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Outras Temáticas de Defesa => Área Livre-Outras Temáticas de Defesa => Tópico iniciado por: Marauder em Julho 13, 2006, 09:30:56 am
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Mediterrâneo: Portugal é país que mais água consome por ano
Portugal é o país do Mediterrâneo que mais água consome anualmente, com 1.212 metros cúbicos por habitante, revela um relatório do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) hoje divulgado.
De acordo com o WWF, depois de Portugal é Espanha que mais consome água (870 metros cúbicos por habitante), seguindo-se Itália (772), Grécia (708), França (667) e Turquia (534).
O WWF adverte que a cultura de regadio é a principal responsável pela falta de água em Portugal e nos restantes países do Mediterrâneo.
O estudo indica que a área destinada à agricultura de regadio no Mediterrâneo duplicou nos últimos 40 anos e absorve cerca de 65% do total da água consumida nesses países.
A WWF adverte igualmente que «secas mais frequentes e mais prejudiciais» são esperadas no Mediterrâneo, onde podem tornar-se «crónicas».
A seca de 2005 atingiu «particularmente» Espanha e Portugal e este ano também deve ter um «significativo impacto» nestes dois países do sul da Europa, bem como em França e Itália.
«É previsível um forte aumento da frequência e dos danos causados pelas secas em toda a costa do Mediterrâneo, especialmente nas zonas onde mais se pratica a agricultura de regadio, que se tornou o maior consumidor de água na região», destaca o estudo divulgado hoje em Genebra.
Segundo o WWF, choveu menos 20% nos últimos 50 anos, enquanto a procura da água duplicou, principalmente em França, Turquia e Síria.
O relatório adianta que o custo da seca para a Europa, em 2003, traduziu-se em 11 mil milhões de euros e na perda de 40 mil vidas de animais, metade das quais só em Itália.
No Verão de 2005, Portugal perdeu devido à falta de água cerca de 60 por cento da produção de trigo e 80 por cento de milho, destaca ainda o WWF.
Com esta publicação, a organização não governamental pretende «um maior compromisso das autoridades locais e nacionais para regular o modo de utilização da água», já que «sem medidas apropriadas, as populações e os modos de vida serão cada vez mais afectados».
Diário Digital / Lusa
13-07-2006 6:37:00
de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=235953 (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=114&id_news=235953)
Interessante....especialmente se lermos esta notícia depois de consultarmos este thread
:
http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=4164 (http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=4164)
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Se calhar ja deviamos feito isto: http://www.panapress.com/newslatf.asp?c ... 17/06/2005 (http://www.panapress.com/newslatf.asp?code=por021256&dte=17/06/2005) a mais tempo... (ja para nao falar de passar das palavras ao actos)
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Se calhar ja deviamos feito isto: http://www.panapress.com/newslatf.asp?c ... 17/06/2005 (http://www.panapress.com/newslatf.asp?code=por021256&dte=17/06/2005) a mais tempo... (ja para nao falar de passar das palavras ao actos)
A dessalinização já é uma realidade na ilha do Porto Santo
Central de Porto Santo é pioneira
A destilação e a osmose inversa são os dois processos usados para tornar potável a água do mar, por dessalinização. Esta última tecnologia é mais recente. O grande problema das centrais dessalinizadoras é a sua rentabilidade, uma vez que se gasta muita energia para obter água, que por isso atinge custos não comparáveis com os das captações subterrâneas ou albufeiras.
É uma tecnologia que funciona essencialmente onde não existem alternativas de abastecimento para as populações, o que acontece em certas regiões de Espanha, em África e no Médio Oriente, por exemplo. Espanha tem já uma centena de centrais para abastecimento urbano, e pretende duplicar a sua capacidade dentro dos próximos anos. A de Almeria (na foto) é mesmo a maior da Europa.
Face ao problema dos custos, têm vindo a ser estudadas alternativas, como o uso de energia eólica ou solar. A empresa Ao Sol está a desenvolver, em parceria com o Departamento de Energias Renováveis do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI), um sistema de dessalinização alimentado a energia solar.
Na ilha de Porto Santo, na Madeira, funciona uma das três primeiras centrais de dessalinização do Mundo que adoptaram a tecnologia da osmose inversa, um processo de purificação da água através de uma membrana (as outras surgiram nos Estados Unidos e na Arábia Saudita). Propriedade do Governo Regional da Madeira e gerida pela IGA - Investimentos e Gestão da Água, SA, a Central Dessalinizadora do Porto Santo começou a funcionar em 1979.
