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Outras Temáticas de Defesa => Área Livre-Outras Temáticas de Defesa => Tópico iniciado por: PereiraMarques em Setembro 14, 2005, 10:40:14 pm
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Até que ponto às Identidades Nacionais (incluindo a Portuguesa) são construções "naturais" ou "artificiais", "objectivas" ou "subjectivas"?
Neste sentido deixo, para reflexão, um artigo do Professor Manuel Villaverde Cabral, intitulado "A Identidade Nacional Portuguesa: Conteúdo e Relevância".
http://www.scielo.br/scielo.php?script= ... so&tlng=pt (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011-52582003000300004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt)
http://www.scielo.br/pdf/dados/v46n3/a04v46n3.pdf (http://www.scielo.br/pdf/dados/v46n3/a04v46n3.pdf)
Cumprimentos
B. Pereira Marques
P.S.: Pessoalmento sinto-me plenamente e orgulhosamente português, mas tenho noção que essa ideia de "ser português" passa muito por ser uma "construção mental", naturalmente subjectiva, e baseada na aceitação implicita de um certo número de "mitos fundadores" da nacionalidade (independentemente de serem verdadeiros ou não)...
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Orgulhosamente portugûes.
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Maior orgulho que sempre tive foi o de ser Português. :P
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Desculpem la mas eu também tenho muito orgulho na dimensão dos meus orgãos genitais :lol: 8)
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Muito orgulhoso em ser português: que outro país tem um fundador que bateu na mãe?
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"Desculpem la mas eu também tenho muito orgulho na dimensão dos meus orgãos genitais afinal somos pais onde os preservativos comercializados são em media 1 cm maiores que no resto da europa. "
8) 8) 8) 8)
Orgulhosamente portugues
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Yosy com tanto sarcasmo e tanta piadinha, bem podia parar de acenar a bandeirinha não? E já agora emigrar
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Komet -> As apreciações pessoais, relativas a alguém em especial, não servem como argumento.
Yosi -> Eu até entendo o argumento, mas se você vir bem, muitos países têm nos seus actos fundadores, refundadores ou "afirmadores" da sua identidade nacional, não só filhos que bateram na Mãe, mas filhos que mataram a Mãe e o Pai, Pais que mataram os filhos, segundas esposas que assassinaram os filhos das primeiras para garantirem o direito de sucessão, filhos que violaram as mães, e toda a sorte de ocorrências sórdidas.
Portanto, se formos a ver, o Afonsinho, até é um Santo, quando comparado com outros fundadores.
Infelizmente, como na nossa História (tantas vezes mal contada e incompleta) isso sobressai, acabamos transformando um episódio sem a mais pequena relevância histórica, num facto com algum significado.
Nós não somos portugueses porque o Afonso Henriques bateu na Mãe, porque o D. Manuel matou o Duque de Bragança, ou porque os Repúblicanos mandaram assassinar o Rei de Portugal, porque de outra maneira não chegavam ao poder.
Nós somos portugueses, porque apesar de tanta treta e confusão, queremos ser Portugueses. Isso até pode ser algo irracional, no entanto, não adianta tentar procurar nos comportamentos de alguns governantes razões para a existência do país.
Cumprimentos
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Acho que alguem que afirma que D. Afonso Henriques batia na mãe e especialmente alguem que acredita nisso, tem sérios problemas de ignorancia! Já agora o Vasco da Gama tal como todos os marinheiros gostava de sodomizar o imediato... O Nosso pai fundador D. Afonso Henriques (sim ele tem nome e dispensa alcunhas) e tratem-no com respeito pois o merece, nunca bateu na mãe, limitou-se a mandar prende-la! Mas como cá em Portugal muita gente parece sofrer do sindrome póstraumatico ditadura pos 25 abril, as pessoas associam prisão a espacamentos e tortura... sinceramente! Tenham vergonha na cara! O nosso primeiro rei e fundador merece respeito e não deve ser alvo de piadinhas!
