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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Forças Aéreas/Sistemas de Armas => Tópico iniciado por: J.Ricardo em Novembro 23, 2004, 04:16:15 pm

Título: Programa FX adiado... de novo!
Enviado por: J.Ricardo em Novembro 23, 2004, 04:16:15 pm
Licitação para a compra de caças da FAB
deve ser adiada mais uma vez



Helena Chagas, Cristiane Jungblut
e Eliane Oliveira


BRASÍLIA. A polêmica licitação para compra dos novos caças da Força Aérea Brasileira (FAB) dificilmente terá seu desfecho antes do fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Diferentemente de seu antecessor José Viegas, que trabalhava numa decisão a curto prazo, o vice-presidente José Alencar, novo ministro da Defesa, disse ontem que o governo não tem pressa e está disposto a esperar até três ou quatro anos pelo desenvolvimento de nova tecnologia para os aviões.

Ontem, a compra dos caças foi um dos temas da conversa de Lula com o presidente russo, Vladimir Putin. Os russos querem vender ao país os caças Sukhoi. O valor da licitação da FAB para a compra dos novos caças é de US$ 700 milhões.

-- Nesse setor, a tecnologia se desenvolve muito rapidamente. Se comprarmos os caças agora, teremos que esperar ainda algum tempo até que eles sejam entregues. E aí, corremos o risco de receber aviões já defasados -- disse Alencar, que participou de almoço no Itamaraty em homenagem a Putin.

Alencar informou que não há ainda decisão fechada de governo a esse respeito, admitindo que Lula pode se decidir pela compra. Mas deixou claro que, se depender de sua opinião, o governo vai esperar um pouco mais para escolher. Entre os cinco grupos que disputam o negócio estão a americana Lockheed Martin, com o F-16; o consórcio franco-brasileiro Dassault/Embraer com o Mirage 2000 BR; o russo Sukhoi; além do consórcio sueco-inglês, com o Gripen. A licitação prevê a compra de pelo menos 12 caças.

Pouco antes de assumir a Defesa, Alencar esteve na Rússia e visitou a Sukhoi:

-- É um avião muito bom. Mas podemos esperar. Isto é um assunto que envolve um exame técnico apurado. Então isso está se desenvolvendo, e a própria política de investimento também será levada em conta.

Já o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o presidente Putin procurou mostrar as vantagens dos caças russos ao presidente Lula. Representantes dos caças Sukhoi participaram do almoço.

-- Os nossos caças são muito bons -- disse Putin várias vezes, segundo Amorim.
Alencar confirmou que Putin procurou falar sobre as vantagens dos Sukhoi:
-- O presidente Putin fez uma reunião de elevado nível. Vamos ter um estreitamento que vale a pena para ambos os países porque há uma sinergia natural entre o Brasil e a Rússia.

O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, estava presente quando Putin iniciou a conversa sobre os caças. Segundo Garcia, o presidente russo fez breve comentário sobre o tema, destacando que gostaria de agradecer a Lula a possibilidade de seu país participar da concorrência:

-- Putin falou sobre o assunto durante 30 segundos e ouviu do presidente que não há qualquer decisão do governo brasileiro a respeito. Ou seja, este ano, pelo menos, não sai nada.
Título:
Enviado por: ALX em Novembro 23, 2004, 10:28:44 pm
Não sei por que, mas eu não me surpreendo...
Mais um pouco e programa (novela) FX completa 10 anos! :sil:
Título:
Enviado por: fgomes em Novembro 23, 2004, 11:12:54 pm
Parece a nossa novela para aquisição de novos submarinos !
Felizmente a nossa novela teve um final feliz !
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Novembro 24, 2004, 03:39:01 pm
Orçamento não prevê verbas para compra de caças

Eliane Oliveira

BRASÍLIA. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, ajudou ontem a dissipar qualquer dúvida a respeito da disposição do governo de adiar a licitação para a compra de novos caças da Força Aérea Brasileira (FAB). Depois de o ministro da Defesa e vice-presidente, José Alencar, ter afirmado que não há pressa para a aquisição das aeronaves e que o processo poderia levar até quatro anos, Furlan lembrou o Orçamento.

-- Não há previsão no deste ano e, por enquanto, a compra também não está prevista no do ano que vem -- afirmou o ministro do Desenvolvimento.


Crédito extraordinário precisa de aprovação


Segundo técnicos do governo que trabalham na área orçamentária, qualquer despesa pública, mesmo sendo um financiamento externo, tem que estar expressa no Orçamento. Esses técnicos esclareceram, entretanto, que se a União decidir efetuar a compra e a operação não estiver devidamente prevista, a saída é abrir um crédito extraordinário, que precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional. O valor da licitação da FAB é estimado em cerca de US$ 700 milhões para a compra de pelo menos 12 caças.

