, 2007, 07:59:23 pm
Citação de: "Luso"
Ai estes professores universitários portugueses...

Eu conheço alguns Fisicos e são boas pessoas. Mas de facto, vejo cada coisa...!!
Título:
Enviado por: hellraiser em Janeiro 27, 2007, 04:08:44 am
Citação de: "Luso"
Não.
Há de facto condições em que desequilíbrio fisiológicos graves são causadores de comportamentos antinaturais e desviantes da norma. Não me gozem: o homem complementa-se com a mulher e vice-versa. Dizer o contrário é simplesmente defender uma aberração. Mas não se acreditem em mim: procure investigar os efeitos do pai ausente (homens aprendem com homens), comportamento maternal e seus efeitos na criança, etc, ou algo sobre o assunto. Medite no tema. Veja exemplos. Veja o que acontece quando o paizinho delega toda a educação na mãezinha. Sobretudo abra os olhos, esteja atento e medite.


Já existem possíveis explicações biológicas para a homossexualidade, relacionadas com níveis hormonais anormais durante a gestação. que originam cérebros mais efeminizados/masculinizados que a gentílica. Os  problemas psicológicos também não podem ser generalizados visto que são falaciosos. Ora um bom exemplo é o do pedófilo/criança o pedófilo geralmente defende-se sobre o pretexto que foi abusado sexualmente em criança. Mas quantas crianças abusadas se tornam pedófilos? Muitas pessoas seguem as teorias freudianas, no entanto segundo Freud durante as fases do desenvolvimento a forma como o sujeito interage e resolve os problemas que lhe são apresentados, irá definir o seu comportamento adulto. O que se descobre agora é que a forma como a criança lida durante as diferentes fases é directamente influenciado pela regulação hormonal na gestação. Ou seja, o que se pensava ser uma causa, aparenta agora ser um efeito. No entanto aqui já estamos a entrar numa área um pouco mais complicada da biologia, segundo algumas teorias a homossexualidade é ate explicada dum ponto de vista da especiação e pode mesmo ate tornar-se numa evolução viável. Mais tarde talvez escreva uma pequena dissertação sobre esta temática e mostre mesmo os meus pontos de vista caso verifique que há interesse por biologia evolucional aqui no fórum.  :roll:[/quote]


Lamento eu, pois o luso esta a tender para outra falácia. Nunca vi um animal assassinar outro. Já estou a imaginar um dromedário vestido com fubu e uma 6.35 comprada na cova da moura a "despachar" uma zebra toxicodependente porque esta copulou com a "dromedária" fêmea.

Na natureza não existe assassinato. Existe apenas a sobrevivência do mais forte. Num jogo em que as regras ditam que apenas um pode sobreviver. Não há a morte por ódio, raiva ou pura maldade. Há antes morte pela sobrevivência. Os animais apenas matam por medo, defesa, ou para se alimentarem. Nada mais. Aliás este conceito de sobrevivência subsiste no direito actual. É a chamada autodefesa. Matar por defesa pessoal não é assassinar.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 27, 2007, 11:49:22 am
Mas afinal nós somos animais?! :?

Eu rejo-me por padrões de moralidade, racionalidade e legalidade, não pela sobrevivência do mais forte e coisas do género.
Título:
Enviado por: hellraiser em Janeiro 27, 2007, 04:15:07 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Mas afinal nós somos animais?! :?

Eu rejo-me por padrões de moralidade, racionalidade e legalidade, não pela sobrevivência do mais forte e coisas do género.


teoricamente somos todos animais. O controle que temos sobre os impulsos animais ainda é muito "fraco" ora em situações de stress, sobrevivência, ou mesmo uns copos a mais, e la se vão 500m.a de evolução.
Título:
Enviado por: Yosy em Janeiro 29, 2007, 06:52:00 pm
Citação de: "lurker"
Até poderia concordar com a posição de que a despenalização/liberalização do aborto é inconstutucional (o que não muda em nada a minha opinião, não acho a nossa Constituição perfeita).

Mas há uma parte que me faz urticária, vinda de um jurista:
Citar
Para Jorge Miranda, se a intenção do legislador fosse a de despenalizar, «nem valeria a pena levar a questão a referendo», considerando que «na prática» já se verifica a despenalização, ao não existirem mulheres presas pela prática de aborto.

Que drogas anda ele a tomar? Atém de haverem mulheres presas por essa prática, um jurista a promover a continuação de um status quo de ilegalidade?
Um estado de direito não se pode permitir a isso. As leis que existam devem ser para se cumprir.. ou ser alteradas.



 :evil:

Inaceitável.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 29, 2007, 11:22:29 pm
Direitos.

Citar
"Uma parte dos autores do blogue Pela Vida defendem a figura e a política de Salazar e subscrevem a tese do integralista António Sardinha que escrevia, no início do século passado, que "a democracia é uma forma inferior da vida colectiva, só natural nos povos em formação ou nas nacionalidades em decrepitude".

Ao contrário do Blogue do Não - que, apesar de ter sido acusado pelo BE de ter ligações a figuras da extrema-direita tem apenas colaboradores como Jorge Miranda, Kátia Guerreiro e Sarsfield Cabral, sem haver ali links para outros blogues ou sites que não sejam só alinhados pelo "não" -, entre os 29 autores do Pela Vida, que também é pelo "não", há os que negam a chacina de Badajoz por Franco, verberam o julgamento dos nazis em Nuremberga e até sustentam que um novo livro sobre o Holocausto de Hitler é do género... "conto"! (mais aqui (http://http))".



A tolerante esquerda tem a sua piada com a sua habitual coerência. A nossa Constituição impede a formação de sociedades com carácter racista ou fascista. Não defende que certos cidadãos tenham menos direitos que os outros. Especialmente quando podem atrapalhar na contagem dos votos. Ou o aborto é considerado uma questão racista ou fascista e impede-se os cidadãos de o referendar, ou não é e permite-se que esses cidadãos tenham os mesmos direitos que os admiradores de Estaline, Fidel e Kim jong Il


O Carvalhadas (http://http)
Título:
Enviado por: hellraiser em Janeiro 30, 2007, 07:33:08 pm
Não são imagens duma guerra.
Não foi no holocausto.
Não foi no iraque.
Nem no afeganistão.
Não foi no ataque ao WTC.

É no chamado mundo civilizado da Convenção de Genebra.

O mesmo que se horrorizou com o holocausto.

O que condena o Sr. Bush pelo Iraque.

São os mesmos que se dizem socialistas e a favor da liberdade humana que fazem isto.

Os que falam em protocolos de quito no entanto deixam os seus cidadãos fazerem isto aos seus próprios filhos.

Os mesmos que se horrorizam com a situação no terceiro mundo. Mas não têm olhos para ver o que se passa no deles.

Não é uma qualquer guerra. é o chamado Aborto.

------------------------------------------------------------
Editado pela moderação: Lince

Atenção: Imagens chocantes!

http://www.priestsforlife.org/resources ... bort03.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/aabort03.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort01.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort01.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort02.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort02.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort03.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort03.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort04.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort04.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort05.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort05.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort06.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort06.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort07.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort07.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort08.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort08.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort09.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort09.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort10.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort10.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort11.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort11.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort12.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort12.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort13.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort13.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort14.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort14.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort15.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort15.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort16.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort16.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort17.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort17.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort18.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort18.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort19.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort19.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort20.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort20.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort21.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort21.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort22.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort22.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort23.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort23.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort24.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort24.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort25.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort25.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort26.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort26.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort27.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort27.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort28.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort28.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort29.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort29.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort30.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort30.jpg)
http://www.priestsforlife.org/resources ... bort31.jpg (http://www.priestsforlife.org/resources/abortionimages/abort31.jpg)

 :roll:
Título:
Enviado por: Lancero em Janeiro 30, 2007, 07:36:04 pm
hellraiser, o link para as imagens e um aviso de conteúdo GRÁFICO bastava. Espero que estas imagens não fiquem aqui muito tempo :!:
Título:
Enviado por: hellraiser em Janeiro 30, 2007, 07:43:56 pm
Citação de: "Lancero"
hellraiser, o link para as imagens e um aviso de conteúdo GRÁFICO bastava. Espero que estas imagens não fiquem aqui muito tempo :!:


A verdade é feia... eu sei...

...mas como 1 imagem vale mais que 1000 palavras... Aqui ficam estas.

Pode ser que as pessoas comecem a perceber que são seres vivos e humanos que se esta a matar. E que não é como fazer uma lipo-aspiração ou cirurgia aos quistos.
Título:
Enviado por: dremanu em Janeiro 30, 2007, 10:57:47 pm
Fotos tristes e deprimentes, mas é a realidade que não deve ser escondida nem saneada que é para todos verem como as coisas realmente são.

Boa iniciativa a de colocar aqui estas fotos Hellraiser, pena que não sejam também divulgadas na televisão e jornaís.
Título:
Enviado por: Yosy em Janeiro 31, 2007, 03:50:30 am
E que tal por fotos de mulheres mortas, quando foram fazer um aborto sem condições nenhumas porque não têem dinheiro para ir a Espanha?

Ah, pois é - o efeito choque é muito bonito quando é só para o lado que nos convém.

Voto sim. Além disso cada vez que vejo mais os argumentos sensionalistas do não/direita/Igreja que quero cada vez mais que este referendo passe.
Título:
Enviado por: hellraiser em Janeiro 31, 2007, 04:03:00 am
Citação de: "Yosy"
E que tal por fotos de mulheres mortas, quando foram fazer um aborto sem condições nenhumas porque não têem dinheiro para ir a Espanha?

Ah, pois é - o efeito choque é muito bonito quando é só para o lado que nos convém.

Voto sim. Além disso cada vez que vejo mais os argumentos sensionalistas do não/direita/Igreja que quero cada vez mais que este referendo passe.


Para já informo-o que se escreve sensacionalistas, e não "sensionalistas".

Adiante, o aborto consiste na incondicional morte do bebé, e é nele que nos devemos focar... Nos EUA fazem-se cerca de 4000 abortos por dia. Ou seja 165 por hora, 3 por minuto. Isto não é ultimo recurso, isto é uma terapêutica anti(pós)concepção. Comparável à laqueação de trompas, utilização de DIU's, vasectomias, utilização da pílula ou preservativo. Com a diferença que aqui estamos a MATAR uma vida humana. Isto é um holocausto de que ninguém fala. SIM, HOLOCAUSTO. 4000 mortos por dia é GENOCÍDIO completamente arbitrário, legal, e banalizado.
Título:
Enviado por: Lancero em Janeiro 31, 2007, 11:36:36 am
Citação de: "hellraiser"
A verdade é feia... eu sei...

...mas como 1 imagem vale mais que 1000 palavras... Aqui ficam estas.

Pode ser que as pessoas comecem a perceber que são seres vivos e humanos que se esta a matar. E que não é como fazer uma lipo-aspiração ou cirurgia aos quistos.


Ainda não tinha declarado aqui o meu voto, que é um claro não! - por um princípio básico: o Estado devia ajudar as mulheres e não remediar com morte.
No entanto, essas imagens são acima de tudo (além de chocantes, o que não vejo o que ajude à campanha) demagogia. Um feto às dez semanas tem, em média, 14 gramas e mede seis centímetros - bem longe ainda das imagens que aqui colocou.
Título:
Enviado por: hellraiser em Janeiro 31, 2007, 02:29:22 pm
Citação de: "Lancero"
Citação de: "hellraiser"
A verdade é feia... eu sei...

...mas como 1 imagem vale mais que 1000 palavras... Aqui ficam estas.

Pode ser que as pessoas comecem a perceber que são seres vivos e humanos que se esta a matar. E que não é como fazer uma lipo-aspiração ou cirurgia aos quistos.

Ainda não tinha declarado aqui o meu voto, que é um claro não! - por um princípio básico: o Estado devia ajudar as mulheres e não remediar com morte.
No entanto, essas imagens são acima de tudo (além de chocantes, o que não vejo o que ajude à campanha) demagogia. Um feto às dez semanas tem, em média, 14 gramas e mede seis centímetros - bem longe ainda das imagens que aqui colocou.


Coloquei imagens entre as 8 e as 24 semanas...
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 02, 2007, 02:34:44 pm
http://ruitavares.weblog.com.pt/2007/01 ... r_levado_a (http://ruitavares.weblog.com.pt/2007/01/da_vontade_de_nao_ser_levado_a)

http://ruitavares.weblog.com.pt/2007/01 ... _e_duvidas (http://ruitavares.weblog.com.pt/2007/01/mais_medo_incerteza_e_duvidas)
Título:
Enviado por: RedWarrior em Fevereiro 02, 2007, 05:40:20 pm
Citação de: "hellraiser"
Adiante, o aborto consiste na incondicional morte do bebé
perdão? bébé?

Citação de: "hellraiser"
Com a diferença que aqui estamos a MATAR uma vida humana.
Finalmente encontrámos um especialista em bioética. Acho que é bom que se começe então essa discussão...

Citação de: "hellraiser"
Isto é um holocausto de que ninguém fala. SIM, HOLOCAUSTO.
...antes que eu oiça isto novamente.

 As imagens parecem-me pura pornografia para gente impressionável e mal informada, já que grande parte delas são de abortos tardios, não são de embriões com 10 semanas a contar desde a última menstruação. A prova é simples: Às 10 semanas, o embrião  tem entre 30 a 42mm e pesa 5 gramas. Também não tem actividade cerebral nem sistema nervoso. Não sente, não pensa e não tem consciência que existe. O início da pessoa é uma questão bioética muito complexa e longe de ser consensual. Vou deixar aqui um site que nos dá algumas luzes:

"Uma outra data, por volta da 10ª-14ª semana, sobressai de maneira significativa. Corresponde à que é arbitrariamente atribuída à passagem do embrião a feto. "Feto" é uma palavra reservada à vida embrionária do homem, que começa ao fim de 3 meses de gravidez. Pode-se relacionar com a data proposta por Tomás de Aquino, doutor da Igreja, para a chegada da alma ao corpo, situada no 40º dia de gravidez. Na época, a data da fecundação não estava determinada com precisão. A partir da 10ª-12ª semana, os abortos espontâneos são raros. Os medicamentos que provocam malformações não apresentam quase nenhum perigo. A silhueta do embrião toma forma humana. É no decurso do período da 10ª-12ª semana que se inicia a migração dos 80 biliões de neurónios para a sua localização definitiva, terminando no 6º mês (24ª semana) de gravidez. Antes da 10ª-12ª semana, os neurónios não têm actividade. Se o fim da vida é determinado pelo fim da actividade cerebral, pode admitir-se que o início da vida corresponde ao início da rede cerebral, e portanto da coordenação do organismo por um futuro cérebro. A rede neuronal está na origem das relações do futuro recém-nascido com o que lhe é exterior. Este período (10ª-14ª semana) é também o que, na maioria dos países, é considerado como o limite da autorização da interrupção voluntária da gravidez.

Uma outra data, a do 6º mês, é uma etapa decisiva na vida do feto. O sistema nervoso está no lugar. O bebé a nascer pode viver de modo autónomo e independente. No Japão, o aborto é admitido até à 24ª semana de gravidez."

http://ocanto.esenviseu.net/apoio/pessoab.htm

Citação de: "Lancero"
Um feto às dez semanas tem, em média, 14 gramas e mede seis centímetros - bem longe ainda das imagens que aqui colocou.

 Antes das 10 semanas a contar desde a última menstruação e não desde a fecundação, a mulher carrega no ventre um embrião e não um feto. Lancero, acho que estás a meter duas semanas a mais resultantes da diferença de duas semanas entre a fecundação e a última menstruação, sendo este último, o método utilizado para contar as semanas.

 No lado do Sim existem pessoas que são contra o aborto mas não querem impôr por Código Penal, esses valores aos outros, ou seja, seriam pessoas que quando confrontadas com uma gravidez indesejada optariam por ter a criança mas não querem impôr isso aos outros. E existem pessoas que são a favor do aborto quando confrontadas com uma gravidez indesejada, por acharem preferível a interrupção do desenvolvimento de um embrião, ao nascimento de um bébé que consideram não ter as condições a que tem direito.
O Sim é o único que abre as duas possibilidades. O Não, apenas oferece uma possibilidade, o que contraria a consciência de cada um por ser coercivamente imposto.
 
 A pergunta é muito simples: Se as vemos como criminosas ou não, se têm o direito de o fazer num local apropriado ou não, se têm a última palavra ou não.
 O meu voto é claramente, SIM!
Título:
Enviado por: hellraiser em Fevereiro 02, 2007, 05:57:34 pm
Citação de: "RedWarrior"
Citação de: "hellraiser"
Adiante, o aborto consiste na incondicional morte do bebé
perdão? bébé?

Citação de: "hellraiser"
Com a diferença que aqui estamos a MATAR uma vida humana.
Finalmente encontrámos um especialista em bioética. Acho que é bom que se começe então essa discussão...

Citação de: "hellraiser"
Isto é um holocausto de que ninguém fala. SIM, HOLOCAUSTO.
...antes que eu oiça isto novamente.

