Empresa inicia no Brasil a produção de veículos militares.

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J.Ricardo

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Empresa inicia no Brasil a produção de veículos militares.
« em: Novembro 16, 2005, 12:29:07 pm »
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O' Gara vai à guerra
Empresa de blindagem inicia no Brasil a produção de veículos militares. O primeiro lote já foi vendido para o Oriente Médio

Rosenildo Gomes Ferreira

A indústria bélica nacional viveu seu período de glória na década de 80, quando chegou a exportar US$ 1,5 bilhão por ano. O ocaso do setor deveu-se, entre outros fatores, ao poderoso lobby dos EUA. A Engesa, por exemplo, teve sua existência abreviada quando seu único produto, o tanque de combate Osório, perdeu a disputa com o M1Abrams (da americana General Dynamics) numa concorrência feita pela Arábia Saudita. Quase 15 anos depois o Brasil está de volta ao mercado mundial de blindados militares. E por um capricho do destino, a retomada se dá pelas mãos de uma corporação americana. Na semana passada, a subsidiária local da Centigon O´Gara embarcou o primeiro lote de blindados leves (de cinco a 13 toneladas) para um cliente do Oriente Médio, cujo nome é mantido em sigilo. Até o final de outubro serão entregues 26 unidades, entre caminhões com canhão de água (para controle de distúrbios civis) e veículos de transporte de tropas para serem usados como centro de comando de operação. Todos eles montados sobre chassis Ford.

A entrada nesse filão aconteceu por acaso. Em maio, a filial foi convidada por um país a apresentar um orçamento para caminhões de uso policial-militar. Apesar da experiência limitada à blindagem de carros de passeio e à produção de vidros balísticos, ela topou o desafio. Para dar conta do pedido montou uma verdadeira operação de guerra, envolvendo 45 de seus 150 funcionários. Alguns deles egressos da Engesa. Durante quatro meses, o contingente se revezou em uma jornada diária de 22 horas, sete dias por semana. O investimento foi de R$ 1 milhão. Valeu a pena. “O primeiro contrato pagou o investimento e ainda vai gerar lucro para a companhia”, diz Alexandre Ret, diretor comercial da Centigon O´Gara do Brasil. A expectativa é que as receitas dessa divisão cresçam 70% em cinco anos. “Já fomos sondados por outros governos do Oriente Médio e países da América Latina”, completa ele.

O executivo descarta, no entanto, a hipótese de deixar de lado o mercado civil. É nesse campo que a empresa fez fama mundial. No Brasil, onde são blindados cerca de 400 carros por mês, ela tem uma fatia, em volume, de 10%. O segmento de defesa, já explorado em outros países, está dentro da divisão móvel (responsável pelo jipe M-1114 Hummer usado pelo exército americano, além de carros-fortes) que responde por 15% do ganho global de US$ 1 bilhão. Ret não teme ser “jogado para escanteio” em uma concorrência na qual tenha de disputar com a matriz. “Fazemos equipamentos complementares”, adianta.


Veículos de
Controle de Tumultos produzidos para país do Oriente Médio.


Veículo Blindado adaptado para Centro de Comando.
Unidade montada em chassi Ford Cargo
 

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Normando

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« Responder #1 em: Novembro 18, 2005, 03:32:05 am »
Um tanque chamado Osório?  :wink:

Só tou a reinar  :bye:
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Cabeça de Martelo

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« Responder #2 em: Novembro 18, 2005, 11:15:58 am »
Continuem o bom trabalho!  :D
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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pedro

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« Responder #3 em: Novembro 18, 2005, 11:19:40 am »
tem razao continuem o bom trabalho. :lol:
 

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PereiraMarques

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« Responder #4 em: Novembro 18, 2005, 12:42:27 pm »
Citação de: "Normando"
Um tanque chamado Osório?  :rir:

Osório é o apelido de um Marechal de Cavalaria do Exército Brasileiro. As séries americanas de Carros de Combate M-47/M-48/M-60 também são  conhecidas como Patton, em homenagem ao General Patton, assim como a actual série M-1 é em homenagem ao General Abrams. Se Portugal tivesse um projecto de Carro de Combate é normal que se chama-se Mouzinho de Albuquerque (patrono da arma de Cavalaria em Portugal), ou porque é que acha que a nossa VBTP se chama Chaimite, que foi a principal batalha comandada por Mouzinho de Albuquerque.

