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Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Portugal => Tópico iniciado por: Luso em Outubro 22, 2007, 09:44:38 pm

Título: Tratado de Lisboa
Enviado por: Luso em Outubro 22, 2007, 09:44:38 pm
Deixo-vos aqui um extracto do artigo de Sarsfield Cabral no Público de hoje (22 de Outubro 2007), citado por João Vacas, em http://31daarmada.blogs.sapo.pt/1083773.html (http://31daarmada.blogs.sapo.pt/1083773.html). O negrito é meu (não mandem piadas porcas).

Não considero o referendo a única, ou mesmo a melhor, forma de expressão da vontade democrática das pessoas. Sobretudo para questões complexas, como a aprovação de tratados, a democracia representativa é insubstituível. O problema é que, neste caso, a fuga ao referendo faz parte de um processo de enganar os cidadãos.

Tomando-nos por parvos, tenta-se passar a ideia de que o texto aprovado em Lisboa pouco tem a ver com a defunta e impropriamente designada constituição. Nome nada inocente, pois queria dar a ideia de que nasciam os Estados Unidos da Europa; por isso mesmo, o nome foi fatal para o documento. Agora Giscard d'Estaing considera que o texto de Lisboa contém 95 por cento do que estava na "constituição". Mas ainda que seja um pouco menos, é óbvio que o essencial passou para o Tratado.

Também foi dito que só se justificaria um referendo caso houvesse implicações quanto a transferências de soberania. Ora aí não é possível ter dúvidas. Há um novo regime para tomar decisões no Conselho por maioria qualificada. Aumenta o número de matérias (justiça, polícias, imigração, asilo, energia, política externa, etc.) em relação às quais já não se exige a unanimidade. Se isto não toca na soberania, não sei o que tocará.
(...)

A recusa de referendar o Tratado em Portugal, com o beneplácito do PSD de Menezes, será particularmente chocante porque contraria promessas feitas pelo PS. Lê-se no programa do actual Executivo: "O Governo entende que é necessário reforçar a legitimação democrática do processo de construção europeia, pelo que defende que a aprovação e ratificação do Tratado deva ser precedida de referendo popular." Nem mais.

Em Portugal nunca se referendou o projecto europeu. Enquanto europeísta, lamento o facto, que dá argumentos aos eurocépticos. Pior: o receio da opinião dos cidadãos por parte dos políticos europeus leva ao presente processo de dissimulação e engano.

Ou seja, os políticos ainda não perceberam o maior problema actual da construção europeia: o crescente afastamento das opiniões públicas face à integração. A progressiva abstenção nas eleições directas para o Parlamento Europeu e os dados do Eurobarómetro são indícios claros do desencanto.

O divórcio entre as opiniões públicas e o projecto europeu irá agravar-se com os políticos a enganarem as pessoas. Construir a Europa à revelia dos cidadãos é a via para o desastre. Espanta como isto ainda não foi entendido pelos actuais dirigentes europeus.

O Tratado de Lisboa não é a certidão de óbito de Portugal?
O Tratado de Lisboa não é traição?
Título:
Enviado por: GinTonic em Outubro 22, 2007, 11:08:18 pm
Acho simplesmente vergonhoso que se queira implantar um tratado que afectará de forma tão clara a soberania nacional, e ainda para mais tentar fazê-lo à revelia dos cidadãos.

Uma certidão de óbito para Portugal? Quero acreditar que não, e quero ainda mais acreditar que este processo é temporário e facilmente reversível logo que estejam no poder pessoas com toda a honestidade e patriotismo que os cargos de poder exigem.

Traição? Sim, sem dúvida. Mas infelizmente acho que todos estamos habituados a este tipo de situações, simplesmente nunca tinha chegado a um nível em que a nossa soberania fosse posta em causa de uma maneira tão óbvia.
Pf... quando isto entrar nos eixos, não vai haver muros suficientes para fuzilar tantos traidores.
Título:
Enviado por: André em Outubro 23, 2007, 03:43:54 pm
José Sócrates refuta críticas ao novo Tratado de Lisboa

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O presidente em exercício da União Europeia, José Sócrates, refutou hoje no Parlamento Europeu críticas ao novo Tratado de Lisboa, dizendo àqueles que têm dúvidas para «acordarem», porque até o resto do Mundo já disse que a Europa «está mais forte».
«Quero dizer a todos aqueles que têm dúvidas sobre o Tratado e sobre a capacidade da Europa: por favor, acordem para a realidade! O Mundo já disse qual foi a sua conclusão sobre o Tratado: a Europa ficou mais forte», disse o primeiro-ministro, na sua intervenção final no hemiciclo de Estrasburgo, após um debate sobre a Cimeira de Lisboa.

Depois de ouvir as intervenções de perto de cinco dezenas de eurodeputados, algumas das quais com reservas sobre a força e eficácia do Tratado acordado na semana passada em Lisboa, Sócrates reiterou que o Tratado torna a Europa «mais capaz de responder aos desafios globais e mais capaz de responder àquilo que são as questões estratégicas» e afirmou que «ninguém pode dizer que a Europa não fica mais forte».

Sustentando que o novo documento «potencia a economia europeia e dá condições para que Europa desempenhe melhor o seu papel no Mundo», Sócrates afirmou que «o Mundo olhou para a Europa, depois de Lisboa, com esperança de que a Europa esteja de regresso para assumir o seu papel no Mundo».

«Este tratado fez-nos progredir. Os outros já o disseram sobre a Europa. Não, não tenham dúvidas, acordem! Nós estamos mais fortes, a Europa está mais confiante depois do acordo de Lisboa», reforçou José Sócrates dirigindo-se à assembleia.

Citando Fernando Pessoa, Sócrates disse que, como europeu, também tem «saudades do futuro», do tempo em que a Europa discutia o futuro e liderava, acrescentando acreditar que «este Tratado dá condições à Europa para o fazer».

Apontando que muitos se mostram insatisfeitos com este Tratado como se manifestariam «com qualquer outro», por não acreditarem na Europa, Sócrates considerou que só vale a pena debater a questão com aqueles que «desejariam outro» tratado, para lhes dizer que, neste momento, «a alternativa era entre este ou manter a crise institucional» criada pela rejeição da Constituição europeia, em 2005, nos referendos em França e Holanda.

Quanto às vozes que se erguem em defesa de referendos, Sócrates apontou que a «ratificação é uma questão que tem a ver com cada um dos países», e por a Europa ser democrática é que é dado o direito de escolha a cada Estado-membro.

«O que não posso aceitar como democrata é que quem se bate por referendos o faça tentando diminuir a democracia representativa, e a ratificação por via parlamentar», afirmou o primeiro-ministro, que ainda não anunciou de forma será feita a ratificação em Portugal do «Tratado de Lisboa», remetendo uma decisão para depois da assinatura solene, a 13 de Dezembro.

Nas suas intervenções, as grandes famílias políticas do Parlamento Europeu saudaram na generalidade o acordo alcançado em Lisboa e felicitaram a presidência portuguesa.

Todavia, foram ouvidos diversos reparos às reivindicações apresentadas (e conquistadas) por alguns Estados-membros, com críticas sobretudo aos regimes de excepção para o Reino Unido, e diversos deputados rejeitaram um ambiente de euforia e participar na «glorificação» deste Tratado, considerando que fica aquém da Constituição europeia.

O líder do Partido Popular Europeu - a maior família do PE, que integra as delegações do PSD e CDS-PP - , o francês Joseph Daul, saudou o acordo, considerou que o mesmo «dá sinal de uma nova dinâmica» à Europa e permite-lhe «passar à acção», mas advertiu que é necessário agora explicar o documento aos seus cidadãos.

Por seu lado, o líder dos Socialistas Europeus, o alemão Martin Schulz, destacou o «fantástico trabalho» da presidência, apontando todavia que o Tratado acordado agora pelos 27 fica aquém do anterior projecto de Constituição europeia.

O britânico Graham Watson, líder da terceira maior família política do Parlamento Europeu, Aliança dos Democratas e Liberais, foi uma das vozes que se levantaram contra a exclusão do Reino Unido da Carta de Direitos Fundamentais - bem como de decisões em certas matérias de justiça, liberdade e segurança -, considerando que o texto cria assim «cidadãos europeus de primeira e de segunda».

A destoar do tom das intervenções das três maiores bancadas da assembleia de Estrasburgo, os Verdes e o Grupo de Esquerda Unitária (que integra as delegações do PCP e Bloco de Esquerda), criticaram o «Tratado de Lisboa», por motivos diferentes.

Mónica Frassoni, dirigente dos Verdes, disse que se recusava a «participar na glorificação deste Tratado», por ficar muito aquém da Constituição, enquanto Francis Wurz, líder da Esquerda Unitária (que já se opunha ao Tratado Constitucional) lamentou o «resultado medíocre» que saiu de «negociações secretas».

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: Viriato1143 em Novembro 07, 2007, 01:07:16 am
Este Tratado, que infelizmente vai carregar o nome de Lisboa e cujas negociações terminaram no passado dia 18 de Outubro, é o culminar de uma velha aspiração dos movimentos europeístas, e o apogeu do anseio dos federastas (aqueles que pretendem alienar a soberania dos Estados) que vão governando a União e que o assinarão, com previsível pompa e circunstância, no próximo dia 13 de Dezembro.

Tal Tratado ao alienar pilares fundamentais da soberania dos Estados (a política externa, a justiça, a defesa ou a segurança, entre outras) conduz-nos inexoravelmente para uma Federação de Estados onde a soberania de Portugal, tal como a dos demais países será ferida de morte. Na realidade este Tratado criará uma realidade supra-nacional, que sobre as Nações prevalece. Ou seja, dos quase inócuos e aceitáveis pressupostos económicos e financeiros da velha CEE (genericamente a “liberdade de circulação de pessoas e bens”), chegamos agora a este Leviatã hobbesiano que decidirá sobre assuntos fundamentais dos Estados e seus cidadãos. A este novo monstro serão atribuídas competências em matérias como a Segurança, a Defesa (dizem eles comum), a Política Externa, a Justiça e mesmo os Assuntos Internos dos Estados. O grande “Estado Europeu” decidirá sobre o que lhe convêm e como deseja que os disciplinados Estados membros da União o executem, e sobretudo sobre o que não podem fazer de modo taxativo e vinculativo.
 
É este documento que afecta a nossa independência e soberania que os federastas pretendem que se não discuta em Portugal, aliás que não se discuta em nenhum país Europeu, não venham a ocorrer novas votações inconvenientes… Porém, se a ratificação for lograda é bom que os cidadãos europeus estejam preparados para verem o poder dos seus Estados e consequentemente o seu diminuídos. É o custo deste projecto para o qual nos pretendem arrastar.
 
E não se consinta na argumentação de uma continuidade, numa mera formalidade. O Tratado agora negociado é um instrumento propositadamente hermético mas de gravidade para o destino das Pátrias independentes. Apesar de tudo, até ao momento, a União Europeia tem respeitado, no essencial, a independência de cada Estado membro, o que aí está à porta é um modelo de Europa federal com governo e atribuições próprias e que diminui consideravelmente a autodeterminação das Pátrias. É isto, que abertamente deve ser dito e discutido e que os federastas pretendem ocultar. É contra esta aberração que os Nacionalistas, e com eles todos os Portugueses, ciosos da sua independência, se devem bater.

Fonte:PNR

E eu concordo em tudo com este texto.
Título:
Enviado por: Viriato1143 em Dezembro 15, 2007, 12:14:23 am
EM DEFESA DOS PEQUENOS PARTIDOS POLITICOSA campanha "O PNR faz falta" visa garantir a inscrição de novos militantes no mais curto espaço de tempo. Os partidos políticos foram notificados pelo Tribunal Constitucional para provarem no prazo de 90 dias que têm pelo menos 5 mil militantes, sob pena de serem extintos nos termos da Lei n.º2/2003, de 22 de Agosto. Trata-se de uma lei injusta, que tende a calar a voz incómoda dos pequenos partidos. É uma medida imposta pelos partidos ditos grandes e fiscalizada agora pelos juízes conselheiros escolhidos por aqueles.

Apesar disso, o PNR tudo fará para angariar no prazo estipulado o número de filiados em falta. O partido tem registado um forte crescimento nos últimos meses. Diariamente chegam à sede novas propostas de adesão. Assim, com vista a atingir o número estipulado, a direcção do partido põe agora em marcha uma campanha nacional de novas adesões, sem pagamento de jóia e com isenção de quotas.
O nosso partido representa um número crescente de portugueses. Estamos seguros de que o PNR faz falta ao debate político. É a única voz que se ergue de forma clara em defesa da independência nacional contra a corrupção e os tratados reformadores. O PNR pretende apresentar aos Portugueses em 2009 um renovado programa político, com um conjunto de propostas para as diferentes áreas, da segurança à cultura, da política externa à saúde e à educação. Mais ninguém estará disposto a fazê-lo nos termos e com as soluções que o PNR apresentará. Propostas portuguesas para um Portugal português. Isto pode ser reconhecido mesmo por simpatizantes de outros partidos que, em defesa da livre expressão de ideias, se opõem à extinção judicial de um partido cada vez mais activo na vida portuguesa e no qual se revêem milhares de compatriotas.

Por isso, pedimos o empenho e a mobilização de todos. A meta das 5 mil inscrições está perfeitamente ao nosso alcance. Assim todos se mobilizem, assinem e levem a assinar a Proposta de Adesão,no PORTAL PNR.
Título:
Enviado por: André em Janeiro 08, 2008, 09:36:45 pm
Sócrates recusa referendo a Tratado de Lisboa, diz Sol

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O primeiro-ministro, José Sócrates, vai formalizar esta terça-feira à noite, na reunião da Comissão Política do PS, o «não» ao referendo sobre o Tratado de Lisboa, avança a edição online do semanário Sol.
O líder do Executivo já terá garantido a alguns homólogos europeus, ao longo do dia, que o Tratado será ratificado pela via parlamentar, refere o jornal, sem citar fontes.

Na reunião desta noite, o secretário-geral do PS tentará convencer os restanmtes dirigentes do partido de que deixar cair o referendo é a melhor opção.

O referendo ao Tratado Constitucional europeu era uma das promessas eleitorais do PS nas últimas eleições.

Diário Digital / Lusa
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: tsumetomo em Janeiro 08, 2008, 11:25:04 pm
Citação de: "Luso"
O Tratado de Lisboa não é a certidão de óbito de Portugal?
Nem de perto nem de longe...

Citação de: "Luso"
O Tratado de Lisboa não é traição?
Claro que não... quando o povo soberado elegeu este governo sabia de antemão que ele era pro-europeísta, logo tem toda a legitimidade de aprovar os tratados que bem entenda. Antes que alguem venha com a velha promessa do referendo ao Tratado Constitucional (que já de si foi um erro), convém mencionar que o Tratado de Lisboa NÃO é o Tratado Constitucional, e que, portanto, tal promessa eleitoral (para não dizer eleitoralista) é perfeitamente irrelevante para o caso.

Finalmente, nunca é de mais lembrar que referendos, neste ou em qualquer outro país, são perfeitamente inuteis, dado que são tomados pela população como representando votos de confiança/censura ao governo da altura. Veja-se o caso do referendo Françês... quantos franceses que foram votar leram e compreenderam verdadeiramente o que dizia o tratado, e quantos seguiram a linha partidaria que lhes era promovida através da comunicação social?
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Luso em Janeiro 09, 2008, 12:47:54 am
Citação de: "tsumetomo"
Citação de: "Luso"
O Tratado de Lisboa não é a certidão de óbito de Portugal?
Nem de perto nem de longe...


Eu também já não me acredito que não, mas não pelas razões mais lineares.  :mrgreen:

De resto, como o povo é burro, não se publique o Diário da República. Aliás, acabe-se com o Parlamento (também constituido na sua maior parte por representantes do povo - leia-se burros). O melhor é mesmo termos apenas um 1.º Ministro e um Presidente da República que são ungidos genéticamente e que se podem recusar a referendar os seus mandatos porque o povo de burro que é ainda se arriscar a dizer que não. Força nisso!
Título:
Enviado por: P44 em Janeiro 09, 2008, 09:43:15 pm
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O melhor é mesmo termos apenas um 1.º Ministro e um Presidente da República que são ungidos genéticamente e que se podem recusar a referendar os seus mandatos porque o povo de burro que é ainda se arriscar a dizer que não.

mas isso não é a definição de uma monarquia??? :roll:

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De resto, como o povo é burro, não se publique o Diário da República. Aliás, acabe-se com o Parlamento (também constituido na sua maior parte por representantes do povo - leia-se burros). O melhor é mesmo termos apenas um 1.º Ministro e um Presidente da República que são ungidos genéticamente e que se podem recusar a referendar os seus mandatos porque o povo de burro que é ainda se arriscar a dizer que não. Força nisso!


agora a ´serio, 100% de acordo com o que escreveste :wink:

se o tratado é tão "bom", de que é que têm medo?
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: P44 em Janeiro 09, 2008, 09:47:21 pm
Citação de: "tsumetomo"
Citação de: "Luso"
O Tratado de Lisboa não é a certidão de óbito de Portugal?
Nem de perto nem de longe...

Citação de: "Luso"
O Tratado de Lisboa não é traição?
Claro que não... quando o povo soberado elegeu este governo sabia de antemão que ele era pro-europeísta, logo tem toda a legitimidade de aprovar os tratados que bem entenda. Antes que alguem venha com a velha promessa do referendo ao Tratado Constitucional (que já de si foi um erro), convém mencionar que o Tratado de Lisboa NÃO é o Tratado Constitucional, e que, portanto, tal promessa eleitoral (para não dizer eleitoralista) é perfeitamente irrelevante para o caso.

Finalmente, nunca é de mais lembrar que referendos, neste ou em qualquer outro país, são perfeitamente inuteis, dado que são tomados pela população como representando votos de confiança/censura ao governo da altura. Veja-se o caso do referendo Françês... quantos franceses que foram votar leram e compreenderam verdadeiramente o que dizia o tratado, e quantos seguiram a linha partidaria que lhes era promovida através da comunicação social?


Quantos eleitores portugueses se dão ao trabalho de ler os programas eleitorais dos partidos que concorrem a eleições :?:  por essa ordem de ideias podemos sempre invocar a "ignorância popular" para negar á população o direito de se exprimir.
Título:
Enviado por: Luso em Janeiro 09, 2008, 10:13:52 pm
Citação de: "P44"
Citar
O melhor é mesmo termos apenas um 1.º Ministro e um Presidente da República que são ungidos genéticamente e que se podem recusar a referendar os seus mandatos porque o povo de burro que é ainda se arriscar a dizer que não.

mas isso não é a definição de uma monarquia??? :mrgreen:
Eles JULGAM-SE ungidos.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 09, 2008, 10:47:02 pm
Só ainda não percebi se foi um tratado se ficamos "tratados"  :idea:
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: tsumetomo em Janeiro 10, 2008, 02:23:53 am
Citação de: "P44"
Citação de: "tsumetomo"
Finalmente, nunca é de mais lembrar que referendos, neste ou em qualquer outro país, são perfeitamente inuteis, dado que são tomados pela população como representando votos de confiança/censura ao governo da altura. Veja-se o caso do referendo Françês... quantos franceses que foram votar leram e compreenderam verdadeiramente o que dizia o tratado, e quantos seguiram a linha partidaria que lhes era promovida através da comunicação social?

Quantos eleitores portugueses se dão ao trabalho de ler os programas eleitorais dos partidos que concorrem a eleições :?:  por essa ordem de ideias podemos sempre invocar a "ignorância popular" para negar á população o direito de se exprimir.

Mas a questão é mesmo essa... numas legislativas ou autarquicas faz sentido o voto "contra o actual governante", e o voto "a favor da pessoa/partido X" baseado em quem nos dá mais garantias (ou que julgamos dar) para cumprir o que promete. No caso de um referendo, especialmente em casos complexos como tratados internacionais (ou até constitucionais no caso do tratado anterior) a questão do referendo tem que valer por si própria, o voto "contra o actual governante" não faz qualquer sentido, e o voto a "favor da pessoa/partido X" faz ainda menos, visto que não é ela que esta em causa, mas sim a ideia proposta.

Em resumo... num caso pode-se (ou não) votar com base em pessoas, enquanto no outro tem necessariamente que se votar com base em ideias, e detalhes técnicos, coisa que se revela complicada quanto essas ideias não são compreendidas por quem é chamado a pronunciar-se acerca delas.

Uma ultima questão... se o parlamento tem legitimidade para aprovar revisões a constituição porque é que o mesmo parlamento não há-de ter legitimidade para aprovar tratados internacionais, como alias já fez inúmeras vezes no passado?

As eleições server precisamente para o povo poder escolher quem tenha capacidade e conhecimentos para decidir as questões mais técnicas e complexas.
Título:
Enviado por: P44 em Janeiro 11, 2008, 08:48:48 am
O REFERENDO
"Nunca tive grandes dúvidas de que Sócrates não iria aceitar o referendo ao Tratado de Lisboa. É preciso perceber como funciona a cabeça do primeiro-ministro. Cá na terra, Sócrates tem poder e serve-se dele para impor uma imagem, vigiar todos os meios que o podem fragilizar e evitar os opositores. Na Europa, onde não tem poder nenhum, o primeiro-ministro só pode ser o que demonstrou na última presidência portuguesa: um facilitador, um simples, um "porreiro". Nada de devaneios. Se 25 Estados membros tinham posto de lado a possibilidade de fazer referendos, não iria ser Sócrates a borrar o quadro. Não havia alternativa que não fosse obedecer. As promessas eleitorais? Apenas um pormenor que se resolveria com três palavras. Bastaria dizer que este já não é o Tratado Constitucional, que as circunstâncias se modificaram, que a Europa conseguiu um consenso histórico, e o assunto ficaria por aqui. Os portugueses iriam perceber.

