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Outras Temáticas de Defesa => Área Livre-Outras Temáticas de Defesa => Tópico iniciado por: NotePad em Dezembro 11, 2005, 10:20:20 pm

Título: Mario Soares Agredido
Enviado por: NotePad em Dezembro 11, 2005, 10:20:20 pm
...
Título:
Enviado por: Johnnie em Dezembro 11, 2005, 10:35:40 pm
Não sei porquê mas não consigo ter pena  :twisted:
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 11, 2005, 10:54:25 pm
O "atacante" de facto soava um pouco a tonto. Ou será que não?
O que é que ele quiz dizer?
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 11, 2005, 11:32:39 pm
Já ganhou!!! Lembrem-se da Marinha Grande em 1986... :moca:

Cumprimentos
B. Pereira Marques
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 11, 2005, 11:46:21 pm
Olha como ele se lembra!
Já me tinha esquecido dessa! :wink:
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Dezembro 12, 2005, 12:31:05 am
Citação de: "PereiraMarques"
Já ganhou!!! Lembrem-se da Marinha Grande em 1986... :moca:

Cumprimentos
B. Pereira Marques


Não brinque com coisas sérias.  :D
Título:
Enviado por: NVF em Dezembro 12, 2005, 12:24:08 am
Se calhar o gajo que tentou agredir o Marocas ate' foi pago pela candidatura deste  :mrgreen:
Título:
Enviado por: Leonidas em Dezembro 12, 2005, 12:57:06 am
Saudações guerreiras.

Estas coisas são muito sérias :oops:  :N-icon-Axe:   :Amigos: Aquilo, juntamente, com uns bagacitos recompôs-se e vai daí  que ... toca a recordar os bons velhos tempos em que malhava nos alibúfalos e zeberdios africanos.   :Ups:

AHAHAHAHAHAHAHAH
Título:
Enviado por: komet em Dezembro 12, 2005, 12:57:33 am
Desgraçado do homem, será que se aleijou a dar o murro?  :cry:
Título:
Enviado por: NBSVieiraPT em Dezembro 12, 2005, 03:05:46 pm
Atrasado mental?? :evil:

Mais uma vez esse traidor provou de que laia é... e mais uma vez se provou que os nossos ex-combatentes não se esqueceram!!
Título:
Enviado por: Paisano em Dezembro 12, 2005, 08:16:45 pm
Peço desculpas aos meus amigos e colegas foristas por estar dando palpites em assuntos internos de Portugal, mas tendo em vista o que eu já li no Fórum Defesa Brasil a respeito da descolonização portuguesa na África (principalmente o que foi escrito pelo Raul Neto e pelo PT), devo dizer que mesmo não apoiando a atitude desse senhor, eu posso compreender o porquê da mesma ter ocorrido.
Título:
Enviado por: papatango em Dezembro 12, 2005, 09:35:16 pm
Pessoalmente, acho que ninguém tem o direito de agradir ninguém na rua.

Isto, independentemente de eu achar que entre os responsáveis directos por uma descolonização que me envergonha como cidadão português, estar Mário Soares.

Acho que se faría melhor em recolher dados, de fontes crediveis sobre os factos, do que ir para a rua de jornal na mão acusar o Mário Soares de coisas desconexas.

Há muita coisa de que se pode acusar Mário Soares. Mas fico com a impressão de que só o acusam de coisas das quais não é directamente responsável.

Não se repetirá o sindroma da Marinha Grande, mas é evidente que casos como estes se repetirão.

Mário Soares, não pode passar incólume pela História de Portugal.
Há que lhe reservar um lugar adequado na História.
E esse lugar, não será dos mais dignos.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 13, 2005, 12:57:32 am
Mario Soares é um homen que gosta de jantares e festas...
Título:
Enviado por: typhonman em Dezembro 13, 2005, 01:08:13 am
O Mario Soares ficou embasbacado... lol :P
Título:
Enviado por: TOMKAT em Dezembro 13, 2005, 01:48:52 am
Por muito válidas que sejam as causas da revolta do indivíduo que tentou agredir Mário Soares desperdiçou toda a razão do protesto ao passar das palavras aos actos, actos pouco lúcidos de quem queria manifestar o seu desprezo por um personagem político.

Já ninguém se lembra da razão do seu protesto.
No momento em que tentou a agressão, esse passou a ser o assunto principal da notícia.

Prestou um mau serviço a quem combate, democráticamente, a figura de Mário Soares e prestou um péssimo serviço aos ex-combatentes do ultramar ao usar uma boina militar na cabeça.
Prestou um excelente serviço à campanha de Soares. Não sendo comparável este caso ao caso da Marinha Grande até porque vem de sentido contrário, os estrategas da campanha de Soares poderão utilizar este caso para daí retirar dividendos políticos.

Um homem, que poderia ter razões válidas para protestar, devido a uma acção insensata, rápidamente passou a ser um "tonto" e o assunto do protesto passou a "tontice".
Título:
Enviado por: papatango em Dezembro 13, 2005, 03:56:16 am
O direito à indignação contra Mário Soares (http://http)
Citar

Mário Soares é um homem perseguido.

Nunca deixará de o ser.

Persegue-o a memória de todos os que caíram vítimas da sua incúria, do seu desleixo, e do facto de Soares ser um homem que só tem coragem quando tem amigos poderosos do seu lado. Quando não os tem, Soares negoceia, encolhe os ombros e afirma que não há mais nada para fazer.

Em 1974 – 1975, Soares é o principal responsável pela politica externa portuguesa, e a face visível de um regime revolucionário incompetente, gerido por ineptos, incapazes, quando não por pessoas moralmente corruptas, que venderam as suas consciências ao diktat assassino da ditadura soviética.

Soares é o corpo visível de um crime. Um crime, que a democracia pós 1976 decidiu esquecer, para não por em causa a sua consolidação.

Esse crime deixou mortos, guerras, miséria, desolação e indignidade, espalhados pelo chão ensanguentado de territórios que tinham sido portugueses.

Fomos indignos da nossa História.

Fomos indignos dos nossos valores.

Fomos responsáveis por um processo de descolonizarão que ficará nos anais da História, como um vergonhoso crime contra a humanidade.

