ForumDefesa.com

Outras Temáticas de Defesa => Área Livre-Outras Temáticas de Defesa => Tópico iniciado por: JLRC em Janeiro 06, 2005, 05:00:52 pm

Título: Galego, variante do português
Enviado por: JLRC em Janeiro 06, 2005, 05:00:52 pm
Citar
.....A propósito de lusofalantes. Da Galiza chegou-nos uma consulta que vale pela mensagem de quem se apresenta como «parte da lusofonia, em pé de igualdade com as outras variantes do português (Portugal, Brasil, etc.), e não como língua diferente do português.» Às vezes, é bom recordar que a Galiza e a região Norte de Portugal são a mãe de todas as lusofonias.


Cumptos
Título: Re: Galego, variante do português
Enviado por: Paisano em Janeiro 06, 2005, 05:18:20 pm
Citação de: "JLRC"
Citar
Às vezes, é bom recordar que a Galiza e a região Norte de Portugal são a mãe de todas as lusofonias.


JLRC, essa eu não entendi. Com relação ao Norte de Portugal, tudo bem, sem problema. Mas a Galiza? A Galiza não é uma região da Espanha?

Quer dizer que o português é uma variação do espanhol falado na Galiza? :shock:  :shock:
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 06, 2005, 05:26:09 pm
A Galiza é uma nação ibérica temporáriamente sob ocupação castelhana.
Tenho a maior das admirações pelos Galegos por serem empreendedores e por serem capazes de bem aproveitarem o que a natureza lhes deu (pelo menos melhor que o português).
E viva a Galiza também!

E mais uma coisa, Paisano: Em Espanha fala-se Castelhano, Galego, Catalão...
O "espanhol" é um sinónimo do castelhano, mas o Ferrol poderá confirmar o que digo... ou não. Por supuesto!
Título:
Enviado por: emarques em Janeiro 06, 2005, 05:33:22 pm
O Galego é bem mais Português que Castelhano, pelo menos. Tanto o Português como o Galego modernos têm origem no "Galaico-Duriense", a língua que se falava na Galiza e no Norte de Portugal na idade média.

Costuma-se estudar a poesia Galaico-Duriense na escola. Acho que todos os portugueses já leram aquela do:
Ay froles, ay froles do verde pino,
se tendes novas do meu amigo,
Ay, Deus, e u é?

escrita pelo rei D. Dinis.

JLRC, essa citação é de onde?
Título:
Enviado por: JLRC em Janeiro 06, 2005, 05:50:45 pm
Citação de: "emarques"
JLRC, essa citação é de onde?


emarques

Procure em http://ciberduvidas.sapo.pt/php/resposta.php?id=13406 (http://ciberduvidas.sapo.pt/php/resposta.php?id=13406)

Tem coisas interessantes, como por exemplo o "e pluribus unum"

Um abraço
Título: Re: Galego, variante do português
Enviado por: JLRC em Janeiro 06, 2005, 06:00:16 pm
Citação de: "Paisano"

JLRC, essa eu não entendi. Com relação ao Norte de Portugal, tudo bem, sem problema. Mas a Galiza? A Galiza não é uma região da Espanha?

Quer dizer que o português é uma variação do espanhol falado na Galiza? :shock:  :shock:


Amigo Paisano

Como já outro companheiro disse, o português moderno e o galego, têm a mesma origem. Aliás, Portugal inicialmente, era um condado (condado Portucalense) do reino de Leão, no qual estava também incluído a Galiza.
O português e o galego são muito semelhantes. Já reparou nos escritos do Ferrol? Ele escreve em galego e se você reparar parece português com algumas alterações, por exemplo a substituição do j pelo x (Xunta da Galicia em vez de Junta da Galiza). Já o espanhol não existe. Normalmente confunde-se castelhano com espanhol, mas na realidade espanhol é algo que não existe. Se você perguntar a um argentino ou a um mexicano que lingua falam eles respondem "castelhano". Espero ter sido claro.
Como curiosidade, posso dizer-lhe que há alguns anos, houve um deputado ao Parlamento Europeu, natural da Galiza, que se incorporou num dos grupos parlamentares portugueses para poder discursar em galego, já que o português é uma das linguas oficiais e ele, nos grupos parlamentares espanhóis tinha que discursar em castelhano. Não me peçam o nome do homem porque não me lembro, isto já foi há alguns anos.
Um abraço
Título:
Enviado por: Paisano em Janeiro 06, 2005, 06:02:06 pm
Citação de: "emarques"
Costuma-se estudar a poesia Galaico-Duriense na escola. Acho que todos os portugueses já leram aquela do:
Ay froles, ay froles do verde pino,
se tendes novas do meu amigo,
Ay, Deus, e u é?

escrita pelo rei D. Dinis.


Essa poesia está escrito em galego? Pois consigo entender o que está escrito.

Infelizmente, o estudo da poesia Galaico-Duriense em momento algum é feito nas escolas brasileiras. Eu pelo menos nunca estudei e não conheço ninguém que tenha estudado.

Por outro lado, no Brasil quando se fala em Espanha, vêm logo a lembrança da língua falada na América Espanhola, qual seja, o castelhano e nada mais.
Título: Re: Galego, variante do português
Enviado por: Paisano em Janeiro 06, 2005, 06:04:35 pm
Citação de: "JLRC"
Citação de: "Paisano"

JLRC, essa eu não entendi. Com relação ao Norte de Portugal, tudo bem, sem problema. Mas a Galiza? A Galiza não é uma região da Espanha?

Quer dizer que o português é uma variação do espanhol falado na Galiza? :shock:  :G-Ok:
Título: Opinión
Enviado por: ferrol em Janeiro 10, 2005, 10:11:23 am
Ben, un saúdo a todos, reincorpórome á discusión despois deste amplo Nadal. Só quixera dar a miña opinión sobre o tema do galego:

Como todos sabemos, o galego e o portugués proveñen da mesma orixe latina, e que co tempo foi dando lugar ó primitivo galego, lingua de corte durante toda a Alta Idade Media.

Depois, debido a avatares políticos, Galicia permaneceu co Reino de Leon e Portugal independizouse durante algún tempo, dando lugar a unha evolución propia e diferenciada do galego orixinal, así como o propio galego, influenciado polo castelán de Leon, foi tamén tomando un camiño diferente.

O certo é que despois de 600 anos, podemos dicir que o galego e o portugués son idiomas distintos, o cal non implica que igual que hai unha corrente do lusismo que promove un acercamento ó castelán polo que ten de importancia no desenrolo comercial con iberoamérica, área natural de expansión dos nosos países, tamén hai unha idea de certos grupos galeguistas que promoven un acercamento ó portugués.

Como sempre, nin uns nin outros levan a razón, porque como todos sabemos, o idioma non vai por onde piden os teóricos, senón por onde dicta a propia sociedade.

