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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Exército Português => Tópico iniciado por: pedro em Março 02, 2006, 06:43:19 pm
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Caros amigos abri este topico para falar sobre se seria viavel construir e desenvolver um carro blindado em Portugal?
E onde o em que unidade fabril no nosso pais?
Qual seria o tipo?Uma nova versao das chaimites mas para estes tempos?
Que tipo de sistemas deveria esse carro blindado levar?
Cumprimentos e espero as vossas opinioes.
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Penso que se vamos comprar os Pandur à Austria é porque não possuimos capacidade de construir veículos semelhantes.
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Eu acho que capacidade temos nao temos e vontade politica.
Cumprimentos e espero mais opinioes.
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É certo que vontade política também é importante, senão acontesse algo tipo o carro de combate brasileiro Osório.
Mas mesmo a nível de capacidade, afirmo que não temos.
Basta só rever ,por exemplo, o fabrico dos UMM. As partes mais importantes eram montadas cá em Portugal, importações. Com um carro de combate seria algo assim parecido. Não se consegue criar uma boa arma de guerra assim do dia para o outro, senão que se estude os problemas que os indianos andam a ter com o Tejan. A não ser que se vá buscar a tecnologia fora do país, a concretização da mesma demoraria uma decada a alcançar. E por aí fora.
Algo assim deste género nos tempos que correm é ilogico. Desenvolvimento muito caro, custo por unidade muito caro, manuntenção muito caro.
O que talvez se podia realizar é, com o Pandur tentar captar algum know-how e tecnologia, construir alguns protótipos, versões básicas para a policia portuguesa, corpo de intervenção, GNR, whatever....e depois tentar criar uma versão tropical, com preço competitivo, e tentar vender aos países CPLP, e outros que não tenham muitos recursos. Mesmo esta ideia envolveria uma boa fatia de integração de material importado( motores, canhão, etc)
Cumprimentos
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Eu acho que capacidade temos nao temos e vontade politica.
Cumprimentos e espero mais opinioes. 
É mesmo, Pedro?
Agora, se não se importa, vai-me explicar porque acha que temos capacidade. Explique-me, por favor. Eu, infelizmente, não compreendo. Não compreendo onde temos capacidade ou onde sequer temos necessidade (face à comprar so 260 Pandur II e à provável aquisição de blindados ligeiros ao estrangeiro).
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
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Ainda que eu não seja advogado de ninguém...ó Pedro Monteiro não se zangue com o Pedro (Camilo), não se esqueça que ele é um jovem de 15 anos e extremamente optimista...
Fiquem bem 8)
B. Pereira Marques
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Ainda que eu não seja advogado de ninguém...ó Pedro Monteiro não se zangue com o Pedro (Camilo), não se esqueça que ele é um jovem de 15 anos e extremamente optimista... :wink: Gostaria honestamente de ter a resposta já que não percebi o porquê da afirmação do Pedro (seja optimista ou não). Se eu disser algo do tipo que o Pedro disse, não me surpreendo se me perguntarem porquê. Acho que não enriquece o fórum afirmar sem argumentação. E o Pedro até pode ter argumentos para sustentar a sua opinião. Podem estar errados, mas não creio que venha mal ao mundo se o estiverem. Sem os conhecer, é que o debate fica estático e inconsequente.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
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Sobre os blindados, Portugal tinha capacidade para produzir blindados 6x6 e 8x8. O modelo era similar ao EE-11 da Engesa. A Bravia acabou, no entanto, por ter dificuldades financeiras e encerrar a sua linha de produção. Creio que há dez-quinze anos poderiam ter sido um bom produto e poderiam hoje ser extremamente válidos no mercado internacional - um dos mais disputados e promissores, diga-se.
O problema da incorporação nacional é relativo porque hoje em dia a maioria dos fabricantes recorre a outros produtos já no mercado. Veja-se o caso dos Pandur II para Portugal ou do MBT Osório.
Seria, em teoria possível, mas como nestas questões seria incrivelmente caro e arriscado - um protótipo é um protótipo. E, no final, a relação custo-benefício é essencial. Sobretudo quando se procura ter um blindado barato para exportação.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
--> As minhas imensas desculpas ao Rui. :? Já não será a primeira vez que, por lapso, edito a mensagem original em vez de a editar. Infelizmente, esta continha os comentários originais e argumentos.
Haverá maneira de a repetir, Rui?
As minhas desculpas, mais uma vez.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
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De tódolos xeitos coincido con Pedro (Monteiro) en que, por moitos 15 anos que teña o outro Pedro, debería ser perfectamente capaz de razoa-las súas opinións, senón o mellor sería que calase e non as expresara.
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Você está a falar com um jovem de 15 ou 16 anos que mora fora do páis, e por isso acharia mais elegante da sua parte que fosse mais correcto ao dirigir-se a ele.
