Actividade Operacional/Exercícios

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Lightning

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Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #600 em: Maio 19, 2018, 02:09:29 pm »
Eu percebo a ideia do Epsilon armado, mas a mim não me satisfaz, tem vantagem sobre o F-16 em custo da hora de voo e poder acompanhar meios lentos mais facilmente, mas também tem desvantagens, que são ter de gastar dinheiro a adquirir esses meios, dispersar recursos humanos que já não são muitos e numa operação real a única verdadeira vantagem sobre o F-16 é conseguir acompanhar sempre o suspeito por mais lento que ele vá, pois tal como o F-16, não o pode abater, e se ele aterrar num zona isolada tem na mesma que Informar as autoridades policiais, que se demorarem, dá tempo ao criminoso de escapar.

Não sei valores, mas para mim, a melhor solução para complementar os F-16 é os EH101, tem capacidade de operações noturnas, autonomia de combustível e capacidade de transporte de uma equipa especial policial a bordo, onde quer que aterrassem, as autoridades a bordo podiam imediatamente proceder à detenção do criminoso, sem ter que esperar por qualquer patrulha, tem é que haver coordenação entre FAP e a entidade policial.

Os F-16 devem sempre ser os primeiros a avançar, pois além de descolarem em menos de 15 min, também demoram na casa dos minutos a chegar a qualquer ponto do país, o EH101 de alerta demora cerca de 30 min a descolar.
Sempre que o meio aéreo suspeito não cumprisse as indicações dos F-16, o EH101 e equipa policial seriam imediatamente activados e enviados para o local, os F-16 acompanhariam o alvo pelo menos até à chegada do EH101.

Penso que a equipa policial deveria ser o GIOE, porque essas aeronaves criminosas tendem a aterrar em pistas ilegais em áreas remotas que normalmente ficam na jurisdição da GNR.
« Última modificação: Maio 19, 2018, 02:29:36 pm por Lightning »
 
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Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #601 em: Maio 19, 2018, 07:26:05 pm »
Concordo! A única desvantagem que vejo nessa solução é de ordem logística, única e exclusivamente, devida à baixa disponibilidade da frota EH101. Imagina que descolas um helicóptero para uma dessas ocorrências e entretanto há uma missão SAR que não pode ser realizada por indisponibilidade da frota? Idealmente, acho que devia ser ume heli mais pequeno e ágil a realizar tais funções. Talvez se viermos a adquirir mais de 5 helis ligeiros tal solução seja possível.
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Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #602 em: Maio 19, 2018, 08:20:32 pm »
Normalmente na BA6 há sempre dois EH101 preparados, um de alerta e outro de reserva (caso o primeiro avarie a tripulação muda logo de aparelho ou caso um aparelho não seja suficiente como foi em Tondela).

Um heli ligeiro também é uma boa opção que me passou pela cabeça, mas o Alouette quase que não é opção, não tem capacidade de operações nocturnas (talvez o Koala já possa), não sei se tem a autonomia necessária, de certeza que a hora de voo é mais barato que o EH101, transporta menos elementos, o Alouette uns 4, o Koala já leva 6, talvez seja suficiente, com o Koala talvez já seja uma opção a ter em conta.

Outra razão para referir os EH101 é a proximidade geográfica, enquanto a esquadra 751 está na BA6 Montijo, a esquadra 552 está na BA11 Beja, e as unidades especiais quer da PSP quer da GNR estão na área de Lisboa, sem ser necessário transferir unidades ou criar equipas destacadas, é possivel em poucos minutos que equipas em alta prontidão quer do GOE ou do GIOE estejam na BA6 ou o oposto, que um EH101 aterre nessas unidades para embarcar uma equipa dessas forças, mas se for para usarmos os Alouettes ai já precisamos de alterar coisas, ou destacar um heli ligeiro para a área de Lisboa (e ai temos que ter em conta se a autonomia a operar a partir de Lisboa é suficiente), ou destacar uma equipa da Força Especial Policial em permanência para Beja, que mexe sempre com a gestão de recursos humanos.

