A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !

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Cabeça de Martelo

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5010 em: Abril 18, 2024, 05:02:12 pm »
E esses Destroyer com foco AAW traduzido para português fica como?

Contratorpedeiro? Destruidor?

Isso é quase uma não questão, por aqui é só Fragatas anti-submarino (ASW) e mais nada.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Pescador

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5011 em: Abril 18, 2024, 05:15:58 pm »
Décadas atrás havia muitas mais designações. Canhoneiras, Avisos, etc
Fragatas e Contra Torpedeiros/ Destroyers. Corvetas que parecem fragatas. Não é por aí

A definição dada a grandeza do navio pode mudar, mas na essência é uma plataforma semelhante, embora maior e com mais meios. Por isso Fragata de 6500 ton ou Destroyer de 7000,  vale o mesmo.
Muito diferente de porta drones, que em definição é: qualquer coisa que navegue, onde estes se enfiem e dali lançados. Nada mais.  Velocidade, manobrabilidade, ninguém faz ideia, mas pode imaginar-se que pelo conceito á imagem da bimby, que terão pouca.

Ser navios mães de alguma coisa, até um Crossover pode ser, se o equiparem com os meios de controle disso. Espaço não lhe falta. Tem poucos misseis (8 MK41) poupadinho como se gosta.
E decerto Fragatas de mais de 5500 toneladas, ao invés da imagem dessa bimby afragatada de 7000 e mais, também lá podem incluir meios de controle e, ser navio mãe, de outros navios tipo aqui o porta contendores da foto ou mais pequenos, que podem lançar drones e misseis.

Se vamos buscar a História, então sejamos justos, porque as Fragatas inglesas vieram destronar tudo que havia, até as grandes Naus carregadas de canhões. E destronaram porquê?
Não foi pelo numero de canhões, mas pela velocidade e capacidade de manobra

Agarrem numa  ASW que se pretende ou outra mas bem dimensionada, não a carreguem de misseis, como por exemplo tem a Meko 300, mas coloquem capacidade de ser mãe de outros navios mais básicos e temos o conceito que se fala. Mas melhor, porque temos um navio de elevada performance e, com o mesmo conceito de  navio mãe que o arrastão Bimby porta drones.
Quantidade de drones embarcados?
Terá menos sim, mas também nunca haverá por cá nenhuma " bimby fragata" carregada deles, nem muitos outros nos  supostos porta contentores de lançar misseis e drones que serão comandados. Só se forem drones de brincar, porque armados não, que fica caro. Misseis, enfim...nem é preciso dizer nada.
Será como agora ter fragatas com 16 misseis(se os colocarem todos), mas básicos, nada de ESSM. E radares é a miséria que se sabe.

É redundante o assunto? Sim

A razão é simples, seja qual for o conceito é preciso muito dinheiro para que seja minimamente eficaz, porque tem de ter meios técnicos(radares e todo o tipo de sensores) e depois drones e misseis. Por isso não é por aí

Até lá que ´o que importa mesmo:
Temos duas fragatas, vou dizer média de intensidade com carência e, duas outras coisas.
Se tivéssemos estas fragatas, mas com as armas e sensores que outros lhes colocaram em tempo útil . Mas não temos, Mas temos muita imaginação sobre....o que virá daqui a.....ninguém sabe. E sequer se haverá depois capacidade para ter algo relevante em termos de eficácia e capacidade de combate.

Fazendo algumas contas de tempo por alto.
A Bimby tem de ser construída( imaginemos que a teremos até ao fim desta década), como os tais NPO  ;D. Depois de cá estar operacional, serão testadas todas essas ideias futuristas, pois não se trata de uma plataforma conhecida. Tudo bem, mas passam anos.
Depois partem para projectos de "Bimby fragata" a serem estudados e concebidos a partir dessa aprendizagem e de muitas suposições, obviamente. Que como tudo, terá os seus percalços e as nuances sobre o que realmente venha a ser.
Ora, lá para depois do meio da próxima década podem começar a construir, sendo optimista. Até por comparação veja-se quanto tempo têm levado conceitos já relativamente de base conhecida de Fragatas, até estarem operacionais (uns 10 anos). Teremos então as primeiras bimby fragatas perto de 2040 quando nem houver já Marinha, mas Guarda Costeira, pois até lá as Fragatas encostam e muito antes serão completamente irrelevantes. Depois, nessa data, resta saber se as tais "Bimbys fragatas foram boa aposta. Se não forem....bem...