A compra dos caças foi um dos temas da conversa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com seu colega russo, Vladimir Putin. Quando o visitante fez um rápido comentário sobre a licitação -- seu país quer vender ao Brasil os caças Sukhoi -- Lula reafirmou que não há intenção de o governo brasileiro tomar uma decisão a curto prazo.

Alencar informou que não há ainda decisão fechada a esse respeito, admitindo que Lula pode se decidir pela compra. Mas ratificou que, se depender de sua opinião, o governo vai esperar um pouco mais para escolher. Entre os cinco grupos que disputam o negócio estão a americana Lockheed Martin, com o F-16; o consórcio franco-brasileiro Dassault/Embraer com o Mirage 2000 BR; o russo Sukhoi; além do consórcio sueco-inglês, com o Gripen. A licitação prevê a compra de pelo menos 12 caças.


Quatro consórcios disputam concorrência


Pouco antes de assumir a Defesa, Alencar esteve na Rússia e visitou a Sukhoi:
-- É um avião muito bom. Mas podemos esperar. Isto é um assunto que envolve um exame técnico apurado. Então isso está se desenvolvendo, e a própria política de investimento também será levada em conta.

Além dos russos, disputam a preferência do governo brasileiro a americana Lockheed Martin, com o F-16; o consórcio franco-brasileiro Dassault/Embraer com o Mirage 2000 BR; e o consórcio sueco-inglês, com o Gripen.
Título:
Enviado por: Paisano em Novembro 24, 2004, 06:20:59 pm
Papo furado :evil:  :evil:
Título: Re: Programa FX adiado... de novo!
Enviado por: emarques em Novembro 24, 2004, 06:30:35 pm
Citação de: "João Ricardo"
Nesse setor, a tecnologia se desenvolve muito rapidamente. Se comprarmos os caças agora, teremos que esperar ainda algum tempo até que eles sejam entregues. E aí, corremos o risco de receber aviões já defasados -- disse Alencar, que participou de almoço no Itamaraty em homenagem a Putin.


Adoro este argumento. :mrgreen:
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Novembro 30, 2004, 08:13:04 pm
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RAC MiG a Grande Vencedora do F-X

    Circula em Brasília a afirmação jocosa que a grande vencedora do F-X foi a RAC MiG. Com uma posição "Low Profile" e sem investir em marketing e poderosos lobbies a RAC MiG minimizou as suas perdas.


Tem que rir :sil:
Título:
Enviado por: Paisano em Dezembro 11, 2004, 02:23:58 am
No momento em que o País busca reativar a indústria bélica, os EUA negam tecnologia ao Brasil e tentam interferir na compra dos caças da FAB

Mário Simas Filho
Colaborou: Eduardo Hollanda (DF)


Ainda este ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá convocar uma reunião do Conselho de Defesa Nacional (CDN) para ajustar a sintonia de um importante plano estratégico para o País. Trata-se de um projeto para retomar a capacidade competitiva da indústria bélica nacional, sucateada nos últimos 20 anos. O projeto, batizado de Política Nacional da Indústria de Defesa (PNID), será divulgado oficialmente no primeiro semestre do ano que vem, com um investimento inicial de aproximadamente R$ 3 bilhões. A palavra de ordem para nortear todas as ações da PNID é transferência tecnológica. Nesse cenário serão desenvolvidas as ações para o reequipamento das Forças Armadas, inclusive o projeto FX, que prevê a compra de 12 ou mais caças supersônicos para substituir os antigos Mirage III da Força Aérea Brasileira (FAB). “É urgente a compra desses aviões, pois os nossos não têm mais condições de voar”, tem dito com frequência o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno.

A licitação para a compra dos caças foi aberta pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em 2 de janeiro de 2003, no seu segundo dia de governo, Lula anunciou que o processo seria interrompido, mas em outubro retomou a licitação. Até agora, porém, o governo não chegou a um consenso sobre qual avião comprar – participam da disputa os russos com o Sukhoi Su-35 e o Mig-29, os EUA com o F-16, a Suécia e o Reino Unido com o Gripen JAS-39 e os franceses, parceiros da brasileira Embraer, com o Mirage 2000-5 BR – e o prazo de validade das propostas vence no final deste ano. Pautado pelo interesse da transferência tecnológica e do desenvolvimento da empresa nacional, o presidente Lula, de comum acordo com oficiais da FAB, parlamentares e diversos ministros membros do CDN, fez a opção pelo Mirage. Tentou obter a unanimidade do Conselho de Defesa Nacional, mas não conseguiu. “Se houver divergências em um processo como esse poderá haver um tiroteio desagradável”, disse o presidente a um interlocutor militar, há cerca de três meses. O maior obstáculo para a unanimidade era o ex-ministro da Defesa José Viegas, que, nos bastidores, regia o coro dos favoráveis à compra do avião russo, muitos deles da própria FAB. Quando Viegas deixou o Ministério, Lula fez uma nova sondagem no CDN e constatou que havia um forte movimento em favor do Gripen, o que inviabilizou o anúncio da compra dos novos caças.