 As imagens parecem-me pura pornografia para gente impressionável e mal informada, já que grande parte delas são de abortos tardios, não são de embriões com 10 semanas a contar desde a última menstruação. A prova é simples: Às 10 semanas, o embrião  tem entre 30 a 42mm e pesa 5 gramas. Também não tem actividade cerebral nem sistema nervoso. Não sente, não pensa e não tem consciência que existe. O início da pessoa é uma questão bioética muito complexa e longe de ser consensual. Vou deixar aqui um site que nos dá algumas luzes:

"Uma outra data, por volta da 10ª-14ª semana, sobressai de maneira significativa. Corresponde à que é arbitrariamente atribuída à passagem do embrião a feto. "Feto" é uma palavra reservada à vida embrionária do homem, que começa ao fim de 3 meses de gravidez. Pode-se relacionar com a data proposta por Tomás de Aquino, doutor da Igreja, para a chegada da alma ao corpo, situada no 40º dia de gravidez. Na época, a data da fecundação não estava determinada com precisão. A partir da 10ª-12ª semana, os abortos espontâneos são raros. Os medicamentos que provocam malformações não apresentam quase nenhum perigo. A silhueta do embrião toma forma humana. É no decurso do período da 10ª-12ª semana que se inicia a migração dos 80 biliões de neurónios para a sua localização definitiva, terminando no 6º mês (24ª semana) de gravidez. Antes da 10ª-12ª semana, os neurónios não têm actividade. Se o fim da vida é determinado pelo fim da actividade cerebral, pode admitir-se que o início da vida corresponde ao início da rede cerebral, e portanto da coordenação do organismo por um futuro cérebro. A rede neuronal está na origem das relações do futuro recém-nascido com o que lhe é exterior. Este período (10ª-14ª semana) é também o que, na maioria dos países, é considerado como o limite da autorização da interrupção voluntária da gravidez.

Uma outra data, a do 6º mês, é uma etapa decisiva na vida do feto. O sistema nervoso está no lugar. O bebé a nascer pode viver de modo autónomo e independente. No Japão, o aborto é admitido até à 24ª semana de gravidez."

http://ocanto.esenviseu.net/apoio/pessoab.htm

Citação de: "Lancero"
Um feto às dez semanas tem, em média, 14 gramas e mede seis centímetros - bem longe ainda das imagens que aqui colocou.
Antes das 10 semanas a contar desde a última menstruação e não desde a fecundação, a mulher carrega no ventre um embrião e não um feto. Lancero, acho que estás a meter duas semanas a mais resultantes da diferença de duas semanas entre a fecundação e a última menstruação, sendo este último, o método utilizado para contar as semanas.

 No lado do Sim existem pessoas que são contra o aborto mas não querem impôr por Código Penal, esses valores aos outros, ou seja, seriam pessoas que quando confrontadas com uma gravidez indesejada optariam por ter a criança mas não querem impôr isso aos outros. E existem pessoas que são a favor do aborto quando confrontadas com uma gravidez indesejada, por acharem preferível a interrupção do desenvolvimento de um embrião, ao nascimento de um bébé que consideram não ter as condições a que tem direito.
O Sim é o único que abre as duas possibilidades. O Não, apenas oferece uma possibilidade, o que contraria a consciência de cada um por ser coercivamente imposto.
 
 A pergunta é muito simples: Se as vemos como criminosas ou não, se têm o direito de o fazer num local apropriado ou não, se têm a última palavra ou não.
 O meu voto é claramente, SIM!


Enfim... respostas clássicas, tiradas de sites de propaganda pro aborto. Que falta de originalidade.

Especialista em bio-ética não sou. Mas em Biologia, posso dizer que tenho algo mais que conhecimentos empíricos.

Deveria reconsiderar o que escreveu sobre embriologia porque pelo que eu li (um leitura vertical após ver tanto erro nas primeiras frases), você não faz a mínima ideia do que esta a escrever, e limita-se a copiar argumentos que encontra nalgum site pro-aborto que apresenta informações dúbias, distorcidas e falsas.
Título:
Enviado por: RedWarrior em Fevereiro 02, 2007, 06:14:10 pm
Concretamente, com o que é que não concordas?
Título:
Enviado por: Yosy em Fevereiro 03, 2007, 03:08:54 am
Um argumento (que acabou logo com uma discussão que estava a ter com amigos sobre isto): quem vota "sim" não está a obrigar ninguém a ir abortar, está só e apenas a dar uma opção; que vota "não" está a impor uma moralidade a outros.
Título:
Enviado por: papatango em Fevereiro 03, 2007, 12:53:52 pm
Citação de: "Yosy"
Um argumento (que acabou logo com uma discussão que estava a ter com amigos sobre isto): quem vota "sim" não está a obrigar ninguém a ir abortar, está só e apenas a dar uma opção; que vota "não" está a impor uma moralidade a outros.


Esse argumento não é sério.

Imagine que estamos a discutir a despenalização dos assaltos à mão armada.

Veja, que não estamos a falar de liberalizar os assaltos à mão armada, mas sim a despenalizar.

O seu argumento era equivalente a dizer que não há problema em despealizar o assalto à mao armada, porque aqueles que não querem assaltar ninguém têm a liberdade de não assaltar.
A lei apenas servirá para aqueles que quiserem fazer assaltos à mão armada sem sofrer penalização.


= = = = =

Eu continuo a achar que nos devemos reger por principios

No século XIX, Portugal foi a primeira nação do mundo a abolir a pena de morte.

Achámos, nós, os portugueses, que até o maior dos criminosos tem o direito à vida, e o direito a defender-se das acusações.

Se nos regemos por principios morais básicos, como é que podemos aceitar negar esse direito a um ser inocente que nunca vai ter possibilidade de sequer se defender?


Não é justo!
Não é moralmente aceitável!
Os principios gerais, devem sobrepor-se às necessidades de um grupo ou pessoa particular.

O Direito à Vida sobrepõe-se ao direito à privacidade
O Direito à Vida sobrepõe-se ao direito a abortar por conveniência

O Direito à Vida é o mais básico dos direitos humanos.
O Direito à Vida sobrepõe-se a qualquer outro.

É uma questão de principio.



Notar que sou favoravel a todas as ações que possam evitar a necessidade de abortar.
Sou favorável aos metodos anticoncepcionais (só hà uma nova vida depois de começar a multiplicação das células).

E embora possa parecer um contracenso, aceito o aborto em caso de malformação do feto, violação, e mesmo em caso de risco de vida para a Mãe.

Mas para esses abortos, já temos um ordenamento jurídico claro, que autoriza o aborto nessas condições.



A Lei que nos propõem, tem um objectivo: Liberalizar, tornal aceitável a ideia da morte, para que no futuro o aborto seja autorizado até imediatamente antes do nascimento.

Esta Lei, é uma Pena de Morte encapotada e disfarçada de liberalismo esquerdista e uma violação de direitos básicos e inalienaveis.

E é também uma forma de as clinicas de abortos espanholas ganharem um enorme saco de dinheiro.
O aborto é uma das industrias espanholas de maior sucesso.

E este referendo, é também, a maior oportunidade comercial que se abre à industria de abortos espanhola para abrir um novo e suculento mercado.

É uma questão comercial.

O comércio da Morte

O deverei dizer... De la muerte...
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Fevereiro 03, 2007, 06:39:14 pm
Um aspecto da questao, que talvez mereça ser ponderado, independentemente da posiçao sobre despenalizaçao...é a liberdade total e absoluta da mae sobre o futuro do feto, sem obrigaçao de aconselhamento.
O papel do outro progenitor ( o pai )... aparentemente nao tem 'obrigaçao oficial' para...nao digo decidir... mas sequer  exprimir uma posiçao sobre um problema que afinal lhe diz respeito...a sua 'paternidade'.
Pessoalmente partilho o 'desconforto' revelado pela médica Ana Tato, no texto que segue...      


Citar
O progenitor deve ser ouvido em caso de a mulher querer fazer um aborto?

"Tem de ser a mulher a decidir se o companheiro participa ou não na decisão", defende a socióloga Maria José Magalhães, do movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim. "É importante, para a sua saúde, para o seu bem-estar, dialogar com o seu namorado/marido, mas, se isso estiver no articulado da lei, o risco de termos uma situação de imposição é extremo. Deixa a decisão de estar nas mãos do médico, como é agora, e passa a estar nas do progenitor. As mulheres subordinam-se demasiado - a violência doméstica é exemplo disso."
A médica Ana Tato não gosta de imaginar um cenário em que a mulher tem, até às dez semanas, o direito de escolher manter ou prosseguir uma gravidez. Ainda assim, aceita o exercício teórico: em caso de a mulher decidir submeter-se a um aborto, "o progenitor deve obrigatoriamente ser incluído". A mandatária do Norte Pela Vida só acolhe uma excepção a esta regra: o caso de violação. Nesse contexto, "o homem enfrenta a consequência do próprio acto". Fora dele, "o pai tem tantos direitos como a mãe antes e depois do filho nascer".
José Manuel Pureza, do Cidadania e Responsabilidade pelo Sim, oferece uma visão intermédia. A despenalização pela qual se bate "tem como contrapartida uma capacidade de envolvimento muito maior de homens". Embora "a última decisão caiba à mulher", o sociólogo defende que o progenitor "deve ser ouvido". Até para despistar eventuais situações de imposição. "A desresponsabilização masculina", nesta matéria, "é ancestral." A lei em vigor, "como remete tudo para a clandestinidade, acaba por facilitar a vida a quem não quer assumir a responsabilidade e por tornar a decisão muito solitária", avalia.
O engenheiro Adão Fonseca, do Norte Pela Vida, também desconfia da bondade masculina. Vê numa eventual vitória do "sim" a possibilidade de o progenitor (ou até a família) exercer "uma pressão forte sobre a mulher para abortar". "Se a mulher tem direito total, tem dever total; se o homem não tem direitos, não tem deveres", vinca. E neste quadro, quando ela prossegue uma gravidez, ele pode-lhe atirar à cara: "Tiveste porque quiseste, agora aguenta."
Ana Cristina Pereira

PUBLICO 3/2/2007
(sublinhados meus)
Título:
Enviado por: Toro Bravo em Fevereiro 03, 2007, 08:54:34 pm
Citar
Arranca la campaña para el segundo referéndum luso sobre el aborto :)
Título:
Enviado por: lurker em Fevereiro 03, 2007, 09:04:07 pm
Citação de: "papatango"
Eu continuo a achar que nos devemos reger por principios

No século XIX, Portugal foi a primeira nação do mundo a abolir a pena de morte.

Achámos, nós, os portugueses, que até o maior dos criminosos tem o direito à vida, e o direito a defender-se das acusações.

Se nos regemos por principios morais básicos, como é que podemos aceitar negar esse direito a um ser inocente que nunca vai ter possibilidade de sequer se defender?


Não é justo!
Não é moralmente aceitável!
Os principios gerais, devem sobrepor-se às necessidades de um grupo ou pessoa particular.

O Direito à Vida sobrepõe-se ao direito à privacidade
O Direito à Vida sobrepõe-se ao direito a abortar por conveniência

O Direito à Vida é o mais básico dos direitos humanos.
O Direito à Vida sobrepõe-se a qualquer outro.

É uma questão de principio.

Notar que sou favoravel a todas as ações que possam evitar a necessidade de abortar.
Sou favorável aos metodos anticoncepcionais (só hà uma nova vida depois de começar a multiplicação das células).

E embora possa parecer um contracenso, aceito o aborto em caso de malformação do feto, violação, e mesmo em caso de risco de vida para a Mãe.

Mas para esses abortos, já temos um ordenamento jurídico claro, que autoriza o aborto nessas condições.

Caro patatango,
eu respeito e compreendo os argumentos acima. E não acho que seja preciso mais justificação que isso para no dia 11 votar no "NÃO".

Contudo..

Citar
A Lei que nos propõem, tem um objectivo: Liberalizar, tornal aceitável a ideia da morte, para que no futuro o aborto seja autorizado até imediatamente antes do nascimento.

Esta Lei, é uma Pena de Morte encapotada e disfarçada de liberalismo esquerdista e uma violação de direitos básicos e inalienaveis.

E é também uma forma de as clinicas de abortos espanholas ganharem um enorme saco de dinheiro.
O aborto é uma das industrias espanholas de maior sucesso.

E este referendo, é também, a maior oportunidade comercial que se abre à industria de abortos espanhola para abrir um novo e suculento mercado.

É uma questão comercial.

O comércio da Morte

O deverei dizer... De la muerte...


... esta parte é pura demagogia.

Antes de mais, não há nenhuma proposta de lei pendente da vitória do "SIM" no referendo, apenas algumas manifestações de intenção politica pelo actual Governo caso o "SIM" vença.

Segundo.. comecemos por um ligeiro aparte.
Uma coisa que sempre me irritou profundamente nos politicos de esquerda é a forma como falam como se fossem fossem a voz de uma vontade colectvia a que gostam de chamar "povo". Para o diabo com eles, eu tenho a minha própria vontade e voz.
Não tenha você também a presunção de ler a mente dos portugueses e reduzir o referendo a uma inciativa de uns quantos liberais de esquerda e donos de clinicas de aborto.
Se o "SIM" vencer no dia 11, não é por isso que o aborto vai passar a ser mais aceitável. Não confunda causa e efeito.
A verdade é muito mais simples: quer você queira quer não, há muitos portugueses que, não gostando necessariamente da prática de aborto, não têm a convicção de querer que a prática de aborto (nas condições do referendo) seja tratada como um crime, com todas as consequências que dai advém. E sem essa convicção, não lhes resta outra alternativa lógica senão apoiar a despenalização.
É por isso que o assunto vai a referendo. E, se o "SIM" vencer, é porque esses eleitores são a maioria (pelo menos, do que deslocaram às urnas).
Título:
Enviado por: papatango em Fevereiro 03, 2007, 10:27:09 pm
Como disse acima, é uma questão de principio

Ou temos principios e nos regemos por esses principios, ou desistimos de fazer o que quer que seja.

Estamos mergulhados numa cultura de desistência, e de facilitismo.

Os nossos alunos têm más notas, baixam-se os padrões nas escolas.
Não conseguimos controlar o trafico de drogas, então liberalizamos o tráfico
Não conseguimos controlar e reduzir o numero de abortos, então liberalizamos.

É uma fuga para a frente. Uma fuga para a frente de quem não quer encarar o problema de frente e prefere olhar para o lado, fingindo que algum problema vai desaparecer.

É isso que eu acho revoltante.

Da mesma maneira que acho revoltante uma capanha pelo Sim, que é um gigantesca e enorme mistificação, um Mentira com "M" grande, escondida por detrás de um eufemismo, afirmando que não se trata de legalizar, mas sim de despenalizar.

Nenhum português cumprirá o código da Estrada se a proíbição de andar a mais de 120 não der multa.

Num mundo perfeito, nem era preciso haver penalizações nas leis. Bastava dizer o que era proibido, e os cidadãos respeitavam a Lei.

Mas o mundo não é perfeito, e em Portugal as Leis não são respeitadas mesmo com penalizações, quanto mais sem elas.

É uma mentira, e eu revolto-me com a facilidade com que vejo o Primeiro Ministro e várias figuras públicas colaborar com a mentira.

Devemos escolher as coisas às claras e ser honestos.

Eu pergunto porque é que o mesmo sistema judicial caquético que temos continua a impedir as adopções e a condenar crianças a ficar até cinco anos numa instituição antes de se entregar aos pais adoptivos.

Eu pergunto porque é que o sindicato mais controlado pelo PCP, o dos professores, tem levantado tantos pruridos com a educação sexual nas escolas, afirmando que os professores não estão preparados para o tema.

Como não estão?

O que não está preparado para a Educação sexual nas escolas é a moral caquética, soviética do Partido Comnunista e de certa parte da esquerda portuguesa que parece liberal, mas tem medo, e acima de tudo tem VERGONHA de falar de temas com o sexo, as mães solteiras, as relações na adolescência e a redução da idade em que os adolescentes têm as primeiras relações sexuais.

Não se fez NADA, NADA!!!
E a chamada "esquerda" que deveria ser a principal promotora destas temáticas, pouco ou nada fez. E aqui, tenho que dizer, que é verdade, também o lado direito fez a mesma coisa.

Andamos a varrer os problemas para debaixo do tapete, e por isso fico enojado com este tipo de campanhas, em que se esgrimem argumentos pouco sérios de um lado e do outro, quando o mais importante, que são os principios, foi mandado às urtigas.

E agora, aparecem as clinicas de abortos espanholas.
Alguém já reparou que o argumento de que o aborto em Portugal dava dinheiro a médicos interesseiros praticamente desapareceu?
Já pensaram como de repente ninguém do campo do Sim passou a diabolizar o comércio do Aborto?
Ninguém pensou porquê?

Talvez fosse bom investigar os patrocinios das campanhas (just in case)

O problema, é básico, incrivelmente básico.

Trata-se do direito à Vida.
E não há nada, Não pode haver NADA que se lhe possa sobrepor. Nem a humilhação da mulher, nem os problemas familiares, nem a privacidade, NADA. Nada se pode colocar acima de um direito tão básico como esse.

Se nos abstemos de defender algo tão simples, vamos acabar a defender a eutanásia, ou o suicidio a pedido do doente.

Tem que haver regras, tem que haver fronteiras, tem que haver leis, tem que haver principios.

Se nos abstemos de defender o mais importante dos direitos, acabaremos por desistir de todos os outros.

Cumprimentos[/code]
Título:
Enviado por: lurker em Fevereiro 03, 2007, 11:57:02 pm
Citar
Como disse acima, é uma questão de principio
Concordo em absoluto.

Um pequeno edit, sobre algo que eu não tenha sido suficientemente claro no meu primeiro post:
Eu não o pretendo convencer a mudar a sua posição sobre o aborto ou mostar que o meu voto no "SIM" é mais correcto que o seu por nenhum ponto de vista. Respeito os seus principios e o seu sentido de voto e não faço intenção de os mudar um milimetro que seja.
Apenas me pronuncio sobre outros argumentos mais tangiveis que juntou à sua declaração de principios e que me parecem um tanto falaciosos.

Citar
Da mesma maneira que acho revoltante uma capanha pelo Sim, que é um gigantesca e enorme mistificação, um Mentira com "M" grande, escondida por detrás de um eufemismo, afirmando que não se trata de legalizar, mas sim de despenalizar.

[...]

Devemos escolher as coisas às claras e ser honestos.

