Massacre de soldados africanos na Guiné

  • 83 Respostas
  • 20376 Visualizações
*

Duarte

  • Investigador
  • *****
  • 2377
  • Recebeu: 175 vez(es)
  • Enviou: 490 vez(es)
  • +644/-325
(sem assunto)
« Responder #60 em: Março 10, 2009, 01:30:19 am »
Citação de: "teXou"
Eu penso, que uma leitura das listas dos mortos "oficiais" da PIDE seria-lhe bem útil.
Assim poderá ver que para o estado novo, os estudantes, burgueses, camponeses, mulheres, etc ... não era "apenas uma maçada, inofensivos".
Boa leitura !  :roll:

Outros tantos foram mortos acidentalmente a tiro pela PSP e GNR, em manifestações, greves e outras desordens.

Eduardo Mondlane e Amílcar Cabral? Grande pena..  Seria como se os EUA finalmente acertassem com um míssil Tomahawk no Osama.

Se passarem esta lista a pente fino, resta pouco de concreto. Morrem mais presos no sistema prisional do pós-25 Abril em meia dúzia de anos do que morreram ao longo de 40 anos do Estado Novo.
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
 

*

legionario

  • Investigador
  • *****
  • 1464
  • Recebeu: 321 vez(es)
  • Enviou: 345 vez(es)
  • +233/-4541
(sem assunto)
« Responder #61 em: Março 10, 2009, 12:52:07 pm »
Ando a fazer buscas na net para por aqui mais uma "lista" :)

Se fosse hoje, a nossa "oposiçao democratica" faria parte da lista das organizaçoes terroristas, ao lado do Hamas :)
 

*

André

  • Investigador
  • *****
  • 3555
  • Recebeu: 2 vez(es)
  • +110/-1
(sem assunto)
« Responder #62 em: Março 10, 2009, 01:01:34 pm »
Citação de: "legionario"
Ando a fazer buscas na net para por aqui mais uma "lista" :)
 


Se for assim mais valia os Maquis não terem resistido aos nazis durante a França Ocupada se eram terroristas ...  :roll:  :roll:

 

*

Duarte

  • Investigador
  • *****
  • 2377
  • Recebeu: 175 vez(es)
  • Enviou: 490 vez(es)
  • +644/-325
(sem assunto)
« Responder #63 em: Março 10, 2009, 02:54:50 pm »
Citação de: "André"
Citação de: "legionario"
Ando a fazer buscas na net para por aqui mais uma "lista" :)
 

Se for assim mais valia os Maquis não terem resistido aos nazis durante a França Ocupada se eram terroristas ...  :roll:  :conf:  :jok:
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 18308
  • Recebeu: 5551 vez(es)
  • Enviou: 5961 vez(es)
  • +7169/-9545
(sem assunto)
« Responder #64 em: Março 10, 2009, 03:50:29 pm »
Os "terroristas" de um lado são sempre os "combatentes da liberdade" do outro lado  :roll:

sempre assim será
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

legionario

  • Investigador
  • *****
  • 1464
  • Recebeu: 321 vez(es)
  • Enviou: 345 vez(es)
  • +233/-4541
(sem assunto)
« Responder #65 em: Março 10, 2009, 06:54:26 pm »
Magister dixit :)
 

*

Duarte

  • Investigador
  • *****
  • 2377
  • Recebeu: 175 vez(es)
  • Enviou: 490 vez(es)
  • +644/-325
(sem assunto)
« Responder #66 em: Março 11, 2009, 03:40:26 am »
Citação de: "legionario"
Ando a fazer buscas na net para por aqui mais uma "lista" :)

Se fosse hoje, a nossa "oposiçao democratica" faria parte da lista das organizaçoes terroristas, ao lado do Hamas :)

Não esquecer as FP-25..


Citar
FP-25 matam bebé de quatro meses

A família Dionísio já dormia a sono solto, em São Manços, a cerca de vinte quilómetros de Évora, à beira da estrada que leva a Beja. Manuel, a mulher e os dois filhos, um menino de ano e meio e um bebé de quatro meses, ocupavam o único quarto da humilde casa, na rua Gouveia. Pouco passava da meia-noite. Uma tremenda explosão levantou da cama, em sobressalto, a aldeia em peso.

Uma bomba de fabrico artesanal, mas nem por isso menos demolidora, fora colocada na habitação por um ‘comando’ operacional das Forças Populares 25 de Abril – a organização terrorista fundada por Otelo Saraiva de Carvalho, em 1980, que se manteve em actividade até meados da década, quando finalmente foi decapitada pela Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB), o departamento da Polícia Judiciária especializado na luta contra a criminalidade violenta e organizada.

