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Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Portugal => Tópico iniciado por: Lancero em Junho 30, 2006, 02:27:10 pm
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Governo: Luís Amado substitui Freitas como ministro dos Negócios Estrangeiros
Lisboa, 30 Jun (Lusa) - O primeiro-ministro, José Sócrates, solicitou hoje ao Presidente da República, Cavaco Silva, a exoneração do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, cargo em que será substituído por Luís Amado.
"o primeiro-ministro solicitou hoje ao senhor Presidente da República a exoneração, a seu pedido, do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, professor doutor Diogo Freitas do Amaral, por motivos imperiosos de saúde que requerem uma intervenção cirúrgica", refere a nota oficial do gabinete de José Sócrates.
PMF.
Lusa/fim
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Ministro Freitas do Amaral demitiu-se por razões de saúde (REABRE)
Na nota oficial, José Sócrates refere ter proposto ao chefe de Estado a nomeação do actual titular da pasta da Defesa Nacional, Luís Amado, para substituir Freitas do Amaral como novo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.
Para a pasta da Defesa Nacional, José Sócrates propôs a nomeação de Nuno Severiano Teixeira, que, no segundo executivo liderado por António Guterres (1999/2001), exerceu as funções de ministro da Administração Interna.
"Nesta ocasião, o primeiro-Ministro deseja sublinhar o extraordinário contributo que, com toda a sua experiência e prestígio internacional, o professor doutor Diogo Freitas do Amaral deu ao Governo e aos interesses nacionais na condução da política externa portuguesa", refere a nota de José Sócrates.
O primeiro-ministro sublinha ainda "o modo como Freitas do Amaral exerceu as altas funções que lhe foram confiadas como ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros".
"[Freitas do Amaral] foi sempre revelador de um elevado sentido de Estado e de enorme dedicação à causa pública. É justo reconhecer, de modo especial, o seu papel determinante no sucesso de Portugal nas negociações das perspectivas financeiras da União Europeia, tão importantes para o futuro do País", salienta a nota de José Sócrates.
"Por estas razões, entende o primeiro-ministro ser seu dever manifestar, em nome de todo o Governo, público reconhecimento pelos distintos serviços que o professor Freitas do Amaral, mais uma vez, soube prestar a Portugal, na certeza de que muito terá ainda a dar ao País, logo que alcance o pronto restabelecimento que todos lhe desejamos", acrescenta.
A escolha do fundador do CDS para ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros em Março do ano passado foi considerada a principal novidade apresentada pelo executivo liderando por José Sócrates após a vitória do PS nas legislativas de Fevereiro de 2005.
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Logo agora que tudo estava a ir tão bem na Defesa (+/-), tiveram que mexer lá. Espero bem que o Severiano Teixeira faça boa figura.
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http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=234380 (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=234380)
Demissão de Freitas faz cair quatro secretários de Estado
A demissão de Freitas do Amaral do cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros e a sua substituição por Luís Amado, que estava na pasta da Defesa, provocou também hoje a queda automática de quatro secretários de Estado.
Com a saída de Freitas do Amaral de ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros cessam também funções os secretários de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho, dos Assuntos Europeus, Fernando Neves, e das Comunidades Portuguesas, António Braga.
Ao transitar da pasta da Defesa para ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado também provoca a queda de Manuel Lobo Antunes das funções de secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do mar.
Segundo fonte do Governo, as datas da posse dos ministros Luís Amado (nas pastas de Estado e dos Negócios Estrangeiros) e de Nuno Severiano Teixeira (na pasta da Defesa Nacional), assim como a dos novos secretários de Estado, «estão ainda a ser acertadas com a Presidência da República».
No entanto, segundo a mesma fonte, considera-se «muito improvável» que a tomada de posse dos novos ministros ocorra já no sábado.
Diário Digital / Lusa
30-06-2006 15:23:00
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Severiano Teixeira, um civil estudioso da instituição militar - perfil
Lisboa, 30 Jun (Lusa) - Nuno Severiano Teixeira, que vai ocupar pela segunda vez um cargo governativo assumindo a pasta da Defesa Nacional, é especialista em relações internacionais e foi, durante quatro anos, presidente do Instituto de Defesa Nacional.
