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Outras Temáticas de Defesa => Área Livre-Outras Temáticas de Defesa => Tópico iniciado por: papatango em Abril 25, 2005, 10:09:03 pm
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Já agora, e creio que ainda vou a tempo, gostaria de lembrar que se comemora hoje em Portugal o 30º aniversário do 25 de Abril de 1975.
A importância do 25 de Abril de 1975, é transcendental.
Não sendo, como 25/4/1974 uma data de uma revolução, que foi uma de muitas que tivemos em Portugal, ao longo da nossa história, 25 de Abril de 1975 marca a data histórica em que, pela primeira vez, a Democracia Portuguesa, de viva voz, e de forma vibrante e decidida, votou.
Votaram os mais novos e votaram mesmo os mais velhos, aqueles que, tendo ainda memórias do tempo da monarquia, esperaram até 25 de Abril de 1975, para pela primeira vez na vida, dizerem, com um cruz num papel, como queriam que Portugal fosse governado.
A data marca também um dia para lembrar.
Lembrar de todos aqueles que, ainda hoje defendem com bandeiras vermelhas a revolução de 25 de Abril de 1974, mas que escondem que tentaram tudo por tudo para que não se realizassem eleições, há exactamente 30 anos atrás.
Chamavam-lhes eleições burguesas, aqueles que preferiam as eleições de braço no ar, por aclamação popular.
Mesmo depois de 25 de Abril de 1975, há que lembrar, que o voto e o sentido de voto dos portugueses foi desrespeitado por partidos políticos e organizações, que acreditavam ter chegado finalmente à teta do poder, de onde poderiam sugar eternamente, como acontecia nas ditaduras da Europa de leste. Para aqueles, o resultado nas urnas, expresso por 91% NOVENTA E UM POR CENTO dos portugueses inscritos para votar, era apenas uma demonstração da democracia burguesa, que não podia, nem seria respeitada.
Em 25 de Abril de 1975, há exactamente 30 anos, os portugueses disseram que, um ano antes tinha havido uma revolução, e que essa revolução serviu para dar ao povo o direito de escolher. Pelo menos, uma vez a cada quatro anos.
A vontade do povo cumpriu-se, e mesmo contra aqueles que não queriam eleições, elas realizaram-se, e hoje, podemos comemorar a liberdade
Viva o 25 de Abril de 1975 !
Viva a Liberdade !
Viva a Democracia !
Cumprimentos
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25/04/2005] COMUNICADO da Comissão Directiva
Trinta e um anos depois do 25/A
Na passagem do 31º aniversário do 25 de Abril, o Partido Nacional Renovador (PNR) considera ser tempo bastante para se fazer uma avaliação do sistema vigente. Podemos hoje concluir que os resultados estão bem à vista e não são nada animadores.
Instituída após o golpe, a democracia pluralista — à míngua de projecto alternativo — enfiou-nos na União Europeia, sem qualquer consulta prévia, arriscando a dissolução de Portugal no imenso espaço ibérico.
Segundo vários analistas económicos, o desenvolvimento do País retrogradou para os índices de 1962. E se, de algum modo, se disfarçou a pobreza indígena, foi à custa da destruição da indústria, da agricultura e da marinha mercante nacionais, trocadas pelo dinheiro de Bruxelas. Esse maná terminará em breve: sem dinheiro e crivados de dívidas, corremos o risco de morrer de fome. Belo desenvolvimento...
Actualmente, Portugal enfrenta gravíssimos problemas de desemprego, de corrupção, de competitividade económica, de tráfico de droga, de imigração, de criminalidade, de miséria, de insegurança… Até mesmo a famosa “liberdade” que os abrileiros tanto prometeram, falhou. Ou será que alguém acredita que é livre um povo cujo destino está nas mãos de Bruxelas? Ou cujos cidadãos vivem diariamente confrontados com o medo de, a qualquer instante, serem assaltados na rua?
Trinta e um anos não foram suficientes para que a classe política acabasse com a miséria e a pobreza dos Portugueses. É tempo, pois, de surgir uma alternativa credível e descomplexada para que se avance na História! Única força política com fundamentos verdadeiramente pós-abrilistas, o PNR assume-se como a vanguarda na luta por um Portugal novo.
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Instituída após o golpe, a democracia pluralista — à míngua de projecto alternativo — enfiou-nos na União Europeia, sem qualquer consulta prévia, arriscando a dissolução de Portugal no imenso espaço ibérico.
:shock: :shock:
Fiquei interessado em saber, que diacho de consulta prévia nos fez o regime anterior para nos fazer gramar uma ditadura durante tanto tempo.