Rui Elias,
Não creio que que tenha sido pouco correcto. Fui directo. E não passei ao lado de uma afirmação que considero menos fundamentada. Estamos aqui para aprender. Todos. Creio que se ele afirmou o que afirmou, é útil para o debate perceber se tem algum argumento para isso ou está simplesmente desinformado. Se está desinformado, não percebo qual o mal de trocar argumentos para que ele passe a estar informado. Não creio que venha mal ao mundo que o Pedro ou eu ou qualquer membro se engane. Parece-me francamente pior excluir uma opinião e não trocar argumentos sobre a mesma e deixar o debate incompleto. Afinal, estas questões já foram debatidas várias vezes; assim, o debate só se torna interessante se trouxer à análise um novo ponto de vista ainda não explorado.
As minhas perguntas creio que são justificas face à intervenção do Pedro. Sejamos honestos: tenho tanto direito de pedir um esclarecimento como o referido membro dizer o que disse. E isso não implica que esteja a ser indelicado para o Pedro. Eu não elevo, por norma, as questões do fórum a nível pessoal. Estamos aqui a discutir aspectos técnicos e não pessoas.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
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Caro Pedro Monteiro a sua pergunta e uma boa pergunta.
Caro Pedro os meus argumentos sao os que o Rui elias ja referio,porque a bravia poderia ser activada.
Caro Pereira Marques obrigado por sair em minha defesa,e eu tenho 14 anos nao 15.
Caro Ferrol lamento as suas palavras e acho que se voce tem algo em contra entao CALE-SE.
Cumprimentos a todos
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Na minha humilde opinião, se me perguntarem se Portugal tem capacidade para construir fragatas eu digo que não.
No entanto, para desenhar, projectar ou adaptar um veículo militar, aí já não sei se não terá.
A questão da vontade política também é interessante de analisar, especialmente quando à vontade política houver que juntar a necessidade politica.
A verdade é que Portugal, nos anos 60, numa conjuntura diferente e com um país boicotado por praticamente todo o mundo, conseguiu adaptar projectos de veículos militares para os fabricar em Portugal.
O Chaimite é um exemplo disso, nomeadamente quando se olha para a traseira (muito mais facil de fabricar) e as modificações/projectos seguintes desse mesmo modelo também são exemplos.
Podemos dizer que a BRAVIA podería até não ter capacidde para produzir um veículo 6x6 ou mesmo 8x8 e que os seus projectos eram apenas demonstrações de intenções, mas o facto de terem sido estudadas varias versões do veículo base mostra que se houver necessidade politica que resulta em vontade politica, acabamos por ser capazes de produzir alguma coisa.
Mas também pergunto:
Se não estivessemos nos anos 60 sob um boicote, tería sido preferivel produzir os chaiumites ou compra-los?
(foram produzidos para Portugal menos veículos que os 260 que agora se vão comprar à STEYR)
E o grau de incorporação nacional no fabrico do PANDUR-II básico será muito inferior ao grau de incorporação no Chaimite V-200?
A necessidade aguça o engenho. Nós não temos necessidade e não estamos nem em guerra nem sob boicotes internacionais, mas isso não quer dizer que se tivessemos necessidade não tivessemos o engenho necessário para produzir em Portugal um veículo blindado ligeiro do tipo do Pandur-II.
Já um tanque (MBT) é uma história completamente diferente. Não só não faria sentido, como não há objectivamente necessidade de tal veículo.
Cumprimentos.
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Era isso que eu quando abri este topico estava a pensar sera que nao a projectos da antiga bravia?
Cumprimentos
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Eu acho que capacidade temos nao temos e vontade politica.
Cumprimentos e espero mais opinioes. 
Pedro, eu concordo contigo, acho que o nosso país tem de facto a capacidade para fábricar um carro blindado. Não sei se valeria a pena o fazer pois, pessoalmente acho que é mais importante apostar no fábrico de navios, aviões, canhões, espingardas, pistolas, e misseís.
Mas claro, tendo em conta o tipo de projecto que é, naturalmente que o factor "vontade política" é determinante para decidir se um projecto destes se concretiza, ou não.
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pois sem vontade politica nao se faz nada.
eu gostaria de saber porque que a turquia e a eslovaquia tem carros blindados de fabrico proprio e nos os portugueses nao?
Cumprimentos
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Carros de Combate Pedro?
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desculpe eu e os carros blindados.
desculpe o grande erro.
Cumprimentos
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Alguem tem uma ideia do que o carro de combate portugues deveria levar,sistemas,canhao,metralhadoras?
Alguem tem um projecto de um carro de combate que possa por aqui?
Cumprimentos e a espera de opinioes. :lol:
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Mercado de CC pesados
A despeito de todas as expectativas em contrário, nos próximos dez anos o mercado mundial para carros de combate pesados deverá absorver 7.800 novos veículos, num valor superior a US$31,6 bilhões.
A estimativa consta da recém-lançada análise “The World Market for Tanks”, preparada pela empresa americana Forecast International.
Segundo a FI, o mercado se divide em dois ramos. Um deles é representado por CC no estado da arte, com custo unitário superior a US$5 milhões (Leclerc, Aríete 2, Challenger 2, Karan, Leopard2, M1A1 Abrams e Merkava 4).