Também se fala que com a substituição dos Alouettes pelos Koalas, a esquadra deve ser transferida de Beja para a BA1 em Sintra, se isso acontecer daria mais força à utilização desses aparelhos em detrimento dos EH101.
« Última modificação: Maio 19, 2018, 08:28:43 pm por Lightning »
 
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Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #603 em: Maio 19, 2018, 09:04:47 pm »
Eu percebo a ideia do Epsilon armado, mas a mim não me satisfaz, tem vantagem sobre o F-16 em custo da hora de voo e poder acompanhar meios lentos mais facilmente, mas também tem desvantagens, que são ter de gastar dinheiro a adquirir esses meios, dispersar recursos humanos que já não são muitos e numa operação real a única verdadeira vantagem sobre o F-16 é conseguir acompanhar sempre o suspeito por mais lento que ele vá, pois tal como o F-16, não o pode abater, e se ele aterrar num zona isolada tem na mesma que Informar as autoridades policiais, que se demorarem, dá tempo ao criminoso de escapar.

Não sei valores, mas para mim, a melhor solução para complementar os F-16 é os EH101, tem capacidade de operações noturnas, autonomia de combustível e capacidade de transporte de uma equipa especial policial a bordo, onde quer que aterrassem, as autoridades a bordo podiam imediatamente proceder à detenção do criminoso, sem ter que esperar por qualquer patrulha, tem é que haver coordenação entre FAP e a entidade policial.

Os F-16 devem sempre ser os primeiros a avançar, pois além de descolarem em menos de 15 min, também demoram na casa dos minutos a chegar a qualquer ponto do país, o EH101 de alerta demora cerca de 30 min a descolar.
Sempre que o meio aéreo suspeito não cumprisse as indicações dos F-16, o EH101 e equipa policial seriam imediatamente activados e enviados para o local, os F-16 acompanhariam o alvo pelo menos até à chegada do EH101.

Penso que a equipa policial deveria ser o GIOE, porque essas aeronaves criminosas tendem a aterrar em pistas ilegais em áreas remotas que normalmente ficam na jurisdição da GNR.
A lógica dos Epsilon armados eram terem vindo preparados para essa função (pelo menos parte deles, como aconteceu com outros paises), não agora que o avião está em segundas núpcias com 28 anos de serviço.  ;)
Citar
Os 25 Anos de Operação do Epsilon TB-30 em Portugal foram assinalados dia 16 de abril com uma cerimónia realizada na Base Aérea n.º1, em Sintra. O objetivo foi prestar homenagem à aeronave da Esquadra 101 – Roncos -, mas também a todos os pilotos, pessoal de apoio e mecânicos que, ao longo destes anos, têm trabalhado diretamente com o avião de instrução.

http://www.emfa.pt/www/noticia-556-25-anos-de-operacao-do-epsilon-tb-30-em-portugal

Portanto, futuramente e se existir o tal milagre de Fátima que permita voltamos a ter  "asas nos caracóis", talvez se deva pensar nisto a sério, até porque um aparelho que tem uma velocidade máxima acima dos 500km e um alcance à volta de 1200km, não me parece que seja um problema para um país das dimensões de Portugal Continental, além de ser um aparelho que aterra em qualquer lado e opera de pistas curtas. Outra coisa é regiões autónomas e ZEE nacional, penso eu de que.
Citar
http://www.emfa.pt/www/aeronave-9-aerospatiale-epsilon-tb-30

Tem a sua lógica helicópteros, são usados nessa função em determinados países, assim como aviões de treino armados (Brasil e Irlanda são apenas 2 de vários exemplos), mas cá temos o Merlin com os problemas que são conhecidos e desarmado, além de que o Koala não se sabe que versão virá. Se por outro milagre, vier a AW119- Kx, armado e com FLIR, é uma boa opção até pelo facto de poder levar uma equipe no seu interior. Tem uma velocidade mais baixa que um mono-motor a hélice, mas pode ficar no ar com depósitos completos, 5,20h com um alcance na ordem dos  1000km. Agora tenho sérias dúvidas que venha tão bem equipado e completo.

