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Outras Temáticas de Defesa => Área Livre-Outras Temáticas de Defesa => Tópico iniciado por: ricardonunes em Agosto 03, 2006, 12:16:25 pm
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Politica é mesmo assim!
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Para não abrir outro tópico esta fica aqui.
Marques Mendes com nova imagem
PSD - IPSIS contratada para aconselhar líder
O PSD contratou a IPIS, consultores de relações públicas, do grupo Brandia Central de Comunicação – o maior do sector de publicidade e comunicação no País – para tratar da imagem do partido e também do seu líder, Marques Mendes, confirmou ao CM, o secretário-geral do partido, Miguel Macedo, sublinhando que a acção da IPSIS será centrada nas áreas do grafismo e design.
Trata-se de uma iniciativa que não deverá ser alheia ao facto de Marques Mendes estar já a pensar nas eleições legislativas de 2009.
“Sim é verdade [ sobre o contrato com a IPSIS], será na área de design, essencialmente da imagem, mas só parte gráfica”, afirmou Miguel Macedo que ainda está a acertar pormenores sobre o papel da IPSIS. Um dos responsáveis da empresa é Tiago Franco, ex-director do Euronotícias. Que ontem esteve incontactável.
A ‘rentrée’ do PSD, em Castelo de Vide já poderá ter a consultadoria da IPSIS, que deve trabalhar com os sociais-democratas na área da estratégica comunicacional. Um processo que se iniciou em Julho. O último tempo de antena do PSD – que passou ontem na RTP – onde Marques Mendes aparece nas imagens como o político que tem experiência “e sabe do que fala” foi feito com a ‘prata da casa’, mas a IPSIS, terá dado alguns conselhos.
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... l=90&p=200 (http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=212497&idselect=90&idCanal=90&p=200)
Só falta ver uns comícios organizados pela Srª Paula Bobone, ou até mesmo pelo ilustre Castelo Branco.
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Que a politica é uma podridão já sabia, mas nunca pensei que chegasse a estes pontos.
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Fax enviado da Presidência do Conselho de Ministros e destinatário Fausto Correia
"Na impossibilidade de o fazer pessoalmente, o Engº José Sócrates pediu-me para o contactar com urgência, para este fax privado na certeza de que o meu amigo compreenderá a necessidade de que esta mensagem não seja amplamente divulgada, pois destina-se apenas ao núcleo de pessoas do partido envolvidas na campanha do Soares. O que se passa é bastante grave e exige da nossa estrutura uma
intervenção rápida e sigilosa.
A sondagem porque aguardávamos foi-nos entregue hoje de manhã e indica claramente uma derrota de Soares em relação ao Alegre, numa diferençaque ultrapassa os 5%, sendo que a margem de erro desta sondagem é de apenas 3%. Também nas últimas sondagens a publicar esta noite e amanhã
pela comunicação social esta derrota é evidenciada. Por outro lado, a hipótese do Cavaco não ganhar logo à primeira volta existe e não está completamente afastada. Na sondagem do PS indica 51%, mas como a margem de erro é de 3%, e com a tendência de descida que se verificou,
é muito provável que o Cavaco fique abaixo dos 50% obrigando a uma segunda volta, por uma muito pequena diferença de votos.
Neste caso, teríamos um cenário desastroso para o governo, para o PS e deixaria o Engº Sócrates numa posição fragilizada, ao ter avançado com a candidatura de Soares e ver-se depois obrigado a apoiar o Alegre para a segunda volta, sendo certo que este poderá recusar publicamente este apoio.
Assim, o pedido que tem sido dirigido apenas ao núcleo de apoiantes da candidatura do Soares é de que tentem influenciar as pessoas que estão mais próximas de vós, sempre pessoalmente, para que votem em branco, ou mesmo que votem no Cavaco, para assegurar que não haja segunda
volta, e o governo não saia fragilizado desta eleição. O melhor argumento a apresentar é de que uma segunda volta, a existir, será um desperdício de verbas do orçamento, uma vez que as sondagens indicam que se não passar na primeira volta o Cavaco ganhará folgadamente contra o Alegre na segunda volta. Escusado será insistir na confidencialidade deste assunto".
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Que pandeleirice essa da imagem do MM..quanto ao documento.. ja tinha visto.. mas nao comento..
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No comment ...
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Sampaio cuida muito bem dos "Portugueses"
A família Sampaio...
Soube-se a dia 27 de Agosto, no *Público*, que a jovem distinta advogadaVera Sampaio (*terminou o curso com média de 10 valores*) com uma carreira de "*dezenas de anos e larga experiência*" foi contratada, como assessora, pelo membro do Governo -Senhor Doutor Manuel Pedro Cunha da Silva Pereira, distinto Ministro da Presidência....
Como a tarefa não é muito cansativa, foi autorizada a continuar a dar aulas numa qualquer universidade privada onde ganha uns tostões para compor o salário e poder aspirar a ter uma vidinha um pouco mais desafogada.
O facto de ser filha do Senhor Ex-Presidente da República das Bananas que também dá pelo nome de Portugal, não teve nada a ver com este reconhecimentodas suas capacidades -juro pela saúde do Engenheiro Sócrates.
·Há famílias a quem a mão do Senhor toca com a sua graça. Ámen.