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É incrivel o grau de agressividade que há neste forúm... :oops:
Vão tomar "xanax" ou outra porcaria qualquer!!!
B. Pereira Marques
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grande partes das pessoas hoje não tem orgulho em ser portugues,aceitam a união europeia sem mais nem menos esquecendo as tradições e costumes portugues.A nossa identidade começa a morrer....
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:shock: :shock: já não é só contra os espanhóis, agora a "pancadaria" é entre portugueses...
Vão tomar "xanax" ou outra porcaria qualquer!!!
B. Pereira Marques[/quote]
x10
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Yosi -> Eu até entendo o argumento, mas se você vir bem, muitos países têm nos seus actos fundadores, refundadores ou "afirmadores" da sua identidade nacional, não só filhos que bateram na Mãe, mas filhos que mataram a Mãe e o Pai, Pais que mataram os filhos, segundas esposas que assassinaram os filhos das primeiras para garantirem o direito de sucessão, filhos que violaram as mães, e toda a sorte de ocorrências sórdidas.
Portanto, se formos a ver, o Afonsinho, até é um Santo, quando comparado com outros fundadores.
Infelizmente, como na nossa História (tantas vezes mal contada e incompleta) isso sobressai, acabamos transformando um episódio sem a mais pequena relevância histórica, num facto com algum significado.
Talvez um bocado off-tópic mas tem a ver com as nossa origens.
Li, infelizmente não me lembro onde :wink: ).
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O facto de numa epoca onde os mais fortes não passavam dos 50 e ja com sorte 1 rei reinar durante quase 80 anos é bastante e cria obviamente duvidas mas penso que se tal fosse haveria registos papais e de outros reis para o confirmar não é propriamente facil substituir um rei sem que ninguem repare, mesmo à 800 anos.
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O facto de numa epoca onde os mais fortes não passavam dos 50 e ja com sorte 1 rei reinar durante quase 80 anos é bastante e cria obviamente duvidas mas penso que se tal fosse haveria registos papais e de outros reis para o confirmar não é propriamente facil substituir um rei sem que ninguem repare, mesmo à 800 anos.
Creio que o único contacto exterior ao mosteiro que o jovem D. Afonso tinha era Egas Moniz, e o facto de à 800 anos a esperança de vida ser curta e os conhecimentos da medecina da altura serem muito básicos torna ainda mais inexplicável a transformação duma criança franzina e adoentada num adulto forte e saudável
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Mas não compares a medicina de hoje em dia com a de antigamente...
Hoje é muito mais facil acontecer como te aconteceu, e comigo tb (tb tive Asma...agr ta estagnada), do que antigamente...
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Eu não toua comparar a medicina
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Li, infelizmente não me lembro onde :Sad: , que há historiadores que colocam interrogações interessantes acerca da paternidade de D. Afonso Henriques, admitindo a hipótese do nosso 1º Rei não ser filho do
D. Henrique, mas ser filho do Egas Moniz.
As conjecturas, também são história, mas na realidade não passam disso.
Ha muitas conjecturas que se podem fazer, quando nos baseamos nos dados conhecidos e nos pomos a encontrar soluções para questões para as quais não temos nenhum documento.
A paternidade de D. Afonso Henriques de qualquer forma é uma possibilidade, mas nunca afectaria o que quer que fosse em termos da legitimidade do Estado. Porque, como já aqui referi, as evidências apontam para uma pressão do povo (leia-se burgueses com dinheiro) para garantir a separação entre os condados de Portugal e da Galiza.
Desta forma impedia-se a progressão e aumento do numero de senhores feudais e do sistema de servidão. Portanto, Portugal resultaria de um braço de ferro entre o terceiro estado, o povo (mas o povo com dinheiro) e os nobres, apoiados nas forças da Mães de Afonso Henriques e do conde Galego, com o qual ela terá casado em segundas núpcias.
