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Economia => Mundo => Tópico iniciado por: Viajante em Julho 19, 2022, 12:00:05 pm

Título: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Julho 19, 2022, 12:00:05 pm
Banco Central Europeu poderá aumentar taxas de juro em 50 pontos base

A indicação inicial apontava para uma subida de 25 pontos base, mas fontes próximas do processo indicam que a autoridade monetária estará agora a considerar um aumento mais agressivo.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2022-06/img_900x560$2022_06_08_20_34_15_430593.jpg)

Na reunião desta quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) poderá aumentar as taxas de juro no dobro em relação ao inicialmente esperado, avançam a Bloomberg e a Reuters, citando fontes próximas do processo. A justificação prende-se com o agravar da inflação, que em junho bateu os 8,6% nos países da Zona Euro, acima do estimado pelos analistas.

A 9 de junho, o BCE anunciou o fim da compra líquida de dívida dos países e a intenção de subir as taxas diretoras em 25 pontos base na reunião de julho, marcada para daqui a dois dias, de forma a conter a escalada dos preços. "O Conselho está pronto para ajustar todos os seus instrumentos, incorporando a flexibilidade, para garantir que a inflação estabilize na meta dos 2% a médio prazo", indicava o comunicado a justificar o primeiro aumento das taxas em mais de uma década.

Mais tarde, num discurso a 28 de junho no Fórum do BCE em Sintra, Christine Lagarde não descartava a hipótese de a subida vir a ser mais agressiva. "Vamos continuar este caminho de normalização – e iremos tão longe quanto necessário", indicava a líder da autoridade monetária. Desta forma, e tendo em conta o agravamento da subida dos preços, o aumento de 50 pontos, que era esperado só para setembro, poderá avançar já.

A Bloomberg indica que a proposta oficial para um aumento em 50 pontos base será apresentada pelo economista-chefe Philip Lane, contudo não é certo que a sugestão obtenha o apoio necessário para avançar.

A Reuters indica ainda que os decisores vão também concentrar-se num acordo para apoiar países endividados no mercado das obrigações, caso cumpram as regras da Comissão Europeia em relação a reformas e disciplina orçamental.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/banco-central-europeu-podera-aumentar-taxas-de-juro-em-50-pontos-base

Entretanto o BCE ainda estuda um novo mecanismo para compra de dívida dos países da zona Euro que estejam mais aflitos, uma vez que o mesmo deixou de comprar dívida soberana. Em vez de utilizar o mecanismo de compra de dívida soberana criado por Mario Draghi, em que na prática o BCE é obrigado a comprar dívida de todos os países, estejam eles mais endividados ou não, querem criar um mecanismo novo que compre apenas dívidas dos aflitos!!!!!

Mas o parto do novo mecanismo é demorado, talvez por tratar-se de uma advogada (Lagarde), habituada ao arrastar dos problemas, mas que no caso de finanças, uma indecisão pode arrastar novamente países para a desgraça!!!!

A senhora em tempos acusou os gregos de não pagarem impostos e de com isso viverem acima das possibilidades ..... para depois se descobrir que quando trabalhava nas Nações Unidas, para além de ter um salário superior ao do Presidente dos States....... também não pagava impostos  :mrgreen:

Voltando à notícia, o BCE hesita entre subir as taxas de juros de acordo com o que já tinha referido no passado e que nos deixa com as taxas de juro de cedência de liquidez do BCE em pelo menos 2% em finais de 2023 e a subida ainda mais agressiva das taxas de juro, como fez a FED, para combater mais agressivamente a inflação!!!!

Quem tem empréstimos, cuidado que os tempos vão ser apertados, mas não se desfaçam das poupanças para pagar uma parte da dívida, só o devem fazer se com isso liquidarem a dívida toda, caso contrário ainda vão ter a desagradável surpresa de que com a subida das taxas do juro, afinal passam a pagar a mesma prestação do empréstimo, mas já ficaram sem as poupanças!!!!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: CruzSilva em Julho 21, 2022, 12:54:05 pm
Lá se vai o dinheiro da promoção...  ::)
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Julho 21, 2022, 03:44:33 pm
BCE sobe taxa de juro em 0,5 pontos percentuais. É o primeiro aumento em mais de uma década e o maior em 22 anos

(https://images.impresa.pt/expresso/2022-07-07-Copy-of-RC2FCS9ZKVZG_T-_IDP.jpg-bc54342d/original/mw-1920)

 Decisão anunciada esta quinta-feira fica acima do sinalizado Christine Lagarde no final de junho. O objetivo é travar a inflação, que está em máximos históricos na zona euro

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou esta quinta-feira um aumento de 0,5 pontos percentuais na sua taxa diretora. Esta subida, a primeira em mais de um década, ficou acima do que tinha sido sinalizado pela sua presidente, Christine Lagarde, no Fórum da instituição, realizado em Sintra, no final de junho.

Mais ainda, é preciso recuar 22 anos, ao mandato de Wim Duisenberg, para encontrar uma subida tão pronunciada.

O BCE anunciou ainda um aumento também de 0,5 pontos percentuais nas suas outras taxas de juro de referência, como o instrumento da facilidade de depósitos, que estava em território negativo, e passa a estar em zero. Ao mesmo tempo anunciou a aprovação do mecanismo anti-fragamentação, que visa defender os países do euro que sofram maiores subidas nas suas taxas de juro soberanas.

Em comunicado, o Conselho do BCE justifica a decisão de um aumento dos juros superior ao que tinha sido sinalizado com "uma avaliação atualizada dos riscos de inflação" e "o apoio reforçado" fornecido pelo mecanismo anti-fragmentação para "efetiva transmissão da política monetária".

O comunicado antecipa ainda novos aumentos dos juros nas próximas reuniões do BCE: "Nas próximas reuniões do Conselho, será apropriada uma normalização adicional das taxas de juro", lê-se no documento. E salienta que a abordagem às decisões sobre taxa de juro "será feita reunião a reunião", "continuando a estar dependente dos dados" que forem ficando disponíveis.

Sobre o mecanismo anti-fragmentação, o comunicado vinca que o Conselho do BCE considerou que o seu estabelecimento "é necessário para apoiar a transmissão efetiva da política monetária". Em particular, à medida que prossegue a normalização da política monetária, o mecanismo "irá garantir uma transmissão suave dessa política a todos os países da área do euro".

E vinca que este mecanismo "pode ser ativado para contrariar dinâmicas de mercado desordenadas e injustificadas, que coloquem uma séria ameaça à transmissão da política monetária a toda a área do euro".

A escala das compras de ativos ao abrigo deste programa "depende da severidade dos riscos" e "não estão restringidas ex-ante", frisa o comunicado. Ou seja, não há um teto pré-definido para a escala deste programa. Mais detalhes serão dados num comunicado a publicar ainda esta quinta-feira pelo BCE.

Este aumento dos juros superior ao que tinha sido sinalizado por Lagarde já tinha começado a ser antecipado como possível pelos mercados financeiros, dada a depreciação do euro, que está quase na paridade com o dólar norte-americano.

É que a depreciação da moeda única significa mais inflação importada, porque os preços dos bens e serviços importados - nomeadamente produtos energéticos e matérias-primas que são habitualmente expressos em dólares nos mercados internacionais - ficam mais caros quando expressos em euros. Ou seja, pressiona ainda mais em alta a inflação na zona euro.

A inflação é, precisamente, a razão que leva o BCE a avançar com esta subida dos juros. A escalada dos preços continua sem dar tréguas na zona euro, com a taxa de inflação e atingir os 8,6% em junho em termos homólogos. É um máximo desde a criação do euro e está muito acima da fasquia dos 2%, que é a referência para o BCE, que tem como mandato a estabilidade dos preços.

Este aumento dos juros foi mais um passo no endurecimento da política monetária do BCE, que começou por pôr um ponto final nos programas de compra de dívida. Em março terminou o programa de emergência criado por causa da crise pandémica, e no início deste mês de julho chegou ao fim o programa mais antigo, criado quando Mario Draghi ainda liderava a instituição.

Ate ao final do ano, são esperados novos aumentos da taxa diretora do BCE, que continua muito aquém da taxa diretora da Reserva Federal dos Estados Unidos (FED). A FED já avançou com três aumentos dos juros este ano, que colocaram esta taxa no atual intervalo entre 1,5% e 1,75%.

Um diferencial face à zona euro que tem alimentado a depreciação do euro face ao dólar, e que o BCE procura travar.

Contudo, o BCE trilha um caminho muito estreito, para manter o equilíbrio entre o combate à inflação e evitar a fragmentação da zona euro. É que num contexto em que as projeções apontam para um forte abrandamento da economia europeia, as taxas de juro de mercado estão a subir há meses.

Uma evolução sentida nas taxas Euribor - que servem de indexante à esmagadora maioria dos contratos de crédito à habitação em Portugal -, agravando as prestações dos empréstimos de famílias e empresas.

Mas, também nas taxas de juro da dívida soberana, agravando o custo de financiamento dos países e a fatura com o serviço da dívida pública. Uma situação que afeta, em particular, os países mais endividados do euro, como Portugal ou a Itália.

Ora, tudo isto acontece quando a Itália vive um momento complicado, dada a demissão do Governo de Mario Draghi, situação que pode agravar ainda mais os juros da dívida daquele país.

É por isso aguardada com expetativa a conferência de imprensa de Lagarde, agendada para a tarde desta quinta-feira, nomeadamente no que toca a maiores explicações sobre o mecanismo anti-fragmentação. E que visa precisamente defender os países que possam sofrer maiores agravamentos na taxa de juro da sua dívida soberana, para evitar uma nova crise da dívida na zona euro.

O BCE também já anunciou que vai usar de forma flexível os reinvestimentos dos programas de compra de dívida que chegaram ao fim, visando também defender os países que sofram maiores agravamentos dos juros soberanos. No comunicado publicado pelo Conselho, é referido que esta flexibilidade nos reinvestimentos "continua a ser a primeira linha de defesa para contrariar riscos" à transmissão da política monetária na zona euro.

https://expresso.pt/economia/2022-07-21-BCE-sobe-taxa-de-juro-em-05-pontos-percentuais.-E-o-primeiro-aumento-em-mais-de-uma-decada-e-o-maior-em-22-anos-b30dcb50

O aumento esperado era de 0,25%, mas de facto já se falava recentemente num aumento de 0,50%.
Para os endividados são más notícias. Espero que a Lagarde informe já hoje, sobre o novo programa para resolver o aumento das taxas de juro aos países com taxas de juro da dívida soberana mais alta, uma vez que o BCE acabou com o programa de compra de dívida dos países!

Se esse veículo não for explicado, de preferência hoje, os países mais vulneráveis, vão ver as suas taxas de juro a disparar!!!!!!

Parece que já foi aprovado o mecanismo de apoio aos "endividados":

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/obrigacoes/detalhe/ferramenta-anticrise-aprovada-pelo-bce-volume-de-compras-de-divida-depende-da-gravidade-dos-riscos
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: P44 em Julho 21, 2022, 05:03:46 pm
So it begins

 :(
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: CruzSilva em Julho 21, 2022, 07:37:54 pm
Para quem quiser acompanhar ao dia deixo ligação (https://www.euribor-rates.eu/pt/taxas-euribor-actuais/).
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Julho 21, 2022, 07:56:21 pm
Para quem quiser acompanhar ao dia deixo ligação (https://www.euribor-rates.eu/pt/taxas-euribor-actuais/).

Essas taxas Euribor, são as taxas aplicadas aos particulares e empresas, quando os Bancos emprestam dinheiro. Normalmente aplica-se a taxa Euribor a 12 meses.

Mas a taxa que vai subir 0,50% é esta e que é utilizada pelo BCE para emprestar dinheiro aos bancos: https://bpstat.bportugal.pt/serie/12504589

A Euribor segue sempre a tendência da taxa de referência do BCE (0% neste momento e em breve de 0,5%) mais a tendência esperada para esta mesma taxa!

