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Parece que os nostros hermanos gastam a água que têem e não têem e ainda exigem mais! Exigem a água do Alqueva...... porque antes de ir parar ao Alqueva passou em terras espanholas!!!!!!!!!
Espanha, com albufeiras reduzidas a charcos, quer a água do Alqueva para Huelva e Doñana
Desesperados, produtores de Huelva querem “a partilha temporária dos direitos de água da barragem de Alqueva” para regar explorações e Doñana. Apelam à reciprocidade e boa vontade de Portugal.
(https://imagens.publico.pt/imagens.aspx/1848925?tp=UH&db=IMAGENS&type=JPG)
https://www.publico.pt/2023/10/11/azul/noticia/espanha-albufeiras-reduzidas-charcos-quer-agua-alqueva-huelva-donana-2066118
O nosso governo já estará em conversações "secretas" para doar água a Espanha!
Não vejo qualquer problema em doarmos água para consumo humano se ela estiver a faltar em qualquer lado!
Agora quase exigirem água para rega de campos de golfe, agricultura feita em plenos desertos! Calma lá!
Sempre fomos prejudicados nos caudais mínimos que Espanha liberta para os rios internacionais e principalmente no Guadiana, que é um dos rios (não é o único) que alimenta o Alqueva. O Douro que conheço muito bem, está praticamente fechado durante os meses de maior calor.
Agora exigirem usar a nossa reserva é que não! Se faltar a água para beber, sem problema algum.
Se alguém tiver 5 minutos para pesquisar, vejam no sul de Espanha as florestas de estufas que consomem água sem parar. Esgotam a água em Espanha, ficam com o valor acrescentado da venda dessa fruta, feita em terrenos semi-desérticos, e além disso ainda querem a nossa água!!!!!!
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Tem razão! Não vale a pena cansar a moleirinha com assuntos "sem sentido"!
Agora coisas sérias.
Já desde 1974 que Espanha desvia "ilegalmente" água da zona de Boca-Chança (quem vir pelo Google Hearth, o canal tem vários km).
Mas o que se passa afinal e se esta captação ilegal de Espanha continua a funcionar a todo o vapor, Espanha ainda quer mais água!?!?!?!!
Transvase “ilegal” de água de Alqueva rega “a horta da Europa” na região de Huelva (notícia do ano passado)
Para abastecer o regadio na região de Huelva, as autoridades espanholas transvasam ilegalmente do rio Guadiana 75 hectómetros cúbicos (hm3) por ano, mas com o aumento da área de regadio pretendem subir a captação para os 150 hm3. Esta água rega citrinos, frutos vermelhos, olival, amendoal e hortaliças.
Na bacia do Guadiana, “permanece por resolver a utilização (indevida) da captação Boca-Chança, por parte de Espanha, que tem a intenção de tornar definitiva e até ampliar essa situação, que foi sempre provisória, e que prejudica Portugal”. A denúncia é feita pelos investigadores Raquel Palermo, José Eduardo Ventura e Margarida Pereira no artigo “Bacias hidrográficas luso-espanholas – Desafios da governança para a sustentabilidade”, publicado em Março deste ano na revista Recursos Hídricos. Esta posição, na sua essência, já tinha sido corroborada em Março de 2021 pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
A água captada pelo sistema designado Boca-Chança é debitada por Alqueva para garantir o caudal ecológico no troço do Guadiana internacional, que se prolonga desde a aldeia ribeirinha do Pomarão até Vila Real de Santo António. No entanto, o volume de afluentes, estimado em 75 hectómetros cúbicos (hm3) anuais, é desviado por Espanha para a região de Huelva, conhecida como a “horta da Europa”.
Nos esclarecimentos que então prestou ao PÚBLICO, a APA explicou que a captação de Boca-Chança foi “instalada de forma “provisória” em 1974, para resolver o problema de abastecimento de água à cidade de Huelva e respectivo pólo industrial, enquanto estivesse em construção a barragem do Chança”, entre 1979 e 1985.
