Tratado de Lisboa

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legionario

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« Responder #90 em: Junho 17, 2008, 10:32:18 am »
Citação de: "P44"
Mas a UE devia fazer como os EUA, aplicar medidas restritivas e não abrir as portas a tudo e todos.


Olhe a sua reputaçao, amigo P44 !   :):)
 

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P44

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« Responder #91 em: Junho 17, 2008, 11:16:28 am »
qual reputação? :mrgreen: a má ou a péssima?
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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P44

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« Responder #92 em: Junho 17, 2008, 11:19:18 am »
editorial do DN de 16.06.2008

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O não da Irlanda ao Tratado de Lisboa colocou a Europa numa situação estranha. É difícil de acreditar que os 27 líderes experimentados dos países europeus não tivessem, de facto, um plano B. Admitia-se que o anunciassem numa espécie de chantagem consentida aos eleitores irlandeses, antes da votação - como fez Durão Barroso. Mas não tinham.

Este "não" traz-nos mais dúvidas do que certezas. E se houvesse mais referendos? Quantos países votariam contra o Tratado? Não seria demasiada a arrogância dos líderes pensar que todos os cidadãos da Europa iam aceitar o Tratado sem mais, sobretudo nesta época de crise económica?

E é grave também o que esta situação nos diz sobre a distância que a instituição União Europeia tomou das pessoas. A instituição e os seus líderes. Dá ideia de que pensam e agem como num clube privado. E foi essa a sensação que transmitiram na reacção ao desaire irlandês.

Este "não" significa de outra forma a distância dos povos em relação a Bruxelas. A Irlanda foi das melhores alunas europeias, das que mais beneficiou de subsídios e ajudas sem fim. O recente sentimento isolacionista é, de certa forma, um desagradecimento significativo do desfastio com que os seus cidadãos olham para o projecto europeu.

Este pode ser o choque necessário para dar a volta à situação. Para fazer acordar os líderes e aproximar a UE dos povos. Uma boa forma de começar era acabando com a eurocracia. Porque não traduzir o Tratado para a linguagem que se fala nas ruas europeias?
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lurker

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« Responder #93 em: Junho 17, 2008, 03:45:47 pm »
Citação de: "P44"
Mas a UE devia fazer como os EUA, aplicar medidas restritivas e não abrir as portas a tudo e todos.


E faz...
 

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lurker

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« Responder #94 em: Junho 17, 2008, 03:57:05 pm »
Mais um comentário ao Tratado de Lisboa e aos referendos:

Depois de a Constituição Europeia ter sido chumbada, foi ressuscitada sob a forma do Tratado de Lisboa. Agora que esse foi chumbado pela Irlanda, já se fala em como o salvar.
Como dizia o P44 há uns posts atrás, é como se os politicos quisessem aprovar isto à força e estejam dispostos a fazer referendos até que seja aprovado.
Há um sentimento de que os politicos estão a negociar o futuro da UE à revelia dos cidadãos, de que os cidadãos estão a ser obrigados a ir por um caminho onde não têm escolha.
Contudo... a verdade é que não há opção. Ou mehor, a opção existe mas é demasiado radical.
A UE não pode continuar com as regras actuais. É demasiado fácil uma minoria impedir a progressão. É como se houvesse 27 pessoas que querem ir juntas a um bar, mas como 25 quer Sagres e 2 querem SuperBock, acabam por ficar todos em casa a beber àgua.
É preciso reformular as regras, para aumentar a dimensão da minoria que pode bloquear uma iniciativa. A opção de ficar como estamos não é viável. E por isso, não é algo que valha a pena referendar.
Na minha opinião, só há uma pergunta que se deve por a referendo, que o JoseMFernandes já referiu: queremos ficar dentro UE sob as regras do tratado de Lisboa ou queremos ficar de fora da UE?
 

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P44

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« Responder #95 em: Junho 17, 2008, 03:58:44 pm »
Como Associação Económica acho que a UE pode e deve ter todo o Sucesso do mundo

Como Associação politica não lhe auguro futuro nenhum...

Citar
queremos ficar dentro UE sob as regras do tratado de Lisboa ou queremos ficar de fora da UE?


Caro lurker,
e porquê só têm de existir essas 2 hipóteses , tipo "Ou estás comigo ou contra mim"? :roll: cozinhadas á revelia dos habitantes...a mim é isso que me revolta e penso eu que milhões de habitantes da UE...."Vcs são burros demais para decidirem, logo nós decidimos por vcs!!!"
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Luso

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« Responder #96 em: Junho 17, 2008, 07:01:32 pm »
Citar
queremos ficar dentro UE sob as regras do tratado de Lisboa ou queremos ficar de fora da UE?


Se for para ter que me confrontar com escolhas impostas desta maneira, pessoalmente dispenso pertencer a tal "clube".
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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P44

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« Responder #97 em: Junho 18, 2008, 10:01:23 am »
Citação de: "Luso"
Citar
queremos ficar dentro UE sob as regras do tratado de Lisboa ou queremos ficar de fora da UE?

Se for para ter que me confrontar com escolhas impostas desta maneira, pessoalmente dispenso pertencer a tal "clube".



 c34x
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lurker

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« Responder #98 em: Junho 18, 2008, 10:42:39 am »
Citação de: "P44"
Citar
queremos ficar dentro UE sob as regras do tratado de Lisboa ou queremos ficar de fora da UE?

