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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Força Aérea Portuguesa => Tópico iniciado por: Lancero em Fevereiro 02, 2006, 11:35:11 am

Título: Adeus Pumas...
Enviado por: Lancero em Fevereiro 02, 2006, 11:35:11 am
"Velhos" PUMA despedem-se sexta-feira com chegada de oito EH-101

Lisboa, 01 Fev (Lusa) - A Força Aérea começa sexta-feira a operar com oito dos 12 novos helicópteros EH-101 Merlin que vão substituir os 10 helicópteros PUMA que servem as Forças Armadas desde o tempo da guerra colonial.

      A entrada em funcionamento dos oito novos helicópteros será assinalada sexta-feira com uma cerimónia presidida pelo ministro da Defesa, Luís Amado, na Base Aérea nº 6, no Montijo (onde está sedeada a esquadra 751).

      Portugal encomendou 12 aparelhos com três configurações diferentes ao consórcio anglo-italiano Agusta Westland, oito dos quais foram já entregues e estão prontos para entrar em funcionamento, disse à Lusa fonte militar.

      Destes oito, seis estão apetrechados para busca e salvamento e dois foram preparados para efectuar missões de fiscalização de pescas e vigilância marítima.

      Os restantes quatro helicópteros, que dispõem de uma blindagem ligeira e estão preparados para transporte táctico, salvamento e combate serão entregues faseadamente ao longo dos próximos meses.

      O início das operações dos primeiros oito EH-101 Merlin marca também o desaparecimento gradual dos aparelhos PUMA, que "deixam de voar em missões de busca e salvamento em Portugal continental", adiantou a mesma fonte.

      Uma vez que os novos helicópteros não operam, por enquanto, nos Açores e Madeira, a utilização dos PUMA ainda operacionais deverá concentrar-se nos próximos meses nos arquipélagos.

      Os PUMA, ao serviço da Força Aérea há cerca de 35 anos, deverão deixar definitivamente de operar quando os 12 helicópteros EH- 101 estiverem disponíveis em pleno.

      A substituição dos PUMA pelos EH-101 obrigou também à formação de novas tripulações (cada uma composta por piloto, co-piloto, mecânico e operador de sistema) e à reconversão de outras, dado o "grande salto tecnológico" que o novo aparelho representa face ao antecessor.

      Além de ter uma capacidade de carga substancialmente superior (os PUMA transportavam no máximo 18 passageiros, o novo aparelho leva 50), os EH-101 estão equipados com "tecnologia de ponta".

      Outra das vantagens do EH-101 (com 19,30 metros de comprimento) é o aumento da capacidade de carga (é capaz de levantar mais de três toneladas) e a autonomia (oito horas e meia em voo).

      De acordo com dados da Agusta Westland, foram encomendados até ao momento 146 aparelhos EH-101 ("mais de 100" já entregues) por países como o Reino Unido (66), Itália (20), Canadá (15), Dinamarca (14) e Japão (14).

      Em Fevereiro do ano passado uma versão deste helicóptero desenvolvida em conjunto com a norte-americana Lockheed Martin foi escolhida para substituir a frota "US Marine One", que transporta o presidente dos Estados Unidos.

      Quanto ao destino a dar aos PUMA no final do processo de substituição, fonte do Estado-Maior da Força Aérea apontou a possibilidade de serem entregues ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, para combate a fogos florestais.

      Incluindo o valor do "leasing" bancário, Portugal vai pagar 446 milhões de euros pelos doze aparelhos EH-101, que resulta de um contrato assinado pelo anterior Governo socialista, de António Guterres, em 2001.

      Até ao momento foram acordados 60 milhões de euros em contrapartidas, relativos a encomendas de fabrico de componentes na OGMA, mas este montante deverá crescer até à quase totalidade das contrapartidas previstas, 315 milhões de euros.

      Entre as contrapartidas a serem negociadas está a atribuição pela Agusta Westland à OGMA de um certificado de reparação dos aparelhos EH-101 a nível europeu e posterior encaminhamento de encomendas para Portugal.
Título:
Enviado por: Rui Elias em Fevereiro 02, 2006, 11:38:45 am
No último wall-papper da FAP figurava um PUMA.

Será uma despedida?
Título:
Enviado por: TOMKAT em Fevereiro 03, 2006, 10:07:06 am
Do Correio da Manhã de hoje...
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30 anos a salvar vidas
Adeus ao Puma


O som chega ensurdecedor e a visão da enorme aeronave pode mesmo assustar, mas para mais de 4500 pessoas no últimos 30 anos, a fúria do Puma foi a diferença entre a vida e a morte.
Hoje, cruzam-se duas histórias na Base Aérea do Montijo.


A que começa tem no EH-101 Merlin, novo helicóptero da Força Aérea, o personagem principal. A que está prestes a acabar fala de um helicóptero que nasceu para a guerra, mas que obteve as suas maiores vitórias em tempo de paz. O render da guarda faz-se no ar até ao fim do ano.

....

O futuro, para todos os efeitos, chega hoje, com a entrada ao serviço dos oito primeiros EH-101 Merlin, quatro anos depois de ter sido assinado o contrato de aquisição para 12 aeronaves. As quatro restantes deverão chegar ate ao final deste ano, substituindo em difinitivo, os Pumas nas missões de busca e salvamento em ambiente hostil (CSAR).

Mas nem com todas as valências, incluindo a capacidade de  vôo autónomo desde o Continente aos Açores e o reabastecimento em vôo, as novas aeronaves conseguiram "beliscar" a História dos Pumas. Nas últimas três décadas, as dez aeronaves da Força Aérea somaram 55 mil horas de vôo ...

ESTREADOS NA GUERRA

O primeiro protótipo do Puma, de origem francesa, voou pela primeira vez a 15 de abril de 1965. Portugal recebeu-os em pçlena guerra do Ultramar e foi o primeiro país do mundo a utilizá-lo em situações reais de combate. Os 13 Pumas comprados pela Força Aérea chegaram entre 1969 (2 de Agosto) e 1971. O objectivo da compra foi dispôr de um helicóptero com maior capacidade de transporte que os 150 Alouette III que voavam na guerra. Foram usados com sucesso em angola e Moçambique.

SABOTAGEM

Dos 13 aparelhos iniciais sobraram "apenas" 12. A  primeira baixa ocorreu na, então, Base Aérea nº 3 de Tancos. O Puma com a matrícula 9507 da FAP foi alvo de uma sabotagem em Março de 1971 e ficou destruído. A segunda baixa deu-se a 18 de Dezembro de 1973, no Aeródromo da Base nº 7, em Tete, Moçambique. Com o fim da guerra, os Pumas foram empenhados em missões de busca e salvamento no Montijo e nos Açores. A terceira baixa ocorreu nos anos 80.

PROTECÇÃO CIVIL

O futuro dos dez Pumas que vão ser abatidos ao efectivo da FAP é ainda incerto. Pelo menos alguns dos aparelhos podem vir a ser entregues ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, para combate a fogos florestais e outras missões de interesse público. A FAP disse já que não está em condições de fornecer as tripulações.

O ROLLS-ROYCE

O substituto dos Pumas, o EH-101 Merlin, é considerado o Rolls-Royce dos helicópteros (o Presidente dos EUA tem uma frota para uso exclusivo). Portugal encomendou 12 - custam 446 milhões de euros - e já recebeu oito: 6 para busca e salvamento (SAR) e 2 para fiscalização das pescas (SIFICAP). os restantes 4 - com blindagem para combate (CSAR) -
 chegam nos próximos meses. A Esquadra 751, do Montijo, começa hoje a operar com 6 Merlin. No fim do mês será colocado 1 na Madeira e no decurso do segundo semestre outros 3 nas Lages, Açores. Estã formadas cinco das 15 tripulações (piloto, co-piloto, mecânico, operador de guincho e recuperador) previstas.