Perante a situação na antiga Jugoslávia, teria Milosevic, outras opções?

Não deveria Milosevic, agir como agiu relativamente à situação na Bosnia, e perante a dissolução do seu antigo país?

Mário Soares é o responsável máximo por crimes contra a Humanidade, cometidos na sequência das suas acções e do seu desleixo. Acções que ainda por cima foram feitas em nome de Portugal.

Por muito menos, Milosevic, enfrenta o tribunal de Haia.

Deveriam ter vergonha, aqueles que ficaram horrorizados com um velho militar, que não se cala.

Todos nós devíamos cobrir a cabeça de vergonha, por não termos coragem de gritar à passagem de Mário Soares e dizer:

Dr. Mário Soares, você é culpado![/b]
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 14, 2005, 04:45:42 am
Sobre o ex-combatente...
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Campanha - insultou para desabafar mágoa de 30 anos

Tinha isto encravado

Secundino Cunha

Augusto Silva não tem medo de ir, eventualmente, a tribunal
O sócio n.º 311 da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra que anteontem e ontem encheu os ecrãs das televisões e várias páginas de jornais diz que não agrediu nem quis agredir Mário Soares e assegura que apenas aproveitou a oportunidade que nunca tinha tido para lhe dizer o que lhe fazia “rebentar a alma”, numa alusão à acusação de que Soares “é um vigarista”, como disse no domingo.

“Isto já andava aqui encravado na garganta desde 1975, de modo que, mal o apanhei pela frente, desabafei”, disse ao Correio da Manhã Augusto Rodrigues da Silva, carpinteiro, de 63 anos de idade. Mostrando-se “tranquilo” e consciente de que “disse aquilo que muitos milhares de portugueses gostavam de ter dito”, Augusto Silva lembrou as agruras que passou enquanto combatente e o facto de, em 1975, ter sido “expulso” de Angola e obrigado a deixar tudo o que lhe pertencia.

“Eu lutei pelo meu País, não fui para a Bósnia ou para o Afeganistão ganhar 500 contos por mês e depois fui, como tantos outros, votado ao esquecimento por todos os governos, mas muito especialmente por esse senhor que deu o que nos pertencia como quem dá uma camisa”, afirmou este antigo combatente.

Lembrando que foi metido num avião, em 1975, com a mulher e dois filhos, um de três anos e outro de seis meses, com apenas dois mil escudos no bolso, disse que nunca há-de perdoar a quem permitiu que estas coisas acontecessem.

“Eu lutei três anos, entre 1963 e 1966, no Norte de Angola e, após o cumprimento do serviço militar, arranjei um emprego e trabalhei nove anos numa empresa na mesma região. Ao fim de tudo isto, deram-me um pontapé e mandaram-me desenrascar”, referiu Augusto Silva.

STRESS DE GUERRA

O homem que no domingo chamou “vigarista” a Mário Soares diz que não tem medo e que apenas disse a verdade. Quanto às ameaças de que poderá ser alvo de um processo-crime, afirma-se “de consciência plenamente tranquila”.

“Eu não agredi ninguém e apenas manifestei o meu repúdio pelo mal que esse senhor fez a mim e a muitos milhares de portugueses que estiveram na guerra e trabalharam nas ex-colónias”, explicou.

Fonte da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra (APVG) disse ao Correio da Manhã que Augusto Rodrigues da Silva sofre de stress pós-traumático e, “como muitos outros, devia ser alvo de acompanhamento psíquico”.

Quanto ao incidente de anteontem, Gabriel Rodrigues, da APVG lamentou o ocorrido, sublinhando que “é com muito custo que instauramos um inquérito, que pode levar à expulsão, a um associado activo, que raramente faltava a uma manifestação em Lisboa”.

Fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... al=90&p=94 (http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=184494&idselect=90&idCanal=90&p=94)
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 14, 2005, 05:08:14 am
A "Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra" vai pelo mesmo caminho da Liga e Combatentes que se tornou politizada e manobrável. E só útil aos dirigentes. Como os sindicatos.
Título:
Enviado por: Paisano em Dezembro 14, 2005, 05:35:54 am
Citação de: "PereiraMarques"
Sobre o ex-combatente...
Citar
Campanha - insultou para desabafar mágoa de 30 anos

Tinha isto encravado

Secundino Cunha

Augusto Silva não tem medo de ir, eventualmente, a tribunal
O sócio n.º 311 da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra que anteontem e ontem encheu os ecrãs das televisões e várias páginas de jornais diz que não agrediu nem quis agredir Mário Soares e assegura que apenas aproveitou a oportunidade que nunca tinha tido para lhe dizer o que lhe fazia “rebentar a alma”, numa alusão à acusação de que Soares “é um vigarista”, como disse no domingo.

“Isto já andava aqui encravado na garganta desde 1975, de modo que, mal o apanhei pela frente, desabafei”, disse ao Correio da Manhã Augusto Rodrigues da Silva, carpinteiro, de 63 anos de idade. Mostrando-se “tranquilo” e consciente de que “disse aquilo que muitos milhares de portugueses gostavam de ter dito”, Augusto Silva lembrou as agruras que passou enquanto combatente e o facto de, em 1975, ter sido “expulso” de Angola e obrigado a deixar tudo o que lhe pertencia.

“Eu lutei pelo meu País, não fui para a Bósnia ou para o Afeganistão ganhar 500 contos por mês e depois fui, como tantos outros, votado ao esquecimento por todos os governos, mas muito especialmente por esse senhor que deu o que nos pertencia como quem dá uma camisa”, afirmou este antigo combatente.

Lembrando que foi metido num avião, em 1975, com a mulher e dois filhos, um de três anos e outro de seis meses, com apenas dois mil escudos no bolso, disse que nunca há-de perdoar a quem permitiu que estas coisas acontecessem.

“Eu lutei três anos, entre 1963 e 1966, no Norte de Angola e, após o cumprimento do serviço militar, arranjei um emprego e trabalhei nove anos numa empresa na mesma região. Ao fim de tudo isto, deram-me um pontapé e mandaram-me desenrascar”, referiu Augusto Silva.