Un saúdo, Feliz AniNovo.
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 10, 2005, 02:11:24 pm
E pronto: tinha que vir o Ferrol estragar tudo!
Tens que ser castigado! :wink:
Título:
Enviado por: NotePad em Janeiro 10, 2005, 02:23:47 pm
...
Título:
Enviado por: superbuzzmetal em Janeiro 10, 2005, 05:37:15 pm
Qualquer dia está é tudo a falar crioulo   :roll:
Título:
Enviado por: papatango em Janeiro 10, 2005, 06:31:27 pm
Citação de: "Ferrol"
Como sempre, nin uns nin outros levan a razón, porque como todos sabemos, o idioma non vai por onde piden os teóricos, senón por onde dicta a propia sociedade.


O Idioma vái para onde os "teoricos" mandam Ferrol.
Se os teoricos tiverem a razão da força.

Como você sabe (acho eu) a lingua Galega, foi proíbida em toda a Galiza, depois que Isabel (a católica) tomou o poder de Joana (a beltraneja), que estava prometida em casamento ao rei de Portugal.

Essa união implicaria uma união ibérica em que Castela ficaria sob domínio dos portugueses (e galegos, naturalmente).

Isabel sabia, caro Ferrol, que manter a lingua Galega, era continuar a ter problemas com Portugal. Por isso os nobres Galegos são deportados para Madrid. Por isso a lingua galega é proíbida, por isso os mosteiros galegos são proíbidos de ter mais que 10% de monges e frades galegos. Por isso todas as leis que estavam escritas em Galaico-Português, foram traduzidas á força.

Onde está grande parte da cultura da Galiza Ferrol?
Não se dê ao trabalho de procurar, porque foi transformada em cinzas, para dar a ideia de que tudo é uniforme sob a bandeira do orgulhoso reino de "Castilla", o único com direito a existir.

A "Doma e Castraçom" da Galiza, não é teoria. Aconteceu.

Foi feita porque os reis Católicos sabiam que, uma galizaque não fosse Castelhanizada, seria sempre rebelde. Sabiam que Portugal estava num periodo de expansão, que o tornaría, como de facto aconteceu, num polo de atracção que sería irresistivel.

Uma Galiza culta, e com a sua cultura própria, não teria passado a ser uma parte do reino de Leão que era ele próprio,  uma parte da Grande Castilla.

Não sabemos o que a história "tería" sido, se as coisas corressem de outra forma, mas não serve de nada esconder o óbvio.

A castelhanização da Galiza, só serviu a Castela como reino dominante da peninsula. Os Galegos, não ganharam nada com isso. O resultado do processo de doma e castração, criou a imagem que os Castelhanos criaram do Galego, estupido, e ignorante.

Era ignorante porque Castela necessitava que assim fosse. Esse preconceito continua ainda hoje. No Brasil, muitos portugueses são chamados de Galegos, sem que os brasileiros entendam porquê, na Argentina, encontramos o mesmissimo preconceito.

O problema da língua - e eu não sou a pessoa indicada para discutir este assunto -  tem a ver com outro problema mais grave que é o problema nacional.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: manuel liste em Janeiro 13, 2005, 10:17:22 am
cervantesvirtual.com (http://http)

Martín Códax, siglo XIII:

Ondas do mar de Vigo,  
 se vistes meu amigo?  
       E ay Deus, se verrá cedo!  
 

     Ondas do mar levado,  
 se vistes meu amado?  5  
       E ay Deus, se verrá cedo  
 

     Se vistes meu amigo,  
 o por que eu sospiro?  
       E ay Deus, se verrá cedo  


....................

Esta lengua gallega era una de las muchas derivadas del latín que se hablaban en la Península en la Baja Edad Media, y de ella deriva la lengua gallega moderna. Ignoro si de ella también derivó el portugués, pero me figuro que al sur del Miño hablaban romance por aquella época y antes aún, ¿no?. Por pura lógica, el portugués deriva de la lengua hablada al sur del Miño, y no de la hablada al norte del río. Por la misma razón, el gallego moderno no deriva del portugués, si no de la lengua gallega antigua. Son dos lenguas diferentes, pero parecidas, y eso nos permite a los gallegos entender bien el portugués escrito y con ciertas dificultades el hablado.

Una vez fueron la misma lengua: era el latín vulgar hablado en la Galicia occidental (que tenía como capital Braga) durante la época visigótica y siglos después. ¿Era la lengua de Martín Códax la misma que la de los portuenses o bracarenses de su época? Es posible, pero yo no soy filólogo para poder afirmarlo. Sin embargo, está claro que por esa misma época dejaron de serlo.
Título:
Enviado por: emarques em Janeiro 13, 2005, 01:31:42 pm
Essa cantiga de amigo, uma barcarola, está escrita em galaico-português. Dizem-no filólogos portugueses, espanhóis, ingleses, estado-unidenses, alemães, etc.

http://www.gksdesign.com/atotos/medievalcantiga.htm (http://www.gksdesign.com/atotos/medievalcantiga.htm)
http://www.geocities.com/correia72/medieval.htm (http://www.geocities.com/correia72/medieval.htm)
http://web.jet.es/a-rede/lingua/litegal/medieval.html (http://web.jet.es/a-rede/lingua/litegal/medieval.html)
http://www.udc.es/filo/materias/F.%20GA ... PORT.1.htm (http://www.udc.es/filo/materias/F.%20GALEGA/411202%20LIT.MED.GAL-PORT.1.htm)
Título:
Enviado por: manuel liste em Janeiro 13, 2005, 01:57:23 pm
Citação de: "emarques"
Essa cantiga de amigo, uma barcarola, está escrita em galaico-português. Dizem-no filólogos portugueses, espanhóis, ingleses, estado-unidenses, alemães, etc.


Es posible. Eso no convierte a la lengua gallega en una variante del portugués, de la misma forma que el portugués no es una variante de la lengua gallega. Lo más apropiado es decir que tienen un origen común, como lo tienen todas las lenguas romances.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: manuel liste em Janeiro 13, 2005, 02:04:23 pm
Unas preguntas a los foristas portugueses: ¿Cual es el origen de la forma moderna de la lengua portuguesa? ¿Durante la Reconquista contra los musulmanes se hablaba la misma lengua en la zona de Lisboa que en el norte, o bien variedades distintas? ¿Se puede decir que la variedad del centro se impuso sobre la del norte, o bien al contrario? ¿En qué siglo se editó la primera gramática portuguesa?

Pura curiosidad, agradezco una respuesta.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Paisano em Janeiro 13, 2005, 06:43:57 pm
Prezado manuel liste,

Você é integracionista ou isolacionista?