Claro que nem Sócrates, um mestre de aparências, é capaz de esconder o que aqui ostensivamente sucedeu. Houve mesmo um acordo explícito (chamar-lhe um "acordo tácito" é um pouco insultuoso) entre os diversos governos europeus para se evitar qualquer tipo de referendo. O Tratado de Lisboa foi assinado sob condição e reserva. E Sócrates desempenhou o papel que lhe cabia nesta extraordinária encenação. Para além disso, são só pseudofactos com que procuram entreter-nos. Decisões irreversíveis que depois aparecem disfarçadas de dolorosos processos de reflexão. O debate que mais cedo ou mais tarde precisamos de enfrentar a sério é sobre o tipo de política democrática que está a ser feito nas instituições europeias. Não é tanto nem sobretudo o problema de referendar ou não referendar este tratado. Uma democracia que mereça o nome não depende de referendos, além de que o seu uso abusivo e injustificado mataria certamente a construção europeia. Mas uma democracia, mesmo a possível à escala europeia, não pode aceitar acordos expressos ou tácitos sobre o que não é acordável: o direito de um Estado decidir na altura própria, sem compromissos prévios, o procedimento que quer adoptar para se vincular a um tratado. Não sei se o primeiro-ministro e os seus colegas europeus perceberam que andaram a contribuir para uma farsa. PS: Na semana passada fiz o meu referendo pessoal às opiniões dos leitores para esta crónica. Recebi mais mails do que é usual. Muitos a pedirem textos contra Sócrates. Outros com interesse em textos positivos e "com esperança" (duvido que consiga). Os arranjinhos em que PS e PSD se andam por aí a meter também receberam menção honrosa. Mas o mais engraçado é perceber no meio de três dezenas de mails que as pessoas estão um bocadinho fartas de tudo. "


Pedro Lomba
http://carvalhadas-on-line.blogspot.com/ (http://carvalhadas-on-line.blogspot.com/)
Título: O Tratado de Lisboa e a Aclamação de um Rei
Enviado por: Rui Monteiro em Janeiro 18, 2008, 08:14:47 pm
Embora pareçam duas coisas diferentes representam na mesma forma a aprovação de algo pelo Parlamento. Até 1910 na Monarquia Constitucional Portuguesa os Reis eram aclamados na Câmara dos Pares ou melhor eram aprovados por votação pelos deputados. Hoje fala-se de o Tratado de Lisboa ser votado no Parlamento. Se é legítimo aprovar algo através de votação no Parlamento porque é legítimo então demonstra claramente que os Reis quando eram aclamados pelo Parlamento eram Legítimos. Se a grande maioria dos deputados compostos pelos partidos PS e PSD votam a favor do Tratado porque acham que um referendo é desnecessário tendo em conta que votando no Parlamento é tão legítimo, não podem advogar que os Reis desde D.Pedro IV ao serem aclamados ou votados no Parlamento não eram legtimos.
Isto abre um precedente, que um Rei em Portugal pode subir ao poder desde que os deputados no Parlamento o aprovem e o votem. Ou seja não é preciso um referendo para eleger um Rei, basta que a classe política ou os deputados o queiram. Para que tal seja possível só têm que mudar a Constituição no artigo 288 b)
Título: Re: O Tratado de Lisboa e a Aclamação de um Rei
Enviado por: Luso em Janeiro 18, 2008, 10:04:04 pm
Citação de: "Rui Monteiro"
Ou seja não é preciso um referendo para eleger um Rei, basta que a classe política ou os deputados o queiram. Para que tal seja possível só têm que mudar a Constituição no artigo 288 b)


Isso jamais iria acontecer porque um rei seria um adversário para as jogadas partidárias.
E por esse motivo defendo que a questão monárquica deverá ser referendada. Independência e isenção.
Título:
Enviado por: Rui Monteiro em Janeiro 18, 2008, 10:20:21 pm
Caro Luso

É óbvio que é uma hipótese praticamente impossível mas na teoria a aprovação do Tratado de Lisboa torna viável esta hipótese.
É óbvio que o referendo era o melhor porque legitimava o Rei.
Título:
Enviado por: papatango em Janeiro 18, 2008, 10:22:09 pm
Não creio sequer que o problema seja a legitimidade ou não legitimidade do rei.

Caso a maioria dos portugueses optasse por uma monarquia, o rei deveria ser igualmente aclamado como monarca pelo parlamento, mas isso sería, como o era no passado um mero pro-forma. Ou seja, uma cerimónia onde o rei jurava a constituição e onde, depois de a jurar era necessariamente um rei legítimo.

O problema é outro e muito mais complexo.

O problema é a sociedade portuguesa e a forma como ela funciona desde há centenas de anos. Por razões históricas e étnicas, em Portugal sempre se criaram pequenos grupos de pressão e de interesse que se organizaram ou para controlar o Estado ou para condicionar a sua ação, ou ainda para obter dele vantagem pecuniária.

Quando esses grupos entram em conflito, há necessáriamente que haver uyme intervenção de uma entidade que seja tão isenta quanto possível.

O problema português implica que em situações de crise se espera um grande grau de intervenção por parte dessa entidade.

Foi o que vimos com as intervenções de D. Carlos na política no final do século XIX e inicio do século XX, que acabaram com o seu assassinato.

E esse é o problema. Enquanto a sociedade não mudar e o sistema secular que produz os pequenos grupos continuar a existir, o Juiz não pode continuar no poder durante muito tempo, sob risco de uma das partes achar que tomou partido. Ora como o rei não pode ser votado de X em X anos, acabamos por chegar a uma situação de beco sem saída.

Foi o que aconteceu em 1908 e que resultou em 1910.

Na prática o actual sistema, desde 1974 tem instituído uma espécie de monarquia de 10 anos. O presidente é normalmente respeitado e tenta ser imparcial. Na prática, no nosso sistema o que o presidente tenta é ser rei.

Mas em caso de se chegar a uma situação de impasse, há sempre a válvula de escape da eleição.

É por isso que, embora eu não seja fanático, porque não teria nenhum problema se o país fosse uma monarquia, acho que para a nossa realidade, a república é bastante mais segura.

O nosso problema, hoje como ontem, não é nem a república nem a monarquia, mas sim os grupos de pressão e as pequenas «capelinhas» que se organizam regularmente para tomar o poder  e obter vantagens dele.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: ricardonunes em Janeiro 18, 2008, 10:23:46 pm
Citação de: "Rui Monteiro"
Caro Luso

É óbvio que é uma hipótese praticamente impossível mas na teoria a aprovação do Tratado de Lisboa torna viável esta hipótese.
É óbvio que o referendo era o melhor porque legitimava o Rei.


Tenho dúvidas é em relação á votação :idea:
Título:
Enviado por: dawn_to_dusk_ em Janeiro 19, 2008, 05:10:24 am
Citação de: "ricardonunes"
Citação de: "Rui Monteiro"
Caro Luso

É óbvio que é uma hipótese praticamente impossível mas na teoria a aprovação do Tratado de Lisboa torna viável esta hipótese.
É óbvio que o referendo era o melhor porque legitimava o Rei.

Tenho dúvidas é em relação á votação :idea:


epá na minha noçao de rei é se rei para a vida ("it's a job for life" ou algo assim dito por elisabete II)
Título:
Enviado por: P44 em Janeiro 19, 2008, 10:20:05 am
Citação de: "dawn_to_dusk_"
Citação de: "ricardonunes"
Citação de: "Rui Monteiro"
Caro Luso

É óbvio que é uma hipótese praticamente impossível mas na teoria a aprovação do Tratado de Lisboa torna viável esta hipótese.
É óbvio que o referendo era o melhor porque legitimava o Rei.

Tenho dúvidas é em relação á votação :idea:

epá na minha noçao de rei é se rei para a vida ("it's a job for life" ou algo assim dito por elisabete II)


gosto pouco desses "direitos divinos"
Título:
Enviado por: dawn_to_dusk_ em Janeiro 19, 2008, 07:30:03 pm
Citação de: "P44"
Citação de: "dawn_to_dusk_"
Citação de: "ricardonunes"
Citação de: "Rui Monteiro"
Caro Luso

É óbvio que é uma hipótese praticamente impossível mas na teoria a aprovação do Tratado de Lisboa torna viável esta hipótese.
É óbvio que o referendo era o melhor porque legitimava o Rei.

Tenho dúvidas é em relação á votação :idea:

epá na minha noçao de rei é se rei para a vida ("it's a job for life" ou algo assim dito por elisabete II)

gosto pouco desses "direitos divinos"


divinos ou nao... eles servem para identificar uma naçao, tradiçoes e essas coisas todas que pelos vistos o o nosso pais tem perdido
Título:
Enviado por: LOBO SOLITÁRIO em Fevereiro 05, 2008, 09:06:25 pm
Traité the Lissabon


Com a prosápia que lhe é característica e recorrendo ao populismo que lhe está na alma, o primeiro ministro do capital pediu ao parlamento para votar o triste tratado que para vergonha de Portugal e dos portugueses vai ter o nome da nossa capital.
Em primeiro lugar se existe um consenso alargado nunca um referendo iria por em xeque a posição de Portugal, uma que o referendo nestas condições iria ser sufragado por uma larga maioria. Existe é sim um amplo consenso nos partidos europeístas, que lacaios dos centros de decisão instalados nos grandes países esperam receber dos amos algumas migalhas do repasto.
Em segundo lugar se Portugal disse não ao tratado não se estava a por numa posição de inferioridade, estava sim a mostrar uma forte cultura politica e mostrar à velha Europa que o país de navegadores não se vende nem se deixa submeter.
O PS rasgou os compromissos eleitorais só para poder ver implementado um tratado que se chama de Lisboa, mas poderia perfeitamente chamar-se de Alguidares de Baixo, o que nos interessa no tratado não é o seu nome mas sim o seu conteúdo.
Ainda há pouco tempo, o Primeiro-ministro a perguntas dos jornalistas e quando exibia eufórico o novo tratado dizia que este era igual ao anterior, agora por qual passe de mágica, já usa o argumento da diferença para justificar a quebra da promessa eleitoral.
Título:
Enviado por: JPM em Fevereiro 05, 2008, 11:43:09 pm
E pouco a pouco deixa Portugal de pertencer aos Portugueses.

 :cry:
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Fevereiro 06, 2008, 07:09:43 pm
Na minha modesta opinião:

- Portugal talvez não devesse ter integrado a ECU ('euro'), pois ou não tinha então ainda as reais condições económico-financeiras para dar esse passo, ou bem que  a 'taxa de conversão  escudo-euro'  não teria sido a mais apropriada. Mas reconheço que com a justa e inevitável entrada espanhola, essa decisão alternativa não seria nada bem compreendida ou sequer aceite pela esmagadora maioria dos agentes económicos; os emigrantes cujo peso era ainda mais que hoje, imenso; e até pela generalidade da população (mesmo porque turismo 'oblige').Mas o 'fardo' de cumprir alternativas e estritas metas económicas para as quais  tínhamos escassos políticos de rigor que  pudessem 'forçar' a implementação,e um minimo de eleitorado disposto a aceitar,  tivesse sido demasiado 'pesado' para  esta nação!

-Portugal poderia ter optado por outro tipo de associação com a UE (talvez fosse possivel, mesmo  com difíceis negociações, e lembremos que faziamos parte da EFTA)   preservando a abertura total de fronteiras aos produtos comunitários( embora possivelmente também as pessoas, e aí convém não esquecer mais uma vez que os portugueses foram largamente beneficiários) bem como no acesso aos Tribunais Europeus, que contudo são extremamente apreciados pelos cidadãos em geral, como ultimo recurso perante o nosso Estado.

-A UE (que provem da CECA e depois do Mercado Comum dos anos 50) sempre teve como objectivo uma união cada vez mais aprofundada dos estados europeus a ela aderentes (Churchill, um dos seus inspiradores preconizava, 60 anos atrás, os 'Estados Unidos da Europa' ) e mesmo que a sua criação efectiva não tenha ainda acontecido,todos os considerados 'pais' do projecto europeu partilharam essa visão (Adenauer, de Gasperi, Schumann, Spaak,Monnet...)O Tratado de Roma e os que se seguiram apenas se limitaram a seguir esse caminho traçado.Quando Portugal entrou (com a Espanha...convém não esquecer, por muito que isso nos custe) as grandes vias europeístas estavam portanto já balizadas.

-Os alargamentos sucessivos criaram problemas...enquanto apenas se tratou ao longo de uma década, de casos esporádicos como a Grécia, Irlanda, Portugal ou Espanha ainda houve uma capacidade de gestão razoável (em periodo de crescimento económico geral os orçamentos comunitários eram suficientes, e sem pesar demasiado no bolso dos contribuintes, o maior dos quais(tal como hoje), o alemão, gozava de uma saúde e solidez financeira a toda a prova.Mas... depois o Muro caiu e a Alemanha viu-se 'em palpos de aranha' para financiar os antigos 'estados do Leste' (e por sinal sem grande apoio dos seus parceiros europeus).Atrás do derrube do Bloco Soviético reapareceram novos países (alguns mesmo totalmente novos) no espaço europeu, com necessidades tremendas a nível de modernização de infraestruturas, e também com capacidade humana sobredimensionada.As perspectivas que lhes tiveram de ser dadas(tanto ou mais politicas que economicas) passaram, inelutávelmente, pela promessa de uma  relativamente breve integração europeia...com a diferença que os meios financeiros postos a sua disposição eram em termos absolutos semelhantes aos anteriores e portanto percentualmente bem inferiores aos das antigas 'coesões',  sendo que os prazos para a movimentação de pessoas foram alterados...para mais.Acresce que nunca foram 'marcados' expressamente os 'limites  da Europa'...o que deu fruto a controvérsia política permanente e que subsiste...: Turquia ou não?..Ucrânia?...as fronteiras teóricamente possiveis estenderam-se cada vez mais e inquietaram (uma boa parte) os europeus...
Também aí não há consenso popular (nem haverá, digo eu...)...

-As leis que regem a UE estão  desfasadas da realidade, será preciso urgentemente alterá-las, sob pena de bloqueios institucionais...penso que chegamos a esta situação por excesso de voluntarismo, mas indubitávelmente algo tem mesmo que mudar.Ou a UE na totalidade subscreve um pacto que reforme as instituições e portanto a sua forma de actuação, permitindo uma actuação uniforme, ou está condenada a desvanecer-se na sua  forma actual.
A sua consolidação pode porém, fazer-se através de um núcleo duro, consistente económica e politicamente ( por ex. e a meu ver:  a maioria dos países fundadores,  mais a incontornável Espanha e as nações nórdicas ).E, por outro lado estabelecendo  acordos parcelares com os outros paises que abandonariam o projecto, entre os quais supostamente Portugal ( e espero a Grã-Bretanha  :) ) nos termos e medida em que estes queiram subscrever.
Recordo por outro lado que  a população europeia dos nossos dias mudou muitissimo desde o Tratado de Roma, é bem mais cosmopolita, e os seus valores são bem diferentes do que eram no imediato pós-guerra, e...receio...comece a haver em muitos casos algum conflito de interesses entre os novos e crescentemente numerosos europeus provenientes de exterior, que mantem uma ligação umbilical a sua origem, desviando-se cada vez  mais de uma ideia de base intrinsecamente europeia (visivel especialmente na dicotomia  religiosa/laica mas não só).
 
Honestamente, sinto que dificilmente  possa haver  uma forte probabilidade de, por votação directa, fazer aceitar integralmente  um 'texto reformador'(seja ele qual for) por todos os paises... e se tivermos  em conta a especificidade político-partidária interna que   normalmente acaba por se envolver...então  nesse caminho ainda acredito menos !.Motivo de resto, porque então compreenderia e aceitaria uma saída como a que propugnei no último ponto.
Mesmo considerando-me um europeísta, que assumiu a sua escolha, reconheço o crepúsculo desses ideais...
até porque, e  finalmente, os eleitores no seu pleno direito vão alterando as suas ideias com o tempo, a experiência sofrida e a visão pessoal que projectam para o futuro comum; e de que, para bem ou mal, serão eles que receberão as devidas consequências ...  

    **************************************************



 
Citar
Il faudra, demain, plus que des habiletés tactiques pour redonner sens et dynamique au projet européen. Or celui-ci reste, en dernière analyse, la seule arme sérieuse dont dispose encore le "Vieux Continent" pour se protéger des bouleversements vertigineux dans lesquels la mondialisation, l'émergence de l'Asie et la menace terroriste nous entraînent.


'precisamos no futuro imediato, bem mais que habilidades tácticas para  dar sentido e nova dinâmica ao projecto europeu.No entanto, este é em última análise, a única arma séria que o 'Velho Continente' ainda dispôe para se proteger das vertiginosas transformações  para as quais a mundialização, o crescimento exponencial da Ásia e a ameaça terrorista nos arrastam.'
  final do editorial de "Le Monde "-6/2/08-
Título:
Enviado por: papatango em Fevereiro 07, 2008, 01:02:32 am
Citar
Portugal talvez não devesse ter integrado a ECU ('euro'), pois ou não tinha então ainda as reais condições económico-financeiras para dar esse passo, ou bem que a 'taxa de conversão escudo-euro' não teria sido a mais apropriada.


É algo que nos dias de hoje é mais evidente que o era na altura. No entanto, sendo a esmagadora maioria das nossas exportações dirigidas para os países da UE, na verdade eles funcionam como se fossem o nosso mercado interno. A actual valorização do Euro não deveria por isso constituir um problema, pelo menos o principal problema.

Para mim, entre os vários problemas, está o da escolha do modelo economico.
Quando Portugal aderiu à UE, em 1986, a URSS ainda existia e a possibilidade de desmoronamento do império soviético era algo que não passava pela cabeça de ninguém.

A cortina de ferro estava ali e a Europa não tinha mais expansão possível.

Nesse contexto, Portugal teria bastante tempo para absorver o choque da adesão, e seguir um caminho de modernização que não poderia ser acelerado por causa dos tradicionais problemas com a educação e o nível cultural dos portugueses.

Hoje, o principal problema dentro da União Europeia, é o facto de terem aparecido países que vêm para concorrer connosco, ocupando aquele que era o lugar que era suposto nós ocuparmos durante 30 ou 40 anos. Ou seja, o tempo que demora uma ou duas gerações a mudar a sociedade.
Ficariamos nesse limbo, como reserva de mão de obra barata, com a qual nenhum país da UE poderia concorrer.
Era uma situação em que não havia como perder.

Mas com o colapso do bloco comunista, milhões de potênciais trabalhadores com salários menores e qualificação muito mais elevada passaram a fazer parte da União. O desenvolvimento e as etapas do modelo inicial ficaram bloqueadas. Tudo deixou de fazer sentido quando caiu o muro de Berlim.

É aí que entra o problema de falta de visão quer de Cavaco Silva que não se apercebeu das consequências, mas especialmente do governo que foi eleito em 1995, que tinha a obrigação de ter trabalhado no sentido de tentar rapidamente tapar buracos como o da nossa enorme deficiência no sistema educativo.

No papel, as coisas até foram feitas. Toda a gente sabe os rios de dinheiro que se gastaram com os cursos de formação da União Europeia.
Mas os cursos da UE não podiam competir com cursos de engenharia, mesmo que não tivessem sido uma farsa.

Neste momento, de nada nos serve chorar sobre leite derramado. A União Europeia faz sentido como entidade económica e faz sentido como forma de evitar a decadência completa da Europa, que os europeus e não só os portugueses não entendem que está a acontecer.

Nós começámos o que na Índia chamam de "A era Vasco da Gama". Mas a era Vasco da Gama acabou.

Se não coordenar as suas forças, no futuro a Europa será reduzida ao que era no passado: Uma ponta pobre numa Eurasia, onde a China e a Índia criaram sociedades de riqueza inimaginável, quando nós estávamos na idade das trevas.

A Europa não tem outra solução que não seja a de se organizar para resistir à inevitável perda de influência no mundo.
O problema para os países pequenos e para os países médios é o que fazer para dentro da Europa, preservar a sua identidade.

É por isso, que acho que todos esses regionalismos intra-fronteiriços são disparates.
Os povos europeus não têm que ser forçados a viver num mesmo super-estado. Têm é que aprender que com todas as suas diferenças partilham uma história e uma cultura comum, quando se comparam com a China a Índia, o Japão ou o mundo Árabe.

Só há um caminho. O outro, coloca-nos todos a falar chinês, indiano ou obriga-nos a rezar voltados para Meca.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 07, 2008, 12:14:45 pm
que saudades do Muro de Berlim e da Cortina de Ferro...estariamos muito melhor hoje :roll:  :?
Título:
Enviado por: JPM em Fevereiro 07, 2008, 06:12:23 pm
Citação de: "papatango"
Toda a gente sabe os rios de dinheiro que se gastaram com os cursos de formação da União Europeia.
Mas os cursos da UE não podiam competir com cursos de engenharia, mesmo que não tivessem sido uma farsa.