Modelos assim representarão menos de 13% da produção total (17% em termos de valor), já que o custo de modernização dos veículos do mesmo tipo já existentes é apenas uma fração do custo de uma viatura nova de fábrica. O outro ramo é composto dos CC mais baratos, como o Al-Khalid (Paquistão), Type 98 (China) e T-90 (Rússia). Juntos, esses três modelos representarão 45% do total de novos CC construídos até 2015 (40% em termos de custo).
de:
http://www.segurancaedefesa.com/FI_Anal ... arket.html (http://www.segurancaedefesa.com/FI_Analise_CCmarket.html)
Desde que esteja no 1º lote, pode vir qualquer um que eu não me importo...preferencia 2ª mão para o povo tuga não ficar pasmado com os milhões...
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Pedro:
O P. Monteiro por engano apagou a mensagem.
Mas aqui vai a minha opinião:
Se houvesse uma necessidade extrema, como referiu o Papatango, até poderiamos colocar os nossos projectistas a desenhar uma viatura, e as nossas fábricas a montá-lo, e ainda assim teriamos que importar as motorizações e sistemas de armas, electronica, etc.
Ora o mercado interno português é curto de mais para investir numa viatura nacional.
E muito menos um MBT (carro de lagartas - vulgo "tanque").
No passado já construímos camiões em Portugal (os Berliet e também os jipes UMM, mas tratavam-se de viatutas tácticas e de apoio.
Quanto a carros de combate, o que estará contratado é que grande parte dos PandurII (e tratam,-se de blindados de rodas) venham ser contruídos em Portugal pelo menos numa percentagem significativa, e pelo menos o anterior MDN afirmou que poderia haver a possibilidade de procurar exportar viaturas cá construidas pela Steyr para exportação, e ele até referiu o mercado dos PALOP's.
Mas não me parece que neste momento fosse vantajoso para Portugal desenvolver e contruir uma viatura própria, quando o Estado apenas tem interesse em adquirir um nº inferior a 300 unidades.
Porque, como referia atrás, o nosso mercado interno é curto para esse investimento.
O mesmo se passa com grandes plataformas navais, como fragatas.
Nós até poderiamos construir o casco, mas pouco mais que isso, a menos que se tratasse de uma participação portuguesa num projecto multinacional.
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Talvez tenha razao mas pode ser em cooperacao com outro pais.
Cumprimentos
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Pode ser.....Portugal-EUA....eles fornecem o tanque...nós o pára-brisas!!!
:lol:
Sonhare humanum est...
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Eu acho que isso é muito difícil, Pedro.
O mercado internacional de blindados, sejam de rodas ou de lagartas, já tem os seus fabricantes prestigiados, e não é todos os anos que os diversos países renovam as frotas.
Após o fim da guerra-fria, este mercado ainda caiu mais na Europa e muitos países da linha da frente (relativamente ao Pacto de Varsóvia) até estão a fazer diminuir o nº de viaturas, vendendo-as em 2º mão a quem precisa (e era aí que Portugal poderia tentar a sorte para substituir os seus M-60 :?
Mais vala que a indústria de armamento em Portugal se dedicasse a armas ligeiras, alguns componentes de artilharia, armas anti-tanque, sistemas electronicos para anti-aéreas, etc, se houvesse capacidade tecnológica para isso.
Mas para grandes plataformas, acho que é muito difícil.
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Eu acho que portugal para ja deveria comecar com uma viatura blindada ligeira para missoes no estrangeiro e para vender a outros paises mas deveriamos fazer o melhor que podermos.
Sugiro sistemas dessa viatura?
Cumprimentos
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Pode ser.....Portugal-EUA....eles fornecem o tanque...nós o pára-brisas!!!
:lol:
Sonhare humanum est...
E os pneus... nao nos esquecamos dos pneus.
Agora a serio... lembro-me de aqui a uns anos falarem de desenvolver um missil (de cruzeiro?) tuga, alguem sabe alguma coisa a esse respeito?
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Caros amigos eu ja sei que nos nao estamos bem mas assim tao mal tambem nao estamos.
A umm ainda produz os alter2.
Os pneus tambem isso e de mais :lol: :lol: :lol:
Cumprimentos
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Acho que Portugal poderia apostar no desenvolvimento de uma arma ligeira; ou de uma classe de fragatas ou corvetas, no qual até poderíamos entrar num programa já existente europeu; ou no desenvolvimento de um caça ou avião utilitário, também, quem sabe, com a entrada num programa já existente (por exemplo o do A-400M, do Eurofighter, ou outro qualquer).
Agora de um veículo blindado ligeiro ou de um MBT? Não há necessidade.... Além do mais, penso que seria muito difícil para nós entrar nesse mercado, além do mais desenvolver um veículo desses, e logo sem parcerias. Agora já por exemplo para o desenvolvimento de uma classe de navios de guerra (seja de guerra de minas, ou fragatas ou corvetas) ou no desenvolvimento de um caça ou de um avião de transporte, aí sim, acho que já teríamos mais parcerias à nossa disposição tal como mais experiência.
Cumprimentos,
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Por mim tudo bem eu quero e que Portugal faca mais dentro deste assunto e por isso e que eu abri este topico, todas as opinioes sao bem vindas.
Cumprimentos