Os terroristas montaram o engenho explosivo – construído à base de amónio e de gasóleo – junto à parede exterior da casa: deram fogo ao cordão lento e tiveram tempo para fugir dali para fora em segurança. A chama lá foi consumindo o cordão até que chegou ao depósito da bomba.

O rebentamento acordou os cerca de 1500 habitantes de São Manços. O estrondo foi tão grande que o coração de uma mulher de 79 anos não aguentou o susto: Rosária Jorge Pereira, que dormia a centenas de metros da bomba, morreu de comoção.

Mas o maior horror dessa madrugada de 30 de Março de 1984, uma quinta-feira, abateu-se sobre a família de Manuel Caeiro Dionísio. A bomba fez um buraco na parede e rebentou mesmo no enfiamento do berço onde dormia o bebé, Nuno, de quatro meses.

A força da deflagração deixou a caminha em pedaços. O menino foi projectado contra uma parede interior e morreu com a cabeça esmagada. Os pais e o irmão, no mesmo quarto, escaparam milagrosamente sem um arranhão.

Comunicados com a chancela das FP 25, espalhados pelas ruas de São Manços, não permitiam grandes dúvidas sobre os autores do atentado: a bomba foi reivindicada pela organização terrorista sem uma lágrima de pudor nem de misericórdia.

O crime na aldeia de São Manços prova muito bem a trágica teia de enganos em que se moviam os dirigentes e operacionais das Forças Populares 25 de Abril.

O ‘latifundiário’ Dionísio Luís Cirola, apontado no comunicado das FP 25, era Luís António Caeiro Dionísio – agricultor conhecido na aldeia como o ‘Cirola’, pai de Manuel Caeiro e avô do bebé Nuno Dionísio. A bomba estava destinada a este homem de trabalho. Mas Luís António não morava naquela casa. Quem lá habitava eram o filho, a nora e os dois netos.

O avô destroçado era agricultor de origens modestas e sem terras próprias. Luís Dionísio, desde muito novo, sentiu na pela as dificuldades da lavoura no Alentejo: cavou de sol sol para agrários – até conseguir tornar-se num pequeno rendeiro.

À data da Revolução de Abril de 1974, Luís António Dionísio, o ‘Cirola’, trazia de renda umas leiras de terra da grande Herdade dos Castelos, nos arredores de Évora. Ali trabalhava como um condenado e o maior proveito vinha da cortiça arrancada aos sobreiros de sete em sete anos.

A Herdade dos Castelos foi ocupada nos meses de brasa que se seguiram à Revolução de Abril, em 1975, na voragem da reforma agrária. O agricultor e a família mergulharam então numa severa crise económica – mal tinham para comer. A terra de renda foi-lhe devolvida em 1978.

A devolução da terra pela Ministério da Agricultura não foi nada pacífica. Uma primeira tentativa, em Dezembro de 1977, contou com forte oposição – que via no agricultor um “perigoso anticomunista”. Só um ano depois, com a ajuda de uma força da GNR, as terras foram restituídas ao rendeiro. Luís Dionísio nunca mais teve sossego.

As paredes do monte ficaram cobertas de frases com ameaças de morte ao rendeiro. Escassos dias depois de a herdade lhe ter sido restituída, recebeu um telefonema anónimo: “Mais cedo ou mais tarde, uma bomba vai mandar-te pelos ares.” A GNR foi alertada e, por precaução, montou vigilância ao redor da Herdade dos Castelos.

O tempo passou, os ânimos acalmaram, tudo caiu no esquecimento. Até que seis anos depois, a vida de Luís Dionísio foi sacudida pelo terror. A bomba, há tanto prometida no calor da revolução, veio mesmo: não para ceifar a vida ao agricultor, mas para destruir a casa do filho e roubar a vida ao neto mais novo, Nuno Dionísio, de quatro meses.

O COMUNICADO

As FP 25 reivindicaram assim o atentado em São Manços: “Os trabalhadores organizados nas Forças Populares 25 de Abril levaram a cabo uma acção de retaliação contra os bens da família do latifundiário Dionísio Luís Cirola [...] Este fascista deve à cooperativa de São Manços milhares de contos e roubou terras com a cobertura do Centro Regional da reforma Agrária [...] Esta é uma forma de luta que os trabalhadores usam para que os fascistas vejam que não ficam impunes face à repressão que recai sobre os camponeses e trabalhadores [...] Lançamos um sério aviso aos agrários e fascistas para que não peçam mais reservas, pois o povo trabalhador não esquecerá os crimes que esses fascistas têm feito com a cobertura do governo e seus lacaios [...].”

TERRORISMO

- A Polícia Judiciária nunca conseguiu identificar os terroristas que colocaram a bomba em São Manços.

