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O Pentágono, que espera poder utilizar 'lasers' para destruir mísseis em voo dentro de três anos, financia actualmente vários programas de pesquisa e desenvolvimento concorrentes.
Acaba-se a fumarada, o péssimo cheiro e o barulho ensurdecedor dos tiros de canhão, para dar lugar a armas de destruição que utilizam feixes invisíveis de luz polarizada.Em 2004, algumas empresas industriais abriram o caminho ao testarem para a US Air Force um 'laser' cuja energia era proveniente de uma reacção química. Mas depressa veio o desencanto.Gerar os MW de potência necessária na destruição de um míssil exigia centenas de litros de produtos químicos tóxicos.Estes 'lasers eram igualmente demasiado volumosos e ... talvez pior que isso...tinham que ser realimentados com reagentes depois de alguns tiros apenas.
Fora isto, o futuro da 'guerra com laser' deveria basear-se sobre duas outras tecnologias que estão em curso de desenvolvimento: os 'lasers de semicondutores' e os 'lasers de electrões livres'.
Os 'lasers' funcionam todos segundo o mesmo principio: a excitação de certos tipos de átomos leva à emissão de partículas de luz, os fotões... ao reflectir esta luz para os atomos 'excitados' obtem-se uma maior quantidade de fotões.Ao contrãrio da radiação de uma lampada eléctrica que ilumina em todas as direcções, o feixe 'laser' 'viaja' apenas numa só direcção apresentando um comprimento de onda único, o qual depende do tipo de átomos utilizados.Se emitirmos esta luz polarizada durante tempo suficiente sobre um objecto, este pode inflamar-se.
As primeiras experiências de 'lasers, nos anos 60, utilizavam cristais de rubis.Mas nessa época, esses aparelhos não podiam produzir mais que algumas centenas de watts, suficientes é certo para a cirurgia ocular por exemplo, mas para interceptar um missil, a potencia necessaria conta-se em milhões de watts.
No entanto existe outro tipo de feixe que não precisa de cristais nem produtos tóxicos: baptizado 'laser de electrões livres ( ou LEL ).Os investigadores George Neil e Bob Yamamoto trabalharam nesta tecnologia no fim dos anos 70 por conta da sociedade TRW, especialista em sistemas de defesa e grande consumidora de créditos de pesquisa militares.Mas depois de dez anos de pesquisa e milhões de dólares de investimento ( em euros, mais de 400 milhões) o 'LEL' não emitia mais que 11 watts, um décimo de uma lampada de incandescencia.O Pentágono acabaria assim por desistir em 1989.
Devido a suas experiencias anteriores, Yamamoto foi convidado em 2003 a dirigir o projecto do laboratório de Lawrence em Livermore (California), sobre 'lasers' de semi-condutores' e financiado pelo Pentágono.Neste 'laser' as 'munições' são placas transparentes de 10,16 cm² levemente pintadas em violeta.A partida elas poderiam perfeitamente equipar os canhões do Enterprise ou Millenium (naves das séries Star Trek e filme Star Wars).Porém estas placas apresentam um inconveniente:por 10 segundos de tiro, precisam de pelo menos um minuto para arrefecer.Mas na verdade nunca perdem potência e são bem mais práticas que os grandes reservatórios de produtos químicos.
Yamamoto diz estar perto do objectivo.Assim o testemunham os pequenos blocos de aço carbono e aluminio de 2,5 cm de espessura que ele gosta de mostrar aos visitantes.todos eles tem traços de queimaduras e vários furos.'Incrivel não é? exclama Yamamoto...é como se apontasse uma simples lampada de bolso e tudo começa a fundir'.O 'laser' de Livermore amplificado graças a placas maiores, atingiu 45 kw em março de 2005, mais que o triplo do que se conseguia fazer com o mesmo dispositivo apenas tres anos antes.
Mas há um pequeno senão...