Um abraço.
Título:
Enviado por: papatango em Janeiro 13, 2005, 07:11:49 pm
Eu tenho que confessar que questões de filologia não são o meu forte. Há um individuo que conheço que já convidei a participar neste fórum que percebe destas coisas, mas acho que não gosta muito de coisas que tenham a ver com a tropa. Mas foi-me explicado que, de facto, o Galego e o Português não são nem nunca foram línguas efectivamente diferentes. Que para haver uma derivada da outra, seria o português o derivado do galego e não o galego o derivado do português. Os acontecimentos históricos e a evolução política, que eu conhecia, embora desconhecesse as questões linguisticas, acabam dando razão a esta tese. A partir de D. Dinis, a língua é normalizada como língua da corte, e passa a ter precedência sobe o latim. A partir de aí, a sua normalização determina o caminho que a língua percorreu até chegar ao português de hoje. Na Galiza, não tendo havido normalização, porque a língua castelhana foi imposta, para documentos e poesia, não houve possibilidade de normalizar a língua e portanto, ela acabou sendo mais e mais “castelhanizada”. O galego actual, advém da tentativa de um movimento galego, no fim do século XIX (não me lembro do nome do movimento) que tentou recuperar a língua da Galiza.

Mas de facto, não sou a pessoa mais adequada para discutir estes temas.

Também não entendo isso do isolacionista e do integracionista, o que representa ou significa. Acho que provavelmente ninguém entende.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Viriato em Janeiro 14, 2005, 12:00:42 am
Citação de: "papatango"
Eu tenho que confessar que questões de filologia não são o meu forte. Há um individuo que conheço que já convidei a participar neste fórum que percebe destas coisas, mas acho que não gosta muito de coisas que tenham a ver com a tropa. Mas foi-me explicado que, de facto, o Galego e o Português não são nem nunca foram línguas efectivamente diferentes. Que para haver uma derivada da outra, seria o português o derivado do galego e não o galego o derivado do português. Os acontecimentos históricos e a evolução política, que eu conhecia, embora desconhecesse as questões linguisticas, acabam dando razão a esta tese. A partir de D. Dinis, a língua é normalizada como língua da corte, e passa a ter precedência sobe o latim. A partir de aí, a sua normalização determina o caminho que a língua percorreu até chegar ao português de hoje. Na Galiza, não tendo havido normalização, porque a língua castelhana foi imposta, para documentos e poesia, não houve possibilidade de normalizar a língua e portanto, ela acabou sendo mais e mais “castelhanizada”. O galego actual, advém da tentativa de um movimento galego, no fim do século XIX (não me lembro do nome do movimento) que tentou recuperar a língua da Galiza.

Mas de facto, não sou a pessoa mais adequada para discutir estes temas.

Também não entendo isso do isolacionista e do integracionista, o que representa ou significa. Acho que provavelmente ninguém entende.

Cumprimentos


Boa  noite,
Basicamente reintegracionista é aquele que acha que o Galego e o Português é a mesma coisa e como tal deveriam ter regras gramaticais comuns, salvaguardando os devidos regionalismos existentes tanto na Galiza como em Portugal. Infelizmente o poder instalado tende a fazer confundir questões linguísticas com questões políticas, ou seja, tenta "colar" esta opção linguística a uma posição subalterna a Portugal. Isolacionista defende a especificidade do Galego dentro do ramo linguístico Castelhano.

O movimento foi o "Rexurdimento".

Para quem quiser mais informações e pasmar-se com a proximidade linguística e mesmo com algumas opções dos reintegracionistas:

http://clientes.vianetworks.es/colectivo/amesanl/
http://www.ciberirmandade.org/
http://www.galizanova.org/
http://galizalivre.org
http://www.agal-gz.org/
Imperdivél: http://www.va-ca.org/

E por fim um artigo que pode ajudar a compreender as opções dos prezados forenses que se exprimem em Castelhano:
"Diz-me como falas e dir-te-ei quem és.
A respeito do galego-português e do galego-espanhol."
http://membres.lycos.fr/questione/academia/rodriguesfajim3.html

Não nos esquecemos que a familia de um dos nossos maiores poetas (bem como grande parte da nobreza Galega) fugiu da Galiza devido a perseguição pelo poder Castelhano após as revoltas Irmandiñas e posterior promulgação da "doma y castración del reino de Galicia" que só acabou em 1833 com o desaparecimento formal do Reino da Galiza.

Cumprimentos
Título: Hino Galego (Eduardo Pondal)
Enviado por: Viriato em Janeiro 14, 2005, 12:13:52 am
Citar
OS PINOS. HIMNO GALEGO.

¿Que din os rumorosos
na costa verdecente,
ao raio transparente
do prácido luar?
¿Que din as altas copas
de escuro arume harpado
co seu ben acompasado
monótono fungar?

-Do ten verdor cinguido
e de benignos astros,
confín dos verdes castros
e valeroso chan,
non des a esquecemento
da inxuria o rudo encono;
desperta do teu sono
fogar de Breogán.

-Os bos e xenerosos
a nosa voz entenden,
e con arroubo atenden
o noso rouco son,
mais sóo os iñorantes,
e féridos e duros,
imbéciles e escuros
non os entenden, non.
 
Os tempos son chegados
dos bardos das edades
que as vosas vaguedades
cumprido fin terán;
mais onde quer, xigante
a nosa voz pregoa
a redenzón da boa
nazón de Breogán.

Teus fillos vagorosos
en quen honor só latte
a intrépido combate
dispondo o peito van;
sé por ti mesma libre
de indigna servidume
e de oprobioso alcume
rexión de Breogán.

A nobre Lusitania
os brazos tende amigos,
ós eidos ben antigos
con un punxente afán;
e cumpre as vaguedades
dos teus soantes pinos
duns máxicos destinos
oh grei de Breogán.

Amor da terra verde,
da verde terra nosa,
acende a raza briosa
de Ousinde e de Froxán;
que aló nos seus garridos
xustillos, mal constreitos,
os doces e albos peitos
das fillas de Breogán;
que á nobre prole ensinen
fortísimos acentos,
non mólidos concentos
que ás virxes só ben están;
mais os robustos ecos
que, oh patria, ben recordas
das sonorosas cordas
das arpas de Breogán.

Estima non se alcanza
cun vil xemido brando;
calquer requer rogando
con voz que esquecerán;
mais cun rumor xigante,
subrime e parecido
ao intrépido sonido
das armas de Breogán.

Galegos, sede fortes,
prontos a grandes feitos;
aparellade os peitos
a glorïoso afán;
fillos dos nobres celtas,
fortes e peregrinos,
luitade plos destinos
dos eidos de Breogán.