Tenho visto este argumento repetidamente, a despenalização vs legalização, despenalização vs liberalização. E repetidamente tenho colocado as mesmas perguntas, às quais ainda não obtive resposta:
Qual a distinção que faz entre despenalização, legalização e liberalização?
Em que é que essas diferenças afectam o sentido do seu voto?

Citar
E agora, aparecem as clinicas de abortos espanholas.
Alguém já reparou que o argumento de que o aborto em Portugal dava dinheiro a médicos interesseiros praticamente desapareceu?
Já pensaram como de repente ninguém do campo do Sim passou a diabolizar o comércio do Aborto?
Ninguém pensou porquê?
Talvez porque não é verdade? Ainda há menos de duas semanas, a Srª Maria José Morgado referiu-se à questão, uma conferência organizada pelo grupo parlamentar do PS e intitulada "Sim à Despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez", nestes termos:
«Há clínicas em Portugal que são 'slot machines' de ganhar dinheiro»
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1282974 (http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1282974)

Citar
Se nos abstemos de defender algo tão simples, vamos acabar a defender a eutanásia, ou o suicidio a pedido do doente.

Meu caro, não entre nesse caminho.
Não assuma que isto é uma encosta escorregadia de moral, sempre a descer. As pessoas que defendem a despenalização do aborto também traçam limites morais, entre o que aceitam e o que não aceitam. São simplesmente diferentes dos seus.

A maioria das pessoas gosta de pensar que os seus principios morais são absolutos mas a verdade é que não são. E por vezes, os principios morais de uns entram em conflicto violento com os de outros.
Neste caso, o conflito vai ser relativamente pacifico, nas urnas de voto.

E como nota de rodapé, compreenda que há pessoas (por exemplo, eu!) para quem o direito de cada um a acabar com a sua vida é tão importante como o direito à vida.
Título:
Enviado por: RedWarrior em Fevereiro 04, 2007, 06:00:55 am
Citação de: "papatango"
Imagine que estamos a discutir a despenalização dos assaltos à mão armada.
A despenalização é liberalizante. O que não é um aspecto negativo, na minha opinião.
 A comparação é patética.

Citação de: "papatango"
No século XIX, Portugal foi a primeira nação do mundo a abolir a pena de morte.
Certo. Fomos progressistas.

Citação de: "papatango"
Se nos regemos por principios morais básicos, como é que podemos aceitar negar esse direito a um ser inocente que nunca vai ter possibilidade de sequer se defender?
Porque demos um direito muito mais importante à mãe que o carrega no ventre, o direito de decidir se quer que ele venha ao mundo ou não, antes desde ter consciência que existe.
 De qualquer forma, não é isso que o referendo te pergunta. Tens que responder à questão.

Citação de: "papatango"
E embora possa parecer um contracenso, aceito o aborto em caso de malformação do feto, violação
Não parece, é mesmo um contracenso.
 Se defendes que o embrião deve ser protegido pela lei, tens que ser coerente. Caso contrário, terás que alterar o teu argumentário.

Citação de: "papatango"
Liberalizar, tornal aceitável a ideia da morte, para que no futuro o aborto seja autorizado até imediatamente antes do nascimento.
Não estás a responder à pergunta.

Citação de: "JoseMFernandes"
O papel do outro progenitor ( o pai )... aparentemente nao tem 'obrigaçao oficial' para...nao digo decidir... mas sequer  exprimir uma posiçao sobre um problema que afinal lhe diz respeito...a sua 'paternidade'.
Concordo contigo neste ponto. Mas prefiro o mal menor.

Citação de: "papatango"
Ou temos principios e nos regemos por esses principios, ou desistimos de fazer o que quer que seja.
O que vai a referendo, também é, se o Código Penal deve fazer valer os teus princípios sobre todos os outros, ou se cada um pode decidir de acordo com a sua consciência.

Citação de: "papatango"
Não conseguimos controlar e reduzir o numero de abortos, então liberalizamos.
A "esquerda liberalizante" anda há décadas, Sim! há décadas, a pressionar os sucessivos governos para promoverem a Educação Sexual nas escolas e o Planeamento Familiar. Porque é assim que se reduz o número de abortos.
 Proibir não resolve, elas fazem-no clandestinamente. Despenalizar a sua realização atenua as consequências do aborto clandestino.
 Tem respeito pela inteligência das pessoas!

Citação de: "papatango"
Nenhum português cumprirá o código da Estrada se a proíbição de andar a mais de 120 não der multa.
Então concordas com a pergunta. Quem não cumpre o Código da Estrada é penalizado. Quem faz abortos (logo não cumpre o Código Penal) é penalizado.
 Então porque é que afirmas que a questão aqui não é a despenalização? Queres que as mulheres sejam presas por praticarem um aborto antes das 10 semanas? Se achas que isso é um crime, estás no teu direito. Mas eu não acho, e é isso que nos divide.

Citação de: "papatango"
Eu pergunto porque é que o sindicato mais controlado pelo PCP, o dos professores, tem levantado tantos pruridos com a educação sexual nas escolas, afirmando que os professores não estão preparados para o tema.

 Faz o favor de não dizer disparates. O que se exige é que hajam professores preparados para dar aulas de Educação Sexual, e que elas não sejam dadas por professores de outras disciplinas. O PCP tem projectos bem antigos para a Educação Sexual, como o de 82. Ficam sempre na gaveta.

http://www.pcp.pt/ar/legis-7/projlei/pjl632.html
 
 Atenção, eu não concordo com a totalidade deste projecto de lei. Mas negar o seu contributo é demagógico.
 Todos os partidos que actualmente têm assento parlamentar, já estiveram no governo, à excepção do BE e do PCP. Pois são exactamente estes dois partidos que o papatango ataca!! É preciso muita paciência...
Título:
Enviado por: Miguel em Fevereiro 04, 2007, 09:08:48 am
Citar
E embora possa parecer um contracenso, aceito o aborto em caso de malformação do feto, violação, e mesmo em caso de risco de vida para a Mãe.

Mas para esses abortos, já temos um ordenamento jurídico claro, que autoriza o aborto nessas condições.



 :wink:
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 05, 2007, 10:50:11 am
Citação de: "Yosy"
E que tal por fotos de mulheres mortas, quando foram fazer um aborto sem condições nenhumas porque não têem dinheiro para ir a Espanha?

Ah, pois é - o efeito choque é muito bonito quando é só para o lado que nos convém.

Voto sim. Além disso cada vez que vejo mais os argumentos sensionalistas do não/direita/Igreja que quero cada vez mais que este referendo passe.


x2

O que realmente me enoja é a Hipocrisa, a Demagogia e a Falsidade, que estes fanáticos-da-moral-e-bons-costumes (para o que lhes convem), aliados aos sectores mais conservadores, retrógados e obscurantistas da sociedade demostram.

Por vontade de muitos adeptos do "não" ainda estávamos na Idade Média :roll:
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 05, 2007, 11:04:17 am
Citação de: "Yosy"
Um argumento (que acabou logo com uma discussão que estava a ter com amigos sobre isto): quem vota "sim" não está a obrigar ninguém a ir abortar, está só e apenas a dar uma opção; que vota "não" está a impor uma moralidade a outros.

Exactamente!

É isto e mais nada!

ESte ARGUMENTO é mais que sério, é SERíSSIMO!

DEMAGOGIA é dizer que por trás disto também andam os Espanhois...bolas que fanatismo tem limites.

Citação de: "RedWarrior"
Porque demos um direito muito mais importante à mãe que o carrega no ventre, o direito de decidir se quer que ele venha ao mundo ou não, antes desde ter consciência que existe.
De qualquer forma, não é isso que o referendo te pergunta. Tens que responder à questão.


Exacto.

Para os Defensores do não a MULHER pura e simplesmente não tem direitos, só o Feto (E nãO venham com demagogias á paulinho das feira que um feto com menos de 10 semanas é um ser vivo! essa nenhuma ciencia conseguiu provar e que disser o contrário não passa de um MENTIROSO...mas já lá dizia Josef Goebbels , "uma mentira repetida inúmera vezes torna-se verdade", regra que os defensores do não cumprem á risca...) :(

Citação de: "papatango"
Eu pergunto porque é que o sindicato mais controlado pelo PCP, o dos professores, tem levantado tantos pruridos com a educação sexual nas escolas, afirmando que os professores não estão preparados para o tema.


Este homem é doido! Vc faz uma PEQUENA IDEIA do que se passa nas Escolas hoje em dia??????
Desculpe mas é apenas mais uma das suas demagogias reles!!!!!
Desde quando é que são os professores que decidem os programas?
Oh Homem acorde!
Desça lá do seu pedestal e venha ver a vida do comum dos mortais!
Deixe-se lá de fantasias e fantasmas...acorde para a realidade e deixe de niventar, chiça! Nunca vi algúem capaz de distorcer a verdade e a realide de tal maneira, a que tudo lhe dê razão!!!!
Se não fosse tão triste era hilariante....
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 05, 2007, 01:30:03 pm
Tanta emoção, P44 :mrgreen:
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 05, 2007, 01:42:20 pm
Citação de: "Luso"
Tanta emoção, P44 :twisted: Detesto Hipocrisias...sempre tive este "defeito" :roll: Isso e "Iluminados", auto-intitulados donos da verdade absoluta , desejosos de impor a vontade de 1/2 dúzia a povos inteiros....

 c34x Eu não tenho nada que se aproveite....

Saludos Cordiales,
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 05, 2007, 01:57:58 pm
Citar
Isso e "Iluminados", auto-intitulados donos da verdade absoluta , desejosos de impor a vontade de 1/2 dúzia a povos inteiros...


- Alguém me chamou?
 :mrgreen:

Candeia que vai à frente ilumina duas vezes.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 05, 2007, 02:12:42 pm
Citação de: "Yosy"
Um argumento (que acabou logo com uma discussão que estava a ter com amigos sobre isto): quem vota "sim" não está a obrigar ninguém a ir abortar, está só e apenas a dar uma opção; que vota "não" está a impor uma moralidade a outros.

Impor uma moral aos outros?

Citar
Não nos imponhas a tua moral, vamos impor a minha

Frequentemente, basta o menor indício de que uma postura sobre certa lei controversa se inspira em determinadas convicções éticas ou religiosas para despromovê-la, acusando quem a defende de pretender "impor a sua moral" aos outros. Este argumento é uma falácia, explica o filósofo norte-americano Edward Feser, autor de um livro sobre Robert Nozick, em Tech Central Station (31 de Maio de 2005).

Trata-se, segundo Feser, de uma petição de princípio e de uma maneira tendenciosa de descrever a postura rival. Pois toda a gente tem as suas própria convicções morais e não é por isso que são descartadas como candidatas a inspirar legislação. Assim se verifica quando se faz a experiência de usar o argumento contra quem costuma esgrimi-lo. Suponhamos que alguém tinha acusado os partidários da discriminação positiva de "querer impor as suas 'opiniões pessoais' a todos os outros". Replicariam que "não é simplesmente o seu gosto pessoal e subjectivo que os motiva, mas sim o seu compromisso pela defesa da igualdade como ideal moral objectivo". Analogicamente, se alguém se opõe "à pornografia ou ao casamento homossexual, isso não quer dizer, necessariamente, que se opõe porque tais coisas lhe pareçam repugnantes; a sua rejeição pode estar baseada num princípio moral objectivo e racionalmente defensável".

Feser chama a este truque dialéctico que descreve "a falácia anti-conservadora", porque costuma empregar-se contra os conservadores pelos liberais, socialistas ou feministas. A falácia consiste em atribuir as posturas morais dos adversários a meras preferências pessoais, sem admitir a possibilidade de que as suas preferências derivem de juízos que podem ser verdadeiros e, portanto, universalmente válidos. Desta forma, descartam-se os argumentos do lado contrário sem os debater, e dá-se por suposto aquilo que exige ser demonstrado: que o outro não tem razões para justificar a sua postura.

 

Relativismo aparente

 

Outra formulação da falácia é que os adversários pretendem "impor a sua moral como lei" ou "legislar sobre moral". Mas também "liberais e libertários apelam a certos princípios morais para defender as políticas da sua preferência. Como podem então, sem incorrer em incoerência, criticar os conservadores por fazer o mesmo? O liberal não pretende também legislar 'sobre uma moral' quando defende a redistribuição da riqueza em nome da justiça? Não está nesse caso a 'impor as suas opiniões morais' aos ricos? E os libertários não tratam também de 'impor as suas opiniões morais' aos liberais quando procuram deter tal redistribuição?".

"Na realidade, a tese de que 'não devemos impor aos outros as nossas próprias opiniões morais' é muito curiosa. Parece implicar a ideia de que todas as opiniões morais são meramente 'pessoais', no sentido em que não reflectem mais do que gostos ou preferências individuais e, portanto, não se pode justificar a sua 'imposição' a quem não partilha desses gostos ou preferências. A continua invocação desta ideia nas críticas às políticas conservadoras é, provavelmente, a principal razão por que liberais e libertários são frequentemente considerados suspeitos de relativismo moral. Mas como, segundo vimos, liberais e libertários podem ser considerados perfeitos absolutistas nas suas próprias crenças morais e nada adversos a dizer aos outros que deveriam ater-se a elas, é evidente que as suas opiniões não são, de modo nenhum, genuinamente relativistas. De facto, a própria ideia de que 'não devemos impor aos outros as nossas próprias opiniões morais'  soa a imperativo moral absoluto".

 

Um recursos retórico

 

Portanto, o verdadeiro problema não é uma questão geral sobre a "imposição" de posturas morais, mas sim uma questão particular sobre a "validade" de determinada postura. Os utilizadores habituais da falácia deveriam, pois, formular as suas críticas "de maneira mais franca; mas isso seria à custa de perder eficácia retórica". Com efeito, "se um liberal ou libertário dissesse: 'as minhas opiniões são opiniões morais genuínas e as conservadoras são meras expressões de preferências pessoais', ou 'as minhas opiniões morais são correctas e as conservadoras não', já seria óbvio que não estaria a fazer mais que afirmações injustificadas e muito discutíveis. É muito melhor para ele dizer, então, algo como: 'ninguém deve impor aos outros as suas próprias opiniões morais'. Deste modo, o liberal ou libertário parece estar a dizer algo evidentemente verdadeiro (que ninguém deve impor aos outros os seus gostos pessoais, subjectivos e peculiares), quando na realidade está a declarar uma tese extremamente discutível para a qual não avançou justificação alguma (que se deve permitir às opiniões morais liberais e libertárias, mas não às conservadoras, a inspiração de leis)".

O recurso frequente a esta falácia, conclui Feser, adultera o debate público, fomentando o simplismo. "Nem todos os princípios morais devem ser impostos pelo poder do Estado, mas quase tudo o que o Estado faz se baseia em algum princípio moral. É uma frivolidade, portanto, defender que 'não se deve legislar sobre moral', se isso significa que as leis não deveriam inspirar-se em princípios morais controversos. E quase todos os princípios morais são controversos em larga medida: mesmo que as pessoas concordem que o assassinato está errado, frequentemente se divaga em relação àquilo que deve ser considerado assassinato, como se comprova pelas disputas sobre o aborto, a eutanásia e, inclusivamente, sobre o sacrifício de animais. A questão não é, pois, se os princípios morais discutidos devem inspirar as nossas leis, mas sim que princípios morais discutidos - liberais, conservadores, libertários ou quaisquer outros - deveriam inspirá-las".

 

in Aceprensa n.º 77/05

Título:
Enviado por: papatango em Fevereiro 05, 2007, 02:59:56 pm
Citação de: "P44"
Este homem é doido! Vc faz uma PEQUENA IDEIA do que se passa nas Escolas hoje em dia??????
Desculpe mas é apenas mais uma das suas demagogias reles!!!!!
Desde quando é que são os professores que decidem os programas?
Oh Homem acorde!
Desça lá do seu pedestal e venha ver a vida do comum dos mortais!
Deixe-se lá de fantasias e fantasmas...acorde para a realidade e deixe de niventar, chiça! Nunca vi algúem capaz de distorcer a verdade e a realide de tal maneira, a que tudo lhe dê razão!!!!
Se não fosse tão triste era hilariante....

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.edusan.sk%2Fdom_lek%2Fimg_lieky%2Fxanax.jpg&hash=623e072607f95ce03f0c93f781b520b2)

P44 ->

As clinicas espanholas especializadas no aborto, são um facto e não uma invenção minha.

Citar
A dona de uma clinica abortiva espanhola, a acreditar nas imagens transmitidas pela própria televisão do estado RTP, através do seu serviço noticioso das 13:00 de 19 de Outubro de 2006, visitou o Ministério da Saúde, onde pediu garantias de que o Aborto seria legalizado em Portugal, de forma a garantir o investimento espanhol numa clínica abortiva a instalar no centro de Lisboa, próximo à Avenida da Liberdade.


O negócio do aborto em Espanha, é de facto um negócio muito lucrativo. Isto também são factos e não invenção minha.

A somar a isto tudo, está o facto de as clinicas abortivas espanholas, serem tendencialmente muito flexiveis.

Ou seja, mesmo que a criança já tenha 5 meses, fazem o cervicinho como se tivesse apenas 2 meses e meio e cobram uma taxazita adicional.
Médicos que fazem abortos, são por definição e natureza pessoas que violaram o juramento de Hipocrates.
Quem viola um juramento, viola todos, e não há razão nenhuma para acreditar na sua honorabilidade.

= = = = = = = = = = = = = =

Quanto às regras soviéticas de moralidade sexual vigentes no Partido Comunista Português, talvez você não as conheça exactamente muito bem.

O PCP, quanto a temas de sexo, é mais conservador e "Católico" que o CDS. Falam da boca para fora, mas na realidade, os camaradas mais soviéticos são gente muito conservadora. Agora até a Odete Santos foi saneada, que isto de ter mulheres em cargos importantes é perigoso. Vide o que fizeram à Zita Seabra.