Licenciado em História pela faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1981, com uma tese sobre "O Ultimato Britânico", Henrique Nuno Pires Severiano Teixeira doutorou-se em História das Relações Internacionais Contemporâneas pelo Instituto Universitário de Florença, em 1994.
Politicamente, Severiano Teixeira fez um percurso ligado ao PS, tendo sido porta-voz da candidatura presidencial de Mário Soares nas eleições deste ano.
Apesar de não ter filiação partidária, Nuno Severiano Teixeira disse numa entrevista em 2000, quando foi nomeado ministro da Administração Interna, que sempre se pensou "à esquerda".
Em 1994, a convite do socialista António Vitorino, ocupou o cargo de assessor do Instituto do Defesa Nacional e, dois anos depois, tornou-se o primeiro director civil daquela instituição, até 2000.
Em Setembro desse ano, Nuno Severiano Teixeira foi substituir Fernando Gomes como ministro da Administração Interna, até 2002, no segundo Governo do socialista António Guterres.
Foi o autor de uma proposta para diminuir o limite máximo da taxa de alcoolemia para 0,2, uma decisão que desagradou a agricultores e comerciantes que fizeram pressão junto de dirigentes socialistas para não se avançar com a medida.
Face à polémica, e em véspera de eleições autárquicas, o grupo parlamentar do PS requereu a apreciação do diploma do seu próprio Governo e reintroduziu a taxa de alcoolemia nos 0,5 gramas de álcool no sangue.
O novo ministro da Defesa Nacional é filho de um militar e nasceu na Guiné-Bissau em 1957. Passou a infância entre o Ultramar e Lisboa, regressando definitivamente a Portugal em 1974 para completar o Liceu em Évora.
Especialista em Relações Internacionais, recupera pela via do estudo a sua familiariedade com a instituição militar quando decidiu fazer o curso de Auditores de Defesa Nacional em 1988.
Apesar de não ter enveredado pela carreira militar como preferia a família, Nuno Severiano Teixeira manteve a ligação às questões da Defesa, e dirige dois projectos de investigação científica, o primeiro "Portugal e a Integração Europeia: 1945-1986" e o segundo sobre "Portugal e a Segurança Europeia".
Actualmente era director do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa do qual era membro do Conselho Científico. É professor do departamento de Ciência Política e Relações Internacionais na faculdade de Ciências Sociais da mesma Universidade.
Foi professor visitante do departamento de "Government" da Universidade de Georgetown em 2000, quando saiu do cargo de director do IDN.
Foi o organizador dos 5 volumes da "Nova História Militar de Portugal", editado pelo Círculo de Leitores em 2003.
Já este ano, Severiano Teixeira coordenou um estudo que servirá de base de trabalho para a revisão da Lei de Segurança Interna.
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Espero que o novo ministro da defesa faca algo util.
Cumprimentos
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Bem, parece que este futuro ministro está por dentro dos assuntos militares...........poderemos criar expectativas
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Caro Bravo Two Zero a ver vamos.
Cumprimentos
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Bem, parece que este futuro ministro está por dentro dos assuntos militares...........poderemos criar expectativas 
Podemos vender mais alguma coisa?
O melhor é não dar ideias...
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Saudações guerreiras
Nuno Severiano Teixeira, já foi ministro de Guterres. Chefiou o Ministério da Administração interna (MAD). Este homem parece-me uma pessoa muito competente. Sabe de muita coisa. Acho que foi prof. nos States e foi mais outra coisa. Para mim um nome com muita credibilidade. Mais credivel do que Luis Amado.
Vamos ver se terá pulso para fazer acertar o passo caso seja necessário e não desiludir a malta exigente do fórum. Sejamos honestos. Se não for o ministro das finanças a dizer que sim, não há dinheiro para nada. É-o para o governo como é o cozinheiro para o regimento, o melhor amigo da "macacada". Tomem lá uns amendoins.
O que mais me agradará é ouvi-lo dizer que vai investigar o que se está a passar com os NPO e que vão haver cabeças a rolar. "Arrumar a casa" como é dito no ÁreaMilitar, também é muito desejável e mais que necessário. E veja lá se pode meter o NPL a construir o mais rápidamente possivel. Veja lá a modernização das fragatas e reveja a lei dos pilotos na FAP. Em vez de 8 anos obrigatórios ponha 12 anos.