Mais sobre Eduardo Pondal:
http://www.instituto-camoes.pt/cvc/projtelecolab/tintalusa/numerodois/tl8.html
Título:
Enviado por: manuel liste em Janeiro 14, 2005, 08:39:28 am
Citação de: "Paisano"
Prezado manuel liste,

Você é integracionista ou isolacionista?

Um abraço.

Mmm... siempre integracionista!  :D

Bromas aparte, si me estás preguntando si creo que la lengua gallega tiene una historia y vida propias, o bien es un dialecto del portugués, la respuesta para mí es obvia: se trata de otra lengua distinta del portugués. Con semejanzas, pero distinta. Y para comprobarlo por tí mismo solamente tendrías que venir a una calle de Galicia y escuchar las conversaciones en gallego. Enseguida te darías cuenta de las diferencias.



Citar
A partir de D. Dinis, a língua é normalizada como língua da corte, e passa a ter precedência sobe o latim. A partir de aí, a sua normalização determina o caminho que a língua percorreu até chegar ao português de hoje

Papatango: Eso fué a finales del siglo XIII, entonces.


Citar
Isolacionista defende a especificidade do Galego dentro do ramo linguístico Castelhano


Viriato: Yo creo que ningún filólogo de la lengua gallega defiende que el gallego pertenezca a la "rama lingüística castellana". Lo que se ha defendido siempre por la inmensa mayoría (no todos, hay que decirlo) es su especificidad, su diferencia respecto a portugués y castellano. Precisamente, el Rexurdimento fué un movimiento específicamente gallego de unos escritores que utilizaban la lengua que hablaba buena parte de la gente. Quisieron ser expresión de la lengua de los gallegos, no miraban al sur porque no tenían razones para hacerlo. En Galicia ni esperamos ni queremos redentores que nos salven de la lengua castellana. Aquí conviven dos lenguas en perfecta armonía y nada va a cambiar en ese aspecto, como es natural.

Eso no quiere decir que no queramos llevarnos estupendamente con Portugal (y Brasil), e intercambiar ideas. Desde Galicia los vemos muy cercanos, y tenemos todo el interés en estrechar relaciones. Por el momento ya tenemos la misma moneda y podemos cruzar la raia a voluntad. Lo que no queremos es que piensen de nosotros que somos unos irredentos, unos portugueses frustrados o que nos miren desde arriba. No, de igual a igual estrecharemos lazos, no podrá ser de otra manera.

Gracias por sus respuestas. Cumprimentos
Título:
Enviado por: emarques em Janeiro 14, 2005, 11:14:14 am
O problema disso dos "autores que começaram a escrever na língua que falava o povo" é que, sem qualquer fonte de normalização, a língua que falava o povo dependia muito da área onde viviam e da proximidade a cada uma das fronteiras. (Por falar em uma, acho que a forma galega um->"um-a" tem muito mais lógica. Não escrevi unha porque isso dava confusão) O galego de A Guarda não era o mesmo do de Ribadeo.
Título:
Enviado por: manuel liste em Janeiro 14, 2005, 12:27:15 pm
Citação de: "emarques"
O problema disso dos "autores que começaram a escrever na língua que falava o povo" é que, sem qualquer fonte de normalização, a língua que falava o povo dependia muito da área onde viviam e da proximidade a cada uma das fronteiras. (Por falar em uma, acho que a forma galega um->"um-a" tem muito mais lógica. Não escrevi unha porque isso dava confusão) O galego de A Guarda não era o mesmo do de Ribadeo.


Como estamos a falar da língua galega, respóndolle nela (vostede dirá se é máis fácil de entender que a castelá):

Hai unha fonte de normalización. Chámase a Real Academia Galega (RAG), e está a funcionar dende 1906. Pego a súa web:

Real Academia Galega (http://http)

A variabilidade falada do galego non é tanta como poidera pensar. É certo que non é exactamente o mesmo o galego de Ribadeo respeto o da Guarda, mais as diferencias que podan haber son debidas á entoación na maior parte ou ós xiros locais, cuestións non fundamentais e que non afectan á unidade da língua. Presumo que o portugués falado tampouco é ún dende Bragança a Madeira.

A existencia do galego non está en risco, non é a águia real ou outro animal en vías de extinción  :lol:

Cumprimentos

PD.: a forma galega é un-unha. A terminación -m é tipicamente portuguesa.
Título:
Enviado por: emarques em Janeiro 14, 2005, 01:16:41 pm
Citação de: "manuel liste"
Hai unha fonte de normalización. Chámase a Real Academia Galega (RAG), e está a funcionar dende 1906. Pego a súa web:

Ou seja, quando os tais escritores do século XIX começaram a escrever a língua que o povo falava, não existia nenhuma fonte de normalização que tivesse mantido a unidade do galego. De certa forma, a RAG terá feito alguma "arqueologia linguistica" para criar uma norma de língua galega.

Citar
PD.: a forma galega é un-unha. A terminación -m é tipicamente portuguesa.


Sim, está certo. Eu tentei escrever de forma que fosse inteligível em português (já que a grafia "unha" não produz exactamente o mesmo resultado em português e em galego ;)), e por isso usei também o m em vez do n.
Título:
Enviado por: Viriato em Janeiro 15, 2005, 03:02:35 am
Citação de: "manuel liste"
Citação de: "Paisano"
Prezado manuel liste,

Você é integracionista ou isolacionista?

Um abraço.

Mmm... siempre integracionista!  :D

Bromas aparte, si me estás preguntando si creo que la lengua gallega tiene una historia y vida propias, o bien es un dialecto del portugués, la respuesta para mí es obvia: se trata de otra lengua distinta del portugués. Con semejanzas, pero distinta. Y para comprobarlo por tí mismo solamente tendrías que venir a una calle de Galicia y escuchar las conversaciones en gallego. Enseguida te darías cuenta de las diferencias.



Citar
A partir de D. Dinis, a língua é normalizada como língua da corte, e passa a ter precedência sobe o latim. A partir de aí, a sua normalização determina o caminho que a língua percorreu até chegar ao português de hoje

Papatango: Eso fué a finales del siglo XIII, entonces.


Citar
Isolacionista defende a especificidade do Galego dentro do ramo linguístico Castelhano

Viriato: Yo creo que ningún filólogo de la lengua gallega defiende que el gallego pertenezca a la "rama lingüística castellana". Lo que se ha defendido siempre por la inmensa mayoría (no todos, hay que decirlo) es su especificidad, su diferencia respecto a portugués y castellano. Precisamente, el Rexurdimento fué un movimiento específicamente gallego de unos escritores que utilizaban la lengua que hablaba buena parte de la gente. Quisieron ser expresión de la lengua de los gallegos, no miraban al sur porque no tenían razones para hacerlo. En Galicia ni esperamos ni queremos redentores que nos salven de la lengua castellana. Aquí conviven dos lenguas en perfecta armonía y nada va a cambiar en ese aspecto, como es natural.

