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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: Jorge Pereira em Dezembro 13, 2005, 08:17:03 am
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SCUTs já custaram ao Estado 17 mil milhões de euros
Valor pode continuar a subir.
Os encargos do Estado com as SCUTs (auto-estradas sem encargos para o utilizador) já atingiram os 17 mil milhões de euros, segundo uma auditoria do Tribunal de Contas, hoje publicada no site do organismo.
O valor, no entanto, pode ainda ser ultrapassado, uma vez que «parte substancial dos processos de reposição do equilíbrio financeiro encontram-se em fase de negociação, não existindo em finais de 2005 qualquer acordo».
Diz o tribunal de Contas que os pagamentos contratualizados nas concessões das SCUTs ascendem já a 15,7 mil milhões de euros, a que se juntam os encargos com expropriações, no valor de 365 milhões de euros. Deste último montante, cerca de 94 milhões são de expropriações feitas pelas concessionárias e 271 milhões correspondem ás feitas pelo Estado.
Os custos com o processo de reequilíbrio financeiro, que consistem nas compensações dadas pelo Estado ao concessionário por encargos não previstos na concessão, ascendiam a 894 milhões de euros.
Fonte (http://http)
Esta situação já começa a ser criminosa.
Patéticas foram as declarações sobre esta matéria do Ministro das Obras Públicas à TSF. Por instantes pensei que estivesse a ouvir as declarações de um qualquer líder africano (com todo o respeito para com estes).
Este ministro arrisca-se a ficar na história pelas piores razões. Pior que ele só mesmo João Cravinho.
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Uma coisa que eu continuo sem perceber é porque é que toda a gente reconhece que o estado tem que manter uma rede de estradas nacionais sem custos para os cidadãos, mas quando o volume de tráfego na estrada pede uma via de maior capacidade os cidadãos já têm que pagar a despesa.
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Este «notícia» está mal feita e tem uma falha grave.
Primeiro ponto que levanta estranheza 17 mil milhões de euros??
Isso é para ai 1/5 do PIB!!! Mas tudo bem, vamos acreditar que os valores do organismo estatal são correctos.
Mas desde quando?
Andava algum editor a dormir, Ou então, tão entretidos que andam esta malta dos jornais económicos com números que já se esqueceram as regras básicas do jornalismo.
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Uma coisa que eu continuo sem perceber é porque é que toda a gente reconhece que o estado tem que manter uma rede de estradas nacionais sem custos para os cidadãos, mas quando o volume de tráfego na estrada pede uma via de maior capacidade os cidadãos já têm que pagar a despesa.
Caro emarques:
Não existe nada que não custe nada, para tudo existe um preço. Os Portuguêses(ou outros) que pensam que o estado consegue manter uma rede de estradas nacionaís sem que isso custe algo aos cidadão, pensam assim porque são ignorantes.
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O PIB deve andar 'a volta dos 200 mil milhoes de euros.
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Uma coisa que eu continuo sem perceber é porque é que toda a gente reconhece que o estado tem que manter uma rede de estradas nacionais sem custos para os cidadãos, mas quando o volume de tráfego na estrada pede uma via de maior capacidade os cidadãos já têm que pagar a despesa.
Caro emarques:
Não existe nada que não custe nada, para tudo existe um preço. Os Portuguêses(ou outros) que pensam que o estado consegue manter uma rede de estradas nacionaís sem que isso custe algo aos cidadão, pensam assim porque são ignorantes.
Tem razão, exprimi-me mal. A rede nacional de estradas tem custos para os cidadãos através dos impostos. O que eu queria dizer era que a rede de estradas N não tem custos directos. Ou seja, assume-se que uma rede de estradas bem mantida (a-hã. desculpem) e sem portagens que dificultem (e onerem) o fluxo de pessoas e mercadorias é um factor importante da economia interna do país, e que é do interesse de todos que esse bem vital para a economia seja igualmente acessível por todos os que o financiam.
E no entanto, a simples existência de um separador central numa estrada já é razão imediata para que essa lógica de utilidade pública seja completamente abolida. Mesmo em casos em que a alternativa oferecida pela rede de estradas "normais" seja manifestamente inadequada para o volume de tráfego. Temos como exemplos a A-22 e a A-28 (construídas com fundos comunitários como estradas nacionais, mas que se metamorfosearam em auto-estradas quando se começou a falar de abolir as SCUT), que têm como "alternativas" a N-125 e a N-13. Estas estradas nacionais mais parecem ruas, considerando a quantidade de casas construídas à sua beira e o trânsito de veículos e pessoas que andam nelas. Antes da via rápida ser contruída uma viagem entre o Porto e Viana do Castelo (~60km) chegava a demorar 2h30m ou 3h. Acho que toda a gente sabe como era o trânsito na N-125.