PROMENORES

O Merlin é um "héli" de transporte médio. tem flutuadores de emergência, dois barcos internos de 20 pessoas, um guincho primário e um secundário. Tem um radar de busca que identifica e monitoriza 32 alvos em sinultâneo. Tem sistemas que permitem actuar de noite.

....

Título:
Enviado por: Rui Elias em Fevereiro 03, 2006, 04:12:29 pm
:Soldado2:

 (https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.geocities.com%2Ffestivalmontijo%2FPuma_Fap2.jpg&hash=7879f2270c3dd05a565156b124ccee43)
Título:
Enviado por: Marauder em Fevereiro 10, 2006, 12:46:03 am
E agora, que fazer com os Puma?

     Bem, embora sejam 10, na semana passada penso que só foram retirados de serviço 8, visto que os Puma ainda aguentarão "o forte" nas ilhas.

     Então temos 8 Pumas, ideias para neles aplicar?

    Pessoalmente, a atribuição a tempo inteiro dos Pumas para o SNBPC é um desperdício visto que tirando a época de fogos não existe muito a fazer.

     Com uma visão economica eu diria talvez arrendar 4 deles à ONU, acho que eles tão a precisar de material como sempre para as missões em Africa, em particular no Darfur, com talvez 2 a regressar no verão para o periodo de incendios.
    Restantes 4, hum...talvez 2 para o SNBPC de forma permanente para o socorro a acidentes, transporte de doentes, etc, e os restantes hum...talvez 1 como doação futura às forças de defesa de Timor-Lorosae.

    O ultimo...prenda pessoal da FAP à minha pessoa!! No gozo, mas a falar a sério e que tal ir directamente para o Museu da Força Aérea? Acho que ao fim de tanta gente salva por essa brava máquina que é o Puma, este merece crédito e um lugar no Museu do Ar.

    Que ideias tem voçês?

    Saudações
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 10, 2006, 01:07:01 am
Ficarem na FAP até não poderem mais.
Título:
Enviado por: Nuno Bento em Fevereiro 10, 2006, 06:23:35 am
Citação de: "Marauder"
E agora, que fazer com os Puma?

   
     Então temos 8 Pumas, ideias para neles aplicar?

    Pessoalmente, a atribuição a tempo inteiro dos Pumas para o SNBPC é um desperdício visto que tirando a época de fogos não existe muito a fazer.

     Com uma visão economica eu diria talvez arrendar 4 deles à ONU, acho que eles tão a precisar de material como sempre para as missões em Africa, em particular no Darfur, com talvez 2 a regressar no verão para o periodo de incendios.
    Restantes 4, hum...talvez 2 para o SNBPC de forma permanente para o socorro a acidentes, transporte de doentes, etc, e os restantes hum...talvez 1 como doação futura às forças de defesa de Timor-Lorosae.

    O ultimo...prenda pessoal da FAP à minha pessoa!! No gozo, mas a falar a sério e que tal ir directamente para o Museu da Força Aérea? Acho que ao fim de tanta gente salva por essa brava máquina que é o Puma, este merece crédito e um lugar no Museu do Ar.

    Que ideias tem voçês?

    Saudações


Caro marauder,

primeiro penso que utilizar o puma no SNBPC será muito caro pois os mesmo terão de ser adaptados para as novas missões com um grande dispendio financeiro e a sua vida operacional já não será longa pelo que o investimento talvez não seja rentavel.
segundo a UN não aluga equipamento dessa forma principalmente a um pais europeu, a UN normalmente faz uma conferencia ded doadores para uma determinada missão e depois em função disso são selecionadas as forças dos diversos paises que integram a missão a serem pagas pelo orçamento previamente acordado, só para lhe dar um exemplo  a UNTAET em timor teve um custo toal de 600 milhões USD dos quais 400 milhões sairam do orçamento de estado POrtugues pelo que o contigente Portugues no fim de contas foi paga com dinheiro Portugues.
Só em caso esporadicos são alugados aparelhos para missões especificas.
Terceiro timor Lorosae não tem capacidade nem Logistica nem humanas para operar aeronaves (com as lanchas da marinha a manutenção é toda feita pela armada Portuguesa, pois houve um curto periodo de tempo em que assim não foi e elas ficaram logo inoperacionais) pelo que as aeronaves ficariam inoperacionais  em três tempos,
quarta quanto a um Puma ir para o Museu do Ar ai estou de acordo

Saudações

Nuno
Título:
Enviado por: Marauder em Fevereiro 10, 2006, 08:55:50 am
Pois,

             a minha ideia do arrendamento à ONU surgiu porque parece que a Belgica lhes arrendou uns APCs, que desapareceram quando o cargueiro foi apresado temporariamente na Guiné Equatorial. Entretanto parece que o já apareceram.

"Military equipment is not lost or stolen"
Sun 05/02/06 - There are no indications whatsoever that the Belgian military equipment which stranded in Equatorial Guinea, in West Africa, has been stolen or damaged. That's according to the Belgian Ministry of Defence.
The expensive military equipment includes fifteen armoured vehicles of the Pandur type.

The equipment was meant for a Benenise batalion supervising the free election process in Congo under the flag of the United Nations.

In December, a cargo ship left the Flemish port of Zeebrugge bound for Congo.

However, the ship never made it to its destination, as it was seized by local authorities in a port in Equatorial Guinea (West Africa) in January.

Satellite photos as proof
It was first feared that the material was stolen, but the Belgian Ministry of Defence has denied reports by the Flemish daily Gazet van Antwerpen.

"The equipment was unloaded and stored near the port of Malabo, on the island of Bioko," two spokesmen of the Ministry of Defence told the press agency Belga. "Satellite photos prove that".

The United Nations are looking for a diplomatic solution. Belgium leaves the matter to the UN, as it was only lending the material to the UN.



        Referente à doação a Timor Lestes, pois, eu também só estava a pensar algures daqui a 5-10 anos talvez. Também existe a hipótese de Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe, embora o 1º ficasse melhor servido se a gente oferece-se o Aviocar que está lá.

       Realmente tem razão, a total adaptação dos PUMA para serviços SNBPC seria cara e ineficiente visto os anos de vida. Talvez mesmo somente para o verão, onde se mete um balde e está pronto pa batalha.

        Outro problema que eu esqueci-me de referir é, qualquer que seja o caso, a FAP não fornecerá pilotos.

   Saudações
Título:
Enviado por: TOMKAT em Fevereiro 10, 2006, 10:09:52 am
A entrega dos Pumas ao SNBPC, a meu ver, será a criação de mais uma fonte de desperdício de verbas.
À primeira vista parece uma excelente ideia, mas analisando bem, há várias questões que vão para lá da simples entrega dos helicopteros e que ainda não foram abordados.

A entrega dos hélis ao SNBPC para outros fins que não o combate a incêncidios, é despropositada.
Não há nenhum serviço prestado pelo SNBPC que justifique a utilização de helicópteros do porte do Puma.
O custo da operação destes aparelhos será sempre desproporcionado para as necessidades operacionais a que estarão sujeitos.

No combate a incêndios levanta-se outro problema...
As células dos Pumas já têm uns anos.
Se tivessem capacidades operacionais por muitos mais anos, a FAP não teria necessidade de renovar a frota.

O esforço a que a célula de um helicóptero está sujeita durante o combate a um incêndio é muito superior em relação à utilização que a FAP normalmente dava aos Pumas.
O esforço estrutural a que uma célula de um helicóptero está sujeito é mais acentuado ao levantar e ao pousar, em vôo esse esforço é etenuado.

Numa utilização normal da FAP o Puma, além de ter uma manutenção apurada, os vôos que os Pumas efectuavam normalmente consistiam em levantar,...período de vôo mais ou menos prolongado, a uma altitude estabilizada sem grandes perturbações,...pousar,.... recolher passageiros militares ou civis, ...levantar vôo, ...seguir para o destino,.... largar os passageiros, ...e voltar à base.