Eso no quiere decir que no queramos llevarnos estupendamente con Portugal (y Brasil), e intercambiar ideas. Desde Galicia los vemos muy cercanos, y tenemos todo el interés en estrechar relaciones. Por el momento ya tenemos la misma moneda y podemos cruzar la raia a voluntad. Lo que no queremos es que piensen de nosotros que somos unos irredentos, unos portugueses frustrados o que nos miren desde arriba. No, de igual a igual estrecharemos lazos, no podrá ser de otra manera.

Gracias por sus respuestas. Cumprimentos

Boa noite,

segundo a opinião da Unesco o Galego está classificado como "Potentially endangered language" mas se calhar eles não percebem nada disso... Aliás, é curioso ver a quantidade de linguas que estão em risco de desaparecer em espanha. Se calhar é coincidência ou não...

Basco (ENDANGERED)
Asturiano (ENDANGERED)
Aragonês (ENDANGERED)
Leonês (SERIOUSLY ENDANGERED)

Aparte disso, é curioso a quantidade de poetas e políticos Galegos que defenderam uma aproximação e mesmo uma federação entre Portugal e a Galiza baseados na lingua e cultura comuns temos como alguns exemplos:

Manuel MURGUIA, 1833-1923:
Citar
"O primeiro, o nosso idioma(...); o formoso, o nobre idioma que do outro lado desse rio é lingua oficial que serve a mais de vinte milhões de homens e tem uma literatura representada pelo nome glorioso de Camões e vieira, de Garett e de Herculano; o galego, enfim, que é o que nos dà direito à inteira possessão da terra em que todos fomos nados(...). Podemos dizer com verdade que nunca, nunca, nunca pagaremos aos nossos irmãos de Portugal tudo que hajam feito do nosso galego um idioma oficial. Mais afortunado que o provençal -encerrado na sua comarca propria- não morrerà."
Discurso nos jogos florais de tui (1881) em: catedra da linguistica e literatura galega da Universidade de Santiago, prosa Galega I: desde os primeiros oitocentistas ao grupo Nòs, Galaxia, Vigo 1976, pp 110 e 113.

Eduardo PONDAL 1835-1917, autor do himno galego.
Citar
"Nobre e harmoniosa fala de Breogam;
Ti, sinal misterioso dos teus filhos seràs;
Seràs épica tuba, e forte sem rival;
que chamaràs os filhos que alô do Minho estão;
os boms filhos do Luso, apartados irmãos;
de nòs, por um destino invejoso e fatal;
com robustos acentos grandes, os chamaràs;
verbo do gram camões, fala de Breogam"
Xoam-Vicente Viqueira, 1886-1924
Citar
"O galego, não sendo uma lingua irmã do português senão uma forma do português (como o andaluz do castelhano), tem-se que escrever pois, como o português.viver no seu seio é viver no mundo; é viver sendo nos mesmos! Insisto muito nisto da ortografia, porque ela terà, unida à purificação da lingua, uma virtude magica: farà da nossa fala campesina, isolada, uma lingua universal, de valor internacional e instrumento de cultura. Ademais, capacitarà a todos os galegos de lerem português, o que, diga-se o que queira, hoje não podem fazer."
ensaios e poesias, galaxia, Vigo 1974, pag 170.

Antom VILAR-PONTE, 1881-1936.
Citar
"Galiza considera o português como o galego nacionalizado e modernizado.""Enquanto viver o português, o galego não morrera(...) ou é que ainda ha quem pense, possuindo alguma cultura, que o nosso idioma vernaculo e o idioma de Portugal não são um e o mesmo, com identica sintaxe e identico léxico, salvo pequenas diferenças de morfologia, ortograficas e prosodias.""A unificação do galego e do português é tão facil, senão mais, que a realizada por flamengos e holandeses com o seu idioma comum".
pensamento e sementeira, Buenos Aires 1971, pp 221, 345-346.

Afonso Daniel rodriguez CASTELAO 1886-1950.
Citar
" eu desejo que em galiza se fale o galego como o castelhano, e o castelhano tão bem como o galego. Desejo ademais, que o galego se confunda com o português, de modo que tivéssemos assim dois idiomas extensos e uteis."
carta a Claudio Sanchez-Albornoz; em Grial (Vigo); num 47 janeiro-março 1975.

Ramon OTERO PEDRAIO 1886-1976
Citar
"Os melhores espiritos portugueses e galegos são cidadãos da integridade da Galiza antiga (...) A lingua deve voltar a ser a mesma,para fortelecimento do ser trancendental da celtiga iberica."
Morte e ressurreccion, em: pensamento galego I; edit. sept, Santiago-Vigo 1977, pag 131.

Com isto não estou a defender que o Português é superior ao Galego ou vice-versa. Estou a dizer que são a mesma coisa. Dizer Galego, Português ou Galego-Português deveria ser o mesmo. Chamar Portugal de Galiza do Sul ou a Galiza de Portugal do norte não me ofende se calhar Portugaliza é o ideal. Nem a mim nem a muitas pessoas. Infelizmente o processo de aproximação acabou abruptamente na decada de trinta com cerca de 17 mil mortos na Galiza e agora é muito dificil recomeçar tudo de novo. É pena.

Quanto à RAG, não foi a norma deles classificada como "castrapo" ou lingua de trapos por causa da castelhanização que fizeram do Galego?

Por fim se está a dizer que,  ...
Citar
se trata de otra lengua distinta del portugués. Con semejanzas, pero distinta
.. não será esta uma tese isolacionista!? É só uma pergunta, não se ofenda...

E conforme disse Ramon Pedrayo no Parlamento espanhol:
Citar
"Galicia tanto etnográfica como xeograficamente, e desde o aspecto lingüístico, é unha prologación de Portugal; ou Portugal unnha prolongación de Galicia, tanto dá"


Só por curiosidade a familia que fugiu da Galiza e deu origem a um dos expoentes máximos da nossa cultura tinha o sobrenome de Camões...

Saudinha.
Portugal sempre e Galiza enxebre e ceibe.
Título:
Enviado por: Paisano em Janeiro 15, 2005, 03:49:08 pm
Citação de: "manuel liste"
Citação de: "Paisano"
Prezado manuel liste,

Você é integracionista ou isolacionista?

Um abraço.

Mmm... siempre integracionista!  :D

Citação de: "Viriato"
Por fim se está a dizer que,  ...
Citar
se trata de otra lengua distinta del portugués. Con semejanzas, pero distinta
.. não será esta uma tese isolacionista!? É só uma pergunta, não se ofenda...


