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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: papatango em Setembro 27, 2005, 03:19:23 pm

Título: AUTOEUROPA - VW Marrakech fica em Wolsburg
Enviado por: papatango em Setembro 27, 2005, 03:19:23 pm
Foi hoje confirmado aquilo que já se sabia há uma ou duas semanas pelo menos. A fábrica de Palmela da Autoeuropa, onde se fabricam os VW Sharan e Ford Galaxie, não fabricará o novo modelo todo o terreno do fabricante alemão.

A Autoeuropa, ficará com a construção do novo desportivo da Volkswagen, mas não produzirá um segundo veículo.

A conclusão, é a de que ao contrário do que dizem alguns aráutos do liberalismo, que em Portugal se prostituem aos espanhóis sob o argumento de que o capital não tem Pátria, afinal estão enganados.

O capital tem Pátria, e em situações de crise, o capital alemão optou por ficar na sua terra e defender os seus postos de trabalho.

Que sirva de lição aos iberistas, espanholistas e Mario Soaristas, que advogam a diluição de Portugal na ibéria.

O Capital tem Pátria, quando os cidadãos têm coragem para manter a sua dignidade.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: komet em Setembro 27, 2005, 03:30:52 pm
Não é demais lembrar o "movimento 560", sempre que possível comprem português meus caros!
Título:
Enviado por: Dinivan em Setembro 27, 2005, 03:42:39 pm
El capital no tiene patria. Hay muchas razones por las cuales VW pueda haber decidido fabricar allí el modelo: tal vez la fábrica alemana tenia capacidad de producción desaprovechada. Tal vez otras fábricas estén saturadas. Puede que lo haya hecho a modo publicitario para no empeorar su imagen en Alemania (como le ha pasado Deutsche Bank por ejemplo), o simplemente por que como oficialmente indica VW, se haya llegado a un acuerdo para reducir allí los costes de producción... no sé sobre que base afirma usted que lo ha hecho por que su sede esté en Alemania, si lo ha afirmado la propia VW o algún periódico, ¿podría usted dar la fuente?

Citar
Segundo uma fonte oficial do grupo alemão, após negociações com os sindicatos registadas durante esta última noite, foi possível assegurar uma redução dos preços de produção do novo modelo.

Em comunicado, o director da Volkswagen, Wolfgang Bernhard, referiu que o entendimento com os sindicatos permitiu reduzir em cerca de 850 euros o custo de cada unidade produzida, o que viabilizou a escolha de Wolksburgo.

Caso o modelo Marrakesh não fosse produzido na fábrica da Volkswagen na Alemanha, que conta com cerca de 50 mil trabalhadores, isso poria em causa cerca de mil postos de trabalho
Título:
Enviado por: NVF em Setembro 27, 2005, 07:23:35 pm
PT, esqueceste-te do SEAT Alhambra que tambem e' fabricado na Autoeuropa  :)
Título:
Enviado por: 3520 em Setembro 27, 2005, 10:44:57 pm
eheheh  :twisted:
Título:
Enviado por: papatango em Setembro 28, 2005, 02:05:39 pm
É verdade. Tinha-me esquecido da Volkswagen de Espanha.


Citação de: "Dinivan"
El capital no tiene patria. Hay muchas razones por las cuales VW pueda haber decidido fabricar allí el modelo: tal vez la fábrica alemana tenia capacidad de producción desaprovechada. Tal vez otras fábricas estén saturadas.


O capital tem Pátria e este caso é a maior demosntração disso mesmo.

A fábrica de Palmela é presentemente uma das mais, se não a mais sofisticada e produtiva fábrica da VW na Europa.
Segundo toda a comunicação social noticiou, o VW Marrakech fabricado em Palmela, teria um preço de custo €1.000 inferior ao da fábrica de Wolfsburg mesmo com o transporte incluido.

A fábrica de Palmela quer por causa do custo da mão de obra (que em Portugal é inferior à Alemanha), quer pelo facto de a fábrica  ter dos maiores níveis de robotização e automatização, é mais competitiva que a de Wolfsburg.

Segundo as últimas noticias, os sindicatos aceitaram reduzir os salários dos trabalhadores, de forma a que a diferença de €1000 a favor da fábrica de Palmela fosse reduzida para apenas €150. (Os €850 de diferença foram assumidos pelos trabalhadores alemães, para poderem competir com os portugueses).

Mas mesmo assim, o VW MARRAKECH vai sair de Wolfsburg mais caro que se saisse de Palmela. Custará €150 a mais.

A decisão não é uma decisão económica, (se não o carro sería fabricado em Portugal), é uma decisão politica e que tem principalmente a ver com a pressão de um tal senhor Stoiber.

O Senhor Edmund Stoiber, é o responsável máximo do partido CSU, e é o Primeiro Ministro da Baviera.
O Estado da Baviera, é dono de 30% do capital da Volkswagen, e as pressões já ocorriam antes do periodo eleitoral na Alemanha.

O Capital tem Pátria, e este caso é uma demonstração clara e evidente disso.

Cumprimentos
Título: Sindicatos dão o dito pelo não dito
Enviado por: USB80 em Dezembro 23, 2005, 07:55:35 pm
http://www.diarioeconomico.com/edicion/ ... 02006.html (http://www.diarioeconomico.com/edicion/diario_economico/nacional/empresas/pt/desarrollo/602006.html)

Só gostaria de referir a atitude dos trabalhadores (sindicatos?) da Autoeuropa ao não aceitar agora as condições do pré-acordo de aumentos salariais já negociado. Acho muito bem, lutem e chateiem os Alemães que eles não têm mais onde produzir carros. É bem sabido que os trabalhadores portugueses da Autoeuropa são os melhores e mais qualificados do Mundo, por isso podemos pressionar e chatear os Alemães até à exaustão porque eles sem nós estão perdidos!

Acho uma atitude muito inteligente por parte dos trabalhadores da Autoeuropa, e se a VW decidir deslocar a fábrica para outro país, que se lixe, o problema é deles, nós é que não cedemos!

Se a isto acrescentar-mos o aumento de mais de 10% que vai sofrer para o ano a electricidade, que era uma reclamação já antiga da administração da VW, temos todos os ingredientes para os alemães nunca mais querer sair daqui!  :dormir:
Título: Re: Sindicatos dão o dito pelo não dito
Enviado por: jango em Dezembro 26, 2005, 03:40:56 pm
Citação de: "USB80"

Só gostaria de referir a atitude dos trabalhadores (sindicatos?) da Autoeuropa ao não aceitar agora as condições do pré-acordo de aumentos salariais já negociado. Acho muito bem, lutem e chateiem os Alemães que eles não têm mais onde produzir carros. É bem sabido que os trabalhadores portugueses da Autoeuropa são os melhores e mais qualificados do Mundo, por isso podemos pressionar e chatear os Alemães até à exaustão porque eles sem nós estão perdidos!

