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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: Marauder em Maio 12, 2006, 10:23:13 am
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Minas: Governo assina hoje contratos no valor de 230 M€
O Ministério da Economia vai assinar 24 contratos de prospecção e pesquisa de minério em Portugal no montante de cerca de 230 milhões de euros (M€) e que criarão cerca de 800 postos de trabalho, revelou fonte oficial do Ministério.
Duas das empresas que vão assinar contratos com o Estado português pretendem fazer prospecção, pesquisa e exploração de ouro, metal preciso que atingiu quinta-feira o valor mais alto em 26 anos, no mercado de Londres.
Uma das empresas que vai fazer prospecção, pesquisa e exploração de ouro em Portugal é a australiana Iberian Resources, que já desenvolve trabalhos no concelho de Montemor-o-Novo, tendo já identificado reservas de 8,7 milhões de toneladas.
Estas reservas têm um teor médio de 2,18 gramas por tonelada, o que se poderá traduzir em cerca de 11,15 toneladas de ouro.
A empresa considera que a continuação dos estudos a desenvolver nesta área poderão levar à confirmação de um potencial mineiro estimado em 56,7 toneladas de ouro.
A empresa tem em fase final de preparação um estudo de pré- viabilidade e admite que poderá iniciar a produção no final de 2007, depois de um investimento da ordem dos 20 milhões de euros, que criará 130 novos postos de trabalho.
A Iberian Resources vai também assinar um novo contrato de prospecção e pesquisa de ouro para uma área de 530 quilómetros quadrados na região de Portalegre.
A outra empresa é a canadiana Kernow Mining, que tem desenvolvido trabalhos de prospecção e pesquisa na Gralheira, nas proximidades das Minas de Jales, e no Limarinho, no concelho de Boticas, ambas na região Norte.
Na sequência destes trabalhos já foi identificado um potencial mineiro de 14,2 toneladas de ouro na Gralheira e de 7,1 toneladas de ouro no Limarinho.
A empresa considera que as reservas encontrada na zona de Jales já justificam a abertura de uma pequena mina de ouro, que implicará um investimento de cerca de 15 milhões de euros, estando a empresa a preparar um pedido de concessão experimental, que passará a definitiva no caso de confirmação do potencial mineiro.
O preço da onça (28,35 gramas) de ouro atingiu 724,70 dólares na quinta-feira, no London Bullion Market, o valor mais alto desde Janeiro de 1980 e que representa uma valorização 40 por cento desde o início do ano.
O ouro tem um estatuto de valor refúgio e, segundo os analistas, o seu preço está a ser sustentado pela fraqueza do dólar norte-americano, o aumento das tensões geopolíticas e o elevado preço do petróleo, que faz recear um aumento da inflação.
Diário Digital / Lusa
12-05-2006 8:00:00
de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=67000 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5Fdigital/news.asp?section_id=6&id_news=67000)
...para empresas estrangeiras...tenho dito!
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Mais alguma info...
Governo assina 24 contratos de pesquisa de minério e águas
O Ministério da Economia assinou esta sexta-feira publicamente 24 contratos de pesquisa de minérios e águas minerais, com o objectivo, segundo o ministro Manuel Pinho, de tirar partida da subida do preço das matérias-primas nos mercados internacionais.
Os «recordes diários» dos preços do ouro, cobre e petróleo, entre outras matérias-primas, afirmou Pinho, «faz com que o nosso país, que tem recursos naturais importantes, se torne uma fonte de atracção para estes investidores que querem fazer prospecção de minérios, águas, argila».
Estas licenças de prospecção e pesquisa, que no total envolvem investimentos na ordem de nove milhões de euros, destinam-se a zonas do país «que precisam de ser apoiadas», como o Alentejo e Trás-os-Montes, afirmou o ministro.
Falando após a cerimónia de assinatura dos contratos entre as empresas e a Direcção-Geral de Geologia e Energia (DGEE) do Ministério, o ministro salientou ainda a importância do sector para as exportações e criação de empregos, 757 previstos ao todo.
Esta estimativa de criação de postos de trabalho inclui os gerados pelos investimentos na actividade industrial em curso e previstos para os próximos três anos.
Pinho lembrou ainda outros investimentos em curso no país, como o da Galp na refinaria de Sines, «um dos maiores jamais feitos» em Portugal.
Questionado, o ministro afirmou que as licenças atribuídas «asseguram totalmente questões ambientais», cumprindo as «mais rigorosas normas de equilíbrio ambiental», e ainda que não receberão qualquer incentivo, na actual fase de pesquisa.
