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Forças de Segurança e Policiais de Elite => Forças de Segurança => Tópico iniciado por: TOMKAT em Maio 24, 2005, 02:24:08 am

Título: Fusão entre PSP e GNR
Enviado por: TOMKAT em Maio 24, 2005, 02:24:08 am
Notícia SIC online

O Sindicato dos Profissionais de Polícia defendeu hoje a fusão da PSP e da GNR numa Polícia Nacional Civil. Uma proposta polémica que não recolhe o apoio da Associação dos Profissionais da Guarda.

"A fusão da Polícia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana só teria vantagens, quer a nível económico, quer de meios materiais e humanos", afirma em comunicado o Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP).

Não é a primeira vez que o sindicato defende a fusão das duas forças, mas hoje promenorizou a sua proposta, a propósito da comissão de segurança interna encarregue pelo ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, de apurar as carências de meios humanos e materiais existentes na PSP e na GNR e apresentar propostas de reorganização das duas corporações.

Para a segunda maior estrutura sindical na PSP, com a fusão das duas forças de segurança seriam aproveitadas "as grandes quantidades de efectivos da GNR em Lisboa e Porto sem desempenho de funções de segurança ás populações".

Fim dos "atropelos nas áreas de actuação"

De resto, segundo o SPP, " com a fusão das duas forças não havia prejuízo para a vida pessoal/familiar dos seus profissionais, uma vez que ficavam a desempenhar funções nos mesmos locais, beneficiando as populações, porque são conhecedores dos deliquentes e das formas com actuam".

Como um dos argumentos para a fusão, o SPP questiona: "Com a saída da PSP das cidades com menos de 20 mil habitantes, como é que a GNR, com défice de efectivos, consegue efectuar o policiamento nessas localidades?".

"Com a fusão passariamos a ter um só Corpo de Intervenção, uma Divisão de Trânsito e um Grupo de Operações Especiais, além de que acabariam os atropelos nas áreas de actuação de cada força, o que só beneficiaria as populações", afirma também o SPP.

O Sindicato dos Profissionais de Políciaacrescenta que não seria inédita a fusão da PSP e da GNR, alegando que processos semelhantes aconteceram, recentemente, com forças de segurança no Luxemburgo, Bélgica e Holanda.

Dúvidas na GNR

O ex-director nacional da PSP Mário Morgado tamém propôs, recentemente, a junção da GNR e da PSP, com a alegação, nomeadamente, de que Portugal é um país pequeno demais para possuir váris forças de segurança, numa referência ,igualmente, à Polícia Judiciária.

Um oficial da GNR, contactado pela Agência Lusa, afirmou que "a junção é naturalmente possível, mas criaria outros problemas, pois a GNR e a PSP têm características orgânicas e filosofias diferentes, embora ambas visem a segurança das populações".

"Uma PSP de natureza civil e uma GNR de cariz militar constituem, de resto, uma forma de equilibrio no âmbito das forças de segurança e no quadro do Estado de direito democrático", salientou o oficial,que defendeu em vez de uma junção, "uma colaboração cada vez mais estreita e eficaz".

Associação da Guarda contra a fusão

A Associação dos Profissionais da Guarda (APG) tabém é contra a fusão, embora defenda a transformação da GNR em força policial de natureza civil, à semelhança da PSP. "Consideramos que é imcompatível uma cultura militar com o serviço policial. A transformação que defendemos é para tornar a GNR mais capaz de servir os cidadãos e o país", afirmou à Agência Lusa o presidente da APG,José Manageiro.

O SPP, que diz representar cerca de 6 mil dos 21 mil efectivos da PSP, exige que a comissão de segurança unterna ausculte os sindicatos da PSP e da GNR sobre a reorganização das duas forças de segurança.


 :conf: Mais uma comissão,...para aumentar a confusão...ou talvez não...
Título:
Enviado por: NVF em Julho 12, 2005, 03:04:02 pm
Nunca mais se falou neste assunto por ai, em Portugal?

Devo dizer que concordo em parte. Nao faz sentido ter dois corpos de policia nacionais. Por outro lado, a GNR tem uma grande tradicao e e' uma forca militar.

O que acho que fazia algum sentido era unificar todas as forcas policiais 'normais', tipo esquadras ou postos, unidades de patrulha e de intervencao rapida sobre a bandeira da PSP.

Com a GNR ficavam todas as unidades ditas especiais. Da GNR: os actuais Regimentos de Infantaria e de Cavalaria, a BT e a Brigada Fiscal. Da PSP: o GOE, o CI e o Corpo de Seguranca Pessoal. E claro as unidades de inactivacao de explosivos de ambas as forcas.

Alem disso, no ambito de uma GNR mais musculada e especializada, podia criar-se uma unidade de Policia Militar — como na Gendarmerie e nos Carabinieri — que podia efectuar a seguranca 'as instalacoes militares e intervir no estrangeiro, 'a semelhaca do que aconteceu na missao do Iraque.
Título: Policia
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 12, 2005, 05:55:01 pm
NFV esse tipo de restruturação não fazia sentido porque o território nacional já foi dividido entre estas duas forças policiais. A PSP fica com os grandes centros urbanos, a GNR fica com as zonas mais rurais. A PSP tem como unidades especiais o Corpo de Intervenção e os GOEs. A GNR o Regimento de Cavalaria, Regimentos de Infantaria e as Brigadas de trânsito. Como podes ver está tudo muito bem dividido e não desperdicios em relação aos meios humanos e materiais. Na verdade a questão é que há uma falta bastante acentuado no número de efectivos na PSP e é por isso é que eles querem uma fusão com a GNR. O problema é que as duas instituições têm naturezas bastante diferentes e antes de se pensar em fusão é preciso mudar a natureza de uma delas. Ou a GNR passa a ser menos militarizada ou a PSP tem que se militarizar, senão o choque de mentalidades e de modos de operar seria tal que em vez termos duas forças policiais que operam relativamente bem (apesar da falta de meios), iamos ter uma força policial que pura e simplesmente não funcionava correctamente!
Eu concordo com esta fusão, mas tem que ser uma fusão real e não uma assimilação (como aconteceu com os Comandos em 94 com resultados desastrosos).
Título:
Enviado por: NVF em Julho 12, 2005, 07:41:12 pm
Bem isso de fazer sentido parece-me ser mais uma questao de opiniao do que outra coisa qualquer. E o argumento de que o territorio foi dividido entre as duas forcas parece-me ser demasiado redutor — mas isto ja' e' a minha opiniao.

Eu por mim, acho que a actual situacao e' que nao faz sentido. O pais e' demasiado pequeno para estar divido entre duas forcas que sao uma replica da outra, so o cenario de intervencao e as fardas e' que mudam.

Pode-se argumentar que uma forca e' civil e a outra militar, mas o que e' um facto e' que na maioria dos casos — exceptuando a BF — ha' duplicacao de estruturas e de unidades.

Imagine o que nao se poupava so' pelo facto de ter uma unica estrutura de comando nacional (sem comandos regionais) para a GNR. Claro que se pode ser fundir por completo as duas forcas como voce advoga e poupar assim uns cobres.

Vejo que descreveu as unidades especias de ambas as corporacoes praticamente da mesma forma que eu. Entao e nao acha que as missoes operacionais do CI, por um lado, e do RI/RC, por outro, nao sao muito similares? E j'a agora, o mesmo entre o GOE e o pelotao de OE do RI?
Título:
Enviado por: papatango em Julho 12, 2005, 10:27:15 pm
Pessoalmente, sou favoravel apenas a uma fusão parcial.

Ou seja:

Todas as funções de vigilância e patrulhamento seríam para a PSP, passando para a PSP alguma parte do efectivo da GNR. Mas a GNR (mais encolhida) manteria a brigada de transito, e a sua estrutura militarizada, unidades de cavalaria e infantaria.

A GNR teria todas as forças especiais de intervenção, além de responsabilidades como a Guarda Presidencial etc...
A GNR teria ainda capacidade para representar Portugal em operações "musculadas" de paz no estrangeiro, como aconteceu no Iraque.

Ideias  :roll:
Título:
Enviado por: Yosy em Julho 13, 2005, 04:28:47 pm
Citação de: "papatango"
Pessoalmente, sou favoravel apenas a uma fusão parcial.

Ou seja:

Todas as funções de vigilância e patrulhamento seríam para a PSP, passando para a PSP alguma parte do efectivo da GNR. Mas a GNR (mais encolhida) manteria a brigada de transito, e a sua estrutura militarizada, unidades de cavalaria e infantaria.

A GNR teria todas as forças especiais de intervenção, além de responsabilidades como a Guarda Presidencial etc...
A GNR teria ainda capacidade para representar Portugal em operações "musculadas" de paz no estrangeiro, como aconteceu no Iraque.

Ideias  :roll:


Completamente de acordo
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Julho 14, 2005, 04:13:48 pm
Estou completamente contra essa fusão. Esta complementariedade entre uma força civil com responsabilidades em zonas urbanas e uma militarizada para as zonas rurais e para eventuais situações de crise ou guerra, parece-me das mais eficazes do mundo. Não será de todo útil poder contar com uma força militarizada para situações graves de crise ou até de guerra, em vez de só ter uma civil? Claro que sim, é lógico e faz todo o sentido. Podemos e devemos é fazer uma reorganização da GNR para retirá-la das zonas urbanas, como acontece de forma absurda em Lisboa, e distribui-la de uma melhor forma pelo meio rural.
Título:
Enviado por: NVF em Julho 14, 2005, 07:02:17 pm
Qual das fusoes, Jorge? A total como e' referido na noticia, ou a parcial que o PT e eu advogamos?

Nao percebo por que e' que a actual situacao e' das mais eficazes do mundo. Talvez se voce me explicar eu entenda.

Mas por que e' que quem vive em areas urbanas tem direito a ser policiado por uma forca civil e os que vivem em areas rurais por uma forca militar?

Sinceramente, nao compreendo qual a eficacia desse sistema. A ineficacia percebo bem: duplicacao de comandos e unidades e, consequentemente, de pilim.

Em contrapartida, se a GNR ficasse com todas as unidades especiais, poderia continuar a actuar nas areas fiscal e do transito, ficar com o exclusivo quase total das forcas antimotim e de operacoes especiais e ate' ter um papel militar mais activo do que o actual.

Alias, nao sei ate' que ponto a PJ nao deveria tambem ser integrada na PSP. Talvez com a excepcao das directorias (ou seja la' qual for a sua designacao) que fazem o combate ao terrorismo e que poderiam ser integradas no SIS e as do combate 'a fraude economica que poderiam ser integradas na BF, ou mesmo no proprio Ministerio Publico.
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Julho 15, 2005, 01:49:12 pm
NVF:

Não concordo com nenhum tipo de fusão. Nem parcial nem muito menos total.

Quando digo que este é um dos métodos mais eficazes do mundo, digo-o pelo facto de que um país que possui um sistema de forças de segurança interna no qual uma delas é de carácter militar (GNR), isto da uma garantia ao Estado de que poderá sempre contar com uma força que não está submetida a lutas, reivindicações e exigências que são comuns nas forças de carácter civil e que até podem desencadear fenómenos extremos como greves. Nestas situações o Estado tem sempre uma força que pelo seu carácter militar estará sempre disponível para colmatar tais situações sem ter que recorrer as forças armadas, que é o que acontece na maior parte dos países quando se vêm confrontados com essas situações, com todas as consequências que estas mobilizações normalmente trazem.

Em tempos de crise ou de guerra o carácter militar da GNR permite um melhor desempenho das suas funções nessas circunstancias do que qualquer força civil.

É por poucos conhecidos mas o Reino Unido estudou em pormenor o “conceito” da GNR para a sua eventual utilização no conflito da Irlanda do Norte. Diziam eles que mobilizar o exército tinha consequências graves tanto para a instituição como para a sociedade e que o ideal era contar com uma força como a GNR para lidar com aquele conflito. Entretanto a pacificação aparente do conflito acabou por “engavetar” esta ideia.

Também não tenho dúvidas que este carácter militar (treino, equipamento, doutrina, comando etc.) adequa-se melhor para um serviço à sociedade fora das áreas urbanas.

A título de exemplo surgia ontem a notícia de que a PSP ameaça cortar o trânsito nas pontes Vasco da Gama e 25 de Abril como sinal de protesto pelo aumento da idade da reforma. Ora isto é inadmissível. Se isto avançar (espero sinceramente que não e quero acreditar no bom senso dos polícias da PSP) quem deve o Governo enviar para repor a circulação nas ditas pontes? O Exército? Claro que não. Será com certeza a GNR. E se fosse noutro país? Já pensaram na gravidade da situação? Enviar o Exercito contra a polícia. É por tudo isto que este é a meu ver um dos melhores sistemas do mundo.

Claro que é necessário alterar muita coisa, como por exemplo e volto a repetir, retirar o excessivo número de unidades da GNR que estão nas cidades e entregar estás áreas à PSP.
Título:
Enviado por: NVF em Julho 15, 2005, 02:59:37 pm
Citar
Também não tenho dúvidas que este carácter militar (treino, equipamento, doutrina, comando etc.) adequa-se melhor para um serviço à sociedade fora das áreas urbanas.


Jorge, continuo a nao perceber. E' esta a sua explicacao para justificar a divisao das duas forcas entre areas urbanas e rurais? Ha' paises muitissimo maiores do que Portugal em que o policiamento das areas rurais esta' entregue a policias civis e nao me parece que se tenham dado mal.

Quanto aos outros paragrafos, nao percebo o que voce esta a tentar justificar, porque nada — com a excepcao da noticia que iniciou esta discussao — do que aqui foi dito apontava para a extincao da GNR ou do seu caracter militar. Antes pelo contrario! O caracter militar da GNR ate' seria acentuado.
Título:
Enviado por: Yosy em Julho 15, 2005, 04:48:49 pm
Este é um assunto bastante complicado. O Pereira apresentou boas razões para se manter o sistema actual, assim como o PT e NVF para o mudar. Eu acho que o GOE devia passar para a GNR, e esta devia ser retirada de Lisboa (e de outras cidades) ficando livre para a parte rural do país. Assim o carácter militar da GNR seria acentuado.

Vergonhoso o que os sindicatos da PSP planeiam fazer.

Pereira pode desenvolver esse assunto que referiu: britânicos a tentarem criar uma GNR para a Irlanda do Norte.
Título:
Enviado por: alfsapt em Julho 15, 2005, 06:10:32 pm
Isto não é mais do que propaganda.

Para além dos serviços administrativos, que na PSP até armados os fazem atrás das secretárias, nunca irá existir só uma força policial.
O que acontecerá é termos vários tipos de forças com o mesmo nome, seja ele PSP ou outra coisa que a máquina de marketing invente.

Interessa saber até que ponto se justifica uma força militarizada.

Na minha opinião existem razões para além da história e situações específicas. A GNR ainda hoje é um factor de equilíbrio nas engrenagens desta República democrática pela natureza do seu estatuto militar.

Reorganizar sim, mas extingui-la trará mais lacunas do que soluções.
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Julho 15, 2005, 06:53:41 pm
Citar
Citação:
Também não tenho dúvidas que este carácter militar (treino, equipamento, doutrina, comando etc.) adequa-se melhor para um serviço à sociedade fora das áreas urbanas.  


Citação de: "NVF"
Jorge, continuo a nao perceber. E' esta a sua explicacao para justificar a divisao das duas forcas entre areas urbanas e rurais? Ha' paises muitissimo maiores do que Portugal em que o policiamento das areas rurais esta' entregue a policias civis e nao me parece que se tenham dado mal.

