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Virgin Hyperloop faz história ao completar a sua primeira viagem tripulada
Provavelmente estaremos a ver o transporte do futuro. Isto é, Elon Musk sonhou, desenvolveu e apresentou há uns anos o Hyperloop. Segundo ele, esta forma de viajar revolucionará planeta, acabará com as filas de trânsito e a velocidade acima dos mil quilómetros por hora transportará pessoas e carga em minutos, quando atualmente demoram horas. Agora, pela primeira vez, esta projeto recebe um módulo de transporte da Virgin e faz a sua primeira viagem tripulada.
O teste foi conduzido nas instalações DevLoop da empresa no Nevada, na qual dois passageiros foram enviados através de um tubo de 500 metros de comprimento a velocidades de cerca de 160 km/h.
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Virgin Hyperloop faz história
O Hyperloop Virgin realizou pela primeira vez um teste do seu sistema de transporte ultrarrápido com passageiros humanos. Esta viagem ocorreu na tarde de domingo nas instalações de testes DevLoop no deserto fora de Las Vegas, Nevada. Os dois primeiros passageiros foram o diretor de tecnologia e cofundador da Virgin Hyperloop, Josh Giegel, e a chefe de experiência de passageiros, Sara Luchian.
Depois serem devidamente sentados e seguros, dentro do Hyperloop Pod vermelho e branco, com traços futuristas, Pegasus, o processo passou por uma câmara de descompressão, enquanto o ar dentro do tubo de vácuo fechado era removido. Posteriormente, o pod acelerou até uma velocidade rápida de 100 milhas por hora (160 km/h) ao longo da pista, antes de desacelerar até parar.
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DevLoop: Elon Musk sonhou e criou
Esta experiência foi mais um salto tecnológico do projeto Hyperloop. Além do desenvolvimento de um veículo novo, levar passageiros permitiu mais informação real de como será no futuro este tipo de meio de transporte. Segundo o seu criador, Elon Musk, CEO da Tesla e SpaceX, esta foi uma conquista importante conseguida pelo Virgin Hyperloop.
Assim, o futuro trará um sistema de transporte de carruagens a levitar magneticamente dentro de tubos quase sem ar a velocidades até 1.223 km.
Ninguém fez nada perto do que estamos a falar agora. Este é um Hiperloop de trabalho em escala real que não irá apenas rodar num ambiente de vácuo, mas terá uma pessoa dentro. Ninguém chegou perto de fazer isto.
Referiu Jay Walder, CEO da Virgin Hyperloop.
Pegasus é uma “nave espacial” dentro de um tubo de vácuo
O pod Pegasus usado para o primeiro teste de passageiros, também chamado de XP-2, foi projetado com a ajuda da empresa de design do famoso arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels. Esta “nave” representa uma versão reduzida do que a Virgin Hyperloop espera que seja um casulo de tamanho real capaz de transportar até 23 passageiros.
A carruagem de transporte pesa 2,5 toneladas e mede cerca de 5 a 5 metros de comprimento. Conforme as imagens permitem ver, o interior, exuberante, traz sensações dos passageiros poderem estar num jato comercial, confortavelmente instalados.
Segundo Giegel, a sensação provocada pela aceleração será semelhante à de um avião a descolando. O pod é impulsionado por levitação magnética – a mesma tecnologia usada pelos comboios de alta velocidade (comboios bala).
With investment from #Dubai-based @DP_World, @virginhyperloop makes history today as the first passengers successfully traveled in a Hyperloop pod, a significant milestone for hyperloop technology. pic.twitter.com/AtciQ5Qayv
— Dubai Media Office (@DXBMediaOffice) November 9, 2020
Apesar de no futuro as velocidades poderem ir além dos mil quilómetros por hora, neste teste a velocidade máxima do XP-2 foi limitada a 172 km/h. A razão pela qual a velocidade foi limitada é por causa do comprimento do tubo. Portanto, com apenas 500 metros, o tudo não é longo o suficiente para o pod chegar à sua velocidade máxima atual, que são os 386 km/h, conforme vimos num teste em 2017.
https://pplware.sapo.pt/motores/virgin-hyperloop-faz-historia-ao-completar-a-sua-primeira-viagem-tripulada/
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Starline: metro europeu quer ligar 39 cidades com comboios a 300-400 km/h
Apesar do sistema ferroviário que cada país possui, as conexões entre cidades de diferentes países não são ideais. Assim sendo, um grupo de reflexão sediado em Copenhaga, na Dinamarca, tem uma proposta ambiciosa para resolver o problema.
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Segundo o grupo responsável pela proposta, "um sistema ferroviário verdadeiramente integrado já não é apenas uma questão de conveniência; é uma necessidade estratégica para a resiliência da Europa no século XXI".