Ao todo, foram assinados 24 contratos de prospecção e pesquisa - 11 de minérios metálicos, oito de minérios não-metálicos e cinco de águas minerais e termais.
Dos metálicos, oito são de pesquisa de ouro e outros minérios - Northern Lion, Redcorp, Iberian Resources, AGC e Beralt Tin & Wolfram - um de zinco e chumbo (Pirites Alentejanas) e os outros, os maiores (2,56 milhões no conjunto), de cobre e zinco, realizados pela Somincor.
Nos minerais não-metálicos, a Saibrais, de Filipe Soares Franco, assinou cinco contratos para prospecção de feldspato e quartzo, outras duas empresas (Sorgila e Alcoareia) irão pesquisar caulino e outra (Felmica) lítio, feldspato e quartzo.
Estes oito contratos representam um investimento conjunto de 700 mil euros.
Nas águas minerais e termais está previsto um investimento de 120 mil euros em pesquisa, realizado pela Unicer, Termas de São Vicente, Câmara de Moura, Sociedade Termal de Unhais da Serra e pelas Caldas de Penacova.
Considerando o investimento na actividade industrial em curso e previsto para os próximos três anos, além da actividade de prospecção, o investimento a realizar pelas empresas ascende a 215 milhões de euros, divulgou o Ministério da Economia.
Diário Digital / Lusa
12-05-2006 18:16:25
de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=67040 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5Fdigital/news.asp?section_id=6&id_news=67040)
Sempre me espanto com de uma notícia para a outra, desaparecem 15milhões de Euros...
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É lamentável que se veja um ministro na televisão a anunciar que as Matérias Primas em solo Português vão ser exploradas por Empresas Estrangeiras, e mencionar o facto de que se vão criar algumas centenas de postos de trabalho, como se isso fosse uma grande coisa.
O Ouro, a Prata, o Volfrâmio, e os demais, estão em solo Português, como tal deveriam ser explorados por empresas Portuguesas, ou então que ficassem no mesmo sítio. Estes materiais deveriam alimentar a Indústria Nacional, ou será que o plano é deixar que os Estrangeiros façam a extracção, e depois ir comprar lá fora?
Tanto Patriota de Polichinelo que se queixa de uma hipotética Olivença, quando nem sequer vêem o perigo á frente dos olhos!
Este País pode ser comprado de alto a baixo por estrangeiros e depois como é?
11 milhões de Portugueses a pagar rendas a estrangeiros? Um cidadão Português ir de férias a qualquer lugar em Portugal, e uma boa parte do lucro ir embora?
Portugal pode-se tornar físicamente propriedade de Estrangeiros com o seu forte poder económico, tudo perfeitamente legal. O nosso dinheiro não pode competir com o deles.
No Japão um cidadão não-Japonês não pode adquirir propriedade, e a obtenção de nacionalidade Japonesa é particularmente difícil.
Onde está a defesa do nosso Solo e das riquezas que possuí?
Não esquecer que depois de iniciado o processo não há possíbilidade de uma Revolução para Nacionalizar os bens "perdidos". Pois o regime já é Democrático , para nem falar que os lesados, muito provávelmente nos cairiam em cima a toda a força.
Como dizia a minha avó "só se vende uma vez."
Contudo isto é anunciado como um grande feito.
Que mentes pequeninas que nos governam.
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Vou aproveitar a deixa do Augusto bizarro para acrescentar mais algumas achegas...
1.º Porque é que se andou a vender ouro ao desbarato para depois se ter que o extrair?
2.º Em que é que consiste o negócio? Será mais um esquema semelhante ao que se passava - alegadamente na Bolívia - em que as empresas estrangeiras pagavam royalties mixurucas ao estado pelos recursos naturais do País?
3.º Mas que diabo anda a fazer o Banco de Portugal que não é capaz de prever o preço do ouro face à conjuntura económica que já se anunciava há anos, face à evolução do dólar e da sua credibilidade? O que é que esses economistas da treta que ganham fortunas andam a fazer?
4.º Qual será o preço real dos postos de trabalho que eventualmente serão criados?
5.º Face a situações passadas, quanto é que se vai ter que pagr para que Sócrates possa anunciar mais uns empregozinhos que irão compor o cenário por si prometido de 150.000 novos postos de trabalho?
6.º Estou absolutamente convencido que esta gente é capaz de vender a mãe para realizar as loucuras que andaram a apregoar.
7.º Esta gente que alegadamente nos governa já não me merece qualquer credibilidade ou apologia. Culpado actualmente pela situação?
O PSD! Sim, o PSD...