Citar
http://www.leonardocompany.com/en/-/aw119kx

F16's e Merlim, parece-me excessivo para fazer a intercepção de aviões ligeiros e helicópteros sem plano de voo, e não tem a ver com apenas custos até porque alguns acabam por fugir, cá e em outras latitudes.  Mas é meramente um opinião, vale o que vale (é verdade que tudo tem pontos positivos e negativos, sendo claramente um dos positivos os F16 voarem, os pilotos ganharem horas de voo e experiência operacional. Mas existiram tempos em que para manterem horas voavam nos 337)  ;)
Citar
O tenente-coronel Rui Roque indicou à Lusa que os aviões portugueses chegaram a ter contacto por radar e visual com a aeronave, mas foi subitamente perdido a dez quilómetros da fronteira, na zona do Sabugal, distrito da Guarda. "Os dois F-16 fizeram várias passagens pelo local onde a aeronave deixou de ser avistada, não voltando a localizá-la, e depreenderam que terá aterrado no campo", indicou o porta-voz da FAP. A Força Aérea decidiu então dar por terminada a missão de defesa do espaço aéreo e notificar a GNR para tentar averiguar a situação no terreno, "porque havia suspeita de transporte de estupefacientes". O tenente-coronel Rui Roque indicou que "tudo se passou entre as 04h50 e as 07h22" de domingo, acrescentando que não foi possível confirmar se se tratava de um avião que transportava drogas.

http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/gnr-tenta-encontrar-aviao-que-escapou-aos-f-16

Cumprimentos


« Última modificação: Maio 19, 2018, 09:10:25 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #604 em: Maio 19, 2018, 11:36:55 pm »
Só mesmo para rir..........eu até gostaria de ver um épsilon a interceptar uma aeronave que voasse a 150 Kts invadisse o  EA Nacional á vertical de Bragança, e continuasse no limite norte da FIR de Lisboa ou que entrasse á vertical de Elvas, em direcção ás Canarias em ambas as situações gostava de ver em que zona se faria intersecção, quanto tempo demoraria essa intersecção e, quanto tempo as aeronaves invasoras estavam sobre território Nacional impunes, sem serem escoltadas !

https://en.wikipedia.org/wiki/Socata_TB_30_Epsilon

Não brinquemos com situações de invasão do espaço aéreo Nacional, as interdições tem/devem ser efectuadas pelas aeronaves destinadas a tal tarefa, deixem-se de invenções, na Aviação já foi tudo inventado meus senhores !!!


Abraços
« Última modificação: Maio 20, 2018, 12:06:42 am por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #605 em: Maio 20, 2018, 12:51:47 am »
Eu também acho que um Epsilon nunca pode substituir um caça supersónico, os F-16 têm sempre que ser o principal meio de intercepção aereo a nível nacional.

Mas como complemento já podem existir outros meios, na cimeira da NATO e no Euro 2004 tivemos Alouettes com atirador à porta, na região de Lisboa.
 

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Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #606 em: Maio 20, 2018, 07:32:38 am »
Eu também acho que um Epsilon nunca pode substituir um caça supersónico, os F-16 têm sempre que ser o principal meio de intercepção aereo a nível nacional.

Mas como complemento já podem existir outros meios, na cimeira da NATO e no Euro 2004 tivemos Alouettes com atirador à porta, na região de Lisboa.

Lightning, estamos a falar de situações completamente diferentes.
Interdição aerea e apoio aereo próximo ás forças terrestres em zona urbana, são acções completamente diferentes, não se confundem e os meios empregues são distintos porque as missões assim o exigem !

Abraços
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Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #607 em: Maio 20, 2018, 10:19:32 am »
Só mesmo para rir..........eu até gostaria de ver um épsilon a interceptar uma aeronave que voasse a 150 Kts invadisse o  EA Nacional á vertical de Bragança, e continuasse no limite norte da FIR de Lisboa ou que entrasse á vertical de Elvas, em direcção ás Canarias em ambas as situações gostava de ver em que zona se faria intersecção, quanto tempo demoraria essa intersecção e, quanto tempo as aeronaves invasoras estavam sobre território Nacional impunes, sem serem escoltadas !

https://en.wikipedia.org/wiki/Socata_TB_30_Epsilon

Não brinquemos com situações de invasão do espaço aéreo Nacional, as interdições tem/devem ser efectuadas pelas aeronaves destinadas a tal tarefa, deixem-se de invenções, na Aviação já foi tudo inventado meus senhores !!!