Atenção a quem tem empréstimos de longo prazo, quando a euribor passar os 2% a 12 meses, na prática significa que as prestações dobram de valor!!!!!!!!!!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: CruzSilva em Julho 21, 2022, 09:19:36 pm
Só taxas e taxinhas.
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Julho 21, 2022, 11:08:57 pm
Só taxas e taxinhas.

É fácil, a taxa do BCE só se aplica quando um banco qualquer da UE pede dinheiro emprestado que até agora pagava 0% de juros (os particulares e estados não podem recorrer ao BCE, só os bancos legalmente constituídos).

A Euribor é a taxa que depois os bancos aplicam quando emprestam a particulares, instituições públicas, empresas.......
No fundo a Euribor é uma taxa elaborada pelo mercado (pode ser manipulada e já o foi e continuará) e que muda todos os dias com a percepção que o mercado (imperfeito) tem de qual vai ser a taxa de juro do BCE.

Ora, como sabemos que a taxa de juro do BCE vai subir no mínimo até 2023, para combater a inflação, a Euribor vai andar sempre mais alta, porque toda a gente sabe que as taxas vão subir!!!!!

Mas há mais, já não chegava os bancos irem ao BCE pedirem dinheiro a 0% (vai passar a 0,50%) e emprestarem a mais de 1,1% neste momento + o spread (margem de lucro).

Infelizmente e para mal dos nossos pecados, resta subir os juros para combater a inflação, porque o BCE (e não só) despejaram dinheiro de borla na economia como se não houvesse um amanhã!!!!

Veja como foi a evolução da M1 (dinheiro colocado a circular pelo BCE nos últimos 20 anos).

https://tradingeconomics.com/euro-area/money-supply-m1

Coloque o gráfico em 25y (25 anos) e vê que a quantidade de euros a circular multiplicou por 6 em 20 anos!!!!!!!!

Algum dia a situação tinha de ser revertida, caso contrário você iria ver fuga de capitais para os países com taxas de juro mais altas (UK e EUA fundamentalmente).
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Julho 23, 2022, 10:59:39 pm
Taxas do BCE vão subir o que for necessário até que inflação caia para 2%

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/taxas-de-juro/detalhe/taxas-do-bce-vao-subir-o-que-for-necessario-ate-que-inflacao-caia-para-2

Estamos bem tramados! Volta Draghi, deixa a Itália e vai lá dar uma ajuda à senhora advogada a gerir o Euro!!!!!
As palavras da Lagarde significam o quê? Que os juros podem chegar a 3, 4, 5, 6% o que for necessário!?

Pelas minhas contas, basta chegar a 3% e o sul da Europa afunda como fez à 12 anos atrás!!! É fazer as contas como dizia o outro!!!!! Não é só o estado que está endividado!?!?!?!?!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: HSMW em Julho 23, 2022, 11:22:48 pm
E os PPR e Certificados de Aforro vão dar mais?  :mrgreen:
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Julho 23, 2022, 11:57:48 pm
E os PPR e Certificados de Aforro vão dar mais?  :mrgreen:

Claro que sim :)
As taxas dos certificados (aforro, tesouro......) estão indexadas à Euribor, que anda sempre mais adiantada do que a taxa do BCE para ceder liquidez!!!!

https://www.igcp.pt/pt/menu-lateral/certificados-de-aforro/taxa-de-juro-anual/

Resumindo, quem deve dinheiro está lixado, porque vai pagar mais dinheiro pelos empréstimos, quem tem muito dinheiro vai passar a ter melhor rentabilidade praticamente sem risco nenhum (tem sempre algum risco, porque há iluminados de esquerda que queriam que Portugal fizesse como a Grécia e não pagasse parte da dívida.... isto é muito bonito de se dizer, mas significa que quem empresta dinheiro ao Estado pode perder dinheiro!!!!!!).

Os Certificados de Aforro já vão quase em 1% ao ano, mas não pense que é muito..... a inflação já vai quase em 10%, quer dizer que perde 8 ou 9% este ano!!!!!!  :mrgreen:

Se a inflação fosse de 2% e os juros de 3%, aí sim, agora isto só significa que estão a retirar dinheiro do mercado, valorizar o Euro e estancar a fuga de capitais para os states e UK, pq têem taxas de juro muito mais elevadas.
O problema é a que custo querem controlar a inflação! Querem acabar com os endividados?
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Outubro 26, 2022, 10:37:05 am
Nova subida das taxas de juro, decidida hoje mesmo e que poderá ser novamente de mais 0,75%, o que coloca a taxa de cedência de liquidez do BCE em 2%.

E em Novembro é provável que as taxas de juro subam ainda mais (talvez 0,5%).

https://www.publico.pt/2022/10/26/economia/noticia/bce-esquece-recessao-prepara-novo-salto-juros-2025348

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica-monetaria/detalhe/diretor-do-grupo-mirabaud-bce-tera-de-parar-de-subir-juros-com-recessao-alema

https://executivedigest.sapo.pt/reuniao-do-bce-aumento-de-75-pontos-base-e-amplamente-antecipado-pelos-mercados-e-nao-deve-ser-uma-surpresa/?doing_wp_cron=1666776696.2008039951324462890625

A única boa notícia, como refere o gestor da Mirabaud, é que as taxas de juro não podem subir mais a partir do momento que a Alemanha entre em recessão, o que está para acontecer a qualquer momento. Se de facto ocorrer, o BCE vai deixar de combater a inflação, porque a subida das taxas de juro prejudicam a economia muito severamente (financiamento e re-financiamento das empresas e dos particulares).

Enquanto isso a FED já anunciou que irá subir os juros até aos 4,5%!!!! Espero que a jurista que acordou tarde para o problema da inflação, não siga os americanos, ou vamos todos penar com taxas de juro de 4,5%!!!!!!!!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Daniel em Outubro 26, 2022, 03:55:53 pm
BCE pode aumentar taxas de juro em mais 50 pontos-base em dezembro
https://executivedigest.sapo.pt/bce-pode-aumentar-taxas-de-juro-em-mais-50-pontos-base-em-dezembro/
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O Banco Central Europeu (BCE) reúne-se esta quinta-feira para discutir um novo aumento das taxas de juro, parte da estratégia no combate à inflação galopante. Os economistas concordam que há uma grande possibilidade de um aumento de 75 pontos-base por parte do BCE, mas e adiante?

De acordo com Francis Villeory de Gallhau, chefe do banco central francês e membro do BCE, a na próxima reunião marcada para 15 de dezembro pode assistir-se a uma nova subida de 50 pontos-base, terminando o ano com uma taxa de 2%. Quem partilha da mesma opinião é o Economista-Chefe do BCE, Philip Lane, que apontou que a taxa neutra estava ligeiramente acima dos 2%.

“No entanto, há uma forte expectativa de que o BCE irá abrandar o ritmo das subidas de taxas após a reunião de hoje, indo para uma subida de 50 pb em Dezembro e de 25 pb nas 2 reuniões subsequentes”, dizem os analistas da XTB em análise aos cenários da reunião do BCE.

De acordo com a XTB, houve alguns rumores sobre o potencial lançamento de um aperto quantitativo (QT), um processo pelo qual um banco central reduz a sua propriedade de ativos financeiros, no entanto, “é provável que o QT continue a ser um tópico de discussão e não uma linha de ação por enquanto”.

“A Presidente do BCE disse no mês passado que o QT começará no momento em que o banco achar que é o mais certo, mas também disse que começará depois de as taxas atingirem um nível neutro de aumento, e nós ainda não chegámos lá”, explicou a XTB, sublinhando que ainda é incerto se o BCE decidirá reduzir o seu balanço através de vendas ativas de títulos ou simplesmente não reinvestir títulos vencidos.
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Daniel em Outubro 26, 2022, 03:58:38 pm
Viajante
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Enquanto isso a FED já anunciou que irá subir os juros até aos 4,5%!!!! Espero que a jurista que acordou tarde para o problema da inflação, não siga os americanos, ou vamos todos penar com taxas de juro de 4,5%!!!!!!!!

Não creio que essas taxas de juro de 4,8% venha a ser uma realidade na Europa, pois se tal vier a acontecer, será o fim para milhares de famílias.
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Outubro 26, 2022, 09:34:18 pm
Viajante
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Enquanto isso a FED já anunciou que irá subir os juros até aos 4,5%!!!! Espero que a jurista que acordou tarde para o problema da inflação, não siga os americanos, ou vamos todos penar com taxas de juro de 4,5%!!!!!!!!

Não creio que essas taxas de juro de 4,8% venha a ser uma realidade na Europa, pois se tal vier a acontecer, será o fim para milhares de famílias.

Referi 4,5%. a FED já disse que os juros vão chegar a 4,5% em 2023. O BCE está a tentar acompanhar as subidas e é quase certo que vão subir hoje para 2% e em finais de Novembro ou Dezembro, vão subir mais 0,5% (estimativas).

Uma coisa é certa, a taxa de juro decretada pelo BCE vai ficar entre 2,5% e 4,5% e só para, não por temores em relação aos endividados, mas porque a subida dos juros coloca as economias em recessão!!!!! E aí a Alemanha intervém (já estará a entrar em recessão!!!!!)

Por outro lado o BCE tem um enorme problema de liquidez na economia que tem de resolver!!!!!!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: P44 em Outubro 27, 2022, 10:57:56 am
Viajante
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Enquanto isso a FED já anunciou que irá subir os juros até aos 4,5%!!!! Espero que a jurista que acordou tarde para o problema da inflação, não siga os americanos, ou vamos todos penar com taxas de juro de 4,5%!!!!!!!!

Não creio que essas taxas de juro de 4,8% venha a ser uma realidade na Europa, pois se tal vier a acontecer, será o fim para milhares de famílias.

E os porcos gordos ralados
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Outubro 27, 2022, 02:04:01 pm
Aí está a notícia esperada, a senhora advogada subiu as taxas de juro de cedência de liquidez do BCE em 0,75% para 2% ao ano!!!!

BCE volta a subir taxas de juro na Zona Euro em 75 pontos base

O conselho do BCE encontrou-se esta quinta-feira para decidir o futuro da política monetária da região. Para tentar travar a escalada da inflação, colocou a principal taxa de refinanciamento em 2%.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/bce-volta-a-subir-taxas-de-juro-na-zona-euro-em-75-pontos-base

E antes do final do ano, espera-se que chegue aos 2,5% (mais um aumento de 0,5%).
Espero que expliquem à senhora advogada, que a menos que combater a inflação seja mais importante que tudo o resto (bem sei que o único objectivo "religioso" a cumprir pelo BCE, e mal, é apenas a inflação, inscrito nos estatutos do BCE), pode ter de lidar com uma crise económica + crise de endividamento público + crise bancária (falência das empresas e famílias com dívidas aos bancos).
É que eu não tenho a menor dúvida de que a economia europeia não vai aguentar uma taxa igual à que vai impor a FED de 4,5% e eles (americanos) não têem ainda por cima o conflito às portas e a crise energética consequente em cima!!!!!

Saudades do Mário Draghi!  :-[
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: P44 em Outubro 27, 2022, 02:54:12 pm
Viva!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Daniel em Outubro 28, 2022, 08:07:59 am
Aí está a notícia esperada, a senhora advogada subiu as taxas de juro de cedência de liquidez do BCE em 0,75% para 2% ao ano!!!!

BCE volta a subir taxas de juro na Zona Euro em 75 pontos base

O conselho do BCE encontrou-se esta quinta-feira para decidir o futuro da política monetária da região. Para tentar travar a escalada da inflação, colocou a principal taxa de refinanciamento em 2%.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/bce-volta-a-subir-taxas-de-juro-na-zona-euro-em-75-pontos-base

E antes do final do ano, espera-se que chegue aos 2,5% (mais um aumento de 0,5%).
Espero que expliquem à senhora advogada, que a menos que combater a inflação seja mais importante que tudo o resto (bem sei que o único objectivo "religioso" a cumprir pelo BCE, e mal, é apenas a inflação, inscrito nos estatutos do BCE), pode ter de lidar com uma crise económica + crise de endividamento público + crise bancária (falência das empresas e famílias com dívidas aos bancos).
É que eu não tenho a menor dúvida de que a economia europeia não vai aguentar uma taxa igual à que vai impor a FED de 4,5% e eles (americanos) não têem ainda por cima o conflito às portas e a crise energética consequente em cima!!!!!