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O PIB deve andar 'a volta dos 200 mil milhoes de euros.
Sem querer estar a duvidar, acho que 40 mil milhões de contos (na moeda antiga) é muita fruta...
Acho que anda à volta dos 16/17 mil milhões de contos...
Ainda assim admito que não é, na realidade, 1/5.
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Segundo a Wikipedia:
Total (PPP) $203,947 million (41st)
Total (Nominal) $185,091 million (33rd)
Como esta' em USD e' menos, mas esta' muito mais perto do valor que avancei do que do seu, Moi.
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O BE e o PCP a par com o PS,é que defendem as SCUT.Eu acho verdadeiramente incrivel o dinheiro que o estado perde nestas coisas.No tempo de gueterres acontecia o mesmo,é por isso que o país está como está.Ao contrário da utopia comunista/Bloquista não podemos continuar a sustentar auto-estradas sem custo para o utilizador,até porque o buraco continua a aumentar,mas farto-me de rir com aqueles que defendem as SCUT.
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PIB em 2004: 135 035, Milhoes de €, ( ver www.dpp.pt- (http://www.dpp.pt-) info economica - principais indicadores macroeconomicos de Portugal).
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PIB em 2004: 135 035, Milhoes de €, ( ver www.dpp.pt- (http://www.dpp.pt-) info economica - principais indicadores macroeconomicos de Portugal).
Segundo a separata do Expresso "as 1000 maiores empresas" em 2004 não chegou a tanto,...pib em 2004 123327,1 milhões de euros.
Segundo a mesma fonte de informação:
PIB em milhões de euros:
1995 - 98778,4
1996 - 102296,7
1997 - 106553,3
1998 - 115547,4
1999 - 115861,7
2000 - 120301,8
2001 - 122713,7
2002 - 123352,2
2003 - 121878,3
2004 - 123327,1
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www.dpp.pt/gestao/ficheiros/quadro1.pdf (http://www.dpp.pt/gestao/ficheiros/quadro1.pdf)
Realmente TOMKAT, mesmo os valores de anos anteriores sao diferentes.
Enfim...trata-se de um organismo governamental, e dou o beneficio da duvida.Penso sera facil encontrar outras fontes oficiais para confrontar os numeros.
Cumprimentos
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O World Fact Book da CIA fala em $188.7 billion (2004 est.)
Os problemas parece que começam logo em saber afinal quanta riqueza é que produzimos por ano...
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O World Fact Book, considera os valores segundo o sistema de Paridade de Poder de Compra (PPC) ou PPP de (Purchase Power Parity).
Esta forma permite efectuar comparações mais lógicas, porque tem em consideração o custo de vida e o preço que as pessoas pagam pelos produtos.
Por isso, o rendimento chinês é já bastante substâncial em dolares PPP.
É também por isso que o rendimento português também sobe relativamente ao ds muitos países europeus, porque embora nos fartemos de falar, a verdade é que há muitos serviços em Portugal que são proporcionalmente baratos.
Dou o exemplo dos transportes públicos, da comida nos restaurantes, ou dos preços de alguns bens alimentares.
= = =
O sistema PPP serve para fazer comparações de nível de vida.
Muitas vezes, utilizamos o valor PPP inadequadamente.
Por exemplo para efectuar as comparações de gastos militares que às vezes fazemos, o valor PPP não serve para nada, porque os vendedores de armas não querem saber se o nível de vida é alto ou baixo.
= = =
O rendimento per cápita (PPP/PPC) anda por volta de €18.000, ou seja U$21600.
A extrapolação para PIB segundo os preços PPP dá portanto um PIB apróximado de 10.5x21.6 = 226.8 biliões de dolares.
No entanto este valor é muito enganador. O valor real em Euros é muito inferior.
Temos sempre que ter em consideração estas diferenças, porque senão acabamos por comprar Euros a preços reais, com Dolares a preços ponderados, e os valores conseguem ser muito diferentes.
Cumprimentos