Prezado manuel liste, creio que o Viriato tem razão.
Título:
Enviado por: manuel liste em Janeiro 16, 2005, 03:05:24 am
Citar
Com isto não estou a defender que o Português é superior ao Galego ou vice-versa. Estou a dizer que são a mesma coisa. Dizer Galego, Português ou Galego-Português deveria ser o mesmo

Pois lamento decirlle que non son o mesmo. A língua portuguesa endexamais foi a fala de Galicia, nin vexo a razón pola cal os galegos debamos transformar a nosa língua en outra que non é a nosa. Como dixen antes, en Galicia non entendemos a língua portuguesa falada de forma doada. Esa é unha boa sinal que está a indicar que non é cuestión de dialectos, senon dunhas diferencias máis profundas.

As opinións que puso son respetábeis (algo antigas), pero cecáis tamén podería poñer algunhas das moitas contrarias a ese punto de vista que existen, que son a inmensa maioría nesta terra. A anécdota non fai categoría. Por exemplo:

Citar
"Galiza considera o português como o galego nacionalizado e modernizado.""Enquanto viver o português, o galego não morrera(...) ou é que ainda ha quem pense, possuindo alguma cultura, que o nosso idioma vernaculo e o idioma de Portugal não são um e o mesmo, com identica sintaxe e identico léxico, salvo pequenas diferenças de morfologia, ortograficas e prosodias.""A unificação do galego e do português é tão facil, senão mais, que a realizada por flamengos e holandeses com o seu idioma comum".

O párrafo anterior non é unha língua propia de Galicia. Aquí ninguén fala nesa língua que supoño semellante á portuguesa, con todo o respeto.

Doutro lado, tampouco vexo a lóxica da afirmación "o galego e o portugués debería ser o mesmo". ¿Por qué deberían ser iguais dúas línguas diferentes? Non se preocupe, non seremos nós os que digamos ós portugueses a língua que deben de falar.

Eu reitero: veñan a esta terra, paseen polas súas rúas e escoiten falar á xente. E logo opinen se é un dialecto do portugués.


Citar
Infelizmente o processo de aproximação acabou abruptamente na decada de trinta com cerca de 17 mil mortos na Galiza e agora é muito dificil recomeçar tudo de novo

O proceso de aproximación cultural e comercial está agora mesmo en bó camiño. Pero non pida imposibles como que deixemos de falar a nosa língua. A converxencia entre o galego e o portugués nunca estivo cercana, nin antes nin despois da guerra civil de 1936.

Se en mil anos o galego non foi suplantado polo castelán, imaxine as posibilidades de que o sexa polo portugués, unha língua que respeto moito por outro lado.

Citar
Quanto à RAG, não foi a norma deles classificada como "castrapo" ou lingua de trapos por causa da castelhanização que fizeram do Galego?

Non o comprendo. Non comprendo a súa forma de facer crítica de institucións alleas sobre asuntos que non son da súa competencia. O que a RAG non pode facer é transformar o galego en portugués, e non o pode facer porque entón ningún galego-falante faríalle caso. A língua galega é o que é non polo que diga a RAG, senon pola súa auto-afirmación o traverso dos seus escritores e falantes. A RAG limítase a seguir á xente, o pobo que fala na súa língua sen imposicións de ninguén, e moito menos do extranxeiro.

Citar
.. não será esta uma tese isolacionista!? É só uma pergunta, não se ofenda...

Non me ofendo en absoluto, mais eu non poño etiquetas ou adxectivos a miña postura, que é a común e sabida nesta terra pola inmensa maioría. Se me dixera "isolacionista" levaría impricado unha vontada de illamento, que nada máis lonxe da miña vontade. A miña opinión é a xeral da xente aquí, polo tanto podería chamala "opinión xeral" se quere denominada dunha forma que poida catalogala.

Citar
Portugal sempre e Galiza enxebre e ceibe

Galicia é enxebre e ceibe dende fai moito, gracias pola interese. ¿todo ben en Portugal?  :roll:


Citar
Prezado manuel liste, creio que o Viriato tem razão


Estimado Paisano: o Viriato non é quen de dicirme a mín cal é o idioma en que escreben os meus paisanos mais eu. Esa é a razón que a miña lóxica pode entender, ¿non é?.
Título:
Enviado por: emarques em Janeiro 17, 2005, 02:03:21 am
Citação de: "manuel liste"
Como dixen antes, en Galicia non entendemos a língua portuguesa falada de forma doada.
Dizer que se a pronúncia é diferente isso significa que as línguas são diferentes é extremente discutível. Um português do continente normalmente tem dificuldade em perceber a pronúncia açoreana. Em geral, um brasileiro tem alguma dificuldade em comprender um português. E no entanto, todos falamos a mesma língua.
Citar
Eu reitero: veñan a esta terra, paseen polas súas rúas e escoiten falar á xente. E logo opinen se é un dialecto do portugués.

Sem estar a dizer que o galego é um dialecto do português (que não é), dê um passeio pelo interior minhoto, ou por Trás-os-Montes, e ouça falar as pessoas. E depois venha-me dizer se a fala é muito diferente do galego. :P
Título:
Enviado por: manuel liste em Janeiro 17, 2005, 10:35:10 am
Citação de: "emarques"
Dizer que se a pronúncia é diferente isso significa que as línguas são diferentes é extremente discutível. Um português do continente normalmente tem dificuldade em perceber a pronúncia açoreana. Em geral, um brasileiro tem alguma dificuldade em comprender um português. E no entanto, todos falamos a mesma língua.

Non o sabía, paréceme curioso e interesante. Pero a mesma regra valería para a fala castelá, que tamén ten semexanzas coa galega, e nembargantes ninguén pode afirmar que galego e castelán sexan o mesmo.

Por descontado que hai modismos e variedades rexionais en todas as línguas, por elo deberíanse comparar as diferenzas da fala culta de cada lugar. Se hai dificultades de comprensión tamén na fala culta é indicativo de que se está ante algo máis que unha variabilidade dialectal.

O feito é que a fala culta portuguesa ten xiros e verbas moi distintas ás galegas, ainda que tamén é certo que a podemos entender cunha pouca boa vontade do que fala e do que escoita  :lol:

Citar
Sem estar a dizer que o galego é um dialecto do português (que não é), dê um passeio pelo interior minhoto, ou por Trás-os-Montes, e ouça falar as pessoas. E depois venha-me dizer se a fala é muito diferente do galego


É probábel, debería comprobalo. Tampouco teño unha especial interese en remarcar o que nos está a separar, por mín a ensinanza da língua portuguesa debería ser unha opción na escola pública para que calquera galego poida moverse con soltura polo seu país (non exclúo ó resto de españois).

Como xa dixen, eu son partidario do intercambio de ideas e miro con simpatía a Portugal, doutra forma non participaría neste foro.