A mesma Zita Seabra que tinha sido a favor do Aborto e que agora acha que nos dias de hoje, há suficiente informação e meios para o evitar.
(A Zita Seabra é uma invenção ?)

=====================

Você começa a ser um caso preocupante P44.
Comece a pensar pela sua cabeça, em vez de deixar para os outros essa importante função do cérebro humano.
Vai ver que não se arrependerá.

=====================
Talvez também fosse boa ideia, deixar de atacar o mensageiro, apenas porque não gosta da mensagem que ele transporta.

Também seria interessante tentar entender as mensagens, porque entenderia que muitas das minhas criticas são acima de tudo contra a hipocrisia e contra uma campanha cheia de mentiras e de golpes baixos e sujos, em que até o primeiro ministro colaborou, afirmando que se o Não ganhar, não aceitará que se encontrem formas de evitar que haja mulheres presas (e isto sabendo-se que não há uma unica mulher presa por ter praticado aborto).

Os principios morais são absolutos.
E o direito à Vida, tem que estar acima de todos os direitos.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Fevereiro 05, 2007, 03:56:36 pm
Citação de: "Jorge Pereira"
Citar
10 semanas – O embrião atinge quatro centímetros e muda de nome: agora é feto. Todas as suas estruturas já estão formadas. Se for do sexo feminino, já possui até os ovários com seu suprimento de óvulos para toda vida. Nas próximas semanas, este novo ser só terá o trabalho de crescer. A mãe não percebe seus movimentos, mas, lá dentro, ele treina o abrir e fechar a boca e as mãos – os dedinhos ainda são ligados por uma membrana, como pés de pato, mas é capaz de dobrá-los, uma brincadeira divertida no aconchego do útero.

10 Semanas

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.gineco.com.br%2Fimages%2F10sem.jpg&hash=930fb53e107b72633ec794f47dfae088)

Citar
O verdadeiro combate pela liberdade

"Eu sou contra o aborto e até acho que está ali uma vida humana. Mas não devo impor esta minha opinião aos outros. Tem de haver liberdade para decidir." Muitas pessoas votarão "sim" no próximo referendo com esta posição. Acham que em tema tão decisivo para a vida da mulher deve dar-se liberdade.

O mais espantoso neste raciocínio é que este é o único campo em que é aplicado. Em todos os outros aspectos sociais ninguém raciocina deste modo. Nunca se ouviu dizer: "Eu até acho que se deve conduzir devagar, mas cada um é livre de andar como quiser"; ou "Eu até penso que não se deve despedir sem justa causa, mas a liberdade empresarial deve prevalecer"; ou ainda "Eu até sou contra a droga, mas cada um que decida". Em todos os sectores da vida o Estado impõe-nos uma conduta e atitude, limites apertados à vigência da liberdade. Só aqui, onde está em causa a protecção de uma vida humana embrionária, só aqui se quer impor a absoluta autonomia.


É evidente que cada um tem liberdade de pensar o que quiser sobre o início da vida humana. Mas quando se fala da destruição dessa vida então essa, como todas as liberdades, tem de ser regulada e protegida. Cada um também tem liberdade de escolher a casa que quiser desde que respeite o plano urbanístico, de escrever o que lhe apetece mas sujeito à lei de imprensa, às regras da privacidade, ao código da publicidade. Quanto mais importante a liberdade, mais regras a defendem. Porque não se protege a liberdade de nascer?

O drama do aborto vem do confronto de duas situações gravíssimas. Quem se propõe praticá-lo só o faz em caso-limite, em situações onde estão em jogo coisas decisivas. Mas o embrião que sofre o aborto tem toda a sua pessoa envolvida nele de forma ainda mais decisiva. Pode compreender-se que o Estado não se meta nas decisões íntimas dos cidadãos. Mas pode deixar à liberdade de cada um a decisão de eliminar a vida de outro? Para mais, inocente? Ter em atenção o primeiro elemento, ignorando o segundo, é uma irresponsabilidade incrível.

Em todos os assuntos o Estado tem uma política, uma regulamentação, um instituto. Fá-lo para garantir o bem-estar, promover a justiça, assegurar o futuro e o progresso. Claro que essas leis e limites criam muitos incómodos, mas sempre em nome de um valor superior. Que bem-estar é mais importante que o do bebé em gestação? Que justiça é mais sublime que a dos inocentes? Que futuro, que progresso para Portugal sem embriões, sem filhos, sem vida? Será que o direito à irresponsabilidade paternal se sobrepõe ao direito à vida?

Vivemos num tempo de causas, de campanhas, de ideais. Defendem-se as águias pesqueiras e as ruínas celtas, a cozinha tradicional e a camada de ozono, o sexo seguro e a higiene dentária. Só as crianças antes de nascer têm de ficar sem protecção... em nome da liberdade? Será que ninguém lhes dá a liberdade sequer de respirar e olhar para o Sol? Será que a liberdade de cada um determinar quando começa a vida humana é mais importante que a liberdade de nascer?

Claro que o Estado quer regulamentar também este tema. Mas só pretende fazê-lo a partir das dez semanas de vida. A lei protegeria o direito à vida, mas só após as dez semanas. Porquê? Por que razão o feto com 11 semanas teria protecção e o de nove não? Que estudo, conceito, ideologia, argumento suporta tal decisão? A resposta, simplesmente, é que dá jeito que assim seja. Há conveniência nesse limite. E o direito à vida ficaria sujeito aos interesses. Não é novidade, pois este tem sido sempre o princípio original da opressão.

O mais patético desta situação é que os filhos e netos daqueles que lutaram para conseguir as nossas liberdades julgam continuar essa tradição combatendo agora pela liberdade de abortar. Os seus pais militaram contra a ditadura e a guerra colonial, os seus avós resistiram à censura e demagogia, ao racismo e genocídio.

Mas na sociedade que sacrifica a liberdade à qualidade de vida, o tema que motiva a intervenção é a liberdade sexual. Mesmo sacrificando a vida do filho.

Pensam copiar velhas glórias, mas não notam que, ao fazê-lo, caem na posição dos antigos opressores. Não vêem que a luta que marcará este tempo, a generosidade heróica da nossa geração, é precisamente a defesa da vida contra a ditadura do hedonismo.
Continuamos a ter heróis no combate pela liberdade, mas esses estão do lado do "não", afirmando a liberdade de nascer, de ter um nome, de ser alguém.

Fonte (http://http)



Patético é ver como certas “forças políticas” e seus “seguidores” se indignam quando terroristas são enviados para Guantánamo, ditadores sanguinários são enforcados, quando operações militares são levadas a cabo para eliminar terroristas; No entanto, na hora de proteger o mais indefeso dos seres, são os primeiros a “afiar as facas”.

Afinal de que lado estarão?  :roll:

Demasiado triste e confrangedor para ser verdade!
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 05, 2007, 11:54:13 pm
Citação de: "M. Luther King"
A moral não pode ser promulgada como uma lei [ civil] , mas o comportamento pode ser regulado. Os decretos [ ...] não podem mudar o coração, mas podem limitar a crueldade.

Citar
Nuremberga condenou 10 líderes nazis por "encorajarem e coagirem ao aborto", acto que o tribunal caracterizou como "um crime contra a humanidade" - Michael Schwartz, "Abortion The Nazi Connection." News­letter of the Catholic League for Religious and Civil Rights, August 1978, p. 1
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 06, 2007, 10:55:42 am
Citação de: "Luso"
Citar
Isso e "Iluminados", auto-intitulados donos da verdade absoluta , desejosos de impor a vontade de 1/2 dúzia a povos inteiros...

- Alguém me chamou?
 :mrgreen:

Papatango, bolas, vc agora até defende a Zita seabra, uma pessoa sem o menor nivel de integridade , que mal lhe cheirou a um "tachinho" se reconverteu á "social-democracia"....

Ainda o vou ver a pedir para que erguam uma estátua ao José Luis Judas, outro grande paladino da Honestidade :mrgreen: )

Quero lá saber de PCPs , PSs, PSDs e o raio que os parta, eu falo por mim, não ando a seguir a cartilha de ningúem, poça que o homem é chato, deve pensar que sou do comité central.

Mas tb pode ter a certeza, preferia mil vezes ser do Comité Central do que dos Jantares do Caldas, das tias (*cof*cof*cof* esta tosse)....isso sim é que é hipocrisia.

Saudações Marxistas (tendência Grouxo) :P
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 06, 2007, 11:05:43 am
Citação de: "Jorge Pereira"

Patético é ver como certas “forças políticas” e seus “seguidores” se indignam quando terroristas são enviados para Guantánamo, ditadores sanguinários são enforcados, quando operações militares são levadas a cabo para eliminar terroristas; No entanto, na hora de proteger o mais indefeso dos seres, são os primeiros a “afiar as facas”.

Afinal de que lado estarão?  :roll:  :roll:
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 06, 2007, 11:55:52 am
P44 eu fui contra a invasão pelos Americanos ao Iraque, sou contra aquela coisa a que eles chama de prisão em Guantánamo e no entanto vou votar "não" neste referendo.

Já agora, para descontrair e apesar do tipo ser um acérrimo defensor do "sim" aqui vai um video para o ppl descontrair:

http://www.youtube.com/watch?v=JtDRKmuRwB4 (http://www.youtube.com/watch?v=JtDRKmuRwB4)
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Fevereiro 07, 2007, 02:40:07 am
Citação de: "EntãoéAssim"
Badajoz para nascer, Portugal para morrer

Tenho ouvido ultimamente o sr. Primeiro-Ministro e o sr. Ministro da Saúde,
e com eles todo o séquito que habitualmente os acompanha em coro, insistir
na vergonha que é a afluência de mulheres grávidas portuguesas a Badajoz,
ao que eles dizem para abortar em clínicas dessa especialidade (não sei se
hei-de chamar-lhe médica, ou se ainda não estará reconhecida como tal).

Não podemos permitir a continuação de semelhante escândalo, dizem eles
tremelicantes de patriótica indignação, é obrigação do Estado português
assegurar a todas as cidadãs que o queiram fazer a possibilidade de abortar
livremente e com todas as garantias aqui, no generoso país que é o delas.

Não sei se haverá ou não essa falada romaria abortista, desconheço o facto
e não tenho acesso às fontes de informação de Suas Excelências.

Porém, o que sei de ciência certa é que ouvi não há muito tempo as mesmas
vozes troçando dos atavismos anacrónicos que levavam alguns portugueses a
protestar contra as medidas de Suas Excelências que obrigam as grávidas
portuguesas de extensa zona do país a deslocarem-se para Badajoz a fim de
ali darem à luz. Segundo explicaram então às nossas mentes obscurecidas por
séculos de anti-espanholismo primário, isso de fronteiras já não é do nosso
tempo.

E todos os critérios de racionalidade financeira apontam para a
conveniência da solução que nos arranjaram: as portuguesas que queiram ter
as crianças que vão a Badajoz, que vão muito bem e serão bem atendidas.

Nós não temos dinheiro para essa extravagância de sustentar maternidades
deficitárias, não podemos esbanjar com esse luxo de terem os filhos em
Portugal.
O que os nossos hospitais terão que garantir, isso sim, é que no caso de
estarem interessadas em os abortar poderão fazê-lo por cá, sem listas de
espera nem mesquinhices economicistas. Nem que tenha de formalizar-se uma
via verde para as candidatas, e organizar-se uma equipa permanente só para
isso em cada hospital distrital, e reservar um bloco só para essas
intervenções, e destinar um reforço no orçamento para que não haja falhas
.

Pode lá admitir-se que uma portuguesa tenha que ir abortar a Badajoz!


 :Palmas:  :Palmas:
Título:
Enviado por: Rui Elias em Fevereiro 07, 2007, 03:04:32 pm
Eu sou contra o aborto, que considero uma tragédia total.

Sou defensor da vida seja ela intra-uterina, seja a de militares e de facto muitos dos defensores da "vida" aplaudiram uma invasão de um país com base em mentiras e falsidades.

O que acontece em relação ao aborto, não é perguntar se se é a favor ou contra.

Imaginem o seguinte cenário:

Uma mulher jovem descuida-se na toma da pílula, tem uma diarreia ou toma um antobiótico que faz apilula perder o efeito.

De repente vê-se grávida e trabalha a prazo numa fabriqueta de sapatos, onde tem medo de ser dispensada por estar grávida.

O que fazer?

Outro exemplo:

Uma estudante universitária apanha uma buba do caixão à cova na queima das fitas, e vai para a cama com o colega.

De repente no mês seguinte vê-se grávida e para nem dizer aos pais, aconselha-se com uma amiga ou com a colega da turma, arranjam, dinheiro nem que seja na COFIDIS, e diz aos pais que tem que ficar nesse fim de semana em casa da amiga para estudar para um exame.

E aí metem-se as 2 no carro e vão a badajós tratar do assunto.

Ou a adolescente que vai descuidadamente para uma "curte" com o colega, fica grávida, e aí, os pais e o irmão mais velho, para ela não "desgraçar" a sua vida obrigam-na, com coerção a desfazer-se do feto.

Ou etc, etc, etc.

Será que essa 3 mulheres deveriam ir para a prisão ou pelo menos serem julgadas por isso?
Título:
Enviado por: Lightning em Fevereiro 07, 2007, 05:28:37 pm
Citação de: "Rui Elias"
Será que essa 3 mulheres deveriam ir para a prisão ou pelo menos serem julgadas por isso?


Isso não sei mas de certeza que devem ser responsaveis pelos seus actos, se alguém bate numa criança também é responsabilizada por isso, eu discordo de passar atestados de irresponsabilidade as mulheres.
A primeira deveria saber que o tal antibiotico faz a pilula perder o efeito e as duas seguintes deviam saber que o sexo sem protecção pode levar a ficarem gravidas.
Estamos no seculo XXI, na idade da informação, em qualquer aldeola à internet e tv cabo, não me venham com historias, as pessoas tem que ser responsaveis pelo que fazem!
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Fevereiro 08, 2007, 01:19:00 am
Citação de: "Lightning"
Citação de: "Rui Elias"
Será que essa 3 mulheres deveriam ir para a prisão ou pelo menos serem julgadas por isso?

Isso não sei mas de certeza que devem ser responsaveis pelos seus actos, se alguém bate numa criança também é responsabilizada por isso, eu discordo de passar atestados de irresponsabilidade as mulheres.
A primeira deveria saber que o tal antibiotico faz a pilula perder o efeito e as duas seguintes deviam saber que o sexo sem protecção pode levar a ficarem gravidas.
Estamos no seculo XXI, na idade da informação, em qualquer aldeola à internet e tv cabo, não me venham com historias, as pessoas tem que ser responsaveis pelo que fazem!


Excelente Lightning, nem mais. Além disso, muitas pessoas parecem esquecer que já existe até uma pílula do "dia seguinte".

Hoje em dia já não há desculpas para se “brincar” de forma irresponsável!
Título:
Enviado por: RedWarrior em Fevereiro 08, 2007, 02:58:54 am
Citação de: "Lightning"
Isso não sei mas de certeza que devem ser responsaveis pelos seus actos

 Portanto, a punição para uma mulher irresponsável, ou para a irresponsabilidade de uma gravidez não planeada, é ser mãe?? :shock:
 E como sabes que foi irresponsável?? Casos não saibas os métodos contraceptivos não são 100% seguros. Paga o justo pelo pecador?
 O Estado deve deixar de tratar fumadores por doenças relacionadas com o tabaco?
Título:
Enviado por: komet em Fevereiro 08, 2007, 12:11:10 pm
Citação de: "RedWarrior"
Citação de: "Lightning"
Isso não sei mas de certeza que devem ser responsaveis pelos seus actos
O Estado deve deixar de tratar fumadores por doenças relacionadas com o tabaco?


Bem visto.
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Fevereiro 08, 2007, 12:24:49 pm
Citação de: "RedWarrior"
Citação de: "Lightning"
Isso não sei mas de certeza que devem ser responsaveis pelos seus actos
Portanto, a punição para uma mulher irresponsável, ou para a irresponsabilidade de uma gravidez não planeada, é ser mãe?? :shock:
 E como sabes que foi irresponsável?? Casos não saibas os métodos contraceptivos não são 100% seguros. Paga o justo pelo pecador?
 O Estado deve deixar de tratar fumadores por doenças relacionadas com o tabaco?


Precisamente aí está a questão. O Estado deve é dar condições a essa mulher para ser mãe com toda a dignidade. Em casos extremos terá que garantir a essa criança uma alternativa o mais humanamente possível para substituir a mãe e eventualmente o pai biológico.

Nunca deverá é optar pela opção mais fácil mas ao mesmo tempo a mais criminosa: O extermínio de um ser inocente.
Título:
Enviado por: Lancero em Fevereiro 08, 2007, 01:10:52 pm
http://img444.imageshack.us/img444/8774 ... nasyv4.jpg (http://img444.imageshack.us/img444/8774/10semanasyv4.jpg)
Título:
Enviado por: RedWarrior em Fevereiro 08, 2007, 08:47:04 pm
Citação de: "Jorge Pereira"
O Estado deve é dar condições a essa mulher para ser mãe com toda a dignidade.
A maternidade/paternidade é o melhor momento na vida do casal, não queiras que isso seja imposto, não queiras que isso seja uma fatalidade. Assim como o Estado deve dar condições às mães para a maternidade, também deve dar condições a quem não quer, por variadíssimas razões, ou não se sente preparada para o ser. Uma coisa não impede a outra.

Citação de: "Jorge Pereira"
Nunca deverá é optar pela opção mais fácil

 Não tem a ver com ser fácil ou não, tem a ver com o querer ou não ser mãe.
Título:
Enviado por: RedWarrior em Fevereiro 09, 2007, 06:48:02 pm
Citar
Ciência, convicções, fraude e a dor fetal

Em artigos publicados em revistas científicas (e não meras opiniões não fundamentadas, em debates televisivos), alguns têm defendido que o feto nunca sente dor. Nunca, até ao fim da gravidez. Muito provavelmente, isto não é verdade. Não é crível que assim seja. Às 24 semanas estão já estabelecidas as ligações entre o tálamo e o córtex que permitirão ao feto estabelecer contacto com o mundo exterior e sentir. Todas as mães (e muitos pais) sabem que o seu feto (bebé, criança é só quando nasce!) reage a estímulos nos últimos 3 meses da gravidez. Reage com movimentos ("pontapés") a carícias dos pais, tranquiliza-se com a voz de ambos, com música agradável.

