Viva a todos
Penso que este assunto, de trabalho, a nível de horas práticas e demais, desempenhadas por agentes da PSP, ou por militares da GNR, tem algo a ver com a (ir)realidade que se vive neste país.
Um agente/militar de autoridade, tem uma missão/obrigação/objectivo a desempenhar. Eu enquanto arquitecto, também tenho uma missão/obrigação/objectivo a desempenhar. Eu tenho um trabalho, por exemplo, para entregar amanhã, e até lá "a minha missão/obrigação/objectivo" é fazer com que se execute dentro do proposto e entregá-lo amanhã, sempre dentro das conformidades exigíveis por leis (os arquitectos por umas, os agentes/militares de autoridae por outras mais vastas e que nos abrangem a todos nós cidadãos) .
A entidade que supervisiona o meu trabalho, confirma a entrega do mesmo no tempo proposto. A entidade para a qual eu presto serviço, que é a mesma, tem por obrigação quantificar, todo o meu tempo/trabalho dispendido para a realização/execução do mesmo, remunerar-me sobre o mesmo trabalho executado, e claro, não menos importante, proporcionar todas as condições dignas para uma boa execução do mesmo, porque simplesmente beneficia um todo(s)... à entidade que recebe os honorórios, e a mim que recebo a "guita" e o reconhecimento, por executá-lo.
Por que é que um agente/militar da autoridade é diferente de mim? Em lado nenhum! São profissionais tal como eu, têm que responder a uma entidade superior, têm que abdicar de vida própria/familiar, com a agravante de estarem 24 horas de serviço (condicionante da opção/formação/dedicação), que tomaram e, mais, ao contrário que pareça, perante a sociedade (género jurídico-social), têm mais responsabilidade do que o comum dos mortais.
Como tal é legítimo, que lhes seja reconhecida, com dignidade e justiça, sendo na minha óptica, respectivamente, condições de trabalho no que toca a meios técnicos, materiais e de protecção (dignidade) e justiça, para que haja também direito a uma retribuição material de todo o trabalho desempenhado, visto ele ser feito em prol de todos (justiça).
Todos os demais problemas estruturais que uma Instituição acarreta, desculpem, mas é problema de quem faz parte da Instituição.
Acho que no fundo, se queremos as coisas melhores, temos que as transformar em coisas melhores. Mas sempre pela forma correcta. Achar essa forma é que complicado!
Um especial agradecimento e reconhecimento, ao Foxtrotvictor e ao Lecavo.
Cumprimentos