Acho uma atitude muito inteligente por parte dos trabalhadores da Autoeuropa, e se a VW decidir deslocar a fábrica para outro país, que se lixe, o problema é deles, nós é que não cedemos!

Se a isto acrescentar-mos o aumento de mais de 10% que vai sofrer para o ano a electricidade, que era uma reclamação já antiga da administração da VW, temos todos os ingredientes para os alemães nunca mais querer sair daqui!  :D  :D

Cuidado USB80...temos por aqui muita gente de Lx..e para aqueles lados é só sindicalistas....
Título:
Enviado por: Marauder em Fevereiro 09, 2006, 10:49:09 pm
Boas

....sim....então que continuem intransigentes que se um dia, a VW começar a apresentar resultados negativos, vamos a ver aonde é que as fábricas fecham. Lá para as Americas ainda à umas semanas foram anunciados uns 40mil despedimentos. Relativamente aos empregos directos e indirectos criados com a Auto-Europa não sei o numero, mas sei que teriam um impacto maior na nossa economia que esses 40mil nos EUA. Pessoalmente fico contente que tenham chegado a acordo.

    Se a nossa fábrica que sim, era a mais produtiva à 2 anos atrás foi ficando esquecida nas mentes deles, até ao ponto que actualmente a produção está para metade, então veremos qual é a economia que ficará mais afectada com o fim da Auto-Europa. A da VW ou a de Portugal?

     Infelizmente é mm assim, hoje em dia nem o sindicato e ja nem o estado podem fazer muito nestas discussões laborais. O nossos sindicatos são muito fracos, não como na alemanha onde para cada sector de actividade existe 1 sindicato, uma só voz, tem um enorme peso nas negociações.

  Não podemos fazer muita fita USB80, senão arriscamo-nos a queimarmo-nos com o fogo.


    saudações
Título:
Enviado por: Leonidas em Fevereiro 10, 2006, 01:52:00 am
Saudações guerreiras.

Bem-vindo Marauder ("da arca perdida")  :D

Citação de: "Marauder"
Se a nossa fábrica que sim, era a mais produtiva à 2 anos atrás foi ficando esquecida nas mentes deles, até ao ponto que actualmente a produção está para metade, então veremos qual é a economia que ficará mais afectada com o fim da Auto-Europa. A da VW ou a de Portugal?

Alguém tem dúvidas quanto á resposta?

Citação de: "Marauder"
Infelizmente é mm assim, hoje em dia nem o sindicato e ja nem o estado podem fazer muito nestas discussões laborais. O nossos sindicatos são muito fracos, não como na alemanha onde para cada sector de actividade existe 1 sindicato, uma só voz, tem um enorme peso nas negociações.


Não sei se será uma questão de sindicalismo fraco ou forte. Nestas coisas só podia haver uma solução ou aceitavam ou sujeitavam-se ao pior que, na pior das hipóteses, não para já, era o enceramento da fábrica a médio longo prazo. A meu ver, a decisão que se tomou em primeiro era aquela que mais se ajustava aos interesses dos trabalhadores, quando 55% deles votou contra os aumentos previstos para 2006. A cantiga das administrações das empresas estrangeiras é sempre a mesma, ou aceitam ou não há mais nada para ninguém, ponto final, parágrafo. Se isto não é chantagem anda lá perto. Para mim isto não é normal, porque é estar a condicionar o bem estar de todos os que dependem da existência daquela empresa e a condicionar também todos os portugueses. O que ouvimos por aqui é que só a produção da Auto-Europa é responsável por 2 a 3% do PIB português logo é condicionar o desenvolvimento de todo um país.

As coisas que se passam na Alemanha são muito diferentes em relação a qualquer país onde seja receptor de industria importante como esta. Eles lá têm o poder que têm, porque a possibilidade da Volkswagen mudar a produção total para outro país é muito mas muito remota senão totalmente impossivel, mesmo sendo isso sempre apetecível. Mas claro, será também uma coisa totalmente intolerável sob o ponto de vista político. Não estamos a falar de empresas têxteis ou calçado, atenção. Sendo assim o poder de negociação é sempre maior do que num país como o nosso, pudera, com as costas quentes tudo é possível!!!! Mesmo a AGMetal (acho que é assim que se chama o maior sindicato da Alemanha) é obrigada a ceder, mas serão sempre benificiados indiretamente, ainda para mais na Alemanha. Se fosse nos EUA eu ainda torcia o nariz por não haver maior proteção aos desempregados, agora aí!!

Os governos num país como Portugal serão sempre apanhados de calças nas mãos. Aquilo que qualquer governo pode fazer é zero e se arrebitar o cachimbo sujeita-se, em menos de 2 anos, a ver desaparecer uma péssima fonte de rendimentos para o país. Que chatice!! Aliás qualquer empresa poderosa, não necessita de pretexto para levantar o barraco e ir vender para outra feira, basta decidir que se quer ir embora e vai. O que os governos fazem, nestes casos, é afirmar que seriam os que lá trabalhavam os responsáveis, como sempre. Só acredita quem quer acreditar, porque nunca se tratou deste argumento. Depois aumentam-se os impostos e apertam com os contribuintes honestos do costume para ver se a coisa vai lá, tornando-nos assim ainda muito mais competitivos que nunca. Não sei porque razão os Alemães ainda não nos copiaram …  

O que está em causa é o subdesenvolvimento do país em áreas que como esta, num passado não muito distante, pura e simplesmente se deixou acabar por completo, por pura negligência política. Não nos podemos dar ao luxo de cometer calinadas atrás de calinadas, porque não temos back-up suficientemente poderoso e convincente para vivermos descançados por comparação com um país como a Alemanha. Um país que tem competência técnica suficiente para isto e mais alguma coisa, porque não o faz?
Enfim, não se pode ter tudo. Por nós não conseguirmos, se não são os outros, o que haveria ser de nós? É mesmo muito bonito, isto tudo.