“A ilha não tem outras origens de água. A única alternativa seria transportar água de barco”, explica ao Quercus Ambiente Nuno Pereira, da IGA. Da antiga central não resta hoje quase nada. Através de sucessivas remodelações, a capacidade instalada foi aumentada dos originais 500 metros cúbicos diários para 6 mil. É preciso não esquecer que, apesar de ter poucos milhares de habitantes, a ilha recebe uns 20 mil turistas todos os anos. “35 a 40% da capacidade seria suficiente se fosse apenas para a população da ilha”.
Apesar dos custos de produção, Nuno Pereira explica que “nas grandes centrais estes acabam por ser atenuados”. O facto de haver ligações entre as empresas de fornecimento de electricidade e as centrais, como acontece nalguns países, também mitiga os custos. A IGA vai equilibrando as receitas com a venda de águas residuais para regas. Além desta central, um dos hotéis da ilha já construiu a sua própria unidade, e outro está prestes a construir, neste caso com recurso á energia eólica.
A destilação é um processo mais antigo, também usado para a dessalinização, embora seja mais dispendioso energeticamente. A primeira central surgiu no Egipto em 1912.
http://www.quercusambiente.org/pages/de ... oryID=1044 (http://www.quercusambiente.org/pages/defaultArticleViewOne.asp?storyID=1044)
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A dessalinização já é uma realidade na ilha do Porto Santo
Nao sabia! Obrigado pelo update.
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A maior sacanice que se faz, é tratar a agua dos esgotos nas etar e depois manda-la fora, esta poderia e deveria ser empregue nas regas de jardins, lavagens de ruas e regar esses malditos campos de golfe, que gastam agua que é uma loucura, então no algarve nem vale a pena falar.....
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Por outro lado, também acho que somos o único país mediterrânico sem costa mediterrânica.
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Por outro lado, também acho que somos o único país mediterrânico sem costa mediterrânica. :twisted:
Houve um troll qualquer (provavelmente americano ou com tendencias desse género) que se lembrou de pronto...ah e tal..tem tudo as mesmas caracteristicas...é tudo mediterrânico.....
Podem dizer que Portugal é latino e sul-europeu...mas do Atlântico ao Mediterrâneo ainda vai um bocado...
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Do "Mestre" Orlando Ribeiro, "Portugal, o Atlântico e o Mediterrâneo"
Portugal é uma terra de contrastes, onde pontificam o Atlântico e o Mediterrâneo. Mas é difícil de definir, pela complexidade e pela diversidade de elementos que caracterizam o país. Orlando Ribeiro escreveu em 1943 um livro notabilíssimo, pelo rigor da investigação e pela leveza da escrita, que constitui um vade mecum indispensável para quem queira conhecer a geografia de Portugal e, através dela, a nossa identidade. Falo-vos de Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico (Sá da Costa, 4ª ed., 1986), do qual Ruben A. disse, justamente, tratar-se do livro mais notável escrito em Portugal nos meados do século passado… Estamos perante uma obra de indiscutível valia científica e de grande sensibilidade literária - essencial para acompanhar os primeiros passos de uma investigação séria sobre a identidade portuguesa. Em lugar de considerações apressadas, trata-se de indagar, através dos diversos factores e manifestações relevantes, como é que "Portugal é mediterrânico por natureza e atlântico por posição" - na fórmula tornada clássica de Pequito Rebelo.
"Disposto de través na zona mediterrânica, bem engastado numa península que é como a miniatura de um continente, o território português abre-se para o mundo por uma vasta fachada oceânica" (p.131). O traçado de viés é acompanhado de alternâncias climáticas e da coexistência do clima oceânico e da secura quente. E é a "vigorosa oposição das terras altas e montanhosas, cortadas de vales profundamente incisos ", as repercussões no revestimento vegetal define uma terra de contrastes. Norte e Sul - o primeiro é atlântico, verdejante, húmido, com "gente densa"; o segundo mediterrâneo, com longos estios e escassamente povoado. Litoral e Interior - o país vai desde a verdura espessa, "banhada na luz doce e húmida" do noroeste até à aridez das terras de além Marão; desde a variegada aptidão rural do Vouga ao Sado ou do sul algarvio até aos monótonos descampados alentejanos… Terras altas e baixas, Serra e Ribeira, Campo e Monte, Montanha e Vale, Terra Alta e Terra Chã - assim define o povo a complexidade e as oposições, bem evidentes na economia e no povoamento. Desde a montanha húmida do norte e da economia agro-pastoril tradicional até aos relevos menos acentuados, secos e descarnados do sul, "onde o gado miúdo e as queimadas degradaram a floresta primitiva", temos os traços de uma complementaridade e de um coerência meridional. E, deste modo, a unidade de Portugal é em grande parte obra humana - que há mais de sete séculos define uma entidade política antiga e estável.