Caro lurker,
e porquê só têm de existir essas 2 hipóteses , tipo "Ou estás comigo ou contra mim"? :roll: cozinhadas á revelia dos habitantes...a mim é isso que me revolta e penso eu que milhões de habitantes da UE...."Vcs são burros demais para decidirem, logo nós decidimos por vcs!!!"


Não é uma questão de estás comigo ou contra mim. É questão de ou vens connosco ou amanhas-te sozinho. Também não creio que haja apenas duas hipóteses para o futuro. O futuro da UE pode tomar outras formas que não a do tratado de Lisboa.
Mas há formas insustentáveis e estou convencido que a actual é uma delas.

Os cidadãos não são demasiado burros para decidirem. Pelo menos, gosto de pensar que não. Contudo, são demasiados para se sentarem à mesa das negociações. E a reforma da UE tem de ser negociada para contemplar os interesses de cada país e cada povo.
A única hipótese realista e exquível para uma reforma referendada é cada país esperar que os seus governantes eleitos negoceiem o melhor acordo possível para o futuro da UE e depois decidirem se estão dentro, se estão fora.
Porque sempre que se chumba um novo tratado, está-se a escolher pela inacção, pela preservação da forma actual. E sendo que a forma actual é insustentável. é natural que se repitam as tentativas de a mudar. E voltamos ao ponto aonde estamos...
 

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legionario

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« Responder #99 em: Junho 18, 2008, 11:38:26 am »
insustentavel porquê ?
 

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lurker

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« Responder #100 em: Junho 18, 2008, 02:26:15 pm »
O grande problema do actual sistema é que relativamente fácil a uma minioria de países bloquear uma acção.
Isto funcionou mais ou menos com 12 países mas com 27, frequentemente resulta em inacção.

O problema é que resolver isto é também um dos aspectos mais polémicos, uma vez que diminui o poder de veto dos países mais pequenos.

Por exemplo, podem ver a evolução do modo de voto no Conselhor de Ministros:
http://en.wikipedia.org/wiki/Voting_in_ ... pean_Union

Mas o problema também se extende à Comissão Europeia.
 

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Sertorio

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« Responder #101 em: Junho 20, 2008, 09:07:27 pm »
Um video onde um eurodeputado dinamarquês explica algumas obscuras manobras de bastidores na elaboração do Tratado de Lisboa.
http://www.youtube.com/watch?v=8Kr0Foq3CQE&eurl=
http://
 

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Naadjh

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« Responder #102 em: Junho 22, 2008, 12:10:36 am »
Citação de: "lurker"
O grande problema do actual sistema é que relativamente fácil a uma minioria de países bloquear uma acção.
Isto funcionou mais ou menos com 12 países mas com 27, frequentemente resulta em inacção.

O problema é que resolver isto é também um dos aspectos mais polémicos, uma vez que diminui o poder de veto dos países mais pequenos.

Por exemplo, podem ver a evolução do modo de voto no Conselhor de Ministros:
http://en.wikipedia.org/wiki/Voting_in_ ... pean_Union

Mas o problema também se extende à Comissão Europeia.



O problema é que vão ser um ou dois a mandar e o resto come e cala..
E esses europeus já nos tratam como pretos (não é ofensa, mas expressão popular, não sou racista), agora com este tratado vão nos tratar pior que pretos.

Os suíços é que são espertos.
 

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Sertorio

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« Responder #103 em: Junho 23, 2008, 05:19:01 am »
Uma capa certeira acerca do Tratado de Lisboa, esta da prestigiada revista "The Economist"
 

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P44

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« Responder #104 em: Julho 01, 2008, 10:16:05 am »
UE : Presidente polaco recusa assinar Tratado de Lisboa
00h24m

Varsóvia, 01 Jul (Lusa) - O presidente polaco, Lech Kaczynski, anunciou que não assinará o Tratado de Lisboa, sustentando que ele está agora "sem substância" depois da recusa dos eleitores irlandeses a ratificá-lo, numa entrevista publicada hoje.

"Por agora, a questão do tratado está sem substância", afirmou o presidente conservador polaco ao diário Dziennik, segundo a edição digital do jornal.

Todavia, o parlamento polaco ratificou, logo em Abril, o Tratado destinado a reformar o funcionamento das instituições europeias. Mas para ser definitivamente um dado adquirido, a ratificação tem de ter a assinatura do presidente.

A deserção de Lech Kaczynski é um golpe importante para os esforços do presidente francês, Nicolas Sarkozy, que pretende circunscrever o problema da ratificação à Irlanda, durante a sua presidência da UE que hoje começou.

"É difícil dizer como é que isto vai acabar. Em contrapartida, a afirmação segundo a qual não há União se não houver Tratado não é séria", acrescentou o presidente Kaczynski.

O novo Tratado, que visa facilitar o funcionamento das instituições de uma UE a 27 e que substitui o projecto de Tratado Constitucional rejeitado em 2005 em referendos em França e na Holanda, tem de ser ratificado por todos os Estados membros para que possa entrar em vigor.

No mesmo dia em que o parlamento polaco dava a sua autorização definitiva à ratificação do Tratado de Lisboa pelo Presidente Lech Kaczynski - 02 de Abril- o presidente da Comissão Europeia felicitava a Polónia pelo acto, que considerou "simbolizar a confiança" de Varsóvia no projecto europeu.

"Congratulo-me com o resultado da votação, que mostra que o Tratado une mais do que divide e foi objecto de um acordo entre o governo polaco, o presidente e as forças políticas", afirmava José Manuel Durão Barroso num comunicado.

TM.

Lusa/Fim

JN
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