Vêm os outros com empresas muito bonitas e tal. O governo manda dizer que se enquadra no plano tecnológico.
Nós aqui vamos continuar a fazer aquilo que sempre conseguimos fazer de melhor, construir e pedir dinheiro emprestado para ir de férias, nem que seja á praia dos tesos.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Marauder em Fevereiro 10, 2006, 09:36:27 am
Caro Leonidas,

         é verdade, o quadro de negociações sociais não é assim tão negro como aparentemente retratei. O que queria dizer é que é sempre no fim uma decisão das empresas, elas é que tem o poder, de resto é sempre o normal, elas apresentam um valor muito baixo, os sindicatos sempre um valor muito alto ( pensam que é num ano que conseguem recuperar a diferença..), e pronto, lá se consegue chegar a um acordo e subir uns valores.

       
Citar
Saudações guerreiras.

Bem-vindo Marauder ("da arca perdida")  

Marauder escreveu:
Se a nossa fábrica que sim, era a mais produtiva à 2 anos atrás foi ficando esquecida nas mentes deles, até ao ponto que actualmente a produção está para metade, então veremos qual é a economia que ficará mais afectada com o fim da Auto-Europa. A da VW ou a de Portugal?


Alguém tem dúvidas quanto á resposta?


   Pois, seria Portugal. A VW tem um cadeia de fábricas a produzir, os concorrentes directos da Auto-Europa, e caso as negociações salariais desta dessem para o torto, com os sindicatos a não cederem, o mais provavel seria no fim da produção do novo descapotavel, o Eos, simplesmente não atribuiriam novos projectos e a fábrica fechava. O único senão é que estas decisões custam dinheiro, o custo de desinvestimento, também chamado na literatura como barreiras à saida ( está algures no Modelo de 5 forças de Porter).
 
     Não quero insinuar que a Auto-Europa é a economia portuguesa, nem pouco mais ou menos. É verade que representa uma pequena fatia do nosso PIB, o que é um feito notável. A minha preocupação era que uma noticia como o fecho da Auto-Europa teria na força anímica dos portugueses, uma economia que está a lutar para recuperar e desenvolver-se, seria a meu ver a "ultima machadada". De noticias más já bastam as texteis em Portugal, cada dia que passa é menos uma e mais desempregados. O impacto psicologico do fecho da Auto-Europa a meu ver seria superior ao económico.


     Relativamente ao nosso modelo social, posso-lhe afirmar que ele é fraco, quando estudei os modelos sociais tive a oportunidade de os comparar com o modelo alemão e sueco, e revi melhor o alemão. Existem muitos factores que fazem o nosso modelo fraco. Em primeiro lugar o tecido economico português, que é feito das PME, empresas que não "alimentam" sindicatos normalmente. Enquanto muitas nem tem sindicalistas, outras tem os chamados comissão de trabalhadores. Outro factor é a variedade e divisão politico-ideologica dos nossos sindicatos. São 5 sindicatos, em que somente 2 têm razoavel poder, a CGTP e a UGT. Neste aspecto não sou o melhor para dizer qual destes é o mais forte,  penso que é a CGTP mas não posso garantir. Para além destes 5 existem outras dezenas de confederações e etc.

    No fim, quando existem negociações a tratar, existem sempre conflictos entre sindicatos, ou simplesmente não aparecem. Em qualquer dos casos o poder negocial é reduzido.


    Bem isto é a teoria, mas na prática não podemos pensar assim, temos que lutar, com cabeça, e perceber quando é para ceder. Fico contente que se tenha chegado a acordo na Auto-Europa E QUE os trabalhadores no fim vão ter melhores condições salariais. Mas é um jogo arriscado que se deve saber quando se deve ceder.

    Sim, porque a fábrica de Wolfsburgo até estava às lonas, sem projectos em vista, tanto que a atribuição do Marrakesh a meu ver foi mais politica que outra coisa. Mas ao contrario do Papatango, eu penso que o capital não tem pátria, se assim fosse então Portugal ainda estaria pior em termos de desemprego e de economia (..ou talvez não). Cada país tem que respeitar as normas da UE e CE, por isso é que existem autoridades da concorrencial, quer ao nível da CE quer ao nível nacional.
 A decisão alemã penso que se prendeu com o efeito psicológico ( aqui entra um pouco o "capital tem pátria", afinal...Wolfsburgo é uma cidade histórica pela sua ligação à industria alemã, e grande impacto teria no mercado interno alemão se os alemães vissem uma empresa alemã a despedir alemães para produzir elsewhere), mas também aos custos de desinvestimento, agora que a VW tem uma cadeia de fábricas, o normal será tentar "alimentá-las" a todas com projectos, ou, vendo que tem um numero demasiado grande, eliminar 1 ou 2, com os grandes custos que isso implicada.

      O capital não tem pátria, que digam os trabalhadores da Ford, 30 mil para o desemprego nos EUA, mais quase 10mil da GE nos EUA e outros casos.

     Saudações
Título:
Enviado por: Marauder em Fevereiro 10, 2006, 02:33:58 pm
Boas, noticias bem frescas..

Volkswagen admite cortar até 20.000 empregos

O grupo Volkswagen prevê suprimir 20 mil empregos nos próximos três anos, de acordo com um conjunto de medidas de restruturação anunciadas esta sexta-feira.


A líder europeia da indústria automóvel e principal operador do Parque Palmela anunciou este plano na mesma ocasião em que divulgou os resultados de 2005.

No ano passado, o lucro do grupo que opera a Autoeuropa alcançou 1,12 mil milhões de euros, superando os pouco mais de 835 milhões esperados por analistas.

O desempenho reflecte um crescimento superior a 61% no lucro líquido, enquanto o resultado antes de impostos superou 1,7 mil milhões, sobre vendas anuais que atingiram 95,3 mil milhões de euros.

Por seu lado, o lucro operacional aumentou 70%, até aos 2,7 mil M€, graças aos resultados do programa ForMotion.

O cash flow operacional da divisão automóvel cresceu 30% para os 2,39 mil milhões, graças a restrições no capex (gastos de investimento).

10-02-2006 14:08:03



       ...  a continuar com o meu outro comentário, no fundo à que ter cuidado porque negociações salariais é brincar com o fogo.

         Espero que esta noticia não envolva Portugal. A nível de conteudo somente tenho a estranhar visto que todos os indicadores estão positivos, e denotam crescimento do lucro, o porquê de medidas tão severas. Talvez tenha sido algum detalhe estratégico que escapou ao jornalista.


        Saudações
Título:
Enviado por: Leonidas em Fevereiro 12, 2006, 04:29:29 pm
Saudações guerreiras.

