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Conflitos => Conflitos do Passado e História Militar => Tópico iniciado por: Marauder em Julho 14, 2006, 10:19:02 pm
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Encontrei isto pela internet..
Amazing Wartime Facts from WWII
1. The first German serviceman killed in the war was killed by the Japanese (China, 1937)
2. The first American serviceman killed was killed by the Russians (Finland 1940).
3. The highest ranking American killed was Lt. Gen. Lesley McNair, killed by the US Army Air Corps.
4. The youngest US serviceman was 12 year old Calvin Graham, USN. He was wounded in combat and given a Dishonorable Discharge for lying about his age. (His benefits were later restored by act of Congress).
5. At the time of Pearl Harbor, the top US Navy command was called CINCUS (pronounced “sink us”), the shoulder patch of the US Army’s 45th Infantry division was the Swastika, and Hitler’s private train was named “Amerika”. All three were soon changed for PR purposes.
6. More US servicemen died in the Air Corps that the Marine Corps. While completing the required 30 missions, your chance of being killed was 71%. Not that bombers were helpless. A B-17 carried 4 tons of bombs and 1.5 tons of machine gun ammo. The US 8th Air Force shot down 6,098 fighter planes, 1 for every 12,700 shots fired.
7. Germany’s power grid was much more vulnerable than realized. One estimate is that if just 1% of the bombs dropped on German industry had instead been dropped on power plants, German industry would have collapsed.
8. Generally speaking, there was no such thing as an average fighter pilot. You were either an ace or a target. For instance, Japanese ace Hiroyoshi Nishizawa shot down over 80 planes. He died while a passenger on a cargo plane.
9. It was a common practice on fighter planes to load every 5th found with a tracer round to aid in aiming. That was a mistake. The tracers had different ballistics so (at long range) if your tracers were hitting the target, 80% of your rounds were missing. Worse yet, the tracers instantly told your enemy he was under fire and from which direction. Worst of all was the practice of loading a string of tracers at the end of the belt to tell you that you were out of ammo. That was definitely not something you wanted to tell the enemy. Units that stopped using tracers saw their success rate nearly double and their loss rate go down.
10. When allied armies reached the Rhine, the first thing men did was pee in it. This was pretty universal from the lowest private to Winston Churchill (who made a big show of it) and Gen. Patton (who had himself photographed in the act). Don't believe me? Take a look at this.
11. German Me-264 bombers were capable of bombing New York City but it wasn’t worth the effort.
12. A number of air crewmen died of farts. (ascending to 20,000 ft. in an un-pressurized aircraft causes intestinal gas to expand 300%!)
13. The Russians destroyed over 500 German aircraft by ramming them in midair (they also sometimes cleared minefields by marching over them). “It takes a brave man not to be a hero in the Red Army”. Joseph Stalin
14. The US Army had more ships that the US Navy.
15. The German Air Force had 22 infantry divisions, 2 armor divisions, and 11 paratroop divisions. None of them were capable of airborne operations. The German Army had paratroops who WERE capable of airborne operations.
16. When the US Army landed in North Africa, among the equipment brought ashore were 3 complete Coca Cola bottling plants.
17. Among the first “Germans” captured at Normandy were several Koreans. They had been forced to fight for the Japanese Army until they were captured by the Russians and forced to fight for the Russian Army until they were captured by the Germans and forced to fight for the German Army until they were capture by the US Army.
18. The Graf Spee never sank, The scuttling attempt failed and the ship was bought by the British. On board was Germany’s newest radar system.
19. One of Japan’s methods of destroying tanks was to bury a very large artillery shell with on ly the nose exposed. When a tank came near the enough a soldier would whack the shell with a hammer. “Lack of weapons is no excuse for defeat.” – Lt. Gen. Mataguchi
20. Following a massive naval bombardment, 35,000 US and Canadian troops stormed ashore at Kiska. 21 troops were killed in the fire-fight. It would have been worse if there had been Japanese on the island.
21. The MISS ME was an unarmed Piper Cub. While spotting for US artillery her pilot saw a similar German plane doing the same thing. He dove on the German plane and he and his co-pilot fired their pistols damaging the German plane enough that it had to make a forced landing. Whereupon they landed and took the Germans prisoner. It is unknown where they put them since the MISS ME only had two seats.
22. Most members of the Waffen SS were not German.
23. The only nation that Germany declared was on was the USA.
24. During the Japanese attack on Hong Kong, British officers objected to Canadian infantrymen taking up positions in the officer’s mess. No enlisted men allowed!
25. Nuclear physicist Niels Bohr was rescued in the nick of time from German occupied Denmark. While Danish resistance fighters provided covering fire he ran out the back door of his home stopping momentarily to grab a beer bottle full of precious “heavy water”. He finally reached England still clutching the bottle, which contained beer. Perhaps some German drank the heavy water…
de:
http://www.5ad.org/AmazingFacts.htm (http://www.5ad.org/AmazingFacts.htm)
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Alguns são meio duvidosos...
Assim numa vista apressada:
15. The German Air Force had 22 infantry divisions, 2 armor divisions, and 11 paratroop divisions. None of them were capable of airborne operations. The German Army had paratroops who WERE capable of airborne operations.
-- A operação aérea sobre Creta foi efectuada pela divisão de paraqeudistas da Luftwaffe. E duvido seriamente dos números das forças da Luftwaffe
18. The Graf Spee never sank, The scuttling attempt failed and the ship was bought by the British. On board was Germany’s newest radar system.
Afundou de tal maneira que agora até estão a recuperar pedaços de navio do mar
e por aí adiante...
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Eu diria mais que alguns são falsos...esses dois que apresentou..e talvez mais uns...
O do miudo que se alistou com 12 anos por incrivel que pareça é verdadeiro...(devia ser cá 1 bicho..para passar por mais velho..)..
O ultimo facto, do Bohr, aparentemente é falso..consultei sites a falar dele e nenhum faz referencia a acontecimento tão caricato, como a tentativa de levar água pesada para Inglaterra. Ele fugiu com a famelga para a Suécia e depois foi de Mosquito para Inglaterra...nada acerca da tentativa de levar água pesada..
O primeiro dado...bem..depende de quando se considera o início da guerra...normalmente é atribuido à invasão da Polónia.
Mas esses 1ºs factos são difíceis de descubrir..tipo...a do 1º americano morto...só me dá páginas que são copy paste disto que meti aqui..mas pronto..
Para todos os efeitos...estes factos são duvidosos...o melhor será se tiverem intrigados com 1, procurarem na internet acerca disso....sorry
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Ainda quanto ao primeiro "facto", não se esqueçam da guerra civil espanhola... :
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A grande maioria destes "factos" são pura invenção.
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Se são invenção não sei mas algumas são muito engraçadas :rir:
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O Raide de Granville
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fcontent.answers.com%2Fmain%2Fcontent%2Fwp%2Fen-commons%2Fthumb%2F9%2F91%2F180px-German_World_War_II_tower_Jersey.jpg&hash=4ae99c920d01ec0a70b122c5c345c38d)
Torre de observação alemã em Les Landes, Jersey
As ilhas do Canal são um caso meio exótico na 2ª Guerra Mundial. Apesar de estarem a curtíssima distância da França, a oeste da península de Cherburgo, são possessões britânicas desde 1066. Têm alguns costumes franceses, mas a língua falada é o inglês e os seus cidadãos tem orgulho dos seus laços com a Grã-Bretanha. A sua ligação com a Inglaterra sempre foi mantida pela superioridade naval inglesa mas, em 1940, esta não foi suficiente para garantir a segurança das ilhas. Parte da população foi evacuada para a Grã-Bretanha e para o continente e as ilhas foram declaradas como áreas abertas. Garantidos pela força aérea, tropas alemães ocuparam as ilhas em 1 de julho de 1940.
Inicialmente, a população reduzida ainda foi suficiente para gerar abastecimentos para os habitantes e parte das forças de ocupação, apesar de uma série de produtos, como a carne, farinha e medicamentos terem de ser importados do continente. Contudo, as ilhas tornaram-se um símbolo para os alemães – eram o único pedaço da Grã-Bretanha ocupado. Isso permitia uma série de golpes de propaganda: por exemplo, os jornais oficiais das forças armadas alemães Der Adler (da Luftwaffe) e Signal (do exército), tiveram edições especiais em inglês, para circulação exclusiva nas ilhas. Esse valor de propaganda, juntamente com a situação insular do território, que facilitava um possível ataque naval inglês, gerou uma preocupação nos alemães – temiam que um golpe de mão inglês as reocupasse. Isso fez com que as ilhas tivessem uma grande guarnição e um grande programa de fortificações, ordenado pessoalmente por Adolf Hitler. Após algum tempo, havia mais soldados (32.000) e trabalhadores escravos nas fortificações (6.000) do que habitantes (na maior das ilhas, Jersey, tinham ficado 21.000 habitantes após a evacuação parcial). As defesas eram compostas por 11 baterias pesadas, com 38 canhões, o que era mais do que os 37 canhões de grosso calibre instalados nos 950 quilômetros de costa entre Dieppe e Saint Nazaire.
Com a invasão da Normandia, a situação das ilhas ficou comprometida. Com o rápido avanço aliado, a imensa guarnição não podia ser mais abastecida por navios vindos do continente. Por outro lado, os aliados não queriam atacar a posição: ela tinha mais valor como propaganda do que real e um ataque seria muito difícil, por causa das excelentes defesas alemãs – um bombardeamento feito pelo couraçado inglês Rodney contra a bateria de canhões de 150 mm em Alderney (Batterie Blücher), em agosto de 1944, não teve resultados efectivos, apesar do navio ter disparado 75 projecteis de 406 mm contra a posição alemã.