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Manoel Luis Osorio nasceu na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, atual Município de Osorio (RS), no dia 10 de maio de 1808. Já em 1823, ainda adolescente, incorporou-se ao Exército do Império Brasileiro. Como praça de pré, defrontou-se com tropas lusitanas na Província do Rio Grande do Sul no contexto dos combates pela Independência, ocorrendo aí seu batismo de fogo. Ascendeu a todos os graus da hierarquia castrense, tendo sido promovido, no ano de 1877, ao posto de Marechal-de-Exército.

Osorio viveu um período conturbado da História do Brasil. Tomou parte nas lutas da Independência, na Campanha Cisplatina, na Revolução Farroupilha, na Batalha de Monte Caseros e na Guerra da Tríplice Aliança. Sua bravura o fez indômito. Em Monte Caseros, durante a Guerra contra Oribe e Rosas, ainda Tenente-Coronel, conduziu o 2º Regimento de Cavalaria ao rompimento do dispositivo defensivo do inimigo, ao aproveitamento do êxito e à perseguição. A atuação do legendário Osorio e de seus cavalarianos foi fundamental para a vitória brasileira.

De alma nobre e generosa e de hábitos modestos, Osorio foi talhado para a liderança. Nos pronunciamentos e nas conversas, que entabulava sem formalidades com qualquer de seus comandados, conseguia neutralizar dificuldades e temores para açular a tropa na direção do combate e da vitória. Sua presença marcante galvanizava os seus homens e aumentava o poder de combate brasileiro na mesma medida em que infligia aos inimigos dúvida, inquietação e medo.

Na Campanha da Tríplice Aliança, a espada invicta de Osorio prevaleceu em numerosos combates. Mas foi em Tuiuti, a maior batalha campal já travada na América do Sul, que seu nome foi definitivamente inscrito na História do Brasil. Após a vitória, o grande Chefe militar afirmou, em sua ordem do dia, que “a glória é a mais preciosa recompensa dos bravos”. Mais tarde, na batalha de Avaí, durante outra heróica atuação, Osorio foi ferido no rosto por um projetil paraguaio. No entanto, apesar da gravidade do ferimento, o grande general ainda participou, por vários meses, das operações no teatro platino.

Após a Tríplice Aliança, Osorio exerceu a função de senador do Império e, mais tarde, a de Ministro da Guerra. Nesse último posto, nem a precariedade de seu estado de saúde o impediu de realizar profícua gestão, mercê de sua vasta experiência e da extrema dedicação com que sempre se lançou ao serviço da Pátria.

O Marechal Osorio – Marquês do Herval – faleceu no dia 04 de outubro de 1879, na cidade do Rio de Janeiro, mas é em sua terra natal, nos pampas gaúchos, que repousam seus restos mortais. O Parque Histórico Marechal Manoel Luis Osorio, na estrada que liga Osorio a Tramandaí, guarda os despojos do heróico Patrono da Arma de Cavalaria.


Fonte: http://www.exercito.gov.br/NE/2005/05/10217/capa217.htm

Cumprimentos
B. Pereira Marques
 

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« Responder #5 em: Novembro 19, 2005, 04:43:47 am »
Eu sei caro PereiraMarques, só que apeteceu-me pegar no pé do JRicardo e como conheço um tipo chamado Osório que é um cromo de primeira...

Seja como for, obrigado pelos esclarecimentos adicionais.  :wink:
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J.Ricardo

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« Responder #6 em: Novembro 27, 2005, 01:06:49 am »
:lol:
Não esquente a cabeça com isso, na primeira vez que vi uma reportagem s/ o Osório (há uns 10 anos atrás), também me perguntei se havia nome melhor para batizalo.