ForumDefesa.com

Forças Armadas e Sistemas de Armas => Exército Português => Tópico iniciado por: JNSA em Setembro 28, 2004, 07:33:40 pm

Título: Reestruturando o Exército Português
Enviado por: JNSA em Setembro 28, 2004, 07:33:40 pm
Com o fim da Guerra Colonial, o Exército Português deveria ter sido alvo de um processo de reestruturação muito mais profundo do que aquele que efectivamente foi levado a cabo. Este consistiu quase exclusivamente, numa primeira fase, na redução dos efectivos mobilizados para a guerra e, numa segunda fase, na integração da estrutura militar na lógica de um estado democrático, com a sua subordinação ao poder político civil.

No entanto, até hoje foi mantida a estrutura regimental que existe desde há vários séculos. Esta tinha vários objectivos:
- garantir a proximidade às populações
- facilitar o acesso dos mancebos às unidades, num país com uma deficiente estrutura rodo e ferroviária
- permitir a defesa do território português em caso de invasão (quer Espanhola, quer Alemã na 2ª Guerra, quer Soviética, na Guerra Fria); diga-se em abono da verdade que este sistema seria praticamente inútil em caso de invasão  :twisted: ) do espectro da invasão terrestre e com a mudança total do leque de missões e terrenos em que o Exército opera, este sistema já não faz sentido... E no entanto as perspectivas de que ele venha a ser modificado num futuro próximo são escassas.

Actualmente, em termos de unidades "operacionais" (o que exclui logística, escolas, etc...), o Exército Português é composto por:

*Unidades sob o comando do COFT
- BLI
- BAI
- BMI
- GALE

*Outras Unidades/Unidades Territoriais
- 1 Reg. Artilharia Antiaérea
- 2 Reg. Artilharia
- 4 Reg. Cavalaria (um dos quais de Lanceiros/PE)
- 2 Reg. Engenharia
- 3 Reg. Guarnição
- 8 Reg. Infantaria (um dos quais serve de "casa" aos Comandos)
- 1 Regimento de Transmissões
- CIOE

Muitos destes Regimentos não têm unidades de manobra próprias, visto que estas são atribuídas às 3 GU's. Os outros são perfeitamente inúteis do ponto de vista militar (ou quase), devido sobretudo à falta de equipamento, e a um enquadramento operacional desactualizado. Os Regimentos de Guarnição, por exemplo fazem muito pouco sentido nos seus moldes actuais.

Tendo em conta que se exige, nos dias de hoje, um Exército mais profissional, mais móvel, e com um melhor produto operacional (leia-se mais pequeno e barato, mas que faça o mesmo ou mais), gostava de saber o que têm a dizer sobre os modos de renovar toda esta estrutura obsoleta.

Algumas das questões a levantar podem ser:
- qual deverá ser a unidade base do Exército - a Brigada, ou o Regimento, ou uma outra unidade combinada?
- qual deverá ser a dimensão do Exército
- os Regimentos devem ser (total ou parcialmente) desactivados, renovados, ou integrados nas Brigadas?
- devemos apostar sobretudo em unidades de forças combinadas ou não?
- deveremos criar novas unidades? Deveremos criar novas unidades especializadas (por exemplo, em guerra de montanha, ou na selva)

O que dizem?

P.S.
Atenção! Isto não é um tópico para fazerem a vossa lista de compras de sonho... :wink:  O objectivo aqui é debater a orgânica do Exército.

Cumptos.
Título:
Enviado por: Nuno em Setembro 28, 2004, 11:20:12 pm
Vou deixar aqui alguns nº da constituição do exercito em 2001(não deve ser muito diferente de hoje).

OC (Orgãos centrais)                             - 1955
RMN (Região Militar Norte)                      - 4744
GML (Governo Militar de Lisboa)              - 5040            
RMS (Região Militar Sul)                         - 2275
ZMA (Zona Militar Açores)                       - 794
ZMM (Zona Milita Madeira)                      - 720
CMSM (Campo Militar StªMargarida)        - 2155
CTAT (Corpo Tropas Aerotransportadas)  - 2741
Estabelicimentos Fabris                           - 175
Fora do Exercito                                      - 795
 
Total                                                      - 21394

Agora com estes ,  nº mais que suficientes para o exercito , é só pensar como o mesmo devia ser constituido.
Vasta ver que as unidades operacionais são as que têm menos pessoal nas suas unidades.
Título:
Enviado por: dremanu em Setembro 29, 2004, 01:00:30 am
Acho que antes de se definir o que se precisa em termos de pessoal, e equipamento, é preciso estipular quais são os objectivos estratégicos que se pretendem alcançar com o exército Português. Exemplo:

- Defesa do território nacional
- Projecção de tropas em ações de "proteção da paz", no âmbito de empreedimentos da ONU, ou da NATO.
- Defesa dos interesses nacionaís a nível internacional.
- Contributo para a ecónomia nacional.
- Contributo para o desenvolvimento técnologico do país.
- Participação militar Portuguêsa em teatros de guerra, em suporte a países aliados.

Estes são alguns dos objectivos estratégicos que eu vejo que podem ser interessantes no formulamento das necessidades do exército Português, ou das FA.

Eu vejo como necessário a criação de unidades para guerra convencional que incluêm:

- Unidades mecânizadas
- Unidades aerotransportadas
- Artilharia e defesa anti-aerea
- Engenharia
- Técnologia de Informação
- Forças Especiaís - Com focos operacionaís especializados
- Unidades de infantaria, especializadas em combate anti-helicóptero, e anti-tanque.
- Unidade de logística
- Infantaria regular - Neste caso eu sou a favor da criação de um exército territorial misto, onde existe um numero reduzido de soldados que servem em regime ""full-time", e a maioria podem servir em regime "part-time". Cria-se unidades regionaís de infantaria onde quem quer servir pode o fazer aos fins-de-semana, e durante alguns dias da semana; E em caso seja necessário aumentar o numero de tropas a trabalharem "full-time", chama-se o pessoal do "part-time".

Guerra não convencional:

- Serviços de informação
- Tropas especiaís preparadas para ações de guerrilha em caso o país seja invadido, que tenham por objectivo treinar o povo Português para a guerra contra o invasor.
- Soldados preparados para atuarem no país inimigo em ações de sabotagem, infiltração, espionagem, assassinato, contra-propaganda, etc.
- Unidades anti-terrorismo

Outros:

- Laboratório de pesquisa
- Infraestruturas de fábrico e manutenção de material militar
- Hospitaís
- Bases militares secretas nas montanhas de Portugal, onde se pode armazenar material de guerra para fins de ações de guerrilha, em caso o país seja invadido.
- Lançamento de satélites, mas talvez este seria mais certo como responsabilidade da força aérea.

São algumas das coisas que acredito que necessitamos.
Título:
Enviado por: JNSA em Setembro 29, 2004, 01:20:17 am
Citação de: "dremanu"
- Bases militares secretas nas montanhas de Portugal, onde se pode armazenar material de guerra para fins de ações de guerrilha, em caso o país seja invadido.


O dremanu ia muito bem até chegar a este ponto...

Esta visão estratégica está mais do que ultrapassada! Escrevo eu um post daquele tamanho para explicar que a estrutura regimental é obsoleta do ponto de vista da defesa do território, e o dremanu vem defender a construção de bases secretas nas montanhas?!! :roll:  

As montanhas portuguesas não são as da Coreia do Norte. Andar para aí a cavar túneis e depósitos e enterrar armas e munições é queimar dinheiro, sobretudo num país onde ele não abunda.

Por muito que nós gostemos de gozar com isso, a Espanha não nos vai invadir nos próximos tempos, e mesmo que o fizesse, não eram essas "bases militares secretas" (que provavelmente seriam construídas por empreiteiros espanhóis, pois se fossem portugueses, a obra estaria pronta no dia de S. Nunca à tarde... :roll: ) que nos iam salvar.

Este tipo de pensamento estratégico foi completamente posto de parte durante o século XX (Linhas Maginot, Siegfried, Gótica, Muralha do Atlântico, etc...) e seria um disparate Portugal voltar a ele.

Por isso dremanu, concordo com muito do que disse mas, e não leve a mal por eu dizer isto, esta sugestão é totalmente afastada da realidade...
Título:
Enviado por: Endymion em Setembro 29, 2004, 01:20:24 am
Na minha opinião seria mais pratico dividir as forças terrestres em infantaria, operações especiais e forças motorizadas (englobando artilharia, ligeiros, etc).