Citação de: "Marauder"
é verdade, o quadro de negociações sociais não é assim tão negro como aparentemente retratei. O que queria dizer é que é sempre no fim uma decisão das empresas, elas é que tem o poder, de resto é sempre o normal, elas apresentam um valor muito baixo, os sindicatos sempre um valor muito alto ( pensam que é num ano que conseguem recuperar a diferença..), e pronto, lá se consegue chegar a um acordo e subir uns valores.

Caro Marauder, é claro que se sabe que o poder tem obrigatoriamente de estar nas empresas. Isso eu sei e ainda bem que é assim, caso contrário estávamos num Kibutz ou pior, num sistema de economia planificada, tipo URSS, o que seria perfeitamente descabido. O mesmo se passa na Alemanha, claro. Isto só pode ser verdade, primeiro lá (aí) e só depois cá, na grande maioria das vezes, seja no que for.

Para mim Portugal tem todo o interesse em que a Alemanha e o seu povo (fazendo os operários logicamente parte desse mesmo povo) seja o mais desenvolvido possível, porque é um grande receptor de turismo - uma industria importantíssima cá. A Alemanha é só um dos grandes contribuidores em “cash” em Portugal e a juntar a tudo isto, a Alemanha também é, ainda, uma grande receptora de uma boa parte da produção que cá se faz.

Isto é só para realçar a importância de que sendo os operários da Alemanha, nascidos ou naturalizados, como alemães, devem ter mais poder de compra do que muitas pequenas ou pequeníssimas empresas portuguesas no final de cada ano. Basta ver que a mentalidade na Mercedes é que cada funcionário tenha amor á camisola e assim sendo ele também adquirir o seu Mercedes e assim se salva o seu posto de trabalho e muitas, mas muitas mais coisas boas que advêm desse simples gesto para todos eles. Só isto é mais que suficiente para se estar atento a tudo o que lá se passa. Aliás não só nós tugas, como toda a Europa.

Seja no que for, eles terão sempre mais vantagem, mas atenção, esta conversa dos operários é acessória, ou melhor, é mais acessória lá do que aqui, mas não é isso que está em causa, claro, nunca pode estar. O que estão é questão é forçosamente termos que estar sempre dependentes e com isso pouca ou nenhuma vantagem traz no geral, por muitas exportações que se façam. Não estou, porém, também a querer desvalorizar as exportações, atenção. Simplesmente tenho em conta as caracteristicas especifias ou não de Portugal.

Citação de: "Marauder"
Pois, seria Portugal. A VW tem um cadeia de fábricas a produzir, os concorrentes directos da Auto-Europa, e caso as negociações salariais desta dessem para o torto, com os sindicatos a não cederem, o mais provavel seria no fim da produção do novo descapotavel, o Eos, simplesmente não atribuiriam novos projectos e a fábrica fechava. O único senão é que estas decisões custam dinheiro, o custo de desinvestimento, também chamado na literatura como barreiras à saida ( está algures no Modelo de 5 forças de Porter).
Não esquecer que nestas coisas há muita poeira pelos ares a tentar cegar mais algum incauto. Eles estão cá, mas porque lhes cheirava a dinheiro e outras facilidades. Se eles quiserem irem embora, eles vão com o mais á vontade deste mundo, porque onde eles se irão instalar, de certeza que lhes será muito mais rentável e porque lhes compensará. Basta só abanar com umas folhas de papel a dizerem mai$ $ub$idio$, por exemplo. É claro, o que não pode acontecer é tudo ser feito ás descaradas, porque aí a comissão interviria.  :D

Citação de: "Marauder"
Relativamente ao nosso modelo social, posso-lhe afirmar que ele é fraco, quando estudei os modelos sociais tive a oportunidade de os comparar com o modelo alemão e sueco, e revi melhor o alemão. Existem muitos factores que fazem o nosso modelo fraco. Em primeiro lugar o tecido economico português, que é feito das PME, empresas que não "alimentam" sindicatos normalmente. Enquanto muitas nem tem sindicalistas, outras tem os chamados comissão de trabalhadores. Outro factor é a variedade e divisão politico-ideologica dos nossos sindicatos. São 5 sindicatos, em que somente 2 têm razoável poder, a CGTP e a UGT. Neste aspecto não sou o melhor para dizer qual destes é o mais forte, penso que é a CGTP mas não posso garantir. Para além destes 5 existem outras dezenas de confederações e etc.


Corrija-me se estiver errado, não é de estranhar e não será de estranhar. Desde 1640 que andamos a brincar, nada mais. Aquilo que temos é fruto da nossa total incompetência. Se não são os agentes económicos são os governos e andamos neste ciclo vicioso, salvo alguma rara excepção na história de Portugal. Veja só que aquilo que este governo está a fazer. Por um lado está, na generalidade, a tentar disciplinar/ajustar/reformar/etc (é á escolha do freguês) o sistema e por outro lado está a dar um tiro no pé com investimentos que não vão em nada beneficiar Portugal daqui a 10/20/30/40/etc. anos.

Tenho que concluir que até agora não vi nada que me fizesse espantar (pela positiva, claro). Um tal plano dito tecnológico, enfim, lá está, em termos práticos até agora “só está a resultar porque são os outros”. Mas que raio de plano é este. Onde é que está a industria/empresa nacional? O que se está a passar é mais uma ilusão se as coisas não se inverterem.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Marauder em Fevereiro 12, 2006, 06:51:57 pm
Boas,      

        O turismo é, e vai continuar a ser nos próximos tempos um dos motores do nosso país, no entanto o turismo é volatil. Sem querer entrar em paranoia, mas há sempre que referir que um atentado terrorista em Portugal ou um derramamento petrolifero no Algarve (que tem grande peso no turismo em Portugal) teria consequencias más, para não dizer catastróficas.

   Portugal deve tentar obter e manter bons clusters industriais. Já temos o automóvel, bom, ah que manter e conseguir mais. Cortiça também. No entanto, sempre que possivel devemos tentar mais, pois quem relaxa e leva as coisas como certas acaba por "morrer". Se os empresários do Vale do Ave soubessem que iriam sofrer enormemente com os texteis chineses talvez teriam aproveitado melhor os subsidios da UE em vez de comprar Ferraris :wink:

   Mas sim, o turismo será sempre incontornavelmente um motor da nossa economia.