Cumprimentos
Título: Re: Opinión
Enviado por: nestor em Janeiro 22, 2005, 02:59:47 pm
Citar
Como todos sabemos, o galego e o portugués proveñen da mesma orixe latina, e que co tempo foi dando lugar ó primitivo galego, lingua de corte durante toda a Alta Idade Media.

Pero es que el castellano tambien tiene su origen en el latin:

GONZALO DE BERCEO
(1198?-1274?)

--------------------------------------------------------------------------------

MILAGROS DE NUESTRA SEÑORA
INTRODUCCIÓN
Amigos e vasallos de Dios omnipotent,
si vos me escuchásedes por vuestro cosiment,
querríavos contar un buen aveniment:
terrédeslo en cabo por bueno verament..
 Yo, maestro Gonzalo de Berceo nomnado,
yendo en romería caeci en un prado
verde e bien sencido, de flores bien poblado,
logar cobdiciaduero para omne cansado.

 Daban olor sobeio las flores bien olientes,
refrescaban en omne las caras e las mientes,
manaban cada canto fuentes claras corrientes,
en verano bien frías, en ivierno calientes.

 Habíe hi grand abondo de buenas arboledas,
milgranos e figueras, peros e manzanedas,
e muchas otras fructas de diversas monedas;
mas non habíe ningunas podridas nin acedas.

 La verdura del prado, la olor de las flores,
las sombras de los árboles de temprados sabores
refrescáronme todo, e perdí los sudores:
podrie vevir el omne con aquellos olores.

 Nuncua trové en sieglo logar tan deleitoso,
nin sombra tan temprada, ni olor tan sabroso.
Descargué mi ropiella por yacer más vicioso,
poséme a la sombra de un árbol fermoso.

 Yaçiendo a la sombra perdí todos cuidados,
odí sonos de aves dulçes e modulados:
nuncua udieron omnes órganos más temprados,
nin que formar pudiessen sones más acordados.

 Unas teníen la quinta, e las otras doblaban,
otras tenían el punto, errar no las dejaban,
al posar, al mover todas se esperaban,
aves torpes nin roncas hi non se acostaban.

 Non seríe organista nin seríe violero,
nin giga, nin salterio, nin mano de rotero,
nin estrument, nin lengua, nin tan claro vocero,
cuyo canto valiese con esto un dinero.

 Pero que vos disiémos todas estas bondades,
non contamos las diezmas, esto bien lo creades:
que había de noblezas tantas diversidades,
que no las contaríen priores ni abades.

 El prado que vos digo había otra bondat:
por calor nin por frío non perdíe su beldat,
siempre estaba verde en su entegredat,
non perdíe la verdura por nulla tempestat.

 Man a mano que fui en tierra acostado,
de todo el lacerio fui fuego folgado:
olvidé toda cuita, el lacerio pasado:
¡Qui allí se morase seríe bien venturado!

 Los omnes e las aves cuantas acaecíen,
levaban de las flores cuantas levar queríen;
mas mengua en el prado ninguna no facíen:
por una que levaban, tres o cuatro nacíen.

 Semeja esti prado egual de paraíso,
en qui Dios tan grand gracia. tan grand bendición miso:
el que crió tal cosa, maestro fue anviso:
omne que hi morase, nuncua perdrie el viso.

 El fructo de los árboles era dulz e sabrido,
si don Adán hobiese de tal fructo comido,
de tan mala manera non seríe decibido,
nin tomaríen tal daño Eva ni so marìdo.

 Senores e amigos, lo que dicho habemos
palabra es oscura, exponerla queremos:
tolgamos la corteza, al meollo entremos,
prendamos lo de dentro, lo de fuera dejemos.

 Todos cuantos vevimos que en piedes andamos.
si quiere en presión o en lecho yagamos,
todos somos romeos que camino andamos:
San Peidro lo diz esto, por él vos probamos.

 Cuando aquí vivimos, en ajeno moramos;
la ficanza durable suso la esperamos,
la nuestra romería estonz la acabamos
cuando a paraíso las almas enviamos.

 En esta romería habemos un buen prado,
en qui trova repaire tot romeo cansado,
la Virgin Gloriosa, madre del buen criado,
del cual ninguno egual non fue trovado.

 Esti prado fue siempre verde en onestat,
ca nunca hobo mácula la su virginidat,
post partum et in partu fue Virgin de verdat,
illesa, incorrupta en su entegredat.

 Las cuatro fuentes claras que del prado manaban,
los cuatro Evangelios eso significaban,
ca los evangelistas cuatro que los dictaban,
cuando los escribíen con ella se fablaban.

 Cuanto escribíen ellos, ella lo emendaba,
eso era bien firme, lo que ella laudaba:
parece que el riego todo della manaba,
cuando a menos della nada non se guiaba.

 La sombra de los árboles, buena, dulz e sanía,
en qui habe repaire toda la romería,
si son las oraciones que faz Santa María,
que por los pecadores ruega noch e día.

 Cuantos que son en mundo justos e pecadores,
coronados e legos, reis e emperadores,
allí corremos todos vasallos e señores,
todos a la su sombra imos coger las flores.

 Los arbores que facen sombra dulz e donosa
son los santos miraclos que faz la Gloriosa,
ca son mucho más dulces que az&uacutecar sabrosa,
la que dan al enfermo en la cuita rabiosa.

 Las aves que organan cntre esos fructales
que han las dulçes voces, dicen cantos leales,
estos son Agustín, Gregorio, otros tales,
cuantos que escribieron los sos fechos reales.

 Estos habíen con ella amor e atenencia,
en laudar los son fechos metíen toda femencìa,
todos fablaban della, cascuno su sentencìa;
pero teníen por todo todos una creencia.

 E1 roseñor que canta Por fina maestría,
siquiere la calandria que faz grand melodía,
mucho cantó mejor el varón Isaía,
e los otros protefas, honrada compañía.

 Cantaron los apóstoles muedo muy natural,
confesores e mártires facíen bien otro tal,
las vírgines siguieron la grand Madre caudal,
cantan delante della canto bien festival.

 Por todas las eglesias, esto es cada día,
cantan laudes antella toda la clerecía;
todos li facen cort a la Virgo María:
estos son roseñoles de gran placentería.

 Tornemos ennas flores que componen el prado,
que lo facen fermoso, apuesto e temprado:
las flores son los nomnes que li da el dictado
a la Virgo María, madre del buen criado.

 La bendicta Virgen es estrella clamada,
estrella de los mares, guiona deseada,
es de los marineros en las cuitas guardada,
ca cuando csa veden, es la nave guiada.

 Es clamada, e eslo, de los cielos reina,
tiemplo de Jesucristo, estrella matutina,
Señora natural, piadosa vecina,
de cuerpos e de almas salud e medicina.

 Ella es vellocino, que fue de Gedeón,
en qui vino la pluvia, una grand visión:
ella es dicha fonda de David el varón,
con la cual confondió al gigant tan fellón.