STRESS DE GUERRA

O homem que no domingo chamou “vigarista” a Mário Soares diz que não tem medo e que apenas disse a verdade. Quanto às ameaças de que poderá ser alvo de um processo-crime, afirma-se “de consciência plenamente tranquila”.

“Eu não agredi ninguém e apenas manifestei o meu repúdio pelo mal que esse senhor fez a mim e a muitos milhares de portugueses que estiveram na guerra e trabalharam nas ex-colónias”, explicou.

Fonte da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra (APVG) disse ao Correio da Manhã que Augusto Rodrigues da Silva sofre de stress pós-traumático e, “como muitos outros, devia ser alvo de acompanhamento psíquico”.

Quanto ao incidente de anteontem, Gabriel Rodrigues, da APVG lamentou o ocorrido, sublinhando que “é com muito custo que instauramos um inquérito, que pode levar à expulsão, a um associado activo, que raramente faltava a uma manifestação em Lisboa”.
Fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... al=90&p=94 (http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=184494&idselect=90&idCanal=90&p=94)


Esse senhor não precisa de processo na justiça, mas sim de ajuda profissional e da compreensão do problema pessoal que ele vive. :evil:
Título:
Enviado por: Moi em Dezembro 14, 2005, 06:01:59 pm
Este senhor é um criminoso...

na medida em que foi de «O Crime» na mão agredir um candidato presidencial....
e cometeu um duplo crime, pois ninguém acredita nas notícias desse jornal...

A sério. Ter sido combatente em Angola, retornado do Magreb, ou espoliado da Rodésia não dá direito a ninguém agredir uma pessoa. Muito menos em nome dos outros, pois os outros podem não identificar-se com os seus actos. Seja como for, acho que o Mário Soares fez bem em não apresentar queixa. Mas também não devia ter chamado nomes ao homem, que por sinal até o pode processar agora...  :arrow: Por outro lado, comentários desconexos, parciais e ressabiados como este são magníficos exemplos do pensamento de muita gente, de entre os 500 mil retornados...

Também seria interessante estudar como foram recebidas estas pessoas no nosso país, que oportunidades foram-lhes dadas, aquelas que os outros não tinham. Mas, disso, «eles» não se lembram.
Título:
Enviado por: papatango em Dezembro 14, 2005, 09:02:47 pm
E claro que também se pode tratar de uma opinião de pessoas que não puseram os pés em nenhuma ex-colónia, que acreditaram numa realidade, e que ao longo dos anos, chegaram à conclusão de que os responsáveis pela "Descolonização Exemplar", afinal estavam errados.

Afinal mentiram, afinal censuraram e, afinal, cometeram o mesmo tipo de desmandos que criticavam na ditadura. Mentiram, para justificar as suas acções.
Quando tem decisões dificeis que tomar, Soares é um homem que escolhe o caminho mais fácil. Não importa se é o melhor, o que importa é que é o mais fácil.

Foi o que Soares fez. Escolheu o caminho mais fácil. O caminho da rendição.

Para justificar esse caminho, ainda hoje, Soares e a pandilha, inventam uma guerra perdida (que do meu ponto de vista foi um erro histórico de Salazar, já aqui o afirmei) que na realidade foi ganha.

Nem sequer isso ficou para os milhares que passaram por África, e para as memórias dos que lutaram e morreram.

Nós ganhámos a guerra Moi. Ganhámos a guerra em Angola, e ganhámos a guerra em Moçambique.

Mário Soares, entregou o ouro ao bandido, quando o bandido já estava desarmado.
Por isso, inventa um bandido forte e poderoso, para justificar o facto de lhe ter entregue o cofre.

= = =
Soares não é o homem que defendeu o direito à indignação?
Soares não é o mesmo homem que defendeu o bloqueio da ponte 25 de Abril, baseado nesse mesmo direito à indignação?

A indignação só é legítima se for de esquerda?

Não há pachorra!

Todo o cidadão tem o direito a ficar indignado e tem o direito a ser informado. O homem que "agrediu" o Soares, é apenas uma ponta num iceberg de pessoas que foram humilhadas pela pandilha, e obrigadas a calar o bico, em nome do interesse nacional.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: alfsapt em Dezembro 15, 2005, 01:14:36 am
Citação de: "Moi"
Mas também não devia ter chamado nomes ao homem, que por sinal até o pode processar agora...


Não se preocupe, pode-se alegar insanidade mental.
Título:
Enviado por: Yosy em Dezembro 15, 2005, 01:25:53 am
Citação de: "komet"
Desgraçado do homem, será que se aleijou a dar o murro?  :nice:

O Soares é muita coisa, mas até se portou bem na descolonização. Longe de ser perfeita a descolonização portuguesa foi exemplar - vejam o caso dos franceses na Argélia.
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 15, 2005, 01:51:43 am
Diogo/Yosy

Os franceses perderam militarmente na Argélia.

O nosso caso era diferente, em Angola estava ganho, Moçambique por la caminhava, o unico problema era a Guiné.

No final a maioria dos esforços estavam-se a concentrar na Guiné, para teres uma ideia ao nível de material estava previsto MiragesIII para enfrentar os Mig, Misseis AA Crotale etc...

A independencia estava prevista, os objetivos do Caetano era de dar uma independencia corecta como fez o reino unido as suas antigas colonias.

Mas para isso tinha que se restabelecer a ordem.
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 15, 2005, 02:27:38 am
Citar
Quando tem decisões dificeis que tomar, Soares é um homem que escolhe o caminho mais fácil. Não importa se é o melhor, o que importa é que é o mais fácil.


Fenómeno BANALÍSSIMO no mundo político. é com gente desta que eu tenho que trabalhar todos os dias. De estranhar seria o contrário.
Prevejo que, no futuro, após a morte de Soares e Almeida Santos, que se levante o véu de censura e silêncios cúmplices que duraram estes 30 anos. Como após a morte de Estaline.
Veremos.
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 15, 2005, 02:53:45 am
30 anos de socialismo...BASTA
Título:
Enviado por: komet em Dezembro 15, 2005, 03:03:03 am
Miguel, você não é todo anti-fascista e mais o camandro?  :?
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 15, 2005, 03:06:44 am
Quero e ter um novo Portugal

Durante 30 anos estamos governados por socialistas, chegou a altura de mudar!
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 15, 2005, 03:22:23 am
Citação de: "Miguel"
Durante 30 anos estamos governados por socialistas, chegou a altura de mudar!