No combate a incêndios um helicóptero levanta, e fica sujeito a uma utilização extrema.
Levanta da base e normalmente até esgotar a reserva de combustível, é um sobe e desce constante, com um balde com algumas toneladas de água suspenso, vôos a baixa altitude, mudanças de direcção bruscas, pairar sobre um qualquer reservatório de água para reabastecer o balde, subir com umas toneladas de água suspensas,  vôo a baixa altituda e baixa velocidade,... e isto repete-se vezes sem conta.

Pergunto quanto tempo é que as células dos Pumas vão aguentar este tipo de utilização?

Talvez não seja por acaso que a FAP já descartou a possibilidade de efectuar a manutenção e manifestou-se indisponível para fornecer pilotos, talvez por não os ter...

Isto são observações de um leigo que já teve o macabro previlégio de assistir a este tipo de operação de combate a um grande incêndio que houve há uns anos na floresta que circunda a barragem de Castelo de Bode (estava lá acampado).
Mesmo à minha frente reabasteciam de água 2 hélis (um com balde, outro com tanque) num vaivém constante, descarregando a água a poucas centenas de metros, mais ao largo reabastecia um Canadair.
Dava para ver o esforço estrutural a que um helicóptero está sujeito numa utilização destas.

Outra questão que já coloquei por aqui e que nunca ninguém soube responder: Há pilotos no mercado civil credenciados para pilotar Pumas?
Não sei muito bem como funcionam as regras que regem as certeficações para pilotar certo tipo de aeronaves... :?
Título:
Enviado por: Rui Elias em Fevereiro 10, 2006, 04:14:41 pm
A mim, parece-me pacífico que pelo menos um Puma será entregue ao Museu do Ar.

Quanto aos restantes, provavelmente a FAP fará uma selecção dos que estarão em melhores condições e serão entregues ao Estado para fazer deles o que quiser.

A ideia e irem para o SNBPC decorre da falta estrutural de meios aereos de que Portugal padece, mais se parecendo com um país do 3º Mundo e não tanto com um país da UE.

Nem para combate a incêndios nem para mais nada, recorrendo Portugal pela 2ª vez de super-puma alemães para ajudar a combater fogos florestais.

Se não é missão da FAP combater fogos florestais, também não me parece que essa misão seja uma das atribuições da Polícia de Fronteiras alemã, e no entanto eles ajudaram Portugal por 2 vezes (em 2003 e em 2005) porque Portugal nada tem para esse efeito.

E alguém terá pensado que se os Puma serviriam para mais uns anos, com boa manutenção, pelo menos até que houvesse verba para comprar novo, é porque seria desperdício mandá-los para a sucata ou guardá-los num hangar estacionados a ganhar pó.

O SNBPC só tem 2 helis (um em Santa Comba e outro em Loulé) e até o INEM para transporte de feridos utiliza helis alugados.

Nos Açores muito dos meios da FAP estão ao serviço da Saúde e Protecção Civil para transporte entre ilhas de feridos urgentes e grávidas.

Par incêndios nada temos de próprio, recorrendo-se ao aluguer.

O Governo está a estudar a compra de meios próprios, mas isso ainda levará uns anos para se ver no terreno.

Por mim , pessoalmente acho que pelo menos 6 Pumas poderiam servir bem para esse fim até que verba houvesse para que o Estado comprasse (e não alugasse) helis médios para combate a fogos.

E que nos periodos de inverno estivesem ao serviço de outras causas ou de reserva (nunca se sabe quando poderão ser necessários mercê de uma catástrofe natural).

Os restantes poderiam permanecer nos Açores (independentemente de lá estarem os EH-101) exactamente para esse serviço e assistência à população, libertando a FAP dessa tarefa.

Nos países desenvolvidos, esses serviços não são atribuidos às FA's a menos que se tratem de catástrofes naturais de grande escala.

Resumindo:

Dos 12, 1 ou 2 para o Museu do Ar, 6 no Continente para fogos e outras atribuições, e os 4 restantes para Açores (3) e Madeira(1).
Título:
Enviado por: Duarte em Fevereiro 10, 2006, 06:07:33 pm
Citar
Dos 12, 1 ou 2 para o Museu do Ar, 6 no Continente para fogos e outras atribuições, e os 4 restantes para Açores (3) e Madeira(1).


Julgo que apenas restam 10 Pumas, e não 12..
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 10, 2006, 08:27:54 pm
Uma revisão e mudança de óleo e ainda vão para o GALE...
Título:
Enviado por: Miguel em Fevereiro 10, 2006, 08:54:42 pm
Citação de: "Luso"
Uma revisão e mudança de óleo e ainda vão para o GALE...


Até podia ser uma boa ideia, até chagar os NH90 ?? em 2008/2010

Podiamos começar a formação operacional do GALE assim?
Título:
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 10, 2006, 10:02:13 pm
Citação de: "Luso"
Uma revisão e mudança de óleo e ainda vão para o GALE...

O Exército, depois de equacionada essa hipótese em 2002, opôs-se terminantemente preferindo esperar pelos NH90. Sinceramente não me perguntem porquê. As grandes limitações do SA-330 Puma são: a autonomia, o voo nocturno e o desgaste provocado pela corrosão salina. Ora, sobre terra, nenhuma dessas limitações se faria sentir significativamente. Mas as chefias do Exército não se mostraram "encantadas" com este cenário, mesmo sendo o Puma considerado uma medida temporária até à chegada dos NH90.

Quanto ao número de Pumas ao serviço da FAP, dos 13 aparelhos iniciais sobram apenas dez. A primeira baixa ocorreu na então Base Aérea n.º 3 de Tancos. O Puma com a matrícula "9507" da FAP foi alvo de uma sabotagem em Março de 1971 e ficou destruído. A segunda baixa deu-se a 18 de Dezembro de 1973, no Aeródromo Base n.º 7, em Tete-Chingosi, Moçambique. Com o fim da guerra, os Puma foram empenhados em missões de busca e salvamento no Montijo e nos Açores. A terceira baixa ocorreu nos anos 80, na BA6.

Caso os aparelhos sejam, mais tarde, entregues ao SNBPC, o número que se encontra em cima da mesa é de oito unidades e não de dez. Provavelmente uma célula iria para o pólo de Sintra do Museu do Ar e outra armazenada.  :wink:
Título:
Enviado por: Raul Neto em Fevereiro 10, 2006, 10:17:56 pm
Título:
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 11, 2006, 12:07:34 am
Citação de: "Raul Neto"
:lol:

Mas se o Charlie diz eu não contesto  :wink:

Sabes bem que nestes assuntos relacionados com a Defesa, um dia uma coisa é amarela e no outro pode ser verde. Por isso...

No entanto, ainda no ano passado, o cenário a ser equacionado para o SNBPC referia a entrega de 6 a 8 Pumas. É preciso ver que vai ser necessário averiguar o verdadeiro estado das dez células depois de entregues ao DGAED (e não ao DGMFA como seria de prever) e que só após essa inspecção é que se ficará a saber o seu verdadeiro estado e o que fazer com estes helicópteros.

Para mim, pessoalmente, os SA-330 permaneceriam na FAP mas noutro tipo de missões nas quais as limitações inerentes ao aparelho não se fizessem sentir. Se a missão SAR é bastante exigente, o combate a incêndios também acarreta outro tipo de exigências a nível estrutural ao aparelho (altas temperaturas, fumos, cargas pesadas, etc) e é necessário ter a certeza absoluta que este é capaz de as ultrapassar dentro dos parâmetros adequados à sua operação em segurança.