Não é só isto. É também tudo aquilo que referi na minha anterior intervenção.

Em relação aos outros países penso que o nosso sistema é melhor. Não se esqueça que um militar sempre se dá melhor num ambiente não urbano :wink:

Citação de: "NVF"
Quanto aos outros paragrafos, nao percebo o que voce esta a tentar justificar, porque nada — com a excepcao da noticia que iniciou esta discussao — do que aqui foi dito apontava para a extincao da GNR ou do seu caracter militar. Antes pelo contrario! O caracter militar da GNR ate' seria acentuado.


Como faria a fusão entre uma organização civil e uma militar preservando a essência de ambas? Não acha que uma prevaleceria sempre sobre a outra? Ou então seria o caos e a confusão geral. Esclareça-me por favor.

Yosy:

Esses contactos existiram por volta dos anos 80, na tentativa de se dar uma resposta à cada vez mais crescente hostilidade da população do Ulster para com o exército britânico e o consequente desgaste deste na realização duma tarefa para a qual não estava vocacionado.
Título:
Enviado por: NVF em Julho 16, 2005, 10:53:39 am
Jorge, de uma vez por todas, o que o PT e eu propomos e':

GNR, militar, com BF, BT, RI e RC a que se juntariam (vindos da PSP) o CI e o GOE. Campo de actuacao: todo o territorio nacional.

PSP, civil, com todo o policiamento 'convencional'. Campo de actuacao: todo o territorio nacional.

Citar
Como faria a fusão entre uma organização civil e uma militar preservando a essência de ambas? Não acha que uma prevaleceria sempre sobre a outra? Ou então seria o caos e a confusão geral. Esclareça-me por favor.


NUNCA (com a excepcao da noticia, mas isso nao fomos nos) foi proposto a fusao total entre das 2 organizacoes. A essencia das 2 organizacoes mantem-se por que ambas as organizacoes se mantem. Os que se mudassem e' que tinham que se adaptar 'a sua nova organizacao.
Título: GOEs
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 16, 2005, 05:13:05 pm
Ninjas já têm jipes

Tiago Sousa Dias

Os três jipes Toyota Land Cruiser que irão equipar o GOE em Riade e Bagdad custaram 300 mil euros
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) já adquiriu os três jipes blindados (Toyota Land Cruiser), necessários ao arranque da missão do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP em Riade, capital da Arábia Saudita, e ao reforço da missão de segurança dos ‘Ninjas’ da Polícia na embaixada portuguesa em Bagdad, Iraque. O investimento total foi de cerca de 300 mil euros.

 
O negócio foi fechado pelo Governo com uma empresa, sediada na Alemanha, especializada na venda de viaturas blindadas. Cada jipe teve um custo unitário de 100 mil euros. “O vendedor é uma empresa perita em transformação de viaturas automóveis. Cada uma das viaturas adquiridas, depois de sair do fabricante, foi transformada. Para além do reforço da blindagem da chapa, foram feitas outras alterações estruturais”, disse ao CM uma fonte policial.

Cabe agora ao MNE providenciar o transporte das viaturas para os locais da missões. Riade, onde dois dos jipes adquiridos serão pedra basilar na missão de segurança às instalações da representação diplomática portuguesa; e Bagdad, local onde o terceiro jipe do ‘pacote’ servirá para dar mais segurança às deslocações dos operacionais do GOE.

Depois de, em Setembro de 2004, ter feito o pedido para a realização de uma missão em Riade, cabe agora, ao MNE definir a data de início.

“Está escolhida a equipa, composta por 14 operacionais, a chancelaria e a residência do embaixadora em Riade foram renovadas, os jipes estão comprados. Falta só a luz verde do Governo”, concluiu o mesmo informador policial.

OUTROS ASPECTOS

RIADE

Em Riade, capital da Arábia Saudita, os operacionais do Grupo de Operações Especiais da PSP irão providenciar segurança ao embaixador português, e a oito funcionários.

BAGDAD

Desde Janeiro de 2004 que o Grupo de Operações Especiais da PSP tem operacionais colocados em Bagdad, Iraque, encarregues da segurança da missão diplomática portuguesa.

KINSHASA

Anunciada na quarta-feira, a missão dos ‘Ninjas’ da PSP em Kinshasa, Congo, já está a ser preparada. Uma equipa de operacionais esteve no país, na última semana de Junho
Título: fusão das forças de segurança
Enviado por: Pacifico em Março 18, 2006, 01:18:50 am
Viva!
Já aqui se disse muita coisa, mas ainda mais há para dizer.
Concordo plenamente com a junção de todas as organizações dedicadas à segurança dos cidadãos: PSP; GNR; PJ; Polícia Marítima; Serviços Prisionais, etc. Todos pertencentes à mesma Direcção Nacional e sob o mesmo estatuto civil. A Alemanha, Holanda, Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Grécia, Inglaterra, Irlanda, Suiça e agora estes novos países do antigo bloco de leste, são todos países em que só há uma Polícia, que é civil.
Em Portugal, as polícias não prestam um bom serviço de segurança às populações. O povo paga bem, mas não é bem servido. Basta entrar num qualquer serviço da GNR ou da PSP, que são aqueles onde o povo em geral mais entra, para ver uma quantidade muito grande de "agentes" sentados atrás de uma secretária a fazer um serviço, que podia ser feito por qualquer cidadão civil. Na PSP ainda se vêm Sargentos (Subchefes) a patrulhar as ruas, mas na GNR, qualquer Sargento já não faz esse serviço, quanto mais um oficial. Os oficiais das forças de segurança têm motoristas (que são policias pagos pelo povo) a conduzir as viaturas onde estes senhores circulam!!!!!. Será que eles não têm carta de condução? Ou querem é mordomias? Ora aqui é que está o problema - mordomias. Já repararam que em cada cidade há três ou quatro edifícios cheios de administrativos, que custam uma fortuna em manutenção e outros gastos de funcionamento ( e 3 ou 4 comandantes, com 3 ou 4 carros e 3 ou 4 motoristas!!!!!). Já li aqui, que a PSP quer a junção das forças, porque tem poucos efectivos!!!!! Moro numa zona onde o posto da GNR à noite só tem um homem para tomar conta das instalações e atender o telefone!!!!!! Não me venham dizer que é mentira, porque moro mesmo em frente e sou amigo deles todos (são apenas 11 elementos!!!!!!!! para um concelho que tem de uma ponta à outra, mais de 50 Kms de extensão!!!! o meu irmão mora na cede de distrito, na mesma rua da polícia e o que me parece é que a polícia tem muitos mais efectivos, mas isso não importa nada ao caso, de nada vale dizer qual é a que tem mais gente.
Mas nada disto importa, o que importa é que num país tão pequeno, não faz sentido ter tantas forças de segurança. Isto é uma grande tachada para estes comandantes/chefes/oficiais todos, serão certamente estes senhores, que não querem perder as mordomias, é que passava a haver apenas um comandante em cada distrito em vez dos actuais 3 ou 4. Passando-se o mesmo com os segundos comandantes, etc.
O meu cunhado é sargento da GNR. Bem o ouço quanto à falta de meios, está sempre a dizer que a GNR não tem viaturas nem pessoal em número suficiente e que não compreende como é que podem estar em Lisboa cerca de 7 mil militares a comer e a dormir!!!! A ser pagos pelo povo para lhes garantir a segurança, mas que a única coisa que fazem é dar umas corridas de manhã e à tarde.  
Uma policia nacional única, de natureza civil (os militares para assegurar a defesa externa e os policias para garantirem a defesa dos cidadãos), com uma estrutura muito ligeira (tipo a esquadras americanas – que eu bem conheço, onde toda a gente trabalha para garantir a segurança dos cidadãos. Vivi lá durante 25 anos, conheci muitos polícias lá e posso-vos dizer que a mentalidade deles não tem nada a ver com a dos nossos. Lá até os tenentes andam na rua da fazer a segurança dos cidadãos e o capitão que é o comandante da esquadra, passa mais tempo na rua do lá dentro!!!!!!. O tratamento entre eles é de igualdade, aqui um soldado quase nem pode falar para um oficial – uma coisa estúpida, terceiro mundista).
O departamento de polícia tem uma SWAT com mais ou menos 15 elementos (dependendo do tamanho da cidade, mas é sempre um grupo pequeno), que trabalham como os outros na rua, sempre que não é necessária para fazer prisões difíceis. Lá também não há corpo de intervenção, todos os polícias fazem isso. Então, se lá funciona, porque é que em Portugal, que é um país pobre não faz uma coisa parecida se não igual????? Porque os tachos dos mandantes acabava e eles não querem, querem ter mainatos  às suas ordens. Também não compreendo porque é que os polícias não podem fazer greve, são funcionários civis como os médicos. Isto não é um país!!!!! Nem o que temos em Portugal são forças de segurança a sério. Estão mal equipadas, mal treinadas e muito mal pagas. Nos Stats um officer ganha três mil dólares logo no início de carreira e ao fim de vinte anos (a ganhar seis mil dólares) obtém a pensão!!!!!
Uma Polícia Nacional única, civil, sob a mesma Direcção Nacional (chefiada por um Juiz) e em cada capital de distrito, o chefe também devia ser juiz.
Título:
Enviado por: Lightning em Março 18, 2006, 11:25:11 am
Eu também me parece bem uma maior integração das forças de segurança, se os 3 ramos das forças armadas podem ser fundidos num único (espero bem que se concretize), as forças de segurança também o poderiam ser. Penso que o maior entrave a que isso se concretize é algumas forças serem de caracter civil (PSP, PJ, SEF) e outras são de caracter militar (Policia Marítima, GNR) (a Guarda Prisional não sei bem), penso que se pelo menos fundissem as forças civis num comando e as militares noutro já era um bom começo, passando a existir só duas forças em vez de serem "meia-duzia".
Tem aí pessoas que diziam que a GNR devia ficar por exemplo com os o CI da PSP e continuar com os seus Regimentos, penso que se isso acontece-se uma dessas forças teria de ser extinta porque, corrijam-me se estiver errado, o Corpo de Intervenção da PSP e o Regimento de Infantaria da GNR, tem exactamante a mesma função, são uma força anti-motim além da Guarda Prisional que também possui uma unidade do género para o caso de ocorrer motins nas prisões, logo aí são 3 forças a fazer o mesmo só que é em locais diferentes (Portugal hurbano, Portugal rural e prisões), também a nivel de forças de operações especiais nas forças policiais acontece o mesmo, existindo na PSP o Grupo de Operações Especiais (GOE), na GNR uma sub-unidade do Regimento de Infantaria é uma Companhia de Operações Especiais (COE) e  recentemente a PJ formou a "Unidade Tactica qualquer coisa" para ser autonoma das unidades da PSP e GNR em missões mais musculadas.
Não sei se seria melhor fundir este género de forças numa única ou se simplesmente extingiam-se duas dando à única existente o monopolio nacional nessa àrea mas percebo que seja mais económico ter só uma força anti-motim e só uma força de operações especiais em vez de 3 de cada.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 18, 2006, 12:44:19 pm
Eu já li um artigo de um oficial da GNR ou da PSP (já não me lembro muito bem), e ele disse que tb defendia que não devia haver duas entidades distintas num pais tão pequeno.
No entanto ele dizia que neste momento não há condições para isso, já que a natureza das duas entidades são muito diferentes. Ele disse que não podia ser a GNR a engolir a PSP e vice-versa mas uma fusão por inteiro, de forma a haver espaço para unidades mais rubustas (estilo CI, RI, GOE, etc).
Não nos podemos esquecer de uma coisa os militares do RI da GNR já estiveram em Timor e no Iraque mostrando uma capacidade de intervenção em territórios externos que o CI ainda não mostrou. A COE do RI tb já esteve nesses mesmo TO e com bons resultados.
Qualquer fusão tem que garantir a manutenção de unidades capazes de intervir no exterior, unidades essas com uma natureza mais militar.
SEF e PJ são unidades muito diferentes em natureza e missão por isso nunca seriam incluidas nesta Policia unica.
Título:
Enviado por: 3520 em Abril 09, 2006, 12:01:08 am
O CI não tem so funções anti motim, o CI tambem patrulha zonas perigosas e faz tambem buscas domiciliarias como tambem participa em quase todas as grandes operações a PSP.

Não mete sentido nenhum fundir as duas forças porque uma tem caracter militar e outra civil, e como tal sucede cada uma deve ter  os seus proprios meios, digamos que o armamento e equipamente diverso deve ser igual para as duas forças, mas deve-se continuar a manter-se as distinção entre as duas forças.
Mas se porventura tivesse que haver uma junção de forças, a GNR deveria-se incorporar  na PSP hoje em dia as policias militares não metem sentido, e como já aqui se referiu mesmo que porventura houvesse manifestações por parte de agentes da PSP que levasse mesmo a uma paralização das pontes sobre o tejo, não devemos esquecer que nos inicios dos anos 90 houve um confronto entre o CI da PSP contra agentes da PSP em protesto o que foi muito lamentavel mas foi necessario e resultou na perfeição.
Título:
Enviado por: NVF em Abril 09, 2006, 12:49:05 am
OK, percebi. Nao faz sentido junta-las porque uma e' militar e outra e' civil, pelo que ha' que manter a distincao. Mas a juntar-se seria tudo combinado na PSP porque nao faz sentido ter uma policia de caracter militar. E' isso? Sou eu que estou a embrutecer, ou ha' algo neste raciocinio que nao bate bem?
Título:
Enviado por: Marauder em Abril 09, 2006, 12:51:44 am
Talvez em caso de invasão de Portugal por uma força superior possamos usar a GNR como força de guerrilha  :lol:

 Agora a falar a sério, a vertente militar da GNR pode ser útil em caso de combates sobre nosso terreno.

  Não é que a PSP não possa participar também em operações, mas, sendo a GNR uma força de cariz militar, penso que deverá ter um treino mais apropriado (ou talvez não..não sei) para acções militares.
Título:
Enviado por: 3520 em Abril 09, 2006, 11:41:51 pm
Sim é isso NVF  :wink: .

Mas agora ultimamente  comecei achar alguma utilidade na existencia da GNR, e o facto de estar a ser criado na GNR um corpo que actue em situações de protecção civil, como por exemplo, o treino que os militares estão a receber para os incendios florestais.
Título:
Enviado por: NVF em Abril 10, 2006, 12:47:28 am
Pois olhe, eu sempre achei a GNR necessaria. Dai achar que fazia sentido a GNR ficar com o exclusivo dos meios musculados (GOE, CI, RI, RC), as unidades especializadas (BF, BT, proteccao ambiental e a nova unidade de SAR/combate a incendios), ter tambem a funcao de policia militar — como acontece com os Carabinieri e a Gendarmerie — e dar apoio 'as FA nas missoes internacionais. O policiamento civil ficava exclusivamente a cargo da PSP.
Título:
Enviado por: 3520 em Abril 11, 2006, 10:18:56 pm
Tambem ha outras coisas que distinguem a PSP da GNR, por exemplo os militares da GNR não podem andar com arma depois do trabalho, mas os agentes da PSP podem.  

Não mete sentido passar as ditas unidades de elite so para a GNR uma vez que a PSP e uma Policia presente em todo o terreno nacional, não pode ter só como funções patrulhar as ruas, isso seria quase como transformar a PSP numa super policia municipal.