Como muitas posições alemãs cercadas pelos aliados em França, aparentemente restava a guarnição apenas esperar pelo fim da guerra. Entretanto, essa não era a opinião do comandante em chefe das forças de ocupação da Ilha, o almirante Friedrich Huffmeier, que assumira a posição em fevereiro de 1945. Ele era um nazi fanático – numa ocasião ele teria dito ao bailio de Jersey, Alexander Coutanche: “nunca nos renderemos. No fim eu e você estaremos comendo ervas”.
Huffmeier não era um homem só de palavras – era um homem de acção. Voluntário da Marinha Imperial em setembro de 1914, teve uma carreira longa, com serviço em submarinos, comandando unidades de infantaria de marinha (e do exército também) e, na guerra, comandara o cruzador leve Köln e o cruzador de batalha Scharnhorst. A guarnição da ilha não permaneceu inactiva após a invasão da Normandia. Os canhões de longo alcance de Alderney, que alcançavam o continente, mantiveram um fogo de inquietação contra as estradas da península de Cherburgo, atrapalhando o movimento rodoviário aliado – facto que levou ao infrutífero ataque feito pelo Rodney. Além disso, as unidades navais que ficaram sitiadas executaram algumas operações e sabotadores foram enviados para o continente.
O maior golpe, contudo, seria a proposta de um ataque ao estilo de comandos contra um porto sob o controle aliado.
O Raide
Em 9 de março de 1945, 70 comandos alemães atacaram o porto francês de Granville, na base da península de Cherburgo, destruindo no processo uma locomotiva, metade dos guindastes e equipamento de movimento de carga do porto, danificando severamente um barco de patrulha norte-americano, matando quase metade de sua tripulação, ao mesmo tempo que capturavam um navio de abastecimentos norte-americano e nove soldados dos Estados Unidos. Lançada das ilhas do canal, ocupadas pelos alemães, esta operação seria a última invasão germânica ao solo francês no século XX.
A força defensora de franceses livres defendendo o porto, muito superior, não teve melhores resultados nesta operação do que o exército da Terceira República teve em 1940. Dizendo que pensaram que o barulho fosse causado por fogos de artifício norte-americano, permaneceram fora de Granville até que os reforços norte-americanos chegaram, mesmo quando os alemães estavam partindo.
Apesar do raide ter sido uma gota praticamente imensurável no esquema maior de eventos da guerra, ele reforçou a moral alemã e fez com que os aliados desviassem forças e recursos adicionais para manter a segurança nos portos da península. Mesmo não tendo efeito no resultado da guerra, o raide demonstrou que um comandante intrépido, liderando tropas audazes, pode conseguir vencer contra um inimigo muito mais numeroso, mas benévolo.
As origens do raide estão na fuga de cinco prisioneiros de guerra alemães de um campo de prisioneiros de guerra em Granville em dezembro de 1944. Disfarçando-se de interpretes, roubaram um barco de desembarque americano e tomaram rumo de Jersey, uma das ilhas do Canal inglesas ocupadas pelos alemães desde 1940. A sua chegada foi em si um golpe menor de propaganda para a Alemanha, entretanto, mais importante para o agressivo chefe de estado-maior da guarnição da ilha, Vice-Almirante Friedrich Huffmeier, a fuga provocou o nascimento de uma ideia. Os antigos prisioneiros tinham sido usados em grupos de trabalho que tanto mantinham as instalações portuárias de Granville, como descarregavam os navios lá. Em conseqüência, tinham um conhecimento detalhado do porto, suas infra-estruturas, equipamentos e defesas. Huffmeier planeou usar essa informação para dar um golpe a favor do Terceiro Reich.
Huffmeier era, de facto, um oficial de marinha incomum. Diferente da maior parte dos oficiais superiores da marinha alemã do período, ele era um nazi extremista. Anteriormente, tinha tentado convencer o comandante da guarnição da ilha, o general Rudolf Graf von Schmettow, a tomar uma acção mais afirmativa no tocante à guerra, particularmente a respeito das políticas de ocupação. Ele achava que von Schmettow era generoso demais no seu tratamento aos residentes britânicos. Amargurado com a recusa do general em mudar, Huffmeier fez uma tentativa fracassada de tomar o controle da guarnição da ilha. Um ataque bem sucedido contra Granville, um ponto de desembarque aliado de carvão e alimentos, poderia levar Berlim a simplesmente dar-lhe o comando.
Huffmeier secretamente enviou a sua ideia e o esboço operacional para o Almirante Theodor Krancke, comandante do Grupo Oeste da Marinha Alemã, para aprovação. Krancke gostou da idéia e deu a sua aprovação quase que imediatamente. Apesar de furioso em ter sido contornado, von Schmettow, uma vez que as ordens chegaram de Berlim, não tinha escolha, a não ser permitir que as coisas prosseguissem.
Huffmeier planeou o raide como uma operação conjunta, pois nenhuma unidade activa da guarnição tinha todas as armas ou conhecimentos necessários para conduzi-la. Ele pretendia danificar o porto de Granville, que era o melhor porto na parte ocidental da península de Cherburgo, danificar ou afundar quaisquer navios encontrados ali e capturar um navio carvoeiro para trazer de volta para Jersey. Também queria que os seus soldados apanhassem quaisquer alimentos e médicamentos que encontrassem. Todos esses produtos estavam em falta nas Ilhas do Canal, que tinham sido isoladas de todo apoio logístico desde julho do ano anterior.
Selecionar a força incursora era o desafio primário. A parte naval era relativamente simples: ele podia escolher entre as unidades baseadas em Jersey, a ilha mais próxima de Granville. Isto dava-lhe uma frota de varredores de minas (seis unidades), três pontões de artilharia, três barcos S (lanchas torpedeiras), um rebocador (para trazer o navio mercante capturado), juntamente com algumas embarcações menores, principalmente barcos de assalto. Estes mesmos navios dariam o grosso da força, mas um elemento de desembarque ainda era necessário.
Para isso, Huffmeier organizou cerca de 100 homens, a maior parte deles do exército, mas com oito participantes da marinha e sete da força aérea também incluídos. Os homens da marinha foram organizados em dois grupos de sabotagem, para danificar quaisquer navios amarrados aos píeres. Os homens da força aérea foram colocados em equipas de metralhadoras leves para apoiar as outras operações em terra – dado a sua prática quase diária contra os aviões aliados que periodicamente passavam pelas ilhas, eles eram os mais treinados e experientes da guarnição.
Um obstáculo importante tinha que ser superado na preparação dos homens. Em dezembro de 1944, a comida estava tão em falta nas ilhas que as rações tinham sido reduzidas a pouco acima do nível da subnutrição. A moral da guarnição era baixa e os níveis de preparação físico eram ainda mais baixos. A maior parte dos homens tinham ordens de passar a maior parte do dia na cama, para conservar a energia humana. Achar um número suficiente de voluntários numa condição razoável, que também estivessem dispostos a ir numa tal missão, provou ser um desafio. Faze-lo sem que os habitantes locais tivessem a noção de que algo incomum estava acontecendo era ainda mais difícil. Ainda assim, em janeiro, Huffmeier já tinha voluntários suficientes dentre os quais podia selecionar a força de desembarque: alguns homens estavam dispostos a tentar qualquer coisa para aliviar o seu tédio forçado e o tormento da fome no serviço de guarnição.
O treinamento começou na segunda semana do ano novo, com os comandos recebendo rações redobradas. Suas actividades eram conduzidas em Jernsey, a ilha mais afastada da França. Os civis ali foram colocados sob severas restrições de movimentos, mas mesmo assim, os elementos navais e de desembarque nunca ensaiaram juntos.
Depois de três semanas de treinamento, os homens foram deslocados para Jersey, de onde a incursão seria lançada. Mesmo ali permaneceram segregados do resto da guarnição e dos habitantes da ilha. Nenhum relatório radiofônico ou escrito foi feito sobre seu progresso. Huffmeier acreditava que a sua segurança era a prova de falhas e que os aliados seriam totalmente apanhados de surpresa. Ele estava errado a respeito do primeiro ponto, mas certo a respeito do segundo.
Em 24 de janeiro, um agente aliado em Jersey relatou que cerca de 400 alemães estavam recebendo treinamento e rações especiais naquela ilha. Apesar de encaminhada ao escritório do comandante da Força Naval Expedicionária, o relatório não foi encarado seriamente quando nenhuma operação alemã aconteceu imediatamente. Ninguém esperava que a isolada guarnição poderia fazer alguma coisa além de esperar pelo fim da guerra. Se o relatório recebeu algum crédito, este foi colocado como uma preocupação da guarnição em se preparar para repelir um ataque aliado. A batalha do Bulge estava acabando e os aliados rapidamente estariam em ofensiva geral de novo por todo o teatro europeu. Certamente, mesmo os soldados da isolada guarnição alemã sabiam que a guerra estava praticamente perdida.
Há uma certa razão nesta análise. Durante o planeamento inicial para os desembarques da Normandia se considerou atacar as ilhas do canal. Contudo, acreditava-se que estas ilhas fortificadas não valiam o custo. Os pesados canhões costeiros (305 mm) em Jersey tinham um alcance de 50 quilômetros e estavam posicionados em torres blindadas que podiam resistir a todas as bombas, menos as mais pesadas. As outras ilhas também tinham defesas costeiras protegidas e embasamentos de armas no interior, juntamente com densos campos minados nas praias e nas rotas saindo delas. Além disso, a guarnição em si somava mais de 32.000 homens de todos os serviços que viviam e trabalhavam em inexpugnáveis fortificações reforçadas com aço.
Mesmo num ataque aéreo parecia impraticável na medida que as defesas antiaéreas da ilha excediam aquelas que normalmente eram dadas aos centros industriais mais críticos. De facto, mesmo no início de 1945, as ilhas do Canal eram, metro por metro, os trechos de território mais fortemente defendidos de todo o Terceiro Reich.
Naturalmente, a força defensiva alemã tinha sido montada às custas de mobilidade. Uma vez nas ilhas, as forças alemãs ali não podiam partir sem passar por o corredor de supremacia aérea e naval aliada. Por esta razão, os alemães ali passaram referir-se a si mesmos como estando vivendo no maior campo de prisioneiros de guerra dos aliados.