Os Puma da Polícia de Fronteiras alemã executaram bem essa missão e foram um precioso auxílio. Mas é melhor não esquecer que são aparelhos mais recentes e que nunca estiveram sequer expostos a um desgaste semelhante ao da nossa frota. No entanto, estou convicto que ainda veremos os nossos SA-330 durante uns bons anos com as cores do SNBPC.  :wink:
Título:
Enviado por: Raul Neto em Fevereiro 11, 2006, 12:38:45 am
Título:
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 11, 2006, 12:55:03 am
Além de tudo isso, conforme é citado num artigo do jornal "Público" de Sábado passado, a FAP (assim que deixar de contar com os Puma) "lava as mãos" logicamente sobre este assunto e quem quiser que arranje orçamento para sustentar os helicópteros e formar as necessárias equipas de manutenção e os pilotos.

É sempre muito bonito teorizar sobre números; "eu acho bem termos 60 F-16", "os Bombeiros devem ficar com 10 Pumas". Mas raramente estes exercícios teóricos levam em conta que para algo estar operacional existe uma enorme cadeia de factores a si associada. De que valem 10 helicópteros se não houver dinheiro para os operar, mecânicos para os consertar e pilotos para o voar? A resposta é: zero.  :?

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg153.imageshack.us%2Fimg153%2F853%2Fpuma7yu.th.jpg&hash=3b13aed73d2db499663a99d48b6dbbab) (http://http)
Título: Re: PUMAs para o GALE
Enviado por: Get_It em Fevereiro 11, 2006, 01:20:07 am
Citação de: "Charlie Jaguar"
É sempre muito bonito teorizar sobre números; "eu acho bem termos 60 F-16", "os Bombeiros devem ficar com 10 Pumas". Mas raramente estes exercícios teóricos levam em conta que para algo estar operacional existe uma enorme cadeia de factores a si associada. De que valem 10 helicópteros se não houver dinheiro para os operar, mecânicos para os consertar e pilotos para o voar? A resposta é: zero.  :?


Basicamente é por isso que eles não foram para GALE. De que valia gastar-se dinheiro para operar dez, oito ou seis PUMA se em 2007/2008 já haverá NH-90?

Boa noite Charlie Jaguar, sonhos «cor-de-rosa».
Título:
Enviado por: Raul Neto em Fevereiro 12, 2006, 01:05:05 am
Título:
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 12, 2006, 11:37:44 am
Bom, continua o folhetim Puma/SNBPC.

Artigo do "Diário de Notícias" de hoje, 12 de Fevereiro de 2006.

Citar
NACIONAL
Futuro dos helicópteros 'Puma' continua a ser uma incógnita
DN Online, 12/02/06


Os ministros António Costa, da Administração Interna, e Luís Amado, da Defesa, continuam a discutir o futuro dos helicópteros Puma, um ano após a chegada a Portugal (11 de Fevereiro de 2005) do primeiro EH101 da frota que já os substituiu no continente. Os dois governantes assinaram, em Maio de 2005, um protocolo para definir até Dezembro "os termos de utilização, a partir de 2006, dos helicópteros Puma da Força Aérea" na prevenção e combate aos fogos e missões de protecção civil. Mas esta semana, questionado pelo DN, o ministro da Defesa disse que o destino dos Puma "continua a ser discutido dentro do Governo. Há um relatório que aponta várias soluções".

Quanto à existência de uma data-limite para a decisão, Luís Amado afirmou não estar pressionado por isso. "Eu tenho tempo. Pergunte ao Ministério da Administração Interna", tutelado por António Costa - o que não se conseguiu. Com a GNR a precisar de hélis para equipar o Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro (a criar até finais de Abril), uma das soluções passa por atribuir os Puma à Guarda - sendo operados por pilotos do Exército na época de fogos, explicou uma das fontes ouvidas pelo DN. Esta solução favorece a estratégia do Exército de garantir o treino e as qualificações das suas tripulações, enquanto continua à espera de receber os helicópteros ligeiros e médios destinados ao seu Grupo de Aviação Ligeira (GALE).

Outra solução seria a de os Puma irem para o Exército até à chegada dos novos hélis - o que o ramo considera absurdo, pois esses hélis não cumprem missões de observação e segurança, estão velhos e são caros. Contudo, o DN sabe que a Inspecção-Geral da Defesa Nacional (IGDN) recomendou expressamente essa solução em finais de 2003. Num relatório com mais de 30 páginas, assinado pelo coronel Álvaro Prata Mendes (FAP), propunha-se a transferência para o Exército dos Puma da Força Aérea à medida que esta os fosse substituindo pelos EH101 Merlin - garantindo transitoriamente a formação, treino e qualificações dos efectivos do GALE.

O documento, com base numa inspecção realizada ao GALE no último trimestre de 2003, sustentava que essa solução permitia ao Exército ganhar experiência e tradição aeronáutica até à chegada dos "seus" helicópteros. A IGDN recomendava ainda que a FAP cedesse três dos seus hélis ligeiros Alouette III, um piloto instrutor e dois outros técnicos com experiência no aparelho em que a Força Aérea forma os seus pilotos e os dos outros ramos. Num clima de desconfiança e mesmo hostilidade mútua entre os dois ramos, aquelas recomendações não foram seguidas. Pelo meio, o ex--ministro da Defesa Paulo Portas anulou o concurso de compra dos hélis ligeiros EC635, porque o construtor tardava em os certificar para uso militar. E ficou sem efeito a solução alternativa dos Black Hawk americanos - apesar de se ter chegado à fase de escrever o pré-contrato de aquisição, revelou uma das fontes envolvidas no processo.

O Sistema de Forças/2004 atribui ao Exército dois esquadrões de hélis (dez médios e nove ligeiros).


Citação de: "Get_it"
Basicamente é por isso que eles não foram para GALE. De que valia gastar-se dinheiro para operar dez, oito ou seis PUMA se em 2007/2008 já haverá NH-90?

Boa noite Charlie Jaguar, sonhos «cor-de-rosa».

Um bom dia para ti também, caro colega portuense. Ah, não te esqueças de ler o artigo acima.  :wink:
Título:
Enviado por: fish em Fevereiro 12, 2006, 04:53:32 pm
Em relação ao serviço que poderia o Puma desempenhar no futuro em Portugal é minha convicção que a operação deste meio por parte do SNBPC seria, no inicio, um pouco complicada pois o grande problema são pilotos credenciados para operar os Puma, claro que se pode recorrer a pilotos da FAP que estão na reserva ou se desvincularam da FAP e ainda contratar estrangeiros, já em relação á manutenção não haveria o mínimo problema pois alem de todos os mecânicos que já saíram da FAP e que trabalharam durante muitos anos no Puma, as OGMA têm as devidas licenças da fabrica para realizar todas as acções de manutenção requeridas durante a fase de vida dos Puma.
Também dizem nestes post que, em especial no do TOMKAT “Numa utilização normal da FAP o Puma, além de ter uma manutenção apurada, os voos que os Pumas efectuavam normalmente consistiam em levantar,...período de voo mais ou menos prolongado, a uma altitude estabilizada sem grandes perturbações,...pousar,.... recolher passageiros militares ou civis, ...levantar voo, ...seguir para o destino,.... largar os passageiros, ...e voltar à base.”
Pensa que sim? Olhe que não é bem assim, se acha que 500 pés ou menos não é um voo baixo então só se for mesmo no chão, que os voos têm um perfil de voo civil (calmo e a direito) só entendo esta ideia de quem nunca andou num Puma em missões operacionais, claro que quando se treina voo de navegação o perfil é por definição calmo. Assim como uma das situações mais treinada pelos pilotos Puma é o voo estacionário e lembro que o Puma não têm o estacionário automático, esta manobra é realizada a muito baixa altitude e vezes sem conta (podemos aqui assumir uma semelhança ao perfil voo numa missão de combate a incêndios).
É ainda referido o seguinte “Pergunto quanto tempo é que as células dos Pumas vão aguentar este tipo de utilização? Talvez não seja por acaso que a FAP já descartou a possibilidade de efectuar a manutenção e manifestou-se indisponível para fornecer pilotos, talvez por não os ter...” bem as células do Puma não estão assim tão desgastadas ainda aguentam um valentes anos, e claro os pilotos, isto é incontornável a FAP debate-se com uma grande falta de pilotos, há frotas que os pilotos são já tão poucos que se 2 ou 3 estão doentes não se podem realizar missões sem recorrer a pilotos qualificados que estão ou em cursos ou a quem já não é operacional, os vulgo adidos. :wink:
Título:
Enviado por: Leonidas em Fevereiro 12, 2006, 05:09:05 pm
Saudações guerreiras

Julgo ser perfeitamente viável a continuação dos Puma a servir, mesmo em questões da soberania, mas não na FAP. Acho que já deu para entender que, tudo bem, temos muitas limitações, mas o que é um facto é que, não se faz mais porque não se quer!!!! Sendo assim não vale a pena, porque se subverte o interesse nacional ao interesse do corporativismo de A e/ou B.