Briga antiga – Oficiais da Aeronáutica afirmam que ainda no governo de FHC houve uma enorme pressão, inclusive com interesses dos Estados Unidos, para que o Brasil comprasse o Gripen. Fernando Henrique não cedeu, mas também não a enfrentou. Deixou o abacaxi para o sucessor descascar. Essas mesmas forças é que voltaram a atuar nos últimos meses, agora com novos interlocutores. Apesar de ser apresentado como um avião feito pela Suécia e pelo Reino Unido, o Gripen possui diversos componentes americanos, inclusive mísseis, radares e processadores. E não é segredo para ninguém que os Estados Unidos não têm o menor interesse em transferir tecnologia, especialmente nessa área. Documentos obtidos por ISTOÉ comprovam isso. Para que empresas americanas possam transferir tecnologia militar a outros países, é necessário que obtenham a autorização do Escritório de Controle de Negócios de Defesa, no Departamento de Estado dos Estados Unidos. Recentemente, duas autorizações envolvendo o Brasil foram negadas. Uma delas se refere a um míssil anti-radiação, capaz de localizar o alvo através do calor. No documento do Departamento de Estado dos EUA em resposta à empresa, a mensagem vem sem rodeios: “Mísseis anti-radiação têm uma significativa capacidade de combate. A introdução dessa capacidade na região da América Latina é incompatível com os interesses da segurança nacional dos Estados Unidos.” O segundo pedido refere-se à tecnologia anti-radar, o que permite a seu portador escapar dos aviões adversários. “Esta tecnologia excede o nível de capacidade aprovado para o Brasil”, registra o documento do governo americano.

Por trás da disputa entre Mirage e Gripen está uma velha briga que já teve o Brasil como palco na ocasião da compra dos equipamentos para o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). O processador – coração do avião, responsável pelo comando dos sistemas de armas e de radares – do Gripen é americano, produzido pela Raytheon, a mesma empresa que forneceu os radares do Sivam. No Mirage, o processador é fabricado pela Thales, antiga Thonson, que perdeu a disputa no projeto Sivam. “Os americanos já têm ingerência nos radares da Amazônia, não passaram tecnologia e não podemos, agora, cair na mesma armadilha com os aviões”, diz um membro do Conselho de Defesa Nacional. “O fato do Gripen ser mais barato não pode nos obrigar a abrir mão da transferência tecnológica.” Na parceria com a Embraer, os franceses asseguram toda transferência de tecnologia, o que permitirá ao Brasil montar um sistema de armas independente, inclusive envolvendo a Avibrás, empresa nacional que detém tecnologia de ponta na fabricação de mísseis. Além disso, a Embraer poderá alçar vôos mais altos. “Com a tecnologia supersônica poderemos apostar na construção de aviões comerciais ainda mais competitivos do que os EMB 170 e EMB 190”, diz Maurício Botelho, presidente da Embraer.

Sem licitação – Se até o final do ano o governo não conseguir construir a unanimidade no CDN, o presidente Lula poderá, no ano que vem, fazer a compra sem licitação, o que é permitido por lei, uma vez que se trata de equipamentos de segurança nacional. Será, portanto, o momento privilegiado para incrementar a PNID. No Ministério da Defesa, já se costura a possibilidade de, uma vez livre da licitação, o Brasil comprar um avião mais moderno do que os oferecidos até agora. Nesse caso, a menina-dos-olhos da FAB é o francês Rafale. “Precisamos contar com o que há de mais moderno e com a garantia de que haverá transferência de tecnologia para a indústria nacional”, disse o vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar. Seja Rafale, seja outro avião equivalente, o desafio é saber se o governo irá enfrentar a pressão dos Estados Unidos, pois os americanos já estão irritadíssimos com a pretensão da Venezuela de modernizar sua Força Aérea com caças russos.