Orlando Ribeiro não se limita a interrogar a terra. Olha sempre as gentes e a sua vontade, procurando as "raízes antigas" da identidade. No fim do neolítico fala de três áreas de civilização - a do levante, a dos planaltos centrais e a da faixa oeste. E no Oeste peninsular recorda a "civilização megalítica ocidental", ligada igualmente à Bretanha, ao País de Gales e à Irlanda. Aí estão os redutos célticos da Galiza e de Portugal. E a sul temos as influências dos povos mediterrânicos - fenícios, gregos, cartagineses e a "brilhante civilização indígena" dos Tartessos no Guadalquivir. Os tempos vão revelando as diferenças e as ligações, as continuidades e as descontinuidades. Os conventi romanos, a organização administrativa dos suevos e dos visigodos, as desinteligências da monarquia goda, a invasão moura, a influência árabe, a reconquista, a coexistência das zonas estabilizadas dos reinos cristãos a norte e dos reinos taifas no meio dia com uma zona intermédia de incerteza e de alternância de influências - tudo nos vai revelando uma multiplicidade de elementos, num curioso melting pot, que vai gerando a autonomia ocidental peninsular. José Mattoso encarregar-se-á, aliás, mais tarde, de lançar nova luz sobre essa encruzilhada de circunstâncias.
O formigueiro humano e a intensa actividade rural de Entre Douro e Minho no tempo da reconquista denuncia o código genético do que será depois a unidade política que origina Portugal. E Portucale, junto à foz do Douro, vai ser matriz do corpo político donde sairá o Estado português - um Estado que precede a Nação. Portucale serve, desde cedo, após a reconquista do século IX, como designação dos domínios cristãos a sul do Lima. No fim do século X, há já um condado (e até há um fugaz rei Ramiro - entre 926 e 930) e, pouco mais de cem anos depois, D. Henrique de Borgonha verá ser-lhe atribuída a tarefa arriscada, incerta e difícil de consolidar e dilatar a influência cristã na região moçárabe de Coimbra para sul, além da linha Mondego/Serra da Estrela, tendo o Tejo como horizonte. No sul, almorávidas e almoádas dominavam o Magrebe e o Al-Andaluz, até ao nosso Al-Gharb (o Ocidente) com pouca actividade agrícola e largos descampados, apesar das inovações de influência árabe nos vinhedos, olivais, pomares e hortas regadas. De novo, o Atlântico frente ao Mediterrâneo.
São os contrastes naturais que determinam ainda a deslocação de populações. As vindimas do Douro, as ceifas da Terra Quente, a apanha da azeitona na Beira Baixa, as ceifas no Alentejo, a tirada da cortiça obrigavam a que houvesse movimentos internos, sazonais, de gentes. Nos arrozais são exímios os caramelos do Mondego e do Vouga, bem como os gaibéus do norte do Ribatejo ou os avieiros da foz do Liz… Ao Ribatejo e ao Alentejo chegam os minhotos e pica-milhos, os beirões e os ratinhos. E em Lisboa e na Caparica encontramos as varinas e varinos de Ovar, como é bem de ver, ao lado dos pescadores de Ílhavo. E em Azeitão, Orlando Ribeiro descobre a curiosíssima distinção entre os caramelos de estar e os caramelos de ir e vir, ou seja, os colonos permanentes e os migrantes periódicos. É este o entrecuzar de influências que reforça, aliás, o melting pot e a identidade portuguesa complexa e diversa.
E a divisão regional? Apesar dos contrastes, os aspectos comuns e as influências diversificadas e entrecruzadas tornam difícil a definição das regiões. Percebe-se, aliás, a resistência à regionalização. No fundo, "o que caracteriza as regiões geográficas de Portugal é o padrão miúdo e a rica variedade de aspecto e contrastes" (p. 141). As transições são graduais e, de novo, o Mediterrâneo e o Atlântico marcam os dilemas de definição. "A Estremadura recorda a Ática e o Lácio, o Alentejo os planaltos cerealíferos da Sicília, mas apenas o Algarve constitui uma fímbria marítima comparável à Fenícia ou ao Levante Espanhol" (p. 142). A faixa litoral portuguesa é entrecortada por falhas e deslocações, de idade e natureza diversas, por vagas erosivas e pelo contraste entre as gargantas fundas, secas no Estio, e os grandes rios vindos do centro da Península. As regiões são definidas pela alternância entre as influências mediterrâneas e atlânticas - o Norte Atlântico, o Norte Transmontano e o Sul. "À primeira essencialmente oceânica, contrapõe-se o bloco de regiões interiores do Nordeste, que as montanhas separam das influências marítimas; o baixo Mondego, a orla do maciço antigo e o sopé da Cordilheira central, limitam-nas a ambas do resto do País, onde a meridionalidade se traduz pela dominância progressiva do carácter mediterrâneo" (p.144).