   Relativamente aos projectos megalómanos do governo, embora o dinheiro aplicado seja sempre útil noutras áreas, são investimentos que tem que ser feitos, ao contrário de Euros e Expos. Relativamente ao Aeroporto de Lisboa, estamos a perder dinheiro com a recusa de vôos, e basta somente viajar por ai para poder notar as diferenças.
        Um novo aeroporto é necessário, visto que o actual está limitado em termos de expansão. Relativamente ao tópico tabu da localização, fico descontente com os 50km de distancia, mas se tem que ser tem que ser, desde que haja uma boa ligação à capital e barata. Tive no Aeroporto de Hong-Kong, e a ligação entre o aeroporto e a cidade é muito boa.
        Relativamente ao TGV, acho que o projecto é empurrado para cima do governo pela UE, e entre fazer obra com dinheiro comunitário, e não fazer, perdendo no futuro essa ajuda, hum...é escolha dificil mas em termos capitalistas percebe-se. Pessoalmente acho que seria melhor para o pais vitalizar a CP Carga e incentivar/melhorar o caminho-de-ferro para mercadorias. Isso sim seria óptimo para a economia, ajudando Portugal a tornar-se numa plataforma logística para a Europa.

    Existe outra ideia que normalmente me faz ter esta visão não tão negativa. Estamos a falar de projectos que envolvem muitos milhões, mas com um muito longo periodo de construção. Os pagamentos feitos pelo estado não vão ser feitos ao mesmo tempo, longe de isso. Se dividirmos o dinheiro pelos anos do projecto, somente isto já reduz o valor a um nível confortavel. O facto de que a economia portuguesa não vai estar sempre em crise também ajuda. Agora estamos em baixo, mas provavelmente daqui a 3 anos o caso já estára diferente...espero eu. E de certeza que haverá contrapartidas quando formos a comprar o material circulante TGV para a CP. Pessoalmente encaro com naturalidade as reacções da sociedade...é natural em casos de crise, tal como o crescimento do nacionalismo, etc etc.

    Agora o que me "gela os tomates" é a questão das reformas que enclodirá daqui a umas decadas. É que precisamente daqui a umas décadas é que eu deverei precisar dela!!! E não é problema só nosso, é dos EUA e de outros paises europeus.

   Desculpem lá pela divagação...relativamente ao resto concordo contigo Leonidas...ninguém vai ao leme desde a restauração da Independencia..

    Cumprimentos,
Título:
Enviado por: Leonidas em Fevereiro 18, 2006, 04:54:19 pm
Citação de: "Diário Digital"
VW: Reestruturação não afectará AutoEuropa, diz ministro
O ministro da Economia, Manuel Pinho, afirmou, esta terça-feira, acreditar que a AutoEuropa não será afectada pela reestruturação que a Volkswagen anunciou a semana passada e que passará pela dispensa, nos próximos três anos, de cerca de três mil funcionários.

Falando à margem de uma iniciativa em Santa Maria da Feira, que serviu para fazer o balanço do programa de incentivos à modernização empresarial PRIME, Manuel Pinho recordou, em declarações reproduzidas na TSF, o facto da Volkswagen ter escolhido Portugal e a Auto-Europa para produzir um novo modelo, o que, na opinião do ministro, vem demonstrar que «Portugal tem factores de competitividade que estão a vir ao de cima».

Também por este motivo, o titular da pasta da Economia desafiou os empresários a aproveitar os 500 milhões de euros disponíveis no programa PRIME, para alavancar um investimento de 1.300 milhões de euros nas pequenas e médias empresas.

«Nos últimos meses houve uma inversão no clima de investimento no país, com projectos importantíssimos que a médio prazo se vão traduzir no aumento das exportações e há sinais de que Portugal tornou a estar na rota do crescimento», afirmou Manuel Pinho, embora, notando algumas incertezas, não deixar de aconselhar a «não embandeirar em arco»
14-02-2006

Citação de: "Marauder"
Um novo aeroporto é necessário, visto que o actual está limitado em termos de expansão. Relativamente ao tópico tabu da localização, fico descontente com os 50km de distancia, mas se tem que ser tem que ser, desde que haja uma boa ligação à capital e barata.

Caro Marauder, não sendo nenhum especialista nestas matérias, concordo que deva haver um novo aeroporto, mas exatamente no mesmo lugar onde se encontra o atual, em Lisboa. As limitações em termos de espaço podem ser válidas mas resulatam de uma ocupação errada dos espaços, por não haver regras ou, caso em estas existindo, não foram cumpridas. Não só tendo em conta o futuro mas de maneira a que a propria cidade tenha um crescimento harmonioso. Lembre-se que Portugal ainda é um país pensado por pedreiros e para pedreiros. Esse é só o lobbie mais forte de mãos dadas com a banca e o turismo de betão.
aliado a isto, lembre-se também que existiu/existe e existirá (se não se começar a trabalhar a sério no seu combate) o factor "C" de corrupção.  

Citação de: "Marauder"
Relativamente ao TGV, acho que o projecto é empurrado para cima do governo pela UE, e entre fazer obra com dinheiro comunitário, e não fazer, perdendo no futuro essa ajuda, hum...é escolha dificil mas em termos capitalistas percebe-se. Pessoalmente acho que seria melhor para o pais vitalizar a CP Carga e incentivar/melhorar o caminho-de-ferro para mercadorias. Isso sim seria óptimo para a economia, ajudando Portugal a tornar-se numa plataforma logística para a Europa.[/size]


Nem daqui a 50 anos Portugal precisará alguma vez de uma infraestrutura de comboios de alta velocidade. Aquela que temos nem serquer está potenciada ao máximo e as obras todas ainda não terminaram. Já escrevi que temos um porto de águas profundas em Sines sem uma ligação ferroviária desde que chegou o combóio a Portugal em meados do séc. XIX.

Quero ver se nos valerá de muito termos uma linha de TGV no dia em que Espanha tiver problemas internos de segurança por causa da questão das autonomias. Quero ver o que o governo vai fazer quando os espanhóis decidirem, por um motivo qualquer, barrar as estradas e linhas de comboio. Se rebentar uma guerra em Espanha, Portugal será uma ilha autênticamente isolada. Será que Portugal tem meios para responder a essas eventualidades? Esperemos todos que não seja preciso e que Espanha se mantenha em paz. Já agora qual seria o custo da paz espanhola para nós? Vender mais um pouco da nossa "dignidade"?