Fonte: www.istoe.com.br (http://www.istoe.com.br)
Título:
Enviado por: Spectral em Dezembro 11, 2004, 12:51:42 pm
Rafale's hem  :wink: Os franceses estão desesperados por começar a vendê-los e devem vir com uma proposta generosa ...

E já agora, esse artigo não mencionou que uma das partes mais importantes de um avião moderno, o motor, no caso do Gripen também é americano fabricado sob licença (F-404)...
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Enviado por: ALX em Dezembro 11, 2004, 11:26:52 pm
A revista IstoÉ é famosa no Brasil por ser, na verdade, uma grande publicidade. Ela é toda vendida! :G-deal:
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Enviado por: Paisano em Fevereiro 24, 2005, 12:47:38 pm
Brasil negocia compra de caças usados

Fonte: www.defesanet.com.br (http://www.defesanet.com.br)

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A FAB poupará US$ 750 milhões orçados para aviões novos

O Brasil deve anunciar até abril a compra de caças usados para substituírem os Mirage III. A licitação para a compra de novos supersônicos - o chamado Programa F-X - está sepultada. Os cinco concorrentes começaram a receber ontem uma carta do comando da Aeronáutica declarando encerrado o projeto.

- Começou a guerra de oferta de aviões usados - anunciou um integrante do comando da Aeronáutica.

A compra de aviões de segunda linha é solução emergencial. No final do ano, os Mirage precisam ser retirados de operação.

Com o fim da licitação, o governo brasileiro não precisará desembolsar US$ 750 milhões. Uma opção mais barata começou a ganhar força dentro do governo no ano passado, conforme revelou Zero Hora. A Aeronáutica está disposta a pagar entre US$ 4 milhões e US$ 5 milhões por aeronave. Um lote com até 18 aviões custaria cerca de US$ 90 milhões, alternativa mais econômica. O preço médio dos aviões oferecidos pelos cinco consórcios que participavam do Programa F-X era de US$ 40 milhões.

- É uma opção mais pé no chão diante da realidade brasileira. Não estamos preocupados com luxo. O avião precisa ter apenas um bom radar e capacidade de lançar mísseis de longo alcance - diz um brigadeiro envolvido nas negociações.

O Brasil estuda adquirir caças F-16 da Holanda, da Dinamarca ou da Bélgica, países com excedente de aeronaves. Além dos F-16, disputam a primazia do negócio o Kfir C-10, de Israel, e o Cheetah, da África do Sul, além dos Mirage 2000 C da França ou dos Emirados Árabes. A aeronave participou da Cruzex - exercício que envolveu a FAB, a força aérea da França e de países da América Latina em Natal (RN) no fim do ano passado - e foi testada pelos pilotos brasileiros.

As maiores chances recaem sobre os F-16 da Holanda, versão modernizada do modelo originário dos EUA. Têm ainda vida útil de 20 anos. O Brasil negocia a compra de mísseis ar-ar para as aeronaves. Estão na lista os R-Darter (África do Sul), Derby (Israel) e Mica (França). Não está descartada adiante uma licitação para ter acesso a uma nova geração de supersônicos como o francês Rafale.

Para o especialista militar Nelson Düring, editor do site www.defesanet.com.br (http://www.defesanet.com.br), mesmo com os caças do Programa F-X, seria necessária uma solução tampão, já que essas aeronaves só seriam entregues em quatro anos e o espaço aéreo brasileiro não poderia ficar descoberto.

- A questão é emergencial, mas temos de ter cuidado para não comprar uma sucata voadora - alerta.
Título:
Enviado por: ALX em Fevereiro 24, 2005, 05:30:28 pm
Já que é para comprar caças usados, que se comprem F-5's e que os modernizem!
Título:
Enviado por: papatango em Fevereiro 25, 2005, 07:29:56 pm
Eu acho que se o Brasil ficar com F-16 segundo o padrão MLU, isso sería muito bom. O problema é a questão dos armamentos.

Será possível equipar os MLU com misseis que não o AMRAAM, embora isso envolva custos adicionais.

Também há a questão dos reabastecedores. O ponto negativo do F-16 é a sua reduzida autonomia, o que num país como o Brasil, fica muito Complicado. Um F-16 não consegue chegar à fronteira (vindo de Brasilia). Pelo que sei, o equipamento de reabastecimento em vôo dos Hercules tem que ser alterado, e há vários problemas com esses sistemas. Sem F-16 com possibilidade de reabastecimento em vôo, os F-16 só vão poder evitar que Brasilia caia em mão dos Mineiros ou dos Baianos

Cumprimentos
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Fevereiro 25, 2005, 08:54:50 pm
Do jeito que a coisa anda, os F-16 estão bons demais.