Cursos esses que a maioria dos empregados não recebeu. O patrão fazia circular pela fábrica uma folha que todos tinham de assinar em como tinham recebido a formação, todos assinavam, mas ninguém a tinha realmente recebido.
Não se se passou em todo o lado, mas sei que se passou em muitos lados.


Citar
A Europa não tem outra solução que não seja a de se organizar para resistir à inevitável perda de influência no mundo.



A Europa, com federação ou sem federação, vai perder grande parte do poder e da influência que tem no mundo. Aos próprios Estados Unidos da América vai acontecer o mesmo, que estão com um défice que cresce ao ritmo de milhares de milhões de dollars por dia.

O mundo como o conhecemos, meus senhores, está perto do fim.

O mundo ocidental tornou-se num velhinho maricas. A esquerda liberal e o politicamente correcto foram, e são, os culpados disso.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 08, 2008, 10:42:21 am
Xiiiiiiiiiiiiiiiiii, outro faducho?! Já não me bastava o P44 no DB agora o pessoal aqui tb deu para andar a cantar o fado?! :roll:
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 08, 2008, 11:59:48 am
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Xiiiiiiiiiiiiiiiiii, outro faducho?! Já não me bastava o P44 no DB agora o pessoal aqui tb deu para andar a cantar o fado?! :lol: então, para cantar os louvores ao sr .engenheiro estás cá tu...nós somos o "contraditório"...... :twisted:
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 08, 2008, 12:39:48 pm
Sou monárquico e de direita...não me agrada muitas coisas neste governo, mas como foi o governo escolhido pelos Portugueses...aguentem-se! :twisted:
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 08, 2008, 03:07:08 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Sou monárquico e de direita...não me agrada muitas coisas neste governo, mas como foi o governo escolhido pelos Portugueses...aguentem-se! :mrgreen:
Título:
Enviado por: LOBO SOLITÁRIO em Fevereiro 08, 2008, 03:52:24 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Sou monárquico e de direita...não me agrada muitas coisas neste governo, mas como foi o governo escolhido pelos Portugueses...aguentem-se! :twisted:


Como este governo faz uma politica de direita, até devia estar satisfeito.
Provavelmente o que não lhe agrada é costela estalinista do “Eng”, quando faz saneamentos ou manda fiscalizar sindicatos.
Eu como não sou de direita nem de esquerda e acredito neste povo, contínuo a lutar para que as coisas mudem.
A PÁTRIA É UMA MULHER O SOCIALISMO O SEU PAR
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 08, 2008, 03:57:39 pm
Uiiiiiiiiiiiiiiiiiii, está bem, está! :lol:  :lol:
Título:
Enviado por: LOBO SOLITÁRIO em Fevereiro 08, 2008, 04:07:28 pm
O vídeo é excelente mas eu gosto mais de mostrar o meu amor a Portugal, lutando ao lado do nosso povo nas suas causas.

http://br.youtube.com/watch?v=dLS4K-ALi6Y (http://br.youtube.com/watch?v=dLS4K-ALi6Y)

http://br.youtube.com/watch?v=NGAcRuLJY ... re=related (http://br.youtube.com/watch?v=NGAcRuLJYtY&feature=related)
Título:
Enviado por: papatango em Fevereiro 08, 2008, 04:29:07 pm
Senhor Lobo Solitário.

Este site, creio eu, não é adequado nem para as viúvas vermelhas do Cunhal, nem para as viúvas negras da ditadura.
Título:
Enviado por: LOBO SOLITÁRIO em Fevereiro 08, 2008, 04:30:35 pm
Citação de: "papatango"
Senhor Lobo Solitário.

Este site, creio eu, não é adequado nem para as viúvas vermelhas do Cunhal, nem para as viúvas negras da ditadura.


Tem toda a razão.
Título:
Enviado por: dremanu em Fevereiro 08, 2008, 06:31:56 pm
Citação de: "papatango"
Senhor Lobo Solitário.

Este site, creio eu, não é adequado nem para as viúvas vermelhas do Cunhal, nem para as viúvas negras da ditadura.


Eu acho que este senhor é mais um dos neo-nazis tugas. As suas constante referências à tal conspiração sionista, dão uma indicação das suas tendências ideológicas.
Título:
Enviado por: dremanu em Fevereiro 08, 2008, 06:39:07 pm
Citação de: "JoseMFernandes"
Na minha modesta opinião:

- Portugal talvez não devesse ter integrado a ECU ('euro'), pois ou não tinha então ainda as reais condições económico-financeiras para dar esse passo, ou bem que  a 'taxa de conversão  escudo-euro'  não teria sido a mais apropriada. Mas reconheço que com a justa e inevitável entrada espanhola, essa decisão alternativa não seria nada bem compreendida ou sequer aceite pela esmagadora maioria dos agentes económicos; os emigrantes cujo peso era ainda mais que hoje, imenso; e até pela generalidade da população (mesmo porque turismo 'oblige').Mas o 'fardo' de cumprir alternativas e estritas metas económicas para as quais  tínhamos escassos políticos de rigor que  pudessem 'forçar' a implementação,e um minimo de eleitorado disposto a aceitar,  tivesse sido demasiado 'pesado' para  esta nação!

-Portugal poderia ter optado por outro tipo de associação com a UE (talvez fosse possivel, mesmo  com difíceis negociações, e lembremos que faziamos parte da EFTA)   preservando a abertura total de fronteiras aos produtos comunitários( embora possivelmente também as pessoas, e aí convém não esquecer mais uma vez que os portugueses foram largamente beneficiários) bem como no acesso aos Tribunais Europeus, que contudo são extremamente apreciados pelos cidadãos em geral, como ultimo recurso perante o nosso Estado.

-A UE (que provem da CECA e depois do Mercado Comum dos anos 50) sempre teve como objectivo uma união cada vez mais aprofundada dos estados europeus a ela aderentes (Churchill, um dos seus inspiradores preconizava, 60 anos atrás, os 'Estados Unidos da Europa' ) e mesmo que a sua criação efectiva não tenha ainda acontecido,todos os considerados 'pais' do projecto europeu partilharam essa visão (Adenauer, de Gasperi, Schumann, Spaak,Monnet...)O Tratado de Roma e os que se seguiram apenas se limitaram a seguir esse caminho traçado.Quando Portugal entrou (com a Espanha...convém não esquecer, por muito que isso nos custe) as grandes vias europeístas estavam portanto já balizadas.

-Os alargamentos sucessivos criaram problemas...enquanto apenas se tratou ao longo de uma década, de casos esporádicos como a Grécia, Irlanda, Portugal ou Espanha ainda houve uma capacidade de gestão razoável (em periodo de crescimento económico geral os orçamentos comunitários eram suficientes, e sem pesar demasiado no bolso dos contribuintes, o maior dos quais(tal como hoje), o alemão, gozava de uma saúde e solidez financeira a toda a prova.Mas... depois o Muro caiu e a Alemanha viu-se 'em palpos de aranha' para financiar os antigos 'estados do Leste' (e por sinal sem grande apoio dos seus parceiros europeus).Atrás do derrube do Bloco Soviético reapareceram novos países (alguns mesmo totalmente novos) no espaço europeu, com necessidades tremendas a nível de modernização de infraestruturas, e também com capacidade humana sobredimensionada.As perspectivas que lhes tiveram de ser dadas(tanto ou mais politicas que economicas) passaram, inelutávelmente, pela promessa de uma  relativamente breve integração europeia...com a diferença que os meios financeiros postos a sua disposição eram em termos absolutos semelhantes aos anteriores e portanto percentualmente bem inferiores aos das antigas 'coesões',  sendo que os prazos para a movimentação de pessoas foram alterados...para mais.Acresce que nunca foram 'marcados' expressamente os 'limites  da Europa'...o que deu fruto a controvérsia política permanente e que subsiste...: Turquia ou não?..Ucrânia?...as fronteiras teóricamente possiveis estenderam-se cada vez mais e inquietaram (uma boa parte) os europeus...
Também aí não há consenso popular (nem haverá, digo eu...)...

-As leis que regem a UE estão  desfasadas da realidade, será preciso urgentemente alterá-las, sob pena de bloqueios institucionais...penso que chegamos a esta situação por excesso de voluntarismo, mas indubitávelmente algo tem mesmo que mudar.Ou a UE na totalidade subscreve um pacto que reforme as instituições e portanto a sua forma de actuação, permitindo uma actuação uniforme, ou está condenada a desvanecer-se na sua  forma actual.
A sua consolidação pode porém, fazer-se através de um núcleo duro, consistente económica e politicamente ( por ex. e a meu ver:  a maioria dos países fundadores,  mais a incontornável Espanha e as nações nórdicas ).E, por outro lado estabelecendo  acordos parcelares com os outros paises que abandonariam o projecto, entre os quais supostamente Portugal ( e espero a Grã-Bretanha  :) ) nos termos e medida em que estes queiram subscrever.
Recordo por outro lado que  a população europeia dos nossos dias mudou muitissimo desde o Tratado de Roma, é bem mais cosmopolita, e os seus valores são bem diferentes do que eram no imediato pós-guerra, e...receio...comece a haver em muitos casos algum conflito de interesses entre os novos e crescentemente numerosos europeus provenientes de exterior, que mantem uma ligação umbilical a sua origem, desviando-se cada vez  mais de uma ideia de base intrinsecamente europeia (visivel especialmente na dicotomia  religiosa/laica mas não só).
 
Honestamente, sinto que dificilmente  possa haver  uma forte probabilidade de, por votação directa, fazer aceitar integralmente  um 'texto reformador'(seja ele qual for) por todos os paises... e se tivermos  em conta a especificidade político-partidária interna que   normalmente acaba por se envolver...então  nesse caminho ainda acredito menos !.Motivo de resto, porque então compreenderia e aceitaria uma saída como a que propugnei no último ponto.
Mesmo considerando-me um europeísta, que assumiu a sua escolha, reconheço o crepúsculo desses ideais...
até porque, e  finalmente, os eleitores no seu pleno direito vão alterando as suas ideias com o tempo, a experiência sofrida e a visão pessoal que projectam para o futuro comum; e de que, para bem ou mal, serão eles que receberão as devidas consequências ...  

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Citar
Il faudra, demain, plus que des habiletés tactiques pour redonner sens et dynamique au projet européen. Or celui-ci reste, en dernière analyse, la seule arme sérieuse dont dispose encore le "Vieux Continent" pour se protéger des bouleversements vertigineux dans lesquels la mondialisation, l'émergence de l'Asie et la menace terroriste nous entraînent.

'precisamos no futuro imediato, bem mais que habilidades tácticas para  dar sentido e nova dinâmica ao projecto europeu.No entanto, este é em última análise, a única arma séria que o 'Velho Continente' ainda dispôe para se proteger das vertiginosas transformações  para as quais a mundialização, o crescimento exponencial da Ásia e a ameaça terrorista nos arrastam.'
  final do editorial de "Le Monde "-6/2/08-


Obrigado por ter compartilhado a sua opinião conosco. É pena que não exista em Portugal um debate sério sobre a participação do nosso país nesse projecto político, é só propaganda integralista. Enfim.
Título:
Enviado por: LOBO SOLITÁRIO em Fevereiro 08, 2008, 10:53:04 pm
Citação de: "dremanu"
Citação de: "papatango"
Senhor Lobo Solitário.

Este site, creio eu, não é adequado nem para as viúvas vermelhas do Cunhal, nem para as viúvas negras da ditadura.

Eu acho que este senhor é mais um dos neo-nazis tugas. As suas constante referências à tal conspiração sionista, dão uma indicação das suas tendências ideológicas.


Acha? Porque é de alguma polícia politica? É o censor aqui do fórum?
Título:
Enviado por: Lancero em Fevereiro 11, 2008, 10:25:28 pm
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Defesa: Tratado de Lisboa contém duas cláusulas vitais para a segurança comum europeia - Severiano Teixeira  



    Lisboa, 11 Fev (Lusa) - O ministro da Defesa Nacional, Nuno Severiano Teixeira, afirmou hoje que o Tratado de Lisboa coloca "novas oportunidades e desafios" à Política Europeia de Segurança e Defesa graças às suas cláusulas de solidariedade e de defesa mútua.  

     

    Falando na tomada de posse dos corpos sociais da associação EuroDefense-Portugal, o ministro recordou que a Política Europeia de Segurança e Defesa "não precisou do Tratado de Lisboa" para se afirmar e desenvolver, mas realçou as alterações e implicações do novo tratado europeu nesta área.  

     

    "Mas o Tratado de Lisboa traz também novas implicações e desafios para a Política Europeia de Segurança e Defesa, nomeadamente com a existência de uma cláusula de solidariedade e outra cláusula de defesa mútua", afirmou, considerando "esses dois mecanismos como fundamentais" para a segurança comum europeia.  

     

    Para Severiano Teixeira, "as cooperações permanentes e as cooperações reforçadas permitirão que a União europeia desenvolva e aprofunde ainda mais a sua política comum de segurança e defesa".  

     

    O ministro destacou o "importante papel" que a associação EuroDefense Portugal tem vindo a desempenhar na mobilização da sociedade civil para as questões da segurança e defesa europeias.  

     

    O ministro recordou que Portugal tem uma centralidade Atlântica e destacou que a garantia da segurança europeia se tem feito a partir de dois eixos complementares que urge reforçar: a participação na NATO e na União Europeia.

     

    "Para garantir essa segurança, é necessário que os dois pólos sejam complementares e fortes para que a UE tenha uma política europeia de defesa e segurança comum forte", disse.  

     

    "Portugal deu um contributo importante para a construção europeia durante o semestre em que presidiu à UE, mas importa continuar a aprofundar e renovar essa atitude, dotando a UE dos mecanismos e capacidades necessárias para fazer face ao novo ambiente estratégico internacional", disse.  

     

    Os corpos sociais do EuroDefense-Portugal para o biénio 2008-2009 tomaram posse numa cerimónia na Associação Industrial Portuguesa-Confederação Portuguesa (AIP-CE).  

     

    Na cerimónia estiveram também presentes o secretário de Estado Adjunto e da Indústria e Inovação, António Castro Guerra, e dirigentes das entidades fundadoras do EuroDefense-Portugal, respectivamente, o director do Instituto de Defesa Nacional (IDN), Tenente-General Aníbal Ferreira da Silva, e o presidente da AIP-CE, Jorge Rocha de Matos.  

     

    A direcção do EuroDefense-Portugal é presidida por António Figueiredo Lopes, tem como vice-presidente o Major-General Mário Lemos Pires, e como secretário-geral o contra almirante José Alves Correia.  

     

    O Conselho Geral é presidido por João Salgueiro e tem como vogais o Tenente-General Abel Cabral Couto, Maria Perpétua Rocha, António Barbosa da Silva, o Tenente-General Eduardo Mateus da Silva e os empresários Henrique Neto e João Gomes Esteves.  

     

    O EuroDefense-Portugal foi criado em 1997 através de um protocolo de cooperação assinado pelos membros fundadores, o IDN e a AIP-CE, e homologado pelos ministros da Defesa Nacional e da Economia.  

     

    Insere-se numa rede de associações homólogas existentes em vários países da União europeia que têm como objectivos gerais promover a identidade europeia de segurança e defesa e contribuir para o desenvolvimento de "um espírito europeu de defesa".  

     
Título:
Enviado por: tsumetomo em Fevereiro 13, 2008, 04:09:37 am
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Tratado de Lisboa está disponível com o texto integral

O novo Tratado de Lisboa já está disponível em versão consolidada, isto é, com um único texto corrido, em vez do texto original, que consistia essencialmente na descrição das alterações que introduziu nos tratados em vigor que lhe deram origem.

Assim, o “Tratado da União Europeia e o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia como alterados pelo Tratado de Lisboa”, conforme é apresentado o novo documento, deram origem a este novo documento, que evita a necessidade de ler o novo Tratado de Lisboa numa versão dificilmente inteligível para quem não fosse especialista.

O documento foi disponibilizado pelo Governo, em português, nos “sites” do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da presidência portuguesa da UE (que decorreu no segundo semestre do ano passado).

No comunicado que enviou a dar a notícia, o Ministério dos Negócios Estrangeiros explica que “o Tratado de Lisboa é um tratado clássico, que emenda e acresce a outros que já existiam. Daí a importância de uma versão consolidada, que torne mais fácil e acessível a sua leitura e manuseamento”.

Por outro lado, o ministério informa que foi também publicado o balanço da presidência portuguesa da UE. O “balanço da Presidência era um registo que se impunha, visto que a prestação de contas é um exercício necessário da acção política”, lê-se na mesma nota.

Para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, o balanço da presidência permitirá “aferir do grande esforço que foi feito ao longo do segundo semestre de 2007 e que, feitas as contas, Portugal foi fiel ao mote da sua Presidência, ajudando a construir uma União mais forte para um Mundo melhor”.



http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1319342&idCanal=11


:arrow: Texto consolidado do Tratado de Lisboa (http://http)
Título:
Enviado por: JPM em Fevereiro 13, 2008, 10:15:50 am
Citação de: "LOBO SOLITÁRIO"
O vídeo é excelente mas eu gosto mais de mostrar o meu amor a Portugal, lutando ao lado do nosso povo nas suas causas.

http://br.youtube.com/watch?v=dLS4K-ALi6Y (http://br.youtube.com/watch?v=dLS4K-ALi6Y)

http://br.youtube.com/watch?v=NGAcRuLJY ... re=related (http://br.youtube.com/watch?v=NGAcRuLJYtY&feature=related)



Obrigado pelos vídeos, amigo Lobo.

Um dia a verdade será reposta.
Título:
Enviado por: Lusitanus em Fevereiro 13, 2008, 11:32:12 am
Mas encontra se lá uma bandeira monarquica,mas Salazar não era republicano??
Título:
Enviado por: LOBO SOLITÁRIO em Fevereiro 13, 2008, 11:36:49 am
Realmente é verdade. Estive várias vezes para lhe perguntar porque motivo trazia a bandeira. Mas com a confusão de jornalistas e pessoas a querem falar connosco acabei por não o fazer.
Título:
Enviado por: Lusitanus em Fevereiro 13, 2008, 12:13:28 pm
Se calhar por insatisfação a este tipo de democracia juntou-se a outros também contra este regime.
Título:
Enviado por: papatango em Fevereiro 15, 2008, 06:36:42 pm
Tenho que reconhecer que também por culpa minha, estou a desvirtuar o tópico.

Voltemos ao Tratado de Lisboa...
Título:
Enviado por: tsumetomo em Abril 23, 2008, 01:19:09 pm
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Novo tratado da União Europeia é hoje ratificado


Nada faz prever que o Tratado de Lisboa não seja hoje ratificado pela Assembleia da República e, portanto, o debate começa a fazer-se em torno da adaptação às novas regras. As alterações na política externa e de segurança e defesa são das mais significativas e os ministros portugueses das duas pastas já disseram que Portugal tem de decidir se quer estar "na linha da frente" dos dois novos "núcleos duros" da União Europeia (UE).

O ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, não tem dúvidas: Portugal deve aderir à "Europa da defesa". Ao PÚBLICO, salientou que, se Portugal quiser fazer parte do "núcleo duro", terá de se "aproximar das despesas de investimento em matéria militar" que serão fixadas como critério. Mas, sublinhou, "ainda tudo está na fase inicial" e não se consegue prever quanto terá o orçamento de aumentar nesta área. "A única coisa que há é o Tratado, que não fixa nada. É preciso agora encontrar critérios uniformes", realçou, destacando que "é preciso começar a abrir o debate", porque "a construção europeia vai passar pelo critério da segurança e defesa".

As cooperações estruturadas permanentes - que, à semelhança da moeda única, sujeitarão a participação dos Estados-membros ao cumprimento de uma série de critérios, que deverão passar por equipamentos, indústrias e envolvimento em missões internacionais - são um mecanismo "inovador", que vai colocar "grandes desafios", considera Severiano Teixeira. É nestas que o ministro defende que Portugal deve apostar, fazendo "todos os esforços necessários para assegurar a sua participação desde o primeiro momento".

Álvaro de Vasconcelos, director do Instituto de Estudos de Segurança da UE, antecipa que "vai contar muito a disponibilidade real dos Estados para participarem em operações europeias militares e civis", avaliando que Portugal "tem participado menos do que seria desejável". Já Severiano Teixeira assevera que Portugal tem "um currículo notável" no que respeita à participação em missões internacionais. Será, portanto, em relação aos outros dois critérios - equipamentos e indústrias - que terá de reforçar a sua actuação. "No caso das indústrias, Portugal tem de encontrar os nichos de mercado em que é concorrencial, particularmente em áreas de tecnologia de ponta onde já é competitivo mas que pode potenciar", precisou.

Três rostos, uma diplomacia

O Tratado cria um alto-representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, que será também vice-presidente da Comissão. Mas ainda não se sabe em que situações lhe caberá representar a UE e que papel terá o também novo presidente do Conselho e o já conhecido presidente da Comissão.

Ao PÚBLICO, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Manuel Lobo Antunes, sublinhou que, com o Tratado, passam a existir "instrumentos, designadamente financeiros", para o desenvolvimento de uma política comum. Mas é apenas um "pequeno e muito tímido passo para uma comunitarização das relações externas da UE, porque o Conselho [que reúne os governantes dos Estados-membros] continua a responder sobre questões de política externa pura".

Ainda "tudo vai ter que ser testado", realça, reconhecendo que as pessoas que forem escolhidas para os três cargos não são um pormenor. "Sobretudo para o presidente do Conselho, é muito importante o perfil. Quanto ao alto-representante, deve ser alguém que defenda os equilíbrios institucionais e não permita que a tendência intergovernamental se sobreponha", defende.