Já agora boa sorte e acima de tudo exija competência e leadade a todos os portugueses. O governo vem depois e nunca antes.
Cumprimentos
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Do mesmo Correio da Manhã....
NOVE MINISTROS EM ONZE ANOS
Severiano Teixeira: Toma posse dia 3 de Julho
Luís Amado: 12 de Março de 2005 a 30 de Junho 2006
Paulo Portas: 6 de Abril de 2002 a 12 de Março de 2005
Rui Pena: 3 de Julho de 2001 a 6 de Abril de 2002
Júlio Castro Caldas: 25 Outubro de 1999 a 2 de Julho de 2001
Jaime Gama: 29 de Maio a 25 de Out. de 1999
José Veiga Simão: 25 de Novembro de 1997 a 29 de Maio de 1999
António Vitorino: 28 de Outubro de 1995 a 25 de Novembro de 1997
António Figueiredo Lopes: 16 de Março de 1995 a 28 de Outubro de 1995
Fazendo uma analogia com o futebol, ou não estivessemos em período de Mundial, com tanta mudança no centro da Defesa, não há equipa que resista. O resultado final nunca poderá ser muito famoso para a equipa de todos nós....
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Desculpem-me, mas na minha opinião, há «um não sei o quê» de inconsistente neste novo Ministro.
Apesar de um invejável currículo, faz-me lembrar uma alvéloa saltitante.
Outra coisa espantosa já aqui referida, são 9 Ministros em 11 Governos. Não há tino.
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Vírgula, digo, nove Ministros em onze anos.
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Alfsapt escreveu:
Podemos vender mais alguma coisa?
Talvez Generais e Almirantes, temos um grande stock.
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«De volta ao Governo, desta feita na Pasta da Defesa, questionado ontem, após a tomada de posse, sobre se haveria alguma tensão nas relações com o Presidente da República, Severiano Teixeira respondeu que "na política não há inimigos, há adversários" sendo que a sua relação com o PR é "sobretudo institucional". Quer isto dizer que o PR que é o chefe supremo das Forças Armadas (ou seja na hierarquia, o Ministro é subordinado do PR) é o adversário do Ministro. Severiano Teixeira logo na tomada de posse, abre a boca e exprime uma ideia: É adversário do seu chefe...
Aguardamos entusiasmados, por mais patetices...».
(Do «Politicopata»)
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Hoje, lá foi o Presidente com o pequeno pela mão.
Os psicanalistas têm aqui um mundo de aprendizagens para os próximos anos.
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O Nuno Severiano Teixeira é uma pessoa muito conhecedora da história e do fenómeno militar em Portugal, e tem boa formação em termos de relações geo-estratégicas, o que ao nível de currículum poderá representar uma melhoria relativamente a Luís Amado que pareceia estar no cargo de MDN a "fazer frete".
Aliás, se os colegas se lembrarem, já no tempo do governo de Guterres, quando Severiano Teixeira foi para Ministro da Administração Interna, a grande surpresa foi não ter ido para a Defesa, no lugar de Rui Pena.
Porque o seu perfil e curriculum o colocam mais de acordo com o fenómeno da Defesa e ele parece ser do agrado dos "generais".
Seria um bom ministro da Defesa, e eventualmente com peso politico, se desde o início tivesse sido ele o escolhido.
Agora, a meio do mandato, não acredito que ele mude muita coisa, porque está espartilhado pela LPM agora aprovada, e porque não tem espaço temporal para mudar qualquer coisa de relevante.
Aliás, na tomada de posse ele disse que iria prosseguir as linhas para a Defesa já lançadas pelo anterior ministro, assumindo-se como um ministro de continuidade.
Luís Amado à frente do MDN foi uma perda que tempo, e até acredito que ele faça um melhor papel nos Negócios Estrangeiros que na Defesa.
O problema de Severiano Teixeira é que entrou a meio, e já com tudo acertado e aprovado entre o Governo, as militares e o PR.
Só se o PS for reeleito em 2009, e ele for nese altura reconduzido no cargo, se poderia eventualmente esperar mais.
Nessa altura, com a revisão prevista para 2010 da LPM, e eventualmente com maior disponibilidade orçamental, poderia fazer umas "flores" na Defesa.
Para já, acho que lhe teremos que dar o benefício da dúvida, mas sem esperar milagres, pelas razões que apontei acima.