O NVF referiu os exemplos dos carabinieri e da gendarmerie, mas esqueceu-se de que em frança e em italia existe em ambos os paises uma unidade chamada Policia Nacional, que têm as mesmas unidades que os carabinieri e as gendarmerie só que tem um caracter civil.
Mas ate que ponto portugal um pais de cerca de 90.000km2 e de 10 milhões de habitantes precisa de duas forças distintas? e se as tem qual é a verdadeira necessiadde de as reestruturar? vamos é deixar as coisas como elas estão.  :P
Título:
Enviado por: NVF em Abril 11, 2006, 11:27:39 pm
Bem, que eu saiba a GNR tambem e' uma forca presente em todo o territorio nacional, pelo que este argumento parece irrelevante. Alem disso, as unidades de elite de ambas as forcas estao, maioritariamente, localizadas em Lisboa — excepto as duas 'companhias' do CI no Porto e a companhia do Algarve.

Quanto a Franca e Italia, nao vejo porque tinha que mencionar as policias nacionais desses paises, quando referi somente a vertente de policia militar da Gendarmerie e dos Carabinieri.

Por Portugal ser um pais pequeno, e' que eu acho que nao faz sentido ter duas forcas que se sobrepoem em quase tudo, excepto no aspecto jurisdicional. Que sentido faz haver um GOE e um POE ambos situados em Lisboa? Que sentido faz haver um CI e um RI estacionados em Lisboa? Parece mais logico ter duas forcas que se complementem do que duas forcas que se sobreponham.

Just my two cents.

3520, voce ja'a parce espanhol, nao me diga que tem dificuldade em entender o que eu escrevo?  :)  Se for por causa dos acentos, peco desculpa mas o meu teclado nao os tem.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 12, 2006, 09:50:44 am
NVF o COE só actua na área de jurisdição da GNR, o GOE é a unidade antiterrorista nacional que, quando actua no nosso território, é em missões antiterroristas ou então em áreas de jurisdição da PSP, como tal estas unidades não se sobrepõem uma há outra, o mesmo acontece entre o CI e o RI.
Título:
Enviado por: 3520 em Abril 12, 2006, 11:47:53 am
O NVF referiu como exemplo as policiais militares desses dois paises, e eu como exemplo referi tabem as policiais civis desses dois paises, nada mais e só isso, acho que o senhor é que está a parecer espanhol  :lol: .  

Ambas as forças cobrem o terriotorio nacional, mas a PSP tem um cariz "citadino" e a GNR não, que sentido faz passare-se tudo pa GNR?
Ambas as forças têm as suas funções não se pode mudar tudo da PSP para a GNR, e ainda por cima o PSP neste momento tem mais efectivos que a GNR mas mesmo assim ainda há a falta deles.

E memso que se fizesse o que o senhor está a dizer, a GNR é que passaria a patrulhar as ditas cidades e a PSP ficaria remetida unica e exclusivamente ao meio rural?  sim porque não mete sentido ter uma força em larga escala nas cidades só com as funções de patrulhar.
Título:
Enviado por: NotePad em Abril 12, 2006, 02:25:30 pm
...
Título:
Enviado por: NVF em Abril 12, 2006, 03:07:49 pm
3520,

Voce so' pode ser espanhol, pa' :)  Nao me diga que lhe custava muito recuar uma pagina neste topico. Onde que voce me viu defender que passasse tudo para a GNR?

Citação de: "NVF"
Nunca mais se falou neste assunto por ai, em Portugal?

Devo dizer que concordo em parte. Nao faz sentido ter dois corpos de policia nacionais. Por outro lado, a GNR tem uma grande tradicao e e' uma forca militar.

O que acho que fazia algum sentido era unificar todas as forcas policiais 'normais', tipo esquadras ou postos, unidades de patrulha e de intervencao rapida sobre a bandeira da PSP.

Com a GNR ficavam todas as unidades ditas especiais. Da GNR: os actuais Regimentos de Infantaria e de Cavalaria, a BT e a Brigada Fiscal. Da PSP: o GOE, o CI e o Corpo de Seguranca Pessoal. E claro as unidades de inactivacao de explosivos de ambas as forcas.

Alem disso, no ambito de uma GNR mais musculada e especializada, podia criar-se uma unidade de Policia Militar — como na Gendarmerie e nos Carabinieri — que podia efectuar a seguranca 'as instalacoes militares e intervir no estrangeiro, 'a semelhaca do que aconteceu na missao do Iraque.


Cabeca de Martelo, o que voce diz ilustra perfeitamente o que eu disse anteriormente "... nao faz sentido ter duas forcas que se sobrepoem em quase tudo, excepto no aspecto jurisdicional". Sao dois comandos, duas estruturas de suporte e de administracao, localizadas na mesma cidade, mas que actuam em zonas geograficas distintas. Aonde esta' a racionalidade disto?
Título:
Enviado por: Azraael em Abril 12, 2006, 03:10:32 pm
Citação de: "NVF"
Sao dois comandos, duas estruturas de suporte e de administracao, localizadas na mesma cidade, mas que actuam em zonas geograficas distintas. Aonde esta' a racionalidade disto?


Racionalidade? O velho principio da maximizacao do tacho! (Quase tao inviolavel quanto o principio da maximizacao da Entropia! :twisted: )
Título:
Enviado por: 3520 em Abril 12, 2006, 06:55:17 pm
-» GOE
-» CI
-» Corpo de Segurança pessoal
-» Inativação de explosivos

Claro que não vai tudo para a GNR, a PSP fica com os carros de patrulha  :roll:  .

Então e diga me lá depois dessas mudanças todas quais seriam as funções da PSP e da GNR, e onde se iriam ambas as forças localizar geograficamente.
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Julho 24, 2006, 07:21:20 pm
:arrow: A intervenção do lecavo foi por mim apagada por engano. No entanto consegui recuperá-la mas só dentro da minha própria intervenção.


Citação de: "Jorge Pereira"
Estou completamente contra essa fusão. Esta complementariedade entre uma força civil com responsabilidades em zonas urbanas e uma militarizada para as zonas rurais e para eventuais situações de crise ou guerra, parece-me das mais eficazes do mundo. Não será de todo útil poder contar com uma força militarizada para situações graves de crise ou até de guerra, em vez de só ter uma civil? Claro que sim, é lógico e faz todo o sentido. Podemos e devemos é fazer uma reorganização da GNR para retirá-la das zonas urbanas, como acontece de forma absurda em Lisboa, e distribui-la de uma melhor forma pelo meio rural.


Citação de: "lecavo"
Situações de crise e de guerra!!!!!! Em portugal? bem, guerra aqui na terriola? não me parece que vá haver guerra por aqui. No estrangeiro? bem, será que temos de nos ir lá meter? nesse caso, se é uma situação de guerra aberta, então que vão os militares.

Polícia, é apenas para fazer segurança interna. Quanto muito participar em missões de paz no estrangeiro (devidamente enquadradas pela ONU), mas apenas depois de o país estar pacificado. Para ajudar na criação, reorganização, formação da força de segurança local e controlar a sua acção, claro!

Equilibrio entre forças de segurança! não compreendo o que quer dizer com isto! será que estas forças têm interesses distintos? particulares?, mas então não foram criadas para trabalhar em prol da sociedade civil? ou terão sido criadas para tratar de garantir os interesses particulares de quem lá trabalha?

Quando é que este país se deixa de quintinhas? Uma força de segurança unica é a unica saída lógica, para um país tão pequeno como o nosso. Tudo o resto é despesismos, já para não falar noutras coisas, como eficácia, etc.
Citação de: "lecavo"
Situações de crise e de guerra!!!!!! Em portugal? bem, guerra aqui na terriola? não me parece que vá haver guerra por aqui. No estrangeiro? bem, será que temos de nos ir lá meter? nesse caso, se é uma situação de guerra aberta, então que vão os militares.

Por esse ponto de vista acabe-se com as Forças Armadas, já que tem tanta certeza de que Portugal nunca se envolverá em nenhum conflito.

No estrangeiro teremos de ir sempre que seja necessário e sempre que os nossos interesses/alianças assim o determinem. Por muito que custe a certas pessoas.

Citação de: "lecavo"
Polícia, é apenas para fazer segurança interna. Quanto muito participar em missões de paz no estrangeiro (devidamente enquadradas pela ONU), mas apenas depois de o país estar pacificado. Para ajudar na criação, reorganização, formação da força de segurança local e controlar a sua acção, claro!

Não necessariamente. A iniciativa europeia http://www.eurogendfor.org/ (http://www.eurogendfor.org/) é uma boa prova disso. Porque será que não criaram essa força baseada em forças policias de carácter não militar?

Citação de: "lecavo"
Quando é que este país se deixa de quintinhas? Uma força de segurança unica é a unica saída lógica, para um país tão pequeno como o nosso. Tudo o resto é despesismos, já para não falar noutras coisas, como eficácia, etc.


O que de facto são quintinhas e despesismos são iniciativas e forças como a polícia municipal. Qual é a utilidade destas? Passar multas? A PSP e a GNR não eram suficientes?
Título:
Enviado por: NVF em Julho 25, 2006, 12:28:18 am
Citação de: "Jorge Pereira"
:
O que de facto são quintinhas e despesismos são iniciativas e forças como a polícia municipal. Qual é a utilidade destas? Passar multas? A PSP e a GNR não eram suficientes?


Concordo. Para passar multas de estacionamento as camaras municipais nao necessitam de policiais, os tipos da EMEL ja' o fazem. Acrescente-se que os policias municipais mais nao sao do que meros fiscais armados e a generalidade das tarefas que desempenham podiam perfeitamente ser efectuadas por civis, que poderiam requisitar policias sempre que necessitassem.
Título:
Enviado por: othelo em Julho 25, 2006, 08:19:35 am
NVF

Podes ter razão em mta coisa, mas olha q nisso das Policias Municipais estás enganado.
Em Portugal as PM, tem como função, entre outras coisas, a vigilância de locais e transportes publicos, a fiscalização da generalidade dos  estabelecimentos (comércio, hotelaria, serviços), fiscalização de obras, regularização e fiscalização de transito rodoviário, vigilância de eventos e espectaculos publicos, investigação e o processo de actos relativos a Autos de contra ordenação, denuncias, queixas, etc, e dar conhecimento dos resultados às entidades próprias, etc.

Diga-mos que actualmente as PM tem um universo de serviço muito abrangente, o que lhes tem vindo a dar um constante e crescente poder.
Título: Resposta ao Jorge Pereira
Enviado por: lecavo em Julho 31, 2006, 10:47:12 pm
Viva! Não, na verdade não posso ter a certeza de que Portugal não se vá envolver numa guerra. Mas também não vejo qual possa ser neste momento ou nos próximo anos, talvez décadas, a ameaça real do nosso território vir a ser invadido. Quem é que nos quereria invadir? Os espanhóis? Os marroquinos? As guerras hoje ganham-se pela via económica e essa já a Espanha nos ganhou à muito (infelizmente para nós).

Confesso que não percebo nada de estratégia militar. Nem nunca me interessei muito por isso. Mas no quadro actual em que Portugal se encontra (geográfico, político e económico - União Europeia), não creio que alguma vez venhamos a ser invadidos.
 
Se isso viesse de facto a ocorrer, também não era a GNR que nos ia defender do invasor. A GNR não tem equipamento, armamento nem homens treinados física e psicologicamente para a guerra. As velhas H&K G3 e Walther P38 não chegam!!!! nesse item, estão todos iguais: GNR; PSP; PJ; Guarda Prisional; Policia Maritima e SEF. Não creio que a GNR por ser uma força militar esteja em melhores condições relativamente às outras, de fazer frente a uma ameaça desse genero.

 Quanto à necessidade de existência de forças armadas, vou dar-lhe a minha opinião (de leigo como já disse). Acho que faz muito mais falta navios ligeiros de superfície (“baratos”) em número suficiente para patrulhar convenientemente as nossas águas (continente, Açores e Madeira) do que os dois submarinos que querem comprar. Os recursos subaquáticos – peixe – estão a ser roubado e nós portugueses não estamos a fazer nada para impedir isso. No Açores está estacionada uma Corveta (ou Fragata, não sei) para aquela imensidão de mar. Quanto aos F16, acho que não nos fazem falta nenhuma, nós precisamos é de aviões para apagar incêndios, patrulhar as tais águas de que falei à pouco e de helicópteros para ajudar em salvamentos (também podiam servir para patrulhar a zona económica exclusiva). Carros de combate? Os M60 estão velhos, a sua substituição vai custar uma fortuna. Esse dinheiro dava muito mais jeito aplicado na educação/ensino e em cuidados médicos para a nossa população. Fecham-se hospitais, maternidades, centros de saúde e escolas no interior do país, por falta de dinheiro!!!!!!!! Que falta nos fazem os carros de combate, os F16 e os submarinos aqui no nosso território? Achei piada àquela situação (no tempo do Sr. Ministro Paulo Portas) em que foi usado um submarino para apanhar uns traficantes de droga, numa tentativa infantil justificar a existência e a necessidade absoluta desta arma na nossa marinha de guerra. Com um décimo do dinheiro gasto na aquisição de um só submarino, dava para comprar uma lancha rápida para cada agente da Polícia Marítima, empestávamos as nossas águas com lanchas rápidas, não havia traficante que se atrevesse a entrar nas nossas águas.

Esta é a minha opinião simplista de uma problemática muito mais abrangente, quis apenas responder ao Jorge Pereira e não quero entrar em polémica.

Um abraço a todos.
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Agosto 01, 2006, 12:21:57 am
O Lecavo realmente acredita que é acabando com as Forças Armadas e aumentando o orçamento dessas instituições/serviços resolve alguma coisa? Não será mais urgente medidas de rigor e de eficiência nessas instituições do que simplesmente lançar mais "gasolina para a fogueira" do despesismo? Porque é que não se acaba então com o Ministério da Cultura? Aquilo também não serve para nada...só para uns pseudo-intelectuais e pseudo-artistas "ganharem" uns trocos...

Dos países europeus de média dimensão ou média-baixa só a Islândia não tem forças armadas de todo e a Irlanda tem umas forças armadas só para ir participando nas missões da ONU...e Portugal não é nenhuma ilha no meio do Atlântico...
Título: Re: Resposta ao Jorge Pereira
Enviado por: Jorge Pereira em Agosto 01, 2006, 09:46:48 pm
Citação de: "lecavo"
Viva! Não, na verdade não posso ter a certeza de que Portugal não se vá envolver numa guerra. Mas também não vejo qual possa ser neste momento ou nos próximo anos, talvez décadas, a ameaça real do nosso território vir a ser invadido. Quem é que nos quereria invadir? Os espanhóis? Os marroquinos? As guerras hoje ganham-se pela via económica e essa já a Espanha nos ganhou à muito (infelizmente para nós).

Confesso que não percebo nada de estratégia militar. Nem nunca me interessei muito por isso. Mas no quadro actual em que Portugal se encontra (geográfico, político e económico - União Europeia), não creio que alguma vez venhamos a ser invadidos.
 
Se isso viesse de facto a ocorrer, também não era a GNR que nos ia defender do invasor. A GNR não tem equipamento, armamento nem homens treinados física e psicologicamente para a guerra. As velhas H&K G3 e Walther P38 não chegam!!!! nesse item, estão todos iguais: GNR; PSP; PJ; Guarda Prisional; Policia Maritima e SEF. Não creio que a GNR por ser uma força militar esteja em melhores condições relativamente às outras, de fazer frente a uma ameaça desse genero.