Isto era um ponto de vista compartilhado pela maioria dos comandantes aliados. Já em outubro de 1944, os recursos aéreos e navais aliados na área tinham sido reduzidos a um esquadrão de navios de patrulha americanos e ao 156º Regimento de Infantaria dos Estados Unidos, que era responsável pela defesa de toda a península de Cherburgo. A segurança portuária era dada por várias companhias de infantaria ligeira dos franceses livres, batalhões de segurança, alguns destacamentos da polícia militar e uns poucos fuzileiros navais. A guarnição total de Granville somava cerca de 600 homens, mas não havia uma força de guarda permanente ou artilharia de qualquer tamanho.
Huffmeier sentiu-se pronto no início de fevereiro, enviando os seus incursores no dia 6. Infelizmente para os alemães, um grosso nevoeiro caiu e os navios sem radar não podiam navegar. Pior, um dos barcos S encontrou o barco de patrulha PC 552, que não somente encontrou o barco alemão, mais rápido, como o perseguiu de volta até Jersey.
Três outros barcos alemães deixaram de receber a ordem de retorno. Eles chegaram a atingir o porto de Granville, onde puderam ouvir os soldados aliados tocando música no hotel do caís, antes de perceberem que o resto dos atacantes tinham voltado. Salvaram-se sem incidentes. Em nenhum momento os operadores de radar aliados detectaram quaisquer dos movimentos da abortada força incursora.
A próxima oportunidade alemã veio em 8 de março, quando os seus operadores de radar baseados na ilha reportaram um pequeno comboio aliado movendo-se em direção a Granville. Huffmeier ordenou que a sua força fosse ao mar naquela noite. Inicialmente, a sorte foi contra os alemães. O radar aliado detectou o avanço da flotilha de varredores de minas às 9:49 da noite, correctamente predizendo que Granville era seu destino. Este relatório, enviado a ambos o Comandante-em-Chefe das forças navais em Portsmouth (na Inglaterra) e para o comandante da Task Force 125 o comandante naval norte-americano, responsável pelas águas ao largo de Cherburgo. Comandantes de forças terrestres locais também foram alertados, mas sentiam-se confiantes que a marinha iria lidar com a situação.
Por razões desconhecidas, as autoridades navais demoraram a enviar forças adicionais para a área até depois da meia-noite de 9 de março. A única força naval significativa imediatamente disponível, composta de três pequenos escoltas costeiros britânicos, foi deslocada para proteger o porto de Cherburgo, mais importante para os aliados. Ficou a cargo de um só barco patrulha americano, o PC 564 a intercepção e destruição da flotilha alemã.
O pequeno barco americano logo se achou superado pela artilharia dos três pontões de artilharia alemães. Foi sobrepujado e forçado a encalhar, com metade de sua tripulação morta ou ferida. Aqueles que conseguiram abandonar o barco com sucesso foram aprisionados. Os pontões de artilharia alemães então se estacionaram entre a ilha de Chaucy e St. Malo, para bloquear quaisquer outra interferência aliada. Dois dos varredores de minas iniciaram uma patrulha entre Jersey e a península com o mesmo fim.
Os outros quatro varredores de minas [M-Boote M 412, M 432, M 442 e M 452, da 24 Flotilha de Varredores, sob o comando do capitão-tenente Mohr] se dividiram em pares, um dos quais foi ao largo de Granville, para dar fogo de cobertura para o segundo. Este segundo par, e os barcos S moveram-se para o porto logo antes da 1:00 da manhã. Os barcos alemães foram ancorados ao longo do píer, com seus grupos de assalto lançando-se para terra, antes que os defensores do porto percebessem o que estava acontecendo.
Uma vez desembarcados, os atacantes se dividiram em quatro grupo de ataque e um grupo diversionário, se espalhando em direção a seus vários objetivos. O grupo de 70 homens do exército se dispersou para destruir as instalações portuárias, enquanto os metralhadores da força aérea se posicionaram ao longo das vias de acesso para o porto, para dar fogo de cobertura. Os homens da marinha abordaram os navios aliados docados, destruindo equipamento e colocando cargas de demolição. O quarto grupo, de uma dúzia de homens, foi atrás da estação de radar próxima.
O raid foi um sucesso retumbante. Nove dos 18 guindastes de Granville foram destruídos; uma locomotiva foi pega em um desvio e destruída, e muitos dos equipamentos de movimento de cargas foram destruídos imediatamente ou deixados com armadilhas. Quatro vapores aliados [Kyle Castle, Nephrite, e Parkwood, e o mercante norueguês Heien] foram muito danificados, com seus sistemas de propulsão e lemes demolidos além de qualquer possibilidade de conserto. Os alemães só ficaram desapontados pelo fato da maior parte das cargas dos navios já ter sido desembarcada, mas ainda assim eles conseguiram capturar o navio carvoeiro SS Eskwood [790 toneladas] e o rebocaram para fora do porto, a despeito da maré vazante.
Um navio mercante aliado ancorado fora do porto, o SS Gem, escapou de ser descoberto, fugindo da área sob a escolta do transporte armado da Marinha Real HMT Pearl. O varredor de minas M-412 da força de ataque encalhou e mais tarde teve que ser destruído para não ser capturado. Somente o ataque à estação de radar foi frustrado, quando os operadores do aparelho escaparam incólumes.
A força diversionária também obteve sucessos. Movendo-se diretamente dos barcos S, eles rapidamente tomaram o hotel, matando os dois fuzileiros navais de guarda ali. Então, com o auxílio dos funcionários franceses do hotel, eles rapidamente reuniram os nove oficiais americanos de maior patente na cidade, incluindo um coronel. Um oficial da Marinha Real e seus cinco homens morreram resistindo a este ataque.
Pelas 3:00 da manhã os atacantes tinham terminado sua obra e partiram do porto com seu navio presa, 30 prisioneiros aliados e 67 prisioneiros de guerra alemães resgatados. Enquanto em rota de volta para Jersey, eles atacaram e temporariamente colocaram fora de operação o farol e a estação de sinalização no ilha Grand Chausey. Pouco depois disso, a flotilha chegou em segurança no principal porto de Jersey, St. Helier.
As baixas alemãs somaram um oficial desaparecido em ação e presumivelmente morto e cinco feridos. Um dos marinheiros foi capturado quando ficou tempo demais colocando cargas no SS Parkwood. As baixas aliadas também foram surpreendentemente leves, somente 15 mortos e 30 feridos, com a maior parte desses últimos vindos da tripulação do PC 564.
Reforços aliados não chegaram a área de Granville até serem quase 4:00 horas da manhã. A Companhia K, do 3º Batalhão do 156º Regimento foi a primeira a chegar, tendo sido alertada e enviada de Coutances à meia-noite. Tiveram que fazer a viagem de 32 km no escuro, somente para chegar muito tarde para fazer qualquer coisa além de assegurar aos locais que os alemães não voltariam naquela manhã. Passaram o resto do dia desarmando e limpando armadilhas. Três barcos de escolta britânicos e dois barcos de patrulha chegaram um pouco depois dos homens da Companhia K, e não fizeram mais nada além de observar os danos que os alemães tinham causado.
Naturalmente, recriminações e inquéritos foram feitos em seguida e os aliados apertaram suas medidas de segurança ao longo da costa oeste da península. Relatórios do radar foram centralizados e barcos de patrulha adicionais forma transferidos para a área. As unidades que já estavam ali receberam pessoal experimentado adicional, removidos de unidades operacionais. O 156º Regimento também iniciou uma rotina mais agressiva de patrulhamento costeiro, que parece ter dado certo. Eles capturaram os dois sabotadores alemães seguintes quando chegaram ao continente mas no fim, foi somente o cancelamento pessoal do Almirante Karl Doenitz do planejado grande raid que seria feito que impediu que Huffmeir tentasse de novo.
O raid de Granville deve ser visto como uma audaz e bem sucedida operação, conduzida em face de uma esmagadora superioridade eletrônica, naval e aérea dos aliados. Somando-se aos prisioneiros, ele resultou para os alemães em cerca de 30 toneladas de alimentos, mais de 100 toneladas de carvão e 10 toneladas de óleo combustível. Estas eram mercadorias vitais para a faminta guarnição.
Apesar de não ter tido um impacto no resultado ou curso geral da guerra, nós somente podemos respeitar a coragem e engenhosidade da desnutrida e desmoralizada guarnição alemã que – a despeito de estarem centenas de quilômetros atrás das linhas inimigas – ainda encontraram a capacidade de golpear seus oponentes mais poderosos. No mínimo, o raid demonstrou o que o audaz pode fazer contra o complacente: nunca pense que um inimigo está derrotado até que ele se renda.
Mesmo considerando que os resultados do raid foram mínimos em termos estratégicos, tanto o General Rundstedt como o almirante Dönitz enviaram congratulações para o General de Divisão von Schmettow. Os documentos capturados no SS Eskwood foram requisitados pelo comando, para rápida avaliação, na esperança que dariam informações sobre a situação dos comboios no Canal da Mancha. O comandante da força de ataque alemã, Capitão-tenente Carl-Friedrich Mohr recebeu a cruz de cavaleiro da cruz de ferro. O 1o Tenente da Reserva Naval, Otto Karl, comandante do batelão de artilharia AF 65, também recebeu a cruz de cavaleiro.