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«Estado revê contratos de submarinos»
Título do «Correio da Manhã» de hoje, 2 de Agosto 2006.
Não dizia ?
Nem para comprar dois submarinos com as opções tecnológicas previamente acordadas ...
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Desconfio MUITO de "intelectuais" como Severiano...
Lá começa o meu péssimismo a vir ao de cima...
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«Estado revê contratos de submarinos»
Título do «Correio da Manhã» de hoje, 2 de Agosto 2006.
Não dizia ?
Nem para comprar dois submarinos com as opções tecnológicas previamente acordadas ...
Revê as contrapartidas...
Pode consultar a informação, não do Correio da Manha, mas que foi vinculada hoje no Diario Digital no outro tópico, "As contrapartidas para as empresas portuguesas".
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Oxalá, Marauder, oxalá esteja eu enganado.
É que, «rever as contrapartidas», o que é ao certo ?
Num «contrato fechado» - e então logo com os alemães ! - «rever as contrapartidas» não será, no fim de contas, re-abrir o contrato ? O que eu receio é que as opções tecnológicas que foram acordadas para a aquisição dos submarinos, e que, segundo li aqui no fórum, eram de excelência em termos operacionais militares, acabem por ser preteridas em favor do portuguesíssimo "mais baratinho" ...
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Oxalá, Marauder, oxalá esteja eu enganado.
É que, «rever as contrapartidas», o que é ao certo ?
Num «contrato fechado» - e então logo com os alemães ! - «rever as contrapartidas» não será, no fim de contas, re-abrir o contrato ? O que eu receio é que as opções tecnológicas que foram acordadas para a aquisição dos submarinos, e que, segundo li aqui no fórum, eram de excelência em termos operacionais militares, acabem por ser preteridas em favor do portuguesíssimo "mais baratinho" ...
Borges, só lhe posso dar razão.
Mas do que adiantam as contrapartidas quando depois não há a capacidade de as gerir/exigir?
Pergunto se não é preferivel poupar (indirectamente) nessas contrapartidas e dar contratos a empresas portuguesas para prestarem serviços e fazerem investigação e desenvolvimento?
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Mas do que adiantam as contrapartidas quando depois não há a capacidade de as gerir/exigir?
Pergunto se não é preferivel poupar (indirectamente) nessas contrapartidas e dar contratos a empresas portuguesas para prestarem serviços e fazerem investigação e desenvolvimento?
Mas será que o preço realmente baixaria se não houvesse contrapartidas?
Relativamente ao contracto dos submarinos, a notícia refere apenas uns pequenos ajustes, isto porque foi neste contracto que a "coisa" correu menos mal
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Amigos, Companhiros e Camaradas:
O título do Correio da Manhã de ontem era enganoso e sensacionalista.
Pela leitura do corpo da notícia nada faz prever que estejam em causa os programas.
Está aqui a transcrição da notícia, através do CM on-line:
Exclusivo CM
2006-08-02 - 13:00:00 http://www.correiomanha.pt/ (http://www.correiomanha.pt/)
Comissão - acompanhamento reforçado
Estado revê contratos de submarinos e helicópteros
A Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC) vai rever o contrato associado à aquisição dos helicópteros EH-101, e realizar ajustamentos ao contrato dos submarinos, analisando ainda o contrato de aquisição dos veículos blindados de rodas (VBR).
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fgroupeaeronefs.free.fr%2Fhist18_fichiers%2Fimages%2Fmerlin-04-big.jpg&hash=1392df3a90f45704a31fbf8e4961d913)
O EH-101 Merlin, um dos 12 adquiridos recentemente pela FAP, e dos qusi foi recepcionado há poucas semanas o último, na versão CSAR
Segundo apurou o CM junto do presidente da CPC, Rui Neves, o caso mais grave parece ser o contrato dos helicópteros cuja execução das contrapartidas oferecidas pelo fornecedor a empresas portuguesas (que no total somam 394 milhões de euros), que deveria somar 98 milhões de euros até ao final deste mês, está apenas nos 42 milhões.