Saudades do Mário Draghi!  :-[

Depois temos um outro problema, o BCE aumenta às taxas de juro para tentar combater a inflação, mas depois, vemos os governos da EU com várias medidas para apoiar a economia, ajudar empresas e famílias, ou seja, assim não vamos longe.
Pelo que ouvi ontem, a grande maioria dos especialistas em economia, não acredita que o aumento das taxas de juro na EU, passe dos 3% no máximo 3,5%, vamos ver se vai ser assim.
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Outubro 29, 2022, 11:19:22 am
Depois temos um outro problema, o BCE aumenta às taxas de juro para tentar combater a inflação, mas depois, vemos os governos da EU com várias medidas para apoiar a economia, ajudar empresas e famílias, ou seja, assim não vamos longe.
Pelo que ouvi ontem, a grande maioria dos especialistas em economia, não acredita que o aumento das taxas de juro na EU, passe dos 3% no máximo 3,5%, vamos ver se vai ser assim.

Tudo aponta para que as taxas de juro impostas pelo BCE fiquem a baixo de 4,5% (taxa que a FED admitiu como meta para 2023), mas com esta senhora À frente do BCE não tenho certezas nenhumas, só constacto que basta o Deutsche Bundesbank berrar para subir os juros e a jurista obedece!
Tal seria impensável com o Mário Draghi, a Alemanha implorava para que o BCE não comprasse dívida dos países aflitos e o BCE comprava milhares de milhões de euros de dívida (na prática significa que injectava mais dinheiro na economia e mantinha a dívida baixa!

Mas não sabemos os limites da senhora, parece que fica indignada por não perceber como é que o cidadão comum não consegue lidar com a inflação e apertar o cinto como ela faz com os míseros 1 500€ da salário que aufere...... diariamente!!!!!!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: P44 em Outubro 29, 2022, 11:29:12 am
Desde que a Alemanha esteja bem, os outros podem sofrer à vontade
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Outubro 29, 2022, 12:31:08 pm
Desde que a Alemanha esteja bem, os outros podem sofrer à vontade

Mais ou menos isso! Quem teve a brilhante ideia de colocar nos estatutos do BCE que a principal preocupação é apenas e tão só a inflação.......

Mas também temos de ter calma, os juros não vão disparar por aí a fora (pelo menos não é previsível para já, a não ser que alguém carregue nalgum botão que não devia!). Eu ainda sou do tempo em que cheguei a ter certificados de aforro com juros de 17% ao ano no início da década de 90  :mrgreen:

Interessa agora a quem não é endinheirado, que tome algumas medidas:
- Acabar com créditos caros e supérfluos (cartões de crédito, crédito para férias......)
- Eliminar despesas mensais evidentes (evitar jantar fora com a família, adiar compras para Janeiro, quando os comerciantes baixam os preços da época natalícia,......
- Não caír no erro de liquidar o empréstimo-habitação com a liquidez que nos resta, a não ser que consigamos eliminar totalmente a dívida.

Nesta época interessa é termos liquidez para quando for preciso. Já agora, liquidez é dinheiro vivo ou no banco mais activos que rapidamente podemos transformar em dinheiro no curto-prazo (até 1 semana), como fundos de investimentos, acções, ouro de investimento (Legionário? Já me desfiz do ouro em alta  :mrgreen:
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: P44 em Outubro 29, 2022, 08:07:11 pm
(https://i.ibb.co/YP3jscX/Screenshot-20221028-080408-2.png)
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Janeiro 16, 2023, 12:07:43 pm
Bem, parece que a senhora advogada ganhou juízo e como a inflação está a descer mais rápido que o esperado, podemos ter algumas boas notícias.

Economistas veem pico das taxas do BCE nos 3,25% em maio e alívio a começar em julho

As taxas de juro dos depósitos na Zona Euro deverão subir 125 pontos base nas três próximas reuniões e baixar para os 3% em julho, mantendo-se nesse nível até final do ano, segundo os economistas ouvidos pela Bloomberg. A taxa de inflação no bloco da moeda única, estimam, cairá para 3,7% em dezembro.

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https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica-monetaria/detalhe/economistas-veem-pico-das-taxas-do-bce-nos-325-em-maio-e-alivio-a-comecar-em-julho

A ser verdade, são notícias menos más, eu próprio imaginava que as taxas de juro iriam atingir entre 3,5 a 4,5%!!!!!
Mas...... são previsões! Entre uma previsão e a realidade......
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Fevereiro 02, 2023, 09:44:21 am
BCE vai subir novamente juros em 50 pontos base

O Banco Central Europeu (BCE) deverá aumentar, sem grande surpresa, esta quinta-feira a taxa de juro em 50 pontos base, deixando para trás as subidas de 75 pontos base registadas no ano passado.

(https://thumbs.web.sapo.io/?W=775&H=0&delay_optim=1&webp=1&epic=NTEw3zaRSZyIz9R2jhCiV6ZPmnMjS6TzaMt6i0o+jyLniUIWHDPjKkiNmG2JdP9uzBr4fAm2NSJfLnY9pE5zlWTHWAppk5Zm4HKRf3RqB08uN1E=)

Esta quinta-feira tem lugar a primeira reunião do ano do BCE, depois de ter fechado 2022 no total com um conjunto de aumentos de 250 pontos base. Na última reunião em dezembro, o BCE avançou com uma subida de 50 pontos base, após dois aumentos consecutivos de 75 pontos base.

“É esperado um aumento de 50 pontos base, de acordo com o mercado monetário, devendo o BCE corroborar também uma alta de mais 50 pontos base na próxima reunião no dia 16 de março”, considera Paulo Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, em declarações à Lusa.

Na mesma linha, em declarações à Lusa, Filipe Garcia, presidente da IMF — Informação de Mercados Financeiros, acredita que “o BCE deverá subir em 50 pontos base [os juros], sinalizar que o trabalho não está feito e que, apesar de sinais positivos na evolução da inflação, também os há na economia, pelo que o aperto monetário deverá continuar ao longo do semestre”.

Franck Dixmier, diretor global de investimentos em obrigações da Allianz Global Investors (AllianzGI), que também espera uma subida de 50 pontos base, numa nota de ‘research’ espera “que a presidente do BCE continue a insistir na sua mensagem agressiva, enquanto permanecem muito moderadas as expetativas dos investidores sobre a taxa terminal”.

Por seu turno, Paulo Rosa dá nota de que “a significativa desaceleração” da inflação na zona euro em janeiro, “pode atenuar o tom ‘hawkish’ de Christine Lagarde (refrear um pouco a sua atual postura restritiva), sendo expectável, ainda neste primeiro semestre, que seja alcançada a taxa de juro terminal do banco central da zona euro, remetendo algum alívio para a segunda metade do ano”.

“A inflação subjacente na zona euro caiu 0,8% em cadeia e fixou-se nos 5,5% em termos homólogos, corroborando uma considerável melhoria dos receios inflacionistas, permitindo ao BCE moderar a sua política energicamente contracionista, desacelerando o ritmo de aumento das suas taxas de juro”, justifica.

Também o Goldman Sachs aponta, numa nota de ‘research’ para um ritmo constante de aumentos de 50 pontos base, considerando, contudo, que a taxa terminal “depende dos dados”.

Paulo Rosa destaca ainda que o BCE irá começar a reduzir o balanço no próximo mês de março e ascenderá, em média, a 15 mil milhões de euros por mês até ao final do segundo trimestre de 2023.

“A evolução da inflação e do crescimento económico determinará o ritmo a partir dessa data. A desaceleração da inflação em janeiro na zona euro não é suficiente para refrear a atual dimensão de redução do balanço, mas a ameaça de uma eventual recessão à medida que os juros sobem poderá condicionar o ‘quantitative tightening’ do BCE na segunda metade do ano”, explica.

A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito estão, atualmente, em 2,50%, 2,75% e 2%.

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/bce-vai-subir-novamente-juros-em-50-pontos-base

Resumo:
Como a economia europeia está melhor do que esperado, o BCE deve subir ainda mais as taxas de juro para liquidar a inflação mais depressa!!!!!
Tenho dúvidas que a taxa de juro pare nos 3,25%!
E o BCE continua a retirar liquidez do mercado à velocidade de 15 mil milhões de euros por mês até ao fim do 2º trimestre!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: P44 em Fevereiro 02, 2023, 09:45:23 am
Tá tudo bem, em 6 meses a prestação da casa subiu -me 92€, continuem o bom trabalho. O céu é o limite!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Fevereiro 02, 2023, 10:17:27 am
Tá tudo bem, em 6 meses a prestação da casa subiu -me 92€, continuem o bom trabalho. O céu é o limite!

É o que dá ter uma advogada política num cargo financeiro!
Saudades do Mário Draghi, esse ao menos vinha de um país endividado, percebia muito bem quais são os nossos problemas, comuns à Europa do Sul!!!!!!

Mas deixe lá que estou pior do que você!
Estou a acabar um empréstimo e tenho uma casa a construír, que está pronta dentro de alguns meses!!!!!
Mas também vou lixar o banco, não peço a licença de habitabilidade tão cedo, nem que tenha de pedir mais uma prorrogação da licença de obras na Cãmara (custa menos de 100€), assim só pago juros do novo financiamento, sem qualquer amortização de capital  :mrgreen:

Até ver-me livre da actual casa, pelo menos  :mrgreen:
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Março 01, 2023, 04:41:05 pm
Obrigadinho Joaquim!

Bundesbank defende mais subidas das taxas de juro depois de março

O presidente do Bundesbank, Joachim Nagel, afirmou esta quarta-feira que são necessárias mais subidas das taxas de juro na zona euro depois de março, dado que a inflação se mostra persistente.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/bundesbank-defende-mais-subidas-das-taxas-de-juro-depois-de-marco

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao-europeia/detalhe/inflacao-na-alemanha-acelera-para-93-em-fevereiro?ref=DET_Recomendadas_pb
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Março 16, 2023, 02:35:02 pm
Turbulência na banca não pára BCE. Juros na Zona Euro sobem mais 50 pontos base

A autoridade monetária liderada por Christine Lagarde decidiu subir as três taxas de juro na Zona Euro, em linha com o esperado pelo mercado. Admite, contudo, que está a acompanhar "o nível elevado de incerteza".

(https://cdn2.jornaldenegocios.pt/images/2023-02/img_900x560$2023_02_02_14_16_10_445595.jpg)

As taxas de juro na Zona Euro voltam a subir 50 pontos base. O Banco Central Europeu (BCE) decidiu aumentar as três taxas, em linha com o esperado pelo mercado, apesar do "stress" que se tem vivido no sistema financeiro, primeiro com a queda do Silicon Valley Bank (SVB) nos Estados Unidos e, mais recentemente, com a crise do Credit Suisse, na Europa.

"Projeta-se que a inflação permaneça demasiado elevada durante demasiado tempo. Por conseguinte, o Conselho do BCE decidiu hoje [quinta-feira] aumentar as três taxas de juro diretoras do BCE em 50 pontos base, em conformidade com a sua determinação em assegurar um retorno atempado da inflação ao objetivo de 2% a médio prazo", explica o banco central liderado por Christine Lagarde.

A partir de 22 de março, a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento passa para 3,5%, enquanto as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez sobem para 3,75% e a taxa aplicável à facilidade permanente de depósito para 3%.

A decisão visa tentar travar a escalada da inflação, que se fixou em 8,5% em fevereiro (apesar de a abrandar). Os preços continuam a ser a principal preocupação pelo que os analistas já esperavam uma nova subida das taxas de juro. Ainda assim, o BCE admite que a turbulência no mercado está a pesar.

"O nível elevado de incerteza reforça a importância de uma abordagem dependente dos dados nas decisões do Conselho do BCE sobre as taxas diretoras, que serão determinadas pela avaliação do mesmo das perspetivas de inflação, à luz dos dados económicos e financeiros que forem sendo disponibilizados, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária", refere o BCE.