Os receptores nervosos começam a formar-se logo entre as 8 e as 15 semanas, mas são como tomadas sem corrente num edifício em construção; a electricidade só é ligada quando passa ser habitado. Ou seja, depois das 24 semanas. Muito provavelmente só às 30, quando a EEG mostra que o feto já consegue estar "acordado".

A evidência científica actual é a de que a dor implica percepção e consciência do estímulo doloroso. A dor é uma experiência emocional e psicológica, resultado de activação cortical. A reacção a estímulos externos, às 8 semanas, é um reflexo primitivo, que pode existir com estímulos não dolorosos. Como a nossa perna salta quando o martelo bate no joelho. É resultado de um curto-circuito entre receptores e músculos, através da medula espinal, sem passar pelo cérebro. Sem vontade e sem consciência. Sem dor.

O feto de 10 semanas não tem dor, não tem vontade, não tem vigília, não tem consciência. As primeiras ligações ao córtex cerebral em formação, acontecem entre as 23 e as 30 semanas. Mas anatomia é diferente de função. A evidência mais precoce de actividade cortical é entre as 29 e as 30 semanas.

Numa área cientificamente controversa, em pleno calor de uma campanha, afirmações não comprovadas (pseudo-científicas) são tudo menos honestas e responsáveis. Não há argumentos científicos neutrais. O que há são dados científicas, que passam o rigor da comprovação, da revisão por pares antes da aceitação por revistas internacionais. E mesmo estes estão sujeitos a um escrutínio permanente por parte de novos estudos.

A Organização Mundial de Saúde aconselha mesmo que se não deve dar anestesia ao feto antes do 3º trimestre para cirurgia ou abortamento. Por não estar provado que o feto sinta dor nos seis primeiros meses (muito pelo contrário) e pelos riscos aumentados para a grávida. As afirmações em sentido contrário ao estado actual dos conhecimentos, são apenas poeira lançada aos olhos de quem já não quer ver. São convicções e crenças de quem toma partido.

Provada, essa sim, está a dor das mulheres que sofrem as complicações de saúde e as consequências legais dos abortamentos clandestinos. E há que tentar acabar com ela, como tem vindo a suceder em tantos outros países.

Aos dogmas o "não" acrescentou a fraude e a argumentação pseudo-científica. O papel da ciência é fazer perguntas e pôr dogmas em causa, desconstruir mitos e crenças e fortalecer as nossas convicções.

Pela minha parte, estou cada vez mais convicto. Por isso só poderei votar SIM.

JORGE SEQUEIROS
MÉDICO GENETICISTA, PROFESSOR CATEDRÁTICO ICBAS E IBMC (UP). PRESIDENTE DO COLÉGIO DE GENÉTICA MÉDICA (ORDEM DOS MÉDICOS); MEMBRO DO CONSELHO NACIONAL DE ÉTICA PARA AS CIÊNCIAS DA VIDA. MANDATÁRIO DO MPE.


Fonte (http://http)
Título:
Enviado por: papatango em Fevereiro 09, 2007, 09:48:05 pm
Mais um texto para "enganar o pagode"  :shock:

O que eu gostava de saber, é o que é que os partidários do aborto vão fzer às mulheres que abortarem depois das 10 semanas...

Vão para a cadeia?
Vão ser sujeitas à violência do inquérito judicial?
Porque é que se liberaliza até às dez semanas e se mantem a mulher na cadeia depois?

Eu gostava de saber, porque é que o Pai não tem o direito de decidir o futuro do que seria seu filho.

Será que as crianças/fetos que são mortos, são apenas filhos da Mãe, e aparecidos por geração espontânea?

Nenhuma das perguntas sérias feitas, foi até hoje respondida.

Os partidarios do sim, são completamente omissos quando se trata destas perguntas.

Remetem-nos para leis que no futuro hão de ser feitas para que as mulheres não sejam presas, depois das 10 semanas, esquecendo que nesse caso também seria possível fazer uma lei para que não fossem presas até às dez semanas.

Devo confessar que da parte do Não, também vejo alguma hipocrisia, especialmente de entidades que não fizeram nada para resolver ou tentar resolver a questão.

No fim, resta-nos pensar pela nossa propria cabeça, e perguntar à nossa consciência, se devemos ou não devemos ter principios, ou se devemos entrar no "Vale Tudo" que caracteriza a sociedade actual.

Provavelmente até estará decidido.

Mas mesmo assim, um crime para a consciência de cada um nunca deixará de o ser, mesmo que o Estado, que dá aos bandido o direito de defesa, o recuse a seres inocentes.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 09, 2007, 09:59:33 pm
Citação de: "papatango"
O que eu gostava de saber, é o que é que os partidários do aborto vão fzer às mulheres que abortarem depois das 10 semanas...


Vão pedir um novo referendo para a IVG se prolongar até ás 16 semanas, depois até ás 24, depois até ás 40, e de seguida vêm argumentar do não sei o quê, e o aborto vai ser liberalizado até aos 18 anos (maioridade).

Desculpem-me este disparate, mas é o que me ocorreu.
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Fevereiro 09, 2007, 10:20:23 pm
Citação de: "RedWarrior"
Citação de: "Jorge Pereira"
O Estado deve é dar condições a essa mulher para ser mãe com toda a dignidade.
A maternidade/paternidade é o melhor momento na vida do casal, não queiras que isso seja imposto, não queiras que isso seja uma fatalidade. Assim como o Estado deve dar condições às mães para a maternidade, também deve dar condições a quem não quer, por variadíssimas razões, ou não se sente preparada para o ser. Uma coisa não impede a outra.

Citação de: "Jorge Pereira"
Nunca deverá é optar pela opção mais fácil
Não tem a ver com ser fácil ou não, tem a ver com o querer ou não ser mãe.


Eu não quero impor nada a ninguém. Quem não quer filhos que não os “faça”. Se os “fazem” têm de os assumir. É uma questão de responsabilidade. É simples!

Aliás, se formos por aí também podemos aplicar isso a quem já é pai/mãe. E se de repente o querem deixar de ser? O que fazemos com os filhos?
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Fevereiro 09, 2007, 10:33:37 pm
Citar
Maria José Nogueira Pinto
Jurista

Responsabilidade é uma das palavras de ordem da campanha do "sim". Votar "sim" - dizem - é ser responsável. Apresentam este "sim" como única solução para a despenalização da prática de aborto, como única forma de pôr um ponto final no aborto clandestino. E repetem - vezes sem conta - que é isto e apenas isto que está em causa no referendo de dia 11.

Mas aquilo que este "sim", que se diz responsável, não esperava era que muitos portugueses percebessem que, afinal, não é só isso que estará em causa no dia 11. Aquilo que este "sim" não esperava é que esta pergunta suscitasse - quando confrontada com as evidências - tantas outras perguntas. Perguntas para as quais este "sim" e a lei que oferece não encontram respostas.

Hoje o "sim" já não utiliza as palavras de ordem de 98. Este conceito de responsabilidade vem substituir a famosa frase "na minha barriga mando eu"; nem vemos mulheres, como vimos em 98, declararem orgulhosamente ter feito um aborto. O "sim" - o mesmo "sim" de 98 - percebeu que não poderia fazer esse tipo de campanha, ou utilizar esse tipo de argumentos. Se o aborto clandestino, sobretudo pelos riscos que lhe são associados, nos choca, o aborto legal - violência irreversível sobre outro - também nos choca. Porque temos hoje ainda mais certezas e estamos mais próximos desse outro. Então este "sim", que se diz responsável, arrancou do seu argumentário a sequer consideração desse outro. Porque não pode negar a sua existência, ele acaba por ser - numa lógica de debate e ponderação de valores - extremamente incómodo.

Será então responsável uma lei que - naquilo que é um conflito de interesses e ponderação de valores - ignora de forma absoluta uma das partes, a mais vulnerável, negando-lhe qualquer condição ou benefício de dúvida?

É uma lei que assenta numa negligência, não podendo pois ser responsável.

Sabemos também que este "sim" oferece como única resposta a liberalização e financiamento do aborto a pedido até às dez semanas. A mãe que quer abortar corre contra o tempo. Contra o prazo estabelecido pela lei. Por isso esta lei não oferece - e muito dificilmente poderia oferecer - aconselhamento, tempo para reflexão e ponderação de outras soluções. É por conseguinte uma lei cega. Uma lei que ignora condições sociais e financeiras. Uma lei que não dá tempo ou espaço para momentos de fragilidade, vulnerabilidade, dúvida ou angústia.

Será então responsável uma lei que - para casos tão distintos, protagonizados por mulheres tão diferentes - a todos responde com o aborto? Resposta rápida, única, legal e higiénica. E será esta a resposta que as mulheres portuguesas querem ouvir? Não esperarão elas mais que isso?

Este "sim" - dizem - acabará com o drama do aborto clandestino, e afirmam, mesmo contra a evidência dos números, que não irá contribuir necessariamente para o aumento do número total de abortos. Sabemos bem que, tal como no Reino Unido, em Espanha, em França ou nos EUA, os números vão aumentar. Porque ao número de abortos que se realizariam na clandestinidade - e agora se realizarão em estabelecimento de saúde autorizado - somar-se-ão os milhares de abortos que serão feitos porque esta prática passou a ser legal, livre e financiada. E para além do aborto legal continuaremos a ter o aborto ilegal: das mulheres que perderam a corrida contra o tempo e abortam depois das dez semanas, das mulheres que - pressionadas por um sentimento de culpa ou embaraço - não se dirigem ao SNS, onde terão de ser identificadas. Das jovens e adolescentes que, sendo menores, continuarão a optar pela clandestinidade a ter de enfrentar os seus pais.

Será responsável uma resposta que - prometendo a diminuição do número de abortos - acabará por contribuir para o seu aumento exponencial?

Este "sim" responsável apresenta-se também - por oposição ao "não" - como aquele que respeita a dignidade das mulheres portuguesas. Este "sim" acusa o "não" de má-fé. O "não", dizem - ao alertar para a evidência comprovada de que o número de abortos, após a liberalização, aumenta - parte do pressuposto de que as mulheres abortarão de "ânimo leve". O aborto não será utilizado como método anticonceptivo, dizem. E neste ponto o "sim" não negligencia, não é cego nem omite. O aborto não será utilizado como método anticonceptivo, exactamente porque se apresenta como solução pós-concepção. É que o "sim" - que se diz responsável - pretende consagrar a maternidade - após ser um facto - como uma opção. E a mulher que - against all odds - decidir ser mãe em condições emocionais, sociais ou financeiras difíceis sê-lo-á por opção. Opção pela qual poderá ser inteiramente responsabilizada. A maternidade - direito e opção - é cada vez mais entendida na segunda perspectiva.

O "não" - o "não" responsável - acredita que a aposta deve ser feita antes. O "não" entende que não se pode baixar os braços: são precisas mais e melhores respostas. Educação sexual, planeamento familiar, verdadeiras políticas de apoio à família. Políticas que existem e funcionam nos países - tantas vezes citados por este "sim" que se diz responsável - e que têm legislações menos restritivas em relação à prática de aborto. Se este "sim", que é responsável, nos aponta outros países como exemplo, que não esconda nem omita os outros exemplos que talvez prefiramos seguir.

O "sim" - que se diz responsável - de que vos falo é o "sim" efectivamente responsável por criar e reforçar, neste momento, outras soluções que não o aborto. De certa forma, ao oferecer- -nos esta solução, este é o "sim" responsável que se desresponsabiliza.
Título:
Enviado por: RedWarrior em Fevereiro 09, 2007, 10:40:44 pm
Citação de: "papatango"
O que eu gostava de saber, é o que é que os partidários do aborto vão fzer às mulheres que abortarem depois das 10 semanas...
Na minha opinião, é preciso legislar mais e melhor sobre esse assunto de acordo com os mais recentes estudos. De facto, depois do referendo, parece que fica ali uma teia perigosa entre o aborto despenalizado ate às 10 semanas e as causas de exclusão da ilicitude que se prolongam até às 24 semanas. Mas ainda não foi legislado nada. Vamos esperar para ver.
 Se as mulheres mesmo assim forem penalizadas depois das 10 semanas fora dos 3 casos de excepção, já terá sido um grande avanço.

Citação de: "Jorge Pereira"
Eu não quero impor nada a ninguém.
Queres impôr uma gravidez indesejada.

Citação de: "Jorge Pereira"
Aliás, se formos por aí também podemos aplicar isso a quem já é pai/mãe. E se de repente o querem deixar de ser? O que fazemos com os filhos?

 Aí é diferente, eles primeiro tomaram a decisão de serem pais e depois arrependeram-se. É completamente diferente de haver uma gravidez indesejada, não há uma predisposição à partida.
Título:
Enviado por: papatango em Fevereiro 09, 2007, 10:57:22 pm
Citação de: "Redwarrior"
Na minha opinião, é preciso legislar mais e melhor sobre esse assunto de acordo com os mais recentes estudos. De facto, depois do referendo, parece que fica ali uma teia perigosa
Eu diria que antes de aceitar em referendo se se deve ou não interromper uma vida, se deveria estudar e esgotar TODAS as possibilidades de legislar.

Só então, se não houvesse forma de evitar o problema, se deveria perguntar às pessoas.

Desta maneira, apresenta-se a mulher como uma vitima, pobrezinha, colocada perante a barra do tribunal e indefesa...

Mas oculta-se que na realidade se CONTINUA a exigir que a mulher se apresente perante os tribunais.

Ou seja: Do ponto de vista dos principios não muda nada!
Se o principio é o de que nenhuma mulher deve ser aprisionada por praticar um aborto, então a lei TEM que ser universal.

Com este referendo, abre-se uma porta para que de aqui a uns anos, se faça o que está na cabeça de muitas almas "livres".

Se se aborta até às 10 semanas, e se já se abriu o precedente, alguém me explica porque não se pode abortar aos oito meses?

Ou aos nove meses menos um dia?

Não há nenhuma razão para não se autorizar o aborto aos nove meses menos um dia. NENHUM.

Se a mulher deve ser livre para decidir, então tanto o deve ser às dez semanas quanto aos nove meses.

A este tipo de contradição, eu chamo hipocrisia.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 09, 2007, 11:04:42 pm
Sugeria que ás 00H00 do dia 10, daqui a cerca de uma hora se tivesse o devido respeito pela reflexão necessário ao acto eleitoral que que se vai praticar.
Talvez que o tópico fosse bloqueado temporáriamente, e reabrisse após o acto eleitoral.
Fica a ideia :wink:
Título:
Enviado por: NBSVieiraPT em Fevereiro 10, 2007, 02:38:19 pm
Concordo plenamente com o ricardonunes  :wink:
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 11, 2007, 05:20:22 pm
Níveis de afluência às 12 e às 16 horas (http://http)
(dados oficiais)
Título:
Enviado por: lurker em Fevereiro 11, 2007, 05:42:58 pm
A CNE estima que a abstenção seja de 60%.
Da outra vez estava sol, hoje está a chover...
... nestes momentos, detesto mesmo a maioria dos portugueses.
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Fevereiro 11, 2007, 06:21:40 pm
Citação de: "ricardonunes"
Talvez que o tópico fosse bloqueado temporáriamente, e reabrisse após o acto eleitoral.

Tenho a dizer que nao podendo votar...sou eu e muitos portugueses que estamos bloqueados legalmente...e esse é um problema importante!
Eu gostaria de votar e não posso  :( ... segundo argumentação de alguns 'especialistas' isso deve-se a que apenas aos eleitores  residentes o assunto diz directamente respeito, ao contrário do que acontece com as eleições para a A.R e P.R.( e mesmo assim depois de um longo e 'desgastante' confronto com a esquerda, que supõe as ideias da 'emigração' tendencialmente conservadoras... ao contrário das 'transferencias de divisas' que sao certamente apetecíveis e políticamente neutras, tal como os impostos e taxas pagas em Portugal), e com que não estou mínimamente de acordo.
Ser integralmente português, é poder assumir todos os direitos e responsabilidades que lhe incumbem, dentro ou fora do nosso país.A  cidadania exprime-se, também, na possibilidade de poder participar no nosso destino comum.Imagino que será uma posição discutível para alguns portugueses, mas esta  é a minha forma de ver...
Cumprimentos
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 11, 2007, 06:38:48 pm
Citação de: "JoseMFernandes"
Citação de: "ricardonunes"
Talvez que o tópico fosse bloqueado temporáriamente, e reabrisse após o acto eleitoral.
Tenho a dizer que nao podendo votar...sou eu e muitos portugueses que estamos bloqueados legalmente...e esse é um problema importante!
Eu gostaria de votar e não posso  :evil:
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 11, 2007, 09:49:15 pm
Ao que tudo aponta o resultado não é vinculativo ( dados oficiais (http://http)), mas ao que tudo aponta é uma vitória do sim.
O que se houve é "vamos legislar" é isso não foi referendado?
Pode parecer mau perder, mas não é, apenas uma opinião critica.
Mais uma vez se prova que a questão era dúbia assim como as intenções.
Parece que venceram, acho que é um dado adquirido, não se venham queixar das repercussões posteriormente.
Título:
Enviado por: Miguel em Fevereiro 11, 2007, 10:08:20 pm
:arrow: http://www.youtube.com/watch?v=h2gEl49GDgQ (http://www.youtube.com/watch?v=h2gEl49GDgQ)
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 11, 2007, 10:46:27 pm
RESULTADOS: Total do País
Freguesias apuradas - 4 260  
Freguesias por apurar - 0  
Inscritos - 8 832 628  
Votantes - 3 851 613 - 43.61%
Em Branco - 48 185 - 1.25%
Nulos - 26297 - 0.68%
 
Opções Votos %
Sim - 2 238 053 - 59.25
Não - 1 539 078 - 40.75
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 11, 2007, 10:57:41 pm
Estou tão erritado que só consigo dizer carvalhadas  :evil:
Título:
Enviado por: Lancero em Fevereiro 11, 2007, 11:54:06 pm
Pois é, Sócrates desertou da batalha pela prevenção - fazendo-se uma educação sexual séria (não a que hoje existe) - e já anunciou que vai legislar. Em Democracia sou obrigado a respeitar a vontade da maioria dos votantes, mas fica aqui claro que não concordo!!