Toda a gente sabe que não se pode exigir muito mais dos Puma, mas se eles ainda estão válidos para prestar outros serviços, porque não? Mesmo até empregá-los no combate ao incêndios!! Toda a ajuda será sempre bem-vinda e preciosa, neste caso. Trata-se também de um emprego sazonal, logo aí, o desgaste é compensado, mesmo utilizando-o de uma forma regular noutro tipo de tarefas menos exigentes, como por ex., a utilização do Puma pela GNR/PSP em situações que possam e devam ser utilizadas, de maneira a combater o crime com mais eficácia se isso for viável, claro, durante a outra parte do ano.

Podem não estar á guarda da FAP, para (compreensivelmente) não haver tentações de aproveitamentos e mesmo estando sob a alçada de um outro departamento do estado, a sua continuidade é perfeitamente possível dado que as OGMA estão certificadas para a sua manutenção.

Quanto aos pilotos, caso não haja possibilidade da FAP dsiponibilizar nenhum, julgo que se pode dar a volta, contratando-os, nem que para isso tenhamos que ir buscá-los lá fora.
Julgo não ser assim tão difícil. Eu já tive a oportunidade, há uns anos, de falar com pilotos portugueses que pilotavam ou co-pilotavam os Mi-2 (*)!!! Por acaso admirei-me, porque não estava preparado, julgava que iria falar inglês com algum russo ou polaco, por isso, julgo não ser assim tão difícil de dar uma nova vida aos Puma. Julgo que para as coisas se tornarem mais racionais, penso que não haverá necessidade de se utilizar todos os Pumas que foram desativados na FAP. Alguns poderão servir como banco de peças. Será que consegui fazer filhoses de água?  :D

Continuado no "tema - hélis de incêndios"...
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg49.imageshack.us%2Fimg49%2F6139%2Fmilmi147pg.jpg&hash=9d1fb2ea04f9e414f7479685f335b2b1)
Mil Mi-14: Este vi-o muitas vezes a "chupar " água ,em plena cidade de Coimbra, no rio Mondego. Reparem que o héli tem uma mangueira atrás pendurada. É por aí que suga a água. É um processo rápido, julgo nem demorar mais de 3 minutos até voltar ao combate.

(**)
 (https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg151.imageshack.us%2Fimg151%2F5811%2Fch113labradorch149cormoranteh1.jpg&hash=d189feb7138b48850db0b93b58266cae)
Labrador em primeiro plano. Ao fundo, julgo que é fácil de ver e não será necessário perder tempo com apresentações  :D . Porém no Canadá o EH-101 designa-se CH-149 Cormorant, que substituiu o CH-113 Labrador em 2004.

CH-113 em manobras na hora da despedida em 2004:
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg132.imageshack.us%2Fimg132%2F2615%2Flabrador14gb.jpg&hash=217511d256a058173256489004c869e0)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg133.imageshack.us%2Fimg133%2F5594%2Flabrador120jm.jpg&hash=897155aaab785d11f0ed48f996026414)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg157.imageshack.us%2Fimg157%2F8929%2Flabrador137pa.jpg&hash=2dd6245804254d2830306add7c5e35ce)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg132.imageshack.us%2Fimg132%2F9866%2Flabrador140md.jpg&hash=5923a8321fa87735b4636729d9a9dee8)
(***)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg151.imageshack.us%2Fimg151%2F2145%2Fch46iiimagemmaispequena8eb.jpg&hash=eb701ac9174b4b4ef1748b4d72cc5dc4)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg132.imageshack.us%2Fimg132%2F4084%2Fch46seaknight9nh.jpg&hash=00d0a1c1d2e9227a613fd966c376848a) «== imagem curiosa, esta manobra  8)

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Raul Neto em Fevereiro 12, 2006, 06:43:34 pm
Título:
Enviado por: Lampuka em Fevereiro 12, 2006, 07:15:38 pm
Essa história do termos de nos remediar com os Pumas adaptados porque equipamentos novos custam muito dinheiro e nós não os podemos comprar porque estamos em crise, etc. etc. é tudo uma grande treta que a classe politica nos anda a contar. Se existisse vontade e interesse já cá estavam meios de socorro e combate a incêndios permanentes e adequados à nossa realidade. Esses valores ditos "muito elevados" são uma gota de água comparados com outros "oceanos" que se gastam em operações de "fanfarronismo" e mania das grandezas que têm sido, infelizmente frequentes no nosso país.
Gastar fortunas a adaptar máquinas com 30 anos não me parece minimamente razoável. Existem no mercado equipamentos novos muito mais eficazes que, se calhar, custam mais caro mas que também nos dão outras garantias.
O que me parece é que, mais uma vez, se anda a perder demasiado tempo com estudos que não interessam para nada e que não acabam em nada para depois se resolver tudo à pressa. O curioso é que, nessas alturas, normalmente só sobra uma hipótese....Será coincidência?
Título:
Enviado por: luis filipe silva em Fevereiro 12, 2006, 07:21:01 pm
Transporte VIP???

Que vão de TGV,ora essa!...
Título:
Enviado por: Get_It em Fevereiro 12, 2006, 07:46:04 pm
Citação de: "Charlie Jaguar [url=http
^[/url]"]Bom, continua o folhetim Puma/SNBPC.

Artigo do "Diário de Notícias" de hoje, 12 de Fevereiro de 2006.

Citar
NACIONAL
Futuro dos helicópteros 'Puma' continua a ser uma incógnita
DN Online, 12/02/06

Quanto à existência de uma data-limite para a decisão, Luís Amado afirmou não estar pressionado por isso. "Eu tenho tempo. Pergunte ao Ministério da Administração Interna", tutelado por António Costa - o que não se conseguiu. Com a GNR a precisar de hélis para equipar o Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro (a criar até finais de Abril), uma das soluções passa por atribuir os Puma à Guarda - sendo operados por pilotos do Exército na época de fogos, explicou uma das fontes ouvidas pelo DN. Esta solução favorece a estratégia do Exército de garantir o treino e as qualificações das suas tripulações, enquanto continua à espera de receber os helicópteros ligeiros e médios destinados ao seu Grupo de Aviação Ligeira (GALE).

Sempre a mesma coisa... «Temos tempo de tomar uma decisão», «Tenho tempo»... Já com as OHP foi a mesma coisa.

Se o dinheiro para adaptar e modernizar os PUMA para a Protecção Civil / Bombeiros ou para a GNR não vier do orçamento das Forças Armadas tudo bem;
Se os meios para operar não vierem da Força Aérea tudo bem;
Se as contas da operação dos PUMA não tiverem de ser pagas depois pela Força Aérea tudo bem;
Se os PUMA aguentarem as missões para o qual vão ser utilizados tudo bem;
Se não for para utilizar os PUMA e depois deixar a compra de novos meios para os bombeiros em banho-maria tudo bem...