Depois do Raid, pouco tempo restava antes da rendição final da Alemanha. No caso das Ilhas do Canal isso era problemático, devido à posição política de Huffmeier, um nazista convicto. Já em 3 de maio de 1945, depois do suicídio de Hitler, forças aliadas entraram em contato com o almirante, tentando descobrir se ele já estava pronto a se render. Em 6 de maio a resposta de Huffmeier não foi das mais animadoras: enviou uma mensagem aos aliados dizendo que ele somente obedecia ordens de seu governo na Alemanha. Dois dias depois, houve a rendição incondicional de todas as forças combatentes alemães, à meia noite do dia 8 de maio. Huffmeier informou, então, que tinha recebido a autorização para a rendição, mas essa não se fez sem percalços – um encontro foi arranjado entre os aliados, sob o comando do Brigadeiro Alfred Snow, que seguia com contratorpedeiros HMS Beagle e HMS Bulldog. O enviado alemão, Capitão-Tenente Armin Zimmermann foi a bordo do Bulldog, mas ele disse que só tinha autoridade para levar os termos de rendição de volta para Guernsey. Snow disse, de forma clara, que esperava a rendição imediata das forças alemães, colocando a data limite na meia noite do dia 8. Mesmo assim, os alemães insistiram que os dois contra-torpedeiros saíssem das águas locais – se não partissem, os alemães abririam fogo contra eles. Consta que Snow teria então dito que se os canhões das ilhas disparassem, Huffmeier seria enforcado. Apesar disso, os navios ingleses saíram de alcance dos canhões e, à meia noite do dia 8, uma comitiva alemã, sob o comando do General de divisão Heine, aceitou a rendição. Na manhã do dia 9 de maio, os dois contratorpedeiros ingleses ancoraram no porto de Saint Peter, sendo então assinada a rendição final alemã. Acabavam assim os cinco anos de ocupação do único trecho do território inglês tomados pelos alemães.
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A Luftwaffe tinha de facto várias divisões de infantaria e divisões blindadas ou de infantaria motorizada.
Em Abril de 1945, durante a defesa final de Berlim, Herman Goering vangloriava-se de ainda ter duas divisões de infantaria da Luftwaffe intactas.
Herman Goering ficou irritado quando o general comandante da frente do grupo de exércitos do Vistula afirmou que as tropas de Goering não serviam para nada. Goering ficou irritado e afirmou em privado que não cederia uma das divisões para a defesa de Berlim, porque tinha ficado mal visto numa conferência com Hitler.
A informação sobre o avião abatido a tiros de pistola, é referida no livro "A queda de Berlim de Ryan, e foi presenciado pelas tropas americanas que avançavam a grande velocidade na direção do rio Elba nos dias finais da Alemanha.
Muitos soldados alemães eram de proveniencia russa. Desertores do exército vermelho obrigados a lutar e que tinham sido capturados pelos alemães e enviados para a frente ocidental.
A ideia de que coreanos possam ter sido capturados pelos russos em Khalkin Gol, é perfeitamente possível.
Quando os aliados chegaram a França tiveram muita dificuldade em entender que lingua falavam muitos dos soldados alemães da chamada «Muralha do Atlântico» exactamente porque muitos deles eram soldados asiáticos.
Na verdade, muitas vezes a realidade ultrapassa a ficção.
Cumprimentos
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Charlie Brown's story
Charlie Brown was a B-17 Flying Fortress pilot with the 379th Bomber Group at Kimbolton, England. His B-17 was called 'Ye Old Pub' and was in a terrible state, having been hit by flak and fighters. The compass was damaged and they were flying deeper over enemy territory instead of heading home to Kimbolton.
After flying over an enemy airfield, a pilot called Franz Steigler was ordered to take off and shoot down the B-17. When he got near the B-17, he could not believe his eyes. In his words, he 'had never seen a plane in such a bad state'. The tail and rear section was severely damaged, and the tail gunner wounded. The top gunner was all over the top of the fuselage. The nose was smashed and there were holes everywhere.
Despite having ammunition, Franz flew to the side of the B-17 and looked at Charlie Brown, the pilot. Brown was scared and struggling to control his damaged and blood-stained plane.
Aware that they had no idea where they were going, Franz waved at Charlie to turn 180 degrees. Franz escorted and guided the stricken plane to and slightly over the North Sea towards England. He then saluted Charlie Brown and turned away, back to Europe.
When Franz landed he told the c/o that the plane had been shot down over the sea, and never told the truth to anybody. Charlie Brown and the remains of his crew told all at their briefing, but were ordered never to talk about it.
More than 40 years later, Charlie Brown wanted to find the Luftwaffe pilot who saved the crew. After years of research, Franz was found. He had never talked about the incident, not even at post-war reunions.
They met in the USA at a 379th Bomber Group reunion, together with 25 people who are alive now - all because Franz never fired his guns.
Fonte (http://http)
Research shows that Charlie Brown lived in Seattle and Franz Steigler had moved to Vancouver, BC after the war. When they finally met, they discovered they had lived less than 200 miles apart for the past 50 years!
Fonte (http://http)
When an Enemy Was a Friend
Brown's B-17 was perhaps the most heavily damaged bomber to return from combat. It survived because of an enemy's act of chivalry.
Dec. 20, 1943, was a typically cold, overcast winter day in Britain as 2d Lt. Charles L. Brown's B-17F lined up for takeoff. It was 21-year-old Charlie Brown's first combat mission as an aircraft commander with the 379th Bomb Group, the target an FW-190 factory at Bremen, Germany. He and his crew of Ye Olde Pub were to become participants in an event probably unique at that time in the air war over Europe--a mission that would remain shrouded in mystery for many years.
The bombers began their 10-minute bomb run at 27,300 feet, the temperature: negative 60 degrees. Flak was heavy and accurate. Before "bombs away," Brown's B-17 took hits that shattered the Plexiglas nose, knocked out the number two engine, damaged number four--which frequently had to be throttled back to prevent overspeeding--and caused undetermined damage to the controls. Coming off target, Lieutenant Brown was unable to stay with the formation and became a straggler.
Almost immediately, the lone and limping B-17 came under a series of attacks from 12 to 15 Bf-109s and FW-190s that lasted for more than 10 minutes. The number three engine was hit and would produce only half power. Oxygen, hydraulic, and electrical systems were damaged, and the controls were only partially responsive. The bomber's 11 defensive guns were reduced by the extreme cold to only the two top turret guns and one forward-firing nose gun. The tailgunner was killed and all but one of the crew in the rear incapacitated by wounds or exposure to the frigid air. Lieutenant Brown took a bullet fragment in his right shoulder.
Charlie Brown figured the only chance of surviving this pitifully unequal battle was to go on the offensive. Each time a wave of attackers approached, he turned into them, trying to disrupt their aim with his remaining firepower. The last thing oxygen-starved Brown remembers was reversing a steep turn, becoming inverted, and looking "up" at the ground. When he regained full consciousness, the B-17 was miraculously level at less than 1,000 feet.
Still partially dazed, Lieutenant Brown began a slow climb with only one engine at full power. With three seriously injured aboard, he rejected bailing out or a crash landing. The alternative was a thin chance of reaching the UK. While nursing the battered bomber toward England, Brown looked out the right window and saw a Bf-109 flying on his wing. The pilot waved, then flew across the B-17's nose and motioned Brown to land in Germany, which the aircraft commander refused to do. After escorting them for several miles out over the North Sea, the Luftwaffe pilot saluted, rolled over, and disappeared. Why had he not shot them down? The answer did not emerge for many years.
The B-17 did make it across 250 miles of storm-tossed North Sea and landed at Seething near the English coast, home of the 448th Bomb Group, which had not yet flown its first mission. The crew was debriefed on their mission, including the strange encounter with the Bf-109. For unknown reasons, the debriefing was classified "secret" and remained so for many years. Lieutenant Brown went on to complete a combat tour, finish college, accept a regular commission, and serve in the Office of Special Investigations, with the Joint Chiefs of Staff, and in other Air Force and State Department assignments until his retirement. He now lives in Miami, Fla., where he is founder and president of an energy and environmental research center.
The image of his strange encounter with the Bf-109 remained firmly embedded in Charlie Brown's memory. In 1986, he began a search for the anonymous pilot. Finally, in 1990, former Oberleutnant Franz Stigler, now living in Canada, responded to a notice published in a newsletter for German fighter pilots. By comparing time, place, and aircraft markings, it was determined that Stigler was the chivalrous pilot who had allowed Brown's crew to live. Not surprisingly, Brown and Stigler have become close friends.
On that December day in 1943, there had been two persuasive reasons why Stigler should have shot down the B-17. First, earlier in the day, he had downed two four-engine bombers and needed only one more that day to earn a Knight's Cross. Second, his decision to not finish off the aircraft was a court-martial offense in Nazi Germany and if revealed could have led to his execution. He considered these alternatives while flying formation with the B-17, "the most heavily damaged aircraft I ever saw that was still flying." He could see the wounded aboard and thought, "I cannot kill these half-dead people. It would be like shooting at a parachute."
Franz Stigler's act of chivalry has been justly, though belatedly, honored by several military organizations here and abroad. On the other hand, Charles Brown was not decorated for his heroism over Germany, which never was reported by the 448th Bomb Group at Seething to his commanders. Such are the fortunes of war and its aftermath.
Fonte (http://http)
Franz Stigler
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg144.imageshack.us%2Fimg144%2F4946%2Fww2historystigler12d388lo8.jpg&hash=e45d2c46ea272bdcfcba6aa40774f7c5)
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Excelente exemplo.
Pena que este tipo de histórias sejam desvalorizadas.
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1. The first German serviceman killed in the war was killed by the Japanese (China, 1937)
Se não me engano... através do livro "Os Soldados Judeus de Hitler", haviam mencionado acerca os alemães treinavam os chineses nos anos 35 a 38, porque a maioria deles eram meios judeus ou Mischlinge, por devido das Leis Raciais e Leis de Nuremberg aprovado pelo próprio Führer Adolph Wolf Hitler na forças armadas Wehrmacht tal como Luftwaffe e Marine, só se aceitavam apenas quartos-judeus mas raramente porque alguns não eram promovidos. Naquela durante época, decidiram-se optar pela sobrevivência para fugir de perseguição pelos SS/Gestapo antes rebentar 2ª Guerra Mundial.