Segundo vários analistas económicos, o desenvolvimento do País retrogradou para os índices de 1962. E se, de algum modo, se disfarçou a pobreza indígena, foi à custa da destruição da indústria, da agricultura e da marinha mercante nacionais,
Gostaría de saber quais são esses analistas económicos, porque os dados que eu tenho, todos apontam para o mesmo. Em 1962, a situação de miséria do país era abjecta. De tal forma miserável, que durante esse periodo mais de 10% da população emigrou.
A situação está tão mal, que o país que em 1962 exportava pessoas, hoje recebe-as.
A agricultura portuguesa, não está bem, mas hoje, com uma parte infima da população dependente da agricultura, o país consegue produzir mais tomate, mais azeite e mais leite (só para dar uns exemplos) do que quando mais de 60% da população vivia da agricultura.
Ou será que alguém acredita que é livre um povo cujo destino está nas mãos de Bruxelas?
Meu caro amigo, se a liberdade não existe, não entendo como é que você consegue estar num fórum a critica-la.
Trinta e um anos não foram suficientes para que a classe política acabasse com a miséria e a pobreza dos Portugueses
Estou de aordo, no entanto, fizeram mais do que em 48 anos de incompetência de atavismo de provincianismo ridiculo, que mais nos fazia parecer uma ditadura comunista que um país normal.
O regime anterior encontrou um país na ruina economica, e entregou (á força, mas entregou) um país em guerra, pobre e analfabeto.
Diz o roto ao nú...
PNR assume-se como a vanguarda na luta por um Portugal novo.
Nenhuma organização politica, ou outra, que defenda o regime anterior a 25 de Abril, tem autoridade moral para se arvorar em defensora do que quer que seja. A liberdade é uma dádiva. É um principio estabelecido desde os primórdios das primeiras religiões monoteistas. O ser humano tem direito á vida, e depois disso, tem direito a ser livre.
São principios básicos.
Quem não aceita esses principios básicos, não tem moral para se assumir como vanguarda de coisa nenhuma
É só a minha opinião.
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Raios, PT, acho que nunca senti tanta vontade de lhe bater palmas!
Onde é que arranjo um daqueles bonequinhos que aplaudem?
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Faço minhas as palavras do Papatango. 100% de acordo.
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Bravo PT :Palmas: :Palmas:
Cadidate-se vc à presidencia que nós aqui no forum votamos em si
.
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Bravo PT :Palmas: :Palmas:
Cadidate-se vc à presidencia que nós aqui no forum votamos em si :mrgreen:
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- Gabem-no, gabem-no!
Venenoso
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Grande post papatango
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Raios, PT, acho que nunca senti tanta vontade de lhe bater palmas!
Nem eu, nem eu 
[A ambos os posts]
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Quem escreve assim não é gago!
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João César das Neves – Diário de Notícias
Fui há dias ao cais dos navios de longo curso. Na sala de espera vi grande número de orientais de todas as idades. Junto à porta um senhor idoso, que percebi ser o patriarca do grupo, explicou-me que ia levar a família para um país livre. Viera da China à procura de liberdade mas, como se enganara, ia para outras paragens. Mostrei estranheza por esta sua afirmação e ele explicou "Disseram-me que este país tinha grande amor à liberdade porque, tal como o meu, vivera sob ditadura muitos anos mas depois tivera uma revolução. Afinal não é assim. Simplesmente enganei-me. Não quero ofender ninguém, nem estou zangado. Vou-me embora."
Ele, vendo-me indignado, comentou "Disseram-me que esta era uma economia livre, onde cada um se podia esforçar por satisfazer os clientes. Mas a minha loja foi criticada e agredida só porque tinha preços baixos, horários alargados e vendia muito. Os outros lojistas, como gostam de descansar, zangaram-se connosco por trabalharmos. Não nos conhecem, mas inventaram histórias horríveis sobre nós. Os sindicatos atacaram-nos porque os meus familiares querem trabalhar mais. Parece que não se pode. Depois vieram as autoridades. Sabe quantos decretos, portarias, regulamentos, é preciso cumprir para ter uma loja aberta? Os fiscais encontram sempre coisas para multar ou proibir. Era assim também na China. Foi por isso que saímos de lá."
Expliquei-lhe que essas são as leis dos países civilizados. A economia é livre, mas nós queremos essas regras. Ele sorriu e respondeu "Não me parece que sejam assim tão civilizados se precisam de tantas limitações. Se querem mesmo essas condições, porque não as cumprem livremente e precisam de as impor nas leis? Acho muito estranho que se use a liberdade para eliminar a própria liberdade!" Ele continuou: "Cometi um crime porque as etiquetas dos produtos não obedeciam às regras estabelecidas. Como os tribunais assumem que os empresários são todos criminosos, condenam sempre. De onde vim também era assim."