Anibal António Cavaco Silva, esse grande socialista... :wink:
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 15, 2005, 03:26:02 am
Pereira Marques

O cavaco foi apenas 1°Ministro durante 10 anos, e foi durante esses anos que tivemos o maior desenvolvimento.

Nunca tivemos um presidente sem estar ligado ao PS!!!!  :evil:
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 15, 2005, 03:32:23 am
E eu quero voltar para a casa!!

E sei que se o Soares, é eleito vai ser a decadencia, e o fim dos meus sonhos.

 :?

o Cavaco pode não resolver tudo, mas sempre podemos ter um melhor futuro, e pelo menos uma nova esperença!

cumprimentos
Título:
Enviado por: soultrain em Dezembro 15, 2005, 04:06:32 am
Boas,

Embora não simpatize com o Dr. Mário Soares, creio ser necessario clarificar este assunto.  

Numa cimeira ( num país Africano que não me lembro), para definir a situação das colónias, com os representantes dos principais movimentos independentistas e os representantes do estado Português, Soares e Otelo. Dito pelo Otelo Saraiva de Carvalho (o seu real papel durante todo o processo revolucionário, ainda está para apurar) , mas reproduzidas de memória e pelas minhas próprias palavras:

"Foi combinado ainda em Lisboa, o regime de transição das colonias para a independencia, mas quando perguntaram quando seria dada a independencia, eu disse logo: Já !!! Estraguei o arranjinho ao outro que ficou a olhar para mim com ar de espanto"

Sei que as palavras são minhas e poderá ter sido um pouco diferente, mas a ideia é esta.

 Se alguem tiver mais dados sobre este episódio, por favor participe.

Cump.
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 15, 2005, 04:11:13 am
Citação de: "Miguel"
Pereira Marques

O cavaco foi apenas 1°Ministro durante 10 anos, e foi durante esses anos que tivemos o maior desenvolvimento.

Nunca tivemos um presidente sem estar ligado ao PS!!!!  :evil:


Só me está a dar razão, Primeiro-Ministro - Chefe de Governo, Presidente da República - Chefe de Estado (não governa, não apresenta leis, não apresenta orçamentos, etc...)

Cumprimentos
B. Pereira Marques
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 15, 2005, 04:20:46 am
Citação de: "soultrain"
Boas,

Embora não simpatize com o Dr. Mário Soares, creio ser necessario clarificar este assunto.  

Numa cimeira ( num país Africano que não me lembro), para definir a situação das colónias, com os representantes dos principais movimentos independentistas e os representantes do estado Português, Soares e Otelo. Dito pelo Otelo Saraiva de Carvalho (o seu real papel durante todo o processo revolucionário, ainda está para apurar) , mas reproduzidas de memória e pelas minhas próprias palavras:

"Foi combinado ainda em Lisboa, o regime de transição das colonias para a independencia, mas quando perguntaram quando seria dada a independencia, eu disse logo: Já !!! Estraguei o arranjinho ao outro que ficou a olhar para mim com ar de espanto"

Sei que as palavras são minhas e poderá ter sido um pouco diferente, mas a ideia é esta.

 Se alguem tiver mais dados sobre este episódio, por favor participe.

Cump.


Lembro disso foi numa entrevista a Otelo de Carvalho...
Não foi aquele TV Filme da SIC sobre o 25 Abril e quando o otelo fala no Fim?
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 15, 2005, 04:23:49 am
Constituição da República Portuguesa, de 2 de Abril de 1976

- Revista pelas Leis Constitucionais n.ºs 1/82, de 30 de Setembro, 1/89, de 8 de Julho, 1/92, de 25 de Novembro, 1/97, de 20 de Setembro e 1/2001, de 12 de Dezembro,1/2004, de 24 de Julho e 1/2005, de 12 de Agosto.


Citar
[Competências do Presidente da República]

Artigo 133º
(Competência quanto a outros órgãos)
Compete ao Presidente da República, relativamente a outros órgãos:

a) Presidir ao Conselho de Estado;
b) Marcar, de harmonia com a lei eleitoral, o dia das eleições do Presidente da República, dos Deputados à Assembleia da República, dos Deputados ao Parlamento Europeu e dos deputados às Assembleias Legislativas das regiões autónomas;
c) Convocar extraordinariamente a Assembleia da República;
d) Dirigir mensagens à Assembleia da República e às Assembleias Legislativas das regiões autónomas;
e) Dissolver a Assembleia da República, observado o disposto no artigo 172.º, ouvidos os partidos nela representados e o Conselho de Estado;
f) Nomear o Primeiro-Ministro, nos termos do n.º 1 do artigo 187.º;
g) Demitir o Governo, nos termos do n.º 2 do artigo 195.º, e exonerar o Primeiro-Ministro, nos termos do n.º 4 do artigo 186.º;
h) Nomear e exonerar os membros do Governo, sob proposta do Primeiro-Ministro;
i) Presidir ao Conselho de Ministros, quando o Primeiro-Ministro lho solicitar;
j) Dissolver as Assembleias Legislativas das regiões autónomas, ouvidos o Conselho de Estado e os partidos nelas representados, observado o disposto no artigo 172.º, com as necessárias adaptações;
l) Nomear e exonerar, ouvido o Governo, os Representantes da República para as regiões autónomas;
m) Nomear e exonerar, sob proposta do Governo, o presidente do Tribunal de Contas e o Procurador-Geral da República;
n) Nomear cinco membros do Conselho de Estado e dois vogais do Conselho Superior da Magistratura;
o) Presidir ao Conselho Superior de Defesa Nacional;
p) Nomear e exonerar, sob proposta do Governo, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, o Vice-Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, quando exista, e os Chefes de Estado-Maior dos três ramos das Forças Armadas, ouvido, nestes dois últimos casos, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas.