Quanto às adaptações que a diplomacia portuguesa terá de fazer, Lobo Antunes recordou que existe um grupo de trabalho que avaliará, até final de Junho, a melhor forma de "responder aos novos desafios". O alto-representante será secundado por um Serviço de Acção Externa, uma espécie de corpo diplomático europeu, no qual Portugal deve "procurar ter uma justa representação", diz. "Temos um corpo diplomático pequeno, não chega a 500 pessoas, e poderá ser preciso reforçar o número de diplomatas" em "20 ou 30 na fase inicial", concretizou.

Álvaro de Vasconcelos destaca que, com o fim das presidências rotativas, os pequenos e médios Estados vão ter de ter "uma actividade intensa e constante, mais lobbying e mais gente, em Bruxelas, na área da política externa, para que as suas sensibilidades específicas se possam manter". "Portugal perde equilíbrio de forças no Conselho, mas tem uma oportunidade porque é bom em política externa e de defesa", avalia Carlos Gaspar, director do Instituto Português de Relações Internacionais. Que sublinha, porém, que "é preciso um esforço adicional", pois "colaborar a fundo nas indústrias de defesa e no Serviço de Acção Externa exige trabalhar muito e também decisões políticas e orçamentais".



http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1326708&idCanal=11

Finalmente... Só peca pela demora:!: Agora resta esperar pela entrada em vigor.
Título:
Enviado por: P44 em Abril 23, 2008, 02:10:02 pm
estou em pulgas.... :roll:  :roll:
Título:
Enviado por: P44 em Junho 13, 2008, 08:50:19 am
Maioria de irlandeses ignorou a ida às urnas


Alexandra Carreira
Em Dublim  
Tratado de Lisboa. A taxa de participação do eleitorado da Irlanda no referendo ao documento europeu ficou perto dos 40%, uma situação que poderá favorecer o "não". A verificar-se este resultado e perante a ausência de um plano alternativo, a União Europeia corre o risco de viver mais uma crise

Os resultados oficiais são divulgados hoje

Apesar dos apelos que tanto apoiantes do "Sim" como do "Não fizeram aos irlandeses a abstenção no referendo ao Tratado de Lisboa foi elevada. Os resultados oficiais só são conhecidos hoje, mas a taxa de participação não terá ultrapassado os 40%, de acordo com a imprensa irlandesa. A contagem dos votos começa hoje às nove da manhã e, a julgar pelo que admitem os dois lados da corrida, a luta será renhida até ao fim.

Os indecisos foram, até ontem, a esperança da campanha a favor e contra o Tratado de Lisboa. As últimas sondagens realizadas antes da ida às urnas revelavam que cerca de 30% dos irlandeses ainda não tinha decidido o sentido do seu voto. Cerca de 90% dos políticos irlandeses estão a favor do documento, pelo que, de início, se contaria com um "Sim" garantido.

Apesar disso, a campanha acutilante conduzida pelos opositores a Lisboa conseguiu agarrar parte do eleitorado. "Ninguém me explicou do que se trata, para que eu, o comum dos mortais, possa perceber o que é o tratado", diz Jason Hills, que acabou por votar contra naquele que é o único referendo em 27 Estados membros da União Europeia.

Na mesma linha, Maria Duggan, que tentou ler o documento, brinca, à porta da assembleia de voto, que "eles lá em Bruxelas devem ter um tradutor de japonês muito mau, aquela coisa é impossível de ler!".

Mas a ignorância sobre o tratado em que estão a votar não é problema para todos. John Edwards, que interrompeu o trabalho para ir votar, escuda-se na "confiança no Governo" para se decidir "pelo 'Sim'". E justifica que "não cabe ao cidadão comum perceber todos pormenores sobre um tratado. Já votei neles, se me dizem que é o melhor, então voto sim a Lisboa".

Parte da grande fatia dos, até ontem, indecisos, Frederic Kwust, que votou "Não" a Lisboa, contou que só na véspera tinha tomado uma decisão. "Já temos problemas suficientes, não precisamos de mais", diz o eleitor de 65 anos, um habitante dos subúrbios da capital. O argumento principal é a crise económica que se faz sentir a nível global. "Não fossem os preços tão elevados e o custo de vida a piorar tanto, talvez tivesse confiança para votar 'Sim'", confessa. Ao contrário, Sarah Cleary, estudante de 25 anos, lembra que "a Irlanda beneficiou bastante com a União Europeia. Está na altura de dar algo em troca", diz, apesar de desconhecer os meandros do documento.

A verdade, já apontavam as previsões, é que uma abstenção elevada na Irlanda tende a beneficiar o "Não" - por definição, o lado mais mobilizado para o voto. Cerca de metade dos três milhões de eleitores encontram--se em Dublin e nos arredores. O resto da Irlanda resume-se a um eleitorado predominantemente rural que, antes do apoio da Associação Irlandesa de Agricultores, era dado como voto certo no "Não". O apoio, embora de peso, chegou tarde e pode não ser suficiente para contrabalançar um "Não" activo e mobilizado.

(do DN)
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Junho 13, 2008, 12:52:15 pm
Parece que se confirma o NÃO...
Título:
Enviado por: P44 em Junho 13, 2008, 01:34:34 pm
GRANDE IRLANDA :!:

Falou pelos que não têm VOZ!!!!!!

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13 Junho 2008 - 11h11

Primeiras projecção do referendo na Irlanda

Dublin vota 'não' ao tratado europeu

As primeiras projecções do referendo irlandês ao tratado europeu indicam que na capital irlandesa, Dublin, que representa cerca de um quarto do eleitorado, o ‘não’ é o grande vencedor do escrutínio de quinta-feira.



De acordo com a  líder do Partido Trabalhista irlandês, Joan Burton, em declarações à agência Reuters, esta sexta-feira, “ao que parece, neste momento, o ‘não’ lidera a votação” em Dublin.


“O ‘sim’ teve uma grande adesão ente as zonas de classe média, mas, honestamente, não acredito que tenha força suficiente para derrotar o ‘não’”, afirmou Joan Burton, cujo partido, o terceiro maior do país, defende a ratificação do Tratado de Lisboa e da Europa.

Os media locais indicam ainda que, segundo os primeiros números divulgados, a votação teve uma abstenção superior aos 50%.

Recorde-se que a vitória do 'não' no referendo irlandês ditará o fracasso do Tratado de Lisboa e da Europa, abrindo uma nova crise institucional.


http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 8891B7F4C4 (http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021&contentid=E661DF4E-40D2-4ACB-BFD5-3A8891B7F4C4)
Título:
Enviado por: MERLIN em Junho 13, 2008, 04:57:04 pm
Grande irlanda. Se tivessem feito referendos em todos os paises da UE, haveria muitos resultados semelhantes!!!
Cumptos
Título:
Enviado por: Ranger Rebelde em Junho 13, 2008, 05:07:32 pm
:twisted:
Título:
Enviado por: Luso em Junho 13, 2008, 05:16:29 pm
Obrigado, Irlanda! :mrgreen:
Título:
Enviado por: dawn_to_dusk_ em Junho 13, 2008, 05:25:51 pm
Citação de: "Luso"
Obrigado, Irlanda! c34x  c34x
Título:
Enviado por: legionario em Junho 13, 2008, 05:41:45 pm
REQUIEM POR UM TRATADO DE LISBOA

La se foi a gloria do sr eng° ...  e ele que tinha ficado tao bem na fotografia ao lado dos seus pares europeus :(    Agora so nos resta cavar abrigos !
Título:
Enviado por: Luso em Junho 13, 2008, 05:43:27 pm
É mesmo caso para dizer

- Porreiro, pá!
Título:
Enviado por: tsumetomo em Junho 13, 2008, 05:46:48 pm
Citação de: "legionario"
Nao havia plano B, arranjaram um plano A bis, ... que tambem nao passou :(    Agora so nos resta cavar abrigos !
O plano B e' simples... uma UE a 26. Se a Irlanda n quer fazer parte do que se esta a construir, a porta da rua e' serventia da casa.
Título:
Enviado por: dawn_to_dusk_ em Junho 13, 2008, 05:51:45 pm
então e será que depois não haverá outros que se lembrem de fazer o mesmo?
Título:
Enviado por: P44 em Junho 13, 2008, 05:52:28 pm
Citação de: "Luso"
Obrigado, Irlanda! :mrgreen:

x3

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13-06-2008 13:04:22
Após 3 anos, referendo volta a pôr UE em estado de choque

Bruxelas, 13 jun (Lusa) - Três anos depois, um referendo volta a deixar a União Européia em estado de choque, com os irlandeses rejeitando o Tratado de Lisboa, tal como franceses e holandeses fizeram com o anterior projeto de Constituição Européia, em 2005.

A Irlanda era o único dos 27 países da União Européia que ratificaria o tratado por referendo, realizado na quinta-feira.

As semelhanças entre o "não" irlandês ao Tratado de Lisboa e o "não" de Holanda e França ao Tratado Constitucional, em maio e junho de 2005, são várias, ocorrendo, em ambos os casos, alguns meses depois de os líderes europeus terem feito as assinaturas com pompa e circunstância.

Em maio de 2005, após nove países já terem feito a ratificação do Tratado Constitucional, o receio começou a se instalar na Europa, com as sondagens apontando para uma possível vitória do "não" nos referendos na França e Holanda.

Em 29 de maio, os temores se confirmaram, com 54,7% dos franceses se pronunciando contra o tratado e deixando a Europa em um impasse.

Após a rejeição, algumas vozes na UE ainda insistiam na continuidade do processo de ratificação, mas, 72 horas depois, o tratado sofreria o segundo grande revés, com o "não" de 61,7% dos holandeses.

Em 16 de junho de 2005, reunidos em uma cúpula em Bruxelas, os líderes da UE reconheceram as evidências e instituíram um período de reflexão.

Apenas no primeiro semestre de 2007, durante a Presidência alemã do bloco, começou a se enxergar uma luz no fim do túnel para pôr fim à crise política instalada.

Angela Merkel alcançou um acordo entre os 27 países da UE sobre o conteúdo do tratado que substituiria a Constituição, deixando para a Presidência portuguesa, no semestre seguinte, as negociações sobre texto final e a aprovação formal. Após sua assinatura na capital lusa, em dezembro, o documento passaria a se chamar Tratado de Lisboa.

Desta vez, os líderes europeus decidiram evitar os referendos, optando pela aprovação em Parlamento. A única exceção era justamente a Irlanda, onde a consulta popular era um imperativo constitucional.

Precisamente seis meses depois da cerimônia de assinatura no Mosteiro dos Jerônimos, com a ratificação já efetuada em 18 países, a divulgação dos resultados do referendo irlandês mergulha a UE em uma sexta-feira 13.

Esta não foi a primeira vez que a Irlanda deixou os demais países europeus boquiabertos. Em 2001, os irlandeses surpreenderam ao rejeitar o Tratado de Nice, que também visava melhorar o funcionamento do bloco europeu após a ampliação das fronteiras para o leste.

Com uma participação pouco superior a 30%, o "não" venceu com 54% dos votos, tendo o resultado sido justificado pelo receio dos irlandeses de perderem a soberania em matéria de Defesa.

Só mais de um ano depois, em outubro de 2002, a situação seria ultrapassada, com uma nova consulta na Irlanda - então já com a garantia explícita sobre a manutenção da neutralidade nacional -, tendo o "sim" vencido desta vez com 62,9% dos votos.

Em sua história, a UE também já enfrentou o "não" dinamarquês por duas vezes: em 1992, rejeitando o Tratado de Maastricht, situação contornada excluindo o país de adotar o euro; e novamente em 2000, reiterando a convicção do povo dinamarquês contra a adoção da moeda única.


http://www.agencialusa.com.br/index.php?iden=16750 (http://www.agencialusa.com.br/index.php?iden=16750)

Grandes Irlandeses!

Os tipos do "ReichKomissariat" em Bruxelas devem estar a espumar da boca, especilamente um certo foragido

Tadinha da carreira politica do "inginheiro" mentiroso , desonesto e cobarde!
Título:
Enviado por: legionario em Junho 13, 2008, 05:52:50 pm
Citação de: "dawn_to_dusk_"
então e será que depois não haverá outros que se lembrem de fazer o mesmo?



Leu no meu pensamento :):):)
Título:
Enviado por: P44 em Junho 13, 2008, 05:54:27 pm
Tanto querem aldrabar e decidir do futuro de milhões do alto das suas torres de marfim, que no fim...fod***** LIXAM-SE!
Título:
Enviado por: tsumetomo em Junho 13, 2008, 07:08:49 pm
Citação de: "dawn_to_dusk_"
então e será que depois não haverá outros que se lembrem de fazer o mesmo?
Que façam... só faz falta quem aparece.
Título:
Enviado por: tsumetomo em Junho 13, 2008, 07:20:27 pm
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Tratado de Lisboa: Durão Barroso quer que Estados continuem processo de ratificação


O presidente da Comissão Europeia instou hoje os Estados-membros a continuarem o processo de ratificação do Tratado de Lisboa, apesar de a vitória do “não” no referendo irlandês pôr em causa o projecto de reforma europeu.

Apesar de ainda não serem conhecidos os resultados oficiais finais, “tudo indica que a Irlanda votou ‘não’ ao Tratado de Lisboa, afirmou Durão Barroso, numa conferência de imprensa em Bruxelas, sublinhando que a Comissão “respeita” a escolha dos eleitores irlandeses.

Contudo, Bruxelas “pensa que as ratificações que restam devem continuar a seguir o seu curso”, lembrando que dos 27 Estados-membros 18 já ratificaram, ou iniciaram o processo de ratificação.

Irlanda, por imposição constitucional, foi o único dos 27 a submeter o documento a consulta popular e o “não” de Dublin promete abrir uma nova crise na UE, semelhante à que criada em 2005 pela rejeição da fracassada Constituição Europeia na França e Holanda.

Durão Barroso revelou ter falado ao início da tarde com o primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, e que este acredita que o Tratado de Lisboa “não está morto”, cabendo aos líderes europeus decidir na cimeira da próxima semana “como querem continuar” com a reforma das instituições.

Depois de ter admitido que a Comissão Europeia não tinha um “plano B” caso o referendo não correspondesse às suas expectativas, o presidente da Comissão Europeia tem agora a difícil tarefa de encontrar um consenso entre os líderes europeus sobre a forma de reagir ao “não” irlandês.

Em cima da mesa estão vários cenários, como o abandono simples do Tratado de Lisboa (que os líderes europeus não parecem dispostos a aceitar), a revisão do documento para convencer os eleitores irlandeses a votar “sim” num eventual segundo referendo ou a adopção de um mecanismo para os restantes 26 Estados-membros prosseguirem as reformas institucionais sem a Irlanda.



http://ultimahora.publico.pt/noticia.aspx?id=1332222
Título:
Enviado por: typhonman em Junho 13, 2008, 08:36:52 pm
Viva a Irlanda!!!!
Título:
Enviado por: P44 em Junho 13, 2008, 09:39:23 pm
Citação de: "tsumetomo"
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Tratado de Lisboa: Durão Barroso quer que Estados continuem processo de ratificação


O presidente da Comissão Europeia instou hoje os Estados-membros a continuarem o processo de ratificação do Tratado de Lisboa, apesar de a vitória do “não” no referendo irlandês pôr em causa o projecto de reforma europeu.

Apesar de ainda não serem conhecidos os resultados oficiais finais, “tudo indica que a Irlanda votou ‘não’ ao Tratado de Lisboa, afirmou Durão Barroso, numa conferência de imprensa em Bruxelas, sublinhando que a Comissão “respeita” a escolha dos eleitores irlandeses.

Contudo, Bruxelas “pensa que as ratificações que restam devem continuar a seguir o seu curso”, lembrando que dos 27 Estados-membros 18 já ratificaram, ou iniciaram o processo de ratificação.

Irlanda, por imposição constitucional, foi o único dos 27 a submeter o documento a consulta popular e o “não” de Dublin promete abrir uma nova crise na UE, semelhante à que criada em 2005 pela rejeição da fracassada Constituição Europeia na França e Holanda.

Durão Barroso revelou ter falado ao início da tarde com o primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, e que este acredita que o Tratado de Lisboa “não está morto”, cabendo aos líderes europeus decidir na cimeira da próxima semana “como querem continuar” com a reforma das instituições.

Depois de ter admitido que a Comissão Europeia não tinha um “plano B” caso o referendo não correspondesse às suas expectativas, o presidente da Comissão Europeia tem agora a difícil tarefa de encontrar um consenso entre os líderes europeus sobre a forma de reagir ao “não” irlandês.

Em cima da mesa estão vários cenários, como o abandono simples do Tratado de Lisboa (que os líderes europeus não parecem dispostos a aceitar), a revisão do documento para convencer os eleitores irlandeses a votar “sim” num eventual segundo referendo ou a adopção de um mecanismo para os restantes 26 Estados-membros prosseguirem as reformas institucionais sem a Irlanda.


http://ultimahora.publico.pt/noticia.aspx?id=1332222


eu acho uma graça a estes pseudo-democratas de treta, os referendos só têm valor quando se vota a favor deles, quando se diz "NÃO" (e foi só na Irlanda porque os burocratas de bruxelas têm tanto MEDO dos eleitores que se recusam a mais referendos), já não tem valor nenhum, eles que se lixem, etc!!!!!

Senão inventam mais referendos até que saia um "SIM"....
Título:
Enviado por: Kawa em Junho 13, 2008, 11:39:00 pm
Si no les gusta como funciona la cosa lo tienen fácil P44, salgan de la UE y listo, nadie les obliga a quedar ni a ustedes ni a los irlandeses ni a los españoles, franceses, italianos, belgas, polacos, etc.
Título:
Enviado por: NBSVieiraPT em Junho 14, 2008, 12:09:30 am
Citação de: "P44"
eu acho uma graça a estes pseudo-democratas de treta, os referendos só têm valor quando se vota a favor deles, quando se diz "NÃO" (e foi só na Irlanda porque os burocratas de bruxelas têm tanto MEDO dos eleitores que se recusam a mais referendos), já não tem valor nenhum, eles que se lixem, etc!!!!!

Senão inventam mais referendos até que saia um "SIM"....


 :Palmas:
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Junho 14, 2008, 05:16:57 pm
Citação de: "NBSVieiraPT"
Citação de: "P44"
eu acho uma graça a estes pseudo-democratas de treta, os referendos só têm valor quando se vota a favor deles, quando se diz "NÃO" (e foi só na Irlanda porque os burocratas de bruxelas têm tanto MEDO dos eleitores que se recusam a mais referendos), já não tem valor nenhum, eles que se lixem, etc!!!!!

Senão inventam mais referendos até que saia um "SIM"....

 :? ...que a norma do agora tão apreciado referendo, a ser aceite e desejado...deveria se-lo globalmente...a nivel local, regional, nacional...alguém  votou a Constituição Portuguesa que inclui clausulas, a meu ver inaceitáveis, de
perenidade ou irreversibilidade em muitos dos seus artigos (quando ela propria não foi votada unânimemente)?


...mas de  quais 'burocratas de Bruxelas'  fazedores de leis se  está falando ?

-da Comissão cujo presidente actual é Durão Barroso que foi totalmente avaliada( durante penosas horas e horas, dias e dias...) pelos deputados do Parlamento Europeu (cujos membros são eleitos em eleições nacionais) nas diferentes comissões parlamentares que lhes diziam respeito ?... é certo que foram escolhidos pelos diferentes países, mas alguém vota um PM? ou não é a Assembleia da Republica a ratificar o Governo? mas será que o Parlamento portugues tem alguma vez o direito a examinar e aprovar individualmente cada um dos membros propostos pelo primeiro-ministro, podendo eventualmente rejeitá-los, e obter a sua substituição como já tem acontecido na Comissão Europeia ?...Nunca...!!!!
Apenas aceita ou rejeita o programa de governo...

-do Parlamento Europeu cujos membros como acima disse são eleitos a nível nacional e tem na generalidade o direito de propor, rectificar, alterar e finalmente votar esses textos?

-O Conselho que é formado pela totalidade dos  governos  democraticos europeus seja a nivel de primeiros-ministros ou sectorialmente dos ministros das diferentes pastas, com poder de examinar, propor,alterar, vetar...  ?

-E qual o papel do Tribunal de Justiça( cada vez com mais interpelações e queixas dos cidadãos europeus face aos seus governos ou politica comunitária),  de Contas,  do Comité das Regiões , do Comité Economico e Social...etc..
todos eles compostos por membros provenientes e destacados dos diferentes países da UE?

-E o papel fundamental das Representações junto das Comunidades Europeias(COREPER), repletas de diplomatas, funcionários, peritos e observadores nacionais  regularmente renovados e provenientes dos diferentes países os quais  estabelecem a ligação essencial entre os governos nacionais, de que constituem o veio de transmissão, e a estrutura europeia?

Alguém acredita que alguma directiva, lei, decreto ou norma possa ser implementada sem passar por um crivo democrático das diferentes administrações nacionais e certamente por intensas discussões ???...por alguma razão existe entre as instituições algo designado de ...Comissões de Conciliação.!
Resumindo, todo o processo legislativo europeu esta 'controlado' pelos diferentes governos nacionais.. mesmo que por vezes  possam ser objecto de discussão 'mercantilista' ...pessoalmente penso até que muitas vezes as coisas não avançam mais e melhor por culpa dos omnipresentes e egoistas poderes nacinais, que não se abstem para consumo interno e seu alívio, de apontar muitas dessas decisões como sendo 'directivas de Bruxelas'...