O Norte Atlântico é o "tronco antigo e robusto" da nação, dominado pela abundância de chuvas, pela riqueza da terra e pela vitalidade das populações. É uma região de intensa diversidade e de policultura. O Porto velho é o pólo histórico indiscutível da região, mas Braga pontua como sede do velho arcebispado. A diversidade urbana coexiste com a intensidade rural. As montanhas do Minho, as serras do Douro e do Vouga assemelham-se, mas o povoamento dá-lhes múltiplas facetas na actividade e nas tradições. O Noroeste é, desta forma, uma "unidade natural definida pelo predomínio dos caracteres atlânticos, unidade histórica mantida através de uma população antiga e densa que, pelo seu número e homogeneidade, veio a constituir o elemento aglutinante do Estado português" (p.148). Nesta síntese feliz, O. Ribeiro dá-nos o sinal das diferenças, que se unem e se completam, e dos elementos comuns. Sentimos a História a fazer sentido - e os reinos cristãos a espraiarem-se naturalmente para a Beira Alta, em direcção ao Mondego e à Cordilheira Central, passando pelo Dão vinícola e por Viseu e indo até à Estrela, "enorme reservatório de águas límpidas e de grandes desníveis" (p.149).
No Norte Transmontano "a paisagem carrega-se de tons severos, cinzentos, acastanhados. A luz torna-se mais crua, a terra mais dura e a gente mais retraída". Para cá do Marão, mandam os que cá estão! O arvoredo rareia. Desapareceram os castanheiros, a batata cultiva-se no planalto. A Terra Fria e a Terra Quente marcam uma paisagem de extremos. Nas vertentes do Douro, os matagais deram lugar no séc. XVII aos formosos vinhedos do "vinho fino", nos terrenos de xisto. A Régua é o epicentro e dali sai o vinho, Douro abaixo, para se tornar do Porto, sob os auspícios da colónia britânica. A praga da filoxera do séc. XX dizimou as vinhas. Algumas foram substituídas por amendoeiras e oliveiras. Mas o vinho continuou a ser o grande símbolo da região, que ainda se lembra a memória do Barão de Forrester, morto no Douro, quando a Ferreirinha, D. Antónia, se salvou…
No Sul , o Alentejo singulariza-se pela monotonia da planície.Mas as terras meridionais são complexas e heterogéneas, começando na zona de transição do sopé da Cordilheira Central, a sul do Fundão, na Portela de Alpedrinha, onde a cova da Beira anuncia as planuras de além Tejo, indo, para oeste, através da planície aluvial do Mondego e da cidade de Coimbra até ao grande maciço florestal de Leiria. Depois, há o polimorfismo da Estremadura, os maciços calcários, os barros basálticos dos arredores de Lisboa, o microclima da romântica Sintra, a área de influência de grande metrópole mediterrânea e a península de Setúbal, o santuário natural da Arrábida e a sua floresta mediterrânea. Para leste, estão o Ribatejo, a lezíria, Santarém e o vale celebrado por Garrett em "As Viagens na Minha Terra", que abre para sul na "imensidão de terra lisa ou apenas quebrada em frouxas ondulações…" Aí está Évora, "a cidade mais bela de Portugal", no dizer do mestre, repositório vivo da história portuguesa. E vêm depois o Baixo Alentejo, com Beja como centro, e os dois Algarves - a serra e a orla marítima, lugar de encanto e amenidades - "nenhuma outra região portuguesa possui uma rede urbana tão antiga, tão densa e tão importante", com uma profunda organização romana e muçulmana, tendo esta passado quase intacta ao domínio português…
O Portugal de Orlando Ribeiro é uma encruzilhada de influências, entre o Mediterrâneo e o Atlântico, atenta à complexidade e à reversibilidade dos movimentos de uma geografia fundamentalmente humana. Por isso, a "severa disciplina da Ciência", a que sempre foi fiel, não deveria fazer perder "a amorosa compreensão da terra e da gente, que constitui a essência da geografia". Está tudo dito.