... e podem então ir para o SNBPC ou para a GNR.

Se não para estar a gastar dinheiro do orçamento das Forças Armadas a operar os PUMA tudo bem;
Se não for para dar chance de adiar a entrega dos NH-90 tudo bem;
Se não for apenas para colocar em banho-maria a decisão da compra de helicópteros de instrução para as Forças Armadas (em especial para a Força Aérea) tudo bem...

... e pode-se aumentar o serviço dos quatro últimos PUMA para mais este ano para servirem o exército como helicópteros de instrução.

Citação de: "Lampuka"
Essa história do termos de nos remediar com os Pumas adaptados porque equipamentos novos custam muito dinheiro e nós não os podemos comprar porque estamos em crise, etc. etc. é tudo uma grande treta que a classe politica nos anda a contar. Se existisse vontade e interesse já cá estavam meios de socorro e combate a incêndios permanentes e adequados à nossa realidade. Esses valores ditos "muito elevados" são uma gota de água comparados com outros "oceanos" que se gastam em operações de "fanfarronismo" e mania das grandezas que têm sido, infelizmente frequentes no nosso país.
Gastar fortunas a adaptar máquinas com 30 anos não me parece minimamente razoável. Existem no mercado equipamentos novos muito mais eficazes que, se calhar, custam mais caro mas que também nos dão outras garantias.

Cá para mim, pegava-se e comprava-se já um modelo para a FAP (instrução, possivelmente também para ajudar no combate aos incêndios, etc), para o SNBPC e para a GNR.
Título:
Enviado por: Spectral em Fevereiro 12, 2006, 10:47:17 pm
Concordo Get_It, se os Puma forem para esses serviços não pode ser às custas das forças armadas.


Resumindo, a questão parece-me ser a seguinte :

vários serviços como o SNBPC e a GNR querem helis. Muito bem.

Mas terão dinheiro para os operar  :?: Porque nessa situação quem sairía a perder, muito claramente, seria mais uma vez a FAP.
Título:
Enviado por: Nuno Bento em Fevereiro 12, 2006, 11:38:43 pm
Já aqui foi dito varias vezes que o problema de manter os puma operacionais prendesse com a idade das celulas e os custos de os manter operacionais e no caso do combate aos incendios os converter para essa missão especifica.
Se estivessem em condições de continuar a sua vida operacional normal concerteza a FAP não os substituia, portugal não anda a nadar em dinheiro.
Título:
Enviado por: fish em Fevereiro 13, 2006, 09:28:23 am
Citação de: "nuno bento"
Já aqui foi dito varias vezes que o problema de manter os puma operacionais prendesse com a idade das celulas e os custos de os manter operacionais e no caso do combate aos incendios os converter para essa missão especifica.
Se estivessem em condições de continuar a sua vida operacional normal concerteza a FAP não os substituia, portugal não anda a nadar em dinheiro.


Bom dia, a idade das celulas não é problema, poderia ser problema a fadiga mas tambem não é. Uma aeronave pode ter muitos anos de construção e estruturalmente pode ser "nova" não é o tempo que a faz velha mas sim os esforços continuados em situações de stress material, podemos afirmar sem fugir á realidade que os nossos puma não andaram durante muitas horas de voo em situações de excesso de carga estrutural. Claro que não é uma aeronave recente, mas ainda está em condições de operar durante varios anos.
Em relação ao alegado mau estado que impede a FAP de o continuar a utilizar, esta afirmação não pode estar mais longe da realidade. Os puma são substituidos por varios factores mas nunca por não estarem em condições. Duplicação do raio de acção, novas missões atribuidas á esquadra 751, combat sar e sificap (fiscalização de actividades piscatorias http://www.igp.pt/sificap.html) entre outras de menor importancia.
Título:
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 13, 2006, 11:00:41 am
Mais um capítulo da novela Puma/SNBPC.

Citar
Reconversão dos Puma custa 25 milhões de euros
Grupo de trabalho constituído para analisar futuro da frota conclui que aluguer de longa duração pode sair mais barato.
 Manutenção anual ascende a 6,5 milhões.

JN Online, 13/02/06


Carlos Varela e Inês Cardoso


A reconversão dos dez helicópteros Puma da Força Aérea Portuguesa (FAP) para o combate a fogos florestais custará ao Estado mais de 25 milhões de euros, um valor que está a ser levado em linha de conta pelo Ministério da Administração Interna (MAI), que ainda não decidiu se vai ser esse o destino das aeronaves ou se, pelo contrário, mantém o sistema de aluguer. Tendo em conta os custos elevados, foi criado um grupo de trabalho envolvendo elementos do MAI e da Força Aérea. As conclusões do relatório, entregue em Janeiro mas ainda em estudo pela tutela, deixam cada vez mais afastado o cenário de reconversão dos Puma.

Segundo apurou o JN, são traçados vários cenários de custos a 15 anos, mas apenas num é mais vantajosa a manutenção da frota relativamente à opção de aluguer plurianual de helicópteros (incluindo os serviços de operação e manutenção) a privados. No outro lado da balança, em contraponto aos custos elevados, estão vantagens de autonomia. Isto porque a opção de juntar os Puma aos dez helicópteros (seis médios e quatro ligeiros) cuja aquisição, pelo MAI, já está em curso permitiria ultrapassar a dependência do Estado face a privados.


Fecho de concursos

A decisão final está, em qualquer caso, para breve. Ainda esta semana, na quarta e sexta-feira, fecham duas fases de entrega de propostas para aluguer de helicópteros. A expectativa do Governo, tendo em conta que os concursos foram lançados com mais antecedência que nos últimos anos, é que surjam mais empresas concorrentes e os preços praticados baixem. "Tudo está dependente dessa abertura de propostas, para que possa haver uma decisão final", explica fonte do MAI. Em Junho do ano passado, em entrevista ao JN e Antena 1, o ministro da Administração Interna, António Costa, tinha dado como certa a opção pelos Puma, reafirmada durante a fase mais quente do período de incêndios, quando se viu a braços com a falta de meios aéreos. A certeza, contudo, foi dando lugar a dúvidas levantadas pela comissão especial para o estudo dos meios aéreos de combate aos incêndios, constituída no final do Verão, que já nessa altura dedicou parte da análise ao futuro da frota dos Puma.

É que, além do investimento inicial de 25 milhões de euros para reconversão, a manutenção da frota está calculada anualmente em 6,5 milhões - 3,5 para os chamados consumíveis e mais três milhões para as manutenções programadas. A possibilidade destes valores baixarem é reduzida, por um lado porque a manutenção tem custos fixos, por outro porque a Força Aérea está a abater os Puma na medida em que recebe os EH-101. Ou seja, o planeamento da FAP está a voar nos Puma até esgotar as horas de voo e o stock de sobressalentes, parando as aeronaves no solo próximo do momento em que normalmente iriam para as grandes reparações, reduzindo assim os gastos do ramo.

Uma vez que, ao longo dos anos e dos vários governos, nada foi acordado entre os ministérios da Defesa e da Administração Interna, dois dos helicópteros já foram abatidos. Segue-se um terceiro, em serviço em Porto Santo, até ao fim do mês de Fevereiro, e as quatro aeronaves colocadas nos Açores têm igual destino no Verão. As restantes três aeronaves serão também abatidas durante o segundo semestre, substituídas pelos EH-101, e o mesmo vai acontecer com as tripulações, que gradualmente estão a deixar de voar nos Puma transitando para os EH-101, perdendo as qualificações nos velhos helicópteros. Aliás, a questão da tripulação é outra dificuldade que se levanta no caso de uso pela Protecção Civil (ver caixa de cenários para a operação).