A par da mudança nos juros, a autoridade liderada por Christine Lagarde continua igualmente a diminuir "a um ritmo comedido e previsível" a carteira do programa de compra de ativos (APP) ao não reinvestir a totalidade dos pagamentos de capital de títulos que atingem as maturidades.

Tal como previsto, a diminuição ascenderá, em média, a 15 mil milhões de euros por mês até ao final de junho de 2023 "e o seu ritmo subsequente será determinado com o tempo". No que respeita ao programa de compra de ativos devido a emergência pandémica (PEPP), o conselho do BCE tenciona reinvestir os pagamentos de capital da dívida que atinge o prazo até, pelo menos, ao final de 2024.

"De qualquer forma, a futura descontinuação gradual da carteira do PEPP será gerida de modo a evitar interferências com a orientação de política monetária apropriada. O Conselho do BCE continuará a aplicar flexibilidade no reinvestimento dos reembolsos previstos no âmbito da carteira do PEPP, a fim de contrariar os riscos para o mecanismo de transmissão da política monetária relacionados com a pandemia", acrescenta.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/turbulencia-na-banca-nao-para-bce-juros-na-zona-euro-sobem-mais-50-pontos-base

Carrega senhora advogada! O céu é o limite!
Para combater a inflação, vão sacrificar os endividados e agora os bancos?!?

Pois é melhor: https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/bce-disponivel-para-dar-apoio-a-liquidez-do-sistema-financeiro-se-necessario
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Abril 13, 2023, 10:05:23 am
Estão todos à espera das actas do BCE (para perceberem as tendências e decisões futuras do BCE), mas parece que há mais sinais de que o BCE vai pelo menos abrandar as subidas das taxas de juro (a inflação demora a descer, mas está a descer e também muito importante, as economias estão todas a abrandar!).

Europa no verde. Juros aliviam na Zona Euro à espera das atas do BCE

Europa abre no verde com palavras de governador do Banco de França

Juros aliviam na Zona Euro em dia de atas do BCE

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/mercados-num-minuto/detalhe/europa-aponta-para-ganhos-ligeiros-pelo-terceiro-dia-asia-mista
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Abril 13, 2023, 04:28:44 pm
Responsáveis do BCE convergem para subida de 25 pontos base em maio

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/responsaveis-do-bce-convergem-em-subida-de-25-pontos-base-em-maio

Esperamos que seja o último aumento, em Maio!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Abril 24, 2023, 11:16:09 am
Governador belga abre a porta a pico de 4% da taxa de juro diretora na Zona Euro

"Não me surpreenderia se chegássemos aos 4%", afirmou  Pierre Wunsch, indicando assim que os custos dos empréstimos podem ir para lá do esperado pelos investidores, os quais para já e segundo o FT apontam para um pico de 3,75%.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/governador-belga-abre-a-porta-a-pico-de-4-da-taxa-de-juro-diretora-na-zona-euro

Más notícias para os endividados! O mercado esperava que o pico no BCE fosse atingido este ano, no Outuno, com 3,75%. Afinal...... pode chegar aos 4%!!!!
Descidas das taxas só em 2024 (se acontecerem antes de 2024 quer dizer que a economia vai estar pior do que esperado!).
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Daniel em Abril 30, 2023, 03:22:17 pm
Opiniões dos especialistas dividem-se, entre  0,25 e 0,5%, mas qualquer que seja a solução vai penalizar quem tem crédito à habitação. Simulações mostram subidas de 100 euros.
https://ionline.sapo.pt/artigo/798118/juros-voltam-a-subir-em-maio?seccao=Dinheiro_i
Citar
O cerco vai voltar a apertar já no próximo dia 4 de maio. O Banco Central Europeu (BCE) irá aumentar novamente as taxas de juro, mas as opiniões dividem-se junto dos especialistas contactados pelo Nascer do SOL. Há quem seja mais otimista, e aponte para uma subida de 0,25%, mas há quem arrisque os 0,5%. O certo é que irá tornar o crédito mais caro, aumentando por exemplo o valor das prestações mensais das hipotecas. Uma situação que também terá reflexos em quem está a pensar em pedir empréstimos.
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Maio 04, 2023, 03:13:39 pm
BCE abranda aperto monetário ao subir taxas de juro em 25 pontos base

O Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta quinta-feira aumentar as suas três taxas de juro em 0,25 pontos percentuais, abrandando o ritmo de aperto monetário.

(https://cdn2.jornaldenegocios.pt/images/2023-03/img_900x560$2023_03_16_20_34_48_448785.jpg)

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta quinta-feira, 4 de maio, abrandar o aperto monetário para travar a inflação, subindo as taxas de juro em 25 pontos base, um aumento inferior ao registado em reuniões anteriores.

Com esta subida decidida pelo Conselho de Governadores, a taxa às operações principais de refinanciamento sobe para 3,75%, enquanto a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez avança para 4% e a taxa de depósitos para 3,25%.

Depois de várias reuniões com subidas das taxas de juro em 50 pontos base, o BCE justifica o aumento de hoje, menos acentuado, com o impacto que o aperto monetário pode estar já a ter na economia (e na inflação).

Recorde-se que na última reunião dos governadores do BCE tinha ficado assente que a decisão desta quinta-feira seria dependente de dados (Christine Lagarde não sinalizou qual seria a direção de Frankfurt). Por isso, no comunicado desta quinta-feira, e que antecede a conferência de imprensa da presidente do autoridade monetária, é dito que "a informação recente apoia o entendimento anterior".

Ou seja, a inflação desceu nos últimos meses, mas as pressões inflacionistas subjacentes "continuam fortes".

Ao mesmo tempo, continua o BCE, os dados mostram que as subidas anteriores das taxas de juro "estão a ser transmitidas em força nas condições monetárias e de financiamento da Zona Euro". Ainda assim, admite que o desfasamento e a força da transmissão do aperto monetário à economia real "continua incerto".

A par da mudança nos juros, a autoridade liderada por Christine Lagarde continua igualmente a diminuir "a um ritmo comedido e previsível" a carteira do programa de compra de ativos (APP) ao não reinvestir a totalidade dos pagamentos de capital de títulos que atingem as maturidades.

Tal como previsto, a diminuição ascenderá, em média, a 15 mil milhões de euros por mês até ao final de junho de 2023. "O Conselho de Governadores espera descontinuar os reinvestimentos do APP em julho deste ano", lê-se no comunicado.

Relativamente ao programa de compra de ativos devido a emergência pandémica (PEPP), o conselho do BCE tenciona reinvestir os pagamentos de capital da dívida que atinge o prazo até, pelo menos, ao final de 2024.

Sobre o futuro: BCE diz apenas que vai continuar a seguir dados

Sobre os próximos passos, o Conselho de Governadores do BCE diz apenas que "as decisões futuras vão garantir que as taxas de juro vão ser levadas para níveis suficientemente restritivos para atingir, de forma atempada, um regresso da inflação ao objetivo de 2% no médio prazo - e que serão mantidas nesses níveis enquanto for necessário".

Nesse sentido, o BCE diz que vai "continuar a seguir uma abordagem que dependa dos dados para determinar o nível apropriado e a duração da restrição", causada pelo aperto monetário, com base em dados económicos e financeiros, na inflação subjacente (que ao excluir elementos mais voláteis é vista como mais crítica) e a força da transmissão da política monetária.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica-monetaria/detalhe/bce-abranda-aperto-monetario-ao-subir-taxas-de-juro-em-25-pontos-base
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Lusitano89 em Maio 24, 2023, 09:22:22 pm
BCE celebra 25 anos e apresenta euro digital


Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Junho 14, 2023, 04:11:07 am
BCE pede aos bancos europeus para saírem “rapidamente” da Rússia

Alguns bancos europeus, como o austríaco Raiffeisen Bank International e o italiano UniCredit, continuam em atividade na Rússia. Supervisor do BCE apela a que "saiam rapidamente".

Os bancos da Zona Euro presentes na Rússia devem sair rapidamente, disse esta terça-feira o principal supervisor do Banco Central Europeu (BCE), num raro apelo aos credores para encerrar as operações naquele país, mais de um ano após o início da invasão russa na Ucrânia.

“Penso que é importante que os bancos continuem muito concentrados em reduzir ainda mais as suas exposições e, idealmente, em sair do mercado o mais rapidamente possível“, disse Andrea Enria, o principal supervisor do BCE, durante numa conferência.

Passado mais de um ano desde que Moscovo invadiu a Ucrânia, alguns bancos europeus, incluindo o austríaco Raiffeisen Bank International e o italiano UniCredit, continuam a ganhar dinheiro na Rússia.

Embora reconheça que os bancos já não concedem novos empréstimos na Rússia e que é difícil vender devido à pressão de Moscovo, incluindo a exigência de aprovação presidencial, Enria sublinhou, citado pela Reuters, a necessidade de adotar novas ações.

“Este é um processo que não só elogiamos, como pressionamos fortemente os bancos a realizarem, porque há um enorme risco de reputação (envolvido) em continuar a operar na Rússia“, disse o responsável.

O Raiffeisen e o UniCredit, que garantem estar a reduzir a sua atividade na Rússia, desempenham um papel importante na economia russa, que enfrenta sanções da União Europeia e aliados. O Raiffeisen, o mais importante banco ocidental na Rússia, anunciou que está a examinar uma cisão ou venda.

VTB vai vender grande retalhista de cereais

Entretanto, o VTB, o segundo maior banco da Rússia, vai vender a sua participação num dos maiores comercializadores de cereais da Rússia, a Demetra, estando em negociações com compradores russos e estrangeiros, disse o CEO, Andrei Kostin, em entrevista à Reuters.

A Demetra possui uma rede de elevadores de cereais, grandes terminais de cereais em alto mar e a sua própria logística. O VTB detém uma participação de 45% na holding.

“Estamos a sair de lá. Está decidido. Estamos fora de controlo há muito tempo e vamos sair completamente“, reiterou Kostin, assinalando que a participação da VTB será vendida ainda este ano. Questionado se já tinham interessados, respondeu que “até, talvez, não sejam apenas russos”. Sem detalhar, afirmou apenas que são de “países amigos”, expressão utilizada pelo Kremlin para descrever os países que não impuseram sanções à Rússia.

https://eco.sapo.pt/2023/06/13/bce-pede-aos-bancos-europeus-para-sairem-rapidamente-da-russia/

Os Bancos na rússia para concederem empréstimos a alguém, precisam de acordo presidencial!?!?!?! É o absolutismo do Czar e uma das formas de controlar quem não é alinhado! Só recebem empréstimos quem for alinhado e só empresta se o ditador vitalício aprovar!!!!!!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Junho 15, 2023, 02:13:41 pm
BCE sobe juros na Zona Euro em 25 pontos base para o nível mais alto desde 2001

Apesar de a Zona Euro ter entrado em recessão técnica, a inflação continua acima da meta de 2% do banco central, o que justifica a decisão de voltar a aumentar os juros.

(https://cdn5.jornaldenegocios.pt/images/2023-03/img_900x560$2023_03_16_20_34_48_448785.jpg)

Sem surpresas, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu subir as três taxas de juro de referência na Zona Euro em 25 pontos base, no nível mais elevado desde 2001. Em menos de um ano, a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde aumentou assim o preço do dinheiro em 400 pontos base.

"A inflação tem vindo a descer, mas as projeções indicam que permanecerá demasiado elevada durante demasiado tempo. O Conselho do BCE está empenhado em assegurar o retorno atempado da inflação ao seu objetivo de médio prazo de 2%. Por conseguinte, decidiu [esta quinta-feira] aumentar as três taxas de juro diretoras do BCE em 25 pontos base", anunciou em comunicado após o encontro.

A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento passa assim para 4%, a aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez para 4,25% e à facilidade permanente de depósito para 3,5%.

A decisão corresponde à expectativa do mercado, que começa já antecipar quando é que o BCE irá começar a pensar em fazer um ajustamento até porque desde o anterior encontro do conselho houve um importante desenvolvimento na frente económica: a Zona Euro entrou em recessão técnica.

No entanto, ainda persistem as pressões inflacionistas. Embora as altas de preços face ao ano anterior tenham desacelerado no final de maio, com a inflação global nos 6,1% face aos 7% de abril, o nível da inflação subjacente – nos 5,3% face aos 5,6% em abril – permanece muito elevada em relação à meta de 2%.