Cada placa é rodeada de uma bateria de 2880 diodos electroluminescentes semelhantes aos de um rádio-despertador, que quando brilham excitam as placas e desencadeiam a reacção em cadeia do 'laser'.Mas quanto mais os diodos brilham e aquecem, mais a disparidade de temperatura deteriora a qualidade do feixe.Ora o Pentágono quer obter um feixe perfeito: homogéneo, fino e potente.
Por seu lado George Neil continua a fazer campanha pelo 'laser de electrões livres' desde há mais de um quarto de século, no seu laboratório no Thomas Jefferson National Accelerator Facility de Newport(Virgínia).O seu sistema compõe-se de um amaranhado de tubos em borracha e aço de diferentes tamanhos.Toda esta aparelhagem tem uma única função: gerar fluxos de electrões superpotentes, deslocando-se a 99,999% da velocidade da luz.Os electrões são enviados através de campos de micro-ondas regulados com precisão, nos quais vão acumular potência e velocidade, passando a seguir através de uma série de 29 imans que fazem 'ondular' o feixe de electrões.No decorrer deste processo os electrões emitem fotões e a reacção em cadeia do 'laser' principia.
Imediatamente as Forças Armadas se interessaram pela modulabilidade do LEL.A maior parte dos 'lasers' perdem potência quando atravessam a atmosfera e a chuva, e são absorvidos por elas.Mas um LEL poderia 'plantar-se' na frequência mais adaptada para uma penetração optimizada no ar.Outra vantagem, o 'carregador' desta arma fica sempre 'cheio'.O Ministério da Defesa investiu 14 milhões de dólares por ano nesta máquina, e faz questão de, a prazo, equipar com 'lasers de electrões livres' a próxima geração de 'destroyers' da Marinha.Actualmente os navios de guerra não dispoem de material de precisão que lhes permita fazer face a tiros de rocket ou mesmo ataques com pequenos barcos , como o que a Al-Qaida utilizou contra o USS COLE em 2000.
Em Dezembro Neil recebia uma boa nova.A Marinha tinha decidido investir maciçamente no 'laser de electrões livres': 180 milhoes de dólares serão gastos durante oito anos em pesquisas levadas a efeito por diversas equipas.Porém o seu velho amigo e colega Yamamoto sofreu um forte revés.O dinheiro destinado a efectivação de um 'laser' militar de semi-condutores foi entregue a uma equipa da Northrop Grumman.O dispositivo desta sociedade de armamentos não é muito diferente de Yamamoto, a não ser que o da Northrop utiliza pequenos bocados de vidro em lugar de quatro grandes placas.Uma menor energia é concentrada sobre cada um dos vidros, de modo que o feixe apresenta menos imperfeições.'Estou estupefacto ao ver a potência que se consegue obter a partir de um vidro do tamanho de uma caixa de "chewing-gum' admirou-se Jeff Sollee, chefe do projecto da Northrop.O Pentágono concedeu trinta e três meses a Sollee até os seus 'lasers' poderem ser utilizados num campo de batalha."
Trad. e adaptação minha de 'Courrier International' / P.Science
Pessoalmente tenho certas dúvidas sobre alguns dos montantes financeiros apresentados ao longo do artigo que, embora leigo na matéria, me parecem algo reduzidos,... poderá talvez haver algum erro na transcriçao de números...ou então haver outros financiamentos 'indirectos não contabilizados, será que na Europa estes valores seriam suficientes para este tipo de pesquisa e desenvolvimento ?
Uma última referência para a conclusão do 'C.International':
Em 2007 o Pentágono espera investir 5,7 milhões de dolares(4,4 milhões de euros) num projecto laser anti-satélite.O protótipo com uma potência de 2 milhões de watts já tinha sido testado em 1997, no novo México.Este tipo de arma poderia cegar os captores de um satélite ou fazer derreter os seus circuitos, onde a explosão de um míssil e a chuva de estilhaços que se seguiriam constituiria uma ameaça para os aparelhos aliados.