Neste caso soube-se há tempos que o filhote do Jorge Sampaio, André Sampaio,depois de se ter formado, foi logo para consultor da Portugal Telecom, onde certamente porá toda a sua experiência ao serviço de todos nós.
Agora, como já se disse, calhou a sorte à maninha e lá vai ela, toda lampeira, em part-time para o desgoverno, onde certamente porá toda a sua experiência ao serviço de todos nós.·
E o papá, para não fugir à regra, depois de escavacar uns bons centos de milhares de euros na remodelação de um palacete ali para a Ajuda, onde instalará um gabinete, para onde será transportado pelo nosso carro, com o nosso motorista e onde certamente porá toda a sua experiência ao serviço de todos nós.
Falta arranjar um tacho para a matriarca a Senhora Dona Maria José Ritta, que, de momento tem que se contentar com os da cozinha (depois de ter súbitamente conseguido a reforma da TAP, quando o marido exercia funções públicas).
Isto tudo passa-se num sítio mal frequentado onde um milhão e duzentas mil pessoas vivem com uma reforma abaixo dos 375 Euros por mês.
ACRESCE UMA PALAVRINHAS DO NOSSO PRIMEIRO MINISTRO:
"*Este Governo (da República) governa para todos e todos por igual.....*."Há coisas fantásticas não há?·
http://www.encavaoportuga.blogspot.com/ (http://www.encavaoportuga.blogspot.com/)
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Não é propriamente politica mas está ao mesmo nível, baixo.
"Número dois" do DIAP onde se investiga Apito Dourado aceita cargo na Federação de Futebol
Magistrado do DCIAP, que investiga a grande criminalidade, será vice--presidente do Conselho de Justiça da FPF
Almeida Pereira, o "número dois" do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto, onde ainda se investigam algumas das certidões do processo Apito Dourado, será hoje anunciado na lista única a apresentar para o cargo de vice-presidente do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol. O outro vice-presidente daquele organismo de futebol profissional será João Ramos, magistrado do Ministério Público no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), onde também se investigam os grandes casos de corrupção que envolvem várias comarcas.
Almeida Pereira e João Ramos serão ainda acompanhados, noutros cargos dirigentes, por actuais arguidos do Apito Dourado. Por exemplo, no Conselho de Arbitragem serão apresentados, amanhã, os nomes de Carlos Esteves e Francisco Costa, respectivamente para presidente e vice-presidente. O primeiro ainda tem sobre si investigações a correr, no âmbito de processo de corrupção desportiva, e o segundo, para além de diversas certidões em que foi visado, é um dos acusados no processo que ontem entrou em fase de instrução.
A presidência deste órgão será assumida por Herculano Lima, juiz-conselheiro jubilado e ex-procurador-geral distrital do Porto.
A designação dos dois magistrados do Ministério Público ficará dependente da autorização do Conselho Superior daquele órgão, que, no entanto, nunca proibiu qualquer magistrado de exercer cargos desportivos. Uma posição contrária à que tem vindo a ser defendida pelo Conselho Superior da Magistratura, que recentemente aprovou uma proposta de alteração do Estatuto dos Magistrados Judiciais, enviada para a Assembleia da República, dando poderes àquele órgão de gestão dos juízes para vetar a participação de magistrados judiciais em órgãos da jurisdição desportiva, nomeadamente do futebol.
O Conselho Superior do Ministério Público tem, por seu turno, defendido uma posição mais contida sobre o assunto e o último parecer, relatado por Rui Pereira, que preside actualmente à Unidade de Missão da Reforma Penal, desaconselha a proibição dos magistrados.
Escolha de Almeida
Pereira causou surpresa
A escolha de Almeida Rodrigues para aquelas funções causou surpresa nos meios judiciais. Isto porque é ao magistrado em causa que estão afectas as investigações dos crimes mais complexos, designadamente de associação criminosa, e também porque continuam pendentes no DIAP do Porto diversas certidões do processo de corrupção no futebol português. Foi também no DIAP do Porto que vários processos relativos à corrupção no futebol, e também os relativos à gestão da Metro do Porto, foram arquivados. Permanecem em investigação, ainda, as alegadas suspeitas sobre o presidente do Boavista e o chefe de gabinete de Rui Rio, presidente da autarquia.
Foi também Almeida Pereira, enquanto procurador em Matosinhos, quem acompanhou o julgamento do caso Guímaro e, mais tarde, do processo de doping em que era arguido o médico Luís Lourenço. Almeida Pereira participou também na investigação do caso do homicídio de João Melo, o inspector da PJ do Porto morto, em Janeiro de 2001, em Marco de Canaveses, e que levou à libertação dos diversos arguidos depois de não ter sido deduzida a acusação. Almeida Pereira confirmou a designação, mas mostrou já algumas dúvidas depois das pressões recebidas na sequência de contactos feitos pelo PÚBLICO junto de magistrados de vários escalões hierárquicos: "Estou a meditar se aceito ou não o convite que me foi dirigido", afirmou.
Por sua vez, João Ramos é também um experiente magistrado do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e teve a seu cargo, por exemplo, a investigação ao alegado esquema de corrupção que envolvia Pimenta Machado e o Vitória de Guimarães.
Publico (http://http)
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Depois queixem-se se por aí aparecer um velhinho como o que desapareceu há dias...