“Foi um mau contrato, mal preparado desde o início”, afirmou ao CM, Rui Neves, que atribui o incumprimento ao fornecedor a AWI – AgustaWestland International. “O plano de contrapartidas deste contrato, aprovado em Março de 2005 era, já nessa altura, manifestamente insuficiente e incompleto, pelo que exigia ser substancialmente reformulado, o que não foi possível concretizar, apesar dos esforços da CPC nesse sentido”, refere o relatório de actividade da CPC relativo ao primeiro semestre de 2006.
Em relação aos submarinos, são necessários alguns “ajustamentos”, nomeadamente em relação ao valor atribuído pelo fornecedor à transferência de tecnologia a realizar para empresas nacionais.
Também em avaliação está o contrato dos veículos blindados de rodas que entrou em vigor no início do ano. Neste caso a CPC está a apreciar a decisão da Steyer Puch de reformular o programa de montagem das viaturas em Portugal, alterado unilateralmente pelo fornecedor.
Com efeito, depois do anterior ministro da Defesa, Paulo Portas, ter aberto a possibilidade dos blindados serem montados nas instalações da Bombardier na Amadora, o fornecedor acabou por seleccionar uma fábrica no Barreiro, a Fabrequipa, para montar aquelas viaturas.
Esta decisão tem de ser analisada para verificar que está conforme ao contrato inicialmente assinado.
SEM INDÍCIOS CONCRETOS DE CORRUPÇÃO
O presidente da Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC) nunca identificou nenhum indício de corrupção na negociação dos contratos da Defesa.
Rui Neves, que tomou posse em Maio de 2005, admitiu que a comissão não tinha os meios necessários para acompanhar a execução dos vários contratos o que, na prática, “implicava que não havia seguimento desses contratos”.
Comentando a entrevista dada ao CM pelo vice-presidente da Empordef, Sérgio Parreira de Campos, onde este responsável afirmava existirem “fumos de corrupção em negócios da Defesa”, Rui Neves acrescentou que a CPC “não tem competências de investigação” e que “nas contrapartidas não existe a distribuição de dinheiro.
O que há é a abertura de novos mercados e de novos sectores para que as empresas portuguesas possam realizar negócios, que de outra maneira lhe estariam vedados”.
CONTRAPARTIDAS
1,210 MILHÕES
O contrato dos submarinos começou a ser negociado em 1997 e as contrapartidas entraram em vigor no dia 4 de Outubro de 2004 após o visto do Tribunal de Contas. O prazo geral de implementação do plano de contrapartidas é de oito anos.
394 MILHÕES
São as contrapartidas negociadas com o fornecedor AgustaWestland. O prazo geral de implementação do plano de contrapartidas é de oito anos.
516,3 MILHÕES
É a obrigação de contrapartidas assumida pelo fornecedor. A data da assinatura do contrato de contrapartidas foi 15 de Fevereiro de 2005, o prazo geral é de nove anos.
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Miguel A. Ganhão
Como se vê, nada indica que estejam programas ou calendários em causa.
Aliás, o programa dos EH-101 foi já concluido.
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«realizar ajustamentos ao contrato dos submarinos».
É uma questão de português. Se, por «ajustamentos ao contrato dos submarinos», não estiver em causa as opções tecnológicas que haviam sido acordadas, não há aparentemente nenhum motivo de frustração. É o que eu desejo.
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«realizar ajustamentos ao contrato dos submarinos».
É uma questão de português. Se, por «ajustamentos ao contrato dos submarinos», não estiver em causa as opções tecnológicas que haviam sido acordadas, não há aparentemente nenhum motivo de frustração. É o que eu desejo.
As contrapartidas fazem parte do contracto dos submarinos, logo, a ideia está correcta. Alterar o sistema de contrapartidas, alterar o contracto dos submarinos.
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Então o nosso querido LPD - isto é, querido pelo pessoal daqui do fórum, pois parece que o governo não o "curte" - pode estar definitivamente em risco. Isto visto que o LPD é uma contrapartida pela compra dos submarinos.
Se o LPD não ia para a frente, então agora pior.
Cumprimentos,
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Então o nosso querido LPD - isto é, querido pelo pessoal daqui do fórum, pois parece que o governo não o "curte" - pode estar definitivamente em risco. Isto visto que o LPD é uma contrapartida pela compra dos submarinos.
O que me assusta é a parte de ser construído nos ENVC. Vamos a ver quanto tempo demorará, quando é que será entregue, e se terá algum problema tipo limalhas nos motores..