Fonte: blogs.parlamento.pt/casadoscomuns/ archive/2005-08-05/19325.aspx
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"A Estremadura recorda a Ática e o Lácio, o Alentejo os planaltos cerealíferos da Sicília
E se eu achar que o Alentejo se parece com os planaltos cerealíferos da Ucrânia...estraga a pintura? :lol:
For the record, eu não visitei a Ucrânia...mas terá ou autor de tão belo texto visitado?
Hum..será que é mesmo influencia do mediterrâneo..isto de explicar a flora e fauna usando simples comparações pode levar a erro..
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A Ucrânia não pertence ao domínio do Mediterrâneo, nem do Atlântico...
Biografia de Orlando Ribeiro, http://www.orlando-ribeiro.info/home.htm (http://www.orlando-ribeiro.info/home.htm)
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A Ucrânia não pertence ao domínio do Mediterrâneo, nem do Atlântico... :wink:
Mas pronto, vou acreditar na palavra do homem, já que ele estava dentro da materia (mas continuo sem saber se ele sempre visitou a Ucrânia :conf:
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PAÍSES ESTRANGEIROS
13 – França (I), 1937/39 - Vallée de Chevreuse, Excursion Inter-Universitaire (com os Professores Luteaud e de Martonne).
14 – França (II), 1937/39 - Les Causses, Languedoc - Excursion Inter-Universitaire (com o Prof. Jules Sion).
15 – França (III), 1937/39 - Excursion en Lorraine.
16 – França (IV), 1937/39 – Champagne, Excursion Inter-Universitaire.
17 – França (V) e Bélgica, 1937/39 - Excursion, conférences et notes.
31 – Espanha e Marrocos Espanhol, 1946.
33 – Guiné, 1947.
34 – Guiné, 1947 – Estatísticas.
39 – Cabo Verde (I), Junho/Julho 1951 – 1ª campanha, Marrocos, Fernando Pó.
Dezembro de 1952 – 2ª campanha, S.Tomé e Príncipe.
40 – Brasil (I), 1952.
42 – Cabo Verde (II), 1952/53 - 2ª campanha (continuação); 1985.
43 – Brasil II, Perú e Estados Unidos da América, Março a Outubro 1953.
44 – África, Índia, Outubro 1955/Fevereiro 1956.
45 – Goa, 1956 – Percurso de Viagem.
46 – Goa, 1956 – Notas e Apontamentos.
47 – Brasil III, 1956, 1965.
49 – Espanha (Galiza), 1958 (com o Prof. Juvenal Esteves).
52 – Moçambique,1960, 1961, 1962, 1963.
53 – Angola, 1960, 1962, 1963, 1969.
56 – França, 1962 , Bretagne; França e Suiça; 1964 , Junho/Julho - Excursão no Jura.
57 – México, 7/25 de Agosto 1966.
60 – Espanha, 1977, 1978, 1979, 1980, 1985.
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A maior sacanice que se faz, é tratar a agua dos esgotos nas etar e depois manda-la fora, esta poderia e deveria ser empregue nas regas de jardins, lavagens de ruas e regar esses malditos campos de golfe, que gastam agua que é uma loucura, então no algarve nem vale a pena falar.....
Maior sacanice é gastarem-se milhões de euros a construirem-se ETAR's e, na maior parte do país essas mesmas estações de tratamento,
"tratarem" além dos efluentes domésticos, águas pluviais, sobrecarregando as centrais de tratamento. Na generalidade do país não há uma efectiva separação dos efluentes.
O resultado desse erro estrutural nota-se principalmente de inverno como é óbvio.
Se Portugal é o país que mais água consome (per capita) por ano, em compensação também é o país que mais vinho consome per capita.... :Amigos:
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Hum...curioso...tem uma boa e atractiva forma de passar a mensagem...no entanto, fala de Áticas e sicilias e nunca as visitou. Mas pronto...poderá sempre ver imagens na TV (tal como da ucrânia).
EDIT: Hum..sempre as pode ter visitado no seu tempo livre, em viagens não professionais..lembrei-me agora.
A questão é...se existe a priori uma ideia concebida, é muito fácil fazer investigação para justificar apenas isso.
Por exemplo, a meu ver, a França não está muito alinhada com os restantes paises ditos mediterrânicos..
Uma questão...será o alentejo realmente influenciado pelo mediterrâneo, ou mais pelo maciço central que cobre uma boa parte de Espanha?
Realmente pode haver muitas similaridade entre estes países, mas podem provir de raizes diferentes...ou talvez não...mas perante a falta de conhecimento nesta matéria, so posso especular
O homem deveria ter ido masé à Ucrania para ver o belo do cereal!!! tou a brincar é claro..mas a brincar se dizem as verdades..ou ideias interessantes..