Artigo 134.º
(Competência para prática de actos próprios)
Compete ao Presidente da República, na prática de actos próprios:

a) Exercer as funções de Comandante Supremo das Forças Armadas;
b) Promulgar e mandar publicar as leis, os decretos-leis e os decretos regulamentares, assinar as resoluções da Assembleia da República que aprovem acordos internacionais e os restantes decretos do Governo;
c) Submeter a referendo questões de relevante interesse nacional, nos termos do artigo 115.º, e as referidas no n.º 2 do artigo 232.º e no n.º 3 do artigo 256.º;
d) Declarar o estado de sítio ou o estado de emergência, observado o disposto nos artigos 19.º e 138.º;
e) Pronunciar-se sobre todas as emergências graves para a vida da República;
f) Indultar e comutar penas, ouvido o Governo;
g) Requerer ao Tribunal Constitucional a apreciação preventiva da constitucionalidade de normas constantes de leis, decretos-leis e convenções internacionais;
h) Requerer ao Tribunal Constitucional a declaração de inconstitucionalidade de normas jurídicas, bem como a verificação de inconstitucionalidade por omissão;
i) Conferir condecorações, nos termos da lei, e exercer a função de grão-mestre das ordens honoríficas portuguesas.

Artigo 135º
(Competência nas relações internacionais)
Compete ao Presidente da República, nas relações internacionais:
a) Nomear os embaixadores e os enviados extraordinários, sob proposta do Governo, e acreditar os representantes diplomáticos estrangeiros;
b) Ratificar os tratados internacionais, depois de devidamente aprovados;
c) Declarar a guerra em caso de agressão efectiva ou iminente e fazer a paz, sob proposta do Governo, ouvido o Conselho de Estado e mediante autorização da Assembleia da República, ou, quando esta não estiver reunida nem for possível a sua reunião imediata, da sua Comissão Permanente.

[Formação e responsabilidade do governo]
 
Artigo 187º
(Formação)

1. O Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais.

2. Os restantes membros do Governo são nomeados pelo Presidente da República, sob proposta do Primeiro-Ministro.

Artigo 188º
(Programa do Governo)
Do programa do Governo constarão as principais orientações políticas e medidas a adoptar ou a propor nos diversos domínios da actividade governamental.

Artigo 189º
(Solidariedade governamental)
Os membros do Governo estão vinculados ao programa do Governo e às deliberações tomadas em Conselho de Ministros.

Artigo 190º
(Responsabilidade do Governo)
O Governo é responsável perante o Presidente da República e a Assembleia da República.

Artigo 191º
(Responsabilidade dos membros do Governo)
1. O Primeiro-Ministro é responsável perante o Presidente da República e, no âmbito da responsabilidade política do Governo, perante a Assembleia da República.

2. Os Vice-Primeiros-Ministros e os Ministros são responsáveis perante o Primeiro-Ministro e, no âmbito da responsabilidade política do Governo, perante a Assembleia da República.

3. Os Secretários e Subsecretários de Estado são responsáveis perante o Primeiro-Ministro e o respectivo Ministro.

[Competências do Primeiro-Ministro e do Governo]

Artigo 197º
(Competência política)

1. Compete ao Governo, no exercício de funções políticas:

a) Referendar os actos do Presidente da República, nos termos do artigo 140.º;
b) Negociar e ajustar convenções internacionais;
c) Aprovar os acordos internacionais cuja aprovação não seja da competência da Assembleia da República ou que a esta não tenham sido submetidos;
d) Apresentar propostas de lei e de resolução à Assembleia da República;
e) Propor ao Presidente da República a sujeição a referendo de questões de relevante interesse nacional, nos termos do artigo 115.º;
f) Pronunciar-se sobre a declaração do estado de sítio ou do estado de emergência;
g) Propor ao Presidente da República a declaração da guerra ou a feitura da paz;
h) Apresentar à Assembleia da República, nos termos da alínea d) do artigo 162.º, as contas do Estado e das demais entidades públicas que a lei determinar;
i) Apresentar, em tempo útil, à Assembleia da República, para efeito do disposto na alínea n) do artigo 161.º e na alínea f) do artigo 163.º, informação referente ao processo de construção da união europeia;
j) Praticar os demais actos que lhe sejam cometidos pela Constituição ou pela lei.

2. A aprovação pelo Governo de acordos internacionais reveste a forma de decreto.

Artigo 198º
(Competência legislativa)
1. Compete ao Governo, no exercício de funções legislativas:

a) Fazer decretos-leis em matérias não reservadas à Assembleia da República;
b) Fazer decretos-leis em matérias de reserva relativa da Assembleia da República, mediante autorização desta;
c) Fazer decretos-leis de desenvolvimento dos princípios ou das bases gerais dos regimes jurídicos contidos em leis que a eles se circunscrevam.

2. É da exclusiva competência legislativa do Governo a matéria respeitante à sua própria organização e funcionamento.

3. Os decretos-leis previstos nas alíneas b) e c) do n.º 1 devem invocar expressamente a lei de autorização legislativa ou a lei de bases ao abrigo da qual são aprovados.

Artigo 199º
(Competência administrativa)
Compete ao Governo, no exercício de funções administrativas:

a) Elaborar os planos, com base nas leis das respectivas grandes opções, e fazê-los executar;
b) Fazer executar o Orçamento do Estado;
c) Fazer os regulamentos necessários à boa execução das leis;
d) Dirigir os serviços e a actividade da administração directa do Estado, civil e militar, superintender na administração indirecta e exercer a tutela sobre esta e sobre a administração autónoma;
e) Praticar todos os actos exigidos pela lei respeitantes aos funcionários e agentes do Estado e de outras pessoas colectivas públicas;
f) Defender a legalidade democrática;
g) Praticar todos os actos e tomar todas as providências necessárias à promoção do desenvolvimento económico-social e à satisfação das necessidades colectivas.

Artigo 200º
(Competência do Conselho de Ministros)
1. Compete ao Conselho de Ministros:

a) Definir as linhas gerais da política governamental, bem como as da sua execução;
b) Deliberar sobre o pedido de confiança à Assembleia da República;
c) Aprovar as propostas de lei e de resolução;
d) Aprovar os decretos-leis, bem como os acordos internacionais não submetidos à Assembleia da República;
e) Aprovar os planos;
f) Aprovar os actos do Governo que envolvam aumento ou diminuição das receitas ou despesas públicas;
g) Deliberar sobre outros assuntos da competência do Governo que lhe sejam atribuídos por lei ou apresentados pelo Primeiro-Ministro ou por qualquer Ministro.