Portanto  pretender que as leis europeias são elaboradas fora do controle democrático é algo que não tem justificação ou denota desconhecimento do funcionamento (algo complicado é certo) da UE.

Voltamos de momento pois, ao tratado(se assim lhe podemos chamar) de Nice...para regular o funcionamento da Europa nos proximos tempos.Mas...Nice já era um compromisso temporário, que não pode ( e os proximos anos, senão meses podem demonstrar) resolver ou indicar caminhos seguros para o futuro europeu.Vamos indibutávelmente rumo ao impasse...

Seria melhor, ja o disse há muito tempo, a saida da União dos paises que não quiserem assumir uma coordenação conjunta da politica e economia europeia.Aparentemente será o caso de Portugal (não seria talvez da Espanha, o que poria outros problemas para nós, mas temos que assumir essas responsabilidades) talvez da Polónia e, a ver vamos, da Irlanda entre outros...a Europa deixaria de poder pensar em ter mais de trinta paises, provavelmente apenas cerca de metade dos actuais mas seria mais unida, mais cpacidade de ser próspera(quem acham que são os principais financiadores do Orçamento Europeu?), sendo assim mais capaz de enfrentar o futuro...o seu nome não seria UE... e talvez voltasse a sua origem dos anos 60...muitos dos seus politicos pensam isto, mesmo que não digam oficialmente, e sabem que seria  bem aceite pelos seus concidadãos (e em relação a muitos deles posso testemunhar).
Bom...chamem-lhe núcleo duro, uniões concentricas...o que quiserem..mas a ideia que eu ja tinha avançado muito antes, existe...e a leitura dos jornais portugueses desta semana dá algumas pistas sobre isso.O que não quer dizer que não passe, de momento, de uma hipótese de trabalho...

 Continuar a dizer não ..é facil mas não permite saída..  ou se encontram alternativas com propostas que possam ser aceites por todos(somos 27 !!! e estamos a falar de visões diferentes, de mais social ou menor protecção, mais abertura ou maiores restrições...e por aí fora) o que me parece improvável, pois os consensos e respectivas clausulas de salvaguarda ja foram estabelecidos no menor denominador comum ..ou  mais vale mesmo separar-nos...não se queira é manter as coisas boas (liberdade de circulação, transacção,  emprego e assistência social...únicos no mundo) e afastar outras que não nos interessam...(partilha de recursos naturais, abertura de mercado...).Não estamos de acordo?..muito bem!...mas sobre quê e qual a nossa proposta em relação a objecções dos outros...?

Por isso renovo a minha antiga proposta para uma saída...  por fases... da União Europeia(mas mantendo acordos de parceria) e do Euro...isso iria permitir uma margem de manobra extensa para os nossos bons politicos e economistas (assim eles existam e se queiram empenhar).
A nova geração de eleitores poderiam assim partir de bases (mesmo que eu duvide mais solidas) certamente mais coerentes com os novos pensamentos...sejam eles quais forem!

Porém...não se esqueçam...aposto que a vida lá fora e aquilo que nos espera  vai ser muito duro...(podem-se pedir mais subsidios, mais protecção social, mais direitos...mas o que recebemos depende sempre daquilo que produzimos e exportamos, e não é nada certo que haja cobertura para as pensoes ou assistencia dos que vem atras de nós ou até para nós mesmos) a população mundial e (pior)o seu consumo aumentam exponencialmente, mas como os recursos naturais são fixos (ou seja cada vez menores)...  mesmo acreditando na capacidade inventiva do ser humano a longo prazo...a proxima década irá ser terrívelmente interessante...mas aparentemente a Europa evita de  seguir o antigo lema  no qual
" a união faz a força"...

Cumprimentos
Título:
Enviado por: P44 em Junho 14, 2008, 06:04:36 pm
Citação de: "Kawa"
Si no les gusta como funciona la cosa lo tienen fácil P44, salgan de la UE y listo, nadie les obliga a quedar ni a ustedes ni a los irlandeses ni a los españoles, franceses, italianos, belgas, polacos, etc.

oh Kawa, as coisas não são assim!

e mais..qual é o problema de referendo, se o TRATADO é tão BOM?????(como tu achas!)

e já agora deixo aqui um comentário do MP.net a propósito da tua "boca" "OU EStÃO CONNOSCO OU CONTRA NÓS...e se estão contra nós , BAZEM!!!"

(pensei em dar-me ao trabalho de traduzir, mas afinal tu deves ser versátil em Inglês...ou é SÓ em Alemão????)

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The Irish are the only nation who have asked their citizens (you know, those little people that are unfortunate enough to live beneath Governments) to ratify the treaty. They haven't.

The Irish have to take this course of action; its constitutional. There is no other way for Irish ratification - the rights of the individual are enshrined in a constitution. A liberal ideal that most of us in Europe don't have extended to us.

Finally, this talk of 'well if they don't want to sign in why don't they get the **** out' is...well, I would get more intelligence being sat in a room full of retards. The argument is as logical as suggesting that 5th generation black people should 'go back home' when they criticice our - and their - cultures.

This treaty was a messy compromise from the start. Time to go back to the drawing board and stick to some solid, liberal, plausible, workable ideals. It would be a bonus if they actually make it readable to.

e mais um

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So, they had this Constitution of EU. They can say that it is complicated and that you wouldn't understand it, but the point of it was very easy to understand.


It will change Europian Independent States and the European Communities into one new superstate - the European Union (at some point it was called United States of Europe - to give you the look of its nature).

4 countries where allowed to have referendum on this case - Spain and Luxembourg approved it, the France and Netherlands rejected it. There were planes to make referendums in Poland and UK but as the Constitution was rejected anyway, there was no point (the chances that both of this countries would rejected it were quite big).


So they have changed the name of the text and made some other changes to make it look different (but the point stays the same - creation of European Superstate). This time they just not allowed countries to have referendum in this case. The only problem was the Ireland – they have some law that force them to make referendum before ratification of such a thready.


Lucky for free European Nations Ireland has rejected it, but they tried the dirty tricks once, they will try them again. The point is – what type of democracy it is when politics try to make something above heads of the people or simply fool them?
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Junho 14, 2008, 07:01:36 pm
Caro P44

Gostaria que nos expusesse a sua ideia sobre a presença de Portugal na União Europeia...
tão simples como isto :A FAVOR ou CONTRA ?

Enfim é verdade que também talvez não seja tão simples... se me vier dizer que estaria de acordo com o Mercado Comum de 1957, mas não com as alterações que se seguiram, como a eleição directa do Parlamento Europeu, Maastricht,etc...ou com alguns dos alargamentos que se foram sucedendo.Se não está de acordo com a abertura de fronteiras para os produtos(afinal a ideia original implementada) mas já está favorável a circulação de pessoas e trabalhadores com os seus respectivos direitos...Se aprecia a isenção de direitos para os nossos produtos mas não deseja a abertura do espaço de  pesca...
A vida de todos nos faz-se de cedencias ou recuos tanto quanto de exigencias.Mas temos que ter propostas e ter saida para o caso de rejeição.
Na vida nada é simples...começamos num espaço de gestão comum de recursos(CECA) e estamos noutro espaço mais global, mais social também, mas mais exigente...não esqueçamos que um terço da nossa população (portugueses com BI) se encontra no estrangeiro, constitui um dos pilares de sustento do nosso pais...e tem uma palavra a dizer sobre o futuro.
Existem razoes para os nossos problemas, infelizmente até estruturais (VPValente alguns dias atras ironizava dizendo que tivemos que nos lançar na aventura dos descobrimentos porque fomos incapazes, ao contrario de outros paises europeus, de encontrar o caminho do desenvolvimento) e  não creio que elas vão mudar nos tempos proximos...
Ja escrevi por aqui que deveriamos ter feito um referendo aquando da entrada na então CEE, mas não era possivel porque a Constituição Portuguesa não o permitia, mesmo que se quisesse.Acho que agora, e de vez...repito ainda...poderia ja poder-se colocar esse referendo perante os portugueses...assim haja coragem...sim ou não em continuar no barco europeu?
Agora continuar a negar uma saida institucional para a UE e não apresentar alternativas que incluam um IN/OUT não nos leva a lado nenhum...

Finalmente caro P44 não precisa de responder a questão acima colocada (imagino qual seja :) ) foi um pretexto apenas para lançar o repto...!

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Kawa em Junho 14, 2008, 11:56:57 pm
El Tratado P44 tiene sus partes buenas y sus partes malas, ¿problema? que seguimos sin estar dispuestos a ceder en cosas importantes por eso siempre tendrá algún inconveniente, pero en este caso las opciones son o hacemos algo para arreglarlo (y este tratado del que tanto se alegran que los irlandeses dijesen no, era un primer paso) o seguimos como hasta ahora hasta que Alemania se canse de seguir soltando el dinero y nos mande a todos, y con RAZÓN, a tomar por saco.
Título:
Enviado por: legionario em Junho 15, 2008, 09:04:00 am
Eu nao sei se aprovaria ou nao o tratado de Lisboa ... nao o conheço !

O que eu nao aprovo sao todos esses malabarismos para fazer passar o tratado à revelia dos cidadaos. Esta ignorancia do conteudo do tratado é comum em todos os paises europeus . A minima das coisas teria sido explicar às pessoas as linhas gerais e as principais mudanças propostas.
Na ausencia deste trabalho pedagogico, a ideia que os cidadaos europeus têm da Europa é intuitiva, baseada nas realidades do que é visivel ou palpavel .
No seio da europa, sou a favor da moeda unica e da livre circulaçao das pessoas e bens. Mas sou contra as imposiçoes da OMC (sustentadas pela europa),  que em nome da liberdade do comercio destruiu parte da nossa industria posta em concorrencia directa com paises como a China ou a India. Estes paises produzem barato graças a uma mao-de-obra escrava e sem direitos. As regras do jogo devem ser iguais para todos.

Nao concordo com estas planificaçoes da produçao agricola que tende a uma especializaçao das produçoes e a sistemas de quase mono-culturas ( Portugal com os eucaliptos ou a pasta de papel).
O abandono duma produçao agricola diversificada pode ter consequencias graves no futuro...

Tambem nao concordo com o "tudo pela Europa", porque nos Portugueses, temos uma tradiçao e vocaçao atlantistas e certamente muitas coisas em comum com o espaço Lusofono... Todos sabemos, que com o Brazil, fomos obrigados pela europa a modificar as relaçoes que até ai nos uniam ( ex. a dupla ncionalidade ao fim de seis meses... ou um ano?).

Finalmente, constato que os paises europeus que NAO fazem parte da UE , até se portam muito bem ;)
Título:
Enviado por: Luso em Junho 15, 2008, 10:30:16 am
http://www.youtube.com/watch?v=rNj5iCU5mLg (http://www.youtube.com/watch?v=rNj5iCU5mLg)
Título:
Enviado por: Luso em Junho 15, 2008, 10:30:47 am
http://www.youtube.com/watch?v=rNj5iCU5mLg (http://www.youtube.com/watch?v=rNj5iCU5mLg)
Título:
Enviado por: legionario em Junho 15, 2008, 12:57:26 pm
Excelente video ! obrigado ;)
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Junho 15, 2008, 03:00:12 pm
Citar
Em vez da nova Europa empenhada na resposta aos problemas estratégicos, regressou a velha Europa imersa em debates existenciais sobre a sua natureza.
Por outro lado, a forma como é tratado o voto dos Irlandeses confirma uma mudança profunda na política europeia. A comparação com a resposta ao referendo francês mostra bem que há dois pesos e duas medidas, consoante se trata de um pequeno país ou de uma das potências europeias. É essa a nova regra do jogo e, ironicamente, o referendo irlandês vai acentuar a marginalização dos pequenos Estados da União Europeia.
A acção colectiva europeia na política internacional não pode ficar refém dos Estados menores. A França quer construir a defesa europeia com a Grã-Bretanha, a Alemanha, a Itália, a Polónia e a Espanha e nada impede a sua concertação autónoma para começarem a executar as disposições do Tratado de Lisboa. De resto, os "Seis" podem aproveitar para fazer a economia de mais uma negociação com os candidatos menores sobre a definição dos critérios específicos de acesso ao "núcleo duro" da defesa europeia.
Em todo o caso, não haverá um Tratado de Dublin. Ou se salva o Tratado de Lisboa, ou as potências regionais impõem uma nova hierarquia na União Europeia para tentar garantir a sua sobrevivência na nova competição internacional.

Carlos Gaspar
Director do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI)




Preferia que Portugal votasse a sua continuação na UE, que vir a ser 'afastado' mesmo que gentilmente, do nucleo duro.Reparo que ninguém se pronunciou sobre essa hipotese de referendo da presença de Portugal na UE, ou noutra futura associação de paises europeus ( alias desconfio que alguns dos principais contribuidores financeiros, com a Alemanha a cabeça, ficariam interiormente satisfeitos por se afastarem de vez de alguns actuais e sobretudo prometidamente futuros membros).
 
Como o legionario referiu, ha coisas que se apreciam na União Europeia (e para os portugueses a liberdade de circulação é um dos pontos fulcrais) e outras de que não se gosta tanto.Volto a relembrar que na vida as coisas não são simples, e aquilo  que nos interessa sobremaneira, pode não ser do interesse vital do nosso parceiro( para seguir o exemplo citado nem todos os paises, ou povos partilham o nosso encanto pela livre circulação de pessoas).CONSENSO é pois uma palavra-chave na diplomacia comunitaria, mas obviamente também tem os seus limites, como pode bem acontecer agora.
Penso que todos se lembram como  foi apremente discutido (até por aqui) na altura o problema da directiva Bolkestein em que se opunham acérrimamente não so paises como as suas sociedades.(a proposito quantos se interessaram em saber  como acabou essa polémica?)...e das clivagens então criadas e não foi um caso unico, embora emblematico...
No que respeita ao conhecimento do Tratado, pois...se as pessoas nem sequer conhecem a sua propria Constituição ou se interessam em estar a par da alteração legislativa...que se ha-de fazer?...foram feitas ediçoes impressas, o Tratado esta disponivel on-line...e os meios de comunicação social tem discutido o assunto incluindo mesas-redondas...mas como não tem nada que ver com futebol, ou porque custa a ler (hoje mesmo vale a pena ler o interessante tema sobre a educação em Portugal ' onde se refere que muitas  das escolas  baseiam a sua parte pedagogica em preparar os alunos para exames...
 
(...)Por cá, no secundário, no caso da disciplina de Português, os alunos podem não saber nada, não ter aberto as obras de leitura obrigatória e ainda assim responder ao exame porque "são treinados", critica Feytor Pinto.
"Pode haver deformação, tanto de alunos como de professores, para preparar o exame", reconhece Nuno Crato, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática(...)Professores e alunos reconhecem que trabalham para o exame, sobretudo os estudantes que querem obter melhores resultados para entrarem nos cursos onde as notas de admissão são mais altas. Num grupo de seis jovens, à porta da Escola Secundária de Luís de Camões, em Lisboa, Joana é a porta-voz: "Não me interessa saber matéria que não vai sair, preciso de me concentrar naquilo que me podem pedir nas provas". Rita Bastos, professora e presidente da Associação de Professores de Matemática, admite que sente essa pressão por parte dos alunos, que lhe dizem "abertamente" que não querem aprender determinada matéria e que "não querem compreender, mas só saber como se faz". "É a inversão completa dos valores", refere. (...)
e peço desculpa por este parentese...

Alguém sugere que talvez servindo o Tratado e Constituição em 'digest' seja mais acessivel... eu pessoalmente tenho a  certeza que não!

Esperemos portanto pela posição da proxima presidencia, e do que Sarkozy podera sacar da algibeira, para tentar (re)orientar o futuro da diplomacia europeia.

Como nota complementar, e para meditar, em relação ao caso em questão em Fevereiro deste ano o Parlamento Europeu rejeitou em votação plenaria uma emenda proposta por alguns deputados em que se sugeria que "seria respeitado o voto irlandes".
Título:
Enviado por: legionario em Junho 15, 2008, 03:54:19 pm
Essa analise do Sr Carlos Gaspar, conforta todos os meus receios : os pequenos paises como Portugal estarao sempre sujeitos aos interesses das grandes potencias europeias.
Por esta razao, nao existem planos B ou C ...
e por essa razao, a Irlanda e todos os paises que nao retificarem, ficarao de fora. Isso sera um serio aviso aos pequenos paises, que pensarao duas vezes antes de contestar o grupo dos seis .

Nao tenho a certeza, que nestas condiçoes, a permanencia na UE nos seja vantajosa.

PS. Nao percebo porque razao temos que "pagar" as coisas boas que nos traz a UE, como a livre circulaçao, com as coisas màs que sao a abertura dos mercados europeus aos produtos asiaticos...
Título:
Enviado por: Kawa em Junho 15, 2008, 06:29:24 pm
Con todos los defectos, que obviamente los tiene, este Tratado era un paso adelante para la UE ya que a día de hoy Luxemburgo, Chipre o Malta (los tres países menos poblados de la Unión) pueden al igual que cualquier otro país, con su veto bloquear una decisión incluso si los restantes 26 países están de acuerdo en ella, es decir un país que supone menos del 0.5% de la población de la UE (ya que entre los 3 suponen poco más que eso) puede bloquear e impedir decisiones del 99.5% restante.

Esto se cambiaba en el Tratado de Lisboa que establecía dobles mayorías para poder bloquear las decisiones, lo cual era una ventaja también para los países con menos población, el exigir mayoría de población y de países lo cual evitaba que la suma de Alemania, Francia, Italia, Reino Unido, Polonia y España (los países más poblados de la UE) que suman entre los 6 más de 300 millones de habitantes pudiesen acordar nada solos al necesitar también a otros 8 países más para conseguir mayoría de países también.
Título:
Enviado por: P44 em Junho 15, 2008, 08:52:35 pm
Os senhores da Europa odeiam a vontade dos povos. A vontade dos povos de construção de uma Europa baseada na Justiça Social, uma Europa democrática que dá voz aos seus cidadãos, uma Europa progressista construída por povos e nações livres e soberanas. Os povos da Europa recusam entregar o seu futuro aos eurocratas de Bruxelas, servidores de interesses neo-imperiais.No único país em que se ouviu o povo, na Irlanda, o Povo disse NÃO ao tratado de Lisboa. Podem os eurocratas insultar o povo da República da Irlanda: Ignorantes, atrasados, católicos ultra conservadores.O seu sucedâneo, o Tratado de Lisboa, foi preparado para ser ratificado debaixo da mesa, sem consulta popular e debaixo da mentira.Os eurocratas podem continuar a não querer ver e ouvir os povos. Como diria na sua fina ironia  Bertoldt Brecht, mudem-se os povos que não entendem estes governos iluminados.E decididamente os ventos estão muito adversos para Sócrates, o tal que tinha a sua carreira política em jogo. Foi porreiro ? foi . Porque foi uma vitória dos que não têm medo da voz dos povos e acreditam na democracia.
Título:
Enviado por: lurker em Junho 15, 2008, 10:52:24 pm
Esta discussão está-se a tornar estéril e demagógica.
Acho que antes de nos pormos de debitar posts sobre como o tratado não foi referendado e como a Irlanda lixou o Sócrates, devemos fazer a nós próprios três perguntas.

1. Queremos continuar na UE?
2. Que alterações gostaríamos de ver às instituições da UE?
3. Como devemos prosseguir com a reforma das instituições da UE?

As minhas respostas:
1: Sim.
2: Mais poder ao Parlamento Europeu, menos ao Conselho de Ministros.
3: Sem ratificação por referendo.

Porquê sem referendo? Porque negociar uma proposta reforma da UE demora meses. Basta que *num* país os eleitores transformem um referendo à reforma na UE num referendo ao seu Governo nacional para que o processo tenha de ser re-iniciado em todos os países. Os franceses mostraram claramente que estão dispostos a isso. Parece que em Portugal também. A esse andar, a reforma da UE nunca irá existir.

legionário,
quanto à abertura aos produtos asiáticos. Ou mais especificamente, a questão dos texteis Chineses.
Primeiro, é questionável se se Portugal não estivesse na UE se atreveria sequer a impor cotas de importação à China.
Segundo, há alguma abertura porque há, na UE e em Portugal, empresas para quem a China é uma opurtunidade e não uma ameaça. É preciso dar algo para receber algo.
Título:
Enviado por: Kawa em Junho 15, 2008, 11:20:05 pm
P44 el Tratado de Lisboa no es más que una versión "light" de la denominada Constitución Europea, por tanto ¿está diciendo que España, donde se votó en referendum la susodicha constitución, no es un país democrático? ¿en base a que vale más lo que voten 4 millones de irlandeses que lo que voten 40 millones de españoles?
Título:
Enviado por: legionario em Junho 16, 2008, 07:38:59 am
Quem esta a ganhar muito com esta abertura de mercado ao mundo inteiro, sao as grandes empresas europeias e os seus grandes contratos :  TGV, armas, telecomunicaçoes, aeronautica, centrais nucleares, bancos e seguros...

O preço a pagar :  o fim das cotas de importaçao para os produtos chineses , que ainda por cima, praticamente nao pagam taxas aduaneiras. O resultado esta à vista.
Outra consequencia desta politica comercial é a explosao desenfreada do consumo e a rarificaçao dos recursos disponiveis.