Ou um Chavez.
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Excepções ambientais mancham imagem "verde" do Governo
Multiplicam-se declarações de interesse público, exclusões da Reserva Ecológica Nacional e alterações de planos directores municipais, para viabilizar projectos que o Executivo considera de interesse nacional. Ambientalistas e oposição criticam. Ministro do Ambiente e o presidente da Agência Portuguesa de Investimento dizem que estão a remar para o mesmo lado
Em matéria de ambiente, o Governo de José Sócrates começou com mão firme. Duas semanas depois da posse, em Março de 2005, os ministros do Ambiente, da Agricultura e da Economia revogaram um despacho do Executivo anterior, que reconhecia a imprescindível utilidade pública do empreendimento turístico Portucale, em Benavente, que precisava daquela declaração para derrubar sobreiros.
Um ano depois, o Executivo estava a fazer praticamente o mesmo que o anterior: a publicar declarações de interesse público de projectos turísticos privados, de modo a remover obstáculos legais de ordem ambiental.São já vários os casos em que o actual Governo tem recorrido a regimes de excepção previstos na legislação ambiental para sancionar projectos que considera de interesse nacional, sobretudo por envolverem milhões em investimentos e prometem milhares de empregos (ver infografia).
Chumbos e aprovações
Grandes empreendimentos também têm sido chumbados por razões ambientais - tais como o de uma refinaria em Sines e projectos turísticos no Algarve. Mas as aprovações excepcionais estão a manchar a imagem de um Executivo recheado de nomes sonantes na área do Ambiente. "O sentimento que temos é de desilusão", afirma Hélder Spínola, presidente da associação ambientalista Quercus. "Quando constatamos que o Governo actua em bloco para viabilizar projectos em zonas sensíveis, perdemos grande parte da esperança [na actuação] destas pessoas".
José Eduardo Martins, deputado do PSD e ex-secretário de Estado do Ambiente, concorda: "O ministro e o Ministério do Ambiente têm a força que o primeiro-ministro lhes dá. E o ambiente não é a prioridade deste primeiro-ministro." "A prioridade deste Governo é a prioridade da API [Agência Portuguesa para o Investimento]", completa José Eduardo Martins, que integrou o Executivo de Durão Barroso (2002-2004).
Pela API têm passado alguns dos projectos beneficiados com regimes de excepção. São empreendimentos reconhecidos como de potencial interesse nacional (PIN).
Mas o estatuto PIN não é suficiente para uma luz verde ambiental irrestrita. O recurso à figura do interesse público tem servido para remover obstáculos - sejam eles árvores protegidas ou constrangimentos de ocupação da Rede Natura 2000 ou da Reserva Ecológica Nacional (REN).
Até ao final de 2006, o actual Governo tinha já publicado 247 despachos a declarar o interesse público de intervenções na REN. A maior parte refere-se a obras com inegável utilidade pública, como redes de águas e esgotos, estradas e caminhos-de-ferro. Muitas já nem precisam daquela declaração, desde que foram legalmente definidos, em Setembro, quais são os usos compatíveis da REN.
Muitas excepções relevantes, porém, seguem por outro circuito, de âmbito municipal, mas que requer uma aprovação governamental. "Há muitas desanexações da REN que passam discretas", alerta Manuela Cunha, do partido "Os Verdes". São pequenas áreas que as autarquias pedem para excluir da REN, para este ou aquele fim. "Estes pequenos projectos são extremamente perversos", diz Manuela Cunha.
Casos conflitantes
De acordo com as actas da Comissão Nacional da REN, desde Junho de 2005, foram emitidos pareceres favoráveis para pelo menos 47 propostas de alteração. Três estão identificadas com projectos turísticos, em Montargil, Tavira e em Portel - neste último caso uma marina na barragem do Alqueva. O resto são sobretudo planos de pormenor e de urbanização ou revisões de PDM, onde podem acabar por ser excluídas áreas da REN para construção - com o beneplácito da administração central -, sem necessidade de declaração de interesse público.
No arquivo das actas da Comissão da REN, falta uma em particular: a de Outubro do ano passado, quando foi dado parecer favorável à exclusão da área a ser ocupada pela fábrica da Ikea, em Paços de Ferreira. A exclusão foi aprovada definitivamente quinta-feira passada pelo Conselho de Ministros.
A construção de uma plataforma logística em Vila Franca de Xira - em zona inundável - também terá de contornar os impedimentos da reserva ecológica. Se for pela via da exclusão, colidirá com opiniões anteriores da Comissão Nacional da REN. Em Junho de 2005, a comissão analisou alterações solicitadas pela Câmara Municipal de Borba e foi inflexível num ponto. Pediu à CCDR que verificasse a delimitação da zona ameaçada pelas cheias da ribeira de Alcaraviça e vaticinou: "Se se verificar que é leito de cheia, não poderá [a REN] ser excluída".
Reserva especulativa
Perante as brechas no sistema, o presidente da Liga para a Protecção da Natureza, Eugénio Sequeira, diz que a sigla REN actualmente significa outra coisa: reserva especulativa nacional. "O terreno vale pouco se não se puder construir. É uma grande tentação para os empreendedores", afirma.