Abraços
Tenente, estamos a falar de aeronaves de velocidade reduzida e a voar baixo, como aviões ligeiros e helicópteros,  que em outros países e apesar destes terem jactos de alto desempenho, usam aparelhos a hélice. Mas podes sempre perguntar aos Brasileiros como o fazem e porque o fazem, apesar de ter os F5M. Certamente terão todo o prazer em explicar.  ;)

http://www.aeroflap.com.br/forca-aerea-brasileira-usa-super-tucano-para-interceptar-aviao-com-500-kg-de-cocaina/


Já agora, na América central ainda se usam os A37 para fazer intercepção aérea, inclusive os Austríacos para interceptarem os Mig21 que violavam o seu espaço aéreo, nos tempos da Guerra Civil jugoslava usavam também os  Sab 105, apesar de ter os Draken. Certamente terão o máximo prazer de explicar, o porque e qual a razão de inventarem e continuarem com as invenções.   ;)

Citar
There was another incident in October 1991, when two Saab 105s intercepted a JRV MiG-21 flown by a deserting Croatian pilot and accompanied him to the airport of Klagenfurt, where he landed.



Se por cá em Sar existe os Merlin e os Alouette III, com um destes últimos baseado em Ovar, pela tua lógica só se usava o EH101, muito mais avançado e que voa à noite. Mesmo o KOAL irá no futuro fazer SAR ou MEDIVAC, mediante obviamente as condições. ;)



Saudações
« Última modificação: Maio 20, 2018, 10:27:20 am por mafets »
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Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #608 em: Maio 20, 2018, 12:27:39 pm »
F-16 sempre, até porque são os nossos interceptores; têm capacidade, velocidade, armamento e alcance para essa função. Não são conhecidas muitas intercepções falhadas de pequenas aeronaves de asa fixa e rotativa desde que o F-16 começou a operar em pleno em 1995. Conhecem-se, isso sim, vários casos em que as aeronaves clandestinas/ilegais aterraram em aérodromos improvisados e/ou remotos, e os pilotos dos caças, impotentes, nada mais podiam fazer senão observar a fuga visto muitas vezes as autoridades raramente chegarem a tempo ao local.

Merlin e Koala, para intercepção de pequenas aeronaves mais lentas, apenas se estiverem armados; terem a bordo atiradores especiais do NOTP podia ser uma solução (creio que foi isso ou semelhante durante o Euro 2004 com os Puma), e o "Lobo Mau" há muito que hibernou. Epsilon também acho que não, apesar de poder ser armado mas tal nunca ter sido cogitado para a FAP. Daí que o Super Tucano seria uma excelente opção para cumprir as missões de treino avançado e intercepção de pequenos aparelhos.

Citar

FN HMP400 (Heavy Machine Gun Pod), including a .50 cal FN M3P and a 400-round ammunition box, and FN RMP (Rocket Machine Gun Pod), including a .50 cal FN M3P, a 250-round ammunition box and 3 2.75in rockets. Shown here on AW101 (AgustaWestland). © FN Herstal.

https://www.airforce-technology.com/contractors/weapons/fn_herstal/attachment/fn_herstal6/

Curiosamente, que tenha conhecimento, nunca sequer pensámos em utilizar o Alpha-Jet dessa forma. A Luftwaffe, no caso de rebentar uma guerra convencional entre a NATO e o Pacto de Varsóvia, planeava usar os A-Jet alemães não só para apoio aéreo rápido e próximo da FLOT (Forward Line of Own Troops), como também caçador de helicópteros para isso utilizando o canhão e possivelmente pods sob as asas, de tal forma que o trem de aterragem do nariz estava desviado para a direita de modo a que o Alpha-Jet pudesse abrir fogo a baixa velocidade com ou sem o trem de aterragem descido.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #609 em: Maio 20, 2018, 01:48:33 pm »
F-16 sempre, até porque são os nossos interceptores; têm capacidade, velocidade, armamento e alcance para essa função. Não são conhecidas muitas intercepções falhadas de pequenas aeronaves de asa fixa e rotativa desde que o F-16 começou a operar em pleno em 1995. Conhecem-se, isso sim, vários casos em que as aeronaves clandestinas/ilegais aterraram em aérodromos improvisados e/ou remotos, e os pilotos dos caças, impotentes, nada mais podiam fazer senão observar a fuga visto muitas vezes as autoridades raramente chegarem a tempo ao local.