Após a conclusão da infra-estrutura, “alegadamente, a captação apenas é utilizada quando o nível da albufeira (do Chança) não permite a utilização da captação ali existente”, refere a APA, acrescentando que Portugal aceitou que esta situação se “mantivesse até à conclusão da barragem de Andévalo”, inaugurada em 2003 na zona de Huelva, a montante da barragem do Chança.
Contudo, o sistema de captação “continua instalado com carácter provisório e a sua exploração em definitivo não foi alvo de autorização pelo Estado português”, realça a APA, frisando que, em Março de 2021, estava a “proceder a diligências, através da CADC (Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Convenção de Albufeira), para apurar esta matéria.” No início do mês em curso, o PÚBLICO voltou a questionar a APA sobre eventuais desenvolvimentos relativos à captação de Boca-Chança, mas não obteve resposta.
Os investigadores Raquel Palermo, José Eduardo Ventura e Margarida Pereira, da Universidade Nova de Lisboa, concluíram no seu artigo que “Espanha nunca deixou” de recorrer à água captada a partir do Boca-Chança, “apesar de esta prática reiterada ter sido abordada em várias reuniões bilaterais” no seio da Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Convenção de Albufeira (convenção de cooperação luso-espanhola em matéria de recursos hídricos, em vigor desde 2000).
Com base num documento publicado pela Confederação Hidrográfica do Guadiana (CHG), entidade gestora da bacia do Guadiana em território espanhol, e datado de 2020, é afirmado: “Presentemente, essa captação transfere em permanência, mesmo em anos de não seca e estando as barragens de Andévalo e Chança com elevadas percentagens de armazenamento, o máximo de água permitido”.
Para superar uma situação que as próprias autoridades espanholas consideravam “ilegal”, em 2008, a Agência Andaluza de Água (AAA), solicitou durante a XIII reunião plenária da CADC autorização para captar água a partir da estação de Boca-Chança.
O memorando então apresentado fazia referência ao fornecimento de “volumes médios anuais […]
https://www.agroportal.pt/transvase-ilegal-de-agua-de-alqueva-rega-a-horta-da-europa-na-regiao-de-huelva/
Transvase “ilegal” de água de Alqueva rega “a horta da Europa” na região de Huelva
Para abastecer o regadio na região de Huelva, as autoridades espanholas transvasam ilegalmente do rio Guadiana 75 hectómetros cúbicos (hm3) por ano, mas com o aumento da área de regadio pretendem subir a captação para os 150hm3. Esta água rega citrinos, frutos vermelhos, olival, amendoal e hortaliças.
(https://imagens.publico.pt/imagens.aspx/1743529?tp=UH&db=IMAGENS&type=JPG)
(https://imagens.publico.pt/imagens.aspx/1743530?tp=UH&db=IMAGENS&type=JPG)
(https://imagens.publico.pt/imagens.aspx/1743533?tp=UH&db=IMAGENS&type=JPG)
(https://imagens.publico.pt/imagens.aspx/1743536?tp=UH&db=IMAGENS&type=JPG)
(https://imagens.publico.pt/imagens.aspx/1743872?tp=UH&db=IMAGENS&type=JPG)
https://www.publico.pt/2022/10/20/azul/noticia/transvase-ilegal-agua-alqueva-rega-horta-europa-regiao-huelva-2024709
Tenho poucas dúvidas de que o próximo conflito com Espanha, não vai ser por causa das Selvagens, nem da ZEE...... mas antes uma "luta" pela posse da água!!!!!
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Porto Design Biennale com o tema "Ser Água" | 19 outubro a 3 de dezembro de 2023
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Operação Gota d'Água
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Há 25 anos, em 30 de novembro de 1998, foi assinada na cidade costeira de Albufeira (Algarve, Portugal) a Convenção Luso-Espanhola que herdou o seu nome.