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O sentido desta frase é bastante duvidoso.
É claro que, de um certo ponto de vista, a 2ª Guerra Mundial já tinha começado em 1937.
E creio que Xangai tinha uma imensa comunidade de Judeus fugidos da Europa, tornando-se possivelmente a cidade mais ocidentalizada, moderna e cosmopolita do Oriente.
Benny
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Reino Unido: Vida de agente secreta na II Grande Guerra revelada após a sua morte
Londres, 01 Abr (Lusa) - Os segredos de uma espia que se disfarçou de vendedora de cosméticos durante a II Guerra Mundial e ajudou a liderar a resistência aos nazis numa França ocupada foram agora revelados.
Pearl Cornioley morreu a 24 de Fevereiro, pelo que os arquivos nacionais britânicos divulgaram hoje a sua história, dando a conhecer como ajudou militares a escaparem em segurança e como lutou, mais tarde, para obter o reconhecimento governamental pelos seus actos.
Cornioley foi educada em Paris mas fugiu do país devido à invasão pelas tropas nazis, tendo regressado ao Reino Unido, de onde era oriunda, através de Espanha.
A sua fluência em francês, uma capacidade inata para lidar com armas, uma excelente memória e a boa capacidade de relacionamento social fizeram dela umas das 40 mulheres que trabalharam como agentes secretas ao serviço de Londres.
Tendo assumido a chefia de uma das células da resistência francesa quando o anterior responsável foi capturado, Pearl Cornioley interrompeu a circulação da linha férrea entre Paris e Bordéus mais de 800 vezes e liderou um total de três mil resistentes franceses em missões de guerrilha.
As suas capacidades tornaram-na tão crucial que os nazis ofereceram um milhão de francos pela sua captura, esperando esmagar o seu protagonismo na resistência francesa.
Na vida privada, Pearl apaixonou-se por Henri Cornioley, um prisioneiro de guerra francês com o qual viria a casar em Londres após a guerra, tendo escolhido França para viver. Henri Cornioley morreu em 1999.
A rainha Isabel II fez Pearl Cornioley Comendadora da Ordem do império Britânico durante a sua visita a Paris em 2004. A ex-espia também recebeu a Legião de Honra de França.
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Talvez seja o tópico a que melhor se adequa.
Não é propriamente um "facto espectacular"´mas é um acontecimento interessante e talvez desconhecido para muitos...
O Incidente Laconia
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À esquerda, o U-156 , com a bandeira da Cruz Vermelha estendida na ponte, socorre os sobrevivente do Laconia, enquanto que no canto superior direito, o Liberator Americano aproxima-se.
A história do "Incidente Laconia" começou na manhã de 12 de Setembro de !942. O U-156 estava em patrulha no Atlântico Sul, entre a costa da Libéria e a Ilha da Ascensão. Comandado pelo Capitão Werner Hartenstein, este submarino alemão era um dos muitos IXC's destacados ao longo da Costa Oeste Africana. Enquanto navegava à superficíe para Sul, um grito de aviso do vigia, trouxe Hartenstein até à ponte do U-Boat. A sua atenção estava fixada na silhueta de um grande navio, sozinho no horizonte distante, a sudeste da sua posição.
O navio, de pavilhão britânico, navegava ao largo da costa africana, a cerca de 500 milhas de terra, e numa área frequentemente patrulhada por aviões aliados, que operavam a partir da base de Freetown.
O Capitão Hartenstein alterou o curso de forma a navegar paralelamente ao navio, mantendo a distância de forma a que passassem despercebidos, seguindo o fumo que saía das chaminés do navio britânico, até que se pudesse aproximar, quando a noite chegasse.
Rapidamente percebeu que o seu alvo era o " Laconia" da British Cunard Star Liner. No inicío da guerra, o Laconia tinha sido convertido num navio de transporte de tropas, armado com artilharia de convés, cargas de profundidade e até equipamente de identificação submarina. Isto fazia do Laconia um alvo militar perfeitamente legítimo.
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Werner Hartenstein, comandante do U-165
Mal o sol se põs, Hartenstein aproximou-se do navio britânico, e pelas 22:00, o U-156 estava em posição de ataque. Passado algum tempo, o navio aliado surgiu na mira do submarino, e Hartenstein disparou dois torpedos de uma distância de 2 milhas. Depois de uma silenciosa espera de pouco mais de 3 minutos, tempo que demoraram os torpedos a efecturem o seu percurso, atingiram o seu alvo, e de imediato o "Laconia" parou, começando a afundar-se.
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O Laconia
A esta altura, o U-Boat de Hartenstein vem à superficíe, e dirige-se até ao navio na tentativa de capturar oficiais de alta patente. Pelos últimos raios de sol, a tripulação do U-Boat assistia da ponte à destruição que se lhes oferecia perante os seus olhos:
Os sobreviventes lutavam por se manter à superficíe, e muitos deles eram sugados pela deslocação do navio, algumas pessoas amontavam-se em pequenos botes salva-vidas. Era uma cena de caos total, os destroços em chamas iluminanavam o céu escuro, havia cadávares a flutuar por todo o lado, os gritos de pânico e de dor eram insuportáveis.
À medida se iam aproximando do navio destruído, a tripulação do U-571 parecia ouvir vozes em italiano a pedir ajuda: “Aiuto, aiuto” ...
Ainda um pouco confuso, o Capitão Hartenstein recolhe alguns sobreviventes que entretanto nadavam até ao submarino e rapidamente descobre, a verdadeira situação a bordo do Laconia.
O navio transportava cerca de 2732 passageiros; 136 tripulantes, 285 soldados britânicos, 80 civis, incluíndo mulheres e crianças, 160 Guardas Polacos e 1800 prisioneiros de guerra italianos. O "Laconia" não era já, portanto, o navio militar que Hartenstein pensava que fosse...
Apercebendo-se do erro, Hartenstein imediatamente lança uma espectacular operação de resgate. Centenas de sobriventes são recolhidos, incluíndo civis, nomeadamente mulheres e crianças horrorizadas. Muitas são levados para os apertados compartimentos do submarino. Os restantes, subiam para o tombadilho do U-Boat e ali se amontoavam, entre outros centenas que nos sobrelotados botes salva- vidas se apoiavam, ligando os botes ao submarino através de cordas e cabos.
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.uboat.net%2Fphotos%2Flac_u156.jpg&hash=632af886bc18ae31975070d2d7ee7e52)
Os submarinos transbordavam de feridos, mulheres e crianças
Ainda mais, Hartenstein emitiu pedidos de auxilío para submarinos alemães que estivessem na zona e emitiu uma mensagem rádio, em Inglês claro, transmitindo a posição do U-Boat, e pedindo assistência imediata a navios aliados, prometendo a suspensão das hostilitidades durante o resgate dos sobreviventes.
O U-156 permaneceu à superficíe durante 2 dias e meio, providenciando toda a ajuda necessária e possível, como cuidados médicos, àgua, comida, e cobertores.
Entretanto, no Quartel-General dos U-Boats, em Paris, o Almirante Karl Doenitz estava estupefacto com as acções do U-156. Apesar de ter ordenado que não se fizessem operações de resgate desta natureza, desta vez, ele não só a autorizou, mas como a apoiou, entrando em contacto com outros U-boats para que ajudassem Hartenstein.
Doenitz iria explicar mais tarde, “Dar uma ordem contrária às leis da humanidade iria destruir completamente o moral das tripulações de U-Boat, e eu não poderia dar ordem contrária".
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.uboataces.com%2Fimages%2Flaconia2.jpg&hash=5b91d0299dcc8af29e5e808ef19733fd)
Os sobreviventes são recolhidos
Dois dias depois, chega o U-506, comandado por Erich Wurdeman, e junta-se à operação. Para apressar o resgate, Doenitz ordena que mais 3 submarinos se dirigissem ao local, de forma a contribuir com a ajuda necessária. Hasteando a bandeira da Cruz Vermelha o U-506 de Erich Wurdeman e o U-507 Harro Schacht chegam 2 dias depois, 15 de Setembro. Mais tarde, juntou-se a eles o submarino italiano Cappelini.
Estes quatro submarinos, que tinham unido esforços para ajudar os sobreviventes, partilhavam agora entre si os náufragos, com os botes de salva-vidas cheios a reboque, centenas deles apinhados no tombadilho, e outros tantos no interior do submarino.
Assim, o grupo zarpou rumo á costa africana, para se encontrarem com os navios de da França Vichy, destinados a proteger os submarinos e acolher os sobreviventes, muitos deles severamente feridos, e a precisar de cuidado urgente.
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F1.bp.blogspot.com%2F_t6ikLJ4YVos%2FRugeJlJwVbI%2FAAAAAAAAAwY%2Fu5C35_GmcP0%2Fs320%2FLaconia_plancia.jpg&hash=afa93b3dd36f70ca73826bc6bd5ad4ea)
O resgate prossegue
No dia seguinte, 16 de Setembro, às 11:25 da manhã, esta concentração the U-Boats foi avistada por um B-24 Liberator, um bombardeiro americano que operava a partir da ilha da Ascensão. Os sobreviventes e as tripulações acenavam e pediam ajuda. Como a bandeira da Cruz Vermelha estava desfraldada sobre os submarinos, o piloto James D. Harden deu meia volta e comunicou à base por rádio o sucedido, aguardando instruções. O oficial que estava de serviço nesse dia era o Capitão Robert C. Richardson III, e a ordem transmitida ao piloto foi clara:
"Sink sub!" - Afundar Submarino!
Meia hora mais tarde, Harden voava de volta ao local onde estava o grupo de U-Boats, e os sobreviventes lá em baixo sentiram um alivio no espírito, na esperança que o avião americano lhes mandasse mantimentos, medicamentos, mantas...