Grande parte das empresas que trabalham com frotas de carga abastecem em Espanha porque é mais barato. Esse problema era fácilamente resolvido por uma boa frota de ferries e navegar nas mais diversas rotas. Desta simples maneira já dava para desenvolver a nossa industria da construção naval por muitos bons anos, sem necessidade de estarmos com as pedinchisses do costume aos outros e a dar cabo da nossa independência económica, por causa da crise no setor das pescas.

Desta simples maneira já as empresas não teriam gastos astronómicos em combustivel e manutenção, podendo hav er claros beneficios para todos. Desde aquele quer produz até ao consumidor final e que vai pagar um custo seguramente inferior. Não haveria tanta poluição e graves consequ~encias ambientais, tais como o aquecimento global e tantas outras coisas boas.

A justificação do gastar dos dinheiros comunitários em projetos como os do TGV e Aeroporto da Ota, não passam da mais prefeita das desculpas de um governo que não tem ideias precisas e coerentes acerca de um desenvolvimento integrado para responder ás necessidades du futuro em termos de sustentabilidade. Lembre-se que o TGV vais ser fortemente subsidiado para que tenha a tal viabilidade que o governo tanto propagandeia. Continuamos a viver com o dinheiro dos outros e não aquele que conseguimos produzir por meios próprios. São as obras do regime. Vive-se na ilusão e de muito discurso demagógico de politicos que, se calhar, nunca passaram dificuldades na vida.  

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Marauder em Fevereiro 18, 2006, 05:45:50 pm
Boas,
          relativamente ao aeroporto e ao TGV concordo com o que disse. Embora eu gostaria de saber a opinião tecnica de quem constroi aeroportos (arquitectos, engenheiros) se o espaço do actual aeroporto+aeroporto militar é suficiente..e talvez algum centro logístico internacional, tal como a DHL tem no aeroporto de Frankfurt...Se juntarmos a isto uma boa rede de acessibilidades e conexões com os transportes de Lisboa, fico um pouco pessimista com o actual espaço disponivel. Mas tal como lhe disse...que venham os técnicos afirmar o contrário que eu mudo de ideias.


Citação de: "Leonidas"

Grande parte das empresas que trabalham com frotas de carga abastecem em Espanha porque é mais barato. Esse problema era fácilamente resolvido por uma boa frota de ferries e navegar nas mais diversas rotas. Desta simples maneira já dava para desenvolver a nossa industria da construção naval por muitos bons anos, sem necessidade de estarmos com as pedinchisses do costume aos outros e a dar cabo da nossa independência económica, por causa da crise no setor das pescas.

Desta simples maneira já as empresas não teriam gastos astronómicos em combustivel e manutenção, podendo hav er claros beneficios para todos. Desde aquele quer produz até ao consumidor final e que vai pagar um custo seguramente inferior. Não haveria tanta poluição e graves consequ~encias ambientais, tais como o aquecimento global e tantas outras coisas boas.    

Cumprimentos


Desculpe mas penso que não percebi a sua ideia. Se está a falar em criar uma frota que conecte Portugal ao Resto da Europa, penso que não é economicamente competitivo com transportes rodoviários ou ferroviarios. Mas sim, em caso de alguma situação de crise na Espanha seria muito util. No entanto tenho a dizer que vejo essas situações como muito improváveis. Não estou a ver a UE deixar que estale uma guerra civil em Espanha.

   Já na criação de uma frota para realizar conexão entre Portugal e Norte de África, desde que haja mercado concordo..

 Relativamente ao cortar nos custos e outros no 2º parágrafo, não consigo fazer a associação. Pode explicar melhor como é que seria realizado?

    Cumprimentos
Título:
Enviado por: Leonidas em Fevereiro 21, 2006, 11:57:11 pm
Saudações guerreiras.

Citação de: "Marauder"
Mas tal como lhe disse...que venham os técnicos afirmar o contrário que eu mudo de ideias.

Fale com um Senhor de nome Gonçalo Ribeiro Telles.
Este é dos tais que gosta dos passarinhos e andorinhas, como você obrigatoriamente tem de fazê-lo, porque senão, não está a cumprir com o artº 6 da Lei.  EH EH EH  :D
Título:
Enviado por: Marauder em Fevereiro 22, 2006, 09:23:53 am
Leonidas, eu quando digo tecnicos digo pessoas especializadas. Não vi o curriculum desse arquitecto paisagista, mas à priori posso dar 1 tiro no escuro e dizer provavelmente o homem nunca esteve envolvido na construção de aeroportos. Quando digo tecnicos, digo aqueles que realmente se envolvem a construir aeroportos internacionais com grande afluxo de pessoas. Quando temos um problema no hardware no pc, não pedimos ajuda a um tecnico d software pois não?

     Ele pode saber as leis de Portugal, mas o que eu quero é opiniões de quem tem experiencia no assunto.


    Relativamente aos transportes marítimos, nessa discussão também houve vozes menos concordantes. Num aspecto estamos todos de acordo, se é viável, que se vá para a frente. Agora, tal como outros, eu também penso que ferries são uteis para transportes para ilhas ou para outros continentes. Teria que haver uma grande coordenação de esforços para conseguir encher os ferries, porque as saidas de material das fábricas não ocorrem ao mesmo tempo. Com uma grande concentração de esforços penso que talvez se consiga criar redes viáveis.

    O mal é que para isso acontecer é preciso 1o estudos a indicar a viabilidade, e 2o capital para investir. O mais provavel é se surgirem estudos positivos este negócio ser tomado por 1 companhia estrangeira.

   E para mim existe sempre uma questão. Se é assim tão económico como disse, tal como o Emarques. Porque é que ninguem, tuga ou estrangeiro, iniciou algo deste género?

      Se for económicamente rentável que se faça obra!!!!

     Cumprimentos
Título:
Enviado por: Marauder em Abril 23, 2006, 10:38:30 pm
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Autoeuropa vai atingir máximo histórico de produção em 2009
A Autoeuropa, hoje com uma capacidade de produção instalada excedentária em cerca de 50%, deverá atingir o máximo histórico de produção, próximo dos 150 mil veículos em 2009, segundo as ambiciosas previsões de Emílio Saenz, director-geral da fábrica da Volkswagen (VW) em Palmela, reveladas ao Jornal de Negócios.