Aliás todos conhecemos a historia do Egas Moniz se ter entregue ao Rei de Leão, para pagar com a vida a palavra dada e não cumprida.
Logo, o que de aqui podemos concluir é que Egas Moniz, era de certeza extremamente fiel ao Rei de Leão. Tão fiel, que para demonstrar a sua fidelidade, se apresenta com a familia perante o Rei.
Se era tão fiel ao Rei de Leão, como é que o seu "filho" era tão contrário aos principios do Pai?
É uma teoria engraçada, tem os seus pontos fortes, mas também tem os seus pontos fracos.
Cumprimentos
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Aliás todos conhecemos a historia do Egas Moniz se ter entregue ao Rei de Leão, para pagar com a vida a palavra dada e não cumprida.
Logo, o que de aqui podemos concluir é que Egas Moniz, era de certeza extremamente fiel ao Rei de Leão. Tão fiel, que para demonstrar a sua fidelidade, se apresenta com a familia perante o Rei.
Se era tão fiel ao Rei de Leão, como é que o seu "filho" era tão contrário aos principios do Pai?
É uma teoria engraçada, tem os seus pontos fortes, mas também tem os seus pontos fracos.
Cumprimentos
Sim não deixa de ser uma teoria engraçada, cheia de pontos frotes e fracos, mas a teoria de o Egas Moniz se ter entregue ao Rei de Leão como prova da sua fidelidade ao Rei pode ter outra interpretação.
Deixar um descendente seu no trono de um reino emergente pode também servir de argumento aos "adeptos" da "substituição".
Mas ressalvo que é só uma teoria, coerente em muitos aspectos, e curiosa, a ser verdade, em termos históricos, como a primeira manifestação do nossa capacidade para a improvisação.
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portugal e o maior pais do mundo para mim. estejam descansados que eu penso num futuro candidatar me a primeiro-ministro eu vou salvar a nacao e vou equipar as forcas armadas.
e claro que tenho orgulho em ser portugues.
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Oh Noute, vê lá se te portas bem senão mando-te uns páras!
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portugal e o maior pais do mundo para mim. estejam descansados que eu penso num futuro candidatar me a primeiro-ministro eu vou salvar a nacao e vou equipar as forcas armadas.
e claro que tenho orgulho em ser portugues. :G-Ok:
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obrigado pelo o apoio amigo miguel. :D
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Aparentemente chegamos a este ponto, em que para além da nacionalidade poder ser adquirida quase automaticamente ao fim de pouco tempo sem formalismos especiais, temos agora a nacionalidade incentivada e adquirida com um 'canudo' (mesmo que, como faz notar o Finantial Times, eventualmente de qualidade duvidosa) a que se junta o interesse economico (!!?) da entrada de capitais para o pagamento dos respectivos cursos.
Que alguns assim pensem, nao admira nada, face ao que se ve por ai fora.Mas que hajam ja propostas sérias oficializando esta maneira mercantil de ver a nacionalidade, ja me custa mais a 'engolir'.
Eu, pelo menos, sou obviamente contra esta proposiçao.Que se facilite a entrada e integraçao, caso a caso, e se deem condiçoes pessoais, técnicas e financeiras estaveis e interessantes...é uma coisa.Que a nacionalidade seja algo que se oferece como um 'bonus' e 'chamariz' à partida...é demasiado 'avançado' para a minha(e de muitos certamente) maneira de ser e sentir...
Do PUBLICO de hoje (20/11/2005)
Quem fizer doutoramento na UE pode vir a obter cidadania
Medida em estudo destina-se a atrair talentos para o continente europeu
Os estudantes estrangeiros que completem os seus doutoramentos na União Europeia (UE) podem vir a ter direito à cidadania, adiantou na semana passada o jornal Financial Times.