Eu nao sou favoravel a uma europa onde predominem os imperativos economicistas em detrimento da harmonia social.
Em França, as empresas que deslocalizam sao obrigadas por lei a propor aos seus empregados alternativas de emprego dentro do grupo.  E que fazem estas empresas ?  Propoem ao seu pessoal trabalho  nas suas fabricas situadas na Roménia ou no fim do mundo com salarios  de 150 euros.  Coisas da globalizaçao ;)

A politica da UE é refém dos interesses dos grandes imperios financeiros. Estes é que têm o dinheiro e que financiam, direta ou indiretamente, os partidos e as campanhas dos politicos. Condicionam a actuaçao dos governos com o "perigo" dos despedimentos e das deslocalizaçoes.

Em Portugal, se o patrao da Auto Europa da um espirro, o governo inteiro precipita-se com o lencinho na mao !

Esta europa a mim nao me interessa , mas é a minha opiniao !
Título:
Enviado por: P44 em Junho 16, 2008, 09:06:44 am
Citação de: "Kawa"
P44 el Tratado de Lisboa no es más que una versión "light" de la denominada Constitución Europea, por tanto ¿está diciendo que España, donde se votó en referendum la susodicha constitución, no es un país democrático? ¿en base a que vale más lo que voten 4 millones de irlandeses que lo que voten 40 millones de españoles?

Meu Caro

Não estou a dizer nada disso!

Esotu a dizer que para o Tratado entrar em vigor tem de ser ractificado por TODOS os Estados Membros que são 27

Infelizmente para Bruxelas a Irlanda não podia ractificar o mesmo sem fazer um referendo, pois assim a sua Constituição a Obriga!

O Referendo teve como resultado NÃO logo PELAS Próprias Leis não pode ser ractificado pois UM dos países não o aprovou.

Eu prefiro uma Europa a que cada voz de cada país conte o mesmo , ao contrário de uma Europa em que a voz de 1/2 dúzia conte mais que a dos outros.

Compreendo que vc não goste pois a Espanha seria uma das vozes prinicpais a mandar na Europa.

Ao contrário, Países pequenos como Portugal e a Irlanda deixariam de ter voz.

Eu por mim estou farto dos "diktats" de Bruxelas.

Bruxelas é tudo menos uma instituição democrática pois vê-se que só pretende cumprir as regras quando lhe dá jeito...basta ver que agora já chamam de tudo aos Irlandeses porque não seguiram a voz do "pasto".
Quando as regras se voltam contra si, toca a distorcer as regras.

Infelizmente os malvados dos 4 milhões de irlandeses decidiram não cumprir as "boas regras"
Tal como tinha acontecido ntes com a "constituição", vetada pelos Franceses e pelos Holandeses
(ou então foram só os franceses que contaram...)

O que vc quer é uma europa com cidadãos de 1ª e 2ª classe.

Por mim não obrigado, já que a mim nunca me perguntaram nada, ao menos estou do lado dos que ainda têm direito a se exprimir.

E não me venha com cantigas de que "ah então votem em quem está contra", isso é uma desculpa esfarrapada pois basta o exemplo do nosso actual governo que prometeu o referendo durante as eleições e quando chegou a altura recusou-o aos eleitores.

do DN

Citar
Brown prefere matar tratado a isolar a Irlanda


PATRÍCIA VIEGAS  
Europa. O impasse após o chumbo do Tratado de Lisboa

PM irlandês diz que a rejeição do texto é um problema de todos os 27

O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, prefere sacrificar o Tratado de Lisboa a permitir que a rejeição irlandesa origine uma Europa a duas velocidades, segundo fontes de Downing Street ontem citadas pelo Times.

Apesar de quase um milhão de irlandeses, 53,4% dos eleitores, terem chumbado o tratado no referendo da passada quinta-feira, vários líderes europeus, encabeçados pelo francês Nicolas Sarkozy e pela alemão Angela Merkel, afirmaram que era preciso levar o processo de ratificação até ao fim (nos oito países que ainda faltam).

O objectivo é pressionar a Irlanda a repetir o referendo depois de lhe serem concedidas algumas excepções, como fez a Dinamarca, após rejeitar Maastricht em 1992. Mas caso Dublin recuse esta opção ou a segunda consulta popular volte a dar resultado negativo poderia discutir-se a hipótese de a Irlanda sair da UE, embora, na prática, tal opção pareça pouco viável, deixando caminho livre aos que querem ir mais além na integração.

Isso permitiria criar a tão discutida Europa a duas velocidades. Mas Brown, político eurocéptico, num país de eurocépticos , não gosta da ideia, refere o Times, preferindo matar o Tratado de Lisboa a permitir que alguns Estados membros possam ser individualmente deixados à deriva no meio dessa chamada Europa de geometria variável.

A somar a isto Brown enfrenta forte pressão da oposição, dos media e do próprio partido, o Labour, para deixar cair a ratificação do tratado, aproveitando o "Não" irlandês. Além dele também o Presidente da República Checa, Vaclav Klaus, poderia aproveitar para anular a ratificação do documento.

Nicolas Sarkozy vai estar hoje de visita a Praga e aproveitar para dissuadir os checos de fazerem descarrilar o processo de ratificação para "remobilizar a Europa". O chefe do Estado da França, que a 1 de Julho assume a liderança da UE, quer um acordo político entre os 27, sobre o que fazer com a Irlanda, até ao final desta semana.

Todos esperam ouvir, durante o Conselho Europeu de quinta e sexta-feira, em Bruxelas, aquilo que o primeiro-ministro irlandês tem para dizer e para propor. Ontem, aos microfones da rádio RTÉ, Brian Cowen, do Fianna Fáil, adiantou-se já um pouco: "Quero que a Europa apresente também algumas das soluções em vez de sugerir apenas que [a rejeição do tratado] é só um problema da Irlanda".
Título:
Enviado por: papatango em Junho 16, 2008, 02:45:31 pm
Citação de: "lurker"
Esta discussão está-se a tornar estéril e demagógica.
Acho que antes de nos pormos de debitar posts sobre como o tratado não foi referendado e como a Irlanda lixou o Sócrates, devemos fazer a nós próprios três perguntas.

1. Queremos continuar na UE?
2. Que alterações gostaríamos de ver às instituições da UE?
3. Como devemos prosseguir com a reforma das instituições da UE?


Estou de acordo. Efectivamente teremos que pensar nós próprios o que queremos.
Que Europa queremos e a que Europa queremos pertencer.

Não deixa de ser preocupante que sempre que se coloca a questão da integração europeia, as populações por uma razão ou por outra acabam por recusar as propostas.

A U.E. habituou-nos a achar que já não existem rivalidades históricas entre os países da União Europeia.
Na verdade, o que poderia acontecer se a União Europeia acabasse?
Estariamos preparados para isso?

Mas porque razão não haveriamos de ter uma Comunidade Económica Europeia reforçada em vez de termos uma União Europeia com uma Constituição disfarçada ?

Fica-se com a impressão de que os principais países da U.E. perceberam que no futuro a sua dimensão os coloca num patamar secundário como potências de segunda linha. Mesmo a Alemanha, com uma população de 70 milhões será um país médio. Então a solução é tentar aumentar esse poder através da U.E.
As mesmas guerras pelo poder que marcaram a Europa no passado, passarão a existir dentro da U.E. pelo direito de controlar o futuro.
Mas para isso, são necessárias regras que permitam negociar dentro da U.E., garantindo uma parcela importante de poder para os países grandes.

A importância dos países pequenos tende a diluir-se perante a lógica da União Europeia.
Título:
Enviado por: Kawa em Junho 16, 2008, 02:53:53 pm
¿En base a que se ha cargado usted a 12 millones de alemanes Papatango? Pues Alemania tiene una población de unos 82 millones de personas.

Las cuestiones están ahí y deberían de tenerse en cuenta, es más deberían de hacerse los necesarios referendums y listo así nos ahorramos todos tiempo y dinero, el que quiera quedar que se quede pero para lo bueno (recibir el dinero que reciben cada año) y para lo malo, ceder poder al parlamento de Bruselas, la idea de la unión es acabar formando un único país con el tiempo, así que ya es hora de que se vaya decidiendo si se quiere o no formar parte.
Título:
Enviado por: Luso em Junho 16, 2008, 06:55:37 pm
Citação de: "lurker"
1. Queremos continuar na UE?
2. Que alterações gostaríamos de ver às instituições da UE?
3. Como devemos prosseguir com a reforma das instituições da UE?


Partilho dessa maneira de ver os problemas indo primeiro à sua origem.
Contudo, antes de dizer sim ou não à continuação na Comunidade Europeia, seria bom saber primeiro o que é essa comunidade e o que pretende.

Quando aderimos, na minha ingenuidade e ignorância juvenil, julguei que era para entrarmos para uma comunidade que a partilha de valores comuns era um bom cimento que pudesse contribuir para a defesa desses mesmos valores, ao resolver diferendos e criando objectivos e passando pela vantagens obvias de um mercado alargado, regido pelas mesmas regras de concorrência e padrões.

No entanto, logo comecei a desconfiar desses propósitos quando passei a assistir a deslocalizações para a Ásia, sobretudo para a China, o concorrente por excelencia a todos os níveis. Deslocalizações que retiravam empregos e base industrial aos europeus, beneficiando assim as sociedades que não partilhavam dos mesmos valores e referências.
Verifiquei que a industria - a actividade com maior impacto a nível económico (ver factores multiplicativos) estava a sair da Europa, assim como tecnologia.
"Podemos comprar produtos mais baratos!" dizem uns. Mas como é que eu vou poder comprar produtos baratos se eu perdi o meu emprego a bem de quem os produz mais baratos por não jogar segundo as mesmas regras?

Básicamente as coisas são assim: mas afinal quais são as regras?
Se entramos num jogo é para ganhar, ou se iniciámos uma viagem é para ir a algum lado (não me venham dizer que é pela viagem em si, neste caso!).

Portanto eu apoio uma comunidade europeia porque a fragmentação é prejudicial à defesa de certos valores como a democracia, Liberdade e bem-estar.
Agora quando vejo que esses mesmos valores são apenas alardeados mas logo abastardados se isso for do interesse de alguns cuja identidade não sei - certamente do sector financeiro - dado o desprezo que se demonstra pelas actividades produtivas - lógicamente que quero deixar o jogo e regressar ao que é realmente certo, onde eu consigo identificar com clareza uma comunidade que partilha um mínimo de referências comuns, que é a minha pátria.

Portanto, não é com sabidolas, bem falantes e fura-vidas que defendem uma coisa e o seu contrário que se vai para algum lado efectivamente.

Fale-se com clareza, que se defenda com firmeza os nossos princípios. Isso é ter carácter. Isso é ser. Isso é existir. Ser uma coisa e o seu contrário é que não é ser nada. E é para esse nada, muito cómodo para muita gentem que estou a ver.

Parlamento Europeu: pode-se dizer muita coisa, mas ao menos fazem "legislação", legislação essa que não é alteradad com frequência.

Neste rectângulo, os nossos analfabetos eleitos nem isso fazem nem estão interessados. Aqui está uma perda de soberania da qual poucos falam.
Título:
Enviado por: lurker em Junho 16, 2008, 08:04:15 pm
Citação de: "Luso"
No entanto, logo comecei a desconfiar desses propósitos quando passei a assistir a deslocalizações para a Ásia, sobretudo para a China, o concorrente por excelencia a todos os níveis. Deslocalizações que retiravam empregos e base industrial aos europeus, beneficiando assim as sociedades que não partilhavam dos mesmos valores e referências.
Verifiquei que a industria - a actividade com maior impacto a nível económico (ver factores multiplicativos) estava a sair da Europa, assim como tecnologia.
"Podemos comprar produtos mais baratos!" dizem uns. Mas como é que eu vou poder comprar produtos baratos se eu perdi o meu emprego a bem de quem os produz mais baratos por não jogar segundo as mesmas regras?


Como já respondi ao legionário, isto não é um problema da UE. É um problema de todos os países desenvolvidos.
Os cidadãos-consumidores que escolhem o produto mais barato da prateleira do supermercado não se preocupam com deslocalizações.
Os cidadãos-empregados de empresas que vêem a China com um mercado potencial não se preocupam com as deslocalizações e querem é que a China lhes abra as portas.
Os cidadãos-empregados de empresas que vêem a China como uma ameaça é que se preocupam com as deslocalizações.
E os cidadãos-cidadãos que vêm os anteriores a ficar sem emprego também.

E os legisladores, seja a nivel nacional seja a nível europeu, ficam no meio a tentar negociar com a China uma solução favorável.

A diferença é que junta, a UE tem outro peso para negociar com a China.
Se não pertencessemos à UE, suspeito que as cotas de importação de textéis chineses teriam simplesmente acabado existir depois de 2005.
Título:
Enviado por: P44 em Junho 17, 2008, 08:30:31 am
Mas a UE devia fazer como os EUA, aplicar medidas restritivas e não abrir as portas a tudo e todos.

Luso, brilhante texto :G-Ok:
Título:
Enviado por: legionario em Junho 17, 2008, 10:32:18 am
Citação de: "P44"
Mas a UE devia fazer como os EUA, aplicar medidas restritivas e não abrir as portas a tudo e todos.


Olhe a sua reputaçao, amigo P44 !   :):)
Título:
Enviado por: P44 em Junho 17, 2008, 11:16:28 am
qual reputação? :mrgreen: a má ou a péssima?
Título:
Enviado por: P44 em Junho 17, 2008, 11:19:18 am
editorial do DN de 16.06.2008

Citar
O não da Irlanda ao Tratado de Lisboa colocou a Europa numa situação estranha. É difícil de acreditar que os 27 líderes experimentados dos países europeus não tivessem, de facto, um plano B. Admitia-se que o anunciassem numa espécie de chantagem consentida aos eleitores irlandeses, antes da votação - como fez Durão Barroso. Mas não tinham.

Este "não" traz-nos mais dúvidas do que certezas. E se houvesse mais referendos? Quantos países votariam contra o Tratado? Não seria demasiada a arrogância dos líderes pensar que todos os cidadãos da Europa iam aceitar o Tratado sem mais, sobretudo nesta época de crise económica?

E é grave também o que esta situação nos diz sobre a distância que a instituição União Europeia tomou das pessoas. A instituição e os seus líderes. Dá ideia de que pensam e agem como num clube privado. E foi essa a sensação que transmitiram na reacção ao desaire irlandês.

Este "não" significa de outra forma a distância dos povos em relação a Bruxelas. A Irlanda foi das melhores alunas europeias, das que mais beneficiou de subsídios e ajudas sem fim. O recente sentimento isolacionista é, de certa forma, um desagradecimento significativo do desfastio com que os seus cidadãos olham para o projecto europeu.

Este pode ser o choque necessário para dar a volta à situação. Para fazer acordar os líderes e aproximar a UE dos povos. Uma boa forma de começar era acabando com a eurocracia. Porque não traduzir o Tratado para a linguagem que se fala nas ruas europeias?
Título:
Enviado por: lurker em Junho 17, 2008, 03:45:47 pm
Citação de: "P44"
Mas a UE devia fazer como os EUA, aplicar medidas restritivas e não abrir as portas a tudo e todos.


E faz...
Título:
Enviado por: lurker em Junho 17, 2008, 03:57:05 pm
Mais um comentário ao Tratado de Lisboa e aos referendos:

Depois de a Constituição Europeia ter sido chumbada, foi ressuscitada sob a forma do Tratado de Lisboa. Agora que esse foi chumbado pela Irlanda, já se fala em como o salvar.
Como dizia o P44 há uns posts atrás, é como se os politicos quisessem aprovar isto à força e estejam dispostos a fazer referendos até que seja aprovado.
Há um sentimento de que os politicos estão a negociar o futuro da UE à revelia dos cidadãos, de que os cidadãos estão a ser obrigados a ir por um caminho onde não têm escolha.
Contudo... a verdade é que não há opção. Ou mehor, a opção existe mas é demasiado radical.
A UE não pode continuar com as regras actuais. É demasiado fácil uma minoria impedir a progressão. É como se houvesse 27 pessoas que querem ir juntas a um bar, mas como 25 quer Sagres e 2 querem SuperBock, acabam por ficar todos em casa a beber àgua.
É preciso reformular as regras, para aumentar a dimensão da minoria que pode bloquear uma iniciativa. A opção de ficar como estamos não é viável. E por isso, não é algo que valha a pena referendar.
Na minha opinião, só há uma pergunta que se deve por a referendo, que o JoseMFernandes já referiu: queremos ficar dentro UE sob as regras do tratado de Lisboa ou queremos ficar de fora da UE?
Título:
Enviado por: P44 em Junho 17, 2008, 03:58:44 pm
Como Associação Económica acho que a UE pode e deve ter todo o Sucesso do mundo

Como Associação politica não lhe auguro futuro nenhum...

Citar
queremos ficar dentro UE sob as regras do tratado de Lisboa ou queremos ficar de fora da UE?


Caro lurker,
e porquê só têm de existir essas 2 hipóteses , tipo "Ou estás comigo ou contra mim"? :roll: cozinhadas á revelia dos habitantes...a mim é isso que me revolta e penso eu que milhões de habitantes da UE...."Vcs são burros demais para decidirem, logo nós decidimos por vcs!!!"
Título:
Enviado por: Luso em Junho 17, 2008, 07:01:32 pm
Citar
queremos ficar dentro UE sob as regras do tratado de Lisboa ou queremos ficar de fora da UE?


Se for para ter que me confrontar com escolhas impostas desta maneira, pessoalmente dispenso pertencer a tal "clube".
Título:
Enviado por: P44 em Junho 18, 2008, 10:01:23 am
Citação de: "Luso"
Citar
queremos ficar dentro UE sob as regras do tratado de Lisboa ou queremos ficar de fora da UE?

Se for para ter que me confrontar com escolhas impostas desta maneira, pessoalmente dispenso pertencer a tal "clube".



 c34x
Título:
Enviado por: lurker em Junho 18, 2008, 10:42:39 am
Citação de: "P44"
Citar
queremos ficar dentro UE sob as regras do tratado de Lisboa ou queremos ficar de fora da UE?

Caro lurker,
e porquê só têm de existir essas 2 hipóteses , tipo "Ou estás comigo ou contra mim"? :roll: cozinhadas á revelia dos habitantes...a mim é isso que me revolta e penso eu que milhões de habitantes da UE...."Vcs são burros demais para decidirem, logo nós decidimos por vcs!!!"


Não é uma questão de estás comigo ou contra mim. É questão de ou vens connosco ou amanhas-te sozinho. Também não creio que haja apenas duas hipóteses para o futuro. O futuro da UE pode tomar outras formas que não a do tratado de Lisboa.
Mas há formas insustentáveis e estou convencido que a actual é uma delas.

Os cidadãos não são demasiado burros para decidirem. Pelo menos, gosto de pensar que não. Contudo, são demasiados para se sentarem à mesa das negociações. E a reforma da UE tem de ser negociada para contemplar os interesses de cada país e cada povo.
A única hipótese realista e exquível para uma reforma referendada é cada país esperar que os seus governantes eleitos negoceiem o melhor acordo possível para o futuro da UE e depois decidirem se estão dentro, se estão fora.
Porque sempre que se chumba um novo tratado, está-se a escolher pela inacção, pela preservação da forma actual. E sendo que a forma actual é insustentável. é natural que se repitam as tentativas de a mudar. E voltamos ao ponto aonde estamos...
Título:
Enviado por: legionario em Junho 18, 2008, 11:38:26 am
insustentavel porquê ?
Título:
Enviado por: lurker em Junho 18, 2008, 02:26:15 pm
O grande problema do actual sistema é que relativamente fácil a uma minioria de países bloquear uma acção.
Isto funcionou mais ou menos com 12 países mas com 27, frequentemente resulta em inacção.

O problema é que resolver isto é também um dos aspectos mais polémicos, uma vez que diminui o poder de veto dos países mais pequenos.

Por exemplo, podem ver a evolução do modo de voto no Conselhor de Ministros:
http://en.wikipedia.org/wiki/Voting_in_ ... pean_Union (http://en.wikipedia.org/wiki/Voting_in_the_Council_of_the_European_Union)

Mas o problema também se extende à Comissão Europeia.
Título:
Enviado por: Sertorio em Junho 20, 2008, 09:07:27 pm
Um video onde um eurodeputado dinamarquês explica algumas obscuras manobras de bastidores na elaboração do Tratado de Lisboa.
http://www.youtube.com/watch?v=8Kr0Foq3CQE&eurl=
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fbp0.blogger.com%2F_zp0h1YAc0Co%2FSFi7Jljoe-I%2FAAAAAAAAC6w%2FsXfe0Vbw_ww%2Fs400%2FLISBON.jpg&hash=21bbe7b8b18615c30c640112f730e9b0)http://
Título:
Enviado por: Naadjh em Junho 22, 2008, 12:10:36 am
Citação de: "lurker"
O grande problema do actual sistema é que relativamente fácil a uma minioria de países bloquear uma acção.
Isto funcionou mais ou menos com 12 países mas com 27, frequentemente resulta em inacção.

O problema é que resolver isto é também um dos aspectos mais polémicos, uma vez que diminui o poder de veto dos países mais pequenos.

Por exemplo, podem ver a evolução do modo de voto no Conselhor de Ministros:
http://en.wikipedia.org/wiki/Voting_in_ ... pean_Union (http://en.wikipedia.org/wiki/Voting_in_the_Council_of_the_European_Union)

Mas o problema também se extende à Comissão Europeia.