Portanto, o projeto da 21st Europe prevê uma rede ferroviária de alta velocidade à escala europeia que funcionaria como um sistema de metropolitano.
De nome Starline, a proposta pretende reinventar a infraestrutura ferroviária "fragmentada, desigual e frequentemente lenta" do continente e introduzir ligações ultrarrápidas que rivalizem com o transporte aéreo.
Apesar de as dezenas de linhas ferroviárias lançadas nos últimos anos estarem a facilitar a travessia das fronteiras dos países europeus, os 22.000 km que a 21st Europe propõe deverão conectar 39 destinos em países europeus, com linhas que chegam, também, ao Reino Unido, à Turquia e à Ucrânia.
Desde a era dourada dos comboios noturnos até aos atuais mais de 400.000 utilizadores anuais do Interrail, o desejo de viajar de forma aberta e acessível é claro. No entanto, apesar da procura do público, as viagens transfronteiriças continuam fragmentadas, lentas e dispendiosas.
Starline deverá ser 30% mais rápida, com comboios operar a 300-400 km/h
Segundo a imprensa, a Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T), uma iniciativa da União Europeia (UE) que visa unificar as infraestruturas em todo o continente, já está a ser preparada.
Contudo, na perspetiva da 21st Europe, falta-lhe "ambição e conceção", não só na experiência dos passageiros, "onde a complexidade dos bilhetes, a incoerência dos serviços e a desatualização das estações fazem com que os caminhos de ferro sejam fragmentados", mas, também, na "oportunidade perdida de fazer dos caminhos de ferro uma caraterística definidora da própria Europa".
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De facto, o grupo considera que as estações do sistema atual "parecem desconectadas, os comboios têm um design muito diferente e a própria viagem é raramente considerada como parte da experiência".
Conforme recordado pelo 21st Europe, "outras formas de transporte, desde os comboios-bala japoneses aos aeroportos escandinavos, mostraram que a mobilidade pode ser simultaneamente funcional e icónica".
Por isso, o grupo de reflexão pensou na Starline: um sistema cerca de 30% mais rápido do que o transporte rodoviário e ferroviário atuais, com comboios que operam a 300-400 km/h.
Isto significa que os passageiros poderão ir de Helsínquia a Berlim em pouco mais de cinco horas, em vez do dia inteiro de viagem que é necessário atualmente.
Kiev a Berlim, historicamente uma viagem noturna, passa a ser uma ligação previsível e sem interrupções. Milão a Munique, uma rota lenta e sinuosa hoje em dia, transforma-se numa ligação de alta frequência entre grandes centros económicos.
Defende o grupo dinamarquês.
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Por forma a serem distinguíveis, os comboios da Starline seriam pintados em azul-escuro e as carruagens não seriam divididas por classes, mas por necessidade: zonas tranquilas para trabalho ou espaços para famílias.
Verdadeiros centros culturais com restaurantes, lojas e áreas de espera bem concebidas, bem como salas de concertos, museus, recintos desportivos e espaços para eventos, as estações da Starline seriam, por sua vez, construídas nos arredores das grandes cidades, com ligações aos sistemas de transportes urbanos existentes.
Qual a proposta de financiamento para a rede de metro europeia?
A 21st Europe propõe "uma coordenação central para os comboios, a experiência dos passageiros e a tecnologia, permitindo simultaneamente que os operadores ferroviários nacionais explorem as rotas ao abrigo de um modelo de franchising".
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Segundo o grupo de reflexão, o sistema seria financiado por fundos públicos e gerido por empresas ferroviárias nacionais aprovadas, sendo supervisionado por uma nova Autoridade Ferroviária Europeia (ERA) - um organismo no âmbito da UE responsável por assegurar a coordenação, a interoperabilidade e a expansão a longo prazo do sistema.
Para funcionar como um sistema europeu, a 21st Europe diz que a Starline exigiria acordos laborais, normas técnicas e regulamentos de segurança harmonizados: "Os operadores de comboios, equipas de manutenção e pessoal das estações seriam formados no âmbito de um quadro europeu comum, garantindo a coerência operacional independentemente do local onde trabalham".
Apesar de ser uma proposta muito ambiciosa, o grupo de reflexão acredita que pode tornar-se realidade até 2040.
https://pplware.sapo.pt/motores/starline-metro-europeu-quer-ligar-39-cidades-da-europa-com-comboios-a-300-400-km-h/
Uma ideia muito interessante para ligar toda a Europa em alta velocidade e com regulamento de uma entidade supranacional, mas gerida localmente pelas empresas aprovadas para tal.
Esta ideia é muito ambiciosa e tem uma linha interessante que liga Lisboa até Kiev!!!!!!
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Faz sentido investir em TGV se este projecto tiver pernas para andar?