Mas até lá, podemos todos fazer suposições, fantasias, exercícios teóricos vagos. Em resumo, nada
Porque até lá é mesmo um grande NADA. Um NADA que vai servir para encher peito de conceitos futuristas
 
« Última modificação: Abril 18, 2024, 05:17:01 pm por Pescador »
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5012 em: Abril 18, 2024, 05:56:47 pm »
E esses Destroyer com foco AAW traduzido para português fica como?

Contratorpedeiro? Destruidor?
O termo em Português é contratorpedeiro, ou contra-torpedeiro, fica à vontade do cliente…
 

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P44

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5013 em: Abril 18, 2024, 06:10:40 pm »
Já agora e não sei se sabem, os PPA italianos que o sr dr concerteza considera obsoletos também têm uma rampa na popa para embarque e desembarque de forças especiais

"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5014 em: Abril 19, 2024, 08:07:14 pm »
Já agora e não sei se sabem, os PPA italianos que o sr dr concerteza considera obsoletos também têm uma rampa na popa para embarque e desembarque de forças especiais



E podem sair drones de superfície e subaquáticos com descrição
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5015 em: Abril 19, 2024, 10:49:49 pm »
Epá, não vale a pena… certas pessoas têm que ganhar a discussão, mesmo que isso implique deturpar afirmações, fingirem que não sabem português escrito e fincar a posição com os argumentos mais rebuscados… pronto, tens razão, bananas são azuis e uma fragata com hangar pode levar e controlar o mesmo número de drones que um navio com convés corrido, doca alagável e quase 3000 m2 de espaço… ok, pode ser, ganhaste e és o maior da tua rua…

Engraçado, falas em deturpar afirmações, mas depois insinuas que eu disse que a fragata com hangar leva o mesmo número de drones que um porta-drones.  ::)

Os drones daqui a uns anos serão virtualmente imunes a EMP, tal como os aviões presidenciais já o são. E quando a IA os controlar nem vai ser possível causar disrupção no sinal rádio.

Isso é mera especulação. Um avião presidencial é gigantesco, logo sempre tem espaço para todo o tipo de redundâncias e mais algumas. A ideia dos aviões presidenciais terem essa capacidade, prende-se com a necessidade de os manter no ar e sobreviver ao EMP gerado por explosões nucleares. Não sei até que ponto uma arma dedicada a EMP consiga "ultrapassar" essas resistências. Teria também sérias dúvidas, e pelo menos não usaria certezas nenhumas, que pequenos drones, dos mais baratos e numerosos, consigam ter o mesmo nível de imunidade.

A IA aplica-se a tudo. Tanto podes implementar IA num drone de 500 euros, como terás IA no mais avançado dos mísseis (um LRASM por exemplo), e a partir daí, os dois sistemas continuam a complementar-se. Para tornares um drone tão bom como um míssil (em sensores, velocidade, furtividade, ogiva, etc), esse drone tem que custar o mesmo que um míssil. IA também poderá ser aplicada a defesas aéreas, e a outros sistemas para contrariar drones. É uma daquelas tecnologias que não vai beneficiar só um lado.

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Metade dessas já nem fragatas são. São basicamente destroyers mas o pessoal decidiu chamar fragata a tudo. Mas mesmo que fossem houve uma altura em que toda a gente fazia carracas  e nós decidimos fazer caravelas. E quando os outros faziam naus os holandeses começaram a fazer fluyts. E quando outros faziam battleships os porta aviões ganhavam as guerras.

A definição de fragata é bastante alargada hoje, podendo ser dividida em 3 grandes grupos: fragatas leves, fragatas médias e fragata pesadas. No nosso caso, é particularmente irrelevante a definição, já que o CEMA defende uma Marinha que abdica por completo dos navios combatentes de superfície.

O que é relevante, é assimilar que a definição de fragata vai continuar a evoluir, com um ganho de capacidades que a geração anterior não tinha (e em alguns casos, até pode abdicar de certas capacidades, que seja consideradas irrelevantes). Quando o CEMA diz que as fragatas estão obsoletas, está a pressupor que não há qualquer margem para evoluírem (algo que já vimos que não é verdade, com o MRCV de Singapura e não só). Na realidade, fragata daqui a uns anos, pode ser qualquer navio combatente puro que corresponda determinadas dimensões, seja tripulada ou não.