Trata-se da Convenção sobre Cooperação para a Proteção e o Aproveitamento Sustentável das Águas das Bacias Hidrográficas Luso – Espanholas, conhecida como Convenção de Albufeira.
Este instrumento de cooperação bilateral trata da proteção das águas das bacias hidrográficas partilhadas entre Espanha e Portugal, dos rios Minho, Lima, Douro, Tejo e Guadiana, promovendo também a utilização sustentável e coordenada das suas águas, tendo em conta os interesses e peculiaridades de ambos os Estados, parceiros na União Europeia.
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Águas do Porto usam peças produzidas por impressoras 3D
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(https://images4.imagebam.com/f3/d7/b2/MES27C2_o.jpg)
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Buscas na CM Paços de Ferreira
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Portugal e Espanha preparam acordo sobre utilização da água de rios Tejo e Guadiana
Numa reunião à margem do Conselho de Ministros da Energia da União Europeia, as ministras do Ambiente dos dois países encarregaram as respetivas agências de preparar um acordo sobre a utilização da água dos rios Tejo e Guadiana.
As ministras com as pastas do Ambiente de Portugal e de Espanha encarregaram as agências dos dois países de preparar um acordo sobre a utilização da água dos rios Tejo e Guadiana, anunciou hoje o Governo.
Em comunicado divulgado pelo Ministério do Ambiente e Energia pode ler-se que a reunião ocorreu à margem do Conselho de Ministros da Energia da União Europeia e foi decidido "encarregar a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a sua congénere espanhola de prepararem uma proposta de acordo, a firmar entre os dois países, sobre os vários projetos de utilização da água do rio Tejo e do rio Guadiana".
O ministério de Maria da Graça Carvalho acrescentou que o encontro entre a governante portuguesa e a sua homóloga espanhola, a ministra para a Transição Ecológica e o Desafio Demográfico, Teresa Ribera Rodríguez, versou também o aproveitamento energético.
Da reunião, saiu "um princípio de entendimento para impulsionar ações conjuntas de Portugal e Espanha, que permitam não só acelerar as interligações elétricas ibéricas com o resto da Europa, como adaptar o Mercado Ibérico da Energia Elétrica (MIBEL) às novas regras do Mercado Elétrico Europeu, recentemente aprovadas".
Ambas as governantes "consideraram ainda ser da maior relevância uma maior cooperação bilateral nos processos de avaliação de impacte ambiental dos três projetos rodoviários de interligação transfronteiriça", assinala o Governo.
Em causa estão os projetos da Ponte de Alcoutim -- Sanlucar de Guadiana, da Ponte Internacional sobre o Rio Sever e da ligação de Bragança a Puebla de Sanabria, financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e cujo desenvolvimento está a ser assumido pelo Estado português, acrescentou o ministério.
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/ambiente/detalhe/portugal-e-espanha-preparam-acordo-sobre-utilizacao-da-agua-de-rios-tejo-e-guadiana#loadComments
Estou curioso para ver se o acordo é para acabar com a captura ilegal de água de Espanha no Guadiana ou se é para ampliá-la!!!!!!!
O estudo da APA deveria ser público antes dos políticos acordarem o que quer que seja!!!!!!
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Espanha irá pagar a Portugal pela água captada ilegalmente no Alqueva, garante ministra
"O Alqueva tem sido alvo de um trabalho técnico para a monitorização e contabilização dos valores e dos detalhes de pagamentos, e respetiva celebração de um acordo do pagamento que é devido", disse Maria da Graça Carvalho num encontro com a homóloga espanhola Teresa Ribera.
A ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, garantiu esta quarta-feira que Portugal será compensado financeiramente por Espanha pela água captada ilegalmente nas últimas décadas na bacia do Alqueva, tal como tem vindo a ser exigido pela Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva. Pelas contas da EDIA, o valor que Madrid deve aos portugueses pela água captada ascende já a 40 milhões de euros.