Helitransporte para levar meios de intervenção rápida

A principal missão dos helicópteros Puma seria não o transporte de "baldes" com água, mas antes o helitransporte de equipas de primeira intervenção, num conceito que foi ganhando força em 2005 e que este ano é uma aposta ainda mais estratégica. É que às já existentes brigadas helitransportadas, compostas por bombeiros, juntam-se este ano as equipas da GNR enquadradas no GIPS (Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro), a que o ministro António Costa deu corpo este ano. A unidade já começou a fazer treinos, a nível de oficiais, e foi apresentada oficialmente ao ministro da Administração Interna numa recente ida à Lousã. O GIPS vai dispor este ano de 315 homens, organizados em três companhias, em particular com base no efectivo do Regimento de Infantaria da GNR, embora nos anos subsequentes possa crescer até aos 500, com várias missões no âmbito da Protecção Civil. O GIPS vai operar nos distritos de Vila Real, Viseu, Coimbra, Leiria e Faro, distritos que foram escolhidos por serem de particular risco de incêndio e não disporem de brigadas helitransportadas. Numa lógica de complementaridade, os 84 elementos destas equipas irão manter-se instaladas nos distritos da Guarda, Castelo Branco e Santarém.


É impressão minha ou esta história está a dar para o torto?  :?
Título:
Enviado por: pedro em Fevereiro 13, 2006, 06:56:56 pm
Ola a todos aqui vai novas noticias sobre os pumas:
Conversão de helicópteros Puma para protecção civil ainda incerta

A utilização dos helicópteros Puma da Força Aérea para missões de protecção civil, como combate a incêndios, só deverá ser decidida em Março ou Abril, existindo a possibilidade de os aparelhos serem rejeitados face a propostas concorrentes.




Fonte do Ministério da Administração Interna disse à agência Lusa que a «conversão» para combate a incêndios, vigilância rodoviária ou da costa dos 10 helicópteros da Força Aérea ainda operacionais foi objecto de um relatório entregue a António Costa, que será analisado até Abril em confronto com propostas «concorrentes».

Só quando estas propostas forem abertas será possível «fazer o confronto» e perceber se os Puma são ou não mais vantajosos que outras opções apresentadas, afirmou a mesma fonte.

A possibilidade de os Puma, recentemente substituídos na Força Aérea pelos novos EH-101 Merlin, serem preteridos face a propostas financeiramente mais vantajosas é real, segundo o ministério.

«Poderão vir a ser [utilizados], dependendo se for vantajoso financeiramente», adiantou a mesma fonte.

No início de Fevereiro, na cerimónia de «entrada ao serviço» de oito dos 12 novos helicópteros EH-101 da Força Aérea, o ministro da Defesa, Luís Amado, prometeu uma decisão «a muito curto prazo» sobre a conversão dos Puma para missões de protecção civil, sob a alçada do Ministério da Administração Interna.

«A muito curto prazo teremos uma opção definitiva em relação ao futuro dos Puma», referiu à margem da cerimónia que decorreu na Base Aérea nº6, no Montijo (Setúbal), acrescentando que o destino dos aparelhos será decidido «no quadro da apreciação que está a ser feita em conjunto com outros sectores do Governo, nomeadamente o Ministério da Administração Interna».

No início de Setembro, o ministro da Administração Interna anunciou a intenção do Governo de dotar o Estado, já em 2006, de meios aéreos permanentes para combate aos fogos.

Quase na mesma altura - a 25 de Agosto -, durante uma visita à Base Aérea de Monte Real (Leiria), António Costa admitiu a possibilidade de «reaproveitamento para a Protecção Civil» dos 10 helicópteros Puma.

No combate aos incêndios que assolaram o País no ano passado participaram helicópteros Puma alemães e holandeses.

Em Dezembro, António Costa anunciou a abertura de sete concursos públicos para aquisição ou contratação de meios de combate a incêndios.

Os concursos destinam-se à compra de meios permanentes - quatro aviões pesados anfíbios, seis helicópteros médios e quatro ligeiros - e de meios sazonais, em contrato plurianual, compostos por 14 aviões medidos e ligeiros, quatro helicópteros médios e 16 ligeiros.

Ao todo são 50 aeronaves, disponíveis para combater os fogos florestais entre 1 de Julho e 30 de Setembro deste ano.

No ano passado os incêndios florestais consumiram cerca de 325 mil hectares, de com um relatório da Direcção-Geral de Recursos Florestais divulgado em Janeiro.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: TOMKAT em Fevereiro 13, 2006, 10:20:50 pm
Citação de: "Charlie Jaguar"
Mais um capítulo da novela Puma/SNBPC.

Citar
Reconversão dos Puma custa 25 milhões de euros
Grupo de trabalho constituído para analisar futuro da frota conclui que aluguer de longa duração pode sair mais barato.
 Manutenção anual ascende a 6,5 milhões.

É impressão minha ou esta história está a dar para o torto?  :?


"O que nasce torto,... tarde ou nunca se endireita."

A novela dos Pumas para o SNBPC é uma história mal contada desde o 1º capítulo.
Os autores deste argumento caíram na tentação fácil de transmitir só o que o publico "ignorante" quiz ouvir, na tentativa, provavelmente conseguida, de captar audiências.

Omitiram factos importantes ao longo dos vários episódios desta novela, e, como alguns "desconfiados" da qualidade destes enredos têm escrito, no episódio final, a novela Puma/SNBPC vai ter um desfecho inesperado, para descontentamento da maioria dos fãns da novela, ou então vão-se gastar rios de dinheiro para filmagens de última hora, numa tentaviva final de dar a volta a um enredo sem qualidade.
Título:
Enviado por: Luso em Fevereiro 13, 2006, 10:49:59 pm
Ai a máfia...
Título:
Enviado por: Rui Elias em Fevereiro 24, 2006, 03:05:26 pm
Realmente a FAP já fez saber que com os actuais meios de que dispõe não poderá assegurar a operação dos 10 PUMA que serão retirados, para efeitos de Protecção Civil.

A serem aproveitados para o SNBPC, ou o Estado dota este serviço com meios humanos técnicos para essa operação, ou já que estão na calha a aquisição de mais meios aéreos, e nomeadamete aviões (pelo menos é o que está anunciado pelo Governo e alguma comunicação social) poderia ser viável o Governo criar uma entidade pública para a gestão e operação desses meios aéreos, ainda que a sua manutenção ficasse a cargo das OGMA?

A hipótese agora aventada da GNR ficar com a responsabilidade não me desagrada.

Trata-se de uma força policial de âmbito territorial nacional e pode ser potenciada com a utilização desses meios aéreos durante os anos necessários para que futuramente possa ser dotada de outros helis que venham a substituir os Puma para esse tipo de missões.

É que acho extremamente intrigante que de repente os mesmo Puma que serviam para transportar ministros e secretários de estrado pelas aldeias e vilas de Portugal e a efectuar missões SAR, de repende se vejam com as "células" tão envelhecidas que nem sirvam para mais nada.   :roll:

Ou então, em alternativa, dotar a FAP desses meios financeiros e humanos.

É que se é verdade que a FAP pode não ter essas funções, também não me parece que compita à Polícia de Fronteiras alemã vir a Portugal de 2 em 2 anos para nos ajudar a apagar os incêndios.

Portanto, a FAP (e eu quero acreditar que teria toda boa vontade em colaborar com esse combate) teria de deixar de ser tão "de capelinhas", do estilo, esta função é para mim e esta já não é.

Porque para salvar náufragos junto da costa, também não vejo porque que tenha que ser a FAP a fazer esse serviço, em vez de uma entidade civil pública com meios aéreos.

Portanto, ou faz tudo, ou nada.

Não se pode é passar a vida a escolher missões.
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Fevereiro 24, 2006, 09:05:03 pm
Citação de: "Rui Elias"
Porque para salvar náufragos junto da costa, também não vejo porque que tenha que ser a FAP a fazer esse serviço, em vez de uma entidade civil pública com meios aéreos.

Portanto, ou faz tudo, ou nada.