 Quanto à necessidade de existência de forças armadas, vou dar-lhe a minha opinião (de leigo como já disse). Acho que faz muito mais falta navios ligeiros de superfície (“baratos”) em número suficiente para patrulhar convenientemente as nossas águas (continente, Açores e Madeira) do que os dois submarinos que querem comprar. Os recursos subaquáticos – peixe – estão a ser roubado e nós portugueses não estamos a fazer nada para impedir isso. No Açores está estacionada uma Corveta (ou Fragata, não sei) para aquela imensidão de mar. Quanto aos F16, acho que não nos fazem falta nenhuma, nós precisamos é de aviões para apagar incêndios, patrulhar as tais águas de que falei à pouco e de helicópteros para ajudar em salvamentos (também podiam servir para patrulhar a zona económica exclusiva). Carros de combate? Os M60 estão velhos, a sua substituição vai custar uma fortuna. Esse dinheiro dava muito mais jeito aplicado na educação/ensino e em cuidados médicos para a nossa população. Fecham-se hospitais, maternidades, centros de saúde e escolas no interior do país, por falta de dinheiro!!!!!!!! Que falta nos fazem os carros de combate, os F16 e os submarinos aqui no nosso território? Achei piada àquela situação (no tempo do Sr. Ministro Paulo Portas) em que foi usado um submarino para apanhar uns traficantes de droga, numa tentativa infantil justificar a existência e a necessidade absoluta desta arma na nossa marinha de guerra. Com um décimo do dinheiro gasto na aquisição de um só submarino, dava para comprar uma lancha rápida para cada agente da Polícia Marítima, empestávamos as nossas águas com lanchas rápidas, não havia traficante que se atrevesse a entrar nas nossas águas.

Esta é a minha opinião simplista de uma problemática muito mais abrangente, quis apenas responder ao Jorge Pereira e não quero entrar em polémica.

Um abraço a todos.


Então se bem percebi, quer transformar Portugal numa espécie de Costa Rica da Europa. Certo? Com uma polícia unificada. A seguir provavelmente quererá passaporte espanhol para todos os portugueses. Certo?
Com todo o respeito caro lecavo, acho que ainda não se apercebeu no fórum em que está a participar.
Título:
Enviado por: lecavo em Agosto 01, 2006, 11:04:05 pm
Viva! Eu não disse que se devia acabar com as forças armadas! E não me coloque palavras na boca que eu não disse!!!!!! Quem falou em Costa Rica e passaportes espanhóis foi o sr.!!!!

O que eu disse é que acho (é a minha opinião ou este forum não é democrático? olhe que a unanimidade só ocorre nas ditaduras, em que todos "pensam" da mesma maneira e "têm a mesma opinião", a do chefe!) que este modelo de forças armadas não presta um bom serviço ao país. Ou melhor, acho que não estão ajustadas às nossas necessidades reais e actuais. É a minha opinião de leigo em estratégia, como deixei bem claro!!!!!!!  É A MINHA OPINIÃO!!!!!!

A minha opinião foi expressa com respeito pela sua e vale tanto como a sua. Não lhe faltei ao respeito. O Sr. falou em tom de chacota da minha opinião acerca da polícia única! Não gostei! Considerei isso um insulto. Olhe que pode ficar ciente, que se defendo este modelo é porque acho que é o melhor para defender os seus direitos, os seus bens e os da sua família.

Não gosto de entrar em polémicas com ninguém. Gosto de participar em discussões em que as pessoas debatem ideias de forma franca e honesta. Não defendo uma ideia por birrice. Se alguém com argumentos válidos me conseguir convencer, que a minha opinião não está correcta, não tenho qualquer problema em aceitar e reconhecer que estava errado. Não insulto ninguém e também não gosto de ser insultado.
Título:
Enviado por: lecavo em Agosto 01, 2006, 11:13:43 pm
Não me dei conta que a palavra “pensão” estava mal escrita. Peço ao moderador para rectifica-la e escrever “pensam” (do verbo pensar).

Já agora acrescente no fim do texto as palavras: “Um abraço” – não vão ficar a pensar que fiquei “azedo” ou tenho mau feitio.

Um abraço

Obrigado
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 02, 2006, 12:12:33 am
Caro lecavo, para alterar os seus textos é só clicar no "editar", que aparece no canto superior direito onde nós escrevemos.  :wink:
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Agosto 02, 2006, 12:33:56 am
Citação de: "lecavo"
A minha opinião foi expressa com respeito pela sua e vale tanto como a sua. Não lhe faltei ao respeito. O Sr. falou em tom de chacota da minha opinião acerca da polícia única! Não gostei! Considerei isso um insulto. Olhe que pode ficar ciente, que se defendo este modelo é porque acho que é o melhor para defender os seus direitos, os seus bens e os da sua família.

Não gosto de entrar em polémicas com ninguém. Gosto de participar em discussões em que as pessoas debatem ideias de forma franca e honesta. Não defendo uma ideia por birrice. Se alguém com argumentos válidos me conseguir convencer, que a minha opinião não está correcta, não tenho qualquer problema em aceitar e reconhecer que estava errado. Não insulto ninguém e também não gosto de ser insultado.


Caro lecavo:

Peço desculpa mas não vejo onde está o insulto. Se a minha mensagem lhe pareceu um pouco áspera, peço desculpa. Longe de mim ser desagradável ou indelicado com alguém que procura dar a sua opinião. Não vejo também onde é que fiz chacota com a sua ideia de polícia única (embora não concorde com ela, respeito-a como não podia deixar de ser).

Só me pareceu que a ideia do lecavo para as Forças Armadas de Portugal é no mínimo minimalista. Se não ficarmos com caças, submarinos, carros de combate e fragatas ficamos com quê? Não é o fim das Forças Armadas? Que paralelo encontraria nesse mundo fora de um país que só conta com forças policias? Percebe agora a questão da Costa Rica?

Nas questões de defesa não há vazios. Estes preenchem-se rapidamente e pagam-se caro. Quem é que acha que preencheria o nosso se abdicarmos de tudo aquilo que mencionou? Percebe agora a questão do passaporte?
Título:
Enviado por: lecavo em Agosto 02, 2006, 01:22:57 am
Viva! Se me diz que não pretendia fazer chacota ou insultar-me, aceito a explicação.
Adiante, águas passadas não movem moinhos. Continuamos com o debate de ideias.

Um abraço
Título:
Enviado por: lecavo em Agosto 02, 2006, 01:26:31 am
Viva! quando tiver um pouco de tempo explico-lhe melhor o que queria dizer, acho que não percebeu aquilo que julgo que deveriam ser as nossas forças armadas.

Um abraço.
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Agosto 02, 2006, 01:28:53 am
Citação de: "lecavo"
Viva! Se me diz que não pretendia fazer chacota ou insultar-me, aceito a explicação.
Um abraço


Obviamente que não pretendia. Qual seria o interesse? Este é um fórum sério. :G-beer2:
Título:
Enviado por: Lightning em Agosto 02, 2006, 04:20:46 pm
Citação de: "Jorge Pereira"
Se não ficarmos com caças, submarinos, carros de combate e fragatas ficamos com quê?


Ficamos iguais à Irlanda...
Título:
Enviado por: Lightning em Agosto 02, 2006, 04:27:15 pm
Mas esta página é sobre a fusão das várias forças de segurança ou é sobre o material que deve ou não equipar as forças armadas? :lol:
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 02, 2006, 04:29:48 pm
Hélder deixa lá o lecavo se explicar...até ele poder, não estamos a ajudar ao diálogo.  :wink:
Título: Resposta ao Jorge Pereira
Enviado por: lecavo em Agosto 02, 2006, 05:44:00 pm
Viva!
Então vamos lá.
Portugal é um país com muito poucos recursos naturais. Tirando o nosso mar (Continente; Açores e Madeira) e as nossas florestas, pouco mais nos resta. A verdade é que todos os dias os espanhóis e outros, nos entram pelos Açores adentro e ROUBAM TUDO O QUE LÁ HÁ. Conheço alguma coisa dos Açores, também lá tenho familiares e posso-lhe dizer que os “fundos” dos Açores, que há dez anos eram riquíssimos, hoje estão “secos” ou quase. Os nossos vizinhos espanhóis têm lá barcos constantemente a pescar e a matar o que não pescam. Como o leito do mar dos Açores é muito rochoso, devido à sua origem vulcânica, as artes de pesca rasgam-se e ficam lá por baixo a matar permanentemente. Não sei o que se passa na região da Madeira, mas presume que o mesmo (há 3 anos estive 15 dias em Porto Santo e só por uma vez vi um navio de guerra a passar ao largo). O Continente não está melhor. Se falarem com os nossos pescadores, ficam a saber que os nossos vizinhos também por cá andam a rapinar o “pescado”. Quando falava nos submarinos, trocados por navios de pequeno porte, de fácil manutenção, baixo consumo e grande rapidez, não pretendia dizer que a marinha de guerra deveria passar a ser equipada com traineiras! Mas em vez de meia dúzia de fragatas e outras tantas corvetas e dois submarinos, podia ter as tais fragatas e corvetas e dezenas de embarcações mais ligeiras devidamente equipadas com meios electrónicos de ponta a ocupar os nossos mares e a defender convenientemente os tais recursos marinhos. Quando o meu amigo dizia: “Nas questões de defesa não há vazios. Estes preenchem-se rapidamente e pagam-se caro. Quem é que acha que preencheria o nosso se abdicarmos de tudo aquilo que mencionou? Percebe agora a questão do passaporte?” – pois meu caro amigo, é isso mesmo que os espanhóis e outros estão fazer-nos neste momento. Como não estamos no nosso mar, eles estão a ocupá-lo. Não é futuro, é presente. Fale com os pescadores do continente e das ilhas, que eles corroboram-lhe a minha afirmação.

No que diz respeito aos aviões, anda o governo tão aflito porque não tem dinheiro para comprar aviões de combate aos fogos, mas tem dinheiro para comprar F16. As nossas florestas, o outro recurso natural arde ano após ano, porque não há meios, etc., etc. O dinheiro de cinco F16 davam para comprar helicópteros e aviões de combate a incêndios e de resgate no mar, etc., para dar e vender. A utilidade dos F16 na minha opinião é nenhuma, quando comparada com aviões de vigilância e observação da nossa zona económica exclusiva, vulgo mar. Repare que todos esses meios aéreos podiam e deviam ficar entregues à força aérea, que em vez de ter uma orgânica e equipamento ofensivo (grande poder bélico ofensivo), ficaria com outras valências na área da vigilância, observação (não perderia a sua utilidade no seio da OTAN) e defesa dos nossos recursos naturais.

Carros de combate: Carros de combate de lagartas (M60; Leopard; Abrahams, etc) de aquisição muito dispendiosa e de utilidade duvidosa, seriam substituídos por carros blindados de rodas. Permitia-nos ter meios blindados, mas muito mais ligeiros. Aliás têm sido meios blindados deste genro, os utilizados pelas nossas tropas nas diversas missões no estrangeiro, em que têm participado.  Que eu saiba, nunca foi levado um M60 nessas missões.

Haverá ainda muita gente a pensar que Portugal é uma potência mundial, com possessões espalhadas pelo mundo e a necessitar de umas forças armadas capazes de enfrentar qualquer ameaça contra essas ditas possessões. Mas a realidade é outra. Portugal está perfeitamente integrado numa Europa pacificada, onde não se coloca sequer a hipótese de qualquer conflito militar entre os países desta União Europeia. Não creio que a nossa vizinha Espanha seja uma ameaça militar para nós. Eles não ambicionam tomar militarmente falando o nosso território (pelo menos enquanto tivermos o Alberto João Jardim, podemos estar descansados, estrategicamente ele vale por vários porta-aviões). Nós somos ingovernáveis, eles metiam-se numa alhada do arco-da-velha. Para eles é muito mais fácil, pacifico, barato e lucrativo assaltar-nos com embarcações de pesca e com as “Zaras” e “El Corte Inglês”.

A verdadeira ameaça está nos grupos terroristas árabes, que enviam pequenas células acéfalas capazes de pôr a nossa segurança em grande risco. Os americanos e o 11 de Setembro são disso um exemplo. Não tenho qualquer receio de uma invasão em massa por parte dos espanhóis ou dos marroquinos, mas já não digo o mesmo em relação a estes grupos terroristas. Aliás, basta estar atento ao que se está a passar no Líbano. Reparem no poderio militar de Israel e na sua enorme dificuldade em conseguir derrotar um “pequeno” grupo terrorista que coloca constantemente em perigo as suas populações civis e Israel tem cometido as maiores atrocidades nesta guerra (em que muita gente tem fechado os olhos – eu também!) onde quase tudo vale para exterminar o Hezbollah, com um sucesso muito comedido. Julgo que este é o melhor exemplo da verdadeira ameaça que paira sobre as nossas cabeças.

Para terminar e como disse anteriormente, sou um leigo nestas matérias. Não pretendo nem por sombras fazer escola com as minhas ideias. É apenas a minha opinião sobre o assunto, que aqui abordei de uma forma muito singela. Claro que a problemática em torno das forças armados é muito mais abrangente e complexa.

Um abraço.
Título:
Enviado por: pedro em Agosto 02, 2006, 06:37:02 pm
Caro lecavo um dos pilares mais importante dum pais e as suas forcas armadas para a defesa do pais, quanto a isso de mais barcos para patrulhar as costas pois ja somos dois mas ha um problema e se como sempre o governo de madrid manda os seus patrulhas o Bams para defender as suas traneiras, nao e com patrulhas com os NPOs que nos nos vamos defender mas sim com poucas mas boas fragatas e com f-16 etc... o nao??? :wink:
Título:
Enviado por: Lightning em Agosto 02, 2006, 07:11:59 pm
Eu sinceramente acho que essa ideia que o dinheiro dos submarinos devia ter sido gasto em mais NPOs ou o dinheiro dos F-16 gasto em mais aviões e helicopteros para combater os incêndios e todas essas possiveis compras acho um perfeito disparate, se ouver realmente interesse em ter mais NPO, helicopteros ou qualquer outro material não há necessidade nenhuma de cancelar a compra de outros equipamentos porque esse dinheiro existe, e quando falam que em vez de andarmos a comprar equipamento para as forças armadas deviam era melhorar as escolas, os hospitais e etc só me dá vontade de rir, Portugal já é dos paises que mais investe na saude e educação, gostava que comparassem o orçamento desses ministérios comparado com o ministério da defesa, o problema não é falta de investimento é sim o mau investimento, é do estilo há x euros para melhorar o piso do hospital mas em vez de por um chão novo no corredor, tapar os buracos do tecto e por portas novas acham melhor comprar um ar condicionado para o gabinete do senhor director e comprar uns computadores de ultima geração, e coisas assim do género.