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Tânia Ferreira
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlP ... tId=273411 (http://www.negocios.pt/default.asp?SqlPage=Content_Empresas&CpContentId=273411)

Logo, se correr tudo como planeado pelo director da Autoeuropa, não deverá haver risco de deslocalização da fábrica até...2009+5 ou 6 anos, consoante ocorrer a descontinuidade da produção dos modelos produzidos.
Título:
Enviado por: Marauder em Maio 17, 2006, 06:25:27 pm
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Autoeuropa pode receber construção de sucessor de monovolumes

O director-geral da Autoeuropa, Emílio Saenz, admitiu hoje que a fábrica está bem colocada dentro do grupo Volkswagen e que é o principal candidato a produzir o sucessor dos monovolumes, o primeiro carro produzido em Palmela.


«A Autoeuropa está muito bem posicionada para receber o sucessor dos MPV» [Multi-Purpose Vehicle], disse à Lusa Emílio Saenz, durante uma apresentação do novo modelo Eos, da Volkswagen, à comunicação social, que incluiu um «test-drive» pela Serra da Arrábida, desde a Autoeuropa até à Quinta de Catralvos, perto de Sesimbra.

O novo descapotável da Volkswagen, que teve a primeira apresentação pública em Portugal no Salão Internacional do Automóvel de Lisboa, no dia 28 de Abril, será comercializado a preços entre os 33.696 euros, para a versão base com motor de 1,6 litros a gasolina, e os 64.487 euros para o Eos de 3,2 litros a gasolina.

Está igualmente prevista a comercialização de uma versão com motor diesel de 2 litros que deverá custar 45.059 euros.

De acordo com informações disponibilizadas pela empresa, o nível de encomendas para o Volkswagen Eos está muito alto neste fase inicial, pelo que a fábrica de Palmela está no limite da capacidade de produção, com um total de 220 unidades por dia.

O Volkswagen Eos é um veículo ligeiro com capota retráctil que se destina essencialmente aos mercados norte-americano, Alemanha e Japão.

Em Portugal, os responsáveis da empresa esperam vender cerca de 380 veículos por ano.

A Autoeuropa produz actualmente o Volkswagen Eos em simultâneo com os monovolumes Volkswagen Sharan e Seat Alhambra, estando previsto para 2008 o arranque de produção de um novo modelo desportivo.

A grande aposta no futuro da empresa passa, no entanto, pela conquista do sucessor dos actuais monovolumes, que poderão garantir o futuro da unidade de Palmela por mais alguns anos e a manutenção dos actuais níveis de emprego da Autoeuropa e de muitas empresas da região, dependentes do «gigante» do sector automóvel.

Diário Digital / Lusa

17-05-2006 17:09:00


de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=67243 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5Fdigital/news.asp?section_id=6&id_news=67243)

Esperemos que sim..
Título:
Enviado por: Marauder em Junho 20, 2006, 06:01:33 pm
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Volkswagen constrói novo Scirocco em Portugal

A Volkswagen anunciou esta terça-feira na Alemanha que vai construir a nova versão do desportivo Scirocco na sua fábrica em Setúbal.


Segundo adiantou um porta-voz da Volkswagen, a decisão quanto à recuperação do modelo celebrizado nos anos 70 foi tomada no início do ano, mas somente agora foi determinado o local da sua construção.

Este anúncio pode, no entanto, colocar em risco muitos postos de trabalho na Alemanha, nomeadamente na unidade da construtora automóvel em Wolfsburg.

No total, perto de vinte mil postos de trabalho estão em risco face aos novos planos da empresa para reduzir custos.

20-06-2006 11:29:25


de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=68565 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5Fdigital/news.asp?section_id=6&id_news=68565)

Ok...Eos e Scirocco já dá para aguentar fábrica mais uns 5 anos :)
Título:
Enviado por: TOMKAT em Junho 21, 2006, 09:16:12 am
A nova "bomba" da VW a fabricar na Autoeuropa....

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg240.imageshack.us%2Fimg240%2F557%2Fscirocco9df.jpg&hash=689130e6aa34a5c1f4b2d49aeb6fddc4)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg240.imageshack.us%2Fimg240%2F866%2Fscirocco21hu.jpg&hash=a8be2a91d7b064acaa9320085f39abad)

Quando for grande quero ter um carro destes... :headb:
Título:
Enviado por: Falcão em Outubro 23, 2008, 07:00:28 pm
Citação de: "P44"
23 Outubro 2008 - 00h30

Palmela - diminuição na procura das carrinhas Sharan e Alhambra

Autoeuropa pára mais de 20 dias

A Autoeuropa vai parar a produção de monovolumes durante mais de 20 dias até ao final do ano. Apesar de não confirmar o número de paragens, a fábrica da Volkswagen (VW) em Palmela assegura que o corte na produção faz parte do calendário traçado em resposta às oscilações de mercado.


De acordo com a comissão de trabalhadores, a fábrica suspende a linha dos monovolumes VW Sharan e Seat Alhambra já nas próximas sexta e segunda-feira. Essa situação repete-se na primeira semana de Novembro, no dia 10 desse mês, e na semana de 17 a 21 de Novembro. Em Dezembro, a linha de produção dos monovolumes é interrompida por nove dias. Neste mês, a fábrica pára totalmente por quatro dias, no período de Natal.

Fonte da Autoeuropa explica que existe a necessidade de "fazer face à menor procura dos monovolumes que a fábrica produz". O banco de horas dos funcionários permite introduzir "a flexibilidade necessária para responder às oscilações de mercado", diz.

Manuel Martins, vice-presidente da Comissão de Trabalhadores, afirma ao CM que "os trabalhadores têm direito a 22 dias por ano para ficarem em casa, sem penalização no salário". Os dias são utilizados nos períodos de "baixa produção".

Os dois monovolumes deixam de ser produzidos pela fábrica em 2010, altura em que entra na linha a produção de um novo automóvel. "Como o carro está em fim de vida, é natural que haja paragens na sua produção", afirma. O representante dos trabalhadores assegura que a "maioria dos funcionários tem trabalho na linha do Eos e Scirocco", estando só "400 a 500 pessoas" nas linhas do monovolume.

Manuel Martins explica que este ano "os trabalhadores vão ultrapassar largamente os 22 dias" previstos no banco de horas, mas garante que "a situação é pacífica", que "estava previsto" e que, "se fosse noutro modelo, era mais preocupante".

Fonte da empresa assume que "a produção do Eos e do Scirocco se vai manter ao ritmo normal".