- Dez anos após o crime, Otelo Saraiva de Carvalho, fundador e dirigente das Forças Populares 25 de Abril, referiu-se à morte do bebé de São Manços como um “acidente”.

- O Ministério Público atribui à organização terrorista 18 homicídios. A Justiça apenas conseguiu punir um destes crimes de morte.

- O único homicídio punido foi o de um agente da PJ, Álvaro Militão, abatido a tiro: Teixeira de Carvalho e Baptista Dias foram condenados.

e mais..


Citar
Documento: Conclusões dos Relatórios de Sevícias
I – Conclusão do Relatório das Sevícias Acerca do 28 de Setembro de 1974.

Todo o processo do 28 de Setembro foi uma violência colectiva e continuada, assente num procedimento ilegal e arbitrário e no desprezo pelo direito das gentes.
Neste contexto, a correspondente responsabilidade á compartilhada desde os mais altos escalões do Poder até àqueles que ordenaram ou executaram os procedimentos directos sobre as vítimas

A Comissão é do parecer que essa responsabilidade seja apurada no processo e foros próprios. (Relatório da Comissão de Averiguação de Violências Sobre Presos Suspeitos às Autoridades Militares, pp. 19 a 31. O Parecer da Comissão não foi respeitado, pelo que os crimes cometidos ficaram impunes).

II - Conclusões extraídas do Relatório das Sevícias Acerca do 11 de Março de 1975

4 - Conclusões

Face ao que ficou averiguado, pode concluir-se que houve:

4.1 - Captura ilegal de duas pessoas por indivíduos armados, militares do RALIS, fardados, e um civil por instigação de militantes do MRPP;

4.2 - Retenção em cárcere privado daquelas duas pessoas, por cerca de 48 horas, por militares do RALIS e civis, militantes do MRPP;

4.3 - Prisões praticadas arbitrária e irregularmente, com utilização de ordens de captura deficientemente preenchidas, quer por falta de indicação do crime imputado quer por deficiente identificação da pessoa a deter, sendo algumas das prisões efectuadas de noite;

4.4 - Desrespeito pelas imunidades legais devidas aos magistrados judiciais, na prisão de um Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal Administrativo e protelamento, por 4 dias, da sua libertação, ordenada em processo de habeas corpus pelo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça;

4.5 - Tortura sistemática sobre quatro detidos, no RALIS, com agressão física violenta que provocou traumatismos vários, como o indicado em 3.3;

4.6 - Manutenção de isolamento completo, no Forte Militar de Caxias, a vários detidos, por períodos superiores a 1 mês:

4.7 - Prisões de militares por militares de graduação inferior.

5 - Em 17 OUT 75, a Polícia Judiciária Militar participou ao Comandante da Região Militar de Lisboa os indícios que colhera sobre a prática de crimes de que foram vítimas os detidos, atribuíveis a pessoal incerto do RALIS e outros (civis).
O Comandante da Região Militar de Lisboa, que era simultaneamente o Comandante do COPCON, ordenou, em 4 NOV 75, a instauração de auto de corpo de delito, correndo o processo instaurado seus termos.
Afigurando-se a esta Comissão que o ilícito penal e/ou disciplinar, sumariamente averiguado por ela, será mais extenso do que aquele que é objecto do referido processo, propõe que a investigação seja extensiva às ocorrências detectadas que não tenham ainda sido consideradas (Relatório da Comissão de Averiguação de Violências Sobre Presos Suspeitos às Autoridades Militares).

III - Conclusões do Relatório das Sevícias

Em face da matéria apurada, a Comissão entende poder formular com segurança as seguintes conclusões:

1 - Foram praticados dois crimes de cárcere privado, acompanhados de tortura e violenta agressão física, imputáveis a militares e civis;

2 - Houve centenas de prisões arbitrárias, sendo de destacar as efectuadas na sequência do 28 de Setembro e do 11 de Março, em 28 MAI 75 (contra elementos do MRPP), e as desencadeadas, com cariz diferente, a partir do Regimento de Polícia Militar;

3 - Algumas dessas prisões resultaram de denúncias anónimas, outras de informação ou indicação de organizações partidárias ou sindicais, e muitas de solicitações verbais, até telefónicas, designadamente do Gabinete do Primeiro Ministro, do Ministério do Trabalho, do SDCI, do Serviço de Coordenação e Extinção da PIDE/DGS e LP, da Comissão ad hoc para o 28 de Setembro, da Comissão de Inquérito ao 11 de Março, do Gabinete do Almirante Rosa Coutinho;

4 - A maioria das prisões foi efectuada pelo COPCON, quer como mero órgão executor quer por iniciativa própria;