2. Os Conselhos de Ministros especializados exercem a competência que lhes for atribuída por lei ou delegada pelo Conselho de Ministros.

Artigo 201º
(Competência dos membros do Governo)
1. Compete ao Primeiro-Ministro:

a) Dirigir a política geral do Governo, coordenando e orientando a acção de todos os Ministros;
b) Dirigir o funcionamento do Governo e as suas relações de carácter geral com os demais órgãos do Estado;
c) Informar o Presidente da República acerca dos assuntos respeitantes à condução da política interna e externa do país;
d) Exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas pela Constituição e pela lei.

2. Compete aos Ministros:

a) Executar a política definida para os seus Ministérios;
b) Assegurar as relações de carácter geral entre o Governo e os demais órgãos do Estado, no âmbito dos respectivos Ministérios.

3. Os decretos-leis e os demais decretos do Governo são assinados pelo Primeiro-Ministro e pelos Ministros competentes em razão da matéria.

Fonte: http://www.presidenciarepublica.pt/pt/r ... stituicao/ (http://www.presidenciarepublica.pt/pt/republica/constituicao/)

Cumprimentos
B. Pereira Marques
Título:
Enviado por: soultrain em Dezembro 15, 2005, 04:25:16 am
Miguel,

Sei que foi um documentário, mas não me lembro aonde.
Gostava de o ter gravado.

Cump
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 15, 2005, 04:35:36 am
Soultrain

Estou agora a me lembrar de uma entrevista do Soares aqui a um Jornalista sobre a descolonização...

Lembro-me que ele disse, que Não entregou Macau na altura, porque foi o proprio governo da China que não queria.

Por aventura se eu encontrar a K7 da entrevista em França o que faço?
 :roll:
Título:
Enviado por: Miguel em Dezembro 15, 2005, 04:37:36 am
Macau foi a meu ver a descolonização ideal! aquela que devia ter sido feita para todas as provincias ultramarinas.

Enfim talvez eu sou um Maluco!
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 15, 2005, 04:54:29 am
Citação de: "Miguel"
Macau foi a meu ver a descolonização ideal! aquela que devia ter sido feita para todas as provincias ultramarinas.

Enfim talvez eu sou um Maluco!


Diz o Miguel e diz qualquer pessoa de bom senso :wink: , o sr. Professor Doutor Oliveira Salazar (e o seu sucessor) é que não teve a inteligência de fazer isso no fim da década de 60/príncipio da década de 70...

Cumprimentos
B. Pereira Marques
Título:
Enviado por: emarques em Dezembro 15, 2005, 06:25:17 am
Citação de: "Miguel"
Macau foi a meu ver a descolonização ideal! aquela que devia ter sido feita para todas as provincias ultramarinas.

Enfim talvez eu sou um Maluco!


Mas claro, se existisse um movimento armado em Macau que exigisse a independência, o processo talvez não tivesse sido tão suave.

Ponha-se nesta situação:
É o ministro dos negócios estrangeiros, e tem a incumbência de negociar a descolonização depois de 14 anos de guerra. Mesmo antes de partir para as negociações os seus superiores (chefe de estado e chefe de governo) dizem-lhe que é imperativo que volte com o cessar-fogo assinado.

Entretanto, os negociadores do outro lado sabem que:
1) as forças armadas do seu país acabam de fazer uma revolução para acabar com o conflito;
2) se sucedem as manifestações contra o envio de reforços para a guerra;
E estão dispostos a fincar pé aproveitando-se disso e ignorando a situação militar..

Portanto, a sua posição negocial não é famosa. E quando chega à mesa de negociações, está consigo um caramelo que representa a estrutura militar e que ainda ajuda um bocadinho mais a mostrar que as forças armadas o que querem é acabar com aquilo.

Agora, e independentemente da sua opinião pessoal sobre como deve decorrer o processo... acha que vai sair da mesa de negociações com um tratado excelente? Ou mesmo bom?
Título:
Enviado por: soultrain em Dezembro 15, 2005, 07:15:15 am
Citação de: "emarques"
Ponha-se nesta situação:
É o ministro dos negócios estrangeiros, e tem a incumbência de negociar a descolonização depois de 14 anos de guerra. Mesmo antes de partir para as negociações os seus superiores (chefe de estado e chefe de governo) dizem-lhe que é imperativo que volte com o cessar-fogo assinado.

Entretanto, os negociadores do outro lado sabem que:
1) as forças armadas do seu país acabam de fazer uma revolução para acabar com o conflito;
2) se sucedem as manifestações contra o envio de reforços para a guerra;
E estão dispostos a fincar pé aproveitando-se disso e ignorando a situação militar..

Portanto, a sua posição negocial não é famosa. E quando chega à mesa de negociações, está consigo um caramelo que representa a estrutura militar e que ainda ajuda um bocadinho mais a mostrar que as forças armadas o que querem é acabar com aquilo.

Agora, e independentemente da sua opinião pessoal sobre como deve decorrer o processo... acha que vai sair da mesa de negociações com um tratado excelente? Ou mesmo bom?


Muito bem colocado, emarques.
A posição do Otelo foi mais que uma ajudinha, foi uma explosão. Todos os presentes foram surpreendidos.


Cump.
Título:
Enviado por: NVF em Dezembro 15, 2005, 09:48:44 am
Citação de: "Miguel"
A independencia estava prevista, os objetivos do Caetano era de dar uma independencia corecta como fez o reino unido as suas antigas colonias.



Isso e' completamente mito, os ingleses tambem tiveram rebelioes armadas/guerras em Africa (e nao so') antes de concederem independencia 'as colonias. E os regimes que se seguiram 'as independencias eram tudo menos democracias, como as entendemos.

O que eles fizeram diferente foi, em alguns casos, conceder independencia antes de nos. Assim, quando comecaram as nossas guerras em Africa, eles puderam colocar-se rapidamente ao lado dos "povos africanos que almejavam a liberdade".