O problema é que vão ser um ou dois a mandar e o resto come e cala..
E esses europeus já nos tratam como pretos (não é ofensa, mas expressão popular, não sou racista), agora com este tratado vão nos tratar pior que pretos.

Os suíços é que são espertos.
Título:
Enviado por: Sertorio em Junho 23, 2008, 05:19:01 am
Uma capa certeira acerca do Tratado de Lisboa, esta da prestigiada revista "The Economist"
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fbp1.blogger.com%2F_8MZ8TRMB-d8%2FSF2qPzv_tnI%2FAAAAAAAAAHQ%2FzAVO2kRIiUc%2Fs1600%2Feconomist.jpg&hash=71916bb4c98cf9346f91fbc45de403ef)
Título:
Enviado por: P44 em Julho 01, 2008, 10:16:05 am
UE : Presidente polaco recusa assinar Tratado de Lisboa
00h24m

Varsóvia, 01 Jul (Lusa) - O presidente polaco, Lech Kaczynski, anunciou que não assinará o Tratado de Lisboa, sustentando que ele está agora "sem substância" depois da recusa dos eleitores irlandeses a ratificá-lo, numa entrevista publicada hoje.

"Por agora, a questão do tratado está sem substância", afirmou o presidente conservador polaco ao diário Dziennik, segundo a edição digital do jornal.

Todavia, o parlamento polaco ratificou, logo em Abril, o Tratado destinado a reformar o funcionamento das instituições europeias. Mas para ser definitivamente um dado adquirido, a ratificação tem de ter a assinatura do presidente.

A deserção de Lech Kaczynski é um golpe importante para os esforços do presidente francês, Nicolas Sarkozy, que pretende circunscrever o problema da ratificação à Irlanda, durante a sua presidência da UE que hoje começou.

"É difícil dizer como é que isto vai acabar. Em contrapartida, a afirmação segundo a qual não há União se não houver Tratado não é séria", acrescentou o presidente Kaczynski.

O novo Tratado, que visa facilitar o funcionamento das instituições de uma UE a 27 e que substitui o projecto de Tratado Constitucional rejeitado em 2005 em referendos em França e na Holanda, tem de ser ratificado por todos os Estados membros para que possa entrar em vigor.

No mesmo dia em que o parlamento polaco dava a sua autorização definitiva à ratificação do Tratado de Lisboa pelo Presidente Lech Kaczynski - 02 de Abril- o presidente da Comissão Europeia felicitava a Polónia pelo acto, que considerou "simbolizar a confiança" de Varsóvia no projecto europeu.

"Congratulo-me com o resultado da votação, que mostra que o Tratado une mais do que divide e foi objecto de um acordo entre o governo polaco, o presidente e as forças políticas", afirmava José Manuel Durão Barroso num comunicado.

TM.

Lusa/Fim

JN
Título:
Enviado por: P44 em Julho 02, 2008, 09:00:32 am
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Sarkozy irritado com rejeição da Polónia ao Tratado de Lisboa

A Polónia estragou a festa de Nicolas Sarkozy. Não ratificará um tratado "sem fundamento". E a União Europeia, cujas rédeas a França assumiu, mergulhou mais fundo na crise de onde tentava sair desde o "não" irlandês.
As cores da União Europeia (UE) anda mal começavam a iluminar a Torre Eiffel, assinalando o início da Presidência francesa, e já o presidente polaco troava contra o Tratado de Lisboa. Não assinará um documento (já ratificado pelo Parlamento) que considera "sem fundamento" depois da recusa dos irlandeses.

A declaração de Lech Kaczynski ao diário "Dziennik" provocou um duro golpe no primeiro dia da Presidência francesa da UE, já de si marcada pelo fantasma do referendo na Irlanda, que Nicolas Sarkozy queria apagar apostando os seis meses de mandato na promoção de políticas de imigração, ambientais e de defesa comuns. Sobram, também, as críticas recentes do presidente da República Checa, exigindo respeito pelas decisões democráticas dos países. Vaclav Klaus, de resto, veio ontem a público apoiar a posição do seu homólogo polaco.

O presidente francês reagiu às declarações com um misto de irritação e diplomacia. Não quer imaginar, disse, que Kaczynski - que assinou o documento em Bruxelas e em Lisboa - "possa pôr em causa a sua própria assinatura".

Os especialistas, como a politóloga Lena Kolarska-Bobinska, ouvida pela France-Press, não têm dúvidas de que esta é uma tentativa do presidente em marcar posição interna, que causará grandes dores de cabeça a uma União já tremente. E as declarações da Comissão Europeia são o resultado aparente desse desnorte. Limitou-se, ontem, a lembrar o compromisso assumido pela Polónia e recordou que um dos principais intervenientes no acordo foi o Presidente polaco, que agora se recusa a promulgar o documento.

Também Manuel Lobo Antunes, secretário de Estado dos Assuntos Europeus e um dos artífices do Tratado, confirmou que o Presidente polaco "foi um interlocutor privilegiado da Presidência portuguesa" da UE nas conversações para um acordo e na assinatura do Tratado.

domingos de andrade
publicado a 2008-07-02 às 00:00



Para mais detalhes consulte:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/In ... _id=963654 (http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=963654)
Título:
Enviado por: P44 em Julho 03, 2008, 11:17:40 am
Presidente checo espera que Tratado seja bloqueado
 


 O presidente da República Checa espera que o Tribunal Constitucional bloqueie a adopção do Tratado de Lisboa pela União Europeia. Contudo, Vaclav Klaus não disse se iria ou não a assinar o Tratado.

O presidente da República Checa espera que a ratificação do Tratado de Lisboa seja bloqueada, mas não disse se iria assiná-lo ou não.

«Espero que a adopção do Tratado de Lisboa seja impedida pelo Tribunal Constitucional ou pelo Senado», declarou Klaus, numa entrevista ao diário Lidove Noviny.

Vaclav Klaus congratulou-se ainda pela decisão do polaco Lech Kaczynski de se recusar a assinar o Tratado, depois do ‘não’ irlandês, em Junho.

O presidente checo denunciou ainda as tentativas da França para continuar o processo de ratificação do documento e para criar uma União Europeia «à francesa».

«A nossa posição é necessariamente diferente e é por isso devemos fazer um esforço para que a União Europeia não se desenvolva da maneira que a França e que o tratado que foi rejeitado tentam impor», acrescentou.

Vaclav Klaus opôs-se ao Tratado por reduzir o poder dos estados individuais na tomada de decisão.

TSF
Título:
Enviado por: Miguel em Julho 04, 2008, 08:17:43 pm
Parece que os povos começaram a acordar :twisted:
Título: Tratado de Lisboa abre intencionalmente a porta à pedofilia?
Enviado por: Sertorio em Setembro 11, 2008, 12:32:21 am
O SIOE, uma organização que combate a islamização da Europa, fez uma constatação inquietante ao comparar o Tratado de Lisboa com anteriores tratados europeus. Porque motivo terá sido decidido eliminar  do Tratado de Lisboa a referencia à pedofilia?
http://sioe.wordpress.com/2008/09/09/the-lisbon-treaty-permits-paedophilia-the-end-of-the-eu/
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 11, 2009, 05:41:33 pm
Citar
German judges express scepticism about EU treaty
HONOR MAHONY

Today @ 09:22 CET

Several of the eight judges in charge of examining whether the EU's Lisbon Treaty is compatible with the German constitution have expressed scepticism about the constitutional effects of further EU integration.

According to reports in the German media, the debate during the crucial two-day hearing starting on Tuesday (10 Februrary) on the treaty centred on criminal law and the extent to which it should be the preserve of member states rather than the EU.

 
The court is to examine an article in the German constitution on holding referendums (Photo: Torkil Sørensen/norden.org)

The judges questioned whether the EU should be allowed to increase its powers in criminal law.

Judge Herbert Landau said new EU powers in criminal justice affected "core issues" of German legislative authority.

"These are issues affecting the shared values of a people," he said.

Judge Udo Di Fabio, who prepared the procedure and will deliver the judgement on the treaty, asked whether the transferral of powers to the EU really means more freedom for EU citizens.

"Is the idea of going ever more in this direction not a threat to freedom?" he asked, according to FT Deutschland.

Judge Rudolf Mellinghoff asked whether the treaty was already "in an extensive way" being applied when its comes to the area of criminal sanctions in environment issues – the European Commission may sanction companies for polluting the environment

In all, four of the eight judges questioned the Lisbon Treaty.

The Frankfurter Allgemeine Zeitung noted that the judges were united on one issue: that the treaty is not a work of high literature.

Less-than-clear passages from the treaty were read out aloud, guaranteeing a laugh, noted the paper.

Referendum

On Wednesday, the court is to examine article 146 of Germany's constitution, which says that a referendum may be called if the constitutional order in the country is changed to the detriment of Germany's current constitution – the Grundgesetz or Basic Law.

The court could therefore ask for a referendum, concludes the Suedeutsche Zeitung.

The hearing is being watched keenly across Europe as all member states need to ratify the EU treaty before it can go into force.

The German government, a strong supporter of the document, sent two of its senior ministers to defend it during the hearing, which is examining whether the treaty is anti-democratic by allowing the powers of national parliaments to be circumvented.

The case was brought before the court by conservative MP Peter Gauweiler and several deputies from the left-wing Die Linke party.

Ireland, the Czech Republic and Poland have also yet to ratify or complete ratification of the treaty.


http://euobserver.com/9/27586/?rk=1 (http://euobserver.com/9/27586/?rk=1)
Título:
Enviado por: Camuflage em Fevereiro 11, 2009, 06:24:48 pm
O tratado para uma constituição europeia vai acabar com vários direitos e regalias que temos como cidadãos.
Em tempos encontrei este video acerca da constituição europeia que deixa claros algunos pontos.

http://www.youtube.com/watch?v=n2vKWMCb62A (http://www.youtube.com/watch?v=n2vKWMCb62A)
Título:
Enviado por: dawn_to_dusk_ em Junho 21, 2009, 03:59:37 am
no entanto diz-se que o tio socrates espera que o tratado entre em funcionamento até 2010.
Título:
Enviado por: vitor.aldo em Agosto 05, 2009, 02:23:11 pm
Ola a todos:) bem, este e o meu primeiro post neste Forum... Encontrei por acaso, e parece-me muito interessante:) desde ja peco desculpa pelo meu portugues mas o meu teclado nao e portugues e por isso nao tem acentos etc...
Gostaria apenas de dizer que compreendo que haja muita gente contra o tratado de Lisboa. e k de acordo com alguns comentarios e uma nova tentativa de gente poderosa malvada para subjugar os pobres povos europeus... oh gente....
Muitas das coisas que foram aqui escritas sao a meu ver mal interpretadas.
Primeiro o tratado de Lisboa nao traz nada assim de extraordinario. Apenas faz uma reformulacao de todos os tratados anteriores, eliminando partes menos claras e as vezes aparentemente contraditorias. Sim, e verdade que tambem da uma base legal em algumas 'novas' areas mas k na verdade apesar de nao estarem em tratados anteriores ja eram tratadas pelos governos de cada pais a nivel europeu por cooperacao.

Segundo, falaram aki da eliminacao do voto por unanimidade em algumas areas. Gostaria que notassem que a UE tem neste momento 27 estados membros com perspectivas muito diferentes em alguns temas. O que se verificava era que um Estado membro podia parar todo um processo ainda que tivesse apenas imaginemos 0.1% da populacao e isso era usado por alguns estados para adquirir benificios nao para todos mas para eles proprios. O que nao foi descrito neste Forum e que segundo QMV ( a "nova" votacao que ja existe desde o tratado que estabeleceu a Comunidade Europeia) e k uma proposta  so passa se tiver pelo menos 2/3 dos estados Membros e representar mais de 60% da populacao europeia. com isto pretende-se acabar com a situacao em que um pais forcava todos os outros a ceder algo para benificio pessoal, mas tambem garante-se que se alguns paises nao quiserem a proposta chumba.

Quanto aquele comentario dos juizes... gostaria que entendessem que e' um tratado! com centenas de artigos e ainda mais alineas etc. e logico que havera pontos menos claros. mas e para isso que os juizes estao la! para interpretar o tratado, e' essa a sua funcao. E para quem nao sabe, o Tribunal Europeu FAZ lei, ainda que nao esteja no tratado pode forcar os paises a fazer algo para proteger o bem estar dos cidadaos.. e uma mistura de lei por codigo escrito como em Portugal com 'case law' como na America ou no UK.

e quanto ha pedofilia.... desculpem mas isso foi um comentario estupido. So uma pessoa sem qualquer conhecimento do tratado diz isso.... Os tratados Europeus tem como primeiros artigos que os valores fundamentais da Uniao e o respeito dela democracia, estado de direito, liberdade de expressao, etc. O tratado de Lisboa tem uma parte consideravel sobre a defesa dos direitos humanos fundamentais. que mais que obvio inclui a pedofilia. Mas ja agora, gostaria que compreendessem que este tratado apesar de cobrir areas de direitos fundamentais etc, nao e um tratado politico e nao criminal etc.


levam a UE como se fosse um bixo papao quando na verdade e gracas a UE que este pais esta muito melhor do que estaria se nao fosse membro. quanto a conservar a nossa identidade nacional etc so depende de nos e nao de um tratado que ao contrario do que foi dito da mais direito aos cidadaos, nao os tira...

Peco desculpa se ofendi alguem no meu comentario mas nao era essa a minha intencao, apenas queria que se informassem mais, e nao apenas criticar com pouco ou sem qualquer conhecimento factual...
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Agosto 05, 2009, 02:31:01 pm
Uma coisa é o teclado não ser português, outra coisa é escrever k em vez de que e aki em vez de aqui. Já agora bem-vindo ao FD :wink: .
Título:
Enviado por: vitor.aldo em Agosto 05, 2009, 02:41:42 pm
LOL  :roll:  peco desculpa

e obrigado pela boas vindas   :D
Título: Kaczynski não irá afinal assinar no domingo o Tratado
Enviado por: Cabecinhas em Outubro 08, 2009, 04:59:35 pm
Citar
O Presidente polaco não irá assinar o Tratado de Lisboa já neste domingo. A garantia foi feita pelo irmão, Jaroslaw, antigo Primeiro-ministro do país e que permanece como uma forte influência política sobre o chefe de Estado.

Contrariando o que fora antes avançado por vários media citando um dos assessores do Presidente, Jaroslaw Kaczynski afirmou que a assinatura a ser feita no domingo “não passa de especulação dos media”.

“Se o assessor realmente disse isso, o que se passa é que ele está mal informado. Aquilo que eu sei, e eu tenho conhecimento do que se passa sobre este assunto, é que [a assinatura] não acontecerá no domingo”, disse numa conferência de imprensa.

À Agência Reuters, um outro assessor presidencial, Pawel Wypych, sustentou igualmente não ser esperado que o novo tratado da União Europeia receba o aval de Kaczynski já daqui a três dias.

http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=93&did=73958
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Vicente de Lisboa em Outubro 14, 2009, 12:51:46 pm
Entretanto está assinado, e só falta o Checo Chato, preocupado com os sudetas.  :mrgreen:
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Heraklion em Outubro 16, 2009, 11:58:02 pm
Não festeje antes da festa, amigo federalista Vicente.
Vaclav Klaus aguentará até à vitória dos Tories no Reino Unido.
Quando os Conservadores vencerem e meterem o traidor Brown de lá para fora, farão referendo no RU.
As últimas sondagens dizem que 78% do britânicos votariam "Não" ao Tratado.
Ora, como a aprovação de todos os estados-membros é necessária, e como o RU parará o avanço, pode imaginar o que vai acontecer.
O seu tratado vai morrer, trucidado por mãos britânicas...ainda bem <img src="{SMILIES_PATH}/icon_smile.gif" alt=":)" title="Smile" />:)
É pois caso para dizer RULE BRITANNIA!!!
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: dannymu em Outubro 18, 2009, 12:52:45 am
Citação de: "Heraklion"
Não festeje antes da festa amigo federalista Vicente.
Vaclav Klaus aguentará até à vitória dos Torries no Reino Unido.
Quanto os Conservadores vencerem e meterem o traidor Brown de lá para fora, farão referendo no RU.
As últimas sondagens dizem que 78% do britânicos votariam "Não" ao Tratado.
Ora, como a aprovação de todos os estados membros é necessária, e como o RU parará o avanço, pode imaginar o que vai acontecer.
O seu tratado vai morrer, trucidado por mãos britânicas...ainda bem :):)
É pois caso para dizer RULE BRITANNIA!!!
Era bom era. Só que li hoje que o próprio Vaclav Klaus admite que nada pode parar o Tratado de Lisboa. Temo que ele não aguente até às legislativas britânicas (que devem acontecer em Maio mas o Gordon Brown sabe que vai perder e por isso vai arrastar a data até ao último dia em que é legalmente obrigatório fazer eleições. A pressão que o Klaus e República Checa estão a sofrer nas mãos da UE (especialmente o Barroso e Merkel e Sarkozy) é tremenda e um país sem poder e que recebe muitos subsídios da França e Alemanha dificilmente resistirá ao tsunami (aka Tratado de Lisboa). Basta ver o que aconteceu na Irlanda.
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Heraklion em Outubro 21, 2009, 02:54:16 pm
É por isso que é tão fulcral mostrar apoio para lhe dar força e ímpeto.

 ;)
Vamos lá fazê-las crescer.
ASSINEM TODOS!
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Vicente de Lisboa em Outubro 21, 2009, 06:16:22 pm
O santa Klaus não vai passar a vergonha de fazer um veto de gaveta ao Tratado. Tinha de aguentar até lá para Junho/Julho a fingir que não assinava algo que a constituição o obriga a fazer... nah. Ele vai assinar.

E 19.000 são 0.00038% da População da União. Acho que o Vaclav dará mais importância ao seu governo e à sua população pro-europeia  :wink:
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: P44 em Outubro 21, 2009, 06:26:35 pm
Citação de: "Heraklion"
É por isso que é tão fulcral mostrar apoio para lhe dar força e ímpeto.

 ;)
Vamos lá fazê-las crescer.
ASSINEM TODOS!


o Durão barroso deve andar a apagar assinaturas, agora são 18993...

realmente nesta europa não há ninguém com tomates para fazer frente á camarilha de bruxelas
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: dannymu em Outubro 22, 2009, 12:51:10 am
Citação de: "P44"
Citação de: "Heraklion"
É por isso que é tão fulcral mostrar apoio para lhe dar força e ímpeto.

 ;)
Vamos lá fazê-las crescer.
ASSINEM TODOS!


o Durão barroso deve andar a apagar assinaturas, agora são 18993...

realmente nesta europa não há ninguém com tomates para fazer frente á camarilha de bruxelas
À excepção da extrema-direita, só há o UKIP e o Geert Wilders que terão coragem para fazer frente aos burrocratas de Bruxelas. E claro há o Klaus só que como já referi, a República Checa recebe muitos subsídios da UE e é diplomaticamente fraquinho por isso será quase um milagre o Klaus aguentar até Junho de 2010 que é quando acho que os Conservadores tomarem posse!
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Vicente de Lisboa em Outubro 23, 2009, 04:10:54 pm
Citar
Czech leader positive on Lisbon

Czech President Vaclav Klaus is satisfied an EU proposal meets demands he made for an opt-out on the bloc's Lisbon Treaty, his office says.


Mr Klaus wanted an opt-out from the Charter of Fundamental Rights which covers EU citizens' rights.

He was concerned the charter could allow property claims by Germans expelled from Czechoslovakia after World War II to circumvent courts.

The Czech Constitutional Court is also reviewing a challenge to the treaty.

It is aimed at streamlining the 27-member EU's decision making.


The treaty incorporates the Charter of Fundamental Rights, which covers a wide range of EU citizens' rights and will become legally binding once Lisbon enters into force.

That cannot happen unless all 27 member states ratify the treaty.

The Czech parliament has already approved the treaty, but Mr Klaus is the only EU leader yet to sign it.

His opt-out demand, made on 9 October, was unexpected and raised concerns about yet further delays to the treaty.

However, his office said on Friday: "The president... received the Swedish presidency's proposal which is a response to his request related to the Lisbon Treaty ratification in the Czech Republic.

"This proposal corresponds to what the president has envisioned and it is possible to work with it further."

Details of the proposal were not released.

Mr Klaus has previously said he will not sign the treaty until the Czech Constitutional Court rules on a new legal complaint against it, lodged by senators allied to him.

A court hearing is due next week.

Poland was the last country to fully ratify the treaty on 10 October, when President Lech Kaczynski finally signed it in a ceremony.
BBC Dixit (http://http)

Eu não disse?  :wink:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg377.imageshack.us%2Fimg377%2F3589%2Feuborgcollectivelrez.jpg&hash=da26262b96c38f9b9dfabd44d6303176) (http://http)
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: dannymu em Outubro 26, 2009, 08:47:33 am
Eu já sabia que mais cedou ou mais tarde o Klaus faria uma exigência desse género. De certeza absoluta que tal pedido de "opt-out" será concecido bem antes de o novo governo conservador Britânico tomar posse.