Citar
O ponto negativo do F-16 é a sua reduzida autonomia, o que num país como o Brasil, fica muito Complicado. Um F-16 não consegue chegar à fronteira (vindo de Brasilia)


Quanto a isso não vejo muitos problemas, os F-16 só necessitariam voar de Brasilia para interceptar um caça em caso de ataque supreza, coisa que nos dias de hoje é praticamento impossível, em caso de conflito na fronteria eles poderiam ser remanejados para bases mais próximas, agora se o ataque for de uma portência como os EUA, é mais fácil deixa-los no chão mesmo, tanto faz se ficarem em Brasilia ou não, eles serão destruídos mesmo!!! :lol:
Título:
Enviado por: papatango em Fevereiro 25, 2005, 09:10:56 pm
Esse problema não é exclusivo do Brasil

Grande parte dos países do mundo, não poderiam fazer voar os seus aviões.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Paisano em Março 03, 2005, 11:02:04 pm
FAB Pós-Cancelamento Programa F-X

Fonte: www.defesanet.com.br (http://www.defesanet.com.br)

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Entrevista com Tenente-Brigadeiro-do-Ar José Carlos Pereira, Comandante do Comando-Geral do Ar (COMGAR), da Força Aérea Brasileira.

Defesanet: Quais aviões estão sendo analisados em substituição ao cancelamento do Programa F-X BR?

Brig. J. Carlos:  A força Aérea Francesa tem aviões usados Mirage 2000, os Emirados Árabes e outros países, os F-16 estão sobrando na Europa, tem também nos Estados Unidos, existe Sukhoi 27 também sobrando da Rússia, existe o Kfir, da Reserva de Guerra de Israel, o Cheetah, da África do Sul, e o nosso F-5, que muitos países estão oferecendo . E daí que vai sair e acho que vai sair rápido.

Defesanet: Com o encerramento do Programa F-X BR, quais as alternativas?

Brig. J. Carlos: É possível dar um retardo na desativação dos Mirage III, é possível fazer outras combinações, mas é necessária uma tomada de decisão rápida (compra de um avião usado) .

Eu acredito, que num mês ou dois no máximo, essa decisão tenha que estar tomada. Olha, eu acho que vamos tomar uma decisão tranqüila, muito mais econômica do que se poderia imaginar e uma solução transitória.

Transitória de quanto tempo:  é difícil responder - dois, três, quatro anos, no máximo - Não mais do que 4 anos.

Defesanet:  Embora esse avião consiga operar por um período maior, em 4 anos haveria uma outra decisão?

Brig. J. Carlos: Isso. Embora possa haver um sobreposição ("over lapping"), entre eles, continuaria sendo feito um  trabalho de aquisição de um novo caça, mas sem tanta pressão, pois não haveria, como agora, uma data fatal para os aviões Mirage III pararem. Eu acho que vai dar certo.

Defesanet: Independente de que avião seja escolhido agora, o Senhor crê que será obtida uma boa solução?

Brig. J. Carlos: Nós vamos conseguir uma boa solução, solução aceitável para as condições econômicas do país, aceitável em termos de segurança aérea, segurança de vôo, não vamos colocar um material que possa afetar a segurança, um avião seguro, isso é fundamental, que dê a Força Aérea um "up grade" em algum ponto; é aquilo que digo sempre: é importante ter no nariz do avião um excelente radar e sob as asas mísseis BVR, o resto é luxo.

Os critérios para a escolha são:

Primeiro: a mais  segura, que não ofereça nenhum risco à segurança de vôo;

Segunda: a mais econômica, e a

Terceira: que atenda ao critério: um bom radar no nariz e mísseis BVR sob as asas.

Porque  comprar alguma coisa, igual ao Mirage III, que não enxerga e não faz nada..., não vale a pena.

Defesanet: O avião não necessitaria ser "multirole"( multifunção)?

Brig. J. Carlos: A função do avião seria muito mais de defesa aérea. O multirole é desejável, mas não é uma condição "si ne qua" , aí entram também outros luxos de aviões modernos, como piloto automático, em vários eixos e isso tudo é dispensável. Realmente precisamos de um excelente radar e capacidade de mísseis BVR. Com isso, a FAB dará um salto à frente, e aí sim dá para esperar uns três, quatro anos tranqüilamente, enquanto isso os outros projetos estão andando.

Defesanet: Outra solução seria deslocar  um grupo de F-5 para Anápolis(GO)?