Não são de hoje os artifícios para se poder ocupar área naturais sensíveis. Mas Eugénio Sequeira diz que o actual Governo está a exagerar, em nome do crescimento económico a todo o custo. "Se eu fosse ministro ou secretário de Estado [do Ambiente], já tinha pedido a demissão".
A campanha do trigo, empreendida por Salazar no pós-guerra, deveria servir de exemplo, segundo Eugénio Sequeira. Foi um sucesso económico a curto prazo, mas resultou numa enorme degradação dos solos no longo prazo. "Hoje estamos a pagar por isto", conclui.
Do ponto de vista dos investidores, alguns impedimentos são incompreensíveis. Os projectos turísticos da Costa Terra e Pinheirinho, na costa alentejana, por exemplo, tiveram declaração de interesse público para poderem ocupar a Rede Natura 2000. Mas já estavam previstos no Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo Litoral, de 1993, no Plano Director Municipal de Grândola, de 1996, e num plano de pormenor, de 2003 - todos aprovados ou ratificados pelo Governo.
"Estamos a falar de dez anos de planeamento, a nível do Estado e do município", refere o advogado Cláudio Monteiro, que defende a empresa Pelicano num contencioso instaurado pela Quercus contra o projecto do Pinheirinho.
Além de processos em tribunais portugueses, O Governo tem também a Comissão Europeia a morder-lhe os calcanhares, devido a queixas movidas por ambientalistas. O ministro do Ambiente diz que o Governo está a seguir o rumo certo.
Mas alguns actos lançam um ponto de interrogação. Um deles, de Novembro passado, é igual ao que o Governo chumbou no princípio do seu mandato: um declaração de "imprescindível utilidade pública" para um casino e um hotel, para viabilizar o abate de 240 azinheiras, que de outra forma não poderiam ser cortadas.
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Câmara da Moita e CCDR abrem as portas a mega-urbanização no canal do TGV
A proposta de revisão do Plano Director Municipal (PDM) da Moita, já aprovada pela câmara local e pela administração central, prevê a urbanização de uma quinta de 27 hectares que está classificada como Reserva Ecológica Nacional (REN) e se situa no meio do canal reservado aos acessos à futura ponte Chelas-Barreiro e à passagem do TGV.
A delimitação deste canal foi feita por um decreto publicado em Maio de 1995, mais de um ano antes do início da revisão do PDM do concelho.
A situação tem semelhanças com a da antiga Fábrica Nacional de Sabões, em Marvila, mas é provavelmente mais grave, na medida em que, na Moita, além de se tratar de um espaço da REN, a viabilidade do loteamento só começou a ser trabalhada depois da publicação do Decreto 17/95, que delimita a "zona de defesa e controlo urbanos" da terceira travessia do Tejo.
A atender ao texto desse diploma - que pretendia contrariar "as previsíveis pressões urbanísticas e especulativas" que viessem a dificultar o projecto -, a criação do corredor de acesso à ponte devia, desde logo, "ser tida em consideração nos trabalhos de elaboração dos planos municipais que incidam sobre a área em questão". A verdade, contudo, é que isso não aconteceu na Moita. E embora a câmara não pudesse deixar de conhecer a existência da "zona de defesa e controlo urbanos", estabelecida naquele decreto, a urbanização das Fontainhas foi assumida como um objectivo da reformulação do plano.
Ocupada desde há muito por uma vacaria e situada entre o núcleo urbano do Vale da Amoreira e o IC21 - a via rápida que liga o Barreiro à Auto-estrada do Sul -, a quinta avultava no corredor reservado à futura travessia como a única grande mancha não construída e pertencente a um só proprietário. Mas estando classificada como REN e incluída no corredor da ponte desde 1995, o seu valor era muito baixo, tanto mais que até a sua actividade pecuária estava condenada, face à sua inserção em meio urbano.
Conhecedora de tudo isto e da intenção camarária de viabilizar a urbanização daquele espaço, a imobiliária Imomoita, pertencente a dois dos principais empresários da construção civil do distrito de Setúbal, Emídio Catum e Teodoro Alho, tratou de garantir a consolidação da vontade municipal antes de comprar os 27 hectares das Fontainhas, em Abril de 2000.
Para isso negociou com o município, através do consultor jurídico da autarquia, Rui Encarnação, um protocolo que viria a ser assinado no final daquele ano e no qual a câmara, face à disponibilidade da Imomoita para lhe ceder gratuitamente diversos terrenos noutros locais, declarava formalmente a sua intenção de classificar a propriedade, no âmbito da revisão do PDM, como "solo urbano de finalidades habitacionais, comércio e serviços". O texto do acordo acrescentava que o índice de construção a autorizar futuramente na quinta seria de 0.7, o que permitiria construir ali mais de 190 mil m2, equivalentes a 1900 apartamentos de 100 m2 cada.
Revisão do PDM ignora canal para a ponte
Com a garantia de que a câmara queria viabilizar a sua urbanização, a empresa avançou para a compra dos terrenos, sendo o negócio fechado com o apoio do escritório particular de Rui Encarnação - o consultor camarário para quem uma outra empresa de Emídio Catum estava a construir uma luxuosa moradia no concelho (ver PÚBLICO de 28/01/07). Questionado há algumas semanas sobre o valor pago, Emídio Catum disse que "devem ter sido uns cinco milhões de euros", embora não se recordasse do valor exacto.