Uma cambada de hipocritas e' o que esses bifes sao; chegam ate' a ser pior que os franceses. E depois, como co-dominam a imprensa internacional, conseguem branquear-se e, simultaneamente, enxovalhar quem nao lhes interessa.
Título:
Enviado por: NVF em Dezembro 15, 2005, 09:50:26 am
PT, aonde esta' a serenidade e a objectividade que te costumam ser caracteristicas? Nao estaras, porventura, a deixar que um odio de estimacao pelo Soares te tolde a razao?  :)
Título:
Enviado por: Moi em Dezembro 15, 2005, 04:09:36 pm
Citação de: "papatango"
E claro que também se pode tratar de uma opinião de pessoas que não puseram os pés em nenhuma ex-colónia, que acreditaram numa realidade, e que ao longo dos anos, chegaram à conclusão de que os responsáveis pela "Descolonização Exemplar", afinal estavam errados.

Afinal mentiram, afinal censuraram e, afinal, cometeram o mesmo tipo de desmandos que criticavam na ditadura. Mentiram, para justificar as suas acções.
Quando tem decisões dificeis que tomar, Soares é um homem que escolhe o caminho mais fácil. Não importa se é o melhor, o que importa é que é o mais fácil.

Foi o que Soares fez. Escolheu o caminho mais fácil. O caminho da rendição.

Para justificar esse caminho, ainda hoje, Soares e a pandilha, inventam uma guerra perdida (que do meu ponto de vista foi um erro histórico de Salazar, já aqui o afirmei) que na realidade foi ganha.

Nem sequer isso ficou para os milhares que passaram por África, e para as memórias dos que lutaram e morreram.

Nós ganhámos a guerra Moi. Ganhámos a guerra em Angola, e ganhámos a guerra em Moçambique.

Mário Soares, entregou o ouro ao bandido, quando o bandido já estava desarmado.
Por isso, inventa um bandido forte e poderoso, para justificar o facto de lhe ter entregue o cofre.

= = =
Soares não é o homem que defendeu o direito à indignação?
Soares não é o mesmo homem que defendeu o bloqueio da ponte 25 de Abril, baseado nesse mesmo direito à indignação?

A indignação só é legítima se for de esquerda?

Não há pachorra!

Todo o cidadão tem o direito a ficar indignado e tem o direito a ser informado. O homem que "agrediu" o Soares, é apenas uma ponta num iceberg de pessoas que foram humilhadas pela pandilha, e obrigadas a calar o bico, em nome do interesse nacional.

Cumprimentos



Papatango este é o meu post de ontem, o qual não consegui colocar, pois o fórum estava a dar erro.

Dizia isto:

Bom daqui a pouco voltamos às «questões de polícia»...

Caso não haja memória, fomos o último país colonizador a sair de África, com vários exemplos, bons e maus, que podíamos seguir. Bélgica, Inglaterra, França, etc.. Mas não. Fomos para a Guerra defender o que é nosso, como dizem alguns. Mas que afinal, e um pouco mais de seriedade revela que não era nosso. Há um pormenor que diz tudo. Os colonizadores brancos «lá» nascidos eram portugueses, tinham BI, os de «lá» tinham o Cartão do Indígena, eram cidadãos de segunda, estranhos no próprio país.
Tínhamos sim, interesses nossos.
Convém ressalvar também, que a maioria dos que para lá foram combater foram obrigados, e foram obrigados a defender os interesses dos colonos, que eles nem sonhavam que tinham um modo de vida superior ao que a larga maioria tinha nas respectivas aldeias.

Agora, obviamente, e a culpa é inteiramente do regime salazarista, 13 anos depois de uma guerra, há fracturas e passos que se tomaram e não se pode voltar atrás. Nas maiores colónias havia movimentos de independência armados que estavam dispostos a ser independentes. Ser um país com bandeira própria e fazer as suas próprias leis. Necessariamente não desejariam que os «brancos» que mandaram séculos por lá continuassem a mandar. Mas isto, 13 anos depois.

Eles não iriam voltar atrás, e perdemos muito mais depois, do que teríamos perdido se logo no início da década de 1960 tivéssemos sido inteligentes. Mas cá vigorava a cegueira solitária.

Quanto ao mito da guerra ganha. De facto, os acontecimentos que levaram ao 25 de Abril davam conta de uma Guerra num impasse em Angola e Moçambique, como as guerras de guerrilha sobrevivem. Um impasse que se prolonga tempo demais para não ser resolvido. A guerra do Vietname foi assim.

A Guiné, em 1973, declarou unilateralmente a independência e foi logo reconhecida por nove países (entre eles a França se não estou em erro). Estávamos num impasse diplomático e militar, também do ponto de vista de compra de materiais.

A Guerra não estava ganha, estava num impasse insustentável, até economicamente «cá». Lá, com o esforço de guerra, as colónias já davam prejuízo.

O caminho da rendição foi o possível, a descolonização foi a possível. Ninguém garante que os movimentos independentistas deposessem as armas caso as suas reivindicações não fossem atendidas.



Quanto a isto:

«A indignação só é legítima se for de esquerda?

Não há pachorra! »

Não, também é legítima se for de direita.

Não há pachorra para o quê? Para a Esquerda? Também penso o mesmo em relação à direita.
Título:
Enviado por: Moi em Dezembro 15, 2005, 04:23:24 pm
Em relação a outros post's


Ao Miguel

Pelos vistos a tecnologia ainda não encurta as distâncias, no seu caso escurta as vistas. Onde é que existiu um sistema socialista em Portugal nos últimos 30 anos? Se um dia decidir voltar a Portugal, lembre-se que cá não terá o sistema de segurança social socialista francês.

E diz você: Bom, mas a não ser assim é une merde, non?
E digo eu: É. é que cá tivemos a direita no poder durante 18 anos, que utilizou o dinheiro da CEE/UE para dar dinheiro à «malta» do betão e gastá-lo em fundos perdidos sem controlo nenhum, sabendo que com isso estava a construir uma base eleitoral, que lhe valeria votos. Entretanto, anos depois, pagamos a factura de termos um povo pouco especializado (sistema de educação de merde) e por isso mal pago, com empresas fracas pouco empreendedoras, por também o mercado estar entregue a um punhado de «majors».