E já agora, visto que o Reino Unido, Irlanda, DInamarca, Polónia e República Checa conseguem ter "opt-outs", PORQUE RAIOS é que Portugal não faz o mesmo? Até parece que tudo o que vem da UE é bom para Portugal...  :x
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Vicente de Lisboa em Outubro 26, 2009, 05:16:31 pm
Citação de: "dannymu"
E já agora, visto que o Reino Unido, Irlanda, DInamarca, Polónia e República Checa conseguem ter "opt-outs", PORQUE RAIOS é que Portugal não faz o mesmo? Até parece que tudo o que vem da UE é bom para Portugal...  :x
Opt-out duma carta de Direitos Humanos? Até percebo o apelo, pensando no AJJ... Mas mesmo assim, prefiro ser signatário.
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: dannymu em Outubro 26, 2009, 05:34:02 pm
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Citação de: "dannymu"
E já agora, visto que o Reino Unido, Irlanda, DInamarca, Polónia e República Checa conseguem ter "opt-outs", PORQUE RAIOS é que Portugal não faz o mesmo? Até parece que tudo o que vem da UE é bom para Portugal...  c34x  Olhe que aqui no Reino Unido o Governo trabalhista meteu-se com manias de direitos humanos e criou o Human Rights Law que dá mais direitos a bandidos, imigrantes ilegais do que às vítimas, polícia e imigrantes legais. Sou a favor de direitos humanos mas não quero que os bandidos e imigrantes ilegais usem desculpas de direitos humanos para não serem deportados ou para terem televisões e playstations na prisão. Aliás essa de direitos humanos faz com que as pessoas tenham medo de se defender de bandidos ou que adultos ajudem crianças em perigo. Por exemplo um camionista viu uma criança de 3 anos à beira da estrada e queria levar a criança para a esquadra da polícia mais próxima mas depois achou melhor não o fazer com medo de ser apelidado de "pedófilo". Horas depois aparece a criança morta a boiar num rio.
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Vicente de Lisboa em Novembro 03, 2009, 01:35:19 pm
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Vaclav Klaus pode agora assinar o pacto

UE: Tribunal Constitucional checo dá luz verde ao Tratado de Lisboa

O Tribunal Constitucional checo deu pleno acolhimento ao Tratado de Lisboa, avaliando que o documento como um todo respeita a constituição da República Checa e, com isso, removeu a última possibilidade de bloqueio à ratificação por Praga.

Com este acórdão, o Presidente, Vaclav Klaus, pode agora assinar o documento – constituindo este o derradeiro passo formal para que o pacto seja configurado no país, o único membro da União Europeia que ainda não o ratificou.

Na cimeira de Bruxelas da semana passada, os líderes chegaram a acordo para alargar à República Checa, como exigido pelo seu eurocéptico Presidente a derrogação concedida em 2007 à Polónia e Reino Unido relativamente à Carta dos Direitos Fundamentais. Klaus já disse que assinaria o texto assim que o Tribunal Constitucional declarasse a sua conformidade.

Fica assim o caminho aberto a que o tratado entre em efeito em todo o território dos Vinte e Sete a 1 de Dezembro.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, foi o primeiro a saudar a decisão do tribunal checo. “Espero que a Europa possa pôr de lado anos de debates constitucionais e institucionais [...] e que possamos avançar e abordar os principais problemas”, disse numa conferência de imprensa.
Publico Dixit (http://http)

O Socas diz 1 de Janeiro, o Publico diz 1 de Dezembro. A ver vamos, mas de qualquer forma, a ópera da reorganização institucional, com quase uma decada, está para acabar.
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Magalhaes em Novembro 03, 2009, 07:49:52 pm
Citação de: "Vicente de Lisboa"
O Socas diz 1 de Janeiro, o Publico diz 1 de Dezembro. A ver vamos, mas de qualquer forma, a ópera da reorganização institucional, com quase uma decada, está para acabar.
Finalmente, e felizmente!
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: dannymu em Novembro 03, 2009, 11:14:17 pm
Citação de: "Magalhaes"
Citação de: "Vicente de Lisboa"
O Socas diz 1 de Janeiro, o Publico diz 1 de Dezembro. A ver vamos, mas de qualquer forma, a ópera da reorganização institucional, com quase uma decada, está para acabar.
Finalmente, e felizmente!
Infelizmente isso vai acontecer e Portugal irá perder ainda mais a sua soberania. E prometeram aos Portugueses um referendo em 2005 sobre esse aspecto e depois não perderam tempo em colocar essa promessa no lixo. Uma boa parte do eleitorado pode ter memória curta mas eu não tenho. Além disso não me vou esquecer da farça que foi o referendo na Irlanda e o facto de terem ignorado os votos "não" na Holanda e França.

E a UE caminha em direcção a um super-estado federal europeu e logo Portugal irá perder a independência, independência que foi mantida durante mais de 800 anos à custa de muito suor e sangue derramado por milhões de antepassados. Será um insulto a eles todos se a independência de Portugal for entregue através duma simples assinatura num documentozinho de papel.

A UE de hoje é uma UE que não é boa para Portugal e logo o melhor será sair da UE e adoptar uma política semelhante à da Noruega e Suíça. Esses dois beneficiam de accesso ao mercado livre da UE e continuam com livre movimento de bens, serviços, capital e pessoas com a UE mas mantêm-se fora das experiências políticas e federalistas da UE. Claro que Portugal perderia fundos da UE mas acualmente uma boa parte dos fundos são esbanjados  por isso a perda não será tão grande como alguns nos quererão dizer para assustar. Até pode ser que sem fundos da UE os políticos pensem bem em como gastam dinheiro do contribuinte (talvez não gastarão tanto em carros novos para os deputados ou em missões de paz destinadas ao fracasso como a UNIFIL ou em banquetes e viagens não necessárias), o que irá reduzir ainda mais ou até eliminar na totalidade as perdas em fundos da UE.
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Vicente de Lisboa em Novembro 19, 2009, 04:04:31 pm
Em princípio, é hoje a reunião do CE que escolhe os novos cargos. Aceitam-se apostas de ultima hora!

I say Milliband para Alto Representante e Van Rompuy para Presidente.
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Vicente de Lisboa em Novembro 20, 2009, 03:10:07 pm
Acertei no Presidente e na nacionalidade do Alto Representante. Devia ter jogado na bet and win  :mrgreen:
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: SSK em Novembro 22, 2009, 09:53:27 am
Boas,

Um EUA nunca seremos, vamos ver é se não acabamos como uma Jugoslávia...

Abraço
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Camuflage em Novembro 23, 2009, 12:22:27 am
Citação de: "SSK"
Boas,

Um EUA nunca seremos, vamos ver é se não acabamos como uma Jugoslávia...

Abraço

Não como a Jugoslávia, mas sim como a URSS acabou, apenas muda a visão politica.
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Vicente de Lisboa em Novembro 26, 2009, 06:51:10 pm
Depois da geral desilusão e critica aos nomeados para os novos cargos, já se ouvem (lêm) os Opinion-Makers em matérias Europeias a dizer que com estas figuras "discretas" ainda vamos acabar com uma rede de embaixadas da UE (a cargo da Ashton) mais extensa e poderosa do que se o MNEE fosse um show-off menos burocrático, e que com o Rumpy a enfraquecer o Concelho, quem fica a ganhar é o Barroso e a Comissão (de quem a Ashton já era subordinada), reforçando assim o carácter Comunitário da União à custa do carácter Intergovernamental.

Junte-se a isto o facto de os Francius estarem bem colocados para ficar com o Comissário Financeiro, o que já tem os grupos de finanças londrinos em pânico, e o mais que provável regresso de um Alemão à Presidência do BCE...

Isto vai ao sitio meus caros, isto vai ao sitio!
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Camuflage em Dezembro 01, 2009, 05:33:08 pm
O que o tratado muda para portugal

Quase dois anos depois de ter sido assinado na capital portuguesa pelos 27, o tratado reformador da União Europeia entra hoje em vigor. A ocasião vai ser assinalada com uma cerimónia rápida e simbólica na Torre de Belém. Estarão presentes e discursarão o Presidente e o primeiro- -ministro de Portugal, Cavaco Silva e José Sócrates, os presidentes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu, Durão Barroso e Jerzy Buzek, o presidente em exercício da UE, Fredrik Reinfeldt, o novo presidente permanente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, o primeiro--ministro espanhol, Rodríguez Zapatero, cujo país assume em Janeiro a presidência rotativa da UE. Presente também estará a nova alta-representante para a Política Externa e de Segurança Comum, Catherine Ashton, que não está previsto  discursar. O DN apresenta aqui dez mudanças que este tratado vai trazer para Portugal.

O direito de petição

A partir de agora, os cidadãos dos vários Estados membros podem juntar-se para obrigar a Comissão Europeia a propor legislação sobre uma matéria que consideram importante. O tratado fala apenas em nacionais de um número significativo de Estados membros. O mínimo de pessoas para pôr em andamento uma petição deste género é de um milhão. Nada difícil de conseguir, na era dos fóruns sociais na Internet, como o Facebook ou o Hi5. A medida visa combater o défice democrático na UE.

A perda de peso nas votações do Conselho

A partir de 2014 passa a haver uma nova ponderação de votos assente numa dupla maioria de 55% de países que somem 65% da população da UE. Em consequência disso, Portugal terá menos peso nas decisões. No actual esquema, previsto no Tratado de Nice, Portugal pesa 3,4% em cada votação, tem 12 votos e são necessários 88 para bloquear uma decisão. No futuro, para travar uma decisão, necessitará de coligações maiores. Com dez milhões de habitantes, Portugal pesa apenas 2% nas votações do sistema proporcional. A votação por maioria qualificada passa a ser a regra, estendendo-se a 40 áreas, como justiça e assuntos internos. A unanimidade mantém-se, porém, em matérias fiscais, por exemplo. Alemanha, França e Reino Unido terão maior facilidade em formar alianças.

A manutenção do comissário português

Após negociadas as garantias para a Irlanda, a UE permitirá que cada país mantenha o seu comissário europeu. Nice e Lisboa, antes do compromisso com a Irlanda, obrigava à redução e a um sistema rotativo, por uma questão de eficácia, uma vez que a UE tende a aumentar e não há pastas para atribuir a todos os Estados membros. O português Durão Barroso foi reeleito presidente da Comissão até 2014. Depois disso, Portugal voltará a ter direito a um comissário. E tudo graças à pressão dos eleitores irlandeses, que só aprovaram o Tratado ao segundo referendo.

Maior fiscalização  por parte da Assembleia

Os parlamentos nacionais terão mais poderes para fiscalizar o princípio de subsidariedade, ou seja, garantir que a UE só intervém em certas áreas quando os países não conseguem resolver as questões. Assim, os deputados da Assembleia da República continuarão a avaliar as propostas de legislação comunitária, vendo o prazo para o fazerem alargado de seis para oito semanas. Além disso, quando um terço dos parlamentos dos 27 países da UE acharem que é preciso rever uma proposta legislativa, podem reenviá-la à Comissão Europeia.

A perda de liderança nas presidências da UE

Portugal, quando voltar a exercer a presidência rotativa da UE, dentro de 15 anos, já não vai ter o primeiro-ministro a liderar o Conselho Europeu e o chefe da diplomacia a chefiar o Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros. Isto porque o Tratado de Lisboa cria dois novos cargos, o de presidente permanente do Conselho, com mandato de dois anos e meio, renovável uma vez, e o de Alto representante para a Política Externa e de Segurança, que é ao mesmo tempo vice-presidente da Comissão. Os nomes escolhidos para ocupar os cargos pela primeira vez foram o belga Herman van Rompuy e a britânica Catherine Ashton. Esta opção foi tomada para criar uma representação estável da UE a nível externo. A nível das outras formações do Conselho de Ministros continua a haver presidências rotativas de seis meses.

A hipótese de sair  da União Europeia

Os Estados membros vão ter, pela primeira vez, a possibilidade de entrar e sair na União Europeia consagrada num tratado. É uma cláusula que foi herdada do defunto Tratado Constitucional Europeu e era considerada como uma das suas maiores inovações. Assim, quando alguém em Portugal fizer como o ex-ministro da Agricultura Jaime Silva, que perguntou aos agricultores se queriam sair da UE, no meio de uma discussão, os cidadãos já podem responder que 'Sim'. Muitos críticos do Reino Unido já chegaram a sugerir que este país eurocéptico poderia ser o primeiro a fazer uso desta nova medida.

O respeito pelos direitos fundamentais

A Carta dos Direitos Fundamentais, assinada em 2000, passa a ter carácter vinculativo, obrigando, por isso, a UE a respeitar os direitos fundamentais dos seus cidadãos na legislação comunitária. Apesar de não estar fisicamente dentro do tratado, foi proclamada em Estrasburgo, em 2007, e consta numa declaração anexa. Reino Unido e Polónia obtiveram derrogações neste capítulo, um por não querer que direitos como o da greve sejam impostos a partir de fora, outro por não quer flexibilizar o direito ao aborto e dar mais direitos dos homossexuais. No mês passado, numa manobra de última hora, a República Checa conseguiu também a garantia de que não será obrigada pelo Tribunal Europeu das Comunidades, no Luxemburgo, a devolver terras confiscadas aos alemães sudetas na II Guerra Mundial. Este tribunal vai também ver se as leis nacionais na área da justiça e assuntos internos estão em conformidade com o direito comunitário. Também aqui há derrogações, para o Reino Unido e para a Irlanda.

Integrar uma Zona Euro com mais peso

O euro, moeda única, é um bom exemplo de como a UE a duas velocidades pode funcionar. Portugal integra desde o início o pelotão da frente nesta matéria e é um dos 16 países que actualmente pertencem à zona euro. O Eurogrupo, grupo de ministros das Finanças desses 16 Estados, vai ser formalizado pela primeira vez e ter um presidente com um mandato de dois anos e meio, renovável uma vez. Jean-Claude Juncker, primeiro-ministro e ministro das Finanças do Luxemburgo, que já é o presidente do Eurogrupo, deve ser hoje escolhido para este mandato permanente que cria o tratado. A reunião surge depois de ontem, em Bruxelas, os ministros das Finanças dos 27 terem dado até 2013 para que Portugal equilibre o défice. As actuais regras europeias admitem um máximo de 3% e o país ultrapassa actualmente esse valor.

Menos eurodeputados mas com mais poder

O Parlamento Europeu vê o seu número de deputados limitado a um número máximo de 750, mais o presidente. Portugal passa a ter 22 deputados na legislatura de 2009--2014, quando tinha 24 na anterior. Estes terão, porém, mais poder, uma vez que o Tratado de Lisboa alarga as áreas de co-decisão. Assim, os eurodeputados serão parceiros do Conselho e da Comissão na aprovação de leis, em áreas como o direito de asilo, espaço Schengen ou cooperação judiciária. E controlarão em cerca de 95% a legislação comunitária.

Ajudar e ser ajudado em caso de catástrofe

O Tratado de Lisboa cria uma cláusula de solidariedade entre os Estados membros da União Europeia, para que haja uma reacção rápida perante determinadas situações, como catástrofes naturais ou ataques terroristas. A regra é que, perante cenários e ameaças deste tipo, os 27 ajam e respondam em conjunto.

in: http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior ... cao=Europa (http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1435337&seccao=Europa)
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Luso em Dezembro 01, 2009, 09:21:11 pm
http://combustoes.blogspot.com/ (http://combustoes.blogspot.com/)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F1.bp.blogspot.com%2F_NtlrdquX4w8%2FSxU4WeBAxLI%2FAAAAAAAAFTI%2FgH47QWCpCx0%2Fs400%2F1812.gif&hash=9bbecc56a2013a636965e062c5e23c94)
Europa, 1812. A Europa sob o jugo da Águia de Napoleão. Portugal de fora.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F4.bp.blogspot.com%2F_NtlrdquX4w8%2FSxU4ReCz-FI%2FAAAAAAAAFTA%2Fg6nQqRki-ko%2Fs400%2F654px-Second_world_war_europe_1941-1942_map_en%255B1%255D.png&hash=c5c9f8cf2f184c7e2171095250adc744)
Europa, 1942. Dos Pirinéus ao Volga, a águia alemã domina o continente. Portugal de fora.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F4.bp.blogspot.com%2F_NtlrdquX4w8%2FSxU5AgLa1gI%2FAAAAAAAAFTQ%2FIrH9xIoPf5g%2Fs400%2F1222412660503_EU_t%255B1%255D.gif&hash=9fc5eb184d17a6272817aa82f1ede2ed)
Ou seja, Napoleão + Hitler = Europa 2009

http://nsl-archiv.com/Tontraeger/Reden/Bis-1945/1942-12-24%20-%20Deutscher%20Rundfunk%20-%20Weihnachtsringsendung%20von%20allen%20Fronten%20-%20Stille%20Nacht%20(3m%2029s).mp3
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Magalhaes em Dezembro 02, 2009, 12:34:46 am
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Tratado de Lisboa: Agora há “condições para enfrentar os desafios do nosso tempo”

Uma Europa “mais acessível e compreensível para os cidadãos”, como pediu o sueco Frederik Reinfeldt, com “renovadas condições para enfrentar os desafios do nosso tempo”, como a vê Cavaco Silva, e capaz de “falar com uma voz clara” para o exterior, na expressão do polaco Jerzy Buzek. Foram esses os votos expressos pelos líderes europeus na cerimónia que assinalou a entrada em vigor do Tratado de Lisboa.

Com pequenas matizes, as frases do presidente rotativo da União Europeia (UE), do chefe de Estado português e do presidente do Parlamento Europeu, ex-dirigente do sindicato Solidariedade, expressam o sentido geral das intervenções numa cerimónia iniciada com o "Hino à Alegria" e encerrada com temas do álbum "Mãe", de Rodrigo Leão, acompanhado pela Orquestra Metropolitana de Lisboa. Por fim, já fora da tenda em que decorreu a cerimónia, com a Torre de Belém em pano de fundo, o fogo-de- artifício encerrou o virar de página do “impasse institucional” que se prolongou por uma década, como recordou Cavaco Silva. Escrevia-se História num lugar histórico.

Maior área de paz
“É tempo de fechar este capítulo institucional”, proclamou o belga Herman Van Rompuy, presidente indigitado do Conselho Europeu, ainda razoavelmente desconhecido para maioria dos europeus. “Quem é o gajo de óculos”, perguntou uma jornalista de televisão ainda antes da cerimónia, quando nos ecrãs colocados no interior da tenda surgiu entre os chefes de Governo português e espanhol, José Sócrates e Rodriguez Zapatero.

O homem de óculos referiu-se à Europa como “a maior área de paz e prosperidade do mundo” e é – como explicou Reinfeldt, que falou de um dia “histórico” não só para a UE mas “para o resto do mundo – um dos “três que vão liderar a Europa em direcção ao futuro”, a par do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e da Alta representante para a Política Externa e de Segurança, a britânica Catherine Ashton. “Podemos agora mostrar ao mundo que estamos preparados para novos desafios”, disse ainda o líder sueco.

Rodriguez Zapatero, que em Janeiro substitui Reinfeld na presidência rotativa, entende que com o novo tratado “a UE recupera a ambição” e que os “cidadãos de toda a Europa esperam com expectativa” os próximos passos. A nova “tarefa começa amanhã”, disse. E a tarefa, lembrou Rompuy, é levar mais longe o que “construímos juntos e é qualquer coisa de original e único no mundo – a maior área de paz e prosperidade”.

Jerzy Buzek crê estar-se “no início de uma nova era da integração europeia”. Mas não é o único. Perante centenas de convidados, em que se incluía a Presidente do Chile, Michelle Bachellet, em visita de Estado a Portugal, o primeiro-ministro português, José Sócrates, falou num “novo começo”, que deverá permitir à UE centrar-se “naquilo que faz a diferença: os direitos e os deveres dos cidadãos, o conteúdo das políticas, as relações entre os países do mundo inteiro”

Barroso destoa
A nota menos cerimonial das intervenções foi dada por Durão Barroso, sorridente à chegada. O presidente da Comissão - que, tal como Buzek, se referiu à entrada em vigor do tratado como a conclusão de um ciclo de 20 anos iniciado com a democratização do Leste e a queda do Muro de Berlim – defendeu a “necessidade uma verdadeira complementaridade” entre o órgão que lidera e o Parlamento Europeu e reclamou “independência” e “direito de iniciativa” para a Comissão.

“Os tratados são importantes, mas só por si não chegam, nada substitui a liderança, a determinação”, disse ainda. “Está nas mãos dos líderes europeus fazer do Tratado, que leva o nome da cidade de Lisboa, um instrumento de esperança para o futuro da Europa”, afirmara Cavaco.

Com a Torre de Belém em fundo, foram vários os intervenientes que aludiram à simbologia do local e às navegações portuguesas. O anfitrião António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, que manifestou orgulho por ver o nome de Lisboa “emparceirar com Roma, Amesterdão, Maastrich e Nice”, cidades determinantes no processo de construção da UE, dera o mote logo no início, ao citar Fernando Pessoa para dizer que “do Tejo se vai para o mundo” e ao falar do dia de ontem como o início de “uma nova grande viagem, que tem Lisboa, uma vez mais, como ponto de partida”.


http://www.publico.pt/Mundo/agora-ha-condicoes-para-enfrentar-os-desafios-do-nosso-tempo_1412198

Um grande dia para todos os europeus, e mais uma razão para os portugueses celebrarem!
Título: Re: Tratado de Lisboa
Enviado por: Vicente de Lisboa em Dezembro 02, 2009, 01:22:11 pm
Agora, venham a Croácia e Islândia!

Aguardo também noticias sobre a implantação do EEAS, que me parece ser a primeira grande prioridade da Baronesa.