De acordo com a escritura, no entanto, a quinta custou cinco milhões de contos [cerca de 25 milhões de euros], valor que os conhecedores do mercado dizem ser impensável para uma propriedade situada na REN e incluída no corredor da futura ponte. Ao que dizem alguns vizinhos, porém, o antigo proprietário, Tomás Cruz, não terá recebido mais do que 1,5 milhões de contos, o que até seria muito face às condicinantes. O vendedor, por seu lado, recusa-se a falar sobre o assunto, alegando que se encontra muito doente. A esposa, que também interveio na escritura, limita-se a responder: "Pergunte ao comprador."
Os sócios da Imomoita criaram entretanto ilegalmente uma cooperativa de habitação, a Parcoop, à qual venderam a quinta por 26,7 milhões de euros em 2003. E a versão final do projecto de revisão do PDM, aprovado pela câmara e pela comissão técnica de acompanhamento, onde tem lugar a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), contemplou as Fontainhas com a supressão da REN e com a classificação de mais de dois terços da sua área como espaços susceptíveis de serem urbanizados, sem que o corredor da ponte se vislumbre na planta de ordenamento.
No passado dia 25 de Janeiro, um novo decreto substitui o 17/95 e confirma o canal reservado à ponte e ao TGV, tornando-se praticamente certo que nada, ou muito pouco, do que está no protocolo e no projecto de revisão do PDM irá por diante. Falta saber até que ponto os direitos indemnizatórios da Imomoita/Parcoop se multiplicaram em todo este processo, com o apoio da câmara e da CCDR.
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Novo PP - O OMO lava mais branco!!!
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, acusou esta quarta-feira o Governo socialista de ter empobrecido os portugueses, sublinhando que o poder de compra teve a maior baixa desde 1984, noticia a Lusa (mais aqui (http://http) )."
Se bem nos lembramos, estava Portas no governo de Durão Barroso quando, em 17 de Abril de 2002, no início do debate do programa do XV governo constitucional na Assembleia da República, se descobriu que "O país está de tanga" e se insistiu na dramatização das contas públicas, defendendo a necessidade de sacrifícios, como o aumento do IVA e a flexibilização das leis laborais, para contrariar a tendência despesista. Certo?
O Carvalhadas (http://http)
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Para quem tem dúvidas sobre a existência do "deserto", e para os defensores do "air-porte" no dito, e isto tudo porque nas "escaldandantes" areias do deserto não existem interesses económicos :?:
Afinal em que é que ficamos
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Creio que nos devemos desviar das noticias e das alegações relativas a expeculação imobiliaria.
Ela vai existir sempre que houver noticias sobre a construção de um aeroporto (qualquer aeroporto).
Não é isso que está em questão. Qualquer das regiões terá os seus lobbies.
Do meu ponto de vista pessoal - e como cidadão - eu sou sensível a argumentos como os da preservação da natureza.
Quando há uns anos atrás se resolveu "arrumar" o aeroporto na margem sul do Tejo e "varre-lo" para a Ota, houve argumentos considerados como "mortais" e definitivos, e aos quais eu como disse sou sensível:
- Na margem Sul é necessário destruir consideráveis áreas de sobreiros
- Na margem Sul estamos a destruir uma das nossas mais importantes reservas de água
- Na margem sul estamos a destruir um dos últimos "habitat's" de cegonhas que existe no país.
Pode parecer estúpido para muitos, mas para mim este tipo de argumentos têm peso, e o maior peso de todos, tem a ver com a reserva de zonas humidas do estuario do Tejo.
Assim sendo, eu aceitei que o aeroporto fosse para a Ota, e mesmo achando que era uma construção num lugar relativamente remoto e estranho.
Hoje estou no entanto convencido de que foi uma decisão errada.
O mais importante factor que contribui para isso, é o facto NÃO DESMENTIDO POR NINGUÉM de que o aeroporto na Ota não tem possibilidade de expansão, e está limitado a duas pistas.
A pergunta que eu, um pobre desqualificado - coloco a mim mesmo depois de ter pensado que a Ota era uma solução, quando os senhores inteligentes dos estudos me disseram que era melhor fazer um aeroporto numa montanha que numa planície é a seguinte:
Onde é que se vai colocar o aeroporto que vai ser necessário construir depois da Ota?
Resposta: Na margem Sul!
Ou seja: O argumento que me levou a achar aceitável a Ota, caiu por terra, quando percebi que estamos apenas a comprar tempo, porque não tendo capacidade de expansão, a Ota acaba por garantir que vai sempre ser necessário construir um aeroporto na margem sul de aqui a uns 30 anos.
Por isso, voltei à "primeira forma".
Se de qualquer forma, mais tarde ou mais cedo vamos ter que construir o aeroporto na margem Sul, então é melhor começar já, porque pelo menos será necessário construir apenas um, dado que na margem sul a planicie permite aumentar o numero de pistas.
Isto não é uma questão de "Bairrismo" é uma questão de defesa do país.
Como vimos no último "Prós e Contras" os interesses espanhóis também se movem neste contexto, querendo afastar o novo aeroporto de Lisboa o mais possível da fronteira.
Com um aeroporto na Ota, o aeroporto do Porto perde força e facilita a ascenção de um grande aeroporto na Galiza.