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4º...
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg67.imageshack.us%2Fimg67%2F5472%2Fsemttulo8oe.jpg&hash=167c29f16931ce2e0baf40110e2aa6c5)
Fonte: http://www.wineinstitute.org/communicat ... mption.htm (http://www.wineinstitute.org/communications/statistics/keyfacts_worldpercapitaconsumption.htm)
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Mas pronto...poderá sempre ver imagens na TV (tal como da ucrânia).
Já vi uma entrevista de Orlando Ribeiro na década de 60 em que falava nessa "novidade" que era a "Rádio-Televisão"... :oops:
O conhecimento de Itália deve-se ao intercâmbio pessoal, intelectual e científico com o colega italiano Gaetano Ferro e com a formação de base em "Ciências Histórico-Geográficas".
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Hum...aceitavel, embora pessoalmente goste de ver com meus próprios olhos c34x
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Não há volta a dar-lhe: nós somos atlânticos. Somos um povo diferente de todos os outros, porque somos puramente atlanticos, com algumas influencias africanas. E mai'nada.
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Azeite, vinho, uma língua românica, etc., tudo atlântico...
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Azeite, vinho, uma língua românica, etc., tudo atlântico... 
Então..se é românica é por causa dos romanos..não por causa do mediterrâneo...a américa do sul também fala línguas românicas..
Vinho é produzido em muitíssimas partes do mundo, e existem muitos países em volta do mediterrâneo que também se produzem vinho não se sabe. Mesmo em Portugal, tirando os vinhos do Alentejo, penso que tudo o resto é produzido a norte...em clima não mediterrânico.
O azeite, ora aí está um produto que sim, dá para classificar como típico mediterraneo.
A verdade é que temos clima mediterrânico, e existem similaridades a nível de povos...mas será que podemos nos chamar de mediterrânicos quando na realidade estamos um bocado fora dessa zona geográfica?
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Primeiro o clima não tem fronteiras fixas...
Em termos climáticos, tudo o Portugal Continente terá em maior ou menor grau um Clima de "tipo" Mediterrânico, chuva concentrada fortemente no período frio/Inverno e um Verão prolongado e seco...normalmente a excepção apontada corresponde à área do Minho.
Roma é obviamente "sinónimo" de Mediterrâneo, o seu império era a toda a bacia desse mar...
Clima mediterrânico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
As regiões deste clima combinam verões quentes e secos com invernos frios e pouco chuvosos. Os verões nas regiões situadas junto ao mar Mediterrânio são menos secos que os das outras regiões deste clima.
Como o próprio nome indica, este tipo de bioma localiza-se na zona do mar Mediterrâneo.
O clima mediterrânico é quente e seco no verão e é moderado e húmido no Inverno. A precipitação ocorre sobretudo durante 2 a 4 meses, no Inverno, sendo rara no resto do ano.
Flora
A vegetação, na sua forma original, era caracterizada sobretudo por árvores. Contudo, devido à intervenção humana e problemas ambientais, as árvores foram sido substituídas por arbustos, especialmente arbustos esclerófitos, aparecendo, ainda, ervas aromáticas, gramíneas e claro árvores.
Esta vegetação é predominante, de folha persistente e apresenta folhas espessas e pequenas, o que ajuda a reduzir as perdas de água por evapotranspiração. Algumas plantas podem também ter espinhos, o que as protege dos animais, pois evita que sejam comidas.
As árvores são, normalmente, de pequeno porte. Possuem cascas grossas e duras e grandes ramificações. Predominam os carvalhos: carvalho português, carvalho negral, sobreiros, carrasco e azinheiras. Outra árvore muito comum na área mediterrânica é a oliveira. Em algumas regiôes aparecem ainda pinheiros (como o pinheiro manso) e o zimbro.
Nas áreas com pouca precipitação, as plantas adaptaram-se a condições secas, sendo as suas folhas pequenas e por vezes, tão reduzidas que se assemelham a agulhas, o que lhes permite conservar a água. Outras têm as folhas cobertas por uma película cerosa e noutras as folhas reflectem a luz solar.
Algumas plantas desenvolveram, ainda, adaptações que lhes permitem resistir aos fogos frequentes que ocorrem na estação seca: algumas reproduzem-se rapidamente a partir das raízes, depois da parte aérea arder; noutras, a resina que reveste as pinhas derrete durante o incêndio permitindo aos frutos abrir e espalhar as sementes; noutras ainda as sementes que têm condições para viver durante muito tempo germinam após o fogo.