"As suas decisões sobre as taxas de juro continuarão a basear-se na sua avaliação das perspetivas de inflação, à luz dos dados económicos e financeiros que forem sendo disponibilizados, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária", referem os decisores.

Além dos juros, o BCE vai igualmente mexer nos programas de compra de dívida, tal como já tinha anunciado. A carteira do programa regular está atualmente a diminuir a um ritmo "comedido e previsível" de 15 mil milhões de euros por mês até ao final deste mês, mas depois disso os reinvestimentos serão descontinuados.

Já em relação ao programa de compra de ativos devido a emergência pandémica (PEPP), o BCE tenciona reinvestir os pagamentos de capital dos títulos que atingem o prazo até, pelo menos, ao final de 2024. "De qualquer forma, a futura descontinuação gradual da carteira do PEPP será gerida de modo a evitar interferências com a orientação de política monetária apropriada", acrescenta.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/bce-sobe-taxas-de-juro-na-zona-euro-em-mais-25-pontos-base

Infelizmente é muito provável que o BCE ainda suba os juros um bocado mais. Alívio só lá para 2024!!!!!!!
Infelizmente para a Europa do Sul!!!!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Lusitano89 em Julho 27, 2023, 05:17:18 pm
Banco Central Europeu volta a subir taxas de juro de referência



Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Daniel em Julho 27, 2023, 06:18:48 pm
BCE sobe juros na Zona Euro em 25 pontos base para o nível mais alto desde 2001

Apesar de a Zona Euro ter entrado em recessão técnica, a inflação continua acima da meta de 2% do banco central, o que justifica a decisão de voltar a aumentar os juros.

(https://cdn5.jornaldenegocios.pt/images/2023-03/img_900x560$2023_03_16_20_34_48_448785.jpg)

Sem surpresas, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu subir as três taxas de juro de referência na Zona Euro em 25 pontos base, no nível mais elevado desde 2001. Em menos de um ano, a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde aumentou assim o preço do dinheiro em 400 pontos base.

"A inflação tem vindo a descer, mas as projeções indicam que permanecerá demasiado elevada durante demasiado tempo. O Conselho do BCE está empenhado em assegurar o retorno atempado da inflação ao seu objetivo de médio prazo de 2%. Por conseguinte, decidiu [esta quinta-feira] aumentar as três taxas de juro diretoras do BCE em 25 pontos base", anunciou em comunicado após o encontro.

A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento passa assim para 4%, a aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez para 4,25% e à facilidade permanente de depósito para 3,5%.

A decisão corresponde à expectativa do mercado, que começa já antecipar quando é que o BCE irá começar a pensar em fazer um ajustamento até porque desde o anterior encontro do conselho houve um importante desenvolvimento na frente económica: a Zona Euro entrou em recessão técnica.

No entanto, ainda persistem as pressões inflacionistas. Embora as altas de preços face ao ano anterior tenham desacelerado no final de maio, com a inflação global nos 6,1% face aos 7% de abril, o nível da inflação subjacente – nos 5,3% face aos 5,6% em abril – permanece muito elevada em relação à meta de 2%.

"As suas decisões sobre as taxas de juro continuarão a basear-se na sua avaliação das perspetivas de inflação, à luz dos dados económicos e financeiros que forem sendo disponibilizados, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária", referem os decisores.

Além dos juros, o BCE vai igualmente mexer nos programas de compra de dívida, tal como já tinha anunciado. A carteira do programa regular está atualmente a diminuir a um ritmo "comedido e previsível" de 15 mil milhões de euros por mês até ao final deste mês, mas depois disso os reinvestimentos serão descontinuados.

Já em relação ao programa de compra de ativos devido a emergência pandémica (PEPP), o BCE tenciona reinvestir os pagamentos de capital dos títulos que atingem o prazo até, pelo menos, ao final de 2024. "De qualquer forma, a futura descontinuação gradual da carteira do PEPP será gerida de modo a evitar interferências com a orientação de política monetária apropriada", acrescenta.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/bce-sobe-taxas-de-juro-na-zona-euro-em-mais-25-pontos-base

Infelizmente é muito provável que o BCE ainda suba os juros um bocado mais. Alívio só lá para 2024!!!!!!!
Infelizmente para a Europa do Sul!!!!

A sério ? Pensei que fosse para a Europa do Norte. ::)
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Julho 27, 2023, 09:16:58 pm
BCE sobe juros na Zona Euro em mais 25 pontos e deixa futuro em aberto

A inflação continua acima da meta de 2% do banco central, o que justifica a decisão de voltar a aumentar os juros. Além desta decisão, o BCE comunicou que vai fixar a remuneração das reservas mínimas em 0%.

(https://cdn3.jornaldenegocios.pt/images/2023-07/img_900x560$2023_07_27_14_20_14_457509.jpg)

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu esta quinta-feira subir as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, em linha com o que já era esperado pelo mercado.

A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento passa assim para 4,25%, a aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez para 4,5% e à facilidade permanente de depósito para 3,75%.

Esta subida não foi uma surpresa, até porque após a última reunião de política monetária em junho, a presidente do BCE, Christine Lagarde, já tinha deixado claro que o banco central iria "subir juros em julho". "Não estamos a pensar em parar", acrescentou.

Olhando para o futuro, o BCE sublinha que as próximas decisões de política monetária "vão garantir que as taxas de juro diretoras serão colocadas em níveis suficientemente restritivos durante o tempo que for necessário", para fazer regressar a inflação à meta dos 2%.

Para determinar "o nível e a duração" desta política monetária restritiva, "o conselho do BCE vai continuar a adotar uma abordagem dependente dos dados" económicos que vão sendo divulgados, acrescenta o banco central.

Assim, o BCE deixa a decisão de setembro em aberto, mas avisa que inflação subjacente – que dá conta da persistência de pressões inflacionistas nas economias - se mantém forte.

"Os desenvolvimentos deste a última reunião apoiam a expectativa de que a inflação cairá mais ao longo do resto do ano, mas ficará acima da meta for um período prolongado", refere a nota da decisão desta quinta-feira.

Mas, "apesar de alguns indicadores darem sinal de alívio, a inflação subjacente permanece elevada em geral".

Em junho, a inflação subjacente da Zona Euro voltou a subir ligeiramente, aos 5,5%.

Reservas mínimas dos bancos no BCE com taxa de 0%
Além de subir os juros diretores, a autoridade monetária decidiu fixar a remuneração das reservas mínimas dos bancos em 0%. O banco central garante que esta medida vai "perservar a eficácia da política monetária", assegurando que as subidas dos juros se refletem nos mercados monetários.

Paralelamente, o BCE defende que esta decisão irá assegurar a "eficiência da política monetária, já que reduz o valor global de juros que tem de ser pago sobre as reservas".

As reservas mínimas obrigatórias - depositadas pelas instituições financeiras junto dos bancos centrais nacionais - deixam assim de ser remuneradas à taxa aplicável à facilidade permanente de depósito.

Relativamente aos programas de compra de dívida, tal como já tinha anunciado, a carteira do programa regular está atualmente a diminuir a um ritmo "comedido e previsível", uma vez que os reinvestimentos foram descontinuados.

No que diz respeito ao PEPP, o Conselho do BCE manteve a intenção de reinvestir os pagamentos de capital dos títulos vincendos adquiridos ao abrigo do programa até, pelo menos, ao final de 2024. "De qualquer forma, a futura descontinuação gradual da carteira do PEPP será gerida de modo a evitar interferências com a orientação de política monetária apropriada", acrescenta.

No que diz respeito o impacto na execução da política monetária dos reembolsos dos bancos dos montantes emprestados pelo BCE, no âmbito do programa de operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (na sigla inglesa TLTRO), a autoridade monetária explica que vai "avaliar regularmente" este impacto.

Além disso, o BCE recorda que na sua caixa de ferramentas para combater "as dinâmicas injustificadas de mercado que representam uma ameaça à transmissão da política monetária", dispõe do Instrumento de Proteção da Transmissão (TPI), lançado o ano passado e que até hoje não foi utilizado por Lagarde.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/bce-sobe-taxas-de-juro-em-25-pontos-base#loadComments

Notícias esperadas, o BCE subiu mais 0,25% as 3 taxas de juro.
Não há garantia de que o BCE suba ainda mais os juros até ao final do ano, vai depender da economia (que está mais forte do que esperado) e da evolução da inflação, até que chegue pelo menos a 2%.

No entanto o BCE vai continuar a reinvestir as cedências de liquidez feitas do âmbito do PEPP até ao fim de 2024.
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Agosto 25, 2023, 10:15:27 pm
BCE comprometido a "manter as taxas de juro elevadas o tempo que for necessário"

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica-monetaria/detalhe/bce-comprometido-a-manter-as-taxas-de-juro-elevadas-o-tempo-que-for-necessario

Traduzido por miúdos...... não há garantias que as taxas de juro continuem a subir ou que parem de subir!  :(

A 14 de Setembro logo vemos!
Mas quem tem empréstimo à habitação, de certeza que já levaram com um enorme aumento da prestação mensal...... e ainda não parou de aumentar (depende da maturidade da taxa contratada como a Euribor a 12 meses, 6 meses, 3 meses.......

Uma dica, quando as taxas de juro aumentam, a taxa de juro Euribor a 12 meses protege melhor contra as subidas constantes!

Mas quando as taxas de juro descerem ou estagnarem, aí a melhor taxa é a Euribor a 3 meses (bem mais baixa que a taxa anual e como tem validade de apenas 3 meses, vai apanhar as descidas muito mais depressa)!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Setembro 14, 2023, 07:51:17 pm
Lagarde acredita que manter atuais taxas por um período "suficientemente longo" vai domar inflação

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) sinalizou que a decisão de subir as taxas de juro pela décima vez consecutiva - que não foi consensual - poderá ser a última deste ciclo.

(https://cdn5.jornaldenegocios.pt/images/2023-07/img_900x560$2023_07_27_14_23_03_457535.jpg)

O ciclo de subidas das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) poderá ter chegado ao fim após 14 meses e 450 pontos base. Depois de anunciar o décimo aumento consecutivo - que não foi consensual dentro do grupo de decisores -, a presidente Christine Lagarde indicou que poderá seguir-se uma pausa. Mas avisou que os juros não irão descer tão cedo.

"Com base na sua atual avaliação, o Conselho do BCE considera que as taxas de juro diretoras atingiram os níveis que – se forem mantidos durante um período suficientemente longo – darão um contributo substancial para o retorno atempado da inflação ao objetivo", disse Lagarde.

Os níveis a que se refere estarão em vigor a partir de 20 de setembro e refletem a subida de 25 pontos base. A taxa de juro dos depósitos vai avançar para 4% - um novo máximo de sempre -, enquanto a aplicável às operações principais de refinanciamento sobe para 4,5% e a de cedência de liquidez para 4,75%.

Christine Lagarde explicou, contudo, que a duração desse período suficientemente longo não está definida e irá depender da evolução dos dados económicos. Até porque o BCE está mais pessimista e atirou o regresso à meta da inflação de 2% para o verão de 2025, deixando a porta aberta a voltar a subir juros se necessário.

"Não estou a dizer que atingimos o pico. [A expressão] por quanto tempo for necessário não pode ser fixada", advertiu a líder francesa, acrescentando: "Não mudo nada do que disse em Sintra", numa referência ao discurso no Fórum BCE, em junho, quando afirmou que seria preciso juros elevados por um longo período de tempo para domar a inflação.

Após as declarações da presidente do BCE, as principais praças europeias encheram-se de otimismo, com várias bolsas do bloco a negociar com ganhos superiores a 1%, estando o "benchmark" europeu Stoxx 600 a valorizar 1,09% para 458,91 pontos.

No mercado obrigacionista, as "yields" das principais dívidas soberanas da Zona Euro aliviam, estando os juros das Bunds alemãs – referência para a região - a subtrair 3 pontos base para 2,616%. Pelo mercado cambial, o euro perde terreno, estando a desvalorizar 0,66% para 1,0659 dólares.