Ao mesmo tempo, um aeroporto em Badajoz-Mérida não será afectado por um aeroporto na margem sul do Tejo.
Ao contrário:
Um aeroporto na margem sul, pode atrair trafego e passageiros do sul de Espanha e ao mesmo tempo implica a necessidade de aumentar Pedras Rubras, com a contrução de uma segunda pista (e com o fim do absurdo estangulamento da pista do lado norte que faz com que a pista tenha que servir de Taxiway).
Portugal não tem um só polo que vai de Setubal a Braga.
Portugal tem dois grandes polos, um centrado em Lisboa e o outro centrado no Porto. Cada um destes polos tem que ter o seu conjunto de aeroporto / porto marítimo e plataforma logística.
Deste ponto de vista, a Ota vai contra tudo e contra todos. Vai contra a lógica mais básica que diz que não se devem construir aeroportos nos montes quando se pode faze-lo na planície.
A Ota, do ponto de vista da lógica é indefensável.
A Ota, aparece cada vez mais como uma espécie de Alcacer Quibir da economia portuguesa. Mas ainda estamos a tempo de impedir a aventura.
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papatango é precisamente esse o cerne da questão.
É absurdo construir um aeroporto que dentro de poucos anos vai estar novamente saturado e sem possibilidades de expansão.
Será muito difícil de perceber que a opção certa é encontrar um local onde essa potencial capacidade futura de expansão exista de facto?
Ainda por cima quando já existem localizações mais que referenciadas.
Segundo os especialistas, os estudos para a nova localização na margem sul não demorariam mais de 6 meses. Mas nem que fosse um ano!
Estamos a falar de um investimento enorme. Haja bom senso.
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Creio que nos devemos desviar das noticias e das alegações relativas a expeculação imobiliaria.
Ela vai existir sempre que houver noticias sobre a construção de um aeroporto (qualquer aeroporto).
Não é isso que está em questão. Qualquer das regiões terá os seus lobbies.
Desviar porquê? Não será esse o fulcro da questão?
E já agora, não são noticias nem alegações, são actos administrativos publicados em DR :!:
Por mim pouco me importa se o dito aeroporto é feito a Norte do Tejo ou a Sul, sei que é preciso um novo.
Mas o que mais me dana e espanta é a palhaçada em redor da questão.
Isto tudo porque os acérrimos contestatários da OTA já governaram este país (XV Governo Constitucional e XVI Governo Constitucional), e a única coisa que fizeram foi continuar com o projecto.
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Desviar porquê? Não será esse o fulcro da questão?
Não! O fulcro da questão não é a especulação que ocorre sempre em qualquer obra do Estado, e mesmo sem ser do Estado.
O fulcro da questão é o interesse do país, e o desejo de construir um aeroporto, num lugar onde se sabe que ele não vai poder crescer.
Onde andaram esses "especialistas" durante estes anos todos?
Tantos anos de estudos que convergiram para a OTA, como sendo a melhor solução
O problema é simples ricardo nunes:
O problema é que é exactamente ao contrário. Como se pode ver pelo último (e esclarecedor) programa na TV sobre o assunto (e devia haver mais programas daqueles) todos os estudos que foram feitos, já desde os anos 70 apontavam para um aeroporto na margem sul e não na margem norte do Tejo.
A solução "Ota" é uma solução que aparece apenas no final dos anos 90, depois de uma pressão por parte dos ecologistas no famoso episodio das "Gravuras não sabem nadar" em que o governo Guterres se viu forçado a cancelar a construção de uma barragem, por causa da pressão de alguns sectores da sociedade.
Infelizmente Guterres confundiu "Dialogo" com cedência e quando os mesmos ecologistas do anti-Foz Coa começaram a fazer barulho por causa das cegonhas de Rio Frio, de repente o aeroporto foi "varrido" para a Ota, porque Guterres não queria problemas com os ecologistas.
Não houve estudos, não houve trabalhos preparatórios, não houve NADA a apontar a Ota como a melhor solução.
As cegonhas foram (e ainda hoje são) a única razão objectiva válida do ponto de vista técnico para mudar o aeroporto de um lugar para o outro.
Não há nem nunca houve estudos a considerar a Ota, a única coisa que houve foram estudos a dizer que em Rio Frio desaparecem as cegonhas. E são esses estudos - que colocariam o governo em posição desconfortável perante os ecologistas - que levaram o aeroporto de Lisboa para a Ota. Não há nem nunca houve mais nada.
E é por causa dessas mesmíssimas Cegonhas que o ministro Lino vem dizer que isso é "MORTAL".
E é por causa das cegonhas que o ministro Lino convocou até há pouco tempo organizações ecologistas que mais uma vez defenderam os mesmos pontos de vista de Lino.
Os ecologistas estão preocupados em poupara as cegonhas, e em nome das cegonhas, deve-se construir o aeroporto na Ota.
O problema é que as cegonhas acabam por ter que sair, porque a Ota é uma solução provisória e depois da Ota, vai ser necessário construir na margem sul outra vez.
A «Estória» da Ota é das mais mal contadas dos últimos tempos, e começa a ser óbvio para toda a gente, porque é que o próprio governo omitiu e escondeu relatórios e análises que demonstravam claramente a desvantagem da Ota.
De um lado estão as cegonhas a empurrar o aeroporto para a Ota.