Não se pode é passar a vida a escolher missões.


Cá para mim, a FAP olha para a Marinha e vê: autoridades portuárias, Polícia Marítima e Instituto de Socorros a Naúfragos e não quer enviar mais "barretes", ou seja, missões civis que contribuam para aumentar os custos no orçamento da FAP...

Cumprimentos
B. Pereira Marques
Título:
Enviado por: Lightning em Fevereiro 24, 2006, 09:40:32 pm
Corrijam-me se estou errado mas penso k as forças aéreas gregas e espanholas tem esquadras de combate aos incendios, penso k se dotassem a FAP com meios humanos, materiais e financeiros não haveria problema nenhum em fazer isso.
Todos sabem k alugar empresas privadas pa combater fogos é um balurdio mas pagar a pilotos civis tb não é barato, pk acham k os pilotos militares quando podem saiem da FAP pa ir pas empresas civis, só vão ganhar no minimo 3 ou 4 vezes mais, fora horas extraordinárias o todo um grupo d coisas k estão vedadas aos militares, (horas extraordinarias, feriados e fins de semana não são pagos) tem k ir pa onde os mandam ker seja pa missões ker seja tranferidos pa uma unidade longe da familia (BA4 Lages - Açores por exemplo) por um periodo de no minimo 2 anos.
Título:
Enviado por: Rui Elias em Fevereiro 27, 2006, 11:44:22 am
Amigo Pereira Marques:

Mas a questão é:

O Governo, se se preocupa com a operacionalidade e capacidade dos 3 ramos das FA's, deve dotá-las dos meios financeiros e humanos e materiais para que esses 3 ramos possam actuar sem constrangimentos, e poderem mostrar que servem para qualquer coisa em tempos de paz.

Ou em alternativa, como apontei acima, criar um novo organismo, ou dotar o já existente SNBPC de meios aéreos para SAR e combate a fogos, dispensando as FA's dessas tarefas.

Se o Governo der esses meios, a FAP, ou outro ramo, não pode escolher as missões que mais lhe agradem.
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Fevereiro 27, 2006, 02:43:46 pm
A questão das aplicações/missões civis das forças armadas não deixa de ser importante como "montra" das mesmas em relação ao público em geral, o busílis da questão é que o reduzido orçamento das forças armadas acaba por ter de pagar essas missões civis e, se isso representa um benefício para a sociedade, representa um "prejuízo" para as forças armadas...É por essas e por outras,  que depois alguns estrangeiros dissem, "Ah!!! Mas o vosso orçamento da defesa tem uma percentagem semelhante à nossa em relação ao PIB!!!"

Por isso é que defendo que os Pumas a ser operados por alguém, ao devem ser por um organismo civil - SNBPC, o se quiserem aproveitar capacidade militares "sub-aproveitadas", atribuam-nos ao GALE, agora "sobrecarregar" a FAP com isso é que não me parece razoável...

Da mesma maneira as "missões civis" da Armada, tipo Polícia Marítima, autoridade portuária, Instituto de Socorros a Naufrágos, etc., devem ser atribuidas à tal "Guarda Costeira", que passaria a ser "financiada" e a depender do Ministério da Administração Interna.

Cumprimentos
B. Pereira Marques
Título:
Enviado por: NVF em Fevereiro 28, 2006, 12:22:38 am
Nem mais! Alguem sabe o peso das missoes civis no orcamento das FA? Nao me refiro a missoes de socorro a catastrofes naturais, mas sim a missoes regulares do dia a dia, como as referidas anteriormente (SAR e transporte aereo nas ilhas no caso da FAP; Policia Maritima, ISN, capitanias e farois no caso da Armada).
Título:
Enviado por: luis filipe silva em Fevereiro 28, 2006, 01:01:29 am
Os C 130 tinham dois Kits de lançamento de calda retardante.
O Governo cortou as verbas da FAP,e os C 130 seguintes que intervieram no combate aos fogos eram Marroquinos.

Palavras para quê? São artistas portugueses.
Título:
Enviado por: Leonidas em Fevereiro 28, 2006, 03:01:31 am
Saudações guerreiras.

Aí de quaisquer forças armadas que existam só para que se sirvam a si próprias. Apesar dos males que padecem as FA portuguesas essa, componente “civil” é feita com toda a competência a empenho e só espero que, caso hajam alterações, sejam para melhorar a resposta dada até hoje pela FAP.
 
Na minha opinião deve-se fazer um esforço para simplificar todos os processos organizacionais e não “inventar” nada para que mais tarde resulte em desastre a nível de operacionalidade e sobretudo que ninguém impeça ninguém de fazer o seu trabalho. As organizações existentes a nível central são mais que suficientes. Aquilo que se deve discutir é se são eficientes e se estão a servir melhor os interesses de todos nós portugueses. Aquilo que se pretende é operacionalidade, é SERVIR e não gabinetes, burocratas e mais gente a fazer número.  

Neste momento talvez seja ainda cedo para falar em concreto acerca do destino a dar aos Puma, até porque aquilo que se ouve não, passa disso mesmo, ouve-se. Deixemos assentar a poeira. Já aqui discutimos algumas ideias, mas não somos nós que decidimos, por isso temos que ter paciência. Roma e Pavia não se fizerem num dia.  :wink:

Não nos podemos esquecer que a FAP e o país devem rentabilizar ao máximo os parcos recursos que tem. A FAP deve ter a prioridade, até porque opera com os meios mais adequados a todas e mais algumas das tarefas que falamos, excluindo o combate a incêndios. A FAP tem que se exercitar. O ajudar na componente Serviço Público, mesmo que não seja a sua finalidade primária, é uma ótima maneira de a FAP se posicionar ao nível que se deseja e assim também poder servir melhor tudo e todos que dela dependem. Nunca vi ou ouvi sequer, para os meios aéreos de outros serviços do estado, alugados ou não, tiveram, têm ou terão, alguma vez, as capacidades que a FAP disponibiliza para o Serviço Público.

O estar a retirar competências á FAP é estar a condenar tudo ao fracasso e a dificultar mais as coisas a todos os níveis. Por isso, a componente SAR, por exemplo (Talvez hajam outras que não se conheçam tão bem), é de extrema importância e nunca deve ser posta em causa.

Não sei, mas julgo que o sistema utilizado até aqui tem resultado. A FAP ajuda naquilo que lhe compete e o resto é feito por outros serviços que complementam a oferta de meios á disposição. Isto tudo sem atropelos. Eu não ouvi nenhum.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: NVF em Fevereiro 28, 2006, 05:22:14 am
Isso e' tudo muito bonito e e' exactamente com esse discurso que os governos diminuem os orcamentos das FA. Nao estao em causa as missoes de servico publico, o que esta' em causa  e' o peso que estas tem no orcamento de funcionamento das FA. Ja' para nao falar nas inumeras manigancias orcamentais a que estao sujeitas, como a cativacao de verbas das LPM ou corte das despesas do PIDDAC para a construcao dos NPO.
Título:
Enviado por: Leonidas em Março 01, 2006, 02:18:50 am
Saudações guerreiras.

Caro NVF, entendo onde quer chegar, mas talvez se não fosse assim para a FAP seria muito pior para todos no atual contexto. Temos que olhar para a situação e infelizmente admitir que é só mais uma daquelas situações, neste país, em que paga o justo pelo pecador. A FAP é só mais uma vítima daquilo que é a (des)organização do estado no seu conjunto. Todos sabemos onde está o mal, mas ninguém tem coragem de fazer aquilo que tem que se fazer. Assim é lógico que as coisas não funcionam.

A questão das não verbas do PIDDAC para os NPO para este ano só as vejo como um único proprósito, obrigar a instituição a fazer uma gestão melhor dos seus recursos. Neste caso acabar com os tachos e investir em gente produtiva, porque para outra coisa não faz sentido.

Cumprimentos