Mas mesmo assim, depois de terem sido eles os detentores do poder na maioria dos anos da democracia, acham que a culpa é dos outros!

Ao emarques

Bom post, é isso aí.

Ao Pereira Marques

Vale sempre a pena explicar o que «faz» um Presidente da Républica, para que a «espuma» não unte a mente. Parabéns pelo post.
Título:
Enviado por: emarques em Dezembro 15, 2005, 07:05:32 pm
Citação de: "NVF"
Citação de: "Miguel"
A independencia estava prevista, os objetivos do Caetano era de dar uma independencia corecta como fez o reino unido as suas antigas colonias.


Isso e' completamente mito,

Não sei se será completamente mito. Lembro-me de um documentário da RTP em que chegaram a entrevistar algumas pessoas que teriam sido enviadas pelo Caetano a Londres onde se encontraram com representantes do PAIGC (acho) para discutir a possibilidade do reconhecimento da independência. As supostas negociações teriam começado a 23 ou 24 de Abril de 1974...

O problema, claro, é ser "too little, too late" e em segredo.
Título:
Enviado por: papatango em Dezembro 15, 2005, 10:04:25 pm
Moi ->

Este é naturalmente um tema interessante, e que dá muito para falar, creio que devemos criar um tópico específico para discutir os assunto.

Não me é possível neste momento contestar os pontos de vista que apresenta.

Mas, naturalmente, não estou de acordo com eles :)

Isto, levado sempre em consideração que eu também acho a guerra um erro. Estou de acordo com a questão que apontou relativa a parte dos colonos ter um nível de vida superior ao dos soldados que foram enviados da "metropole" para os defender.
No entanto, as análises tácticas e as micro-análises, indicam uma realidade muito diferente da ideia genérica sobre a situação em 1973-1974.

São os pequenos sinais, as pequenas notícias, as pequenas reacções, os pequenos comentários de Mário Soares e de outros "líderes" que me levaram a mudar de posição ao longo dos últimos anos relativamente à descolonização.

Há demasiada areia atirada para os nossos olhos. Mas há pessoas que entendem porque é que os olhos ardiam.

Há coisas na "Estoria" que nos contam, que não fazem sentido. A começar pelos negócios de alguns dos capitães de Abril, em Angola nos anos a seguir à independência.

Volateremos ao tema mais tarde, mas infelizmente não posso prolongar-me, porque tería que ír à procura de citações e de livros onde tenho passagens sublinhadas. São as passagens e os recortes que me permitiram criar uma imagem muito diferente daquela que é oficialmente aceite.

A questão da descolonização é extremamente complexa, e a razão da existência do império, tem a ver com as razões que estão na origam da expansão ultramarina.

Eu, recuso-me a olhar para Portugal com os olhos da racionalidade europeia redutora, originária em Bruxelas, eurocentrista por natureza e anti-atlântista por opção.

Até mais tarde.
Cumprimentos
Título:
Enviado por: Spectral em Dezembro 16, 2005, 12:33:42 am
Citar
Não sei se será completamente mito. Lembro-me de um documentário da RTP em que chegaram a entrevistar algumas pessoas que teriam sido enviadas pelo Caetano a Londres onde se encontraram com representantes do PAIGC (acho) para discutir a possibilidade do reconhecimento da independência. As supostas negociações teriam começado a 23 ou 24 de Abril de 1974...

O problema, claro, é ser "too little, too late" e em segredo.



Uma coisa é abrir discussões para a independência da Guiné, onde a guerra corria (relativamente aos outros terrenos) mal e era um território sem grande importância económica, outra conceder a independência a colónias como Angola ou Moçambique. Tal parece-me ir contra a própria matriz de base do Estado Novo e não tenho muitas dúvidas que haveria uma reação militar por parte dos seus elementos mais à direita, como Kaúlza de Arriaga.

E quanto a sugerir que um Portugal ditatorial poderia conduzir uma descolonização como a efectuada pelo Reino Unido, bem isso é pura fantasia.
Título:
Enviado por: Pantera em Dezembro 16, 2005, 01:45:29 am
Eu pessoalmente sou contra este "tipo de agressão",porque acho que foi demasiado leve.

Mas a sério,o ex-combatente agrediu,por causa do facto de gastarmos por ano 40.000 cts a proteger as casas do Soares,enquanto eles nada têm.Como li no correio da manhã o individuo tinha casa e vida feita em Angola e depois veio para cá apenas com a mulher e os filhos pequenos.
Isso faz-me lembrar o meu pai e a minha mãe,tinham casa lá e depois tiveram que vir de avião para cá,com o meu irmão ainda na alcofa,não trouxeram nada de Angola,perderam tudo.E hoje o Soares tem tudo na vida,é por isso que acho mal esta agressão pois deveria ser bem maior. :twisted:
Título:
Enviado por: TOMKAT em Dezembro 16, 2005, 07:01:04 am
Citação de: "emarques"
...
 Lembro-me de um documentário da RTP em que chegaram a entrevistar algumas pessoas que teriam sido enviadas pelo Caetano a Londres onde se encontraram com representantes do PAIGC (acho) para discutir a possibilidade do reconhecimento da independência. As supostas negociações teriam começado a 23 ou 24 de Abril de 1974...

O problema, claro, é ser "too little, too late" e em segredo.


Em especial "too late" emarques.
Os pretensos passos dados em direcção a uma hipotética decolonização dados por Marcelo Caetano, chegaram com 10 anos de atraso.
Os movimentos independentistas nessa altura já sofriam de demasiadas influências externas, especialmente russas e chinesas e até os americanos já metiam a "colher" neste assunto.
A independência da Guiné era inevitável, aconteceria mais tarde ou mais cedo, aliás o PAIGC já tinha proclamado a independência do território antes da revolução de Abril.
Para Angola e Moçambique preconizavam-se soluções tipo Rodésia.
Vejam como está hoje esse país, actual Zimbabwe, para ver da validade dessas soluções.