MAIS HORAS NOS PRIMEIROS SEIS MESES DO ANO

No jornal ‘Autoeuropa’, o director executivo, Andreas Henrichs, diz que espera pela nova lei do trabalho para pôr a fábrica a trabalhar "seis dias por ano no 1º semestre do ano e 4 dias no 2º semestre". Ao CM, Manuel Martins, da Comissão de Trabalhadores, afirma que "já foi dito à direcção que essa não é a solução" para enfrentar a flutuação da procura. Os trabalhadores preferem o actual banco de horas. Em comunicado, a empresa afasta a hipótese de fazer cortes nos funcionários, adiantando que "a conjuntura desfavorável não compromete os investimentos em curso". O ministro Vieira da Silva, diz estar disposto a trabalhar com as empresas para evitar o fim de 12 mil empregos previsto pelo sector.

ZORRINHO CONTABILIZA 133 MIL EMPREGOS

O plano nacional de reformas para o biénio de 2008 a 2010, integrado na Estratégia de Lisboa e coordenado por Carlos Zorrinho, reforça a ideia de modernização da Administração Pública e "mobilidade dos recursos humanos". Quanto à promessa do Governo de criação de 150 mil novos empregos nesta Legislatura, o documento revela que "a criação líquida de emprego atingiu um valor próximo dos 133 800 [novos empregos], entre o primeiro trimestre de 2005 e o segundo trimestre de 2008". Ninguém, no Governo, dá garantias sobre a criação de 17 mil novos empregos face à crise internacional.

SAIBA MAIS

LINHAS DE FABRICO

De Janeiro a Setembro, saíram das linhas de fabrico nacionais 13 4470 veículos. No último mês, a produção da Autoeuropa subiu 8,4%, o maior acréscimo no País.

LUCROS EM 2007

Em 2007, o sector dos fabricantes de automóveis lucrou 4,8 mil milhões de euros, mais 3,6% que no ano anterior.

PESO DA AUTOEUROPA

A Autoeuropa representa 2% do PIB português e 10% das exportações nacionais. Emprega mais de 3200 trabalhadores.

Diana Ramos/C.R.
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Novembro 15, 2008, 09:30:49 am
VW Up could be built in Spain or Portugal

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MUNICH -- Volkswagen has abandoned plans to build its Up minicar in the Czech Republic. Spain or Portugal are now being considered as potential production locations for the key model, company insiders told Automotive News Europe.

VW aims to sell at least 500,000 units of the Up annually in Europe and emerging markets such as India. In Europe, the Up will be a rival to the forthcoming Toyota iQ and Fiat Topolino minicars.

VW had planned to build the Up at Skoda's plant in Vrchlabi in eastern Bohemia.

The carmaker changed its mind because the strong Czech crown will hit the profitability of Up exports from the Czech Republic.

VW spokesman Christoph Adomat said the carmaker is now searching for another production location for the Up somewhere "where the currency risk to the euro is calculable in the long-term."

Adomat did not comment on potential sites. Company insiders say VW's factories in Pamplona, Spain, or Setubal, Portugal, could be chosen to build the car.

First shown as a concept at the 2007 Frankfurt auto show, the Up is planned to launch at the end of 2010.

Adomat said the search for a new production site will not affect the scheduled launch date.

Skoda's third-quarter operating profit dropped to 455 million euros from 526 million euros in 2007 as the carmaker was hit by negative exchange rates for the crown.

VW sources say a decision on where the Up will be built likely will be taken on Friday, November 21, when the carmaker's supervisory board meets to discuss VW's future product investment strategy.

You may e-mail Bettina Mayer at http://www.autonews.com/apps/pbcs.dll/a ... NEBREAKING (http://www.autonews.com/apps/pbcs.dll/article?AID=/20081113/ANE02/811139994/-1/ANEBREAKING) - n sei s conseguis ler a noticia no link
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Enviado por: P44 em Janeiro 14, 2009, 03:31:05 pm
Autoeuropa vai dispensar 254 trabalhadores (actual.)

Hoje às 12:56

 A Autoeuropa prepara-se para dispensar 254 trabalhadores contratados através de agências de trabalho temporário, até ao dia 20 de Fevereiro. Contudo, a administração da empresa indicou que as pessoas dispensadas vão fazer formação.

A Autoeuropa confirmou que vai dispensar 254 tratabalhadores contratados através de agências de trabalho temporário até 20 de Fevereiro.

No entanto, a administração da fábrica de Palmela escplareceu que estas pessoas vão fazer formação profissional específica para a indústria automóvel, ao abrigo do programa de qualificação e emprego promovido pelo Governo.

Em comunicado, a empresa explicou ainda que esta situação não deve ser interpretada como sinal de dificuldades ou risco de viabilidade da fábrica, cuja produção continua a ser assegurada com normalidade e de acordo com as necessidades do mercado.

Esta proposta de formação tinha já sido avançada pela comissão de trabalhadores da empresa, que também avançou outras propostas, estas recusadas pela administração da fábrica.

Ouvido pela TSF, o porta-voz da comissão de trabalhadores pretendia que fossem mantidos os «níveis de produção no primeiro trimestre conforme estavam previstos no final do ano de 2008, na produção máxima possível».

«Depois [seria] ver como as coisas corriam ao longo do ano e dávamos a alternativa de os trabalhadores ficarem cá e nos dias de paragem, que se avizinham, para poderem utilizar a formação subsidiada pelo IEFP, para adquirirem novas valências», revelou António Chora.

Este porta-voz adiantou contudo, que a proposta também não foi aceite «porque a empresa diz que já tentou isso em 2006/2007 e que o IEFP dificilmente subsidia formação para trabalhadores de agências de trabalho temporário».

O porta-voz da Comissão de Trabalhadores considera ainda que a «dispensa de trabalhadores temporários leva só por si a uma redução da produção no primeiro trimestre, com implicações claras nas exportações».

No entanto, António Chora considera que não está totalmente afastada a hipótese destes trabalhadores, agora dispensados, serem readmitidos quando se registar uma nova subida da produção.

«A administração adiantou, como sempre adianta, a possibilidade de em caso de haver uma subida da produção de os vir a readmitir», referiu o porta-voz da Comissão de Trabalhadores da fábrica de Palmela.

Ainda em comunicado, os representantes dos trabalhadores referem que «não podem deixar passar em claro que com medidas destas o acordo fechado em Dezembro entre o Governo e o sector (produção e fornecedores do ramo automóvel)», para manter um sector fundamental para as exportações e de elevada empregabilidade, «não está a ser cumprido».

Recorde-se que já em Novembro, mais de 200 trabalhadores da Autoeuropa contratados a agências de trabalho temporário receberam uma carta a indicar que seriam dispensados.

 :arrow: http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Econom ... id=1071681 (http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1071681)