Brig. J. Carlos: É possível sim. O F-5 BR já modernizado. Nós temos um pequeno excedente de aviões F-5. Então, no momento em que eles forem modernizados, os do esquadrão aqui do Sul e lá do Rio de Janeiro, poderão receber os aviões, e terão uma pequena sobra de aviões F-5. Esta sobra de aviões F-5 pode, eventualmente até cobrir o alerta de defesa aéreo, ali na região central. Talvez fosse necessário adquirir mais 5, 6  ou 10 aviões F-5, mas seria também um caminho. O F-5 está barato no mercado internacional. Vários países estão oferecendo aviões F-5 usados em bom estado. É também uma solução. Vamos ter que ver esse caminho.

Estaremos recebendo o primeiro F-5BR em Março, provavelmente entre os dias 15 a 18.

Defesanet: Na manobra Terral,  fomos informados de um bom desempenho dos Mirage III com os R-99A. Os Mirage III estavam conseguindo enxergar um pouco mais, embora não fosse orgânico do avião?

Brig. J . Carlos: Nós fizemos agora um exercício usando nossos Mirage III como aviões de ataque ao solo. Foi um exercício muito bom, a precisão dos aviões foi excelente. Ele ficou muito incapacitado, como avião de defesa aérea. Aí nós fizemos uma série de testes com ele, como avião de ataque, empregando armamento real, funcionou maravilhosamente.

Defesanet: Qual foi o exercício Brigadeiro?

Brig. J Carlos: Um exercício que a  FAB fez, no país inteiro, em  5 ou 6 locais (stand de tiro), simulamos a Força Aérea atacando 5 posições simultaneamente, muito distantes umas das outras, por exemplo: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Nordeste e Roraima, na mesma hora. Foi muito bonito! Um único comando central, em Brasília, comandou os ataques empregando a inclusão dos Mirage III. Foi um sucesso absoluto.

Defesanet: Podemos dizer que  o foco é integrar o futuro caça, ao conceito de operações centradas em rede?

Brig. J. Carlos: Sem dúvida nenhuma. Você não pode raciocinar sem esse tipo de integração. Veja bem: o máximo de integração no estado da arte, isso ninguém conta para ninguém, sabe como as coisas funcionam...mas nós já temos uma capacidade muito boa, muito razoável de chegar a um resultado muito bom nesse campo. Mesmo com dificuldades, nós estamos com domínio tecnológico bem razoável.

Defesanet: Os senhores. são muito seguros na informação. Boa parte do publico desconhece essas conquistas

Brig. J. Carlos: Você sabe, é que, os militares brasileiros, eu  não sei se é por questão de DNA. Acho que o nosso DNA é assim. O pessoal tem até vergonha de falar as coisas. Na verdade agora estou falando em meu nome pessoal. Nos estamos fazendo, não só defesa aérea e perseguindo traficante.  Estamos fazendo o CAN (Correio Aéreo Nacional), na Amazônia. Meu amigo, quando  recebo o relato dos meus pilotos, de aviões transportando leprosos, tuberculosos, avião sendo contaminado pelo nosso povo, povo brasileiro contaminando os  aviões da Força Aérea com suas doenças, por um lado é uma coisa chocante, mas é o trabalho que temos que fazer. Aí nós militares ficamos até com um certo receio - meu Deus, nosso povo está morrendo, precisando de coisas básicas,  tipo uma vacina contra Febre Amarela e eu estou pensando em alta tecnologia, em transmissão via datalink - não tem nada a ver uma coisa com a outra. Nós só vamos tirar o povo da miséria  quando tivermos uma tecnologia bem lá frente. Mas choca um pouco. A mim choca.

Eu digo para minha gente nós podemos fazer as duas coisas . Estamos fazendo assistência social com aviões Caravan. São aviões de  custo operacional extremamente baratos. Empregamos os nossos médicos, porque  é uma mão de obra, que já está inserida no orçamento. Estamos fazendo muita coisa.

Tecnologia é cara, mas acho que dá um retorno social grande.

O problema dos militares é esse. Veja o problema do Pará. Estamos transportando o Exército, estamos envolvidos com o Exército naquela operação. Aquela violência, problema da terra, nossos soldados, sargentos, oficiais do Exército estão lá, é um drama. Tem que manter a ordem, manter a disciplina ajudar a polícia.  

Por outro lado é um drama, tem aquela miséria, doença tropical é o estado que ficou omisso tanto tempo  por ali. Endemias todas que acontecem isso é parte de nossa guerra.

Defesanet: Qual o legado da gestão J. Carlos no Comgar?