Do outro lados estão as montanhas que condicionam a segurança
Do outro lado está a orografia que impede o aumento do aeroporto
Do outro lado está uma autoestrada que vai ficar entupida sem que haja possibilidade de a alargar
Do outro lado está uma linha de TGV que tem tão pouco espaço que até se fala em faze-la passar primeiro para sul do Tejo, porque não há espaço.
Enfim:
Os estudos podem dizer o que quiserem, mas o bom senso continua a ser o bom senso.
Quando os estudos vão contra o mais básico bom senso, então ou os estudos explicam muito bem as razões do absurdo, ou então são os estudos que estão mal feitos.
O caso da Ota, é neste momento uma questão de bom senso.
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Assim me calo, não convencido, mas observador
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Reformular as pistas do aeroporto da Portela e Figo Maduro com aeroporto principal e usar um outro para voos Low-Cost a meu ver é a opção mais racional em termos de euros e impacto ambiental. Mas isto sou eu um simples curioso a falar
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- Na margem sul estamos a destruir um dos últimos "habitat's" de cegonhas que existe no país.
Não conheço o estudo que foi feito sobre isto mas não posso concordar de maneira nenhuma. Qualquer vale de um afluente do Tejo, onde normalmente podemos encontrar inúmeros arrozais, possui bastantes populações de cegonhas.
Poderá essa zona ser um grande centro de nidificação, mas até ser dos últimos habitats... completamente falso.
Atenção à data deste estudo.
Em finais de 80, princípios dos 90 a situação desta espécie em Portugal era realmente preocupante, mas graças a algumas medidas do governo da altura (provavelmente o inginheiro Sócrates) as coisas melhoraram. Duvido que continue a ser uma espécie ameaçada hoje.
Cumptos
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- Na margem sul estamos a destruir um dos últimos "habitat's" de cegonhas que existe no país.
Não conheço o estudo que foi feito sobre isto mas não posso concordar de maneira nenhuma. Qualquer vale de um afluente do Tejo, onde normalmente podemos encontrar inúmeros arrozais, possui bastantes populações de cegonhas.
Poderá essa zona ser um grande centro de nidificação, mas até ser dos últimos habitats... completamente falso.
Atenção à data deste estudo.
Em finais de 80, princípios dos 90 a situação desta espécie em Portugal era realmente preocupante, mas graças a algumas medidas do governo da altura (provavelmente o inginheiro Sócrates) as coisas melhoraram. Duvido que continue a ser uma espécie ameaçada hoje.
Cumptos
Subscrevo o texto do p_shadow.
Actualmente, para além de uma clara recuperação da população de cegonhas em Portugal, assiste-se a uma "deslocação" para norte das áreas de alimentação e nidificação dessas aves.
Na área onde habito (S.Martinho do Porto) aves que tradicionalmente faziam parte da paisagem alentejana, tais como cegonhas e garças, são hoje comuns nos campos agricolas da região.
Há um ninho de cegonha a poucas centenas de metros de minha casa.
À 20 anos atrás, era um acontecimento raro a observação destas aves, tão a norte do Tejo (pelo menos por aqui era!). Hoje as garças boieiras são às centenas. Cegonhas nem tanto, mas já são aves comuns por aqui.
NÚMERO DE CEGONHAS EM PORTUGAL
- 15 368 aves recenseadas.
- 7684 ninhos de casais ‘estabelecidos’ no País.
- 1000 colónias, no mínimo, embora se julgue haver mais.
- 147 casais residentes em todo o distrito de Aveiro.
- 99 casais de cegonhas que fazem ninho no Baixo Vouga Lagunar.
- 11 casais recenseados na Murtosa.
*último Censo em 2004
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=195710&idCanal=10
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Tem havido um aumento de cegonhas um pouco por todo o país, um dos principais factores é a mudança de clima, com invernos mais suaves, hà cegonhas que já não chegam a migrar, já passam cá o inverno.
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(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg470.imageshack.us%2Fimg470%2F4827%2Fmentira1gu6.jpg&hash=ecce45576140618d93a562aa6f4b8736)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg340.imageshack.us%2Fimg340%2F3131%2Fmentira2ov5.jpg&hash=8c7d211dc94250b477c496504058dd3a)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg340.imageshack.us%2Fimg340%2F1192%2Fmentira3uk7.jpg&hash=6cc52b79d539586e659e0c867407d58b)
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JUSTICA Corrupção entre funcionários públicos e políticos em Portugal aumentou no último ano - Transparency Internacional
Lisboa, 27 Set (Lusa) - A corrupção entre funcionários públicos e políticos em Portugal aumentou no último ano, colocando o país em 28º lugar num ranking de 180 nações analisadas no relatório de 2007 da organização não-governamental Transparency Internacional divulgado hoje.
Portugal desceu dois lugares em relação ao relatório do ano passado, passando de 26º para 28º lugar, de acordo com o Índice de Percepção de Corrupção (IPC) da Transparency Internacional (TI), que classifica os países segundo o eventual grau de corrupção no sector público, tendo por base informações recolhidas e tratadas nos dois últimos anos por diversas instituições independentes.
Apesar da TI alertar para o facto de a descida no ranking poder não significar um eventual aumento de corrupção, até porque este ano o estudo avaliou mais 17 países do que no ano passado, a verdade é que a classificação atribuída a Portugal também baixou.
