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Conflitos => Conflitos do Passado e História Militar => Tópico iniciado por: papatango em Novembro 16, 2004, 08:50:15 pm
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Os Mirage eram de facto MIRAGE-III
Os MIG-17 não eram do PAIGC mas sim da Guiné Conakri. e foi em 1968.
O problema nunca foram os MIG-17. O problema era o MIG-21. A Guiné recebeu depois alguns MIG-21 que não estavam operacionais aquando da operação mar-verde.
(Dizia-se que eram do PAIGC, mas não se sabe muito bem onde começava a propriedade do PAIGC e onde começava a do governo da guiné. Provavelmente para os russos, era tudo a mesma coisa, e como eles eram pretos, nunca entenderam a diferença. O racismo dos Russos e dos Cubanos em Angola, é um tema que nunca foi realmente discutido).
Aliás, um dos objectivos da operação mar-verde era destruir os MIG's porque os nossos FIAT G-91 teriam dificuldades em enfrenta-los.
No fim da operação, os barcos chegaram a ser sobrevoados por aviões da Guiné, a grande altitude (medo de antiaereas de bolso, e do desenrascanço dos portugas) mas hoje sabe-se que não estavam armados.
Quanto á França na indochina.
Os americanos suportaram a França, mas quando chegaram á conclusão de que nem com ajuda americana eles iam lá, acabaram por deixar os franceses á sua sorte.
Portugal, não sofreu do mesmo mal. No nosso caso, desde o inicio sofremos o boicote dos americanos,
Mas claro, muitos países e governos apostaram em 1962 que estariamos fora de África em seis meses. Doze anos depois ainda lá estavamos.
Pensavam que eramos franceses
Cumprimentos
Quanto ao livro: Estou especialment interessado, porque não tenho nenhuma noticia de em nenhum dia da guerra, de 1962 a 1974 se ter perdido mais que uma aeronave.
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caro papatango
nesse dia pelo que sei em 1°perdemos o FIAT
entao enviou-se 1 DO27 que desapareceu no mesmo
lugar!
depois foi um T6 que tambem foi abatido e um
heli de resgate
outra coisa tambem houve 1 caso de 1 Lancha da Armada
que desapareceu no mar de Mozambique com a sua respeitiva
equipagem, chegou-se a admitir que fosse 1 submarino
russo que a afundou
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Por falar em lancha desaparecida, o que me diz sobre o Angoche, Papatango?
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Quanto á França na indochina.
Os americanos suportaram a França, mas quando chegaram á conclusão de que nem com ajuda americana eles iam lá, acabaram por deixar os franceses á sua sorte.
Quando a situação em Dien Ben Phu, o auxílio americano (que já era o que realmente sustentava o esforço francês) aumentou substancialmente, tendo sido voadas missões de ataque directamente a partir de porta-aviões americanos. Os franceses chegaram propôr um ataque nuclear! Os generais americanos concordaram, mas Eisenhower opôs-se.
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Os MiG-17 ou MiG-21 poderiam revelar-se perigosos caso houvesse uma escalada do conflicto com a Guiné-Conakry devido à ausência total de meios anti-aéreos - a única solução seriam os Sabre, o que seria um retorno deste aparelho à Guiné, com todos os problemas que isso causaria na NATO.
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Deve haver confusão, o navio que desapareceu era o Angoche que era um navio civil.
Nunca foram esclarecidas as circunstâncias do seu desaparecimento nem o que aconteceu à tripulação.
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Miguel será que o livro a que se refere é o "Guerra Colonial" do coronel Aniceto e do coronel Carlos de Matos Gomes? Contudo só conheço esse livro em 1, e não 2 volumes.
As maiores perdas de aeronaves portuguesas num curto espaço de tempo deram-se na guiné em 1973 quando em 5 dias foram abatidas 5 aeronaves, tendo sido a primeira o G-91 do tenente Pessoa a 5 de Abril.
No episódio do Guidaje e respectiva contra-ofensiva ( de 8 de Maio a 8 de Junho de 73 ) foram abatidas 3 aeronaves - 2 DO-27 e 1 T-6.
Sobre a guerra colonial aconselho vivamente o "Contra Insurreição em África: o modo português de fazer a guerra" de John P. Cann, o livro que considero ser a mais completa e realística análise da guerra colonial portuguesa.
Cumprimentos,
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Os Mirage eram de facto MIRAGE-III
Os MIG-17 não eram do PAIGC mas sim da Guiné Conakri. e foi em 1968.
O problema nunca foram os MIG-17. O problema era o MIG-21. A Guiné recebeu depois alguns MIG-21 que não estavam operacionais aquando da operação mar-verde.
(Dizia-se que eram do PAIGC, mas não se sabe muito bem onde começava a propriedade do PAIGC e onde começava a do governo da guiné. Provavelmente para os russos, era tudo a mesma coisa, e como eles eram pretos, nunca entenderam a diferença. O racismo dos Russos e dos Cubanos em Angola, é um tema que nunca foi realmente discutido).
Aliás, um dos objectivos da operação mar-verde era destruir os MIG's porque os nossos FIAT G-91 teriam dificuldades em enfrenta-los.
No fim da operação, os barcos chegaram a ser sobrevoados por aviões da Guiné, a grande altitude (medo de antiaereas de bolso, e do desenrascanço dos portugas) mas hoje sabe-se que não estavam armados.
Quanto á França na indochina.
Os americanos suportaram a França, mas quando chegaram á conclusão de que nem com ajuda americana eles iam lá, acabaram por deixar os franceses á sua sorte.
Portugal, não sofreu do mesmo mal. No nosso caso, desde o inicio sofremos o boicote dos americanos,
Mas claro, muitos países e governos apostaram em 1962 que estariamos fora de África em seis meses. Doze anos depois ainda lá estavamos.
Pensavam que eramos franceses :twisted:
Pensavam que bastava fazer meia duzia de massacres no norte de Angola e o cá o Zé Portuga fazia as malas de volta para casa como os Belgas no Zaire.
É que a França ainda combateu 8 anos na Indochina e outros tantos na Argélia, há que lhes dar o devido valor (não é que seja muito
)
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A França combateu na Indochina, enquanto teve apoio dos americanos. Quando a américa fechou a torneira, acabou-se a França.
A Argélia, ficava do outro lado do rio, e ao contrário do caso português, os franceses eram cinco ou seis vezes mais, a França lutou numa frente e Portugal em três, e mesmo assim, do ponto de vista táctico, nós ganhámos.
Do ponto de vista estratégico, evidentemente, isso é outra história...
Cumpts.
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A França combateu na Indochina, enquanto teve apoio dos americanos. Quando a américa fechou a torneira, acabou-se a França.
A Argélia, ficava do outro lado do rio, e ao contrário do caso português, os franceses eram cinco ou seis vezes mais, a França lutou numa frente e Portugal em três, e mesmo assim, do ponto de vista táctico, nós ganhámos.
Do ponto de vista estratégico, evidentemente, isso é outra história...
Cumpts.
concordo, aí tem alguns pormenores sobre uma comparação Guerra da Argélia e a Guerra Colonial copiadas por mim de um livro que possuo
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