Brig. J Carlos: No dia 31 de Julho, tiro o time de campo.  Foram quatro anos à frente do COMGAR.  Nós investimos no desenvolvimento da área de  Comando e Controle. Acho que avançamos muito na área de Comando e Controle. Hoje, se a FAB precisar liderar, comandar forças aéreas estrangeiras, inclusive forças de primeiro mundo, não haverá problema, nós temos competência para isso.

Tem pessoal treinado para isso, em condições de  comandar, mesmo uma Força Aérea avançada. Foi um salto muito grande, que nós demos. Avançamos também no campo tático. O setor de material não evoluiu muito, devido as limitações naturais do país.

Defesanet: Até Abril sai uma decisão no caça tampão ?

Brig J. Carlos: Acredito que sim. Tem de sair, os Mirage III estão parando.

Defesanet: Quais os mísseis BVR ( Beyond Visual Range- Além do alcance Visual), estão sendo analisados?

Brig. J. Carlos: São poucos os mísseis BVR, que estariam disponíveis para o Brasil . O MICA, os franceses  já ofereceram, o Derby( Israel) também foi oferecido, tem o R-Darter( África do Sul), e eu acredito que os russos também venderiam os mísseis para nós, sem nenhum problema. Aí entra a questão de custo. Esses mísseis BVR são muito parecidos entre si. A questão é a integração. Custa caro integrar esses mísseis

Defesanet: A integração poderia ter um prazo diferente da do avião?

Brig. J. Carlos: Sim. A integração teria de ser feita já no Brasil. Não necessariamente teria de ser um avião já integrado. E outra coisa esse processo de integração é questão de tecnologia. Aprenderíamos muito com esse trabalho de integração.

Defesanet: O ganho tecnológico seria nesse processo de integração míssil BVR e o radar?

Brig. J. Carlos: Sim o ganho seria no processo de integrar: a  arma, radar e o datalink, que vai comandar o míssil  BVR via radar. Nós não temos isso no momento.  Seria o grande ganho tecnológico.

Isso vale qualquer coisa. Se nós pudermos obter essa qualificação de ter um controle de um mísil  BVR, via datalink, com o radar de seu avião, isso é que interessa. O resto é perfumaria.

Defesanet: Na CRUZEX 2002 os franceses obtiveram uma grande superioridade com os MICA.

Brig. J Carlos: Temos de sair dessa fossa, e adquirir um novo patamar tecnológico.
Título:
Enviado por: Paisano em Março 10, 2005, 11:57:58 pm
FAB estuda substituir seus caças pelo francês Rafale*

Fonte: O Estado de São Paulo

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O novo caça de superioridade aérea da aviação militar brasileira pode ser o francês Rafale, o primeiro da nova geração de jatos europeus de combate a incorporar sistemas digitais. O pedido seria feito a partir de 2007, por encomenda direta, com entregas em 2010.

Dois oficiais superiores ligados ao Comando da Aeronáutica revelaram ao Estado, depois de ter acompanhado reuniões dos órgãos colegiados da FAB, que o cancelamento da concorrência FX para compra de supersônicos abriu a possibilidade de uma compra, no futuro próximo, envolvendo equipamento de tecnologia mais avançada que a atualmente disponível no mercado.

De acordo com os especialistas, o caça definitivo da aviação militar brasileira "tem grandes chances de vir a ser o francês Rafale". O caça é fabricado pela Dassault Aviation e chegaria ao País por meio da Embraer - da qual o grupo francês é acionista minoritário -, eventualmente com transferência de tecnologia e contemplando um amplo pacote de compensações comerciais.

O Rafale é um dos dois mais modernos aviões de combate da Europa. O outro é o Eurofighter, com capacidades semelhantes, mas que só poderá ser exportado depois de cumpridos os contratos com os países do consórcio financiador do projeto - Grã-Bretanha, Alemanha, Itália e Espanha.

O Rafale voou pela primeira vez em 1986. As primeiras unidades de série só começaram a ser entregues 18 anos mais tarde, em 2004. Os 12 cabeças de série custaram US$ 100 milhões cada.

Já no contrato inicial, referente a aproximadamente 60 aviões, o preço caiu para US$ 70 milhões. A Armée de L'Air e a Aviation Navale (há uma versão embarcada do supercaça) estão encomendando outros 120 caças bimotores.

O governo de Cingapura está negociando 20 unidades por US$ 1 bilhão, indicando a cotação na faixa de US$ 50 milhões a peça. A discussão da operação tem sido feita diretamente pela ministra da Defesa da França, Michele Alliot-Marie.

No Brasil, a expectativa no Comando da Aeronáutica é de que em dois anos o valor médio chegue aos US$ 40 milhões, pouco mais que o custo atual de um Mirage 2000/9.