 Ella es dicha fuent de qui todos bebemos,
ella nos dio el cebo de qui todos comemos,
ella es dicha puerto a quì todos corremos
e puerta por la cual entrada atendemos.

 Ella es dicha puerta, en sí, bien encerrada,
pora nos es abierta, pora darnos entrada;
ella es la palomba de fiel bien esmerada,
en qui no cae ira, siempre está pagada.

 Ella con grand derecho es clamada Sión,
ca es nuestra talaya, nuestra defensìón;
ella es dicha trono del rey Salomón,
rey de grand justicia, sabio por mirazón.

 Non es nomne ninguno que bien derecho venga,
que en alguna guisa a ella non avenga;
non a tal que raíz en ella no la tenga,
nin Sancho nin Domingo, nin Sancha nin Domenga.

 Es dicha vid es una, almendra, malgranada
que de granos de gracia está toda calcada;
oliva, cedro, bálsamo, palma bien aiumada,
piértaga en que sovo la serpiente alzada.

 El fust de Moìsés eña mano portada
que confondió los sabios que Faraón preciaba,
el que los abrió los mares e después los cerraba
si non a la Gloriosa, al non signìficaba.

 Si metiéremos mientes en ell otro bastón
que partió la contienda que fue por Aarón,
al no significaba, como diz la lectión
si non a la Gloriosa, esto bien con razón.

 Señores e amigos, en vano contendemos,
entramos en grand pozo, fondo nol trovaremos;
más seríen los sus nomnes quc nos della leemos
que las flores de1 campo del m&uacutes grand que sabemos.

 Desuso lo disiemos que eran los fructales,
en qui facien las aves los cantos generales
los sus sanctos miraclos grandes e principales,
los cuales organamos eñas fiestas caubdales.

 Quiero dejar con tanto las aves cantadores,
las sombras e las aguas, las devant dichas flores:
quiero destos fructales, tan plenos de dulzores,
fer unos pocos viesos, amigos e señores.

 Quiero en estos arbores un ratìello sobir,
e de los miraclos algunos escribir,
la Gloriosa me guíe que lo pueda complir,
ca yo non me trevría en ello a venir.

 Terrélo por miráculo que lo faz la Gloriosa
si guiarme quiere a mí en esta cosa:
Madre plena de gracìa, Reina poderosa,
tú me guía en ello, ca eres piadosa.

 En España cobdicio de luego empezar:
en Toledo la magna, un famado logar,
ca non sé de cuál cabo empiece a contar,
ca son más que arenas en riba de la mar.


Se puede consultar esta pagina sobre el origen del castellano:

http://www.ucm.es/info/circulo/no2/alvarez.htm

Su origen se establece a los pies de la Cordillera Cantabrica y al norte de Burgos.

Y aqui podemos ver El Libro del Buen Amor escrito por el Arcipreste de Hita, Juan Ruiz:
http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/24661685545133385754491/p0000001.htm#5

Citar
Aquí diso de cómo el arçipreste rogó a Dios, que le diese graçia que podiese faser este libro.
                     Dios Padre, Dios Fijo, Dios Spíritu Santo: 11                      
 El que naçió de la Virgen, esfuerço nos dé tanto,  
 que siempre lo loemos en prosa et en canto,  
 sea de nuestras almas cobertura et manto.  
 El que fiso el çielo, la tierra, et el mar, 12  
 Él me done su graçia, e me quiera alumbrar,  
 que pueda de cantares un librete rimar,  
 que los que lo oyeren, puedan solás tomar.  
 Tú, Señor Dios mío, qu'el omen crieste, 13  
 enforma e ayuda a mí, el tu açipreste,  
 que pueda faser un libro de buen amor aqueste,  
 que los cuerpos alegre, e a las almas preste.  
 Si queredes, señores, oír un buen solás, 14  
 escuchad el romanse, sosegad vos en pas,  
 non vos diré mentira en quanto en él yas',  
 ca por todo el mundo se usa et se fas'.  
 Et porque mejor de todos sea escuchado, 15  
 fablarvos he por trobas e cuento rimado:  
 es un desir fermoso e saber sin pecado,  
 razón más plasentera, fablar más apostado.  
 Non tengades que es libro neçio de devaneo, 16  
 nin creades que es chufa algo que en él leo,  
 ca segund buen dinero yase en vil correo,  
 ansí en feo libro está saber non feo.  
 El axenús de fuera más negro es que caldera, 17  
 es de dentro muy blanco, más que la peñavera,  
 blanca farina está so negra cobertera,  
 azúcar negro e blanco está en vil cañavera.  
 Sobre la espina está la noble rosa flor, 18  
 en fea letra está saber de grand doctor;  
 como so mala capa yase buen bebedor,  
 ansí so el mal tabardo está buen amor.  
 Et porque de todo bien es comienço e raís 19  
 la Virgen Santa María, por ende yo, Juan Roís,  
 açipreste de Fita, d'ella primero fis'  
 cantar de los sus gosos siete que ansí dis'.


Saludos.
Título:
Enviado por: emarques em Janeiro 22, 2005, 08:00:57 pm
Sim, o castelhano tem origem no latim. Tal como o francês, o italiano, o catalão, o romeno, o siciliano, o romanche... Isso não impede que algumas delas tenham mais semelhanças que outras. Eu acho que não percebo grande coisa de romeno, por muito latina que a língua seja...
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 22, 2005, 09:44:33 pm
Citação de: "manuel liste"
Como xa dixen, eu son partidario do intercambio de ideas e miro con simpatía a Portugal, doutra forma non participaría neste foro.

Cumprimentos


Então é um amigalhaço!  :G-beer2:
Título:
Enviado por: nestor em Janeiro 22, 2005, 11:33:54 pm
Citação de: "emarques"
Sim, o castelhano tem origem no latim. Tal como o francês, o italiano, o catalão, o romeno, o siciliano, o romanche... Isso não impede que algumas delas tenham mais semelhanças que outras. Eu acho que não percebo grande coisa de romeno, por muito latina que a língua seja...


Sin embargo yo no se hablar portugues ni gallego, pero lo entiendo casi perfectamente, cosa que no ocurre con el frances o el rumano, incluso el catalan. Y veo tambien que los portugueses no tienen ningun problema en entender el castellano que yo escribo. Eso significa que hay una gran semejanza entre estas tres lenguas, portugues, gallego y castellano, que su origen debe ser muy cercano, relativamente, en el tiempo y en el espacio geografico y que tienen mas semejanzas que diferencias.

Pero aqui lo que se pretende es establecer siempre las diferencias, no las semejanzas y lo que nos separa mas que lo que nos une, quizas en un intento de marcar las distancias con los castellanos.

Saludos.