"O Alqueva tem sido alvo de um trabalho técnico entre a Agência Portuguesa do Ambiente, a EDIA e as congéneres espanholas para a monitorização e contabilização dos valores e dos detalhes de pagamentos, e respetiva celebração de um acordo do pagamento que é devido", disse a ministra à margem de um encontro que com a homóloga espanhola, Teresa Ribera, em Lisboa. Maria da Graça Carvalho confirmou que este trabalho está a correr bem e, por isso, não esteve sequer em cima da mesa na reunião bilateral.
"O que está em cima da mesa é haver um acerto em relação ao que se passou e o que se está a passar na EDIA. Contabilizar, monitorizar, é isso que está a acontecer", garantiu a ministra, sem avançar mais detalhes sobre quando o valor deverá estar apurado e quando poderá ser efetuada a devolução.
Ainda sobre o Alqueva, as duas ministras garantiram que os transvases entre o Alqueva e as regiões transfronteiriças, como pedem os autarcas espanhóis, não estão em cima da mesa. "Não somos apologistas de grandes transferências dentro da mesma bacia hidrográfica. Tudo pode ser resolvido com medidas de poupança de água e eficiência hídrica, aproveitamento de ribeiras e pequenas transferências. Os grandes transvases têm grandes impactos ambientas e financeiros e não estão em cima da mesa", disse Maria da Graça Carvalho.
A mesma posição foi defendida pela ministra espanhola, apesar de reconhecer as pressões de algumas regiões face ao Governo de Madrid, tal como a Andaluzia, para aumentar as capacidades de regadio. "A água não se pode aumentar até ao infinito", explicou.
Em discussão entre as duas governantes esteve sim a tomada de água do Pomarão, no rio Guadiana, que a ministra portuguesa espera que possa ser alvo de um acordo a assinar entre os dois países já em setembro, para que seja possível avançar finalmente com este projeto, que está dependente do Governo de Madrid. Para já decorrem trabalhos técnicos entre os dois países, com a última reunião agendada para 26 de setembro.
Além disso, as duas ministras falaram também sobre os caudais ecológicos do Tejo, com Portugal a querer introduzir níveis diários, algo que também deverá ser contemplado no acordo a assinar no final do verão. "Em relação ao Pomarão, definimos um princípio de equidade entre Espanha e Portugal na tomada de água dessa zona e é esse o princípio com que a APA, a EDIA e a Direção-General de Água estão a trabalhar. Já deram uma primeira opinião positiva para começarmos com a construção do projeto. Depois, na fase do Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução será feita uma verificação dos caudais ecológico, de modo a que a segunda autorização seja também positiva", disse a ministra.
Quanto ao acordo que Maria da Graça Carvalho querem assinar em setembro e levar ao encontro ibérico de outubro incluirá o arranque da construção da tomada de água do Pomarão, sendo que faltam ainda todas as autorizações do lado de Espanha, e também os caudais ecológicos do Tejo.
"Estamos a pedir os caudais diários, o que nunca foi conseguido em Portugal e que está bem encaminhado nas negociações técnicas. Esperamos que seja conseguido e que possamos dar o nosso acordo favorável aos projetos do Tejo", disse a ministra portuguesa, garantindo que "as conversações estão a ir no bom sentido".
Em relação a novas concessões para novas tomadas de água, a governante disse que as propostas poderão vir a ser analisadas. "Tudo está a ser considerado e poderá haver um acordo em breve".
A responsável pela pasta do Ambiente e Energia do Governo da AD quer fazer do tema da água uma prioridade neste novo ciclo europeu que agora começa, algo que não aconteceu até agora, no primeiro mandato de Ursula von der Leyen à frente da Comissão Europeia. Com uma reeleição quase certa a 18 de julho, Maria da Graça Carvalho e Teresa Ribera vão escrever uma carta conjunta (para a qual convidarão outros homólogos europeus) para dar mais visibilidade ao assunto e conseguir também mais fundos para novas infraestruturas.