Distritos onde ganhou o Não: Aveiro, Braga, Bragança, Guarda, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu e Regiões Autónomas dos Açores e Madeira.
Título:
Enviado por: NBSVieiraPT em Fevereiro 12, 2007, 12:17:04 am
Uma vergonha! ;)

No fundo, um dia triste para Portugal...
Título:
Enviado por: Yosy em Fevereiro 12, 2007, 12:33:28 am
yu23x1

Vitória do SIM. E mesmo que não seja vinculativo o Sócrates vai legislar. Assim é que é - mais um passo para nos aproximarmos da Europa desenvolvida.
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 12, 2007, 01:04:04 am
Citação de: "Yosy"
yu23x1

Vitória do SIM. E mesmo que não seja vinculativo o Sócrates vai legislar. Assim é que é - mais um passo para nos aproximarmos da Europa desenvolvida.


Yosy...
É a despenalização do aborto que nos vai "apróximar da Europa desenvolvida"?
 :roll:
Valha-nos N. Sr.ª dos Caramelos...
Título:
Enviado por: JLRC em Fevereiro 12, 2007, 03:06:32 am
Citação de: "NBSVieiraPT"
Uma vergonha! ;)

No fundo, um dia triste para Portugal...


Felizmente que está cá você para moralizar o país  :oops:
Opine por você mas não generalize e sobretudo deixe de olhar para o umbigo, você não é o centro do mundo nem o dono da razão. O sim ganhou e foi um dia feliz para mim e para todos os que fizeram campanha pelo sim e para todos os que votaram sim. Triste para Portugal é haverem pessoas que não conseguem lidar com opiniões contrárias às suas. E depois dizem-se muito democratas, são os chamados democratas da treta. Mais uma vez este forum votou contra corrente. É esclarecedor, não acham?
Título:
Enviado por: NBSVieiraPT em Fevereiro 12, 2007, 03:51:05 am
Moralizar o País?
Apenas expressei o meu estado de espírito sem faltar ao respeito a ninguém ou às regras deste Fórum.
Quer dizer, posso como toda a gente dizer que o Exército tá uma vergonha, blablabla, mas não posso falar sobre um País? :roll:
Agora estar desgostoso de acontecer algo que eu não gosto é ter mau perder? Oh Claro! Sou do Benfica, perdi contra o Varzim mas tenho de tar contente e vir aqui dar os parabéns a quem veste as cores alvinegras?

Tanto se queixa o JLRC de "pessoas que não conseguem lidar com opiniões contrárias às suas" que mal viu um post contrário ao que acredita, ataca o seu autor (eu). Grande moral. :roll:

Desculpe lá se fui honesto e directo e não vim com demagogismos hipócritas (que graças a Deus ainda não vi neste fórum).
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 12, 2007, 11:04:51 am
Citação de: "JLRC"
Citação de: "NBSVieiraPT"
Uma vergonha! ;)

No fundo, um dia triste para Portugal...

Felizmente que está cá você para moralizar o país  :oops:
Opine por você mas não generalize e sobretudo deixe de olhar para o umbigo, você não é o centro do mundo nem o dono da razão. O sim ganhou e foi um dia feliz para mim e para todos os que fizeram campanha pelo sim e para todos os que votaram sim. Triste para Portugal é haverem pessoas que não conseguem lidar com opiniões contrárias às suas. E depois dizem-se muito democratas, são os chamados democratas da treta. Mais uma vez este forum votou contra corrente. É esclarecedor, não acham?

Amigo JLRC, mas tu esperavas outra coisa? :wink:

Ainda vão havedo alguns mas é espécie em vias de extinção :twisted:

Citar
Mais um milhão de votos que na consulta de 1998



Fernando Madaíl
José Carlos Carvalho (imagem)    
 
A questão do aborto, no Portugal do século XXI, já não é "tema fracturante". Enquanto o "sim" cresceu um milhão de votos em relação a 1998, o "não" apenas subiu 200 mil. E se se considerar que a esmagadora maioria do "não" concorda que nenhuma mulher deve ser investigada - quanto mais julgada e, eventualmente, presa - então a questão central ficou resolvida: os portugueses votaram a despenalização.

Neste cenário, não seria legítima qualquer interpretação partidária dos resultados. E José Sócrates, que poderia ser tentado a fazê-lo, preferiu destacar o facto de o referendo não se destinar "a derrotar ninguém" e a sublinhar o "novo consenso social". Respondia, assim, no mesmo tom moderado, à outra intervenção que marcou a noite do escrutínio - a de Marques Mendes, que sugeriu que se evitassem as "clivagens" entre ambos os lados e apelou para que a lei seja feita com "prudência e equilíbrio".

Afinal, parte significativa do PSD esteve envolvida no "sim", surgindo ao lado de figuras do PS e, também, do BE - o PCP manteve-se mais afastado dos movimentos em que se misturaram origens, tendências e ideologias. Aliás, raros serão os temas em que se poderão ver os mesmos protagonistas a fazer campanha juntos.

Desta forma, quando seis em cada dez portugueses votaram "sim", só por oportunismo ou dislate se poderia falar de uma vitória da esquerda e de uma derrota da direita. E - como sugeriram, na argumentação da campanha, alguns dirigentes socialistas, decerto para mobilizar o seu eleitorado - falar num triunfo do Governo seria pura estultícia. Encerrando a ronda de intervenções dos líderes, foi o próprio Sócrates a calar esta tese, frisando que "não foi um confronto entre os partidos".

E, no entanto, pode-se ver uma linha geográfica que divide o País: acima de Coimbra, só no Porto ganhou o "sim" - excluindo Açores e Madeira, os melhores resultados do "não" foram em Vila Real e Viseu. Abaixo dos distritos do IP5 (Aveiro-Viseu- -Guarda), todo o mapa foi pelo "sim" (incluindo Leiria, que, assim como o Porto, mudou o sentido de voto relativamente a 1998), com resultados "exagerados" em Beja e Setúbal.

A outra questão que esteve suspensa durante todo o dia foi o facto de uma afluência inferior a metade dos eleitores inscritos poder "matar" o instituto do referendo. Mal tinha acabado de votar, Cavaco avisava que, qualquer que fosse o resultado, excluir desde já aquele instrumento de consulta seria "precipitação".

A tese acabaria por se esvaziar rapidamente. Primeiro, politólogos como André Freire chamavam a atenção para os "eleitores-fantasmas" (das duplas inscrições de cidadãos que mudam de residência ao facto de as pessoas que morrem não serem abatidas), que podem atingir, actualmente, quase 10% - em 1998, os cadernos foram expurgados. Depois, os próprios políticos rotulavam de significativa a afluência registada - sobretudo porque noutros países não há quorum para o referendo ser vinculativo ou, então, é inferior a 50%.

Em suma: hoje, é o primeiro dia em que as boas intenções da campanha têm o dever de se tornar realidade. E, vencedores e derrotados, todos esperam que, no mais breve espaço de tempo possível, se erradique de vez a expressão que tanto se ouviu nas últimas semanas (meses? anos?): "O aborto em vão de escada."  

 
http://dn.sapo.pt/2007/02/12/tema/mais_ ... _1998.html (http://dn.sapo.pt/2007/02/12/tema/mais_milhao_votos_na_consulta_1998.html)

Também é com muito orgulho que vi que o meu Distrito (Setúbal) registou uma votação maciça no SIM.
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 12, 2007, 11:09:48 am
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Legislem, senhores deputados


António José Teixeira  
 
Os cidadãos eleitores que quiseram ter uma palavra a dizer sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez (IVG) disseram maioritariamente que "sim". Quem se sentiu interpelado a assumir uma posição assumiu-a. Tal como aconteceu em 1998, o eleitorado interessado na decisão política disse de sua justiça. Há pouco mais de oito anos um "não" inibiu os legisladores de alterarem a lei. Agora, os interessados disseram "sim" e nada deve condicionar os deputados na concretização do sentido referendado no voto.

Não deve ignorar-se que, tal como em 1998, o referendo não foi vinculativo. Isto é, mais de 50% dos eleitores optaram por não se pronunciar. Estiveram e estão no seu legítimo direito. O mesmo legítimo direito que confere aos deputados liberdade para legislar. O carácter não vinculativo do referendo apenas retira a obrigação legislativa ao Parlamento. Não a proíbe nem sequer a condiciona. Logo, se há algum sinal válido a respeitar é aquele que se tornou maioritário entre os cidadãos que têm uma opinião validamente expressa. E esse sinal é o "sim".

O valor da abstenção foi mais uma vez elevado. Não tanto como da primeira vez, mas ainda muito elevado. E, mesmo que descontemos a margem dos eleitores-fantasmas que continuam a viciar os cadernos eleitorais, a taxa de abstenção é preocupante. Há muitas leituras possíveis para o desinteresse dos cidadãos. Além do desgaste do sistema político, há outras tentativas de explicação:

> muitos eleitores não terão considerado esta questão essencial;

> não terão sentido a IVG como problema seu;

> não afirmam uma cultura de conquista de direitos (tal como no passado, herdaram e não conquistaram o direito ao divórcio);

> não sentiram o referendo na órbita de um conflito partidário, o que poderia estimular a participação (o PSD dividiu-se, não se assumiu);

> revelam algum conservadorismo paralisante quando são colocados perante mudanças sociais;

> desconfiam de que a sua decisão não contribua para coisa nenhuma. Há demasiados exemplos de inconsequência legislativa ou, pior, de falta de concretização. Ainda hoje as actuais possibilidades legais de IVG não têm aplicação acessível;

> finalmente, nos últimos dias de campanha, houve tentativas de confundir os eleitores. A certa altura já não se sabia quem defendia afinal a despenalização da IVG.

O "sim" de ontem demonstra em qualquer caso que a Igreja Católica, que se mobilizou fortemente através da sua hierarquia e dos seus leigos mais influentes, não tem a influência social que já teve. Não se deve desvalorizar, mas já terá sido mais decisiva para a definição dos valores e dos costumes.

A vitória do "sim" não deve ser lida co- mo uma vitória partidária, mesmo se a esquerda tem razões de contentamento. A IVG não é um troféu. É um drama que deve exigir acompanhamento e regras claras para atitudes responsáveis. Cabe agora aos deputados legislar e ao Governo aplicar decididamente a vontade dos cidadãos interessados.  
 
 
 
 

 
 
http://dn.sapo.pt/2007/02/12/editorial/ ... tados.html (http://dn.sapo.pt/2007/02/12/editorial/legislem_senhores_deputados.html)
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 12, 2007, 11:11:46 am
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Fez-se a diferença



Joana Amaral Dias
Psicóloga
 
 
Ontem Portugal mudou. Sintonizou-se com o seu tempo e com a sua identidade europeia, com a matriz contemporânea da sua civilização. Os votos "sim" foram, aliás, esmagadoramente maioritários no eleitorado mais jovem. Empenhado no futuro que tardava.

A Assembleia da República pode agora legislar de acordo com a vontade expressa neste referendo, permitindo às mulheres e aos casais o (último) recurso à IVG, nas dez primeiras semanas e em condições de segurança, saúde e dignidade. E deverá fazê-lo o mais rapidamente possível, de forma a ir terminando, sem mais delongas, com o ignóbil aborto clandestino.

Depois de uma campanha acesa e mobilizadora (que, note-se, já terminou!), a abstenção ainda ensombrou a instituição do referendo. Mas o seu assinalável decréscimo afasta os agoiros mais pessimistas. Nem os portugueses estavam alheados desta matéria, nem esta foi a terceira e última consulta popular. Em menos de dez anos a sociedade portuguesa evoluiu em dois traços essenciais da maturidade democrática. A participação e a laicidade. Motivos para celebrar.

O processo humilhante e doloroso pelo qual passaram todas as mulheres que abortaram em Portugal, sob este regime, é irreversível. Porém, com a vontade de mudança que os eleitores manifestaram com clareza, é-lhes feita alguma justiça. Ou, pelo menos, alguns remorsos, fermentados pela repressão, poderão ser aliviados. Pena é que a viagem tenha sido tão longa. Mas acabou. Finalmente.

Com a vitória do "sim", altera-se o essencial. Ontem terminou a perseguição e criminalização das mulheres que abortam nas primeiras semanas. Quando a lei for promulgada, novas mudanças terão de ser operacionalizadas. Não são apenas os aspectos práticos e organizacionais que permitem a aplicação da lei que deverão fazer o seu caminho. Para que os resultados deste referendo possam ter expressão, é estritamente necessário que, seja nos hospitais ou nas vizinhanças, a pressão e a censura moral sobre as mulheres abrandem e, depois, se extingam. Apenas desse modo desaparecerá a vergonha, o medo e a culpa, grandes combustíveis do aborto clandestino. Por isso, no dia seguinte ao referendo, quer os defensores do "sim" quer os defensores do "não" têm grandes responsabilidades.

Os portugueses respeitaram a campanha e a votação. Respeitem-se, agora, os resultados do referendo, independentemente do sentido de voto de cada um.

 
http://dn.sapo.pt/2007/02/12/opiniao/fe ... renca.html (http://dn.sapo.pt/2007/02/12/opiniao/fezse_a_diferenca.html)
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Fevereiro 12, 2007, 11:23:37 am
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.germanculture.com.ua%2Flibrary%2Fimages%2Fhitler.jpg&hash=a37d576af9125950290b71c36f79a8c6)
Título:
Enviado por: Miguel em Fevereiro 12, 2007, 11:33:07 am
Jorge Pereira

O que quer dizer com este seu ultimo post ?
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Fevereiro 12, 2007, 01:08:22 pm
Citação de: "Miguel"
Jorge Pereira

O que quer dizer com este seu ultimo post ?

Essa imagem traduz, de certa forma, os resultados do referendo de ontem.

Citação de: "P44"
Citação de: "JLRC"
Citação de: "NBSVieiraPT"
Uma vergonha! ;)

No fundo, um dia triste para Portugal...

Felizmente que está cá você para moralizar o país  :oops:
Opine por você mas não generalize e sobretudo deixe de olhar para o umbigo, você não é o centro do mundo nem o dono da razão. O sim ganhou e foi um dia feliz para mim e para todos os que fizeram campanha pelo sim e para todos os que votaram sim. Triste para Portugal é haverem pessoas que não conseguem lidar com opiniões contrárias às suas. E depois dizem-se muito democratas, são os chamados democratas da treta. Mais uma vez este forum votou contra corrente. É esclarecedor, não acham?

Amigo JLRC, mas tu esperavas outra coisa? :wink:

Ainda vão havedo alguns mas é espécie em vias de extinção :twisted:


Felizmente que neste fórum a maioria das pessoas é defensora da vida e não da morte. Tenho um  grande orgulho nisso.

Repugna-me, no entanto, ver tristes e deploráveis manifestações de vitória e até de troça por parte daqueles que se dizem “vencedores”. Tratando-se de um assunto com tamanha sensibilidade, mostra bem o íntimo e as razões políticas de uma grande parte dos apoiantes do não à vida.
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 12, 2007, 02:10:20 pm
Citação de: "Jorge Pereira"
Repugna-me, no entanto, ver tristes e deploráveis manifestações de vitória e até de troça por parte daqueles que se dizem “vencedores”. Tratando-se de um assunto com tamanha sensibilidade, mostra bem o íntimo e as razões políticas de uma grande parte dos apoiantes do não à vida.


Idem: estranho ver aquele mulherio todo, a acenar bandeirinhas, todas excitadas com a "vitória": "- Vamos poder abortar!" será o pensamento implícito nessas manifestações.
Uma posição perante a vida foi escolhida em referendo como a mais válida. Facto.
Mas é uma vitória que significa morte e isso não deve ser motivo para festejos.
Título:
Enviado por: papatango em Fevereiro 12, 2007, 02:26:54 pm
O referendo foi transformado numa luta política, em que não contaram os principios, nem as regras.

As pessoas foram votar, em grande medida, consoante as ordens do partido e não por causa do que a consciência lhes manda.

Mas a verdade é que só não votou quem não quis.

O aborto, continuará a ser um crime, um acto hediondo em que um ser inocente é condenado à morte por capricho de uma mãe que um dia acordou mal disposta e decidiu que não lhe apetecia ser Mãe.

O Estado, o mesmo que não tem dinheiro para pagar maternidades e expulsa as mães para Espanha, é o mesmo que agora pagará rios de dinheiro para que as "mães desistentes" possam facilmente e indiscriminadamente por fim aos seus "rebentos" indesejados.

= = =

É triste realmente a pouca vergonha, a insensibilidade das pessoas que dizem ter principios, que vimos naquelas tristes manifestações revolucionarias dos abortistas.
Os abortistas estavam e estão-se marimbando para as mães, para as crianças, para a vida, ou para os principios.
O que conta é a festa eleitoral...

Tudo continuará na mesma, e o principal argumento dos abortistas, a "mentira" da criminalização da mulher não caiu por terra.
Uma mulher que aborte depois das 10 semanas, continuará a poder ir para a prisão. O aborto clandestino e semi clandestino, continuará.

Ontem o país desistiu dos principios, para facilitar o "desmancho".
Estamos a transformar-nos num país de desistentes.

