Este post é para o Typhoonman.
Caro amigo, não duvido do que o senhor escreveu, mas o facto de dizer que o F-22 e o F-35 não podem levar pods de designacao laser os torma aviões inferiores as "eurocanards" não me pareceu logico.
Os americanos cometem muitos erros, mas, eles não eram tão estupidos ao ponto de gastar o dinheiro que gastaram para no fim os aviões não poderem utilizar LGBs.
Por exemplo, o Typhoon pode levar três misseis Meteor, um pod de designação laser, três depósitos de combustivel, duas bombas guiadas por laser, dois misseis anti-radar Alarm e dois misseis ASRAAM. O F-22 e o F-35 podem ser furtivos mas não podem competir com isto.
Esta foi uma configuração com a qual o Typhoon aparecia num anuncio na Air Forces Monthly.
Eu sei que o F-35 tém um sistema de detecção e designação de alvos interno senão a tão aclamada furtividade não faria sentido, aliás já o F-117 tinha logo abaixo da carlinga um sistema de visão nocturna interno e na parte inferior um sitema também interno de designação de alvos por laser.
Também sei que o F-22 pode levar depositos de combustivel internos, mas a USAF já fez saber que só os vai utilizar em translado ou em situações de onde não haja nenhum risco.
A presença do pod laser no Typhoon, no anuncio, impõe-se porque também leva duas LGBs. Se em vez das LGBs levasse JDAMs então não prcisaría do pod laser e levaría quatro Meteors.
Uma vez que sabemos que o F-35 tém o sistema "EOTS" e que leva muito combustivel interno, será que consegue levar internamente três (ou quatro) misseis Meteor (ou AMRAAM), duas LGBs (ou duas JDAMs), dois misseis anti-radar Alarm (ou AGM-88) e dois misseis ASRAAM (ou Sidewinder)?
Amigo Typhonman, quando o ST enumera um exemplo de configuracao de carga externa do Typhoon e, de seguida, faz o comentario em relacao ao F-22 e ao F-35, esta' simplesmente a dizer que os F's nao podem levar tudo aquilo internamente (o que e' verdade).
Em parte alguma ele disse que os F's nao levavam targeting systems internos. A mensagem dele foi muito simples: para os F's carregarem um load semelhante significa perderem as caracteristicas stealth. O que alias e' sobejamente conhecido.
Era a isto que eu me refería. Eu nunca falei na ausencia de pods de designação, internos ou externos, no F-22 ou no F-35.
Não sei como é que não entendeu uma coisa que o NVF não teve dificuldade em entender.
Mas tem de concordar comigo que o F-35 e F-22 possuem tecnologia que nenhum dos seus concorrentes europeus tem, quer ao nivel de avionicos, que ao nivel de integracao de novas solucoes de software e capacidade multi missão, ha capacidades do F-35( que a serem verdadeiras) arrumam a concorrencia.
Nisso estamos de acordo mas não esqueçamos de por muito 'stealth' que um avião seja, as suas emissões de radar ainda podem ser detectadas, o inimigo pode não detectar o F-22 ou o F-35 no seu radar mas o RWR pode dizer-lhe que está a ser iluminado.
Evitar o uso do radar é o que levou os israelitas a desenvolver um sistema de seguimento de terreno por GPS. Se o sistema for seguro entrará em serviço nos F-16I.
Toda essa tecnologia não é surpresa pois enquanto os outros concorrentes já estão em serviço o F-35 só recentemente fez o seu primeiro voo.
Posso citar como exemplo o caso do MBT Leclerc, que foi o ultimo MBT a entrar ao serviço quando comparado com o Leopard II, o Challenger e o Abhrams. Compare-se aquela torre, onde, todos os sistemas estão 'encastrados', com a dos outros concorrentes.
Em qualquer dos projectos referidos registaram-se saltos tecnologicos que os tornam superiores em todos os campos relativamente aos aviões que visam substituir.
Resta saber se toda essa tecnologia, essa interface homem-maquina, essa 'situation awarness' vai estar realmente ao dispor dos oito participantes participantes estrangeiros no programa e dos vinte e dois potencials clientes indicados no mapa no seu post de 08 Jul.
Em 1996 fui a Beja ao 'Tiger Meet', e, estava lá um F-117 rodeado de barreiras de segurança e com guardas armados junto ao avião.
A Força Aerea foi amável, colocando junto ás barreiras uma escada onde podiamos subir, ver, e fotografar, o avião acima das ditas barreiras.
Em 1999 no conflicto do Kosovo, um F-117 foi abatido, e, os sérvios fizeram uma grande alusão ao facto de terem enviado para Moscovo restos do mesmo. Os Estados Unidos desvalorizaram esse facto dizendo que era tecnologia antiga.
Durante o mesmo conflicto, o B-2 fez missões vindo, e regressando, aos Estados Unidos sem fazer escala em bases na europa.
Um B-2 sobrevoou a base de Fairford durante o RIAT escoltado por dois F-15, para evitara aproximação de outros aparelhos.
Pergunto eu, como é que, depois de todas estas precauções, eles vão exportar esta tecnologia para outros paises?
Caro amigo eu não sou defensor da tecnologia americana, mas acho que a nivel de avioes de combate a europa ainda tem muito caminho pela frente.
A Europa tém muito caminho pela frente mas o facto de desenvolver aviões e poder integrar-lhes as armas e os sistemas que quiser, ou, exportar para outros paises, sem ter que pedir autorização ou os repectivos codigos de avionicos aos Estados Unidos não tem preço.
É essa independencia que a europa quer, não uma concorrencia com os Estados Unidos.
Apesar disso os produtos europeus têm dado provas de eficacia tanto nos conflictos em que participaram como quando actuam conjuntamente com os productos americanos.
Apesar desse longo caminho, o Harrier, o know-how da Yakovlev (para o F-35), o EH-101 para transportar o presidente, os Dauphin e os CASA C-235 para a Guarda Costeira, os Ecuereil utilizados pela Policia, os BK-117 dos serviços de emergencia medica e do exercito (Lakota), os Sherpa e os CASA C-212 que compraram nos anos oitenta para servirem na USAFE no transporte entre bases, diversas viaturas blindadas, todos vieram da Europa.
Até a Airbus venceu o concurso parao futuro avião tanque, ams claro este foi demais para a Boeing que levou o caso para tribunal.
O JSF se tiver o seu preço mais acessivel e a ser adquirido pela FAP vai transformar-se num "manancial" de novas tecnologias que a FAP nunca teve.
A aquisição de qualquer um dos 'eurocanards' já era um salto qualitativo.
O F-22A "Raptor" em termos "ar-chão" usa JDAM e SDB (Small Diameter Bombs) que são guiadas por GPS não possuindo guiamento laser, como é o caso da série GBU´s, estas sim guiadas a laser necessitando (ou não, o guiamento pode ser feito desde terra) de um sistema de guiamento a partir do vector de lançamento
O F-22 está a substituir os F-117 na base de Holloman por isso acho pouco provável que não venha a receber uma forma de LGBs, a não ser que se fique só pelas JDAM e SDB. Dadas as missões anteriormente atribuidas ao F-117 nem sempre será viavel o guiamento ser feito a partir de terra.