Neste sentido, existe já um grupo de trabalho encarregue de identificar estas fontes alternativas de financiamento, entre as quais se inclui o Banco Europeu de Investimento, com vista a projetos conjuntos ibéricos para consumo ibérico e regadio.
"Uma das prioridades são as infraestruturas, tanto na área do regadio, como na área do ciclo urbano da água, sendo que parte da rede já está a ficar envelhecida e precisa de ser renovada para prevenir fugas de água", disse a ministra.
Quanto a novas infraestruturas a ministra falou do aproveitamentos de algumas ribeiras e novas dessalinizadoras na costa atlântica do Alentejo. "Para isso é preciso financiamento, que Portugal não tem. Espanha tem um financiamento de mil milhões no PRR para a água. Por isso vamos olhar para outros fundos europeus e para o Banco Europeu de Investimento, para projetos conjuntos com a Espanha", rematou.
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/espanha-ira-pagar-a-portugal-pela-agua-captada-ilegalmente-no-alqueva-garante-ministra#loadComments
Resumindo, em troca de 40 milhões, para já (de futuro continua a ser contabilizado), o desvio de água ilegal aconteceu e vai continuar a acontecer!!!!!!
E provavelmente o pagamento nem irá acontecer..... falam que Espanha tem mil milhões do PRR para a água (não percebo porque o nosso não foi desenhado também para contemplar este problema)..... poderá querer dizer que algures perto de Vila Real de Santo António, vai nascer uma dessalinizadora? Será isso? Pago com dinheiro do PRR espanhol (da UE)?
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Temos uns políticos de treta, seja qual for o partido no governo. Então o Governo veio a público dizer que Espanha vai pagar 2 milhões de euros por ano, pela água que está a desviar do Alqueva, para logo a seguir ser desmentido pelo Governo Espanhol!!!!!
Palhaços!?!!?!?!?
Madrid desmente ministra: espanhóis não vão pagar dois milhões por água do Alqueva
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/ambiente/detalhe/madrid-desmente-ministra-espanhois-nao-vao-pagar-dois-milhoes-por-agua-do-alqueva
Temos um Governo de canalha, igual aos anteriores aldrabões!!!!!!!
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Risco de rotura da barragem de Santa Luzia tem plano de emergência em consulta pública
(https://executivedigest.sapo.pt/wp-content/uploads/2024/08/barragemstluzia-2.jpg)
A barragem de Santa Luzia, localizada no rio Unhais, no concelho da Pampilhosa da Serra, interior do distrito de Coimbra, tem em consulta pública até quinta-feira um plano especial de emergência para o eventual risco de rotura.
O plano de emergência externo da infraestrutura constituiu, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), “um conjunto de orientações detalhadas e específicas que se aplicam à análise das consequências, aos sistemas de alerta e aviso, e à organização das operações de emergência a efetuar” na eventualidade da rotura da barragem.
Com mais de 80 anos de existência – foi inaugurada em 1942 – a barragem de Santa Luzia tem 76 metros de altura e uma albufeira que se estende por cerca de 50 quilómetros (km) quadrados, localizada nas freguesias de Fajão-Vidual, Cabril e Janeiro de Baixo e Unhais-o-Velho, no município da Pampilhosa da Serra.
Para além do rio Unhais, recebe também água da barragem do Alto Ceira, através de um túnel de derivação com cerca de sete quilómetros. A albufeira tem uma capacidade de cerca de 50 hectómetros cúbicos (H3) – 50 milhões de metros cúbicos (m3) de água – e destina-se à produção de energia hidroelétrica, controle de cheias e abastecimento de água, permitindo ainda atividades de lazer.
Segundo a documentação consultada pela agência Lusa, o cenário de rotura total da barragem de Santa Luzia no qual assenta o plano de emergência externo (que complementa o plano interno da barragem gerida pela EDP, datado de 2011), consistiu numa brecha com 20 metros de largura (sensivelmente a largura do rio naquele local) formada durante três minutos.