Em vez disso, ignorando a bem visível bandeira da Cruz Vermelha, foram atacados de forma cobarde e indiscriminada por bombas e cargas de profundidade. Uma bomba aterrou mesmo em cima de um pequeno bote salva-vidas, e centenas de pessoas morreram naquele ataque. Consta que o avião, voando a baixa altitude durante o seu primeiro ataque, era um alvo fácil para as baterias anti-aéreas dos submarinos. Contundo, Hartenstein deu ordens expressas para que as armas não fossem utilizadas. O mortal ataque continuou por mais algum tempo, até que o U-516, ficando danificado, foi forçado a submergir, deixando centenas de vitímas lutando por se manter á tona da água, enquanto que os outros submarinos mergulhavam para escapar ao ataque do bombardeiro americano.
Mais tarde, o U-506 e o U- 507 voltaram ao local, incapazes de aceitar o facto de deixar morrer aquelas pessoas que à umas horas atrás tinham salvo da morte certa.
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Felizmente, os navios da França Vichy, tinham chegada de Dakar, e no dia seguinte, recolheram os restantes sobreviventes que até aí tinham estado no convés dos submarinos atacados. No total, registaram-se 1621 mortos e 1111 sobreviventes, incluíndo aqueles que que tinha sido salvos pelos sobrelotados submarinos alemães.
As acções tomadas nesse dia pelo Capitão Richardson foram por muitos consideradas como um grave crime de guerra, embora nunca tivesse sido julgado ou condenado.
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Mulheres e crianças recolhidas pelos U-Boats
Como resultado deste incidente, o Almirante Doenitz emitiu uma ordem proíbindo os U-Boats de participarem em operações de salvamento, e mais, de providenciar quaisquer assistência aos sobreviventes de ataques submarinos. Esta directiva ficou conhecida como a "Ordem Laconia".
Até aí, era comum os U-Boats ajudarem os sobreviventes dos seus ataques, providenciando mantimentos, e apontando a direcção mais perto de terra firme. Apesar desta ordem clara, alguns comandantes de U-Boats continuaram a auxiliar os sobreviventes dos seus ataques.
Depois da guerra, Doenitz foi jugado por crimes de guerra, e a "Ordem Laconia" foi exactamente usada como base para a sua acusação. Mais surpreendente, foi o apoio demonstrado por muitas figuras proeminentes da US Navy ao Almirante Doenitz.
O Almirante Chester Nimitz veio em sua defesa, e afirmou mesmo que os Estados Unidos operaram segundo as mesmas leis de combate e resgate de sobreviventes que a Marinha Alemã. Apesar destas evidências, Doenitz foi condenado pelos Tribunal Militar Internacional de Nuremberga, enfrentando condenações por crimes de guerra, e sentenciado a 11 anos e meio de prisão.
As tripulações dos U-Boat's ficaram especialmente ressentidas quanto ao sucedido, ficando sempre, no fundo dos seus pensamentos, a ideia que estavam a ser condenados, não por "crimes de guerra", mas pelo perigo e medo, que ao longo de todo a guerra, tinham imposto aos aliados.
E acima de tudo, que a hipocrisia americana, tinha deixado escapar impune o Capitão Richardson.
Seis meses mais tarde, em 8 de Março de 1943, o U-156 era atacado novamente por um bombardeiro americano, afundando o submarino, com toda tripulação que tinha participado na operação de resgate. Entre os mortos, estava o Capitão Werner Hartenstein, que veio depois a ser considerado um herói por muitos dos sobreviventes que tinha acolhido no seu submarino.
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Operação Flipper - A caça à Raposa
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg155.imageshack.us%2Fimg155%2F3197%2Frommelpq9.jpg&hash=39788b5f34507e7aeb657a37bfccc13e)
No outono de 1941, uma figura havia alcançado, no teatro da guerra do deserto africano, uma fama que era quase lendaria: Erwin Rommel. Auchinleck, o general britânico, dizia referindo-se ao chefe alemão: ... Fala-se muito a seu respeito. Rommel não é, certamente, um super-homem. Mas, ainda que fosse, não seria desejável que os nossos homens acreditassem em seus poderes sobrenaturais. De modo que é necessário desvirtuar de qualquer maneira a idéia de que Rommel seja algo mais que um simples general alemão...
Entre as tropas do 8º Exército britânico existia grande admiração pelo chefe alemão e suas façanhas. Em apenas dois meses, Rommel havia mudado radicalmente o curso da guerra africana, obrigando o exército do General Wavell, que atacava, a recuar, e a combater na defensiva. Por isso, o General Auchinleck foi enviado para substituir Wavell. Por sua vez, o General Alan Cunningham, encarregado de dirigir a ofensiva geral contra as posições alemães a 18 de novembro, teve a idéia de eliminar previamente Rommel, mediante uma furtiva e eficaz cilada. Algo muito ousado, por certo. Se conseguirmos eliminá-lo de qualquer modo que seja - dizia - conseguiremos semear a confusão no Afrika Korps.
E foi assim que, dispostos a concretizar a ideia, alguns jovens oficiais propuseram um temerário plano de acção. Sabia-se, seguramente, que Rommel tinha seu Quartel-General na localidade de Sidi Rafa, a 375 km atrás das linhas alemães, e a 18 km do mar. O acesso ao local era possível por mar ou pela estrada paralela à costa. Atacando Sidi Rafa poder-se-ia destruir o QG e matar o próprio Rommel.
Cunningham aprovou imediatamente a idéia. Foi esse o começo da Operação Caça à Raposa. Um plano excepcional, de uma audácia sem par, a ser executado na madrugada de 18 de novembro. Neste ponto surgiu uma questão: Quem comandará a operação?
A resposta não demorou. Havia entre eles um autêntico adepto da caça às raposas. Era Geoffrey Charles Ticker Keyes, do 2º Regimento dos Dragões Reais. Ex-aluno de Eton, e pertencente a uma aristocrática família britânica, Keyes manifestou-se ao ser informado: - Estou certo do sucesso, se me confiarem a missão...
Dispostos os planos para a operação, determinou-se o seguinte dispositivo: interviriam, na acção, três destacamentos. O primeiro, comandado por Keyes, atacaria exclusivamente a casa de Rommel, a meio quilômetro a oeste da cidade, e o QG alemão que se encontrava em Beda Littoria. O segundo destacamento sob o comando do Tenente Southerland, assaltaria o QG italiano em Cirene, e destruiria as comunicações telefónicas e telegráficas. Havia um terceiro grupo que sabotaria as comunicações entre Faidia e Lamdula. Dois submarinos, o Tobray e o Talisman, se incumbiriam do transporte dos soldados.
Às 20 horas da sexta-feira, 14 de novembro de 1941, os submarinos deixaram o porto. Eram 22 horas, quando os homens reuniram-se na coberta do submarino. Keyes, com serenidade e sangue-frio britânico, ordenou abrir várias garrafas de champanha reservadas para a ocasião. Às 23 horas, o tempo começou a piorar. De súbito s máquinas pararam. Fez-se silêncio. Os homens subiram à ponte. A visibilidade era escassa. A praia aparecia recortada ao longe, entre as sombras.
Keyes consultou o seu relógio. Era a hora estabelecida. Deviam desembarcar. Rapidamente apareceram os botes de borracha. Foram enchidos de ar com bombas de bicicleta. Depois, jogados ao mar. Cada bote tinha capacidade para dois homens. O desembarque, que nos treinos efectuava-se numa hora, demorou seis.
No sábado, 15 de novembro, todos permaneceram ocultos num bosque próximo à costa. Nessa mesma tarde, começou a chover. Ao anoitecer do dia seguinte, às 20 horas, conseguiram chegar a 8 km de Sidi Rafa. Decidiram pernoitar numa caverna. Ao longe, no meio de um pequeno bosque, sobre uma colina, erguia-se uma construção de dois andares. Ali estaria Rommel.
No dia 17 de novembro, às 18 horas, Keyes consultou o seu relógio. Faltavam seis horas para começar a operação. Ainda chovia. Todos se mantinham tensos, prontos para a aventura, preparados para a caça à raposa...
E assim esperaram pela meia-noite. Quando o relógio marcou 12 horas, os soldados deixaram o refúgio, e partiram debaixo da chuva. Três deles deviam inutilizar a instalação elétrica. Cinco vigiariam do lado de fora. O resto controlariam as barracas vizinhas. Junto a Keyes marcharam Campbell, Coulthread, Drori e Brodie. Gatinharam até uma sala vazia. Várias portas abriam-se de ambos os lados. Por qual entrar?
De repente uma delas se abriu e apareceu um soldado alemão, em atitude despreocupada. Ficou imóvel. Recuperou-se imediatamente e abriu a boca para gritar. Mas Campbell, rápido como um raio, lançou-se sobre ele e o derrubou com um certeiro golpe de seu punhal. O soldado caiu sobre uma mesa, arrastando na queda, um recipiente de cristal, que se estilhaçou violentamente. Keyes, compreendendo o risco do incidente, que fazia arriscar todo o exito da missão, precipitou-se para outra porta. Abriu-a rapidamente. Dentro do quarto estava um grupo de soldados alemães, displicentemente sentados ao redor de uma mesa. Lançou uma granada que levava na sua mão direita e atirou-se no chão. Mas, nesse mesmo momento, uma descarga de metralhadora, disparada por um soldado alemão, atingiu-lhe, matando-o.
O seu sacrifício tinha sido inútil. Como também o de seus companheiros. De facto, nesse mesmo momento, Rommel estava muito longe dali...
No dia 18 de novembro, Rommel soube do ocorrido. Imediatamente deu ordem a seu capelão, reverendo Rudolf Dalmrath, que se dirigisse a Sidi Rafa, para dar sepultura cristã a Keyes. Depois de uma viagem de 36 horas, o sacerdote, chegou a tempo para o funeral. Um oficial colocou na tumba uma pequena coroa. Depois, uma cruz improvisada com ramos de ciprestes. Sobre a cruz, um papel com os seguintes dizeres: Em nome de Rommel.