Eu até posso dar um exemplo nas forças armadas, certo dia o senhor comandante ficou com a ideia que os militares da sua unidade tinham muitos carros mas existiam um reduzido de lugares de estacionamento e decidiu construir um parque de estacionamento num parque relvado, passado uns anos esse senhor foi promovido e veio outro para ocupar o seu lugar, esse ficou com a ideia que os militares tinham poucos lugares para practicar desporto e no lugar do parque de estacionamento decidiu construir um ringue desportivo. Enqunto isso tudo acontecia existiam alojamentos com portas rachadas, casas de banho com canalizações arrebentadas, janelas empenadas, etc, talvez até o dinheiro para melhoraria das condições venham de outro lado mas isso vai da prioridade dada a cada assunto e as coisas podiam ser mais bem oganizadas.
Título: Re: Resposta ao Jorge Pereira
Enviado por: Marauder em Agosto 02, 2006, 07:17:14 pm
Citação de: "lecavo"
Viva!
Então vamos lá.
Portugal é um país com muito poucos recursos naturais. Tirando o nosso mar (Continente; Açores e Madeira) e as nossas florestas, pouco mais nos resta. A verdade é que todos os dias os espanhóis e outros, nos entram pelos Açores adentro e ROUBAM TUDO O QUE LÁ HÁ. Conheço alguma coisa dos Açores, também lá tenho familiares e posso-lhe dizer que os “fundos” dos Açores, que há dez anos eram riquíssimos, hoje estão “secos” ou quase. Os nossos vizinhos espanhóis têm lá barcos constantemente a pescar e a matar o que não pescam. Como o leito do mar dos Açores é muito rochoso, devido à sua origem vulcânica, as artes de pesca rasgam-se e ficam lá por baixo a matar permanentemente.

http://www.seaaroundus.org/TrophicLevel ... 0(Portugal (http://www.seaaroundus.org/TrophicLevel/EEZTaxon.aspx?eez=620B&fao=0&country=Azores%20Islands%20(Portugal))&Hasnote=1&typeOut=4&Tx=1 (faça copy paste senão não abre)
Perante factos não há argumentos.
Também li uma noticia que se não me engano era dos Açores, que considerava os Açores como um exemplo de como proteger os oceanos e seus recursos. Estava no Diário Digital à um mês atrás. Com um pouco de esforço até a consigo encontrar..

Citação de: "lecavo"
Não sei o que se passa na região da Madeira, mas presume que o mesmo (há 3 anos estive 15 dias em Porto Santo e só por uma vez vi um navio de guerra a passar ao largo). O Continente não está melhor. Se falarem com os nossos pescadores, ficam a saber que os nossos vizinhos também por cá andam a rapinar o “pescado”.

Madeira
http://www.seaaroundus.org/TrophicLevel ... 0(Portugal (http://www.seaaroundus.org/TrophicLevel/EEZTaxon.aspx?eez=620A&fao=0&country=Madeira%20Islands%20(Portugal))&Hasnote=1&typeOut=4&Tx=1 (faça copy paste senão não abre)

Continente
http://www.seaaroundus.org/TrophicLevel ... Out=4&Tx=1 (http://www.seaaroundus.org/TrophicLevel/EEZTaxon.aspx?eez=620&fao=0&country=Portugal&Hasnote=1&typeOut=4&Tx=1)

Citação de: "Lecavo"
Mas em vez de meia dúzia de fragatas e outras tantas corvetas e dois submarinos, podia ter as tais fragatas e corvetas e dezenas de embarcações mais ligeiras devidamente equipadas com meios electrónicos de ponta a ocupar os nossos mares e a defender convenientemente os tais recursos marinhos.
P-3 Orion fazem a vigilancia aérea e quando descobrem ilegalidade mandam as coitadas das corvetas e fragatas. No futuro para além do P-3, o C-295 também realizará vigilância, e mandaremos as NPO.

Desde que foi inventado o Radar e mecanismos avançados de vigilância não é preciso ter assim tantos meios lecavo. Logo, existe dinheiro para fragatas e submarinos, e os interesses dos pescadores são preenchidos.

E não sei do que eles se queixam. Caso não saiba, no outro dia estavam em greve porque aparentemente a polícia marítima estava a fiscalizá-los demasiado. Hum, estranhamente apenas 1 TERÇO das embarcações estava a usar redes ilegais, mas coitados dos pescadores, é uma autentica perseguição.

Citação de: "Lecavo"
Como não estamos no nosso mar, eles estão a ocupá-lo. Não é futuro, é presente. Fale com os pescadores do continente e das ilhas, que eles corroboram-lhe a minha afirmação.

Estranho, os nossos também vão pescar noutros países, vamos começar agora com nacionalismos com o mar é? Espanhóis a pescar é mais no continente com deu para ver nos dados, que pode consultar em:

http://www.seaaroundus.org/eez/eez.aspx (http://www.seaaroundus.org/eez/eez.aspx)

Sim, até já estou a ver os pescadores a chorar que o governo não faz nada (ao mesmo tempo que fazem greves acerca da fiscalização da polícia maritima), e nem devem ter reparado que os aviões que passam andam a controlar as operações. E também não devem ler as notícias que de vez em quando ainda existem algumas escaramuças entre patrulhas portugueses e pescadores espanhóis, principalmente para os lados de V.N. de Santo António e Guadiana.


Citação de: "Lecavo"
No que diz respeito aos aviões, anda o governo tão aflito porque não tem dinheiro para comprar aviões de combate aos fogos, mas tem dinheiro para comprar F16.
É melhor informar-se antes de falar, os F-16 já estão comprados já à uns valentes anos, e não é por falta de dinheiro que não existem aviões de combate aos fogos. Aliás, caso não saiba, estes sempre os houve, simplesmente o governo achou que seria no melhor interesse do país que fossem alugados, devido à sazonalidade de seu uso.

Citação de: "lecavo"
Carros de combate: Carros de combate de lagartas (M60; Leopard; Abrahams, etc) de aquisição muito dispendiosa e de utilidade duvidosa, seriam substituídos por carros blindados de rodas. Permitia-nos ter meios blindados, mas muito mais ligeiros. Aliás têm sido meios blindados deste genro, os utilizados pelas nossas tropas nas diversas missões no estrangeiro, em que têm participado.  Que eu saiba, nunca foi levado um M60 nessas missões.
Se tivessemos blindados em condições secalhar até os levavamos, ou nunca penso nisso? E isso da substituição de lagartas por carros blindados de rodas, na internet encontra muita informação o porquê ninguém faz isso, ou pelo menos a esmagadora maioria. Existem outros fóristas aqui que melhor explicam este facto também.

Citação de: "Lecavo"
Portugal está perfeitamente integrado numa Europa pacificada, onde não se coloca sequer a hipótese de qualquer conflito militar entre os países desta União Europeia. Não creio que a nossa vizinha Espanha seja uma ameaça militar para nós. Eles não ambicionam tomar militarmente falando o nosso território (pelo menos enquanto tivermos o Alberto João Jardim, podemos estar descansados, estrategicamente ele vale por vários porta-aviões). Nós somos ingovernáveis, eles metiam-se numa alhada do arco-da-velha. Para eles é muito mais fácil, pacifico, barato e lucrativo assaltar-nos com embarcações de pesca e com as “Zaras” e “El Corte Inglês”.

Segundo essa ideia, então deviamos só ter polícias como a Costa Rica. Eu também acredito que no medio/longo prazo a UE ainda se vai manter, mas no entanto, não é por não haver perigo neste periodo de tempo que vamos acabar com as FA. Garanto-lhe que tal política saíria muito má ao país no futuro. Só a titulo de exemplo, bastaria que a UE desse o ultimo passo para a federação para que muitas nações "abandonassem o navio" (segundo a minha opinião), e depois como é que é?  


Citação de: "lecavo"
A verdadeira ameaça está nos grupos terroristas árabes, que enviam pequenas células acéfalas capazes de pôr a nossa segurança em grande risco. Os americanos e o 11 de Setembro são disso um exemplo. Não tenho qualquer receio de uma invasão em massa por parte dos espanhóis ou dos marroquinos, mas já não digo o mesmo em relação a estes grupos terroristas. Aliás, basta estar atento ao que se está a passar no Líbano. Reparem no poderio militar de Israel e na sua enorme dificuldade em conseguir derrotar um “pequeno” grupo terrorista que coloca constantemente em perigo as suas populações civis e Israel tem cometido as maiores atrocidades nesta guerra (em que muita gente tem fechado os olhos – eu também!) onde quase tudo vale para exterminar o Hezbollah, com um sucesso muito comedido. Julgo que este é o melhor exemplo da verdadeira ameaça que paira sobre as nossas cabeças.

Sim, mas não com o combate aos grupos terroristas com apenas polícias que se vai a algum lado. É como existir uma fonte de extremistas no estrangeiro, mas a gente só os pode atacar em Portugal com os polícias. Não é com apenas polícias em Israel que este consegue dialogar, também precisa ter o "braço armado", nem que seja como força dissuadora. Aliás no caso israelita aonde existe alguma lógica na causa deve existir diálogo e o conflicto só assim será resolvido. Noutros casos em que os objectivos dos grupos terroristas são "Morte ao infiel" e "Riscar Israel do Mapa", pois aí já não passa muito pelo diálogo.
Título:
Enviado por: lecavo em Agosto 03, 2006, 11:56:45 am
Viva!
Caros amigos, como disse, sou leigo no assunto, não percebo nada de estratégia militar, não percebo mesmo nada disto, apenas dei a minha opinião.

Desculpem-me, não é para fujir à discução, mas não quero continuar a a falar sobre este assunto, não que não seja importante, mas porque não percebo nada sobre o referido assunto e também porque este é um tema dirente do que se está aqui a ser discutir.

Um abraço a todos.
Título:
Enviado por: Marauder em Agosto 03, 2006, 12:07:09 pm
Citação de: "lecavo"
Viva!
Caros amigos, como disse, sou leigo no assunto, não percebo nada de estratégia militar, não percebo mesmo nada disto, apenas dei a minha opinião.

Desculpem-me, não é para fujir à discução, mas não quero continuar a a falar sobre este assunto, não que não seja importante, mas porque não percebo nada sobre o referido assunto e também porque este é um tema dirente do que se está aqui a ser discutir.

Um abraço a todos.


Oh caro colega, mas as opiniões podem se alterar né? Tal como as pessoas podem aprender coisas novas.

Aliás, a minha definição de velhos e jovens é que os velhos tem opiniões imutáveis, e os "jovens" estão dispostos a alterar estas à face de novos dados. Como é obvio, existem velhos que na realidade são "jovens", e "jovens" que são na realidade "velhos". Eu tenciono ser jovem até morrer :lol:

Este é um bom sítio para troca de ideias e ganhar mais conhecimentos a nível de tópicos relancionados com defesa, etc. Ou pelo menos ter opiniões diferentes de outras pessoas.

E isso de Off-topic, é verdade, mas até que o Lince, Jorge, Luso, Papatango nos "dêem" nas orelhas vale tudo. Tou a brincar é claro.

Cumprimentos

PS: As opiniões dos pescadores tem o valor que tem, portanto não podemos levar as afirmações directamente como factos.
Título:
Enviado por: lecavo em Agosto 03, 2006, 10:27:48 pm
Viva!
Quanto ás afirmações dos pescadores, digo-lhe que são as afirmações dos nossos pescadores. Dos pescadores portugueses. As dos espanhóis serão diferentes, mas essas não me interessam.

Se um dia for a Vigo, durante um fim-de-semana, dê uma olhadela ao porto de pesca deles. Têm ali uma frota de meter medo (mas têm mais portos de pesca, aquele é apenas um). Os nossos barquitos de pesca todos juntos não chegam a um terço da frota acostada em Vigo.

Quanto ao Açores, posso-lhe garantir que isto é verdade. O departamento de Oceanografia da Universidade do Açores tem feito muitos relatórios acerca do assunto. O mar dos Açores está a ficar "seco", e não são os nossos pescadores. Esses, coitados pescam "com cana e linha" não estão equipados com autenticas fábricas flutuantes (quase todas espanholas) que por ali andam completamente à vontade a roubar o que é nosso. É triste, mas é a realidade, uma realidade que não é possível escamotear, existe mesmo. O que me dói, é o facto do nosso governo nada fazer para por termo a esta invasão. Não é segredo nenhum. Nos Açores toda a gente sabe. Não acredito que a Secretaria Regional da Agricultura e Pescas não saiba e não transmita ao governo do Continente. É um verdadeiro caso de polícia!

Mas enfim….. é o país que temos.

Um abraço.
Título: Resposta ao Marauder
Enviado por: lecavo em Agosto 03, 2006, 10:42:29 pm
Viva!

Amigo Marauder, pelos visto Israel com tamanho poderio militar não está a conseguir aniquilar o Hezbollah, pelo menos a fazer fá nas noticias que as TV’s nos trazem.

Agora até já só dizem que o objectivo é enfraquece-lo!!!!!! Estranho não? Para quem há uns dias, no início da operação, dizia que o objectivo era destruir completamente o hezbollah!!! E olhe que eles têm feito para lá tropelias do arco-da-velha. Se aquilo se passa-se num país da Europa caía o Carmo e a trindade. Mas como é sobre aqueles “desgraçados”….. deixa correr!!!!!  Pessoas (velhos, mulheres e crianças) a serem chacinadas a torto e a direito!!!!! Não creio que sejam todas do Hezbollah.

Portanto a guerra contra o terrorismo não se combate apenas com um exército muito “potente”. Combate-se com informação, muita informação e total controlo sobre os movimentos terroristas. Impedindo que eles se financiem. Que se consigam “impor” no seio da população, que cresçam em importância e numero, etc., etc. etc.

Isto do combate ao terrorismo é uma coisa muito complexa. Não se explica em duas linhas.

Um abraço.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Agosto 03, 2006, 10:55:27 pm
Sr. lecavo esta discusão já tem um tópico proprio: Israel vs Hezbollah no Libano, e é bem vindo por lá (é uma mais valia), mas deixe que lhe diga o sr. Marauder, não é propriamente a pessoa que defenda as barbaridades israelitas.
Título:
Enviado por: Marauder em Agosto 04, 2006, 05:58:01 am
Citação de: "lecavo"
Quanto ao Açores, posso-lhe garantir que isto é verdade. O departamento de Oceanografia da Universidade do Açores tem feito muitos relatórios acerca do assunto. O mar dos Açores está a ficar "seco", e não são os nossos pescadores. Esses, coitados pescam "com cana e linha" não estão equipados com autenticas fábricas flutuantes (quase todas espanholas) que por ali andam completamente à vontade a roubar o que é nosso. É triste, mas é a realidade, uma realidade que não é possível escamotear, existe mesmo. O que me dói, é o facto do nosso governo nada fazer para por termo a esta invasão. Não é segredo nenhum. Nos Açores toda a gente sabe. Não acredito que a Secretaria Regional da Agricultura e Pescas não saiba e não transmita ao governo do Continente. É um verdadeiro caso de polícia!


Boas, se puder arranjar dados para confirmar isso agradeço. Como os dados que lhe mostrei, os pescadores espanhóis aparentemente deixaram de pescar nos Açores a partir de 2000. Mas admito que somente consultei aquele site, logo, poderei estar errado.

Relativamente a Israel, estamos a falar de guerras não convencionais, tal como o Iraque e o Afeganistão. O poderio militar não se traduz no domínio da situação e estabilidade no terreno (todos os dias acontece algo no Iraque, que está numa quase guerra civil, e no Afeganistão quase todos os dias morre algum soldados ocidental ou algum atentado). Existem tópicos específicos para falar disso. Eu sou mais a favor da dignidade humana, mas reconheço que quando o inimigo luta "próximo de civis" é fácil surgirem mortes inocentes. Mas pronto, ao menos já se abandonou a ideia de "strategic bombing" que se fazia na 2ª guerra mundial :twisted:
Título: Resposta ao sr. ricardo nunes
Enviado por: lecavo em Agosto 04, 2006, 08:38:06 am
Viva!

Nunca tal me passou pela cabeça. Aliás se ler os meus post's, não vê lá qualquer menção de que considero o marauder "apoiante" da acção militar de Israel no Sul do Líbano. Repare que usei a palavra "apoiante", já que para muita gente é aceitável este tipo de "efeitos colaterais", que na realidade não é mais do que malhar na população "civil". Mais uma vez repare que coloquei a palavra civil entre comas, já que numa guerra em que o inimigo se esconde no meio da população civil, fica-se sem saber quem é quem.