Cumprimentos
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Israel recomeça o desenvolvimento da THEL- Tactical High Energy Laser
Israel revives plan for anti-rocket laser system
By Alon Ben-David JDW Correspondent
Tel Aviv
Days before the recent fighting erupted with the Islamic Resistance (the armed wing of the Lebanese Shi'ite Party of God - Hizbullah), Israeli Defence Minister Amir Peretz was presented with Northrop Grumman's Skyguard land-based air-defence system: a derivative of the Tactical High Energy Laser (THEL/Nautilus) project.
Begun in 1996 by Israel and the US, the Nautilus project was meant to counter Hizbullah's 122 mm Katyusha rocket attacks. TRW (now Northrop Grumman Space Technology) was awarded a contract to develop the THEL: a chemical laser gun designed to intercept short-range rockets and mortar bombs.
However, despite several successful tests, and although Israel has since been under repeated attack by rockets from Lebanon and the Gaza Strip, Israel and the US decided to abandon the THEL development in January.
"The THEL is the only system that has proven capability to defend us from rockets, since all other ideas are still immature," Uzi Rubin, former director of Israel's Missile Defence Organisation, told Jane's. "One of the reasons for cancelling the Nautilus project was the system's problems in meeting the US Army's mobility requirement," said Oded Amichai, former head of physical systems at the Rafael Armament Development Authority and one of the founders of the Nautilus project. "But Israel does not require a mobile system to defend its towns and villages."
http://www.janes.com/defence/land_force ... _1_n.shtml (http://www.janes.com/defence/land_forces/news/jdw/jdw060901_1_n.shtml)
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Muito terão a agradecer, novamente, aos russos...: http://en.wikipedia.org/wiki/1K17_Szhatie
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fupload.wikimedia.org%2Fwikipedia%2Fcommons%2Fthumb%2Fe%2Fe0%2FSelf-propelled_laser_system_1K17_Szhatie.jpg%2F800px-Self-propelled_laser_system_1K17_Szhatie.jpg&hash=3d291194bb2cdc194dbacc713dee71aa)
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EUA preparam arma a laser para 2014
Após anos de teste e de ficção científica, parece que as Forças Armadas Norte-Americanas são as primeiras a criar com sucesso uma arma a laser. O anúncio feito pela Marinha dos EUA, segundo o The Verge, pretende colocar o primeiro exemplar do armamento em campo em 2014.
O canhão será posicionado a bordo do USS Ponce, um antigo navio da década de 1970 que foi reformado para funcionar como plataforma naval de alta tecnologia. Actualmente, está ancorado no golfo persa.
Até lá, a marinha norte-americana já terá realizado testes com a arma. Um deles já foi divulgado em formato de vídeo no Youtube. Nas imagens, um pequeno avião tripulado é posto em chamas pela emissão do laser a quilómetros de distância.
O projecto norte-americano mantém sigilo quanto ao seu funcionamento. A implementação deve reduzir custos ao dispensar métodos de defesa típicos como mísseis, segundo as Forças Armadas dos EUA.
Lusa
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http://areamilitar.net/noticias/noticia ... NrNot=1327 (http://areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?NrNot=1327)
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LaWS Laser Weapon System Live-fire
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Marinha britânica quer "raio mortífero" instalado nos navios antes de 2020
A Marinha Real britânica espera desenvolver e instalar nos seus navios um "raio mortífero" a laser, que possa ser usado para destruir drones e atacar navios inimigos, até 2020, anunciou o Almirante George Zambellas, na feira de armamento que decorre em Londres, citado pelo jornal Guardian.
As experiências feitas até agora pelo ministério da Defesa já resultaram em lasers capazes de abater drones, mas procuram desenvolver uma arma com maior capacidade de destruição nos próximos anos, e que seja também mais fácil de manobrar.
O ministério da Defesa tem investido na construção de um protótipo. Zambellas acredita que as armas de alta energia, como são os canhões de laser de alta precisão, poderão alterar a forma como a Marinha funciona. "Não requerem munições convencionais, e com um custo-por-disparo que se mede em moedas e não em quilos, podem oferecer uma resposta para os custos ascendentes do desenvolvimento e produção de mísseis", disse o almirante.