Numa pontuação de zero (altamente corrupto) a dez, Portugal passou de 6,6 para 6,5, de acordo com as "informações obtidas em sondagens a especialistas e empresas realizadas por 12 instituições independentes e creditadas", refere o documento disponível desde hoje na Internet.
Também os três países do topo da lista (os menos corruptos) tiveram pontuações mais baixas no relatório deste ano: Finlândia, Islândia e Nova Zelândia estão no topo do ranking de 2007, todas com 9,4 pontos.
No ano passado, os três primeiros - Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia - tiveram uma pontuação de 9,6.
A organização não-governamental explica que o Índice de Percepção de Corrupção pretende demonstrar o nível de abuso do serviço público para benefício particular, através de práticas como subornos a funcionários públicos, pagamentos irregulares nas contratações públicas ou a solidez de políticas anti-corrupção administrativa e política.
Segundo a TI, é cada vez mais flagrante a diferença dos níveis de percepção de corrupção entre os países ricos e os países pobres: "É patente a forte relação entre corrupção e pobreza".
Quarenta por cento dos países com uma pontuação inferior a três (sinal de corrupção desenfreada) estão classificados pelo Banco Mundial como nações de baixos recursos.
Advertindo para o facto de não se poder falar em "país mais corrupto do mundo", uma vez que foram analisadas apenas 180 das 200 nações soberanas, a TI coloca no fim da lista, com 1,4 pontos, Myanmar (antiga Birmânia) e Somália, país analisado pela primeira vez este ano.
Além da Somália, a listagem deste ano avalia outros 16 novos países, entre os quais três africanos de língua oficial portuguesa (PALOP): Cabo Verde (4,9), São Tomé e Príncipe (2,7) e Guiné-Bissau (2,2).
Consciente de que as baixas pontuações do IPC "indicam que as instituições públicas estão expostas a graves perigos", a TI defende a necessidade de melhorar a transparência na gestão financeira e de pôr fim à impunidade dos funcionários corruptos.
No dia da divulgação do relatório, a presidente da TI manifestou a sua preocupação com o facto de "a corrupção implicar uma enorme fuga de recursos vitais para a educação, saúde e infra-estruturas".
Apesar de, em muitos casos, se tratar de países habituados historicamente ao clientelismo e ao nepotismo, a TI acusa também alguns responsáveis de multinacionais de utilizarem a corrupção de funcionários públicos de países pobres como "uma estratégia empresarial legítima".
Do outro lado da barricada, estão os países considerados menos corruptos, "na sua maioria situados na Europa, Ásia Oriental e América do Norte".
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Campanha do PSD chega à Amazónia e Menezes diz que vai até ao fim
"O doutor Salazar não faria melhor." Foi nestes moldes que Luís Filipe Menezes criticou ontem o que adjectivou de "escândalo da emigração", em torno da acesa polémica em torno das quotas, não se conformando com o facto de em 24 horas o número de militantes do PSD, com quotas pagas, ter disparado de 80 para 1200. Mas sempre admitiu que possa ter surgido uma ajuda de peso dada pelos "índios yanomani". O candidato à liderança social-democrata aludiu ontem em Évora a uma "recôndita cidade da Amazónia, de que ninguém ouviu falar", mas que terá 200 militantes, mostrando-se agastado com a saída das listas dos seus apoiantes, com quotas em dia, e os pagamentos "fraudulentos de quotas, como aconteceu na emigração".
Já antes, em Portalegre, Luís Filipe Menezes tinha garantido aos jornalistas que independentemente da decisão de Manuela Ferreira, presidente da mesa do congresso do PSD em relação às quotas dos militantes, não vai desistir da luta pela liderança do partido. " Não desisto. Quem deveria de ter desistido desta luta era o Dr. Marques Mendes no dia 15 de Julho, eu vou em frente e sei que vou ganhar porque tenho comigo os militantes de base", garantiu.
O candidato que falava naquela cidade alentejana com militantes do partido, criticou ao longo do seu discurso a actuação de Marques Mendes na oposição, considerando que não houve um trabalho sério, uma verdadeira oposição.
"Em vez de efectuar uma oposição dura e séria, limitou-se a perseguir e a retirar confiança política a certos e determinados autarcas", sublinhou.
Mas os ataques a Marques Mendes surgiam em cada frase que proferia. Menezes não se conforma, por exemplo, com o pacto de regime que o PSD fez com o Governo na área da Justiça. "O partido está amordaçado", frisava indignado.
"O PSD definhou, as sedes estão vazias, os militantes não se sentem motivados", alertava ainda o candidato, sem antes referir que a candidatura de Marques Mendes ofendeu-o ao longo dos últimos dias, "mas aguento, pois existe uma crise grave no nosso partido". "Em democracia o discurso tem que ser duro, temos que chamar os bois pelos nomes, não podemos ter medo de dizê-lo. A actual atitude de Marques Mendes é de medo, pois tem receio de debater, tem atitudes tiranas ao não querer que os militantes votem nestas eleições", acusou de seguida. Perante uma panóplia de situações que considera "inadmissíveis na gestão corrente do partido, por parte de Marques Mendes, o candidato à liderança do PSD considera que existem dois partidos num só. |
DN (http://http)