O rio Unhais corre paralelo ao rio Zêzere, na margem direita deste, ao longo de 48 km, até nele desaguar, cerca de dois quilómetros a montante da barragem do Cabril.
Perante o cenário mais gravoso de rotura total da barragem, o esvaziamento da albufeira de Santa Luzia demorará “pouco menos de duas horas”.
Da barragem até à sede do concelho da Pampilhosa da Serra, a onda de inundação demoraria cerca de 34 minutos a percorrer pouco mais de 15 km, estimando-se uma altura máxima de água a rondar os 28,5 metros.
“Em face da importante subida do nível na zona de Pampilhosa da Serra e do tempo disponível para aviso relativamente curto (pouco superior a meia hora) é de prever que esta sede de concelho seja muito afetada e que a sua evacuação atempada seja problemática”, avisa o documento de 170 páginas.
O plano de emergência estipula quatro zonas no salvamento e socorro, sendo a primeira daquelas, a 17,75 km da origem do acidente, uma zona de auto-salvamento (ZAS) e as restantes – até à barragem do Cabril, a 50,68 km da origem, onde a onda de inundação chegará volvidos 78 minutos – zonas de intervenção de diversas entidades.
Na ZAS, os avisos de evacuação, por meio de sinais sonoros a instalar em sete pontos do percurso a jusante da barragem, acionados remotamente a partir Ponto de Observação e Controlo daquela infraestrutura, são da responsabilidade do dono da obra (a EDP Produção) por se assumir “não haver tempo para os Serviços de Proteção Civil avisarem essa população”.
O estudo indica ainda que na primeira parte do percurso, a onda atingirá valores de altura até 30 metros e um caudal de água com um volume superior a 25.000 metros cúbicos por segundo (m3/s).
Este valor é mais de dez vezes superior ao caudal máximo de cheia da barragem do Cabril (2.200 m3/s), onde a onda, no entanto, chegaria com um volume de 4.400 m3, ainda assim o dobro daquele máximo.
A destruição de Santa Luzia poderá levar a que a do Cabril seja galgada pela água, “sem que ocorra, em qualquer circunstância, a sua rotura”.
O plano de emergência abrange um território constituído pelos municípios da Pampilhosa da Serra (Coimbra), Pedrógão Grande (Leiria) e Sertã e Oleiros (Castelo Branco), possui componentes reservadas, desde logo o inventário de meios e recursos disponíveis e estipula as responsabilidades de cada agente de proteção civil, antecipando medidas a tomar, como a definição de pontos de encontro para as populações afetadas ou itinerários de evacuação, entre outras.
Segundo o documento, uma eventual rotura da barragem de Santa Luzia afetará diretamente cerca de 2.600 residentes e uma população temporária (esta só na Pampilhosa da Serra) a rondar as 800 pessoas.
https://executivedigest.sapo.pt/noticias/risco-de-rotura-da-barragem-de-santa-luzia-tem-plano-de-emergencia-em-consulta-publica/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
Um estudo muito interessante que se dedica a desenvolver um Plano de Emergência e mitigar os riscos de uma potencial ruptura de uma barragem criada à mais de 70 anos (normalmente as Barragens têem uma vida útil de 100 anos).
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Fatura da água: diferenças entre concelhos chegam aos 400€
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Barragens do Algarve aumentam 49%
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Preço da água varia cada vez mais entre regiões
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Barragem da Bravura sofrerá obras de modernização
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SIC Notícias - Chuva das últimas semanas ajuda a encher a barragem do Alqueva
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A intensa precipitação registada nos últimos dias levou à realização de descargas na barragem de Castelo de Bode
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Barragens no Algarve fazem descargas 7 anos depois
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(https://images4.imagebam.com/3d/6f/bc/ME10IK3N_o.jpg)
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Maioria das albufeiras com 80% da capacidade
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Trabalhadores das Águas de Portugal em protesto
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A chover nos próximos dias a barragem de Odelouca poderá ter de efetuar descargas à semelhança de Odeleite