Não são muitas mas são algumas.  ;)



Citação de: Charlie Jaguar
Merlin e Koala, para intercepção de pequenas aeronaves mais lentas, apenas se estiverem armados; terem a bordo atiradores especiais do NOTP podia ser uma solução (creio que foi isso ou semelhante durante o Euro 2004 com os Puma), e o "Lobo Mau" há muito que hibernou. Epsilon também acho que não, apesar de poder ser armado mas tal nunca ter sido cogitado para a FAP. Daí que o Super Tucano seria uma excelente opção para cumprir as missões de treino avançado e intercepção de pequenos aparelhos.

Citar

FN HMP400 (Heavy Machine Gun Pod), including a .50 cal FN M3P and a 400-round ammunition box, and FN RMP (Rocket Machine Gun Pod), including a .50 cal FN M3P, a 250-round ammunition box and 3 2.75in rockets. Shown here on AW101 (AgustaWestland). © FN Herstal.

https://www.airforce-technology.com/contractors/weapons/fn_herstal/attachment/fn_herstal6/
Concordo. Mas lá está, é outra alternativa a uma intercepção de baixa intensidade ou mesmo um simples acompanhamento de uma outra aeronave. Percebe-se que quando interceptamos o A400 da RAF com os F16 foi um treino, mas é o tipo de intercepção que pode perfeitamente ser feito por outra aeronave.



Os Epsilon nunca vieram com capacidade armada, tanto para Portugal como para a maior parte dos usuários, exceptuando o Togo. E se não veio, certamente não seria perto de atingir os 30 anos que faria sentido vir.



Quanto aos Super Tucano, na minha perspectiva fariam sentido. Mas a Fap prefere um jacto e possivelmente se o tiver, o folhetim vai ser igual ao do Alpha Jet. O Ms1 chegou a ser testado com AAM Matra.


Citação de: Charlie Jaguar link
Curiosamente, que tenha conhecimento, nunca sequer pensámos em utilizar o Alpha-Jet dessa forma. A Luftwaffe, no caso de rebentar uma guerra convencional entre a NATO e o Pacto de Varsóvia, planeava usar os A-Jet alemães não só para apoio aéreo rápido e próximo da FLOT (Forward Line of Own Troops), como também caçador de helicópteros para isso utilizando o canhão e possivelmente pods sob as asas, de tal forma que o trem de aterragem do nariz estava desviado para a direita de modo a que o Alpha-Jet pudesse abrir fogo a baixa velocidade com ou sem o trem de aterragem descido.

É outro dos problemas. Nos pensamos pouco mesmo com os meios que temos, umas vezes porque sai fora da doutrina e outras porque não existe dinheiro. Depois quando é preciso desenrascar, até metemos os pilotos de F16 a fazer horas nos 337, como no passado. Actualmente é que não existe muita coisa para voarem, talvez o Epsilon...  ;D ;) 
Citar
Da reestruturação da FAP, ocorrida entre 1977 e 1978 resultou a “despromoção” da BA7 para Aeródromo de Manobra N° 2 (AM2), passando a Esquadra 72 a ser designada por Esquadra 702, tendo como missão primária a ligação e transporte, reconhecimento visual e fotográfico e evacuação sanitária. Como missão secundária tinha a manutenção do treino mínimo de voo aos pilotos em funções fora das esquadras de voo.

https://altimagem.blogspot.pt/2014/09/reims-cessna-ftb-337g-segunda-parte.html



Cumprimentos


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Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #610 em: Maio 20, 2018, 06:31:09 pm »
Percebe-se que quando interceptamos o A400 da RAF com os F16 foi um treino, mas é o tipo de intercepção que pode perfeitamente ser feito por outra aeronave.

Humm será? Tenho que ver as características das aeronaves, mas tenho as minhas dúvidas que um Epsilon ou helicóptero consiga acompanhar um A400M à máxima velocidade e altitude, e mesmo que consiga já estou como o forista Tenente, se esse avião entrar pela fronteira a dentro em que ponto é que ele seria interceptado? Para mim isso é trabalho de caça supersónico, só falei na hipótese de outros meios como helis ou aviões tipo Epsilon para interceptar aparelhos lentos e que voam a baixa altitude.
 

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Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #611 em: Maio 20, 2018, 06:53:29 pm »
Percebe-se que quando interceptamos o A400 da RAF com os F16 foi um treino, mas é o tipo de intercepção que pode perfeitamente ser feito por outra aeronave.