Fomos o primeiro país a acabar com a pena de Morte e quando o fizemos não foi para "aderir à Europa". Mas mesmo assim abolimos a pena de morte.

==

De notar também, que ao contrário das últimas eleições, a abstenção parece ter sido muito menor nos circulos de influência dos extremistas nazistas e dos neo-soviéticos, que naturalmente mobilizaram as suas hostes.

Hitler e todos os assassinos da História, regozijaram-se ontem.
A sua hoste aumentou...

Na Alemanha também criaram clinicas especializadas para matar.
É assim que começa.
Título:
Enviado por: Lancero em Fevereiro 12, 2007, 02:43:36 pm
A privatização do aborto já está em marcha

Citar
Aborto: Clínica espanhola El Bosque interessada abrir unidade em Portugal

Lisboa, 12 Fev (Lusa) - A clínica espanhola El Bosque, dedicada à interrupção voluntária da gravidez, está interessada em abrir uma unidade em Portugal, à semelhança do que vai fazer a clínica dos Arcos, disse hoje à Lusa uma responsável.

      "Estamos interessados em abrir uma clínica em Portugal, mas temos de ver primeiro quando poderemos fazê-lo", afirmou Júlia Acosta, responsável da clínica El Bosque, sedeada em Madrid e que costuma publicar anúncios nos jornais portugueses.

      No referendo de domingo sobre a interrupção voluntária da gravidez até às 10 semanas, o "sim" venceu com 59 por cento dos votos, contra os 40,7 por cento pelo "não", enquanto a abstenção se situou nos 56,4 por cento.

      De acordo com Júlia Acosta, os responsáveis da El Bosque pretendem "contactar as autoridades portuguesas" depois de "reunirem vários dados e documentação necessários".

      A responsável adiantou que, em média, esta clínica madrilena é procurada mensalmente por 40 portuguesas que pretendem interromper a gravidez, ou seja, cerca de 480 por ano.

      Já a clínica espanhola dos Arcos anunciou hoje que abrirá em Março uma unidade na Avenida da Liberdade, no centro de Lisboa.
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 12, 2007, 03:16:35 pm
Citação de: "papatango"
Ontem o país desistiu dos principios, para facilitar o "desmancho". Estamos a transformar-nos num país de desistentes.


É mesmo isso.
Mau tempo não justifica a abstenção face a um tema destes.

E os tracaleiros do costume a congratularem-se pela "maturidade cívica dos portugueses"... :roll:
Título:
Enviado por: Duarte em Fevereiro 12, 2007, 05:17:42 pm
Um dos comentários duma leitora do Correio da Manhã..


Citar
- irene
Aqui está uma perspectiva consoladora: Daqui a 25 anos, vai haver muito menos comunas neste país.



Os partidos de esquerda de facto vão sofrer com esta "vitória"...

Quanto a mim, é um momento triste para história de Portugal.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 12, 2007, 05:42:37 pm
E agora como vai ser?

Citar
A Constituição da República Portuguesa é clara: "O referendo só tem efeito vinculativo quando o número de votantes for superior a metade dos eleitores inscritos no recenseamento." Assim sendo, e perante os resultados da participação neste segundo referendo sobre o aborto, a maioria de esquerda no Parlamento, capitaneada pelo PS e pelo PM, vai fazer de conta que esta consulta pública e directa aos eleitores não é para respeitar, na sua fórmula de vinculação?

Vamos por partes: quando o PS e o PM partiram para este referendo sabiam as regras do jogo, que não podiam ser mais claras. Só era possível vincular a maioria se mais de metade do eleitorado votasse. E os eleitores, na sua soberana decisão, que tem de ser integralmente respeitada, decidiram não aparecer nas urnas, por todos os motivos, incluindo os que acham que a abstenção é uma forma de expressão legítima de não aceitação do referendo.

Por outras palavras, e como ninguém pode explicar o novo fracasso referendário com ideias simplistas, como a questão do mau tempo, é bom fazer o que parece básico e legal: cumprir a Constituição e não aceitar uma mudança da lei com um referendo que não vincula ninguém.

O PM e a esquerda vão agora comprar uma guerra dura, que vai desgastar e envolver os partidos, o Governo, o Presidente da República e, em última instância, todos os portugueses. Quem é que vai explicar que se altera a lei, apesar dos resultados da abstenção, impondo a todos o que a própria Constituição não permite e nega com toda a clareza.

É verdade, mas isso é outra conversa, que o grande erro dos referendos em Portugal não é, nem nunca foi, a ideia de que os eleitores não estão dispostos a assumir as suas responsabilidades de uma forma directa, mas o simples facto de a barreira dos 50 por cento ser absurda. Se todos soubessem, previamente, que qualquer que fosse a participação num referendo ele seria para cumprir, e por isso vinculativo, deixaria de existir esta presunção de fracasso permanente.

Um referendo deve ter um valor igual ao de uma eleição tradicional, onde ninguém está preocupado com as maiorias vinculativas. Se assim não fosse, os EUA não teriam um presidente eleito e muitos outros países ficariam ingovernáveis. Mas isso é um problema que os legisladores devem resolver no futuro.

Agora, e com as actuais regras em vigor, os portugueses não apareceram para votar em maioria, mantiveram mais ou menos os mesmos índices de desinteresse pelo assunto, e isso até pode ter acontecido porque presumiam que a primeira e mais importante barreira - a da participação - não seria alcançada em nenhuma circunstância, e que por isso não existiria nenhuma alteração legislativa.

Seja como for, o PM, o Governo e a maioria deverão ser os primeiros a respeitar a nossa lei fundamental, e mal estaremos, em todos os casos, se assim não acontecer. É certo que eles prometeram mexer na lei, mesmo sem a maioria vinculativa, mas é um princípio de pensamento totalitário e de extraordinária falta de respeito pelos portugueses. Felizmente ainda existe um Presidente da República e um Tribunal Constitucional, que terão uma palavra final, e decisiva, sobre essa matéria.
DN (http://http)
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 12, 2007, 06:29:40 pm
Com o Socas podem "deixar de estar descansados": ele vai encarregar-se de acabar com o que resta. Ele trata disso.
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 12, 2007, 06:42:46 pm
http://combustoes.blogspot.com/ (http://combustoes.blogspot.com/)

Citar
Leio nos jornais da manhã esse longo recitativo de declarações e juras de fidelidade à vida, à esperança e ao futuro, mas nelas pressinto apenas o remorso de quem permitiu um crime e procura com patética inabilidade espantar o obituário que anuncia o suicídio colectivo. Não querendo exagerar, vejo-me numa Roma envenenada pelo invisível chumbo esterilizador. Os antigos mataram-se pela peçonha do metal tóxico presente nos encanamentos da grande capital do mundo. Nós, matamo-nos com a invisível contra-cultura, e como nos matamos alegremente, precisamos de criados que nos assistam nas derradeiras libações. Que venham escravos sírios, fenícios, núbios, etíopes, mouros e persas servir-nos as ameixas e os ágapes - os gafanhotos dourados polvilhados com mel, as patas de urso, os pescoços de girafa, os miolos de andorinha -; que nos limpem os salões dos vómitos da fartura mortal; que nos transportem do triclíneo para o tepidarium. Amanhã, aos doentes, àqueles que não já não podem acudir aos simpósios, será dada autorização para uma morte decente. Depois de amanhã serão os senis. Assim caminha, alegre e sereno, o nosso velho mundo para a vala comum.
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 12, 2007, 06:56:58 pm
Malagrida

Ontem o referendo, hoje a terra treme... Onde andas tu, Malagrida?

http://jansenista.blogspot.com/ (http://jansenista.blogspot.com/)
Título:
Enviado por: Miguel em Fevereiro 12, 2007, 07:17:55 pm
Amigos Luso,Papatango,Jorge Pereira, Ricardo Nunes etc...

As vossas intervençoes sao completamente absurdas!!

Comparar Alemanha Nazi e Portugal de hoje, devia ser proibido e devia mesmo ser julgado em tribunal.

Hoje Portugal fez um passo de gigante no clube dos paises mais avançados e libre do mundo.

Engraçado que o maior defensor do aborto é o maior CRIMINAL deste seculo o nome dele é BUSH
Que faz as guerras com o sangue e as tripas dos outros!!!

E essa a vossa maneira de ver o mundo??

Eu nao!

Talvez seja um idiota EU

Mas se sou um idiota, ENTAO prefiro ser e morrer idiota.

Cumprimentos.

Viva a Liberdade e Viva Portugal
Título:
Enviado por: antoninho em Fevereiro 12, 2007, 07:30:35 pm
Mas espera aí....então não vai ter eleições daqui a 8 anos novamente....se antes teve e ganhou o não, agora não terá que ter novas, ou a democracia para certos democratas é tipo água mole tanto bate na pedra dura que tem forçosamente de fazer buraco e levar a água ao seu moinho???....estou a rir-me é se certas pessoas que votaram no sim, se esta lei houvesse nessa altura, era se eles cá estariam???
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 12, 2007, 07:30:52 pm
Citação de: "Miguel"
Amigos Luso,Papatango,Jorge Pereira, Ricardo Nunes etc...

As vossas intervençoes sao completamente absurdas!!

Comparar Alemanha Nazi e Portugal de hoje, devia ser proibido e devia mesmo ser julgado em tribunal.

Hoje Portugal fez um passo de gigante no clube dos paises mais avançados e libre do mundo.

Engraçado que o maior defensor do aborto é o maior CRIMINAL deste seculo o nome dele é BUSH
Que faz as guerras com o sangue e as tripas dos outros!!!

E essa a vossa maneira de ver o mundo??

Eu nao!

Talvez seja um idiota EU

Mas se sou um idiota, ENTAO prefiro ser e morrer idiota.

Cumprimentos.

Viva a Liberdade e Viva Portugal


Recomenda-se Carbonato de Lítio (Priadel).
http://www.admd.pt/doenca_bipolar/doenca_bipolar.htm (http://www.admd.pt/doenca_bipolar/doenca_bipolar.htm)
Título:
Enviado por: Yosy em Fevereiro 12, 2007, 07:36:19 pm
Eu não percebo esta gente:

1º - estamos a dar uma OPÇÃO: quem antes queria fazer abortos fazia-os na mesma, mas agora pode faze-los em segurança; quem não queria, não é por ser legal que vai passar a fazer. E ninguém com mais de 2 neurónios operacionais vai usar o aborto como método contraceptivo.

2º - olhem para este mapa:

 (https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fnews.bbc.co.uk%2Fnol%2Fshared%2Fbsp%2Fhi%2Fimage_maps%2F07%2F1168000000%2F1168858931%2Fimg%2Feurope_abort416x416.gif&hash=8972162477c64549a86dbf3f483da90b)

E vejam como os países desenvolvidos permitem o aborto.


Noutra nota fiquei espantado como o estrangeiro deu destaque ao referendo. A BBC News ontem tinha os resultados como a notícia principal no seu site e a Al-Jazeera até enviou cá um correspondente.

E uma nota de apreço pelo Jorge Sampaio - a ir para a mesa, como um soldado raso político.
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 12, 2007, 07:46:49 pm
Citação de: "Yosy"
Eu não percebo esta gente


Daqui a alguns anos vai perceber - ou fazer que não percebe.

==========

Estes são tempos emocionantes para um paranóico. A loucura começa a fazer sentido.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 12, 2007, 07:48:01 pm
Citação de: "Miguel"
Amigos Luso,Papatango,Jorge Pereira, Ricardo Nunes etc...

As vossas intervençoes sao completamente absurdas!!

Comparar Alemanha Nazi e Portugal de hoje, devia ser proibido e devia mesmo ser julgado em tribunal.

Hoje Portugal fez um passo de gigante no clube dos paises mais avançados e libre do mundo.


Sr Miguel,
primeiro sou o ricardonunes e não o Ricardo Nunes, digo isto para não se estar a imputar as minhas atitudes, frases, ideias e ideais a outro elemento deste forum :wink:

segundo, a comparação com a Alemanha nazi faz todo o sentido e não é de todo absurdo:

 
Citar
Nuremberga condenou 10 líderes nazis por "encorajarem e coagirem ao aborto", acto que o tribunal caracterizou como "um crime contra a humanidade" - Michael Schwartz, "Abortion The Nazi Connection." News­letter of the Catholic League for Religious and Civil Rights, August 1978, p. 1
Título:
Enviado por: Yosy em Fevereiro 12, 2007, 07:50:09 pm
Citação de: "Luso"
Citação de: "Yosy"
Eu não percebo esta gente

Daqui a alguns anos vai perceber - ou fazer que não percebe.

==========

Estes são tempos emocionantes para um paranóico. A loucura começa a fazer sentido.


Pode largar já aí o tom paternalista e começar a dar argumentos decentes, OK?
Título:
Enviado por: NBSVieiraPT em Fevereiro 12, 2007, 07:50:48 pm
Citação de: "Jorge Pereira"
Citação de: "P44"
Citação de: "JLRC"
Citação de: "NBSVieiraPT"
Uma vergonha! ;)

No fundo, um dia triste para Portugal...

Felizmente que está cá você para moralizar o país  :oops:
Opine por você mas não generalize e sobretudo deixe de olhar para o umbigo, você não é o centro do mundo nem o dono da razão. O sim ganhou e foi um dia feliz para mim e para todos os que fizeram campanha pelo sim e para todos os que votaram sim. Triste para Portugal é haverem pessoas que não conseguem lidar com opiniões contrárias às suas. E depois dizem-se muito democratas, são os chamados democratas da treta. Mais uma vez este forum votou contra corrente. É esclarecedor, não acham?

Amigo JLRC, mas tu esperavas outra coisa? :wink:

Ainda vão havedo alguns mas é espécie em vias de extinção :twisted:

Felizmente que neste fórum a maioria das pessoas é defensora da vida e não da morte. Tenho um  grande orgulho nisso.

Repugna-me, no entanto, ver tristes e deploráveis manifestações de vitória e até de troça por parte daqueles que se dizem “vencedores”. Tratando-se de um assunto com tamanha sensibilidade, mostra bem o íntimo e as razões políticas de uma grande parte dos apoiantes do não à vida.


Concordo plenamente consigo Jorge :wink:

Mas como pelos vistos ganhou a "liberdade" eu não me posso exprimir pois sou um "democrata da treta" e tenho "ideias medievais e obscurantistas"... complicada a situação.

Remeto-me então a uma frase de que gostei "A opinião dos outros conta tanto como a de um recluso no corredor da morte". (mais ou menos assim)
Título:
Enviado por: antoninho em Fevereiro 12, 2007, 07:54:34 pm
Para quem nunca leu.......no fim isto deve estar já completamente fora de uso.......


http://www.fd.uc.pt/CI/CEE/pm/Tratados/carta-onu.htm (http://www.fd.uc.pt/CI/CEE/pm/Tratados/carta-onu.htm)


 
Citar
Carta Internacional dos Direitos Humanos

Declaração Universal dos Direitos do Homem *

Adoptada e proclamada pela Assembleia Geral na sua Resolução 217A (III) de 10 de Dezembro de 1948.

Publicada no Diário da República, I Série A, n.º 57/78, de 9 de Março de 1978, mediante aviso do Ministério dos Negócios Estrangeiros.


Preâmbulo

Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;

Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do homem conduziram a actos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do homem;

Considerando que é essencial a protecção dos direitos do homem através de um regime de direito, para que o homem não seja compelido, em supremo recurso, à revolta contra a tirania e a opressão;

Considerando que é essencial encorajar o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações;

Considerando que, na Carta, os povos das Nações Unidas proclamam, de novo, a sua fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres e se declararam resolvidos a favorecer o progresso social e a instaurar melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla;

Considerando que os Estados membros se comprometeram a promover, em cooperação com a Organização das Nações Unidas, o respeito universal e efectivo dos direitos do homem e das liberdades fundamentais;

Considerando que uma concepção comum destes direitos e liberdades é da mais alta importância para dar plena satisfação a tal compromisso:

A Assembleia Geral

Proclama a presente Declaração Universal dos Direitos do Homem como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universais e efectivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição.

Artigo 1.º

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Artigo 2.º

Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação.

Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.

Artigo 3.º

Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Artigo 4.º

Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos.

Artigo 5.º

Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.

Artigo 6.º

Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento em todos os lugares da sua personalidade jurídica.

Artigo 7.º

Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual protecção da lei. Todos têm direito a protecção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo 8.º

Toda a pessoa tem direito a recurso efectivo para as jurisdições nacionais competentes contra os actos que violem os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição ou pela lei.

Artigo 9.º

Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Artigo 10.º

Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial que decida dos seus direitos e obrigações ou das razões de qualquer acusação em matéria penal que contra ela seja deduzida.

Artigo 11.º

1. Toda a pessoa acusada de um acto delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas.

2. Ninguém será condenado por acções ou omissões que, no momento da sua prática, não constituíam acto delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não será infligida pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o acto delituoso foi cometido.

Artigo 12.º

Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a protecção da lei.

Artigo 13.º

1. Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado.

2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país.

Artigo 14.º

1. Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros países.

2. Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de processo realmente existente por crime de direito comum ou por actividades contrárias aos fins e aos princípios das Nações Unidas.

Artigo 15.º

1. Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade.

2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.

Artigo 16.º

1. A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante o casamento e na altura da sua dissolução, ambos têm direitos iguais.

2. O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento dos futuros esposos.

3. A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à protecção desta e do Estado.

Artigo 17.º

1. Toda a pessoa, individual ou colectivamente, tem direito à propriedade.

2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.

Artigo 18.º

Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.

Artigo 19.º

Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão.

Artigo 20.º

1. Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas.

2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

Artigo 21.º

1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direcção dos negócios públicos do seu país, quer directamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos.

2. Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às funções públicos do seu país.

3. A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos; e deve exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto.

Artigo 22.º

Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos económicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país.

Artigo 23.º

1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego.