Fonte: Tropas de Elite
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Torres marítimas fortificadas em Inglaterra
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Em 1943 a posição da Inglaterra na Segunda Guerra Mundial, alvo de bombardeamentos e ataques constantes por parte das tropas alemãs, era mais frágil do que nunca e chegou-se mesmo a recear uma invasão. Por esse motivo as defesas foram ampliadas e reforçadas.
Uma das obras realizada foi a edificação de torres fortificadas ao longo do rio Tamisa, precisamente uma das vias de penetração do inimigo em território britânico. Essas torres teriam a capacidade de detectar e responder a possíveis ataques. O projecto foi encomendado a um engenheiro civil, Guy Maunsell, que o concluiu e construiu nesse mesmo ano.
Maunsell foi escolhido pela sua experiência com betão pré-esforçado, sistema que já tinha utilizado em diversas pontes e a que recorreu para este projecto. Para o Tamisa planeou diversos conjuntos e tipos de fortificações imaginativas, entre os quais se conta este insólito grupo de torres, o Shivering Sands Army Fort, também conhecido como U7 devido ao número de elementos que o compõem.
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg44.imageshack.us%2Fimg44%2F213%2Ftorresiz.jpg&hash=149f29c9f35b253397a383d00fb03f36)
Cada uma das torres, construída em ferro, foi montada isoladamente em terra e depois fundeada no local, assente numa estrutura de quatro pilares de betão armado. O conjunto possuía vários sistemas defensivos (canhões, metralhadoras, radar, etc.) e interligava-se por passadiços metálicos. Durante a guerra desempenhou um importante papel, detectando ataques aéreos, lançamento de minas e abatendo também diversos aviões e bombas voadoras.
Após o fim do conflito armado o Shivering Sands Army Fort permaneceu em actividade até 1958, ano em que foi abandonado pelas tropas inglesas. A partir daí, sem manutenção e sob a acção corrosiva das águas, foi-se degradando progressivamente.
Já foi abalroado por barcos, transformado em estação meteorológica e serviu até de local de emissão de rádios piratas. Houve quem propusesse a sua demolição pura e simples mas até hoje permanece de pé, ameaçando a navegação. É uma ruína magnífica, fantasmagórica e indubitavelmente romântica.
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Os aviões torpedeiros da República Social Italiana
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A actuação dos esquadrões de torpedeiros Savoia Marchetti SM79 durante a governação da República Social Italiana, no norte da Itália.
Com a perda da Sicília após a invasão anglo-americana em julho de 1943, a confiança e o apoio popular ao regime fascista italiano foi seriamente abalado, e ficava claro que os aliados usariam a ilha como base para invadir a própria Itália.
Diante da gravidade da situação, foi convocada a reunião do Conselho Fascista em 24 de julho de 1943, onde por unanimidade de seus 28 membros, entre representantes do Sindicato, da Casa Real, Militares, etc, foi pedida a renúncia de Mussolini como Chefe de Estado.
Surpreendentemente Mussolini não reagiu, e no dia seguinte, logo após ser recebido em audiência pelo Rei Victor Emmanuel III, ele foi preso e um novo governo foi instituído, sendo designado pelo Rei, o Marechal Pietro Badoglio, que decretou a lei marcial.
Apesar de o novo governo reafirmar ante aos alemães que continuaria a honrar a aliança militar, na verdade organizava-se nos bastidores não apenas a rendição incondicional da Itália, mas a continuação da luta ao lado dos aliados, desta vez contra seu antigo aliado alemão. O Alto Comando alemão já desconfiava das intenções do novo regime e tinha pronto o plano de ocupação da Itália, que foi executado logo após o anúncio da capitulação incondicional do governo italiano.
A 29 de julho de 1943, Hitler, após um encontro com Otto Skorzeny, determinou o resgate de Mussolini, aprisionado no alto dos montes Apeninos. A missão foi executada com êxito em 13 de Setembro quando uma força de comandos invadiu o hotel usado como prisão. Passado apenas pouco mais de um mês do vergonhoso armistício de 8 de setembro, e a Alemanha ajudou Mussolini a organizar um novo governo, a República Social Italiana, com a capital localizada na cidade de Sàlo, no norte da Itália.
No outono de 1943, o Capitão Carlo Faggioni, ex-companheiro de arma do ás dos aviões torpedeiros da Regia Aeronautica “Carlo Emanuele Buscaglia” e de tantos outros pilotos valorosos desta especialidade, que por três anos, no controlo de seus Savoia Marchetti SM79, infligiram à Royal Navy tão duras perdas, decide constituir um grupo de ataque e dar vida a um novo Corpo Aerosiluranti (Torpedeiro) sob a insígnia da recém constituída República Social Italiana. Uma empresa que parecia muito árdua, um pouco pela carência de aviões e pessoal especializado, e um pouco pela relutância se não mesmo pela desconfiança do Comando Supremo Alemão.
Embora ainda não possuísse confiança suficiente do seu aliado e não visse com bons olhos as propostas de cooperação de caráter militar por parte italiana, em outubro de 1943, o Comando da Luftwaffe deu o seu parecer favorável, além da aprovação de Hitler para a constituição de uma milícia, de um pequeno exército composto de três divisões treinadas na Alemanha, e a criação de uma modesta aviação e de uma mais modesta marinha Republicana, mas em relação a reconstituição de sectores específicos da aviação, havia apenas consenso quanto a criação da aviação de Caça e de Transporte, negando a criação de grupos de Bombardeiros ou Torpedeiros.
Foi atravessando muitas dificuldades que o Capitão Faggioni, que tinha uma ficha militar bem sucedida (no decurso da guerra o oficial havia conseguido no Mediterrâneo significativo sucesso, golpeando e danificando o couraçado inglês Barham, afundando o navio Thermopylae e atacando o cruzador Berconshire e o Porta-Aviões Argus), conseguiu ganhar a confiança e a estima dos alemães para a execução do seu projeto.
O sonho de Faggioni de reconstituir no norte da Itália a unidade especial dos Aerosiluranti vai ganhar o apoio decisivo do criador da Aeronáutica Republicana, o Tenente-Coronel Ernesto Botto e o Marechal Rodolfo Graziani, chefe supremo das forças armadas da R.S.I.
Graças aos bons ofícios do Coronel Botto (que se deslocou pessoalmente até Berlim para convencer o Marechal Göering a dar o seu consentimento ao projeto) iniciou-se em princípio de novembro de 1943 ao se formar o "Gruppo Aerosiluranti" que recebeu os seus primeiros Savoia Marchetti SM79 da R.S.I (alguns dos poucos exemplares que escaparam da cisão precedente após a capitulação italiana) que puderam ser completamente vistoriados e postos à disposição dos pilotos e dos especialistas reunidos por Faggioni.
Para dirigir a especialidade dos Torpedeiros da Aviação Republicana foi chamado o Tenente-Coronel piloto Arduino Buri (que durante o conflito atacou com o seu SM79 o Couraçado britânico Nelson) e a direção operativa do grupo foi entregue ao mesmo Faggioni que baptizou a sua unidade em memória do companheiro Buscaglia (Faggioni e seus companheiros acreditavam que Buscaglia havia sido abatido e morto durante uma missão ao largo da Costa da Argélia).
Obtido do Comando da Luftwaffe a indispensável permissão, e superando com muita vontade e imaginação os numerosos problemas de logística e organização, Faggioni reuniu os seus homens (pilotos, especialistas, mecânicos, etc.) e os meios (apenas uma meia dúzia de antigos SM79) no campo de Florença.
Imediatamente começou a pressionar o Comando da Aviação Republicana com requisições de novos aviões, pessoal, motores, torpedos, munição e apetrechos de bordo e de terra, bem como melhorias na infra-estrutura logistica. Em suma, tudo quanto era indispensável para obter a máxima eficiência operativa do novo núcleo de combate. Num par de semanas, por intervenção do Coronel Botto, a unidade recebeu da SIAI (Fábrica de Aviões) de Vergiate, um certo número de novos SM79 e alguns recuperados na Itália, Alemanha e Dinamarca.
Vale lembrar que na data de 8 de setembro de 1943 a Alemanha havia se apoderado de um grande número de aviões italianos, distribuindo-os nos numerosos aeroportos da Luftwaffe (diversos SM79 torpedeiros da ex-Regia Aeronautica foram trazidos do aeroporto alemão de Shorgan e Gottenhafen e da Escola Dinamarquesa de Torpedeiros, a Flieger Torpedo Schule de Falster).
A 1 de novembro, o grupo de Faggioni transferiu-se para o aeródromo de Varese-Venegono para iniciar o treinamento, sendo que neste curto espaço de tempo foi criada uma segunda base operativa em Merna (Gorizia).
A unidade foi repartida em três esquadrilhas comandadas pelo Capitão Giuseppe Valerio, pelo veterano Tenente Imerio Bertuzzi e pelo Capitão Carlo Chinca. Depois de dois meses de provas e contínuo treinamento de vôo diurno e noturno, e do lançamento simulado de torpedos, o novo equipamento podia se considerar pronta para a ação.
Em 9 de fevereiro de 1944, na presença de autoridades militares republicanas e alemãs, as equipagens juraram fidelidade a R.S.I, rendendo honras à bandeira do 36º Stormo Aerosiluranti que fora formada pelo Capitão Faggioni.
A 1 de março uma esquadrilha foi deslocada para Friuli, enquanto as outras duas foram mantidas em Venegono.
Em 8 de março, 7 SM79 estavam finalmente prontas no aeroporto de San Egidio di Perugia para iniciar o difícil ciclo de operações contra a frota anglo-americana fundeada em Anzio e Nettuno. Em 10 de março, em combinação com um bombardeamento de diversão alemão, doze SM79 ao comando de Faggioni e Bertuzzi (os dois pilotos com mais experiência) descolaram e atacaram a frota aliada. Duas unidades de transporte foram atingidas pelos aviões, uma delas (atacada por Bertuzzi) deslocava 7.000 toneladas.