Humm será? Tenho que ver as características das aeronaves, mas tenho as minhas dúvidas que um Epsilon ou helicóptero consiga acompanhar um A400M à máxima velocidade e altitude, e mesmo que consiga já estou como o forista Tenente, se esse avião entrar pela fronteira a dentro em que ponto é que ele seria interceptado? Para mim isso é trabalho de caça supersónico, só falei na hipótese de outros meios como helis ou aviões tipo Epsilon para interceptar aparelhos lentos e que voam a baixa altitude.
Fonix, lá estão vocês a desconversar. Então mas o A400 da RAF foi uma intercepção a sério (até fizeram umas brincadeiras)? Uma coisa é ser um aparelho hostil outra é interceptar um aparelho aliado para manter a forma e fazer o acompanhamento. Com este até podiam ter mandado um Al III que já estava tudo acertado.  ;D

Mas respondendo à tua questão, se fosse a sério, não não podia. Estamos a falar de um aparelho com uma velocidade na ordem dos 700 km e o Epsilon é práticamente 200km menos veloz que o A400. E obviamente existe uma necessidade de adequar o aparelho à missão que vai fazer.  Neste caso usar um F16 é perfeitamente lógico, mas face a um avião de carga ou mesmo de patrulha marítima, era uma missão perfeitamente ao nível de um Alpha Jet (quando os tínhamos, embora como disse o Cj, nunca os usamos nessa função ao contrario dos alemães que até os testaram com Sidewinder).



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Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #612 em: Maio 20, 2018, 07:50:40 pm »
Ok já percebi  ;).

Como foi tudo combinado o A400M ia sempre facilitar ser apanhado  ;D
 

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Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #613 em: Maio 21, 2018, 10:08:18 am »
Ter, para além dos dois caças F-16 em "estado de alerta" na Base de Monte Real, mais uma parelha de outro modelo parece incorrecto da optica custo/ benefício - talvez seja de equacionar, visto parecer ser esse o problema, ter uma forma de conseguir colocar PA / GNR no solo por helicóptero quanto os "não autorizados" o fazem sem as autoridades os conseguirem intercetar... 
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Charlie Jaguar

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Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #614 em: Maio 21, 2018, 12:19:44 pm »
Mas respondendo à tua questão, se fosse a sério, não não podia. Estamos a falar de um aparelho com uma velocidade na ordem dos 700 km e o Epsilon é práticamente 200km menos veloz que o A400. E obviamente existe uma necessidade de adequar o aparelho à missão que vai fazer.  Neste caso usar um F16 é perfeitamente lógico, mas face a um avião de carga ou mesmo de patrulha marítima, era uma missão perfeitamente ao nível de um Alpha Jet (quando os tínhamos, embora como disse o Cj, nunca os usamos nessa função ao contrario dos alemães que até os testaram com Sidewinder).

Se a memória não me falha, creio que foi cogitado passar as responsabilidades da Defesa Aérea para Beja - e para a Esq. 301 - se aquando da Operação Allied Force em 1999 tivesse havido um recrudescimento das hostilidades e a necessidade da FAP enviar mais F-16 para Itália. Contudo, daquilo que me recordo, e apesar da Luftwaffe ter integrado e certificado a utilização plena do AIM-9Li no Alpha-Jet A, nem os alemães, nem nós, alguma vez pensámos seriamente na utilização do binómio A-Jet/Sidewinder a nível operacional. Talvez agora na investigação/subsídios para a história do Alpha-Jet na FAP que está a ser publicado na Mais Alto, o Luís Proença e Mário Diniz possam levantar um pouco o véu acerca disso.  ;)

As intenções alemãs de 1985 de fazer uma substancial modernização ao A-Jet creio que só deram frutos no upgrade dos motores para o 04-C20 e na integração do Mil-1553 databus.
https://www.flightglobal.com/FlightPDFArchive/1985/1985%20-%201240.PDF


O Matra R-550 Magic penso que só podia ser integrado na versão MS2 egípcia (derivada do NGEA)



O Super Tucano possui duas metralhadoras de 12,7mm, executa missões de intercepção na FAB, e se integrou o míssil ar-ar Piranha pode também sem problemas utilizar o Sidewinder.

« Última modificação: Maio 21, 2018, 12:21:43 pm por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)