Fauna
A fauna é muito variada e também se encontra adaptada às condições ambientais. Por exemplo, os animais são normalmente pequenos, necessitam de pouca água e têm hábitos nocturnos.
Aparecem coelhos, lebres, javalis, ratos do campo, veados, texugos, diversos tipos de reptéis, uma grande variedade de aves , sobretudo aves migratórias e insectos.
A verdade é que temos clima mediterrânico, e existem similaridades a nível de povos...mas será que podemos nos chamar de mediterrânicos quando na realidade estamos um bocado fora dessa zona geográfica?
Precisamente a tese de Orlando Ribeiro era "Portugal [entre], o Atlântico e o Mediterrâneo.
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Ok, ordenando as coisas de melhor forma..
Em termos geográficos, obviamente não somos mediterrânicos ( a não ser que o factor de decisão seja o clima em detrimento da ligação com o mar)
Em termos climáticos temos 2 tipos de clima em Portugal, o mediterrânico e o atlântico..embora o site do wikipedia classifique em "temperado mediterraneo", penso ter um livro de geografia a dizer 2..
E depois temos a sociedade..que pronto...tem uma faceta muito similar aos restantes povos mediterrânicos, no entanto não basta isto para caracterizar o povo português..
E pronto...o resto foi brincadeira e off-topic
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Correcto, a grande ideia central é que haverá influências tanto do Atlântico, como do Mediterrâneo em Portugal, quer óbviamente em termos climáticos, quer na sociedade...
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Só mais um dado que julgo esclarecer muita coisa:
Aqui na Madeira estamos sobre a influência de microclimas.........o dominante é o temperado mediterrâneo ( a 900km de Gibraltar :mrgreen:
Pronto, consegui politizar esta threat
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E a influência da poncha :wink:
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.........o dominante é o temperado mediterrâneo ( a 900km de Gibraltar
),
Ora..depois de consultar este site e de saber que o clima mediterranico se encontra em..
Global Position: central and southern California; coastal zones bordering the Mediterranean Sea; coastal Western Australia and South Australia; Chilean coast; Cape Town region of South Africa.
Já não me espanta nada!!
de:
http://www.blueplanetbiomes.org/climate.htm (http://www.blueplanetbiomes.org/climate.htm)
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O que influencia de facto o nosso clima creio ser a chamada Corrente do Golfo que passa (quente) em frente à nossa costa atlântica, sobe até ao Atlântico Norte e desce (fria) junto à costa do continente americano.
Lisboa está no mesmo paralelo que Nova Iorque e vejam como é o clima de Nova Iorque no Inverno.
Aliás, quem já fez ou faz caça submarina, já deve ter encontrado essa mesma corrente, com direcção sul -> norte, por vezes bem junto à nossa costa oeste.
É um fenómeno curioso e estranho, está-se em água fria, nada-se um pouco para o lado, e encontra-se água quente, com uma temperatura em que se transpira dentro do fato isotérmico. Uns metro ao lado volta-se a encontrar água fria. E isto a 200 ou 300 metros da costa.
É estranho como as águas não se misturam. Creio ter a haver com a densidade.
Um dos problemas mais graves que se poderão levantar com as alterações climáticas, é a alteração do sentido da dita corrente, que a suceder, tem implicações a nível global, e mais tarde ou mais cedo isso vai suceder, pois é um fenómeno cíclico, segundo os estudiosos. Com a poluição só estamos a acelarar o processo.
Quando seceder, Lisboa vai ter o clima actual de Nova Iorque.... neve com força no inverno, e falar em Lisboa é o mesmo que falar em práticamente todo o território continental.
Para além disso,... adeus clima sub-tropical da Madeira.
O mediterrâneo não tem muita influência no nosso clima.
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Tomkat, alteração da corrente....ou a simples paragem desta?
Tenho é visto documentários a falar do perigo de esta deixar de funcionar devido às mudanças climatéricas/derretimento dos calotes polares/ etc..
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E a influência da poncha :wink:
Cá está..............poncha+temperaturas altas= ufx29
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.........o dominante é o temperado mediterrâneo ( a 900km de Gibraltar :wink:
*** Vernacularmente conhecido em Portugal como "Anticiclone dos Açores", ver por exemplo:
Um anticiclone (ou centro de altas pressões) é uma região em que o ar se afunda vindo de cima (e aquece e fica muito estável) e suprime os movimentos ascendentes necessários à formação de nuvens e precipitação. Por isso bom tempo (seco e sem nuvens) está normalmente associados aos anticiclones: quente e seco no verão e frio com céu limpo no inverno. Os anticiclones são indicados num mapa por «A» e são um locais onde a pressão atmosférica é a mais alta na sua vizinhança. À medida que o ar flui a partir dos centros de altas pressões é deflectido pela força de Corilolis de tal modo que os ventos circulam em volta dele na direcção dos ponteiros de um relógio no Hemisfério Norte (e no sentido inverso no Hemisfério Sul) - a chamada direcção anticiclónica.
