Normando:
O Sharon pretende ceder Gaza para poder manter o status quo na Cisjordânia, e os próprios EUA já disseram que era irrealista que as fronteiras actuais da Cisjordânia sejam respeitadas integralmente se um dia se concretizar um estado palestiniano.
É a teoria do facto consumado, porque quem pode, manda.
Quanto a Arafat, se ele já foi terrorista no passado, não o pode ver visto como tal agora, já que os EUA e Israel já no passado negociaram com ele.
Simplesmente ele não poderia ceder em Camp David, nas conversações com Barak e Clinton, porque os termos em que lhe punham as coisas fariam, caso ele as aceitasse, com que o povo palestiniano deixasse de acreditar nele.
Esse plano, para alem de uns hectares de terras a mais no Neguev, não dava nada de substancial aos pelestinianos.
Nomeadamente deixava em aberto, para as calendas o estatuto de Jerusalem, para além da questão irresolúvel dos refugiados.