"A Marinha britânica espera demonstrar uma arma de alta-energia direcionada no mar até ao final da década", anunciou George Zambellas. Neste momento, porém, novo laser encontra-se numa fase experimental.
Quanto à energia que alimentaria o laser, Zambellas explicou que se está a explorar a utilização de um tipo de bateria usado nos carros de Fórmula 1, que se aproveita da inércia para gerar energia.
DN
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Directed Energy: Speed of Light Defense
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LDAL - Laser Developed Atmospheric Lens
http://defence-blog.com/news/bae-systems-developing-new-ldal-system-to-spy-on-enemies-from-space.html
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Elá... Dá para pôr no F-16?! :o
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A First for Layered Laser Defense
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DARPA FUNDING MILITARY-GRADE QUANTUM LASER PROTOTYPE
The Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) has awarded a $1 million grant to fund the development of a military-grade prototype quantum laser that leverages the unique properties of quantum physics to overcome diffusion and data loss problems experienced by other state-of-the-art laser technologies.
The team from Washington University in St Louis receiving the DARPA grant says their goal is to use an aspect of quantum mechanics known as quantum entanglement to help communication lasers and lasers used for surveillance to operate in extreme temperatures, dense fog, or over extremely long distances.
“Quantum entanglement is a correlation between photons,” explained Associate Professor Jung-Tsung Shen from the university’s McKelvey School of Engineering and the leader of the team who received the grant. “We are trying to exploit the property of entanglement to do something innovative.”
To create their prototype quantum laser, Shen’s team will develop and test methods for what they are calling a “quantum photonic-dimer laser.” According to the press release announcing the project, this two-color photonic technology, “in which carefully controlled pairs of light particles or photonic dimers” are entangled, results in a coherent beam of laser beam made up of two different light wavelengths that contain the same information due to their state of entanglement. This two-colored laser loses significantly less information when passing through the atmosphere, even when experiencing adverse environmental conditions or traversing long distances.
“Photons encode information when they travel, but the travel through the atmosphere is very damaging to them,” Shen said. “When two photons are bound together, they still suffer the effects of the atmosphere, but they can protect each other so that some phase information can still be preserved.”
Along with graduate student Qihang Liu and colleagues from Texas A&M University’s Institute for Quantum Science & Engineering, Shen believes he can create a quantum photonic-dimer laser method so powerful they will entangle two-color photonic pairs at the rate of one million per second. That’s a rate the researchers say has “never been seen before.” The team will also be required to generate advanced algorithms for the efficient detection of entangled photonic pairs.
Notably, this is not the first time the U.S. military has explored using advanced laser systems in the 21st-century battlefield. In the last few years alone, military lasers have undergone testing by the U.S. Air Force, which is trying separate systems for their aircraft and counter-drone systems; the U.S. Navy, which successfully test-fired a laser back in 2022, and the U.S. Army, which is preparing to mount combat lasers to their Stryker combat vehicles. In March of this year, the Army actually deployed a military-grade laser system in the Middle East.
Aside from potential military applications, the research team believes their prototype system and its methods could be used in civilian applications that employ lasers in more extreme environments. These include advanced communications systems, quantum computing, and quantum imaging.
“The unique thing about this project is its dual focus on generating these novel strongly correlated quantum photonic states and developing the theoretical framework and advanced algorithms for their efficient detection, potentially revolutionizing quantum imaging and communication,” Shen said.
While this is only a two-year project, the team also believes their work is only a first step. In fact, according to Shen, science is just now beginning to explore the benefits of quantum entanglement to create any number of breakthrough technologies beyond their quantum laser.
“The entanglement can do many things that we can only dream of — this is just the tip of the iceberg,” Shen said.
Fonte: The Debrief (https://thedebrief.org/darpa-funding-military-grade-quantum-laser-prototype/)
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TRYZUB: novo laser ucraniano pode derrubar aviões russos
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