Decisão foi tomada por "sólida maioria"

Em sentido contrário àquele que tem sido levado a cabo pelo BCE, Christine Lagarde garantiu que um corte nos juros de referência não foi sequer referido durante as discussões, que decorreram entre quarta e quinta-feira.

A presidente do BCE relatou que os 20 governadores e os seis membros do concelho executivo tiveram muitos dados para analisar e que o economista-chefe Philip Lane fez a habitual apresentação. "No final das sessões, tínhamos uma opinião partilhada sobre os dados", avançou.

Ainda assim, "nem todos os membros" concordaram em subir juros. "Alguns governadores preferiam uma pausa e reservar [uma eventual subida] para futuras decisões", apontou. "Uma sólida maioria concordou com a decisão que tomámos. Tivemos de nos contentar com esse resultado", acrescentou.

Lagarde não especificou de quem vieram as opiniões contrárias. Contudo, na semana passada, num artigo publicado esta segunda-feira intitulado "Encruzilhada de políticas", o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, alertou para que o risco de o BCE "fazer de mais" na subida das taxas de juro começar a "materializar-se".

O líder do banco central nacional defendeu que a inflação se tem reduzido mais rapidamente do que subiu e a economia está a ajustar-se às novas condições financeiras pelo que acredita que o objetivo de puxar a inflação para a meta desejada está ao alcance num horizonte próximo.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/taxas-de-juro/detalhe/lagarde-acredita-que-atuais-taxas-durante-um-periodo-suficientemente-longo-vao-domar-inflacao

Infelizmente o BCE subiu as taxas de juro em 0,25%!
A boa notícia é que em princípio será a última vez que o BCE sobe a taxa de juro, agora falta saber quando é que começam a descer.
Mas duvido que comecem a descer antes do verão de 2024!!!!!!!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: P44 em Setembro 15, 2023, 07:18:03 am
Filha de mil put...
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Setembro 18, 2023, 03:24:50 pm
Filha de mil put...

Temos uma senhora Advogada à frente do BCE!!!!!

Por cá, os manhosos do Centeno (que sabia perfeitamente o que aí vinha) e o Costa, deviam explicar ao comum dos portugueses, que o BCE desde que os bancos estouraram a partir de 2008 e principalmente desde que as dívidas soberanas caíram como baralhos de cartas (nós incluídos), emitiu notas de euro como se não houvesse amanhã. Até à pandemia havia um excedente de liquidez colossal! Com a pandemia ainda injectaram mais dinheiro na economia.......

O que vinha a seguir? Obviamente que vinha a inflação! E como é que se combate? Obviamente com juros mais elevados que levam a uma recessão!!!!!

O Centena sabia perfeitamente o que aí vinha, o Costa não sabia mas de certeza que lhe explicaram!
Agora fazerem-se de sonsos é que não!

Uma economia de mercado (perfeita ou imperfeita), funciona por ciclos, ora recessivos ora de expansão.
Durante mais de 10 anos tivemos taxas de juro de zero ou mesmo negativas (um fartote para os endividados), agora..... é aguentar até 2024/25!

Mas a senhora advogada devia ter agido mais cedo e nunca precisávamos de taxas tão altas! Arrastou os pés desde 2021 (com a inflação alta) até 2022 sem nada fazer!
Outro aspecto é que nos países nórdicos, não há tantos proprietários como em Portugal (por cá, 70% das pessoas são donas das casas!). Os pontos fracos dos países nórdicos não são os nossos!!!!!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Novembro 18, 2023, 09:25:15 am
Boas notícias para quem tem empréstimos habitação! A Euribor a 12 meses estar mais baixa que a Euribor a 6 meses, significa que em 2024, muito provavelmente as taxas de juro vão baixar!!!!!
Esta tendência começou a verificar-se à 1 semana!

Taxas Euribor descem nos três principais prazos

Esta sexta-feira, as taxas Euribor desceram nos três prazos: a três meses para 3,984%, a seis meses para 4,064% e a 12 meses para 3,991%.

As taxas Euribor desceram esta sexta-feira a três, seis e a 12 meses, face a quinta-feira.

A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu esta sexta-feira para 3,991% (-0,042 pontos), face a quinta-feira, depois de ter aumentado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a setembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,1% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,7% e 23,4%, respetivamente.

No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, desceu esta sexta-feira para 4,064%, menos 0,007 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu face à sessão de quinta-feira, ao ser fixada em 3,984%, menos 0,018 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas. A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

https://eco.sapo.pt/2023/11/17/taxas-euribor-descem-nos-tres-principais-prazos-2/
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: CruzSilva em Novembro 18, 2023, 10:23:05 pm
Boas notícias para quem tem empréstimos habitação! A Euribor a 12 meses estar mais baixa que a Euribor a 6 meses, significa que em 2024, muito provavelmente as taxas de juro vão baixar!!!!!
Esta tendência começou a verificar-se à 1 semana!

Taxas Euribor descem nos três principais prazos

Esta sexta-feira, as taxas Euribor desceram nos três prazos: a três meses para 3,984%, a seis meses para 4,064% e a 12 meses para 3,991%.

As taxas Euribor desceram esta sexta-feira a três, seis e a 12 meses, face a quinta-feira.

A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu esta sexta-feira para 3,991% (-0,042 pontos), face a quinta-feira, depois de ter aumentado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a setembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,1% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,7% e 23,4%, respetivamente.

No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, desceu esta sexta-feira para 4,064%, menos 0,007 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu face à sessão de quinta-feira, ao ser fixada em 3,984%, menos 0,018 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas. A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

https://eco.sapo.pt/2023/11/17/taxas-euribor-descem-nos-tres-principais-prazos-2/
Inicialmente pensei que iria demorar mais.
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Dezembro 04, 2023, 03:36:00 pm
BCE: Descidas da inflação levam mercados a apostar em corte de juros já no primeiro semestre de 2024

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/bce-descidas-da-inflacao-levam-mercados-a-apostar-em-corte-de-juros-ja-no-primeiro-semestre-de-2024/

Boas notícias para todos (mesmo quem não tem empréstimos, beneficia da futura redução dos juros pagos pelos países endividados).
As taxas Euribor estão todas a descer, porque antecipam que o BCE pode já começar a descer os juros em Janeiro!!!! Não é garantido, mas seguramente nos próximos meses vão começar a baixar.

E porquê? Porque a inflação está a desacelerar bastante e as principais economias da Europa tiveram trimestres com crescimento negativo (podem mesmo ter entrado em recessão. Só temos a certeza que estão em recessão, se tiverem um 2º trimestre também negativo!).
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Maio 27, 2024, 09:40:21 am
Mais notícias positivas para quem tem empréstimo à habitação.
No entanto e como já tinha referido, o imobiliário vai continuar a crescer, porque tem 2 estímulos muito fortes, a esperada baixa das taxas de juro e as garantias dadas pelo Estado Português a quem é jovem e quer comprar casa!!!!! Espero que o Estado saiba o que está a fazer, ao apoiar o comprador, está a dizer aos vendedores que vão ter maior procura pelas casas que pretendem vender. O efeito é o oposto ao pretendido!!!!!

BCE preparado para descer juros, mas sem sair de terreno restritivo

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica-monetaria/detalhe/bce-preparado-para-descer-juros-mas-sem-sair-de-terreno-restritivo
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Junho 06, 2024, 11:11:23 pm
BCE avança com primeira descida de juros desde 2019. Corta taxas em 25 pontos base

O BCE decidiu cortar as taxas de juro em 25 pontos base, depois de um ciclo de aperto monetário que durava desde o verão de 2022. A deliberação tomada esta quinta-feira pelos governadores já era esperada pelo mercado.

(https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica-monetaria/detalhe/bce-avanca-com-primeira-descida-de-juros-desde-2019-taxas-cortadas-em-25-pontos-base)

Os juros na Zona Euro vão descer pela primeira vez desde setembro de 2019. O Banco Central Europeu (BCE) deliberou esta quinta-feira cortar as três taxas de referência em 25 pontos base, em linha com o que era esperado pelo mercado, após dois anos de aperto monetário para travar a inflação na região.

A taxa de depósitos recua assim a partir de 12 de junho para 3,75%, a aplicável às operações principais de refinanciamento passa a 4,25% e a de cedência de liquidez cai para 4,5%, de acordo com o comunicado divulgado pela instituição.

A autoridade monetária liderada por Christine Lagarde acredita que "é agora apropriado moderar o nível de restritividade da política monetária, após as taxas de juro terem sido mantidas constantes durante nove meses".

A decisão é tomada tendo por base uma "avaliação atualizada das perspetivas de inflação, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária". Em concreto, o BCE recorda que desde setembro "a inflação desceu mais de 2,5 pontos percentuais e as perspetivas de inflação melhoraram significativamente".

Além disso,"a inflação subjacente também abrandou, reforçando os sinais de enfraquecimento das pressões sobre os preços, tendo as expectativas de inflação baixado em todos os horizontes". O índice de preços no consumidor cifrou-se em maio em 2,6%, ligeiramente acima da meta de 2% do banco central, mas longe do pico de 10,6% alcançado em outubro de 2022.

Este foi o primeiro corte de juros na Zona Euro desde setembro de 2019. Desde então, muito mudou. Nos últimos anos, a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde tem combatido o aumento da inflação, tendo desde julho de 2022, subido dez vezes os juros num total de 450 pontos base.

O banco central defende que a estratégia de política monetária que tem levado a cabo "manteve as condições de financiamento restritivas". "Ao atenuar a procura e manter as expectativas de inflação bem ancoradas, tal deu um contributo importante para a descida da inflação", acrescenta o BCE.

Olhando para o futuro, o BCE não se compromete com mais cortes e frisa que "está determinado a assegurar o retorno atempado da inflação ao seu objetivo de médio prazo de 2%".

Para o efeito, a autoridade monetária assegura que "manterá as taxas de juro diretoras suficientemente restritivas enquanto for necessário" e salienta que "não se compromete previamente com uma trajetória de taxas específica".

Além disso, o banco central repete o mantra das últimas reuniões e garante que "continuará a seguir uma abordagem dependente dos dados e reunião a reunião na definição do nível e da duração adequados da restritividade".

Estes indicadores estão sobretudo relacionados com "a avaliação das perspetivas de inflação, à luz dos dados económicos e financeiros que forem sendo disponibilizados, da dinâmica da inflação subjacente e da robustez da transmissão da política monetária".

Compra de dívida "continua a diminuir a um ritmo comedido"

No comunicado, a instituição liderada por Christine Lagarde dá ainda conta que a carteira do APP – um programa de compra de dívida lançado em 2015 – "está a diminuir a um ritmo comedido e previsível, dado que o Eurosistema deixou de reinvestir os pagamentos de capital de títulos vincendos".

Já no que diz respeito ao programa de compra de ativos lançado durante a pandemia (PEPP), o BCE assegura que "continuará a reinvestir, na totalidade, os pagamentos de capital dos títulos vincendos adquiridos até ao final de junho de 2024". Depois, no segundo semestre do ano, "reduzirá a carteira do PEPP, em média, em 7,5 mil milhões de euros por mês".

"O conselho do BCE tenciona descontinuar os reinvestimentos no contexto do PEPP no final de 2024", salienta a autoridade monetária, que deixa ainda claro que vai manter" a flexibilidade no reinvestimento dos reembolsos previstos no âmbito da carteira do PEPP, a fim de contrariar os riscos para o mecanismo de transmissão da política monetária relacionados com a pandemia".

A nota do banco central deixa ainda uma palavra sobre os reembolsos que os bancos têm realizado junto da instituição, relativos aos empréstimos obtidos no contexto das operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (TLTRO).

O conselho do BCE indica que vai avaliar "regularmente a forma como estas operações e a continuação do reembolso das mesmas estão a contribuir para a orientação da política monetária".