A dimensão do exercito (cerca de 20000) parece-me bem como está, na condição de que todos os elementos sejam operacionais e passiveis de serem colocados em determinado cenário efectivo. Tarefas de rotina podem ser efectuada sob contracto temporario ou permanente a empregadores civis com determinado grau de segurança dependendo da sensibilidade da infra-estructura.

Acho que devemos apostar mais no treino e na flexibilidade da infantaria para fazer face a qualquer condição a criar unidades dedicadas a este ou aquele ambiente, cuja utilidade tenderia a ser reduzida e dificilmente justificariam a sua manutenção.  Claro que elementos especializados capazes de treinar e organizar grupos de operações especiais ou mesmo infantaria para fazer face a determinadas situações seriam sempre componentes valiosos. Mas no geral é mais importante flexibilidade e adaptabilidade que especialização concreta.

No campo das forças motorizadas, é de referir um aspecto importante: portugal não tem recursos para competir com os maiores paises em termos de veiculos blindados. Por isso devemos assumir que na corrida armadura contra armas, estas ultimas no nosso caso tendem a vencer. Se focarmos o nosso exército no uso de forças de infantaria eficientes chegaremos a uma conclusão no que toca ao papel dos veiculos: a sua importancia no presente centra-se principalmente mais em termos de mobilidade e suporte que dissuação propriamente dita tendo em conta os nossos recursos. Essas forças devem cooperar em simbiose com a infantaria, nomeadamente em termos de transporte, artilharia e cobertura relativamente a armas de fogo e explosivos ligeiros. Todas as forças devem cooperar e ter exercicios conjuntos, seja operaçoes especiais, infantaria ou forças mobilizadas formando no geral apenas uma "super-unidade" a que chamamos exército ;)

Quanto à questão regimentos, acho que é necessaria uma re-estruturação de raiz e nao uma re-adaptaçao do antigo. Se realmente o exército português não é funcional como está, está na altura de criar algo novo. Algo bem mais centralizado e "simples" em termos operacionais e como tal mais eficiente.
Título:
Enviado por: dremanu em Setembro 29, 2004, 01:38:41 am
Citação de: "JNSA"
Citação de: "dremanu"
- Bases militares secretas nas montanhas de Portugal, onde se pode armazenar material de guerra para fins de ações de guerrilha, em caso o país seja invadido.

O dremanu ia muito bem até chegar a este ponto...

Esta visão estratégica está mais do que ultrapassada! Escrevo eu um post daquele tamanho para explicar que a estrutura regimental é obsoleta do ponto de vista da defesa do território, e o dremanu vem defender a construção de bases secretas nas montanhas?!! :roll:  

As montanhas portuguesas não são as da Coreia do Norte. Andar para aí a cavar túneis e depósitos e enterrar armas e munições é queimar dinheiro, sobretudo num país onde ele não abunda.

Por muito que nós gostemos de gozar com isso, a Espanha não nos vai invadir nos próximos tempos, e mesmo que o fizesse, não eram essas "bases militares secretas" (que provavelmente seriam construídas por empreiteiros espanhóis, pois se fossem portugueses, a obra estaria pronta no dia de S. Nunca à tarde... :roll: ) que nos iam salvar.

Este tipo de pensamento estratégico foi completamente posto de parte durante o século XX (Linhas Maginot, Siegfried, Gótica, Muralha do Atlântico, etc...) e seria um disparate Portugal voltar a ele.

Por isso dremanu, concordo com muito do que disse mas, e não leve a mal por eu dizer isto, esta sugestão é totalmente afastada da realidade...


Bases secretas não tem nada a ver com linhas de defesa, vc está a misturar os dois, onde essa não foi a minha intenção. Eu falo em bases secretas, como um tipo de armazém de armamentos, para fornecer um esforço de resistência de guerrilha, onde é que tem algo de errado nisto?

E eu entendo que o território nacional não é defensível, mas pode ser feito difícil de se controlar, e caro para se atacar, para o que seria o nosso potencial invasor, que é a Espanha. Em conjunto com isto, cria-se condições para sabotar o esforço do inimigo no território dele.

No caso de uma invasão de Portugal por Espanha, não podemos estar à espera que eles nos ataquem, e a gente só se defenda no nosso território, temos tb que pensar em levar a luta para o território deles.
Título:
Enviado por: JNSA em Setembro 29, 2004, 01:44:04 am
Citação de: "dremanu"
Bases secretas não tem nada a ver com linhas de defesa, vc está a misturar os dois, onde essa não foi a minha intenção. Eu falo em bases secretas, como um tipo de armazém de armamentos, para fornecer um esforço de resistência de guerrilha, onde é que tem algo de errado nisto?

E eu entendo que o território nacional não é defensível, mas pode ser feito difícil de se controlar, e caro para se atacar, para o que seria o nosso potencial invasor, que é a Espanha. Em conjunto com isto, cria-se condições para sabotar o esforço do inimigo no território dele.

No caso de uma invasão de Portugal por Espanha, não podemos estar à espera que eles nos ataquem, e a gente só se defenda no nosso território, temos tb que pensar em levar a luta para o território deles.


Ainda bem que não estava a falar em linhas estáticas de defesa!...

Mas não acha que temos necessidades de defesa mais urgentes do que construir bases de abastecimento para uma hipotética guerrilha contra uma hipotética invasão espanhola, quando há ameaças muito mais reais e urgentes?

Cumptos.
Título:
Enviado por: dremanu em Setembro 29, 2004, 01:55:54 am
Citação de: "JNSA"
Citação de: "dremanu"
Bases secretas não tem nada a ver com linhas de defesa, vc está a misturar os dois, onde essa não foi a minha intenção. Eu falo em bases secretas, como um tipo de armazém de armamentos, para fornecer um esforço de resistência de guerrilha, onde é que tem algo de errado nisto?

E eu entendo que o território nacional não é defensível, mas pode ser feito difícil de se controlar, e caro para se atacar, para o que seria o nosso potencial invasor, que é a Espanha. Em conjunto com isto, cria-se condições para sabotar o esforço do inimigo no território dele.

No caso de uma invasão de Portugal por Espanha, não podemos estar à espera que eles nos ataquem, e a gente só se defenda no nosso território, temos tb que pensar em levar a luta para o território deles.

Ainda bem que não estava a falar em linhas estáticas de defesa!...

Mas não acha que temos necessidades de defesa mais urgentes do que construir bases de abastecimento para uma hipotética guerrilha contra uma hipotética invasão espanhola, quando há ameaças muito mais reais e urgentes?

Cumptos.


Sim, mas eu estava a pensar em desenvolvimento destas estruturas a longo-prazo, não é algo que se necessita de fazer da noite para o dia.

Quanto às ameaças, quaís são as que vc têm em mente?
Título:
Enviado por: Endymion em Setembro 29, 2004, 02:17:11 am
oh, vejamos:

-Criminalidade organizada e terrorismo internacional.
-Missões de manutenção de paz em territorios contestados.
-Auxilio a Catastrofes.
-Possiveis empreendimentos militares conjuntos no ambito UE/NATO/ONU

Na eventualidade de uma guerra de grandes proporçoes, n agiriamos como um exercito unico. Há cada vez uma maior integração de forças aliadas. Por isso dentro das nossas responsabilidades há que ser realista naquilo que poderemos cumprir. Gostando ou não, não somos um país "só". Não estamos sozinhos, mas temos obrigações concretas. Os moldes que apresentei são talvez o meio mais realista em termos de papel de exército eficiente e capaz.
Título: Um novo Exército para a século XXI
Enviado por: Duarte em Setembro 29, 2004, 03:51:09 am
A organização territorial está de facto completamente desfazada da realidade. As regiões militares são um anacronismo e completamente inutéis num país pequeno como o nosso.

O novo Exército teria brigadas e agrupamentos operacionais inter-armas mais pequenos como a sua razão de ser. Tudo o que não é produto operacional deve se revisto e repensado. O recurso a "outsourcing" de serviços a empresas privadas, a polivalência de forças e a maximização de produto operacional são essenciais.

Com o fim do SMO torna-se imperativo haver uma forma de fazer crescer as forças sem recorrer ao SMO de novo. Termos uma força de reserva, soldados de fim de semana, como foi acima referido, é talvez a única forma de o conseguir.
Até proponho uma unidade de estrangeiros, ao estilo da LE Francesa.

São necessárias novas formas de pensar, novas tecnologias, nova doutrina de emprego de forças.

Seria ideal termos:

Uma brigada mecanizada, mas com meios mais modernos, VCI modernas, 120 a 150 seriam suficientes; CC de última geração, Leopard II recentes em segunda mão servem perfeitamente. Meios A/C e AA modernos e móveis de última geração. efectivos de cerca de 3500

Uma brigada aerotansportada, nos moldes actuais, mas com 3 BIPara, meios A/C modernos e ligeiros, VBL modernas. 3000 efectivos.

Duas brigadas de Infa. ligeira: uma especializada em combate em áreas montanhosas, sediada no norte do país, outra com VB rodas ligeiras modernas no sul, ambas com artilharia de campanha ligeira moderna, meios A/C e AA modernos e portáteis. cerca de 3000 efectivos cada

Uma brigada mista ligeira, formada pelas escolas e CI e orgãos administrativos em caso de mobilização. 2500 efectivos

Forças de operações especiais: 2 Comp. op. esp. (1 de reservistas)
1 Bat. Cmds a 3 companhias: 600 efectivos

forças especializadas: 1 Grupo. Pol. Ex, 1 Bat. defesa NBQ, 1 Bat. GE e informações, 1 GAL com 3 Esquadrões de helis: ligeiros de recto. e ligação (10), de transporte (10) e anti/carro/ apoio de fogos (12)

unidades de enenharia (2) e transmissões (1) AAA (1)

3 agrupamentos nos arquipélagos (cada um com 1 BI (com subunidades de reservistas), uma bateria AAA, um pel. PE e um dest. logístico

3 agrupamentos de reservistas que serviriam de base a 3 brigadas em caso de mobilização

unidades de logística

totalidade de efectivos: 24-25,000

Uma nova arma ligeira, para substituir a veneranda G3, novos uniformes, modernos, funcionais e atraentes, Enfim, um renascimento militar.
Título: Reestruturação do Exército.
Enviado por: TazMonster em Setembro 29, 2004, 12:35:57 pm
Ai Ai, caros colegas de forum.
Lá estamos nós a pensar ao contrário.
Digo-vos o mesmo que um Sr TCOR disse uma vez (e este é mesmo daqueles que sabe o que diz), "e se fosse-mos todos para  casa.... deixem os politicos redefinir o conceito estratégico nacional, para depois começarmos nós a trabalhar no conceito estratégico de defesa nacional e a partir daí reorganizarmos o Exército." foi mais ou menos isto.
Sábia pessoa.
Não vale a pena estarmos a dizer que deviamos ter isto ou aquilo. É primeiro necessário definir as bases de qualquer reorganização.

Cumprimentos.
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Setembro 29, 2004, 12:57:48 pm
Taz, você já ouviu falar em pressão!!!!! :D
Ou em Portugal os políticos são iguais aos brasileiros, não estão nem ai para o povo???
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 29, 2004, 07:13:17 pm
Citação de: "João Ricaro"
Taz, você já ouviu falar em pressão!!!!! :D
Ou em Portugal os políticos são iguais aos brasileiros, não estão nem ai para o povo???


Exacto. São iguaizinhos. Os nossos serão talvez mais cobardes.

Quanto à ideia do Dremanu, creio que já não será viável. Mas percebo onde quer chegar. Era preferivel que o CIDADÃO português (de pleno direito) tivesse acesso a armas e sítios onde praticar, pelo menos 300m e munições mais baratas. Não digo uma milícia suiça mas um meio termo. Digamos uma fonte de atiradores bem formados. E depois já se sabe. Os atiradores até gostam destas coisas e estariam de certa forma a "autoformar-se militarmente".
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Setembro 29, 2004, 08:45:09 pm
Citação de: "Luso"
Era preferivel que o CIDADÃO português (de pleno direito) tivesse acesso a armas e sítios onde praticar, pelo menos 300m e munições mais baratas. Não digo uma milícia suiça mas um meio termo. Digamos uma fonte de atiradores bem formados.


Luso, será que uma maneira de fazer isso, seja incentivar a prática do tiro esportivo, do tipo olímpico??? :snipersmile:
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 29, 2004, 09:03:25 pm
"Luso, será que uma maneira de fazer isso, seja incentivar a prática do tiro esportivo, do tipo olímpico???"

É um elemento positivo, não a solução que tudo resolve. Na guerra da Jugoslávia muitos snipers vieram do campo desportivo, inclusive mulheres.
Título: exercito XXI
Enviado por: Miguel em Novembro 15, 2004, 09:25:51 pm
caros amigos aqui esta a minha proposta considerando
 que somos um pais com poucos meios.


BRIGADA AEROTRANSPORTADA

3 Batalhoes Paras com cada um:
   3 companhias 120h com VBR,G36,MG3,AT4/LAW
   1 companhia comando apoio com pelotao morteiros 81mm

1 Esquadrao Anti-Carro 120h com 18 MILAN e depois JAVELIN

1 Companhia Engenharia 120h

1 Bateria AntiAerea 120h com 18 STINGERS

1 Companhia Transmissoes Comando 120h

1 Grupo Artilharia 480h com 18 obuses 105mm

1 Batalhao LOGistico 480h

BRIGADA FUZILEIROS
organisacao identica a Brigada Aerotransportada
mas com capacidade AMPHIBIA

BRIGADA MECANIZADA

3 Batalhoes Mecanizados cada um com:
   1 companhia carros combate M60tts
   2 companhias atiradores M113,G36,LAW,MG3
   1 companhia comando servicios

1 esquadrao anti-carro com 18 TOW
1 companhia engenharia
1 bataria antiaerea com 18 CHAPPARAL(lançadores)
1 companhia transmisoes

1 Grupo Artilharia com 18 M109

1 Batalhao Logistico

REGIMENTO COMANDOS/OPERACOES ESPECIAIS
500 HOMENS
Título:
Enviado por: Janus em Novembro 17, 2004, 06:07:57 pm
É uma idea interessante.  Nos USA, como sabem, o uso de armas e a prática do tiro desportivo por civis tem uma longa tradição desde antes dos tempos da guerra da independência.  Ainda hoje o governo federal vende Garands e Springfields de estoques militares diretamente para o público, assim como munição, contanto que o comprador seja cidadão americano, tenha registo criminal “limpo” e pertença a um clube de tiro.
Título:
Enviado por: dremanu em Novembro 18, 2004, 11:14:04 pm
O uso de milícias não é uma invenção radical. Já nos tempos dos primórdios da nação, e até antes, existiam populações armadas, e povoamentos preparados para lidar com invasões, ou incursões militares vindas ou de Castela, ou dos mouros.

Criar este tipo de milícias hoje em dia, é simplesmente seguir uma tradição secular, e que é compartilhada por várias culturas. No início da Républica Romana, o exército Romano era formado por cidadãos de Roma que tinham que se equipar por conta própria, e estarem prontos para irem lutar em defesa da cidade. Não era um exército professional, só passou a ser quando os Romanos construiram um império que requeria um exército permanente para defesa do território.

E se olharmos também para o exemplo dos Lusitanos, naquela altura em que lutaram contra os Romanos, e antes, nem governo existia, era tudo chefes tribaís, mas as povoações estavam armadas e prontas a lutar contra invasores. Basta olharmos para a existência dos castros para entender que tinha-se a consciência da defesa do território.

Portugal é herdeiro de uma cultura guerreira, e não é errado facilitar a quem quer, a oportunidade de se treinar e praticar a arte da guerra, sem precisar de o fazer num regime full-time.
Título:
Enviado por: Miguel em Novembro 19, 2004, 11:59:11 am
caros amigos

existe rumores, de fusão da Brigada Aerostransportada, com a BLI?
para transformarem-se em FRR?alguém sabe mais?
obrigado

cumprimentos
Título:
Enviado por: Yosy em Dezembro 19, 2004, 07:06:35 pm
Citação de: "dremanu"
O uso de milícias não é uma invenção radical. Já nos tempos dos primórdios da nação, e até antes, existiam populações armadas, e povoamentos preparados para lidar com invasões, ou incursões militares vindas ou de Castela, ou dos mouros.

Criar este tipo de milícias hoje em dia, é simplesmente seguir uma tradição secular, e que é compartilhada por várias culturas. No início da Républica Romana, o exército Romano era formado por cidadãos de Roma que tinham que se equipar por conta própria, e estarem prontos para irem lutar em defesa da cidade. Não era um exército professional, só passou a ser quando os Romanos construiram um império que requeria um exército permanente para defesa do território.

E se olharmos também para o exemplo dos Lusitanos, naquela altura em que lutaram contra os Romanos, e antes, nem governo existia, era tudo chefes tribaís, mas as povoações estavam armadas e prontas a lutar contra invasores. Basta olharmos para a existência dos castros para entender que tinha-se a consciência da defesa do território.

Portugal é herdeiro de uma cultura guerreira, e não é errado facilitar a quem quer, a oportunidade de se treinar e praticar a arte da guerra, sem precisar de o fazer num regime full-time.


Concordo. O povo portugues sempre teve um grande desejo de independencia. Até antes dos Romanos cá chegarem, as populações que habitavam o nosso território eram consideravelmente diferentes do resto da população da Ibéria. Em caso de invasão de Portugal, é mais importante transmitir "know-how" à população do que andar a distribuir G-3s. Um "molotov" só precisa de uma garrafa de vidro, um líquido inflamável, um pedaço de pano e um isqueiro! É possível, usando produtos domésticos, criar "armas" (ou algo do genero) que sirva para assediar o inimigo.
Título:
Enviado por: Miguel em Julho 24, 2005, 09:16:27 pm
Citação de: "Miguel"
caros amigos

existe rumores, de fusão da Brigada Aerostransportada, com a BLI?
para transformarem-se em FRR?alguém sabe mais?
obrigado

cumprimentos


desde maio 2005 o GAC da BAI deixou de existir

o RA5 passou a ser unidade instrução
o RA4 passou a ser unidade operacional com GAC/ para a Brig Int

igualmente

o RC6 unidade instruç~&o
0 RC3 ERec da Brig Int

conclusão

a) BAI deixou de ser Independente
b) fusão dos meios apoio das BLI e BAI

 :roll:
Título: Organização do Exército Português
Enviado por: sturzas em Julho 25, 2005, 03:32:53 pm
Antes de mais apresentações. Sendo um "aficionado" de assuntos militares tento com este meu 1º post, participar em todas as discussões deste forum.

De acordo com entrevista concedida pelo Chefe de Estado-Maior do Exército, General Luís Vasco Valença, ao Jornal do Exército em Novembro de 2004, sobre a directiva para a Transformação do novo modelo Organizacional do Exército Português passo a citar:

"No referente à Brigada Mecanizada, prevemos ter um Agrupamento Mecanizado em High Readness Force (HRF) categoria 3 (10 dias de prontidão), em Janeiro de 2005, e prosseguir esse esforço com o Esquadrão de Reconhecimento e um terço das unidades de apoio de combate e de apoio de serviços, também como HRF, categorias 3 a 5 (30 dias de prontidão), em Janeiro de 2006. Daí para a frente é preciso que a revisão da LPM assegure recursos que ainda não estão disponibilizados.

A Brigada de Intervenção, terá um Batalhão de Infantaria em HRF 3 em janeiro de 2008 e toda a Brigada está em HRF 5 em Janeiro de 2010.

Quanto à Brigada de Reacção Rápida, contamos ter um Batalhão de Pára-quedistas em HRF 3, em Janeiro de 2005, o 2º Batalhão Pára-quedista, as duas Companhias de Comandos e as Operações Especiais em HRF 3, em Janeiro de 2006, o Batalhão de Apoio Aeroterrestre em HRF 3, em Janeiro de 2007 e toda a Brigada com o mesmo estatuto em Janeiro de 2008, apenas com reserva da unidade de aviação, cuja prontidão completa não acontecerá antes de 2011"

Da análise desta entrevista podemos concluir que:

1 - A Brigada Mecanizada continuará a ser o parente mais pobre do Exército, continuando-se a adiar o reequipamento das suas unidades orgênicas.

2 - A Brigada Ligeira de Intervenção, passar-se-á a denominar Brigada de Intervenção, ficando constituída como unidade de infantaria blindada (penso que as novas VBR) serão maioritariamente atribuídas a esta unidade.

3 - A Brigada Aerotransportada Independente, passa-se a denominar Brigada de Reacção Rápida; o 3º BIPára deverá ser desactivado, sendo incorporadas organicamente as 2 Cª de Comandos, Elementos de Operações Especiais (CIOE - DOE Destacamento de Operações Especiais), o BAAT deixará de fazer parte do CTAT, passando a ser parte  integrante da Brigada (Recorda-se que os Precursores estão englobados organicamente neste batalhão), bem como o futuro GALE quando estiver aprontado deverá fazer parte da Brigada.

Assim sendo a Força Operacional do Exército Português ficará composta por uma Brigada  Mecanizada (Pesada), uma Brigada Blindada (Ligeira) e uma Brigada Aeromovél que comportará pára-quedistas, comandos, rangers e cavalaria aérea. Deste modo o que o Miguel tem toda a lógica: O RC3 passará para a Brigada de Intervenção, o ERec da Ex-BAI deixará de existir, passando o reconhecimento a ser feito por Patrulhas de Longo Raio de Acção, Prec's, etc, assim como o apoio de fogos, que dada a natureza do novo tipo de Brigada deixará de ser as Bocas de Fogo para serem morteiros, por exemplo.

Ficando à espera das vossas conclusões, cumprimentos,

A. Rodrigues

[/i]
Título:
Enviado por: Luso em Julho 25, 2005, 05:24:38 pm
Seja bem vindo Sturzas!
Título:
Enviado por: Miguel em Julho 25, 2005, 07:01:59 pm
:cry:

quero lembrar que afinal quando os Paras pertenciam a FAP
a BriParas era aquilo que sera a Futura BRRapida
para lembrar as cabeças havia
3 BatParasLigeiros
1 ERec com FAV
1 CACar
1 CEng
1 BAA
1 CMorteirosPesados
1 BapSvs
1 CPrecsSogas
e ainda cães guerrra etc.... num total de
- 2000Homens
- 18 Fast Atack Vehicules com LG40mm e Metre12.7
- 18 Milan
- 54 carl gustav
- 12 morteiros 120mm
- 18 morteiros81
- morteiretes60
- 6 StingerAA
etc...

conclusão:
andamos pra traz :?

eu continuo de não acreditar na capacidade de organização dos nossos generais do exército

alias temos 40 generais para um exército com quantas divisões???
Título:
Enviado por: Miguel em Julho 25, 2005, 07:12:05 pm
por volta de 2010 o Exército sera constituido por:
INFANTARIA:
2 Batalhões Paras (infantaria ligeira)
2 Bat Infantaria com VBRodas
2 Bat Mecanizados

CAVALARIA:
1 GCC (Tanques) cavalaria
1 GALE(Hélis) cavalaria

ARTILHARIA:
1 GAC com 18M109A5
1 GAC com 18M119lightgun

FORCAS ESPECIAIS:
1 Bat Comandos (2 cias combate+1 cia instr+1 CCS)
1 BEOE(1 cia OEs+1CIOE)
Título:
Enviado por: typhonman em Julho 25, 2005, 08:49:38 pm
Falou-se em misseis SPIKE para a Marinha, alguem sabe de alguma coisa para o exército?
Título:
Enviado por: papatango em Julho 25, 2005, 09:10:37 pm
Em primeiro lugar: Seja bem vindo Sturzas.

A Brigada Ligeira de Intervenção passar a chamar-se Brigada de Intervenção, (com as consequentes alterações) faz do meu ponto de vista todo o sentido.

Na realidade o tipo de “estratificação” das unidades deve condizer com o seu estado de prontidão e capacidade para entrar em acção.

A BLI, como está, nem é carne nem é peixe.

Tudo o que altere as estruturas das Forças Armadas, no sentido de mudar comandos e unidades, é positivo, sendo apenas pena que seja tão lento.

Torna-se também evidente que a Brigada Mecanizada será o parente pobre.

Na primeira linha estão as unidades com capacidade aerotransportada, depois as unidades ligeiras com alguma capacidade aerotransportada, mas que podem e tendem a ser transportadas no NavPol, e finalmente a Brigada Mecanizada que deverá restringir-se à defesa territorial, embora eu ache que não serve para nada, porque o território não se defende com M-60 nem mesmo com Leopard-2.

Faz sentido. A questão é que acho que continuará  a haver unidades a mais, que não serão extintas por razões políticas.

Cumprimentos.
Título: SPIKE.
Enviado por: tsahal em Julho 26, 2005, 12:10:39 am
Os misseis SPIKE serao usados pelas PANDUR 2 dos Fuzileiros, assim de momento nao me lembro muito bem mas acho que serao duas PANDUR com misseis SPIKE e equipamentos proveniented da Elbit. As PANDUR 2 do Exercito utilizarao material da Raytheon.
Título:
Enviado por: typhonman em Julho 26, 2005, 12:46:32 am
Ou seja vamos utilizar diferentes misseis anti carro no exercito e na marinha?

Não seria boa ideia equipar também os paraquedistas infantaria e mesmo as forças especiais com os misseis SPIKE SPIKE/ER quantos lançadores e misseis se deveriam comprar?

O exército que missil anti carro vai utilizar? TOW nos pandur?
Título: Exército
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 26, 2005, 05:17:20 pm
Estou com algumas e se vocês pudessem tirarem-mas isso seria óptimo!
Em relação ao artigo mencionado acerca dos Páras e dessas brigada chamada de Reacção Rápida eu acho que é mais para Inglês ver do que outra coisa qualquer. Ora veja-mos:
o 3º BiParas desde 1996 já acabaram com esta unidade e voltaram a relevantarem-na 2 vezes. Ou seja gastou-se tempo e dinheiro a formar seiscentos e tal homens para depois mandarem-nos pra casa. Conheço inclusive um tipo que pretendia seguir carreira militar já estava no 3º à dois anos e ficou de tal revoltado com essa situação que já se passou tanto tempo e ele sempre que fala da tropa é sempre com muita mágoa. Em relacção ao grau de prontidão eu acho que tudo isto são balelas porque o que interessa é ter os homens devidamente treinados e equipados o que neste momento isso não acontece na maior parte das unidades do exército. Eu sei que com a profissionalização demos um passo de gigantes porque os militares do exército estão a ter um treino muito mais longo e apurado mas ainda falta muito para chegar aos níveis de outros países da Nato. As sub-unidades da BAI à anos que estão nas mãos do exército normal porque se forem a ver a maior parte dos elementos que compõem a GAC, o ERec, etc.; são militares sem o curso de Pára-quedismo.
- O Batalhão de Comandos devia ter uma terceira companhia operacional, porque esse é o mínimo indispensável para manter no teatro de operações uma Companhia. Eu tb gostava de ter uma brigada de tudo mas infelizmente nós não temos homens para isso, mesmo nos anos 80 já o Comandante do Regimento de Comandos dizia que Portugal tinha demasiados homens nas Tropas Especiais. Entre as pessoas que se dão como voluntárias e os indivíduos que finalmente chegam a prontos vai uma grande distância (só um 1/4 em média chegam ao final).
- O CIOE tem dois grupos Alfa (constituídos por militares QP);
Grupo Bravo e Delta (duas companhias);
e o GOE Delta (de apoio operacional), por isso não é preciso inventar a roda que pelos vistos ela já está a rolar.
- A GALE não é uma unidade de Cavalaria como nos US!
A BAAT vai sair da BAI? Mas afinal para onde vai?

Não levem este documento como ataque pessoal a ninguém, mas sim como um texto de alguém que quer tirar as dúvidas.

Ps: Sou o Cabeça de Martelo mas consigo ouvir as pessoas ;o)
Título: DISCURSO DO ALMIRANTE CEMGFA
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 29, 2005, 11:55:30 am
Meus Senhores
Além de uma evocação do passado, a comemoração do Dia das Forças Armadas é o momento próprio para procedermos ao balanço do que foi feito, mas, sobretudo, para uma reflexão sobre o futuro.
Em primeiro lugar, devo mencionar a revisão que recentemente teve lugar de todos os documentos enquadrantes da Defesa Nacional e da actuação das Forças Armadas.
Mais do que uma actualização, absolutamente necessária atendendo às profundas alterações entretanto verificadas no sistema internacional, tratou-se de uma significativa mudança de conceitos, com relevantes implicações nas Forças Armadas.
O novo Conceito Estratégico Militar estabeleceu as linhas gerais de acção e o empenhamento máximo exigível “sustentado em termos orçamentais, no objectivo consagrado no Conceito Estratégico de Defesa Nacional”.
Nesse mesmo quadro, se redefiniu o conjunto de missões específicas directamente relacionadas com as directrizes políticas contidas naquele Conceito.
E, em conjunto com os três Ramos, definiu-se o Sistema de Forças Nacional, a edificar nas suas duas componentes, a Operacional e a Fixa ou Territorial, através de um complexo de meios e infra-estruturas.
Devo salientar que a evolução nos conceitos, na organização e nos meios das Forças Armadas, conduziu também à necessidade de reestruturação dos Ramos, num esforço amplo de racionalização, a que a Marinha já fez referência nas comemorações do seu Dia, na Figueira da Foz, e que a Força Aérea irá certamente referir nas comemorações do seu aniversário, dentro de uma semana em Aveiro.
No Exército, este esforço traduziu-se numa das maiores transformações da sua história recente, centrando-o no produto operacional, orientado para forças projectáveis, mais ligeiras e com maior prontidão.
Estas mudanças são interdependentes, originando processos paralelos de modernização ao nível das forças, dos sistemas de comando e controlo comuns aos três Ramos, e da estrutura do Estado-Maior-General. Indirectamente, o processo terá repercussões no Ministério da Defesa Nacional, em consequência da transferência de algumas funções.
A racionalização e modernização do Estado-Maior General constitui, aliás, uma necessidade há muito sentida, sendo incontornável no contexto actual.
A sua organização interna terá de ser redimensionada e baseada em requisitos tecnológicos modernos, mas, principalmente, em padrões de qualidade do pessoal militar e civil que nele presta serviço. O objectivo final será uma estrutura mais ligeira, mais eficiente e eficaz.
Estão a decorrer os estudos que conduzirão a uma proposta a apresentar ao Governo, dentro de poucos meses, visando a melhoria de aspectos orgânicos e de funcionamento.  Não incidirá, todavia, na adequação do pessoal às funções a desempenhar, continuando esta dependente de modelos de carreira e critérios de selecção da competência dos Ramos.
Implicará, também, uma articulação mais estreita com os comandos operacionais, tendo em vista o adequado exercício do comando conjunto de forças ou unidades empenhadas em operações reais.
Nesse sentido, a localização dos comandos operacionais dos três Ramos em Monsanto - projecto a que me referi há um ano e ainda não concretizado - será indispensável à acção de comando, pela utilização de recursos tecnológicos, procedimentos e doutrina comuns, indispensáveis a uma efectiva capacidade conjunta.
O caminho da racionalização não se esgota, porém, no que já foi feito, mesmo que os resultados, em grande parte, ainda não sejam visíveis.
No domínio do enquadramento legal das Forças Armadas, a mudança terá de ir inevitavelmente mais longe.
Os pressupostos que obrigaram a compromissos conjunturais estão de há muito ultrapassados, pelo que, documentos chave como a Lei da Defesa Nacional e das Forças Armadas e mesmo a Lei Orgânica de Bases de Organização  das Forças Armadas, deveriam ser igualmente ajustados às novas realidades.



Meus Senhores
Um dos factos mais marcantes ocorrido durante o último ano, a que o País assistiu quase sem que se tivesse apercebido, diz respeito a uma enorme evolução no domínio dos recursos humanos.
O fim da obrigatoriedade do serviço militar é uma realidade que marca inequivocamente a História Militar nacional.
A passagem da conscrição à profissionalização foi gerida com sucesso, constituindo-se como um elemento significativo de transformação das Forças Armadas. No Exército, Ramo onde as consequências da mudança geravam alguma expectativa e apreensão, foram atingidos os efectivos considerados necessários para garantir a eficácia operacional.
Mas a profissionalização não está terminada. Torna-se necessário estabilizar o recrutamento e a retenção, o que requer um sistema de gestão de carreiras mais ágil, assim como condições de vida e de trabalho compatíveis com as expectativas das novas gerações.
Por isso, tem sido dada tanta importância à necessidade de uma Lei de Programação de Infra-estruturas, financiável pelo processo de reorganização do património edificado atribuído às Forças Armadas.



Impõe-se, porém, ir mais longe.
É absolutamente necessário cimentar uma nova cultura nas Forças Armadas, consequência da mudança de um modelo que vigorou durante décadas, para o que agora se iniciou.
Este modelo baseia-se em novos requisitos de formação e treino e numa maior exigência nas competências técnicas, profissionais e de comando, em proporção directa com os escalões hierárquicos. Disto é indissociável a cultura de uma liderança assente no mérito efectivo e no exemplo.
São requisitos indispensáveis ao crescente empenho de forças portuguesas em missões no exterior, para satisfação dos compromissos internacionais assumidos no âmbito da política externa do Estado.



Justifica-se uma breve referência a estas missões.
Portugal mantém forças na região dos Balcãs.
Contribui para uma operação conduzida pela União Europeia na Bósnia-Herzegovina, com uma força de 237 militares e elementos no Quartel-General.
As Forças Armadas Portuguesas regressaram também ao Kosovo, numa operação sob a égide da NATO, com um Batalhão de 304 militares.
Portugal participa com uma equipa de instrutores e conselheiros, na missão de treino assumida pela NATO no Iraque, em obediência a mandato das Nações Unidas, visando a formação dos quadros das futuras Forças Armadas Iraquianas.
A presença nacional no Afeganistão, assegurada até ao momento por uma aeronave “C-130”, aumentará no próximo semestre com a atribuição de uma Companhia de Comandos às forças de reacção rápida, e de um Destacamento para exercer o comando e operação do Aeroporto de Cabul.
Contribuímos igualmente para as forças europeias - EUROFOR e EUROMARFOR - e integramos as missões em curso no Congo e na região do Darfur, no Sudão.
Portugal tem atribuído regularmente uma fragata à Força Naval de elevada prontidão da NATO e colabora, com uma aeronave de patrulha marítima, na vigilância do Mediterrâneo Ocidental.
Apesar de não ser muito conhecida, a participação nos Quartéis Generais das Organizações Internacionais de Segurança e Defesa é expressiva, envolvendo cerca de 180 militares.
Prossegue também o envolvimento em Missões de Apoio à Paz, sob a égide das Nações Unidas. Portugal tem assumido, neste contexto, um papel relevante, prestando um contributo muito significativo, quando comparado com outros países de idêntica dimensão. Participamos em missões das Nações Unidas em Timor Leste e no Kosovo, onde chefiamos as equipas de Observadores Militares, e mantemos militares no Burundi.
No conjunto dos Teatros de Operações que referi os efectivos médios mensais ultrapassam os 730 militares.
Particularmente importante é a Cooperação Técnico-Militar com os Estados-membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Os recursos humanos empenhados são consideráveis, perfazendo 100 militares, invariavelmente quadros qualificados, por períodos de tempo significativos. São missões que se tornaram quase permanentes e relevam do relacionamento privilegiado entre Portugal e aqueles Estados.
Embora em 2005 se tenha registado uma redução no total dos efectivos empregues, as missões no exterior aumentaram em número e na diversificação de áreas geográficas.
Mais de uma década decorrida sobre o início destas missões, sempre executadas com a aprovação e sob a direcção política dos órgãos de soberania competentes, Portugal é hoje visto como um país que, na justa proporção dos seus recursos e capacidades, contribui para a segurança e estabilidade internacionais. Não é, pois, um beneficiário líquido da segurança proporcionada pelos aliados, mas antes um contribuinte efectivo e como tal reconhecido.
Em território nacional as missões das Forças Armadas não se confinam à área estritamente militar, já que outras lhes são cometidas no interesse público, como as de colaboração com a protecção civil, e em tarefas relacionadas com a satisfação de necessidades básicas e a melhoria da qualidade de vida das populações.



A consciência da missão cumprida deve constituir um estimulo para  prosseguir, mas também o dever de fazer melhor.
Para isto é necessário que se compreendam e assumam frontalmente as novas realidades.
No plano internacional, a realidade é bem mais exigente do que a verificada durante a Guerra Fria. Mudou a natureza das forças, aumentaram os níveis de operacionalidade e prontidão, e surgiram novos conceitos de emprego, para fazer face a uma multiplicidade de situações cuja previsibilidade é escassa.
À semelhança do que se passa com a generalidade dos países aliados, Portugal participa ininterruptamente, desde 1993, em operações fora do território nacional.
Apesar dos esforços de adaptação a este novo cenário, reconhecemos que as actuais estruturas estão ainda desajustadas e respondem com pouca agilidade e eficiência a cada passo da geração de forças.
Os modelos do passado deixaram de corresponder às actuais exigências, sendo imperioso acelerar o ritmo das reformas.
Estas devem conduzir a um novo paradigma organizacional, capaz de acompanhar as missões e tarefas decididas ao nível político, as quais, tudo indica, tenderão a manter-se.
Na linha das reformas que referi, está a ser implementado o Sistema Integrado de Gestão, com a participação dos três Ramos, do Estado-Maior-General e do Ministério da Defesa Nacional, a quem coube a iniciativa.
Este sistema proporcionará, a partir de Janeiro de 2006, um instrumento racional de gestão e de controlo de recursos humanos, financeiros e materiais das Forças Armadas.
É um programa marcado por preocupações de transparência e rigor, que permitirá saber exactamente o que se gasta, onde, como e com que grau de utilidade.
Constitui uma iniciativa pioneira no domínio da administração pública.
Retenha-se, porém, que se trata de um projecto de natureza instrumental, o qual virá a revelar as áreas carentes de racionalização futura, sejam as da logística do pessoal e do material, ou outras.



Portugal necessita de meios eficazes para garantir a adequada capacidade de actuação autónoma e para participar nas iniciativas de levantamento de forças europeias e da NATO.
Isso implica equipamento interoperável com os aliados e capaz de garantir a protecção e sobrevivência dos nossos militares.
Apesar de continuarmos a retirar o melhor partido do equipamento de que dispomos, parte dele está no limiar da obsolescência, consequência de mais de 30 anos de utilização.
Donde não poder ser mais protelada a aquisição de alguns equipamentos e sistemas de armas, de modo a reduzir vulnerabilidades e não comprometer o cumprimento das missões.
Neste contexto, a revisão da Lei de Programação Militar exigirá opções complexas.
Será necessária uma rigorosa definição de prioridades, que considere critérios de aceitabilidade política, de adequabilidade militar e de exequibilidade em função dos recursos financeiros disponíveis, tendo em vista a edificação de um Sistema de Forças coerente e equilibrado.
Este objectivo terá que ser assegurado, quaisquer que sejam os montantes financeiros estabelecidos para os programas de aquisição, assim como para a operação e sustentação.
Neste processo, é inquestionável e desejada a participação da indústria nacional, sendo, porém, necessário que exista da sua parte vontade e capacidade para concretizar os projectos, mas sublinho, de forma competitiva.



Meus Senhores
Não somos alheios ao clima geral de contenção que o país vive. As Forças Armadas sabem que o principal problema não reside em si, uma vez que os recursos que o país lhes atribui representaram cerca de 1,40% do PIB em 2004. Nos últimos quinze anos, os recursos afectos à Defesa Nacional, têm vindo tendencialmente a decrescer face às despesas públicas.
Contudo, as Forças Armadas não podem eximir-se, mesmo por razões de solidariedade, ao conjunto de medidas que visam a prazo o restabelecimento do equilíbrio das contas públicas, sabendo embora que poderão ser também afectadas, no respeito pelos princípios da partilha de esforços e da equidade.
As Forças Armadas constituem uma instituição nacional, habituada a cumprir o seu dever em momentos difíceis e saberão fazê-lo na actual situação.
Os tempos requerem que cada cidadão consciente se interrogue não apenas pelo que pode, mas sim pelo que, neste momento, deve fazer pelo país, a benefício das gerações futuras.
É este o sentido de responsabilidade institucional e de cidadania com que Portugal conta dos seus militares.
Termino, neste dia das Forças Armadas, comemorado com sobriedade em terra alentejana, terra de bravura e tradição em que evocamos o passado, desejando um futuro melhor e apelando a todos militares que servem o país com dedicação, profissionalismo e espírito de missão que continuem a dignificar e honrar Portugal.
Em nome das Forças Armadas reitero solenemente o compromisso que temos com a Nação.
Continuaremos a cumprir as missões que nos são confiadas, com os recursos que nos são disponibilizados e garantimos aos portugueses que tudo faremos na prossecução do desígnio de um Portugal mais estável e seguro, mas também mais próspero.




Estremoz, 25 de Junho de 2005
Título: Comandos
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 24, 2005, 01:56:52 pm
Pelo que ouvi recentemente, os Comandos estão a ter muita dificuldade em conseguir arranjar homens para as duas companhias operacionais. Tudo isso por causa da elevada percentagem de desistentes e eliminados  :oops:

PS: já não se fazem homens como antigamente!
Título:
Enviado por: typhonman em Agosto 24, 2005, 02:30:36 pm
Hoje em dia já não se promove a cultura fisica nos jovens, assim como o espirito militar, para muitos é melhor estar a receber subsidio em casa a coçar a micose do que ir para a tropa contratado.
Título:
Enviado por: psychocandy em Agosto 24, 2005, 03:34:12 pm
Xiiiiiiiiiiiiii Tanto voluntario.. ;)
Promovam a vossa cultura fisica, ponham em pratica o que aqui falam e contactem directamente com a linda e brutal realidade do nosso Exercito. O que podera' haver de melhor ?
Título: Monar
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 25, 2005, 12:03:32 pm
Olha pá eu cá corro frequentemente com um tipo que teve nos Fuzos e apesar de já ter 34 cprre por 2!
Eu tb faço outro tipo de exercicios, normalmente são feitos na horizontal e que recomendo vivamente!  :D
Título:
Enviado por: Luso em Agosto 25, 2005, 02:32:09 pm
Faz natação, é? :wink:
Título:
Enviado por: komet em Agosto 25, 2005, 04:31:03 pm
Deve ser dormir  :lol:
Título: Exercicios na Horizontal...
Enviado por: TazMonster em Agosto 25, 2005, 07:18:44 pm
Cabeça de Martelo

Esse tipo de exercicio pode ser bem mais variado do q na horizontal... oh meus amigos... vamos a ter um pouco mais de imaginação.
Recomendo a leitura do FM 69-69 "Kamasutra" para doutrina especifica sobre este assunto. :lol:
Título: Re: Monar
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 27, 2005, 01:18:19 pm
Eu tb faço outro tipo de exercicios, normalmente são feitos na horizontal e que recomendo vivamente!  :D[/quote]

Eu disse normalmente e não sempre! Aposto que vocês falam, falam, falam, mas dar no "duro", tá quieto ó mocho!
Há os que falam e há os que fazem  :D
Título:
Enviado por: NotePad em Agosto 27, 2005, 05:22:31 pm
é incricvel eu mesmo fazendo judo 2 horas por dia 3 vezes por semana, alpinismo (kd ha guita) e escalada (pelo menos 1 vez por semana, corro dia sim dia nao 8km nos dias em ke nao ha judo, futebolada nos mesmos dias e ainda faço uma surfada no inverno consigo tar obeso segundo o exercito... n tenhu culpa de so ter 1.68... e inda me mandam parar de comer mcdonals... fdx eu detesto hamburger!!!!lol curioso no minimo.
Título:
Enviado por: komet em Agosto 27, 2005, 05:25:08 pm
Corta na cerveja!  :cry:
Título: Cerveja?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 27, 2005, 05:57:15 pm
Olha que eu tive um camarada de armas que tb era considerado obeso no entanto ao longo dos seis meses de instrução para atingir o estatuto de pronto perdeu tanto quilo que no final só se via era as orelhas! Não estou a exagerar, garanto-te!  :D
Título:
Enviado por: fealcap em Setembro 24, 2005, 11:08:24 pm
Tengo una pregunta que hay de cierto en esto:

Citar
Exercito Português demonstra interesse nos Leopard 2 holandeses

O Exército Português demonstrou recentemente interesse em adquirir uma quantidade ainda desconhecida de carros de combate Krauss Maffei Wegmann Gmbh & Co KG Leopard 2 ao exército holandês, que está retirando do serviço ativo algumas dessas viaturas. Já foram inclusive efetuados alguns contatos em nível governamental com vista as negociações para esta possível compra que, e caso ela se confirme os Leopard 2 virão substituir os cerca de 80 carros de combate M60A3TTS utilizados pela Brigada Mecanizada Independente, sediada no Campo Militar Santa Margarida.
Os M60A3TTS actualmente utilizados pelo Exército Português foram adquiridos na década de 90 via FMS (Foreign Military Sales) aos Estados Unidos. Segundo a Lei de Programação Militar, este equipamento será alvo de uma modernização que obviamente poderá ser cancelada caso se opte pela compra de outro CC. Vale lembrar que em finais da década de 90, Portugal tinha assinado com a empresa Raytheon Company e com a NAMSA (NATO Maintenance and Supply Agency) um contrato para a modernização do M60A3TTS, que tinha como objetivo a instalação do sistema de direção de tiro IFCS (Integrated Fire Control System) da Raytheon; mas o contrato foi cancelado por falta de financiamento. Também a Noruega já demonstrou interesse na aquisição de alguns Leopard 2 holandeses, que seriam trocados pelo sistema de defesa antiaéreo NASAMS (National Advanced Surface Air Missile System), fabricado pela empresa Norueguesa

http://www.segurancaedefesa.com/Informe0504.html (http://www.segurancaedefesa.com/Informe0504.html)


Esto tambien esta aquí: http://www.saorbats.com.ar/Noticias/Not ... guesas.htm (http://www.saorbats.com.ar/Noticias/NoticiasPortuguesas.htm)

Saludos
Título:
Enviado por: papatango em Setembro 24, 2005, 11:53:14 pm
Muito por alto, em 2004, houve contactos com a Holanda.
As alterações governativas e as restrições orçamentais parecem de alguma forma ter congelado a operação.

De qualquer maneira, não há grandes opções para os M-60A3.

Segundo as informações que tenho, tratava-se de 70 a 80 Leopard-IIA5.

Outras informações, disseram que poderia ter sido considerada a aquisição de 20 (vinte) LEOPARD-II A6, dos mais recentes, que constituiriam a participação portuguesa em operações internacionais "pesadas" e o restante em Leopard-II mais antigos, não sei se A5 ou A4.

A substituição futura dos M-60A3 é inevitável e o exército já não considera a possibilidade de os modernizar.
A aquisição das VBR PANDUR-II também atrasou essa operação.

Neste momento, não há informações sobre quando serão reabertos os contactos sobre este assunto.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: fealcap em Setembro 25, 2005, 12:59:39 pm
Leopard 2A5 jajaja :lol:
De donde los Leopard 2A5 Alemanes fueron transformados en A6 así como los Holandeses. Primero se realizo en Alemania a 225 A5 y posteriormente a 125 A5 quedando en Alemania solo Leopard 2A4 y Leopard 2A6.
En Holanda se realizo la conversión de 180 Leopard 2A5 a Leopard 2A6.
Y NO ESTAN EN VENTA.
Solo se pueden adquirir Leopard 2A4 y si hay pasta (€ o $) se pasan a la variante que desee el cliente. Como ejemplo Dinamarca Leopard 2A5DK.

Saludos
Título:
Enviado por: papatango em Setembro 25, 2005, 01:07:02 pm
Errado

Foram os Leopard-IIA4 que foram convertidos em Leopard-IIA6.
Aliás, este é o procedimento normal.
Afazer o upgrade dos mais antigos, (A4) de forma a rentabilizar o investimento efectuado nos A5.

Veja com atenção as noticias, e verificará que a Holanda reduziu de duas para uma brigadas a sua força principal de tanques. As duas brigadas estavam equipadas com Leopard-IIA6.

Portanto, Portugal demonstrou interesse nos carros que ficam disponíveis, com a redução das forças blindadas holandesas de duas para uma brigadas.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: fealcap em Setembro 25, 2005, 02:04:51 pm
No  :G-Ok:
Título:
Enviado por: papatango em Setembro 25, 2005, 02:08:53 pm
As informações que tenho sobre o tema, foram-me dadas por um holandês.

A informação inicialmente posta a circular, de facto falava de uma transformação A4 -> A5 -> A6.
Informações posteriores referem a transformação directa A4 -> A6, porque era mais barata e porque os A4 estavam estruturalmente em melhores condições  que os A5.

Além de tudo isto, o mapa não refere o facto de a Holanda ter reduzido de três para duas, o numero de brigadas blindadas, que estavam equipadas com A6. Logo, como é obvio, os carros que a Holanda passa a ter disponiveis (não necessáriamente em venda) são, sem dúvida Leopard-IIA6.

Até ao momento subsiste-me a dúvida sobre se todos os carros utilizados pela Holanda nas suas duas brigadas blindadas eram de facto A6. A dúvida tem a ver com o facto de a Holanda ter adquirido várias unidades do novo canhão L55 (utilizado no Leopard-II A6), contanto manter algumas unidades de reserva. Como a noticia de que uma das duas brigadas blindadas seria desactivada, chegou antes de o programa de modernização ter chegado ao fim,  deixou de fazer sentido a Holanda continuar a fazer upgrades de tanques que posteriormente seriam desactivados. Essa poderá ser a razão pela qual, se falou em Portugal em apenas 20 carros de combate. De notar que esta noticia nem sequer é oficial, e pode haver (como em todas as noticias) alguma desinformação.

Em Portugal, a possibilidade de trocar os M-60A3tts por Leopard-IIA4, já foi anteriormente colocada, mas segundo as "más linguas" as chefias do exército recusaram a troca, pela complicação logística que isso implicava. As chefias estariam portanto interessadas em veículos mais modernos, que efectivamente justificassem a mudança.

Passar de M-60A3tts para Leopard-IIA4, é um progresso, mas do ponto de vista estratégico, para Portugal, é passar de um carro que não pode actuar em cenários internacionais, para outro que também já está em termos de blindagem desactualizado.

Logo, considerando os objectivos das F.A. portuguesas, não faz sentido passar do M-60A3TTS para o Leopard2-A4.

Mas claro, esta é a análise feita do ponto de vista  militar. Os civis podem fazer outra análise.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: fealcap em Setembro 25, 2005, 02:52:45 pm
Cual de los cuatro ha sido desactibado
-Regiment Huzaren Prins van Oranje
-Regiment Huzaren Van Boreel
-Regiment Huzaren Prins Alexander
-Regiment Huzaren Van Sytzama

Saludos
Título:
Enviado por: papatango em Setembro 25, 2005, 02:56:31 pm
A noticia é a seguinte:

Citar
EXCEDENTE

A Holanda vai extinguir uma das suas três brigadas mecanizadas, o que cria um excedente de 76 carros de combate ‘Leopard 2' – de 186 para 110 – e parece ser para estes veículos que Portugal vira as suas atenções, se bem que o Governo holandês encare negociações com a Noruega para a cedência dos veículos, por troca de outro equipamento, segundo o documento da reestruturação das Forças Armadas produzido pelo Ministério da Defesa holandês.

Aliás, Portugal já sondou também a Holanda para efeitos de aquisição de aviões P-3. Os custos não são conhecidos, nem as condições em que o negócio poderá ser feito ou o seu enquadramento na Lei de Programação Militar, mas o preço teórico de um ‘Leopard 2' poderá rondar 1,4 milhões de euros (700 mil contos).

O eventual interesse português surge associado a uma renovação muito parcial da Brigada Mecanizada Independente – no âmbito mais vasto da reestruturação do Exército – uma vez que os números apontados referem apenas a necessidade de 20 blindados, os suficientes para constituir um esquadrão de carros e um esquadrão de reconhecimento.

M-60 A3 SUBSTITUÍDOS

Estas subunidades serão agregadas a um batalhão mecanizado, com viaturas M-113 (também à espera de modernização ou substituição), para constituir um agrupamento mecanizado, que pode congregar entre 400 e 600 homens.

Os ‘Leopard 2' – a virem para Portugal – deverão substituir igual número de M-60 A3, cujo processo de modernização parece ter sido assim abandonado, mas se bem que possa constituir uma lufada de ar fresco para a BMI, levanta, no entanto, dúvidas a nível de manutenção e de logística, uma vez que os dois carros são completamente diferentes. Há mesmo receios de que a necessidade de criação de duas linhas paralelas de manutenção e logística, por um lado, e de instrução, por outro, possa agravar a situação da BMI, com consequências também nos custos de operação.

São números que, no seu conjunto, são bem mais modestos que os preconizados pela meta do Exército, que aponta para a BMI um número da ordem dos quatro mil homens em termos de efectivo, mas há alguma urgência em manter a imagem da BMI como ‘escola de armas combinadas', conceito de que o projecto de reestruturação do Exército não abdica e que terá que ser necessariamente conjugado com os custos de manter uma grande unidade mecanizada.

BAI REDUZIDA

Mais segura mantém-se a intenção de redução em efectivos da Brigada Aerotransportada Independente (BAI) – em termos orgânicos de brigada passa de três mil para dois mil homens – e os comandos abandonam a ideia de batalhão, ao manterem as duas companhias, mas sem um estado-maior.

A ser assim, poderá desaparecer o próprio conceito de brigada, substituído por ‘força', uma vez que na orgânica são extintos os batalhões de apoio de combate e de apoio e serviços.

FACTOS EM TORNO DA REESTRUTURAÇÃO DO EXÉRCITO

MUDANÇA

A reestruturação do Exército foi apresentada esta quarta-feira pelo general Valença Pinto, Chefe de Estado-Maior do Exército, no Instituto de Altos Estudos Militares, perante os oficiais generais e comandantes do Exército. A reestruturação do ramo terrestre das Forças Armadas está a ser anunciada desde há dois anos.

CONTRATOS

O Exército está autorizado por lei a contratar 12 mil soldados, oficiais, sargentos e praças. O número actual de efectivos ronda os 24 mil homens. É actualmente constituído por três brigadas (Brigada Aerotransportada Independente, Brigada Ligeira de Intervenção e Brigada Mecanizada Indepedente) e unidades de apoio.

EXTINÇÃO

A reestruturação do Exército anunciada por Valença Pinto aponta para a criação de unidades de apoio e serviços comuns à Brigada Aerotransportada Indepentente e à Brigada Ligeira de Intervenção. Aponta-se ainda para a extinção das Regiões Militares e para a distribuição de valências de comando por vários pontos do País.

INTERVENÇÃO

Na ideia de Valença Pinto está a criação de uma força de intervenção rápida que vai congregar dois batalhões de pára-quedistas, um batalhão de apoio aero-terrestre, duas companhias de comandos e elementos de operações especiais. Está ainda prevista a criação orgânica de uma companhia com elementos de patrulhas de longo raio de acção.


De notar que a Holanda passa de três unidades mecanizadas a duas e não de duas a uma como incorrectamente referi.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: fealcap em Setembro 25, 2005, 03:18:36 pm
La noticia que has expuesto esta aqui:  http://www.correiodamanha.pt/noticia.as ... nal=9&p=94 (http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=107048&idselect=9&idCanal=9&p=94)

Me explicare mejor de los cuatro Regimientos que hay o habia son tres los que poseian una brigada con carros de combate exatamente son estas.
Regiment Huzaren Prins van Oranje-  43 Gemechaniseerde (Mechanized) Brigade
Regiment Huzaren Prins Alexander-  41 Gemechaniseerde (Mechanized) Brigade
Regiment Huzaren Van Sytzama - 13 Gemechaniseerde (Mechanized) Brigade
Lo que hace falta saber es cual ha sido desactivada.

Saludos
Título:
Enviado por: fealcap em Setembro 25, 2005, 07:28:44 pm
La verdad es que no lo entiendo según el ministerio de defensa Holandés siguen en activo.
13 Gemechaniseerde: http://www.landmacht.nl/toon.asp?id=103079 (http://www.landmacht.nl/toon.asp?id=103079)
41 Gemechaniseerde: http://www.landmacht.nl/toon.asp?id=101620 (http://www.landmacht.nl/toon.asp?id=101620)
43 Gemechaniseerde: http://www.landmacht.nl/toon.asp?id=101621 (http://www.landmacht.nl/toon.asp?id=101621)
Y el material:
http://www.mindef.nl/veiligheid/krijgsm ... heden.html (http://www.mindef.nl/veiligheid/krijgsmacht/landmacht/eenheden.html)

Según estas Web los que poseen los carros de combate son 11, 101 y 42 Tankbataljon y todos activos.

No tendrás en Holandés o en Ingles donde pone que ha sido disuelto porque de no ser así es poco fiable susodicha información de la disolución de uno de sus Batallones Mecanizados. Tal y como sabemos muchos periodistas en vez de informar desinforman.

Saludos
Título:
Enviado por: TOMKAT em Setembro 26, 2005, 01:22:09 pm
Ontem entrevista do Ministro da Defesa ao fim da noite no canal 2.

Muita teorização e poucos factos concretos.
Sobre verbas para reequipamentos previstos para no próximo OE, pouco mais que nada. :?
 
Alguns conceitos positivos a realçar:
-A importância das forças armadas como salvaguarda da democracia e da autoridade do estado.
-A rejeição do sindicalismo nas Forças Armadas.
-A recusa em ceder ás reivindicações recentes das associações militares de forma a não criar precedentes perigosos, e a não desrespeitar as chefias militares.
-A recusa em transformar as Forças Armadas em Forças de Segurança,
distinguindo claramente os objectivos e as permissas que regem cada uma das instituições.

...

Nota final para o desabafo/confidência do ministro aos sues colaboradores: Estejam mentalizados para ficar 4 anos, mas estejam preparados para saír em 4 horas!

Sintomas de precaridade e de insegurança na função inexplicável num ministro dum governo com maioria absoluta. :(
Título:
Enviado por: papatango em Setembro 26, 2005, 01:58:35 pm
Também vi a entrevista.

Acho que o ministro falou muito mas não disse grande coisa.

No que respeita ao trabalhar para quatro anos mas estar preparado para sair em quatro horas, tem a ver com a questão do desprendimento do poder.

Espera-se que qualquer ministro esteja no governo com espirito de missão, e não agarrado ao poder, portanto é de esperar que diga que também poderá sair em quatro horas.

Cumprimentos