Israel comporta-se como um terrorista neste combate ao hezbollah (organização terrorista reconhecida como tal pela própria ONU).

Um abraço.
Título: Resposta ao Marauder
Enviado por: lecavo em Agosto 04, 2006, 08:50:39 am
Viva!

Amigo Marauder, para saber mais sobre os relatórios do Departamento de Oceanografia da UA, julgo que deve ser fácil encontra-los na net. (as cópias que li foram-me enviadas por um familiar, vou ver se consigo novamente obtê-los ou pelo menos saber onde possa procurá-los). Acerca da existência dos navios espanhóis a pescar no mar dos Açores, obtive esta informação de um familiar que trabalha como formador de pescadores no arquipélago. Ouvi essa afirmação muitas vezes da boca dele e de muitos outros pescadores locais. Eu próprio vi durante a noite dezenas de luzes no mar, que contadas eram em número superior à totalidade de navios com licença para pescar nos Açores (e isto apenas numa ilha e no nosso ângulo de visão). Perante isto, só se pode chegar a uma conclusão, os pescadores açorianos têm razão.

Um abraço.
Título: Re: Resposta ao Marauder
Enviado por: Marauder em Agosto 04, 2006, 09:29:33 am
Citação de: "lecavo"
Eu próprio vi durante a noite dezenas de luzes no mar, que contadas eram em número superior à totalidade de navios com licença para pescar nos Açores (e isto apenas numa ilha e no nosso ângulo de visão). Perante isto, só se pode chegar a uma conclusão, os pescadores açorianos têm razão.

As luzes não querem dizer nada, ou agora as luzes espanholas são diferentes das portuguesas?

 :wink:

Acerca de pescadores espanhóis, bem, tive a ver e eles tiveram permissão para pescar lá em 2004. Entre 2000 e 2003 não. O facto de aquele gráfico que lhe mostrei estar um pouco desactualizado pode ser um factor determinante. :roll:

Relativamente ao Departamento de oceanografia. Eles tem um site, mas não relatórios ou estatísticas on-line. Aliás, estas estão "em construção".

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Hezbollah não é reconhecido pela ONU como organização terrorista.
http://en.wikipedia.org/wiki/Hezbollah (http://en.wikipedia.org/wiki/Hezbollah)

Citar
The United Nations Deputy Secretary-General, Mark Malloch Brown, contested characterisations of the Lebanese militia as a terrorist organisation in the mould of al-Qaeda.[2] and the United States and the international community must respect Hezbollah as a political party, not a terrorist organization. [3]

The United States, Canada and Israel consider Hezbollah a terrorist organization, claiming that the organization initiates attacks against civilians and ideologically supports such attacks by other similar organizations.

The United Kingdom, Australia and the Netherlands officially list only the External Security Organization of Hezbollah (ESO) as a proscribed organisation.[24][25][26]

The European Union does not list Hezbollah as a 'terrorist organization',[27] but does list Imad Mugniyah,[28] who is widely believed to be heading the international branch of the Hezbollah.[citation needed]

Russia does not list Hezbollah as a terrorist organization[29].


Recomendo a leitura do tópico acerca de "Portugal deve enviar tropas para o Líbano?" na secção do Exército. Houve para lá um off-tópic a que faço mea-culpa, que pode a ajudar a perceber o relativismo que está por detrás da classificação de organizações terroristas.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 04, 2006, 10:59:34 am
Caro Marauder, desculpe-me mas toda a gente sabe que infelizmente Portugal é "Mare abertum". Lembro-me de ler um artigo na revista da Força Aérea acerca dos Açores e dos patrulhamentos do Aviocar. Eles viram tantas infracções lá que foi obra. Por aí já se vê tudo!  :?
Título:
Enviado por: Marauder em Agosto 04, 2006, 11:51:36 am
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Caro Marauder, desculpe-me mas toda a gente sabe que infelizmente Portugal é "Mare abertum". Lembro-me de ler um artigo na revista da Força Aérea acerca dos Açores e dos patrulhamentos do Aviocar. Eles viram tantas infracções lá que foi obra. Por aí já se vê tudo!  :wink:
Título: Resposta ao Marauder
Enviado por: lecavo em Agosto 04, 2006, 03:00:07 pm
Viva!

Pois é verdade, tb quando me referi pela primeira vez ao "roubo de peixe" no mar dos Açores, referi os espanhóis e os "outros". Estes outros são russos, etc. Ninguém sabe ao certo quem são. O que se sabe é que não são nacionais e para o caso pouco interessa. Não falo nos espanhóis por serem apenas eles, por vezes ficam-nos na memória por terem sido os primeiros, depois são sempre espanhóis.

Repare que nós, em tempos também "rapinávamos" a palmeta aos canadianos. A diferença é que eles correram-nos de lá. Claro que os fulanos que nos roubem o peixe têm culpa, mas nós que por inércia ou incúria nos deixamos roubar, somos igualmente culpados, sobretudo quando é nosso dever velar pela segurança dos bens.

Mas voltamos ao tema da e das polícias. A Polícia Marítima nalgumas ilhas não tem sequer condições para exercer o seu trabalho. Faltam-lhes efectivos e meios capazes de ir mar adentro. Então e para justificar a sua presença, lá vão multando um ou outro pescador artesanal que às escondidas pescou um mero ou um cavaco.

Um abraço.
Título:
Enviado por: lecavo em Agosto 04, 2006, 03:49:05 pm
Viva!

Estava convencido que o hezbollah fazia parte da lista. Foi uma surpresa para mim.

É estranho!!! Jogos de poder entre os donos do mundo….. só isso pode justificar a não inclusão de uma organização como o hezbollah na lista dos grupos terroristas.

Um abraço.
Título:
Enviado por: Rui Elias em Outubro 16, 2006, 01:06:08 pm
Citar
Lisboa: Oliveira Pereira afirma que a Polícia está a mudar
Comandante quer PSP moderna e especializada
 
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg225.imageshack.us%2Fimg225%2F7968%2Fcompspxl5.jpg&hash=5ba1e2d3eb0bb18fc737cb74e7eb1944)
Em Dezembro próximo, o superintendente Oliveira Pereira completa três anos à frente do maior Comando da PSP: Lisboa.

Feito um balanço, acredita que a instituição caminha para a modernização e aposta na especialização dos seus homens. “Os polícias de agora têm formação e empenham-se na causa da PSP”, diz.

 
Antes de tomar posse, deu provas de que seria a pessoa ideal para comandar 7600 homens espalhados por nove concelhos da Área Metropolitana de Lisboa.

A primeira experiência como polícia deu-se em Macau, tinha ele 34 anos. Saiu-se bem. Agora, aos 56, afirma que a maior dificuldade que enfrentou naquela altura foi a da língua.

Os homens que comandava eram uma pequena parte dos actuais, mas eles “falavam chinês e tinha de recorrer sempre a um intérprete para comunicar”.

A barreira foi superada e, já em Portugal, o então major vem dirigir o Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna. Ainda mal tinha aquecido o lugar quando, em 1994, é requisitado para adjunto do então primeiro-ministro, Cavaco Silva.

Quatro anos depois – já com as divisas de intendente e depois de ter comandando a Divisão de Cascais –, é convidado para chefiar a Divisão Policial criada para a Expo’98.

Punho forte e trabalho cumprido, é promovido a superintendente e passa a dirigir o Departamento de Informações Policiais da Direcção Nacional da PSP.

Em Dezembro de 2003, Oliveira Pereira toma posse no Comando de Lisboa e tem pela frente um novo desafio: o Campeonato Europeu de futebol, Euro’2004. “Foi benéfico. Além de ter corrido tudo bem, a PSP recebeu muitos meios humanos e materiais que faziam falta”, disse.

Sentado na secretária do seu gabinete, e olhando às mudanças que a PSP sofreu desde então, o superintendente elege a formação dos seus homens como a principal transformação na imagem da instituição. “Actualmente, muitos polícias têm formação superior. Outros frequentam formações específicas na área em que trabalham”, diz.

No ambiente de trabalho do seu computador está um gráfico da criminalidade nalgumas ruas de Lisboa. “Todos os meses, fazemos um estudo científico da criminalidade por ruas, horas e tipo de crime para orientarmos o nosso trabalho”, avança. “Longe vai o tempo em que o polícia chegava à esquadra para cumprir uma escala.

Hoje, é feita uma análise sistematizada de tudo.”

Num comando “diversificado”, que regista 40% da criminalidade de todo o País, há 36 bairros problemáticos e zonas onde não existem crimes. O superintendente considera os programas de policiamento de proximidade fundamentais.

Dá especial relevância à Escola Segura e ao Apoio 65 (para idosos). “Sabia que 1/4 [136 mil] da população de Lisboa tem mais de 64 anos e que 34 mil idosos vivem completamente isolados?”, interroga, indignado.

Feito o balanço, resta saber o que ainda falta fazer. “Há que racionalizar os meios e equipamentos. As esquadras estão mal localizadas”, diz. A mudança, assegura, está para breve: “Acredito no estudo que o Governo está a fazer.”

PROXIMIDADE ENTRE PSP E CIVIS

O superintendente Oliveira Pereira gosta tanto de se sentar à secretária e analisar o trabalho da PSP como gosta de acompanhar de perto as operações de rua levadas a cabo pelos seus homens. Durante o Euro’2004 era frequente encontrar o comandante junto dos outros polícias.

E é o que promete fazer com todos os agentes que se empenham nos programas de policiamento de proximidade, como o apresentado na última terça-feira aos comerciantes da Avenida da Liberdade.

O programa, soube o CM, tem como objectivo unir os comerciantes aos polícias, para “que falem dos problemas com que se deparam todos os dias no decorrer da sua profissão”.

Para tal, a Avenida da Liberdade será dividida em várias zonas e, em cada uma, estará sempre a mesma equipa de polícias. “É importante estabelecer relações de confiança entre os polícias e os civis para estar a par das suas preocupações”, lembrou o superintendente Oliveira Pereira. Os comerciantes agradecem.

PERFIL

Francisco Maria Correia de Oliveira Pereira nasceu há 56 anos em Lisboa. Aos 21 anos ingressou no curso superior de Ciências Militares, na Academia Militar.

Da sua carreira enquanto oficial do Exército, destaca a passagem pelo campo militar de Santa Margarida.

Em 1984, chega a Macau como ajudante do governador e passa a comandar a Polícia local. Seis anos depois regressa a Portugal para junto da mulher e dos dois filhos. Hoje comanda o Comando Metropolitano da PSP de Lisboa.


Sónia Simões / http://www.correiomanha.pt/noticia (http://www.correiomanha.pt/noticia)
Título: Re: fusão das forças de segurança
Enviado por: vaz_f em Outubro 16, 2006, 09:04:19 pm
Citação de: "Pacifico"
Viva!
Já aqui se disse muita coisa, mas ainda mais há para dizer.
Concordo plenamente com a junção de todas as organizações dedicadas à segurança dos cidadãos: PSP; GNR; PJ; Polícia Marítima; Serviços Prisionais, etc. Todos pertencentes à mesma Direcção Nacional e sob o mesmo estatuto civil. A Alemanha, Holanda, Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Grécia, Inglaterra, Irlanda, Suiça e agora estes novos países do antigo bloco de leste, são todos países em que só há uma Polícia, que é civil.
Em Portugal, as polícias não prestam um bom serviço de segurança às populações. O povo paga bem, mas não é bem servido. Basta entrar num qualquer serviço da GNR ou da PSP, que são aqueles onde o povo em geral mais entra, para ver uma quantidade muito grande de "agentes" sentados atrás de uma secretária a fazer um serviço, que podia ser feito por qualquer cidadão civil. Na PSP ainda se vêm Sargentos (Subchefes) a patrulhar as ruas, mas na GNR, qualquer Sargento já não faz esse serviço, quanto mais um oficial. Os oficiais das forças de segurança têm motoristas (que são policias pagos pelo povo) a conduzir as viaturas onde estes senhores circulam!!!!!. Será que eles não têm carta de condução? Ou querem é mordomias? Ora aqui é que está o problema - mordomias. Já repararam que em cada cidade há três ou quatro edifícios cheios de administrativos, que custam uma fortuna em manutenção e outros gastos de funcionamento ( e 3 ou 4 comandantes, com 3 ou 4 carros e 3 ou 4 motoristas!!!!!). Já li aqui, que a PSP quer a junção das forças, porque tem poucos efectivos!!!!! Moro numa zona onde o posto da GNR à noite só tem um homem para tomar conta das instalações e atender o telefone!!!!!! Não me venham dizer que é mentira, porque moro mesmo em frente e sou amigo deles todos (são apenas 11 elementos!!!!!!!! para um concelho que tem de uma ponta à outra, mais de 50 Kms de extensão!!!! o meu irmão mora na cede de distrito, na mesma rua da polícia e o que me parece é que a polícia tem muitos mais efectivos, mas isso não importa nada ao caso, de nada vale dizer qual é a que tem mais gente.
Mas nada disto importa, o que importa é que num país tão pequeno, não faz sentido ter tantas forças de segurança. Isto é uma grande tachada para estes comandantes/chefes/oficiais todos, serão certamente estes senhores, que não querem perder as mordomias, é que passava a haver apenas um comandante em cada distrito em vez dos actuais 3 ou 4. Passando-se o mesmo com os segundos comandantes, etc.
O meu cunhado é sargento da GNR. Bem o ouço quanto à falta de meios, está sempre a dizer que a GNR não tem viaturas nem pessoal em número suficiente e que não compreende como é que podem estar em Lisboa cerca de 7 mil militares a comer e a dormir!!!! A ser pagos pelo povo para lhes garantir a segurança, mas que a única coisa que fazem é dar umas corridas de manhã e à tarde.  
Uma policia nacional única, de natureza civil (os militares para assegurar a defesa externa e os policias para garantirem a defesa dos cidadãos), com uma estrutura muito ligeira (tipo a esquadras americanas – que eu bem conheço, onde toda a gente trabalha para garantir a segurança dos cidadãos. Vivi lá durante 25 anos, conheci muitos polícias lá e posso-vos dizer que a mentalidade deles não tem nada a ver com a dos nossos. Lá até os tenentes andam na rua da fazer a segurança dos cidadãos e o capitão que é o comandante da esquadra, passa mais tempo na rua do lá dentro!!!!!!. O tratamento entre eles é de igualdade, aqui um soldado quase nem pode falar para um oficial – uma coisa estúpida, terceiro mundista).
O departamento de polícia tem uma SWAT com mais ou menos 15 elementos (dependendo do tamanho da cidade, mas é sempre um grupo pequeno), que trabalham como os outros na rua, sempre que não é necessária para fazer prisões difíceis. Lá também não há corpo de intervenção, todos os polícias fazem isso. Então, se lá funciona, porque é que em Portugal, que é um país pobre não faz uma coisa parecida se não igual????? Porque os tachos dos mandantes acabava e eles não querem, querem ter mainatos  às suas ordens. Também não compreendo porque é que os polícias não podem fazer greve, são funcionários civis como os médicos. Isto não é um país!!!!! Nem o que temos em Portugal são forças de segurança a sério. Estão mal equipadas, mal treinadas e muito mal pagas. Nos Stats um officer ganha três mil dólares logo no início de carreira e ao fim de vinte anos (a ganhar seis mil dólares) obtém a pensão!!!!!
Uma Polícia Nacional única, civil, sob a mesma Direcção Nacional (chefiada por um Juiz) e em cada capital de distrito, o chefe também devia ser juiz.