Galvanizados pelo primeiro sucesso, no dia 14 do mesmo mês, outros sete trimotores repetiriam a ação contra uma unidade inimiga ao largo de Nettuno e Nápoles, e os aviões de Faggioni, Valerio, Sponza, Bertuzzi, Teta, Amoroso e Balzarotti afundaram um navio de transporte de 5.000 ton, uma unidade de apoio a desembarque (a LST 348) e dois outros navios de transportes menores.
Acusamdo o golpe, o Comando Aliado imediatamente replicou, e em 18 de março uma formação de quadrimotores norte-americanos despejou toneladas de bombas sobre o aeródromo de Merna, destruindo hangares, depósitos, armazéns e atingindo vários SM79. Refeitos da surpresa, o Gruppo "Buscaglia" transferiu-se para um campo mais seguro nas proximidades de Milão, no campo de Lonate Pozzolo, e já no início de abril a esquadrilha de torpedeiros estava em condições de atuar.
A 6 de abril, 13 SM79 decolaram em direção ao campo de San Egidio, mas foram atacados por uma formação de P-47 Thunderbolt norte-americanos. No violentíssimo combate que se seguiu quatro aparelhos republicanos caíram em chamas e outros dois sofreram avarias gravíssimas. O SM79 do Ten. Sponza, repetidamente atingido e com o motor em chamas, conseguiu abater com suas metralhadoras um caça norte-americano, efetuando uma aterragem de emergência no campo de Peretola.
A protecção de San Egidio, todavia não tranquilizou os espíritos do agrupamento que em poucos dias possuía apenas cinco aviões disponíveis para tentar prosseguir sua missão no Tirreno.
No dia 10 de abril quatro SM79 partiram de Perugia (o quinto teve que abortar a operação em razão da falha de um dos motores) para atacar novamente ao largo da baia de Nettuno a frota aliada. Os aviões sob o comando de Faggioni, Sponza e Bertuzzi conseguiram atacar três navios, mas a esquadrilha foi confrontada pelo violentíssimo fogo antiaéreo. O comandante Faggioni é abatido e apenas o avião do Ten. Bertuzzi retorna da missão. Restava agora ao Capitão piloto Marino Marini assumir a pesada herança deixada pelo Capitão Faggioni.
Marini demonstra uma grande capacidade de organização e tenacidade fora do comum e consegue juntar novas tripulações e os meios necessários. Novos SM79, recém saídos da fábrica SIAI, a versão SM79S, que tinha motores e armamento mais potentes e instrumentos mais modernos, chegaram para integrar a unidade. Terminado o novo e indispensável ciclo de treinamento, no início de junho de 1944 o Gruppo Buscaglia já estava pronto para entrar em acção, apesar da fortíssima oposição inimiga que a cada dia aumentava mais.
Para elevar o moral da Aeronáutica Republicana (deixada pelos alemães praticamente só a defender o território da Itália setentrional), Marini elaborou um plano de ataque contra a frota inglesa ancorada na longínqua base de Gibraltar. Confiando no facto de que o Almirantado Britânico não esperava que o inimigo tivesse capacidade de cumprir uma missão contra objetivo tão longínquo (em 1940 e 1942 alguns aviões SM82-bis especialmente preparados e o quadrimotor Piaggio P108 da Regia Aeronáutica efetuaram alguns ataques contra o rochedo), Marini insistiu com o Comando Alemão, muito céptico a respeito, sobre a oportunidade de desferir uma última e inesperada acção contra o leão adormecido.
Marini selecionou as dez melhores equipas de pilotos e, depois de haver estudado os mínimos detalhes a organização da missão levando em conta a grande distância do objetivo, decidiu-se a usar um campo de pouso como trampolim para o ataque na França meridional.
Não se dispunha mais na época de bases aéreas na Sardenha, que foi utilizada entre os anos de 1940 e 1942 pelos bombardeiros italianos para atacar Gibraltar.
Em 2 de junho, Marini transferiu em grande segredo e com a colaboração técnica e logística dos oficiais da Luftwaffe Müller e Hellferich (este último participaria da missão contra o rochedo na qualidade de oficial de ligação) material e por último os seus torpedeiros para a base de Istres, em França.
No dia 4 de junho de 1944, as 02:20hs, dez SM79S do Gruppo Buscaglia decolaram em direção a Gibraltar. O ataque foi conduzido de maneira impecável e a baixíssima altitude (70 metros). O Capitão Bertuzzi atacou primeiro, seguido de todos os outros. Dez torpedos foram lançados, todos a uma distância média de 700 metros dos seus alvos. Várias explosões acusaram a precisão do ataque, um grande incêndio irrompeu no porto e pedaços e fragmentos de aço se projetavam para todos os lados.
Centrados no objectivo, oito aviões do grupo após lançarem os seus torpedos prosseguiram em direção a norte para evitar as defesas antiaéreas e de caças noturnos ingleses. Os motores centrais foram desligados para poupar combustível e após pouco mais de 1 hora de vôo chegaram a Istres.
Os únicos dois aviões faltantes,devido à pouca quantidade de combustível, foram aterrar em território neutro da Espanha. Retornando a Lonate Pozzolo com seus homens e seus aviões, o Capitão Marino Marini foi recebido triunfalmente por uma comissão de oficiais italianos e alemães. Com a feliz missão de 5 de junho de 1944, terminava gloriosamente as actividades dos torpedeiros republicanos no teatro do Mediterrâneo Ocidental.
A partir do mês de julho, o Grupo "Buscaglia" estendeu a sua zona de operação no quadrante do Adriático, no Egeu e no Mediterrâneo Central.
A primeira acção no Adriático aconteceu a 6 de julho quando no comando dos torpedeiros SM79S estavam o Capitão Bertuzzi e o sub-Tenente Bellucci, do Sargento-major Canis, do Tenente Neri, do Sargento-major Sessa e do Sargento-major Ferraris.
Os torpedeiros, depois de descolarem de Lonate, chegaram ao campo intermediário de Treviso, e de lá empreenderam o vôo para o sul, em direção ao porto de Bari, lotado de navios ingleses. No curso do ataque, enfrentando uma forte oposição antiaérea, os SM79S do Ten. Ruggeri, do Ten. Bellucci e do Cap. Bertuzzi conseguiram atingir em cheio três navios inimigos, antes disso o torpedeiro do Ten. Perina interceptou fora do porto o contratorpedeiro inglês Sickle, que afundou poucos minutos depois. O único avião italiano danificado no curso da ação foi o do Ten. Del Prete, que teve de amarar no seu retorno a pouca distância do litoral romagnolo.
Após os bons resultados obtidos, o Major Marini (promovido a este grau depois da sua acção contra Gilbratar) inaugurou uma estreita colaboração com o Comando Alemão, e um novo ciclo de operações no Egeu. No mês de julho de 1944, 12 aviões do Grupo (10 operativos e dois de apoio técnico) foram estacionados no aeroporto grego de Eleusi, próximo a Atenas.
Subdividido em duas seções de cinco aparelhos, os SM79S iniciaram logo as actividades compreendendo missões de reconhecimento armado sobre a vasta zona compreendida entre Chipre, Rodes, Creta e a costa da Libia. Tal actividade conduziu ao resultado esperado e consentiu ao Ten. Merani afundar quase de súbito um navio de transporte de 4.000 ton. Este primeiro sucesso foi repetido pelo Ten. Morselli que a 4 de agosto, ao largo da costa Cirenaica, torpedeou um cargueiro de 7.000 ton.
Depois de haver efectuado um longo reconhecimento armado nas águas da ilha de Malta, no curso da qual nada foi avistado, uma secção estendeu as suas operações mais a oriente, compreendendo uma missão na zona da Ilha do Chipre. Durante uma destas operações uma patrulha de caças britânicos descolou do aeroporto de Limassol e interceptou o SM79S do Ten. Jasinki, que foi abatido, bem como outros dois Savoia Marchetti, que atingidos tiveram que amarar não muito longe da costa de Creta. Os pilotos italianos fpram recuperados por um hidroavião alemão.
Terminado o longo ciclo operativo “Oriental” durante dois meses, Marini decidiu transferir todos os aviões para a Itália. No entanto durante o sobrevôo do aeroporto de Belgrado, o SM79S do Tenente Morselli foi erroneamente confundido com um aparelho italiano “cobeligerante” e foi abatido pela defesa antiaérea alemã. No incidente pereceu também o Capitão Helfferich.
No mês de agosto, foi descoberto o verdadeiro fim do Major Buscaglia (fora feito prisioneiro após ser abatido ao largo da costa africana e em seguida decidiu aderir à aeronáutica cobeligerante, sofrendo um acidente a bordo de um aparelho de fabrico norte-americano durante a descolagem da base aérea do campo Vesuviano), o Major Marini, mesmo venerando a figura do grande ás, decidiu renomear o seu grupo em memória do camarada Faggioni.
Mesmo a guerra tendo pregado uma partida à pequena, mas corajosa Aeronáutica Republicana, ela não se deixou abater e enfrentando sempre a penúria de meios materiais, como a restrição de combustível, lubrificantes e de peças de reposição, não obstante tudo, na vigília de natal de 1944, quatro SM79S efetuaram uma acção ofensiva na zona de Ancona e que resultou no afundamento de um transporte de 7.000 ton.
Dez dias depois, a 5 de janeiro de 1945, o SM79 do Ten. Del Prete conseguiu o último sucesso dos torpedeiros italianos ao afundar ao largo da costa do Adriático um navio de 5.000 ton.
Terminava assim a epopéia do Gruppo "Faggioni", ex- "Buscaglia" que no período que compreendeu de março de 1944 até o início de 1945 afundou 19 navios diversos e um contratorpedeiro com um volume total de 115.000 ton. de navios, com a perda de 16 aviões e o sacrifício supremo de 38 pilotos e 185 especialistas.
Grandes Guerras