Num anticiclone o movimento do ar é descendente, em espiral, expandindo-se à superfície, enquanto numa depressão o movimento é ascendente, em espiral, concentrando-se à superfície.
Durante o inverno, o ar descendente de um anticiclone pode criar uma inversão de temperatura, retendo o smog durante dias.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anticiclone (http://pt.wikipedia.org/wiki/Anticiclone)
Óbviamente que a influência de massas de ar originarias do Mar Mediterrâneo sobre Portugal é reduzidíssima. O clima chama-se Mediterrâneo porque no tempo do "Velho Mundo", em que apenas era "conhecido" a Europa, a Ásia e a África do Norte, era a única região desse "mundo" com esse tipo de clima.
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Tomkat, alteração da corrente....ou a simples paragem desta?
Tenho é visto documentários a falar do perigo de esta deixar de funcionar devido às mudanças climatéricas/derretimento dos calotes polares/ etc..
Marauder suponho que ao te referires que a corrente deixará de funcionar, queiras dizer que as correntes parem...
Pelo que tenho ouvido/lido, de facto numa primeira fase pára,... depois inverte o sentido.
Alguém especializado em fisica, ou termodinâmica,... ou outra espcialidade equivalente poderá explicar isso.
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Pelo que tenho ouvido/lido, de facto numa primeira fase pára,... depois inverte o sentido.
Sim, mas penso que o inverter o sentido ainda demora algum tempo a acontecer.
Mas sinceramente não sei dizer se a glaciação ocorre principalmente nesse intervalo de tempo...ou começa aí e depois propaga-se com a corrente invertida...
Em qualquer dos casos a malta não tem que ir longe...pelo que o gelo só vai até ao Algarve..só temos que apanhar o barco para Ceuta.
Uma dúvida....semelhante processo ocorre também na Antártica? É que se sim, secalhar inviabiliza a minha fuga para Angola ou Moçambique.....de qualquer das formas teremos sempre Cabo Verde, Brasil (norte e centro) , Guiné Bissau e S.Tomé e Principe para fugir!!
PS: Acerca da hipotética paragem da corrente do Golfo:
http://en.wikipedia.org/wiki/Shutdown_o ... irculation (http://en.wikipedia.org/wiki/Shutdown_of_thermohaline_circulation)
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Pelo que tenho ouvido/lido, de facto numa primeira fase pára,... depois inverte o sentido.
Sim, mas penso que o inverter o sentido ainda demora algum tempo a acontecer.
Mas sinceramente não sei dizer se a glaciação ocorre principalmente nesse intervalo de tempo...ou começa aí e depois propaga-se com a corrente invertida...
Há uma relação causa/efeito que segundo alguns cientistas relaciona as glaciações com alterações nas correntes oceânicas.
É um processo natural.
Nós, poluídores, só estamos a acelarar o processo.
Em qualquer dos casos a malta não tem que ir longe...pelo que o gelo só vai até ao Algarve..só temos que apanhar o barco para Ceuta.
E cabemos todos em Ceuta ??? Se calhar nessa altura haverá o mesmo tipo de emigração ilegal que hoje assistimos do norte de África para a Europa, mas em sentido inverso...
Uma dúvida....semelhante processo ocorre também na Antártica? É que se sim, secalhar inviabiliza a minha fuga para Angola ou Moçambique.....de qualquer das formas teremos sempre Cabo Verde, Brasil (norte e centro) , Guiné Bissau e S.Tomé e Principe para fugir!!
Bem escolhidos os locais...
Os efeitos serão nível global.
Onde haverá menos impactos a nível climático será nas zonas próximas do equador.
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Bem escolhidos os locais...
Os efeitos serão nível global.
Onde haverá menos impactos a nível climático será nas zonas próximas do equador.
Exacto...se sobreviverem à subida das águas, qualquel local proximo da linha do Equador serve...mas eu tenciono ir para um sítio para onde se fale português..ou seja, tirando as ilhas porque podem não estar lá..resta Brasil, Guiné. Angola e Moçambique depende da extensão do polo sul..
Mas pronto...só temos de nos queixar de nós próprios..