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica-monetaria/detalhe/bce-avanca-com-primeira-descida-de-juros-desde-2019-taxas-cortadas-em-25-pontos-base

A esperada descida das taxas de juro, mas agora as descidas serão muito mais suaves e espaçadas (nem sabemos se este ano vão mexer novamente nas taxas de juro!!!!).
A taxa de refinanciamento, passa de 4,5 para 4,25% ao ano (é esta a taxa que nos afecta directamente nos nossos empréstimos à habitação.
Com esta medida, obviamente que não se vislumbra uma descida do preço dos imóveis, porque com esta medida a acrescer à ajuda de aquisição de imóveis pelos jovens, conjugadas com a falta de imóveis no mercado, vão seguramente segurar os preços e até em alguns casos fazê-los subir!!!!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Junho 20, 2024, 08:58:21 pm
FMI vê descida de juros do BCE até aos 2,5% no fim do verão do próximo ano

Instituição apresenta aos ministros das Finanças do euro a análise anual às economias da moeda única. Na frente orçamental, países como Portugal são chamados a ir mais longe do que exigem novas regras europeias.

As taxas de juro de referência para a Zona Euro deverão estabilizar num patamar de 2,5%, no final do verão do próximo ano, após a conclusão do ciclo de descidas em perspetiva que teve já um primeiro corte no início deste mês pelo Banco Central Europeu (BCE), projeta o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A previsão consta das conclusões finais do relatório anual de acompanhamento dos desenvolvimentos económicos para a Zona Euro da instituição, que participa nesta quinta-feira da reunião de ministros das Finanças do bloco, o Eurogrupo, na qual está a ser discutido o documento.

O documento do FMI para a Zona Euro – equivalente ao chamado Artigo IV, de acompanhamento aos países – indica que os dados atuais permitem ver riscos equilibrados para a trajetória de desinflação esperada. Esta, defende, "implica que as taxas de juro poderão ser diminuídas gradualmente até atingirem um impulso neutral – consistente com uma taxa de referência terminal de cerca de 2,5% - no final do terceiro trimestre de 2025".

A expectativa é manifestada depois de o BCE ter, a 6 de junho, baixado a taxa de referência de depósitos de 4% para 3,75%, num primeiro corte de juros muito antecipado, mas perante alguma aceleração nos dados de inflação do euro em maio, assim como nos salários, com a autoridade monetária a rever em alta as previsões de inflação para este ano e próximo (2,5% e 2,2%, respetivamente).

O BCE tem feito saber que mantém a confiança de que o processo de descida de inflação não sofrerá desvios, apesar de alguns "solavancos" previstos nas taxas de inflação ao longo dos próximos meses, mas tem indicado também que a sua ação, neste momento, visa em primeiro lugar baixar as taxas de juro reais, que se elevaram com a descida da inflação. Christine Lagarde, a presidente, não afastou também a possibilidade de a taxa terminal da instituição vir a ficar acima dos níveis onde se encontrava antes da pandemia – essencialmente, então, em terreno negativo.

Para o FMI, que em abril projetou uma inflação média na Zona Euro de 2,4% para este ano e de 2% em 2025, a perspetiva é, assim, de que os juros do BCE fiquem muito acima desse histórico recente. Mas a descida deverá, como tudo sugere até aqui, ser feita devagar.

"Uma flexibilização monetária continuada e gradual alcançaria o equilíbrio entre manter as expectativas de inflação ancoradas e evitar um impulso de política demasiado restritivo", prescreve o fundo, mas lembrando o mantra do BCE: "Em última análise, as decisões sobre taxas de referência terão de ser tomadas reunião a reunião com base na informação recebida".

Na análise aos desenvolvimentos da Zona Euro, o FMI mantém a expectativa de uma recuperação modesta – a previsão é de 0,8% de subida do PIB neste ano e de 1,5% no próximo -, sustentada numa primeira fase na melhoria de rendimentos reais e poupanças das famílias, e depois pelo alívio da restritividade monetária.

Um dos riscos assinalados nestas metas é a de que o consumo das famílias fique aquém do esperado (o que, em contrapartida, melhoraria as perspetivas para a inflação). A intensificação dos conflitos geopolíticos ou uma pior evolução da procura mundial também podem deitar por terra a recuperação. No médio-prazo, entretanto, o FMI avisa que as taxas de crescimento do euro estão ameaçadas por fatores mais estruturais: o envelhecimento e o baixo crescimento da produtividade.

Países como Portugal devem fazer ajustamento mais rápido

Na reunião com os ministros das Finanças do euro, a mensagem do FMI para as finanças públicas visa entretanto a forma como estes deverão implementar nos respetivos planos orçamentais as novas regras de governação económica da União Europeia. Estas exigirão "um ajustamento orçamental significativo em muitos Estados-membros, assim como apoio político continuado, para que possam ser implementado de acordo com o previsto", avisa.

O aviso é feito perante os esforços de ajustamento fortes que serão exigidos a França e a Itália, duas das maiores economias do euro, num momento em que, politicamente, as forças de extrema-direita críticas da disciplina orçamental europeia lideram sondagens ou o Governo.

Na véspera de os ministros das Finanças receberem recomendações de Bruxelas e iniciarem negociações para os planos de ajustamento de médio-prazo que terão de apresentar até 20 de setembro, o FMI deixa também um recado a países como Portugal, com as dívidas mais elevadas, crescimento potencial fraco e baixa capacidade de acelerar o PIB com medidas do lado da despesa ou receita. O fundo liderado por Kristalina Georgieva defende que, nestes casos, os países devem ir mais longe do que exigem as regras na fase inicial do ajustamento.

"Em países de dívida elevada nos quais o hiato do produto é pequeno e estão disponíveis medidas com multiplicadores orçamentais baixos, um ajustamento orçamental mais antecipado do que o trajeto de ajustamento anual linear (previsto) por defeito demonstraria determinação, promoveria a confiança do mercado, e criaria margem para futuras surpresas na despesa".

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/fmi-ve-descida-de-juros-do-bce-ate-aos-25-no-fim-do-verao-do-proximo-ano

Boas notícias e já eram esperadas, mas o BCE é quem tem a última palavra! Mas a tendência vai ser a de descer os juros...... gradualmente! Mas esqueçam taxas de juro a 0% ao ano!!!!!!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Setembro 12, 2024, 03:36:38 pm
BCE avança com corte dos juros na Zona Euro. Taxa dos depósitos cai para 3,5%

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/taxas-de-juro/detalhe/bce-avanca-com-corte-dos-juros-na-zona-euro-taxa-dos-depositos-cai-para-35

Mais um alívio para quem tem empréstimos.
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Setembro 13, 2024, 06:16:30 pm
Mais boas notícias para quem tem empréstimos:

Lagarde sinaliza que BCE está disponível a cortar juros em outubro

A autoridade monetária começou a flexibilizar a política monetária em junho e voltou a diminuir as taxas agora, em setembro. Depois disso, os mercados estão a antecipar apenas mais uma diminuição, em dezembro.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2024-09/img_900x560$2024_09_12_14_30_18_485143.jpg)

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/taxas-de-juro/detalhe/lagarde-sinaliza-que-bce-esta-disponivel-a-cortar-juros-em-outubro

Se está disponível, quer dizer que quase de certeza os juros vão descer mais!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Dezembro 12, 2024, 02:55:35 pm
BCE corta juros pela quarta vez. Taxa cai para 3%

A decisão - já esperada pelo mercado - foi tomada pelos governadores da Zona Euro esta quinta-feira, na última reunião de política monetária do ano.

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As taxas de juro da Zona Euro vão baixar pela quarta vez esta vez. O Banco Central Europeu (BCE) decidiu esta quinta-feira avançar com um corte de 25 pontos base, que leva os juros de referência - que se aplicam aos depósitos - para 3%, ou seja, 100 pontos-base abaixo do pico de 4% em que esteve entre setembro de 2023 e junho deste ano.

A decisão tomada na última reunião do ano já era esperada pelo mercado dado que a inflação na Zona Euro já quebrou (mesmo que temporariamente) a barreira dos 2% e a economia da região tem dado sinais de fraqueza. A redução "baseia-se na avaliação atualizada do conselho do BCE das perspetivas de inflação, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária", explica a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde, em comunicado.

Após a mais rápida subida de sempre nos juros do BCE para conter a inflação, o caminho de descida começou há seis meses. O banco central indica agora que a restritividade das condições de financiamento está a diminuir, tornando "gradualmente a contração de novos empréstimos menos onerosa" para as empresas e as famílias. "No entanto, as condições de financiamento continuam a ser restritivas, porque a política monetária permanece restritiva e os anteriores aumentos das taxas de juro ainda estão a ser transmitidos ao 'stock' de crédito em dívida", sublinha.

A expectativa do mercado - e também de membros do conselho, incluindo o governador português Mário Centeno - é que haja novas reduções dos juros em 2025 até que a taxa de referência fique em torno dos 2%. Até porque o BCE indica que o combate à inflação ainda não está vencido.

"O processo desinflacionista está bem encaminhado", diz. "A inflação interna desceu ligeiramente, mas permanece elevada, sobretudo porque os salários e os preços em determinados setores ainda estão a ajustar-se, com um desfasamento substancial, à anterior subida acentuada da inflação", avisa. Neste encontro, o BCE atualizou também as projeções para a economia da Zona Euro, tendo-se mostrado mais pessimista.

Além dos juros, a estratégia do banco central para travar a escalada dos preços passa também por retirar liquidez da economia por via da compra de dívida e dos empréstimos aos bancos. Quanto ao programa de compra de ativos devido a emergência pandémica (PEPP), o BCE já não reinveste todos os pagamentos de capital de títulos vincendos adquiridos, reduzindo a carteira numa média de 7,5 mil milhões de euros por mês e irá, no início do próximo ano, descontinuar totalmente os reinvestimentos.

Da mesma forma, "os bancos irão reembolsar, este mês, os montantes remanescentes dos empréstimos obtidos no contexto das operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas, o que conclui esta parte do processo de normalização do balanço", acrescenta o BCE.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/taxas-de-juro/detalhe/bce-corta-juros-pela-quarta-vez-taxa-cai-para-3

Já era esperado. Pensava-se que até poderia ser mais elevado!
Mas em 2025 as taxas de juro vão continuar a descer!!!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Janeiro 31, 2025, 03:06:44 pm
BCE corta juros para 2,75% mas está otimista sobre a economia, "assumindo que tensões comerciais não escalam"

Banco Central Europeu confirmou mais uma descida de 25 pontos-base na taxa de juro, para 2,75%. Mas Lagarde está otimista sobre a economia, "assumindo que tensões comerciais não escalam".

(https://bordalo.observador.pt/v2/q:75/c:2000:1121:nowe:0:0/rs:fill:980/f:webp/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2024/03/20102747/42473452.jpg)

https://observador.pt/liveblogs/bce-deve-cortar-taxas-de-juro-pela-quinta-vez-para-275/
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Duarte em Fevereiro 01, 2025, 01:15:18 am
BCE corta juros para 2,75% mas está otimista sobre a economia, "assumindo que tensões comerciais não escalam"

Banco Central Europeu confirmou mais uma descida de 25 pontos-base na taxa de juro, para 2,75%. Mas Lagarde está otimista sobre a economia, "assumindo que tensões comerciais não escalam".

(https://bordalo.observador.pt/v2/q:75/c:2000:1121:nowe:0:0/rs:fill:980/f:webp/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2024/03/20102747/42473452.jpg)

https://observador.pt/liveblogs/bce-deve-cortar-taxas-de-juro-pela-quinta-vez-para-275/

Entretanto, o homem-criança laranja está furioso e a chuchar no dedo porque não conseguiu uma redução da taxa de juro.  ::)
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Fevereiro 01, 2025, 02:50:35 am
Entretanto, o homem-criança laranja está furioso e a chuchar no dedo porque não conseguiu uma redução da taxa de juro.  ::)

O Presidente da FED deve estar com um medo do cabeça laranja!!!!!

Se o anorm....... se o cabeça laranja ameaça todo o mundo com mais taxas tarifárias (já o concretizou com os seus vizinhos México, Canada.......), é evidente que o FED interpretou essa decisão com um aumento esperado da inflação, que já não é nada baixa nos EUA!!!!

O Trump é assim tão palerma para não perceber o óbvio!!!!!