2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.

3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de protecção social.

4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos para a defesa dos seus interesses.

Artigo 24.º

Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres e, especialmente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e a férias periódicas pagas.

Artigo 25.º

1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.

2. A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimónio, gozam da mesma protecção social.

Artigo 26.º

1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.

2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das actividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.

3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos.

Artigo 27.º

1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar no progresso científico e nos benefícios que deste resultam.

2. Todos têm direito à protecção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer produção científica, literária ou artística da sua autoria.

Artigo 28.º

Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano internacional, uma ordem capaz de tornar plenamente efectivos os direitos e as liberdades enunciados na presente Declaração.

Artigo 29.º

1. O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade.

2. No exercício destes direitos e no gozo destas liberdades ninguém está sujeito senão às limitações estabelecidas pela lei com vista exclusivamente a promover o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades dos outros e a fim de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar numa sociedade democrática.

3. Em caso algum estes direitos e liberdades poderão ser exercidos contrariamente aos fins e aos princípios das Nações Unidas.

Artigo 30.º

Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a envolver para qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se entregar a alguma actividade ou de praticar algum acto destinado a destruir os direitos e liberdades aqui enunciados.
Título:
Enviado por: papatango em Fevereiro 12, 2007, 08:02:34 pm
Citação de: "Miguel"
As vossas intervençoes sao completamente absurdas!!

Comparar Alemanha Nazi e Portugal de hoje, devia ser proibido e devia mesmo ser julgado em tribunal.
Hoje Portugal fez um passo de gigante no clube dos paises mais avançados e libre do mundo.
Engraçado que o maior defensor do aborto é o maior CRIMINAL deste seculo o nome dele é BUSH
Que faz as guerras com o sangue e as tripas dos outros!!!

E essa a vossa maneira de ver o mundo??


Miguel, você tem que entender o que realmente leva as pessoas a votar Não, sem reduuzir os argumentos a questiúnculas, sobre se a mulher gosta ou não de ir a tribunal, ou se vai ou não vai ter condições para criar a criança.

O problema é outro.
O problema é o do precedente.

O que o país aprovou, foi uma pena de morte encapotada.

Seja legítima ou ilegítima, haja razões ou não haja razões, o problema é que com este referendo, os portugueses decidiram que o Estado autoriza que uma mulher mate um ser que se transformará num Homem ou numa Mulher.

Quando o principio está estabelecido, criam-se as condições para continuar a liberalizar. O que é que moralmente impede uma mulher de fazer um aborto até às nove semanas?

Resposta: NADA

O principio de que a mulher pode matar o filho, com o beneplácito e autorização do Estado está estabelecido.

E esse é o problema.

O outro problema, prende-se com a hipocrisia e a falta de vergonha de parte de alguns defensores do Sim.

As mulheres que abortem depois das 10 semanas, vão continuar a ser penalizadas. Quando a lei for aprovada, e quando se notar que o problema continua a ocorrer, então vamos ter a camarada Odete, e os camaradas do Lingsblock (ou Reichsblock) a dizer que a Lei é insuficiente, e que as mulheres que abortam depois das 10 semanas também são gente e têm que ser tratadas em igualdade de circunstâncias.

Se aborta às 10, porque não aborta às 12, ou às 14 ou às 22 ?
Não vai parar. Não para enquanto não estabelecerem o principio do Aborto Livre, que é o objectivo final (sempre foi).

Miguel ->
A legalização do Aborto Livre, é uma forma da sociedade se tentar livrar de um problema complicado, que não quer resolver de outra maneira.

O assassinio de pessoas na Alemanha Nazi (com a morte de deficientes que mesmo na Alemanha dos anos 30 causou protestos) foi, da mesma maneira uma forma do Estado encolher os ombros para tentar resolver um problema da forma que parecia mais fácil.

Nenhum cidadão pode aceitar o direito de alguém condenar outro alguém à Pena de Morte

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Yosy ->

Se voce verificar com antenção, os problemas com a natalidade, a quebra de população, estão a criar movimentos por toda a Europa que colocam em causa o direito de abortar livremente.

Nós não entrámos na "onda" europeia. Provavelmente fizemos aquilo que fizemos noutras vezes. Entrámos no combóio, quando as pessoas já estão a pensar em sair.

Já aqui disse e repito!

Portugal não precisou de copiar nenhum país do mundo para abolir a Pena de Morte. No entanto abolimos.

Fomos nós que fomos menos europeus?
Demonstrámos o nosso atraso cultural e sub desenvolvimento ?

= = = =

Os nossos amigos do Reichsblock, estão no caminho certo.

Acabemos com os portugueses, e mandemos vir bastantes imigrantes, especialmente da Arábia, do Paquistão ou preferencialmente do Irão, essa terra de grandes líderes e democratas que já nos explicaram que o Holocausto nunca existiu.

Portugal abriu também a porta à lucrativa industria espanhola do aborto, e os espanhóis agradecem. Como grande parte dos médicos em Portugal provavelmente recusará fazer abortos, o governo não terá outra possibilidade senão mandar as mulheres abortar às clinicas de Nuestros Hermanos, que estão convenientemente equipadas com médicos sem escrupulos, especializados no tema, e que não têm o mais pequeno problema em efectuar os procedimentos.

Como com as maternidades, o ministro resolverá o problema com a sua Sagrada Espanha.

Sabe como é que se faz um aborto Yosy?
Já pensou como é?
Provavelmente não.
Ninguém gosta de olhar para a realidade quando ela é inconveniente.

Aborte-se
E não se fala mais nisso...
Que se lixem os principios.
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 12, 2007, 08:09:39 pm
Citação de: "Yosy"
Pode largar já aí o tom paternalista e começar a dar argumentos decentes, OK?


Porque é que o devo fazer?
Há "gente" que eu faço questão de alertar, de avisar, de ensinar e - sim - tentar protejer.
Para outros já não. Limito-me a deixá-los pousar e a assistir ao espetáculo.
Título:
Enviado por: Yosy em Fevereiro 12, 2007, 08:25:31 pm
Citação de: "Luso"
Citação de: "Yosy"
Pode largar já aí o tom paternalista e começar a dar argumentos decentes, OK?

Porque é que o devo fazer?
Há "gente" que eu faço questão de alertar, de avisar, de ensinar e - sim - tentar protejer.
Para outros já não. Limito-me a deixá-los pousar e a assistir ao espetáculo.


Porque estamos a ter um debate sério, e como tal usam-se argumentos.

A sua preocupação fica registada mas eu cá me arranjo, obrigado.
Título:
Enviado por: Spectral em Fevereiro 12, 2007, 10:19:08 pm
Eu por acaso até pretendia participar na discussão, talvez comentar como me parece pelos comentários de certas pessoas que estamos a assistir ao fim da civilização ( ou será só da "moral e bons costumes"? ) ou alguma coisa mais constructiva ,mas como não tenho a mínima vontade de ser implícitamente chamado de nazi vou (mais uma vez) pura e simplesmente ignorar este tópico, como aliás já faço a vários outros por aqui.
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 12, 2007, 11:07:24 pm
Bom...
Aos meninos da "Razão"...

Os principios servem de bases sobre as quais nós contruímos a nossa sociedade.
O respeito pela vida humana é uma dessas bases. Por isso é que se criminalizam os assassinatos, as agressões. Não só por questões morais mas por motivos também prosaicos como a eficiencia das relações humanas. Só é possível criar a civilização quando se constroi uma série de regras que garantem um mínimo de previsibilidade de comportamento e que permitem dedicar energias ao desenvolvimento de actividades produtivas ou culturais - ou seja actividades que enriquecem essa sociedade e que contribuem para o bem estar de todos directa ou indirectamente.

E para mim este é um dos assaltos que estam a ser feitos a essas bases.
Há outros: ao respeito, à decencia, à história, à relação homem-mulher.

São bases construidas ao longo de milénios e que nos permitiram chegar  a onde estamos agora, confortávelmente no paleio com gente que não conhecemos e que geralmente é mais interessante que a esmagadora maioria das pessoas com as quais lidamos no dia a dia e com as quais podemos aprender aquilo que jamais aprenderiamos de outra maneira.

O que assistimos é ao destruir dessas bases.
Para construir outras, do agrado dos inadaptados e dos marginais que querem vir a ser os déspotas de amanhã.

Se há coisa que me aborrece é a falta de memória e de conhecimento de muita gente que a ele têm acesso. São esquecidos. São superfíciais. Agarram-se tenazmente à EMOÇÃO de uma ideia e não se preocupam em estudá-la. E confundem tudo dada a lição mal estudada.
Como exemplo, vêm com a história da Inquisição, do obscurantismo, da idade média, da Igreja ou da ideia representada pela emoção ou imagem do padre estúpido, burro e idiota, e com isso destroem o raciocínio.

Veremos de seguida a despenalização da eutanásia. Veremos as gerações edonistas e filistinas a querer a morte dos paizinhos ou dos avós que, por doentes, os atrapalham nas sua agendas. Isso já acontece nos "países desenvolvidos" que a malta parola e provinciana, insiste em copiar como se o copiar da estupidez do Rei os transformasse em nobres.

E isso vai acontecer. Para poupar dinheiro. Para herdar, para evitar aborrecimentos. Matam-se as crianças, matam-se os velhos, mata-se o Spectral quando estiver em coma durante um perído estabelecido por lei, etc.

Um exemplo

Citar
“Most leading thinkers in the bioethics field endorse euthanasia and assisted suicide and often argue that elderly and ill patients have the obligation to end their lives to relieve pressure on families and the health care system.”


http://www.lifesite.net/ldn/2006/aug/06081503.html (http://www.lifesite.net/ldn/2006/aug/06081503.html)

Matar, matar, matar!

Gente que detesta este mundo, esta sociedade, os pais, o país, as crianças, os velhos, a humanidade.
Adora o sórdido, o mau gosto, o mau cheiro, o barulho, a droga, o ordinário, a depravação, a homossexualidade, a doença, a mentira, a morte.

Rio-me quando vejo filmes de terror, com monstros ou vampiros ou agora com o Hannibal Lecter (um anjo), ou o Mafarrico :roll: . Mariquices comparadas com o MAL com o qual vivemos diáriamente.
Gente que nos pode matar, a nós, aos nossos filhos, aos nossos pais, avós, esposas ou maridos, amigos, história, valores e País.

Querem baralhar os nossos valores para dar de novo.
Não tenham dúvida: querem mesmo acabar com a nossa civilização e criar outra qualquer baseada noutra treta qualquer que alguns vaidosões sem escrúpulos decidiram criar.

Já agora, já viram como o Louçã quer combater os médicos que não querem efectuar abortos por objecção de consciência?
Temos aqui um rico monstrinho, temos...
Este é daqueles que com o qual deveremos ter MUITO, MUITO cuidado.
E com esta "gente" não se lida com conversa.
Título:
Enviado por: papatango em Fevereiro 12, 2007, 11:14:37 pm
Citação de: "Spectral"
Eu por acaso até pretendia participar na discussão, talvez comentar como me parece pelos comentários de certas pessoas que estamos a assistir ao fim da civilização ( ou será só da "moral e bons costumes"? ) ou alguma coisa mais constructiva ,mas como não tenho a mínima vontade de ser implícitamente chamado de nazi vou (mais uma vez) pura e simplesmente ignorar este tópico, como aliás já faço a vários outros por aqui.
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I hope that you accept Nature as It is - absurd.
O quote à assinatura é de propósito.

Gostei da tirada intelectual...  :D

Devo considerar que estou incluido nas "Certas pessoas" e como não tenho o hábito de falar em segunda mão e opto sempre que possível por falar directamente, noto o seguinte:

Pessoalmente, estou convencido que parte da intelectualidade que "pulula" em alguns partidos da esquerda portuguesa, está de facto cada vez mais ligado a ideias extremistas que tanto são pró-sovieticas como assumem um teor de tal forma anti-semita que só podem ser identificados com os movimentos Nazistas da Europa.

Ao afirmar que existem em Portugal movimentos Nazis disfarçados de esquerdistas, eu não estou a dizer que todas as pessoas que votaram SIM, são nazistas encapotados.

Isto não impede que não esteja convencido de que a influência destas pessoas na sociedade se torna maior à medida que o país vai entrando em decadência e apodrecimento.

O aumento do poder destes sectores, é directamente proporcional aos escandalos, à corrupção, a depravação, à pedofilia, ao roubo e à despudorada pouca vergonha que vemos por exemplo no mundo do futebol.

O hábito que a sociedade está a ganhar de desculpar tudo, todos os crimes, todos os roubos, todas as violações e todas as mentiras, leva a que a sociedade aceite também com naturalidade uma resposta positiva à questão que foi colocada.

A decadência das sociedades ocidentais, não é uma invenção dos teóricos do apocalipse, é o resultado de análises tão "cientificas" quanto possivel.

A liberalização dos costumes, não é necessáriamente um sinal de modernidade.

O império Romano entrou em decadência, exactamente por isso

Quando nos esquecemos dos principios básicos que formaram a nossa sociedade, estamos a cavar a sua sepultura.

Ontem, em meu entender - e embora entenda e até esteja de acordo com as posições e argumentos de muitas das pessoas que foram votar SIM - foi passada uma fronteira, uma fonteira que não terá retorno.

Uma fronteira, que quer se queira quer não se queira, foi ultrapassada na Alemanha nos anos 30.
Título:
Enviado por: Lancero em Abril 10, 2007, 09:57:27 pm
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Aborto: Cavaco diz que era possível maior consenso e quer avaliação da lei

Lisboa, 10 Abr (Lusa) - O Presidente da República, Cavaco Silva, considerou hoje que com mais "ponderação" teria sido possível "um consenso político mais alargado" sobre a nova lei do aborto e defendeu que os efeitos da sua aplicação sejam avaliados.

        Cavaco Silva decidiu promulgar a nova lei do aborto aprovada pelo PS, PCP, BE, Verdes e 21 deputados do PSD, mas enviou uma mensagem ao Parlamento identificando "um conjunto de matérias que deve merecer especial atenção por parte dos titulares do poder legislativo e regulamentar" - Parlamento e Governo.

        Promulgada a lei que despenaliza o aborto realizado por opção da mulher nas primeiras dez semanas de gravidez, a regulamentação será feita pelo Governo que, segundo o diploma, terá de fazê-lo através de portaria e no prazo de noventa dias.

        Na mensagem enviada ao Parlamento, o Presidente da República afirma não poder ser "indiferente à circunstância" de o diploma "ter sido aprovado por uma larga maioria parlamentar".

        "Se o processo legislativo em causa tivesse beneficiado de um maior amadurecimento e ponderação, talvez daí resultassem, como seria desejável, um consenso político mais alargado e soluções mais claras em domínios que se afiguram de extrema relevância", acrescenta, contudo, Cavaco Silva, no final do texto.

        O Chefe de Estado refere ter identificado, ao longo da sua mensagem, alguns desses "domínios" nos quais seria desejável que tivesse havido "um consenso político mais alargado e soluções mais claras".

        "Após a sua entrada em vigor, caberá então verificar se, na prática, esta lei contribui efectivamente para uma diminuição não só do aborto clandestino como também do aborto em geral, o que implica uma avaliação dos resultados do presente diploma, a realizar pelo legislador num prazo razoável", prossegue o Presidente.

        Apesar das divergências manifestadas quanto ao conteúdo da lei, Cavaco Silva diz que esta reúne, "no essencial, as condições para que se dê cumprimento aos resultados da consulta popular realizada no dia 11 de Fevereiro de 2007 e à pergunta então submetida a referendo".

        "Os aperfeiçoamentos introduzidos no decurso do debate parlamentar" são "um passo para conciliar a liberdade da mulher e a protecção da vida humana intra-uterina, valor de que o Estado português não pode, de modo algum, alhear-se", salienta, no último parágrafo da mensagem enviada ao Parlamento.
Título:
Enviado por: hellraiser em Abril 11, 2007, 05:35:44 am
pronto agora que resolvemos toda a miséria e problemas da humanidade graças ao aborto ja posso ascender a um plano superior de existência...


...alguém quer dar um bafo??
Título:
Enviado por: Upham em Abril 11, 2007, 02:09:26 pm
Boa tarde!

Correndo o risco de ser politicamente incorrecto (who cares) mas cheira-me que a seguir o nosso Governo Todo Progressista virá á praça pública com o assunto "casamento" de cidadãos com "orientação sexual alternativa" :down: , se isso acontecer serão dois motivos seguidos para me entristecer bastante com o rumo que a politica governamental está a levar...............................

Cumprimentos!
Título:
Enviado por: hellraiser em Abril 12, 2007, 02:44:10 pm
Citação de: "Upham"
Boa tarde!

Correndo o risco de ser politicamente incorrecto (who cares) mas cheira-me que a seguir o nosso Governo Todo Progressista virá á praça pública com o assunto "casamento" de cidadãos com "orientação sexual alternativa" :down: , se isso acontecer serão dois motivos seguidos para me entristecer bastante com o rumo que a politica governamental está a levar...............................

Cumprimentos!


então e já agora explique lá a sua relutância em aceitar casamentos entre indivíduos com "orientações sexuais alternativas"? E qual a ligação entre essa temática e a do aborto? No aborto discutimos algo que afecta directamente a vida humana, a distinção e decisão sobre a vida e morte. Na outra tratamos apenas de uma "burocracia" porque o casamento não passa disso e a possibilidade de os homossexuais terem os mesmos direitos que as outras pessoas. Não entremos em histerismos religiosos, muito menos em fobias...

Já agora aproveito para citar uma frase que vi algures:

"O que acha sobre o casamento entre homossexuais? - Sinceramente penso que os homossexuais têm o direito a ser tão miseráveis quanto o resto de nós."
Título:
Enviado por: Upham em Abril 12, 2007, 06:42:14 pm
Boa tarde!  :) mesmo com pessoas com a tal "orientação".

Cordiais Cumprimentos!