Bem, melhor do que esta explicação sobre este assunto não pode haver, assim faço do Pacifico as minhas palavras. Sou membro de uma das força de segurança e posso afirmar que este modelo era sem duvida o melhor para o país. Sei o que é ver os tachos e o desperdicio de dinheiro. Digo vos que nenhum cmdt dirige a sua força em prol do pais mas sim da sua carreira seja ele de que força for. Todas estas forças lutam entre si e não lutam juntas contra o crime a favor do pais.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 17, 2006, 10:20:40 am
Até agora os vários membros do fórum que se identificaram como sendo membros de forças de segurança têm dito exactamente a mesma coisa, ou seja, defendem uma Policia Nacional.
Título:
Enviado por: Tropinha em Outubro 25, 2006, 06:27:13 pm
Mas o facto da GNR ser militarizada não complica um bocado por parte dos agentes, a uma fusao?

Cumprimentos,

Tropinha
Título: Re: fusão das forças de segurança
Enviado por: lurker em Março 02, 2007, 02:40:34 pm
Estava a pensar sobre este assunto e sobre as recentes noticias de reestruturação da PSP e GNR e deparei-me com este tópico.

Citação de: "Pacifico"
A Alemanha, Holanda, Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Grécia, Inglaterra, Irlanda, Suiça e agora estes novos países do antigo bloco de leste, são todos países em que só há uma Polícia, que é civil.

Antes de mais, duas correcções:
- Na verdade na Alemanha há mais que uma policia mas são todas civis.
- A Holanda também tem uma força tipo policial com estatuto militar, que também faz as funções de Policia Militar.
- A Polónia e Roménia também têm policiais com estatuto militar.

Já foi aqui mencionada a utilidade da forças policiais com estatuto militar para missões de policiamento "musculado" em zonas conturbadas, como o caso de Timor, Kosovo (os Franceses enviaram Gendarmes), etc.
Foi constituida no principio do ano passado a European Gendarmerie Force, um corpo constituido por forças policiais com estatuto militar de vários Estados Membros: Portugal, Espanha, França, Itália e Holanda. A Polónia também manifestou interesse em fazer parte.
http://www.eurogendfor.org/ (http://www.eurogendfor.org/)

Contudo, a EGF parece estar totalmente orientada para esse tipo de intervenção em cenários de crise além fronteiras.
Para as funções de policiamento quotidiano em Portugal, não consigo ver a utilidade do estatuto militar da GNR.
Título: Sobre fusão...
Enviado por: Pantufas em Maio 02, 2007, 08:19:35 pm
Pequena nota: Também na Alemanha se constata a existência de um corpo de polícia com estatuto militar, a polícia de fronteiras - BGS.

Sobre a "(con)fusão" das polícias em Portugal, é bom reflectir um pouco e ponderar se é preferível ter um sistema de dualidade policial, com um corpo militar e outro civil, que se complementam e se equilíbram, ou ter um corpo policial único, super poderoso, capaz de desestabilizar o regime democrático, dando vida àquilo que os clássicos chamam o "fantasma de Fouché" a pretexto de enterrar o "fantasma de César".

Para quem pretenda ter uma visão mais alargada e encontrar outra argumentação sobre a matéria, designadamente "Dualidade Policial", "Especificidade Gendármica", "GNR- Militar porquê?", sugiro uma visita ao seguinte endereço

http://www.securitas.blogs.sapo.pt (http://www.securitas.blogs.sapo.pt)
Título:
Enviado por: lecavo em Maio 02, 2007, 11:35:32 pm
Viva!

Embora esta conversa venha numa altura em que tudo está feito, o acto está consumado, não deixa no entanto de ser um tema interessante e que obviamente podemos continuar a discutir, embora e apenas em termos teóricos, já que na prática, como já disse, o acto está consumado.

Começo por dizer que tenho como opinião pessoal, que a melhor solução para garantir a segurança interna de um país como Portugal, uno, europeu e integrado na União Europeia seria sem sombra de dúvida o modelo de corpo policial único.

Considero, atendendo à realidade geoestratégica de Portugal, que a ameaça nunca será de cariz militar. Enquanto se mantiver este quadro geopolítico e estratégico, nenhum país fronteiriço à União tomará a iniciativa de nos atacar militarmente. Seria um suicídio. Marrocos não tem capacidade militar sequer para afrontar a Espanha. A Argélia idem. A Turquia? Essa muito menos tem vontade de atacar, a avançar, carregaria sobre a Grécia e teria de percorrer muito mar e território até chegar a Portugal. A verdade é que a Torquia não tem qualquer interesse em atacar a União Europeia. Em termos estratégicos, a Europa depende mais da Turquia do que a Turquia da Europa. Em face a estes pressupostos e muitos outros que seriam de todo fastidiosos estar a enumerar, não vejo qualquer necessidade da existência de uma força policial de cariz militar ou uma força militar de cariz policial.

O quadro actual, com várias forças policiais instaladas no terreno é na minha opinião mais negativo que positivo. Mantêm-se custos de manutenção elevados, como se mantêm os mesmos tiques e picardias com consequências negativas para o desempenho global do dispositivo policial português.

Existência de diversos organismos, cria automaticamente compartimentos estanques. Cada uma das forças cria o seu compartimento estanque. O cruzamento de informação terá que, à imagem de vários tanques, passar por pequenas torneiras de passagem existentes entre eles.

O combate ao terrorismo e ao crime organizado só se consegue com base num serviço de informações muito bem montado e tremendamente eficaz. Dividir essa tarefa é meio caminho para diminuir drasticamente a sua eficiência. O facto de trabalharem em compartimentos estanques leva imediatamente a perdas imensas, já que a informação nunca correrá livremente entre todos. Terá sempre os inevitáveis filtros e torneiras.

Embora a um nível de perigosidade significativamente menor, a pequena criminalidade beneficia enormemente com esta estanquicidade. Diariamente, quem trabalha na linha da frente é confrontado com situações destas. A criminalidade, mesmo a nacional e de pequena perigosidade e de baixa organização actua a nível nacional. Ora como actualmente os serviços de segurança actuam de costas voltadas uns para os outros, desconhecendo praticamente na totalidade o que cada um anda a fazer, muita informação essencial se perde. Vou dar um exemplo: a GNR organiza um dossier sobre um bando que se dedica ao furto em residências na sua zona de acção. Como a criminalidade actua hoje a nível nacional, este mesmo grupo vai praticar furtos também na área de PSP, que por sua vez vai igualmente organizar também o “seu” dossier sobre o referido grupo. Posto isto, há que franca e abertamente dizer que nenhuma delas partilha de bom grado a sua informação. Na prática nenhuma sabe o que a outra tem.

Extrapolamos este modus operandi para o combate ao terrorismo islâmico e facilmente podemos chegar a uma conclusão – ineficácia ou eficácia reduzida.

Outra coisa que me parece falaciosa é o tão falado equilíbrio de forças. Esta teoria defende, que havendo diversas forças ou serviços de segurança, nunca se produzirá um desequilíbrio, pois ao não permitir a existência de uma força única e poderosa, não se permite a sua hegemonia. Ora esta teoria parece-me totalmente afastada da realidade geopolítica do país. Numa União Europeia em que se pretendeu e se conseguiu afastar a ameaça de um poder militar sobre outro, como podemos nós pensar em tal dentro das nossas fronteiras? A união nunca permitiria tal ameaça. Essa teoria serve apenas os interesses de uma classe.

Outra coisa que me faz alguma confusão é o facto de esta teoria da força policial de cariz militar ou da força militar de cariz policial ter necessidade de estar instalada em todo o território nacional como garante de uma inviolabilidade da territorialidade. Como pode uma força policial substituir as forças armadas? Não faz sentido, até porque uma não consegue substituir a outra, a menos que se façam investimentos astronómicos em equipamentos e formação. Mas nesse caso, estaríamos novamente a duplicar instituições.

Na verdade a GNR ou a PSP apenas existem em separado, porque isso interessou ao Estado Novo. Tivesse sido da vontade do Salazar unir ou extinguir uma delas (à imagem com o que foi feito à PVT) e hoje não estaríamos a falar sobre isso. Mas obviamente que no quadro do Antigo Regime, este esquema interessava e muito, embora de nada tenha valido, já que a ameaça acabou por vir de onde menos se esperava.

PS: A Inglaterra com uma força policial civil e desarmada, quando se vê sob a ameaça de um ataque terrorista, coloca no terreno a sua policial civil e armada apenas para fazer face à situação do momento. Não vai buscar os militares ou uma força policial de cariz militar.
Título:
Enviado por: Mar Verde em Maio 03, 2007, 11:55:49 am
Citar
PS: A Inglaterra com uma força policial civil e desarmada, quando se vê sob a ameaça de um ataque terrorista, coloca no terreno a sua policial civil e armada apenas para fazer face à situação do momento. Não vai buscar os militares ou uma força policial de cariz militar.


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg263.imageshack.us%2Fimg263%2F9985%2Fnsasnimrodfi7.jpg&hash=66e2dbfe006de514d618329e3196cd8b)

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Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 03, 2007, 12:21:16 pm
SAS...  :wink:
Título:
Enviado por: lecavo em Maio 03, 2007, 03:51:47 pm
Viva!

Devo ter-me exprimido mal, já que não estava a falar da mesma coisa. Quando falava do caso da Inglaterra, não me referia a situações concretas que justificam a utilização do SAS. Nesses casos, em Portugal avança o GOE.

A fotografia é antiga. O equipamento é bem antigo. A HK MP5 com lanternas maglight, a ausência de capacete e de luvas.... diria anos 70 ou então inícios dos oitenta.

Referia-me a patrulhamento de gares, metro, aeroportos e outros inúmeros locais que podem ser alvo dos terroristas. Nessas patrulhas não vêm homens do SAS! tal como em Portugal não vêm homens do GOE a patrulhar o metro ou o aeroporto.

Nas recentes buscas, apreensões e detenções de terroristas em Londres, nem sequer foi utilizado o SAS. As imagens mostram homens da polícia regular treinados para o efeito. Para quem não sabe, cada departamento policial inglês tem uma equipa de homens voluntários que estão autorizados a portar armas e que apenas avançam para o terreno se forem solicitados e autorizados pelo elementos policial mais graduado. Foram estes homens que apareceram nas imagens televisivas aquando das referidas buscas e detenções dos tais terroristas islâmicos.
Título:
Enviado por: Trafaria em Maio 03, 2007, 03:55:19 pm
PS: A Inglaterra com uma força policial civil e desarmada, quando se vê sob a ameaça de um ataque terrorista, coloca no terreno a sua policial civil e armada apenas para fazer face à situação do momento. Não vai buscar os militares ou uma força policial de cariz militar.

Desculpa Lecavo. Absolutamente errado.

Policia civil e desarmada … não é bem o caso. Seria talvez mais correcto dizer que o agente patrulheiro pode andar desarmado e que essa pratica é estimulada em bem estabelecidos locais e até bem determinados níveis.

Quem conhece minimamente Inglaterra, por lá tenha passado ou feito mesmo e apenas uns transfers em Heathrow ou Gatwick, sabe bem que essa do “agente desarmado” é ou já pouco passa de um mito.

Está nos livros – e o SAS é a sua face mais visível – que as forças armadas britânicas têm uma enorme palavra a dizer em termos de segurança interna.

A polícia no RU é um conjunto de muitas polícias. Isso é causa de alguns pontos fracos e não falta por lá quem defenda a aproximação a um modelo mais continental, mais musculado. E vão avançando nessa direcção; estão agora a criar a primeira polícia a nível nacional para investigação da grande criminalidade, ao estilo da nossa PJ.

De acordo com o ordenamento jurídico britânico e organização da sua segurança eles até podem dar a imagem e seguir a doutrina de uma polícia simpática e doce – que já foi mais – porque por detrás deles há uma reserva e a robustez suficiente e necessária para por a coisas no sitio se necessário for… essa reserva é todo o exercito, marinha e força aérea de Sua Majestade.

Ora isso em Portugal não existe, logo, temos que ter polícias com músculo e dotadas de unidades tácticas e de choque; que me lembre por cá a lei só contempla a intervenção das forças armadas nos assuntos de segurança interna nos casos que envolvam nukes e outros em que as forças de segurança a eles tenham que recorrer devido a certas especialidades laboratoriais, equipamento e pessoal conexo de que apenas elas dispõem (lembram-se do Anthrax?).

Acrescento, porque assisti – por azar e porque por coincidência lá estava – que aquando da última crise de segurança aérea e aeroportuária (a da tentativa frustrada de há uns meses atrás de mandar abaixo aviões juntado varias líquidos e reagentes) foram posicionados militares (com carros de combate e tudo) junto e na periferia dos aeroportos e deduzo que o mesmo terá acontecido junto de outras instalações e infra-estruturas sensíveis.

Resumindo: contrariamente ao que aqui foi escrito só a inclusão das forças armadas no sistema de segurança interna da GB permite á(s) sua(s) policia(s) aquela postura, aquelas tradições e imagem de brandura. Precisamente porque têm as costas bem protegidas.
Título:
Enviado por: Mar Verde em Maio 03, 2007, 05:01:34 pm
Citação de: "lecavo"
A fotografia é antiga. O equipamento é bem antigo. A HK MP5 com lanternas maglight, a ausência de capacete e de luvas.... diria anos 70 ou então inícios dos oitenta.

5 de Maio, 1980

"Operação Nimrod", assalto à Embaixada do Irão em Londres que tinha sido tomada por terroristas

O assalto foi filmado em directo pela TV e foi a partir daqui que ficaram bastante conhecidos

http://www.eliteukforces.info/special-a ... n-embassy/ (http://www.eliteukforces.info/special-air-service/sas-operations/iranian-embassy/)


Citar
Referia-me a patrulhamento de gares, metro, aeroportos e outros inúmeros locais que podem ser alvo dos terroristas. Nessas patrulhas não vêm homens do SAS! tal como em Portugal não vêm homens do GOE a patrulhar o metro ou o aeroporto.

Nas recentes buscas, apreensões e detenções de terroristas em Londres, nem sequer foi utilizado o SAS. As imagens mostram homens da polícia regular treinados para o efeito. Para quem não sabe, cada departamento policial inglês tem uma equipa de homens voluntários que estão autorizados a portar armas e que apenas avançam para o terreno se forem solicitados e autorizados pelo elementos policial mais graduado. Foram estes homens que apareceram nas imagens televisivas aquando das referidas buscas e detenções dos tais terroristas islâmicos.



CO19 ( ex SO 19)

"CO19 is the branch name given to the Specialist Firearm Command branch of the Metropolitan Police Service that provides firearms-related support to our unarmed colleagues. The branch is comprised of a small number of officers who are highly trained and motivated in dealing with all aspects of the criminal use of firearms. Operationally, our branch is here to provide armed support to allow the vast majority of policing activities throughout London to be conducted in the traditional manner by unarmed officers.

Formerly known as SO19, the branch has recently moved into the Central Operations directorate of the organisation but our role within the Service is unchanged. "

Current role

The department maintains its training role and is still responsible for training the Met's 3000 AFOs. These include SO12 (Special Branch), SO14 (Royalty Protection), SO16 (Diplomatic Protection Group), SO18 (Airports; policing London Heathrow Airport and London City Airport), SCD7(5) (Flying Squad), SCD11 (Surveillance), the Belmarsh High Security Court Team, and some Territorial Support Group (TSG) officers.