No caso do BCE e para nossa sorte, a inflação por cá está muito mais baixa (e as economias europeias estão a estagnar ou mesmo a caír). Estivesse por cá uma inflação mais alta e garantidamente o BCE não baixaria as taxas de juro!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Março 06, 2025, 10:22:58 pm
BCE desce juros pela sexta vez. Taxa cai para 2,5%

A diminuição da taxa de juro de referência na Zona Euro era já antecipada pelos mercados dado que a inflação aliviou para 2,4% em fevereiro.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2025-03/img_900x560$2025_03_06_14_18_00_497236.jpg)

As taxas de juro da Zona Euro vão voltar a descer. O Banco Central Europeu (BCE) decidiu esta quinta-feira avançar com um corte de 25 pontos base, que leva os juros de referência - que se aplicam aos depósitos - para 2,5%. A redução é a sexta desde o inicio do ciclo de reduções e segue em linha com a expectativa do mercado.

A decisão tomada no conselho que junta os governadores nacionais leva as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de depósito, às operações principais de refinanciamento e à facilidade permanente de cedência de liquidez para, respetivamente, 2,5%, 2,65% e 2,9%, com efeitos a partir de 12 de março de 2025.

"A política monetária está a tornar-se significativamente menos restritiva, com as reduções das taxas de juro a tornarem a contração de novos empréstimos menos onerosa para as empresas e as famílias e o crescimento do crédito a recuperar. Simultaneamente, um fator adverso para a diminuição da restritividade das condições de financiamento advém de os anteriores aumentos das taxas de juro ainda estarem a ser transmitidos ao stock de crédito, permanecendo a concessão de empréstimos, em geral, fraca", explica em comunicado a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde.

A nova mexida é justificada pela evolução dos dados económicos. No último trimestre de 2024, a economia da Zona Euro cresceu apenas 0,1% em cadeia (0,7% em termos homólogos), abaixo dos 0,2% projetados pelo BCE, mas indicadores de sentimento como o PMI dão alguma perspetiva de retoma no arranque deste ano. Já do lado da inflação, o índice de preços no consumidor desacelerou para 2,4% em fevereiro, com os serviços a aliviarem.

"O processo desinflacionista está bem encaminhado. A inflação continuou a evoluir globalmente em consonância com as expectativas dos nossos especialistas e as projeções mais recentes estão em estreito alinhamento com as anteriores perspetivas de inflação", indica o BCE, que atualizou também as projeções macroeconómicas, incluindo uma revisão em alta da projeção para a inflação e em baixa do produto interno bruto (PIB). Alerta que a economia enfrenta "desafios contínuos".

Da mesma forma, os analistas também têm avisado que a recente escalada nas tensões entre os EUA e a Europa ensombrou ainda mais as perspetivas para 2025. Além das ameaças tarifárias dos EUA, a Europa está em segundo plano nas negociações entre os EUA e a Rússia sobre a Ucrânia e enfrenta uma pressão crescente da Administração Trump para aumentar os seus gastos em defesa. Em resposta, os líderes europeus estão à procura de formas de alterar as regras orçamentais, para destinar mais recursos a este setor, o que está a gerar um "sell-off" no mercado de dívida.

No que diz respeito aos programas de compra de dívida, o BCE reafirma que as carteiras do programa de compra de ativos (APP) e do programa de compra de ativos devido a emergência pandémica (PEPP) estão a diminuir a um ritmo "comedido e previsível", dado que o Eurosistema deixou de reinvestir os pagamentos de capital de títulos que atingem as maturidades.

"O Conselho do BCE está preparado para ajustar todos os instrumentos ao seu dispor, no âmbito do seu mandato, com vista a assegurar que a inflação estabiliza, de forma sustentada, no seu objetivo de médio prazo de 2% e a preservar o bom funcionamento da transmissão da política monetária. Além disso, o Instrumento de Proteção da Transmissão está disponível para contrariar dinâmicas de mercado desordenadas, injustificadas e passíveis de representar uma ameaça grave para a transmissão da política monetária em todos os países da área do euro, permitindo, assim, ao Conselho do BCE cumprir mais eficazmente o seu mandato de estabilidade de preços", acrescenta.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/taxas-de-juro/detalhe/bce-desce-juros-pela-sexta-vez-taxa-cai-para-25
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Abril 17, 2025, 03:02:45 pm
Pressionado pela guerra comercial, BCE desce juros pela sétima vez. Taxa cai para 2,25%

A autoridade monetária da Zona Euro avançou esta quinta-feira com um corte de juros de 25 pontos-base, em linha com o esperado.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2025-04/img_900x560$2025_04_17_14_11_05_499835.jpg)

Em pleno tumulto nos mercados financeiros devido à guerra comercial, o Banco Central Europeu (BCE) voltou a cortar as taxas de juro. A decisão tomada esta quinta-feira no encontro do conselho de governadores significa a sétima redução consecutiva, que leva a taxa de referência para 2,25%, e segue em linha com o esperado por analistas e investidores.

"O conselho do Banco Central Europeu (BCE) decidiu hoje [quinta-feira] reduzir as três taxas de juro diretoras do BCE em 25 pontos base. Em particular, a decisão de reduzir a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de depósito – a taxa através da qual o Conselho do BCE define a orientação da política monetária – baseia-se na avaliação atualizada do Conselho do BCE das perspetivas de inflação, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária", anunciou a autoridade monetária em comunicado.

Justificou a decisão com um "processo desinflacionista" que diz estar "bem encaminhado". O Eurostat confirmou esta quarta-feira que o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) da Zona Euro abrandou, em termos homólogos, para 2,2% em março. Este foi o segundo mês consecutivo de desaceleração da inflação entre os países da moeda única. E o índice relativo aos serviços, que até aqui tem vindo a "alimentar" a inflação, registou a maior desaceleração desde o verão do ano passado.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, até tinha preparado o terreno, em março, para uma eventual pausa nos juros, mas ficou impossibilitada de avançar neste sentido depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donaldd Trump, ter lançado uma guerra comercial que não só poderá alterar toda a ordem comercial mundial como comprometer o crescimento económico global.

A expectativa é que a autoridade monetária tenha agora de cortar taxas e poderá ter de o fazer ainda mais vezes. Os mercados monetários apontam para mais duas descidas (além da decidida esta quinta-feira) em junho e julho, que levem o juro de referência até aos 1,75%. Há, ainda assim, analistas que admitem ainda mais reduções caso haja uma escalada da guerra comercial.

No comunicado desta quinta-feira, o banco central avisa que "a economia da área do euro tem vindo a reforçar a sua resiliência a choques mundiais, mas as perspetivas de crescimento deterioraram-se devido às crescentes tensões comerciais". É, por isso, "provável" que a incerteza acrescida reduza a confiança das famílias e das empresas e que "a reação adversa e volátil do mercado às tensões comerciais conduza a um aumento da restritividade das condições de financiamento", indica. "Estes fatores podem afetar ainda mais as perspetivas económicas para a área do euro".

As próximas projeções económicas do BCE serão conhecidas em junho. Nas mais recentes, atualizadas no mês passado, o "staff" do banco central reviu em baixa a sua estimativa de crescimento da Zona Euro para 0,9% este ano e para 1,2% no próximo (menos 0,2 pontos percentuais em cada ano), tendo mantido a projeção de 1,3% em 2027. A previsão para a inflação deste ano também subiu, devido aos preços mais elevados da energia, antecipando que o índice harmonizado de preços no consumidor desça para 2,3% este ano, abaixo da descida esperada em dezembro que colocava o indicador em 2,1%. Manteve a projeção para a evolução do IHPC nos 1,9% em 2026 e desceu para 2% a previsão para 2027.

"O Conselho do BCE está determinado a assegurar que a inflação estabiliza, de forma sustentada, no seu objetivo de médio prazo de 2%. Especialmente nas atuais condições de excecional incerteza, seguirá uma abordagem dependente dos dados e reunião a reunião para decidir a orientação apropriada da política monetária. Mais especificamente, as decisões do Conselho do BCE sobre as taxas de juro basear-se-ão na sua avaliação das perspetivas de inflação, à luz dos dados económicos e financeiros que forem sendo disponibilizados, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária", acrescenta.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/taxas-de-juro/detalhe/pressionado-pela-guerra-comercial-bce-desce-juros-pela-setima-vez-taxa-cai-para-225

E não vai ser a última vez, este ano, que os juros descem!
Quem precisa de comprar casa, são boas notícias porque a taxa de esforço diminui automaticamente, mas por outro lado os imóveis não descem, porque vai haver mais pressão para a compra!!!!!
Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Abril 19, 2025, 02:41:36 pm
BCE estima que euro digital substitua metade dos euros em notas e moedas

Em dezembro de 2023, existiam 1.567.200 milhões de euros em notas e 33.500 milhões de euros em moedas denominadas em euros em circulação

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2024-12/img_900x560$2024_12_05_15_31_59_491511.jpg)

O Banco Central Europeu (BCE) acredita que a adoção do euro digital vai levar à retirada de cinco em cada 10 euros físicos em circulação, segundo um relatório divulgado neste sábado.

Esta é a principal conclusão do último relatório da organização que, ao contrário de outros bancos centrais, como a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos (EUA), trabalha há anos para implementar este meio de pagamento.

A Fed já se comprometeu a não desenvolver um dólar digital, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter assinado uma ordem executiva que promove as criptomoedas, procurando tornar o país um líder mundial em ativos digitais, ao mesmo tempo que proíbe o estabelecimento de uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês).

O BCE está a adotar uma abordagem diferente, como sublinhou o membro do Comité Executivo Piero Cipollone esta semana.

A instituição liderada por Christine Lagarde defende o projeto como uma questão de soberania estratégica e apresenta o euro digital como um novo passivo monetário, além das notas e reservas dos bancos comerciais, o que não aumentaria necessariamente os balanços dos bancos centrais.

Os efeitos da emissão de moedas digitais dependerão, não só do seu desenho, mas também do seu apelo aos consumidores, o que exige que os bancos centrais analisem a remuneração, os limites de retenção e os critérios de acesso.

O relatório indica ainda que o impacto líquido da digitalização no tamanho do balanço também pode ser negativo, uma vez que o número de notas em circulação pode diminuir e as características de desenho das CBDC podem limitar a sua adoção como reserva de valor.

Isto implica uma "substituição" de alguns ativos por outros, uma vez que a procura do euro digital levará a uma queda das notas em circulação e dos depósitos bancários, juntamente com um aumento dos ativos no balanço do BCE por outros meios.

A quantidade real de CBDC em circulação na zona euro será determinada pela procura das famílias, tal como a procura das famílias determina a quantidade de notas em circulação.

Com base nesta premissa, o BCE estima que, por cada 10 euros digitais emitidos, serão retirados de circulação cinco euros físicos e os depósitos bancários perderão três.

O BCE considerou três cenários possíveis, consoante a procura seja baixa, média ou elevada: no primeiro caso, a descida das notas seria de 15.000 milhões; no segundo, 125.000; e no terceiro, 256.000.

O cálculo do BCE inclui também as moedas, que são quantitativamente muito menos relevantes do que as notas.

Em dezembro de 2023, existiam 1.567.200 milhões de euros em notas e 33.500 milhões de euros em moedas denominadas em euros em circulação, de acordo com as próprias estatísticas da agência.

Entre os principais riscos da adoção do euro digital estão os riscos de reputação e os que decorrem da dependência da nova moeda, com infraestruturas e instalações altamente suscetíveis a ataques cibernéticos.

Neste sentido, o relatório observa que o Banco de Compensações Internacionais lançou o "Projeto Polaris" para apoiar os bancos centrais na conceção, implementação e operação de sistemas CBDC seguros e resilientes, para "mitigar os riscos operacionais, legais e de reputação que enfrentam devido a ciberameaças ou falhas operacionais".

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Título: Re: Banco Central Europeu - BCE
Enviado por: Viajante em Junho 05, 2025, 09:06:14 pm
BCE volta a baixas as taxas de juro, agora ficam em 2% ao ano!

https://eco.sapo.pt/2025/06/05/bce-volta-a-cortar-taxas-de-juro-em-25-pontos-base-facilidade-de-deposito-desce-para-2/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques