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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Exércitos/Sistemas de Armas => Tópico iniciado por: Ricardo Nunes em Setembro 24, 2004, 09:44:32 am
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Portas cria laboratório anti-terrorista
24-09-2004 00:12
Cláudia Lima da Costa
1ªMÃO: Defesa dá luz verde à criação de laboratório de bioterrorismo. Custo ronda os 500 mil euros e espaço começa a ser montado ainda este ano. Segurança alimentar vai ser reforçada
O ministro da Defesa e Assuntos do Mar assinou, esta semana, um despacho que vai permitir a Portugal construir o primeiro laboratório de bioterrorismo. A medida é para arrancar já este ano e pretende reforçar a segurança alimentar além de combater o terrorismo.
Fonte próxima do gabinete de Paulo Portas disse ao PortugalDiário que o ministro deu luz verde a uma proposta do Exército. O ministro solicitou ao Chefe do Estado-Maior do Exército, General Valença Pinto, que tome as medidas necessárias para a sua concepção e construção.
Os laboratórios de bioterrorismo e bromatologia começam a ser montados ainda este ano e vão ficar situados no sexto piso do edifíco principal do actual Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos, em Lisboa.
O investimento vai incidir em equipamentos de segurança que custarão ao Estado cerca de 500 mil euros. Paulo Portas insere esta medida como um meio de combate ao terrorismo. Esta que é uma das prioridades da política de Segurança e de Defesa do Estado português, especialmente depois dos sucessivos aumentos da ameaça terrorista.
Os futuros laboratórios terão capacidade para dar resposta ao fenómeno do terrorismo e à possibilidade de acidentes nucleares, radiológicos, químicos e, neste caso, sobretudo biológicos.
A bromatologia vai despistar a contaminação de alimentos com agentes biológicos. Isto porque, os alimentos contaminados podem constituir um vector de transmissão de agentes biológicos. Possíveis armas de um ataque terrorista planeado.
Por outro lado, o combate ao bioterrorismo terá como objectivo estudar, identificar e neutralizar bactérias, estirpes modificadas e microorganismos. Armas que já forem utilizadas em ataques biológios.
Os novos espaços terão um rigoroso controlo de acessos e os equipamentos a instalar terão um elevado padrão tecnológico. O projecto de construção do laboratório de bioterrorismo inclui ainda o estabelecimento de uma ligação em rede a outros centros de informação e organismos de países da NATO. O objectivo é a partilha e difusão de informação com vista a uma mais eficaz neutralização.
Os novos laboratórios pretendem ainda fazer face às preocupações nacionais e internacionais na segurança alimentar. Para isso serão feitos controlos laboratoriais numa perspectiva de saúde pública e da necessidade de uma monitorização da qualidade alimentar.
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Vem tarde, mas tarde de nunca!!