The ARVs now deal with thousands of armed calls a year, ranging from children with air rifles to serious armed incidents. In their first year of operation they were deployed actively 132 times; in 2001, that number rose to 1441, and in 2002 to 2490. However they also attend many more false alarms or situations where use of weapons is not required - a total of 13,394 calls in 2002.

The smaller and more highly trained SFO teams deal with nearly 1000 operations a year. The additional training of SFOs includes the use of a wider range of weaponry including shotguns, and their additional firearms include Heckler and Koch MP5 and Heckler & Koch G36 carbines, and also CS gas and stun grenades. SFOs are trained in "Dynamic entry", involving abseiling, the use of ladders, and explosive charges to rapidly gain entry to buildings[citation needed]. Full body armour is available to them, including nuclear, biological and chemical protective clothing.

The operations SFOs perform range from pre-planned operations, to arrests of armed criminals and terrorists, hostage rescue and security operations.

The SFO teams are better equipped and trained than many national
counter-terrorist teams and are well respected within the international tactical community for their varied and constant operational experience.[citation needed]

All aspects of armed policing in the UK are covered by guidance issued by the Association of Chief Police Officers (ACPO) in their Manual of Guidance on the Police Use of Firearms. This manual provides an overview of the basic principles and tactics involved in the use of firearms by police officers in different environments along with details of command structures that are in place in all pre-planned and spontaneous firearms operations.

http://en.wikipedia.org/wiki/SO19 (http://en.wikipedia.org/wiki/SO19)
Título:
Enviado por: 3520 em Maio 03, 2007, 07:15:08 pm
Citação de: "Trafaria"
PS: A Inglaterra com uma força policial civil e desarmada, quando se vê sob a ameaça de um ataque terrorista, coloca no terreno a sua policial civil e armada apenas para fazer face à situação do momento. Não vai buscar os militares ou uma força policial de cariz militar.

Desculpa Lecavo. Absolutamente errado.

Policia civil e desarmada … não é bem o caso. Seria talvez mais correcto dizer que o agente patrulheiro pode andar desarmado e que essa pratica é estimulada em bem estabelecidos locais e até bem determinados níveis.

Quem conhece minimamente Inglaterra, por lá tenha passado ou feito mesmo e apenas uns transfers em Heathrow ou Gatwick, sabe bem que essa do “agente desarmado” é ou já pouco passa de um mito.

Está nos livros – e o SAS é a sua face mais visível – que as forças armadas britânicas têm uma enorme palavra a dizer em termos de segurança interna.

A polícia no RU é um conjunto de muitas polícias. Isso é causa de alguns pontos fracos e não falta por lá quem defenda a aproximação a um modelo mais continental, mais musculado. E vão avançando nessa direcção; estão agora a criar a primeira polícia a nível nacional para investigação da grande criminalidade, ao estilo da nossa PJ.

De acordo com o ordenamento jurídico britânico e organização da sua segurança eles até podem dar a imagem e seguir a doutrina de uma polícia simpática e doce – que já foi mais – porque por detrás deles há uma reserva e a robustez suficiente e necessária para por a coisas no sitio se necessário for… essa reserva é todo o exercito, marinha e força aérea de Sua Majestade.

Ora isso em Portugal não existe, logo, temos que ter polícias com músculo e dotadas de unidades tácticas e de choque; que me lembre por cá a lei só contempla a intervenção das forças armadas nos assuntos de segurança interna nos casos que envolvam nukes e outros em que as forças de segurança a eles tenham que recorrer devido a certas especialidades laboratoriais, equipamento e pessoal conexo de que apenas elas dispõem (lembram-se do Anthrax?).

Acrescento, porque assisti – por azar e porque por coincidência lá estava – que aquando da última crise de segurança aérea e aeroportuária (a da tentativa frustrada de há uns meses atrás de mandar abaixo aviões juntado varias líquidos e reagentes) foram posicionados militares (com carros de combate e tudo) junto e na periferia dos aeroportos e deduzo que o mesmo terá acontecido junto de outras instalações e infra-estruturas sensíveis.

Resumindo: contrariamente ao que aqui foi escrito só a inclusão das forças armadas no sistema de segurança interna da GB permite á(s) sua(s) policia(s) aquela postura, aquelas tradições e imagem de brandura. Precisamente porque têm as costas bem protegidas.


Na altura do 11 de setembro, ainda me lembro de tambem darem imagens na televisão sobre a segurança reforçada em Inglaterra em que até aparecia um blindado de lagartas do exercito estacionado em frente ao aeroporto de heathrow.
E tambem me lembro que um pouco mais tarde foi a Londres e de facto se notava uma forte presença de militares.
Título:
Enviado por: lecavo em Maio 03, 2007, 11:20:57 pm
Viva!

Tenho de admitir que não conheço muito bem o sistema de segurança interno Inglês.

Quanto à policia, ela está organizada de uma forma muito particular, já que cada condado tem a sua própria policia e até de certa forma leis próprias.

Posso afirmar com certeza absoluta, que o agente patrulheiro anda desarmado. Trás apenas umas algemas, um pequeno cassetete de borracha, um spray de gás e um colete balístico. Trás também um emissor receptor e em alguns condados tem também um PDA distribuído.

Cada departamento policial tem o seu grupo de agentes armados (são todos voluntários), que são sujeitos a um treino intenso. No tiro treinam uma modalidade que se chama Central axis relock. Estes grupos apenas actuam depois de serem solicitados por um graduado (o mais graduado que estiver de serviço). Se fizerem um disparo, estão obrigados a imediatamente preservarem as armas envolvidas no tiroteio e as suas próprias roupas para serem enviadas ao laboratório de balística.

Quando um agente é morto em serviço, há logo quem venha falar na necessidade dos agentes andarem armados. Lá, ao contrário de cá e do resto do mundo, são os agentes a não quererem andar armados!!!!! os sindicatos de polícia são os primeiros a defenderem uma policia desarmada. Nos próximos anos não será espectável que os agentes regulares na Inglaterra venham a andar armados na rua.
Título:
Enviado por: Pantufas em Maio 04, 2007, 03:48:12 am
Umas breves notas para lecavo:
As suas opiniões são muito respeitáveis mas estão sujeitas a contraditório, tal como as demais, no que for razoável.
Invocar a geopolítica e a geoestratégia não me parece adequado neste nível de discussão...
Não está ao alcance das "polícias de ordem pública" combater o terrorismo, quando muito proteger contra as suas acções ou reagir a elas; a luta anti-terrorismo é papel para os serviços de informações.
A teoria do equilíbrio tem muito a ver com a política como "arte do possível".
Persisto em não trazer para aqui os interesses da luta de classes...
Quem disse que a GNR "subtituiria" as FA na defesa do território?!
As referências ao Estado Novo estão mais "velhas" do que eu.
Na Grã Bretanha, ainda há pouco existiam 52 (cinquenta e dois) corpos de polícia civil autónomos; trata-se de um verdadeiro paradigma de pluralismo policial. Quanto ao mito do "boby" desarmado... há polícias desarmados, há polícias sem armas à vista e há polícias desarmados mas acompanhados de perto por outros armados... No que toca a ser a polícia a enfrentar o terrorismo, veja-se o que faz o exército, por ex, na Irlanda do Norte.
Título:
Enviado por: lecavo em Maio 04, 2007, 10:32:00 am
Viva!

Citação de: "Pantufas"
As suas opiniões são muito respeitáveis mas estão sujeitas a contraditório, tal como as demais, no que for razoável

Obviamente que sim. Nem nunca tive pretensões a fazer doutrina. Sou aberto a todas as opiniões, desde que construtivas e fruto de exercício intelectual. "Bocas"..... simplesmente ignoro-as.

Citação de: "Pantufas"
Invocar a geopolítica e a geoestratégia não me parece adequado neste nível de discussão...
Não está ao alcance das "polícias de ordem pública" combater o terrorismo, quando muito proteger contra as suas acções ou reagir a elas; a luta anti-terrorismo é papel para os serviços de informações.

Olhe que não concordo consigo. A PSP e a GNR já não são apenas uma "polícia de ordem pública". Isso já ficou para trás. A PSP já tem perfeitamente organizado e instalado (e a funcionar) um serviço de informações com a sua base de dados(SEI) muito bem organizada. Tanto quanto sei, a GNR está neste momento a trabalhar no seu e não tenho dúvidas que também o conseguirá montar tão bem ou melhor que a PSP. Já ouviu falar no SIOP? Obviamente que estes departamentos de informações estarão certamente intimamente ligados ao SIS e à PJ.

Para quem não sabe, todos os terroristas recorrem à criminalidade local (seja aqui em Portugal seja num outro qualquer país), para obterem os meios físicos necessários às suas acções. São os falsificadores locais que lhe obtêm os documentos, são os ladrões locais que lhes fornecem os telemóveis e os veículos, etc. Quando se hospedam em casas (apartamentos), pensões, hotéis, etc., estão no "terreno" das "polícias de ordem pública" e dos seus "serviços" de recolha de informações.

Os falsários, os burlões, os gatunos de furto e de furto e uso de veículos, os pequenos gatunos de residências, etc., são neste momento investigados pelos departamentos de investigação criminal das "polícias de ordem pública".

Vamos com calma, que já me alonguei mais do que devia. Mas como vê, a realidade de hoje é muito diferente do que era há meia dúzia de anos.

Citação de: "Pantufas"
Quanto ao mito do "boby" desarmado... há polícias desarmados, há polícias sem armas à vista e há polícias desarmados mas acompanhados de perto por outros armados... No que toca a ser a polícia a enfrentar o terrorismo, veja-se o que faz o exército, por ex, na Irlanda do Norte.

Posso-lhe afiançar quase com certeza absoluta o que lhe vou dizer. Há 3 ou 4 anos, tive uma longa conversa com um agente policial inglês, que nos visitou no âmbito do "International Police Association". Disse-me que nenhum polícia sai armado de um departamento policial sem autorização superior. Esse agente que porta armas é voluntário e tem de ter uma formação muito rigorosa no manuseio de armas. Quando actua na rua armado tem obrigatoriamente de dar a conhecer a quem está interpelar que está armado. Tem de gritar "armed police". Levanta a arma quando entra de serviço e entrega-a no fim do serviço.

A Irlanda era um case muito especifico. Na Irlanda havia uma guerra. Mas mesmo aí, uma patrulha do exército era sempre acompanhada por um ou dois agentes policiais (na Irlanda os agentes policiais andavam armados com revolveres).

Citação de: "Pantufas"
As referências ao Estado Novo estão mais "velhas" do que eu.


Acha!? Olhe que o modelo policial ainda continua a ser o mesmo. Fizeram-se uns face lift, mas a verdade é que as organizações são as mesmas - a saber: PJ; GNR; PSP; Guarda Prisional; Polícia Marítima.... extinguiu-se a PIDE...... criou-se o SIS e o SEF. A ASEA apenas mudou de nome. Diga-me lá se as coisas não estão mais ou menos organizadas da mesma maneira? Olhe que o Ti António Oliveira não deixava os créditos por mãos alheias, neste país tudo estava a seu "gosto". Tudo estava de modo a servir as suas necessidades/vontades. Será que as nossas actuais necessidades em termos de forças de segurança se mantêm "exactamente" iguais? Na minha opinião não! Neste meio tempo o país e o mundo alteraram-se completamente.
Título:
Enviado por: Pantufas em Maio 04, 2007, 12:19:22 pm
... ainda algumas breves notas para lecavo:
Os meus esforços não se limitam a manifestar as "minhas opiniões" nem têm a pretensão de "criar doutrina", mas antes procuram trazer ao conhecimento geral trabalhos baseados em investigações aprofundadas e difundidas por autoridades na matéria. Não coloco em discussão as minhas opiniões, que evidentemente são discutíveis.
É claro que a GNR e a PSP não são apenas polícias de ordem pública mas também polícias criminais e polícias comunitárias. Posso estar algo desactualizado mas, em teoria geral, as informações  trabalhadas pela GNR e pela PSP são fundamentalmente "policiais"; compete a estes corpos de segurança "colaborar" com o SIRP, pertencendo a este a jurisdição para trabalhar informações "de segurança" e "estratégicas", designadamente para o contra-terrorismo.
 Sobre o mito do bobby, lembro que há certas "diferenças" entre a regulamentação policial e a realidade do policiamento nas ruas e sugiro que leia "Du Mythe à la Réalité: le Model Britanique", do professor de criminologia Robert Reiner, publicado em Les Chaiers de la Sécurité Intérieure, nº 13.
Na GB, face á incapacidade da polícia, avançam as FA...
As sociedades mudam e as instituições mudam ou morrem.
Saudações.
Título:
Enviado por: lecavo em Maio 04, 2007, 02:01:45 pm
Viva!

Caro amigo Pantufa (permita-me que o trate assim), pode ler o documento elaborado e resultante das diversas intervenções no âmbito do Seminário Internacional:

 Uso de Armas de Fogo Pelos Agentes Policiais

Intervenções no âmbito do Seminário Internacional, realizado pela IGAI, em Queluz - Portugal, em Novembro de 2003.

http://www.igai.pt/publicdocs/Livro_Int ... ov2003.pdf (http://www.igai.pt/publicdocs/Livro_IntervencoesSI_Nov2003.pdf)

Vai poder ter uma melhor ideia das diversas realidades no uso de armas de fogo por partes de algumas polícias, nomeadamente a inglesa.
Título:
Enviado por: Pantufas em Maio 04, 2007, 03:38:53 pm
Para lecavo:
Embora o assunto não constitua ponto de interesse para mim, por atenção ao que sugeriu lá fui à estante rever o livro do IGAI, para algum refrescamento.
Respigo muito abreviadamente da intervenção de Duncan Gear "O Uso das Armas de fogo por Agentes Policiais - A abordagem em Inglaterra e País de Gales", pags 31 e sgts:
"Uma grande parte da prática e procedimento policiais relativamente ao uso das armas de fogo foi desenvolvida na base de um quadro legal que existia antes da Lei dos Direitos Humanos. Esse quadro legal continua a existir, a par (...)"
"As práticas policiais são da responsabilidade de cada um dos Chief Constables locais, embora existam linhas de orientação nacionais (...)"
"De acordo com a lei, a decisão de fornecer ou não armas aos agentes policiais é uma questão que depende do Chief Constable local (...)

Note-se que a intervenção é da autoria de um membro da autoridade de controlo policial externo, ou seja é a abordagem do "dever ser" (Direito). Mas não pode ser ignorada a abordagem da "realidade tal qual ela é" (Sociologia). É que, frequentemente, é grande a diferença entre o Direito estabelecido nos códigos e a aplicação prática da lei na rua.

Com tudo isto, afastamo-nos muito do tópico! Termino.

Saudações.
Título:
Enviado por: lecavo em Maio 05, 2007, 03:02:54 am
Viva!

Sim, concordo consigo, estamos a desviar-nos do tema.
Título:
Enviado por: nosso cabo em Maio 05, 2007, 06:55:20 pm
Dá -me a ligeira impressão que anda aí muita gente das Forças Armadas (FFAA) que queria ser polícia e/ou com saudades dos tempo em que as FFAA  controlavam as Forças de Segurança (FFSS). Cada um com sua missão: FFAA = Defesa Nacional; FFSS = Segurança Interna.
 P.S. Eu servi nas FFAA com nuito orgulho. "Perguntai ao inimigo quem somos" é um lema que me acompanhará para sempre.