O supercaça francês voa a 2,4 mil km/hora, leva 6 toneladas de carga de ataque (mísseis de cruzeiro, de ataque a radares e de alcance além do horizonte; bombas inteligentes e um canhão de 30 milímetros). Pode ser reabastecido em vôo e usa um radar holográfico tridimensional de alta resolução com cobertura de 100 quilômetros.

Transição

O Alto Comando decide até o fim do mês a escolha do caça, usado, que será alugado ou comprado de um fornecedor internacional para substituir os F-103 MirageIIIE/Br, usados há 32 anos pela Força Aérea Brasileira (FAB).

A revelação foi feita ao Estado pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luis Carlos Bueno. Para ele, "não convém esperar mais". Os F-103 não têm como ser mantidos. Segundo Bueno, "foi feito um mix de utilização dos motores de tal forma que todos eles chegarão ao fim da vida útil ao mesmo tempo, no fim do ano".

De acordo com o brigadeiro, há cinco ofertas de venda ou leasing, um tipo de arrendamento, em consideração. Todas especificam radares de alta performance e mísseis BVR (de alcance além do horizonte, na faixa dos 40 a 50 km). O Grupo Saab, da Suécia, oferece o aluguel de 12 unidades de seus modernos supersônicos JAS 39 Gripen, novos em folha e acompanhados de sistemas de armas eletrônicos de última geração.

O governo da África do Sul propõe um regime novo no mercado: a locação operacional de um lote de aeronaves Cheetah, versão revitalizada do mesmo MirageIII. E que a FAB vai desativar dia 31 de dezembro. Na prática, significa que os jatos viriam para o Brasil acompanhados de suporte técnico - peças, componentes e pessoal técnico, mecânicos inclusive.

As propostas mais conservadoras são as de fornecedores da França, por meio de um pacote de aviões Mirage 2000 produzidos na segunda metade dos anos 80, e dos Estados Unidos, que receberam autorização da Casa Branca para proceder à modernização de caças F-16 Falcon das séries A/B, também na faixa dos 20 anos de uso, pelos quais o governo brasileiro venha a optar.

A minuta da apresentação americana prevê transferência da tecnologia dos sistemas especificados, mas isso apenas no caso de aquisição permanente. Os técnicos militares brasileiros analisam também o KFir C10, de Israel, outra configuração do MirageIIIE.

*Roberto Godoy
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Enviado por: Paisano em Março 17, 2005, 05:38:30 pm
FX-B Round n  (O definitivo ?)

Fonte: www.defesanet.com.br (http://www.defesanet.com.br)

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Jatos remodelados terão de garantir a segurança

BRASÍLIA - O vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, disse ontem que "o Brasil não ficará com a sua defesa aérea vulnerável" por causa do encerramento, por decisão do presidente Lula, dos procedimentos para compra de 12 novos caças, por meio da concorrência internacional FX iniciada há cinco anos. A licitação deveria selecionar um substituto para os MirageIIIE/Br que têm mais de 30 anos de uso e deixam de voar em 31 de dezembro.

"Nós estamos tranqüilos com relação a isso (a defesa aérea)", assegurou Alencar, ao anunciar que, no final do ano, chegam à Base Aérea de Anápolis, em Goiás (responsável pela proteção dos céus do Planalto e do eixo estratégico da região sudeste) 13 dos 46 supersônicos F-5Br Tigre, que estão sendo revitalizados na Embraer e substituirão os velhos caças franceses. Essa informação foi antecipada pelo Estado no fim do ano.

"Como com a remodelação o avião seguirá em operação por vários anos, teremos tempo suficiente - numa nova licitação ou por compra direta - para adquirir um caça mais avançado", declarou o vice-presidente. Alencar considera o formato de disputa internacional de ofertas o melhor modelo de aquisição. "Não há decisão. Mas prefiro fazer licitação e acho que isso não retira da Embraer suas condições excepcionais de vitória porque a empresa é muito competitiva", disse.

O ministro justificou o fim do projeto FX. Para ele, as especificações contempladas na licitação "definiam um produto antigo". De acordo com Alencar, entre o momento da entrega dos F-5Br Tigre revitalizados ao 1º Grupo de Defesa Aérea de Anápolis e a tomada da nova decisão de como se dará a compra de aviões, "com certeza surgirão novas propostas das empresas que estiveram presentes na concorrência". Sobre notícias de que o governo espera o novo super caça francês Rafale baixar de preço (hoje em torno dos US$ 50 milhões) para que pudesse adquiri-lo, o ministro disse que não poderia falar sobre o assunto.