De acordo com a notícia, a sugestão foi feita pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, durante a cimeira do mês passado, em Londres, e deverá voltar a ser posta em cima da mesa, mais detalhadamente, na cimeira económica da UE, na Primavera.
Barroso estará a trabalhar na questão, de acordo com o jornal, que avança ainda que o objectivo da medida passa por atrair para o espaço europeu talentos que fazem falta ao seu desenvolvimento. Contudo, o assunto é delicado.
Há receios, continua o Financial Times, de que se se avançar demasiado depressa nesta matéria possam começar a surgir em larga escala programas de doutoramento de baixa qualidade que permitirão que muitos imigrantes possam, através deles, "comprar" a cidadania da UE sem que tenham as habilitações e competências de que a União precisa.
O tema está longe de ser novo. Há muito que as universidades europeias tentam seduzir alunos de fora da União - para atrair "cérebros" mas também porque os estudantes de fora são uma boa fonte de receita, uma vez que frequentemente pagam o preço total dos seus cursos.
Contudo, as instituições de ensino superior da Europa têm de competir entre si e também com as instituições asiáticas e dos Estados Unidos, país que continua a ser o destino mais popular para os estudantes estrangeiros.
A proposta de Durão Barroso - conceder a cidadania a quem se doutora na UE - seria uma mais-valia para as universidade europeias em relação às norte-americanas.
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eu vou salvar a nacao
¿E quen nos salva a nós dos salvadores?
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Aparentemente chegamos a este ponto, em que para além da nacionalidade poder ser adquirida quase automaticamente ao fim de pouco tempo sem formalismos especiais, temos agora a nacionalidade incentivada e adquirida com um 'canudo' (mesmo que, como faz notar o Finantial Times, eventualmente de qualidade duvidosa) a que se junta o interesse economico (!!?) da entrada de capitais para o pagamento dos respectivos cursos.
Que alguns assim pensem, nao admira nada, face ao que se ve por ai fora.Mas que hajam ja propostas sérias oficializando esta maneira mercantil de ver a nacionalidade, ja me custa mais a 'engolir'.
Eu, pelo menos, sou obviamente contra esta proposiçao.Que se facilite a entrada e integraçao, caso a caso, e se deem condiçoes pessoais, técnicas e financeiras estaveis e interessantes...é uma coisa.Que a nacionalidade seja algo que se oferece como um 'bonus' e 'chamariz' à partida...é demasiado 'avançado' para a minha(e de muitos certamente) maneira de ser e sentir...
Do PUBLICO de hoje (20/11/2005)
Quem fizer doutoramento na UE pode vir a obter cidadania
Medida em estudo destina-se a atrair talentos para o continente europeu
Os estudantes estrangeiros que completem os seus doutoramentos na União Europeia (UE) podem vir a ter direito à cidadania, adiantou na semana passada o jornal Financial Times.
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Toda a forma de conceder a nacionalidade que não leve em linha de conta
os seguintes aspectos:
-Falar a língua do país de acolhimento;
-Conhecer a história desse mesmo país;
-Conhecer as tradições culturais, políticas e religiosas desse mesmo país e aceitá-las como um facto imutável;
...são formas erradas de tratar a nacionalidade.
Como bem essencial para a sobrevivência cultural de um país o conceito de nacionalidade deve conter muito mais exigências que o simples acto de residência por X anos num local.
O conceder a nacionalidade por requesitos tão simplistas, devido a interesses imediatistas, como desportistas, cérebros, mão-de-obra barata,
tem a médio prazo consequências desastrosas.
As regras no geral são iguais para todos, os desportistas e os cérebros rápidamente regressam aos países de origem ou a outras paragens mais acolhedoras (nos EUA é preocupante a fuga de cérebros que regressam aos seus países de origem, Chine e Índia p.ex.),...
Fica-nos a mão-de-obra barata, que se mal integrada, originam casos tão dramáticos e complexos com os acontecidos recentemente en França.