Retorqui que as leis, inspectores, sindicatos e tribunais servem para nos proteger dos abusos. É para nosso bem que somos limitados pelas leis. "Mas isso é exactamente como na China", contrapôs ele. "Lá também há imensos funcionários que sabem melhor do que nós o que nós queremos e estão sempre prontos a proteger-nos de nós mesmos. Foi assim que nos tiraram a liberdade. Por isso saí de lá."
"A comida que nós comemos não pode ser vendida porque não respeita as vossas condições sanitárias. Disseram-me que até alguns dos vossos pratos tradicionais estão proibidos pela mesma razão. Grande liberdade! Há uns meses comprei um carro", continuou. "Pensava que num país livre isso era o suficiente para poder andar. Mas depois descobri que tinha de comprar também coletes, cintos de segurança, cadeirinhas. Os limites à circulação são tantos que é impossível cumprir todos. A estrada é mais livre na China. Acabei por vender o carro para pagar a multa porque eu não tinha a licença para atropelar." Depois de várias perguntas acabei por perceber que falava do seguro.
"Mas aqui há liberdade de pensamento!", disse eu. O homem fez uma cara triste e respondeu "Aqui dão- -me liberdade para pensar? Mas isso foi a única coisa que o Governo nunca me tirou na China. Pensar é sempre livre."
"Pode dizer e escrever tudo o que pensa, fazer um partido para defender essas ideias!" Ele respondeu "Posso mesmo? Já leu algum jornal que diga estas coisas? Que aconteceria a esse meu partido, se eu o fizesse? A vossa liberdade é só para pensar o que todos pensam. Os que pensam diferente, são considerados malucos ou criminosos e deixam de contar." Não soube o que responder. Ele disse: "Li agora que vos querem dar a liberdade de abortar. Essa tínhamos na China. Engraçado como eles nos dão sempre liberdade para matar, não é?" Ficámos em silêncio. Soou uma sirene. Ele despediu-se e, à saída, ainda perguntou: "Pode indicar-me um país que seja mesmo livre?" Eu estava demasiado deprimido para responder.
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A liberdade de mão beijada torna as pessoas irresponsáveis, posto isto, o governo vêsse obrigado a criar leis, que limitam um pouco essa liberdade, depois acaba-se como se vê...
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Excelente texto Alfsapt!
É como penso.
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Curioso, eu quando li o texto pensei mais: "que disparate pegado" do que "grande texto".
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Curioso, eu quando li o texto pensei mais: "que disparate pegado" do que "grande texto". :mrgreen:
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Curioso, eu quando li o texto pensei mais: "que disparate pegado" do que "grande texto". 
À partida pode ser lido como um texto simples e assim considerar um "disparate" a aparente crítica às leis que sustentam a liberdade colectiva poderem restringir a liberdade individual.
Mas foram as perguntas que o texto me suscitou que me levou a colocá-lo neste tópico.
Comemoramos a liberdade em Portugal, mas sabemos que liberdade queremos?
Ainda na recente imprensa, não me recordo onde, li que o novo Papa "critica a ideia de liberdade da Europa". Isto nos dias em que se comemora o fim da 2ª GG, o que será dizer o mesmo que se comemora a liberdade de muitos povos.
Estes últimos anos provaram o que antes já era claro: a noção de Liberdade difere entre povos e regiões: a mesma palavra tem diferentes interpretações entre Ameriacanos, Europeus, Árabes e Asiáticos.
Nestes dias não basta dizer/saber que se luta pela liberdade mas importa mais saber que liberdade se pretende.
Comemorações da liberdade: Ainda acham estranho que os mais jovens lhe sejam indiferentes?
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Há um tipo de liberdade que é reclamada por uma classe em particular, a dos "criativos", cineastas (os da passa), poetas, dramaturgos etc, que depois de a terem exigem a intervenção do Estado para patrocinarem os seus delírios pessoais.
E é deles que ouvimos apregoada esse tipo de liberdade...
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Isto nos dias em que se comemora o fim da 2ª GG, o que será dizer o mesmo que se comemora a liberdade de muitos povos.
Será? Muito bom país abdicou de tais celebrações, porque com o fim da WW2 veio a "liberdade" da ocupação soviética...
No telejornal falaram no fim da ww2, ah e tal os alemães são mauzinhos, e quando perguntam ao primeiro velhote cá em Portugal como eram aqueles tempos o homem só disse que não percebia como é possível haver gente comunista depois destes anos todos
só me apeteceu levantar-me da cadeira e bater palmas.