5 - Houve transferência arbitrária, de Cabo Verde para Lisboa, de 31 pessoas, por motivos ideológicos;


7 - Os mandatos de captura e de busca emitidos pelo COPCON eram, na generalidade, assinados em branco e muitas vezes assim saíram para a posse das entidades, que os haviam solicitado, ou das equipas que iam executar as capturas;


20 - Houve tortura sistemática, exercida sobre 4 presos, no RALIS, com agressão física violenta, que lhes provocou traumatismos diversos;

21 - Houve outros casos de tortura física esporádica, designadamente no Regimento de Polícia Militar;


23 - Houve muitos casos de maus tratos físicos exercidos sobre presos, que se traduziram em espancamentos, por vezes praticados por vários agressores actuando simultaneamente;

24 - Foram exercidas sevícias sistemáticas sobre presos, com o fim de os humilhar e lhes infligir castigos corporais, traduzidos em agressões, rastejamento no solo, corridas forçadas, banhos frios com mangueira e imposição de beijarem as insígnias duma unidade militar, incrustadas no pavimento;

25 - Houve casos de tortura moral, traduzidos em insultos, manobras de intimidação e ameaças, inclusive com armas de fogo;

26 - Tomou-se conhecimento de casos de coacção psicológica, como ameaça de prisão de familiares, e de publicação de arranjos fotográficos inculcando a prática de pretensos actos delituosos pelos detidos;

27 - Elementos civis, por vezes armados e pertencentes a organizações partidárias (PCP e UDP), prenderam ou colaboraram na prisão de numerosas pessoas;

28 - Muitas prisões foram anunciadas, em termos vexatórios: pela rádio, televisão, imprensa e, até, jornais de parede elaborados por organizações partidárias;


32 - Diversas prisões foram efectuadas com despropositado aparato bélico, com intencional publicidade e consentindo insultos, ameaças e enxovalhos aos presos;

33 - Casos houve, em que militares e civis invadiram casas, efectuaram buscas e prenderam pessoas que nelas residiam, com subtracção de valores ou objectos, algumas vezes de noite;


42 - A admissão de detidos, especialmente no Forte Militar de Caxias, e a revista a que foram submetidos a pretexto do regulamento prisional, foram feitas em termos vexatórios e humilhantes, sem o mínimo de recato e com total desrespeito pelo natural pudor das pessoas;


44 - Houve casos de graves deficiências de assistência médica, registando-se em dois deles, a morte de detidos e noutros o agravamento das doenças:

45 - Houve deficiente assistência religiosa e, em alguns casos, os detidos foram impedindo de assistir a actos de culto da sua confissão;


54 - Muitos detidos sofreram para além das consequências morais e de saúde, graves prejuízos materiais e profissionais apesar de, na sua maioria, terem sido libertados sem qualquer incriminação;

55 - O Regimento de Artilharia de Leiria interveio na pretensa resolução de um conflito laboral, tendo pressionado a assinatura de um documento no qual a entidade patronal se obrigava ao pagamento de alguns milhares de contos, a título de indemnização revolucionária ((Relatório da Comissão de Averiguação de Violências Sobre Presos Suspeitos às Autoridades Militares, pp. 138 a 142).

CONCLUSÕES FINAIS DO " RELATÓRIO DAS SEVÍCIAS"


Conclusões Finais do «Relatório das Sevícias»

Segundo a "A Comissão de Averiguação de ViolênciasSobre Presos Sujeitos às Autoridades Militares" só se queixou «um reduzido número de pessoas, o que veio a limitar grandemente o âmbito das averiguações»

1. Ainda assim veja-se a gravidade das conclusões, que começamos hoje a divulgar.
O reduzido número de queixas na época não é nada de espantar dado que, ainda agora, no Jornal Diário de Notícias de 19 de Maio de 2007, o Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), Prof. Doutor António Reis entende que «mesmo em democracia, particularmente aqui em Portugal, a condição de maçon pode originar perseguições, incompreensões e prejuízos da vida profissional». Quanto mais naquela época os intitulados «reaccionários».

A 'Nota Final' do Relatório, na página 143,com as assinaturas dos membros da Comissão de Inquéritoespecialmente criada pelo C.R.
Algumas das Conclusões Finais Citando as primeiras 14, da página 136 do Documento, mais conhecido como «Relatório de Sevícias»:«Em face da matéria apurada, a Comissão entende poder formular com segurança as seguintes conclusões:1. Foram praticados dois crimes de cárcere privado, acompanhados de tortura e violenta agressão física, imputáveis a militares e civis;

2. Houve centenas de prisões arbitrárias, sendo
de destacar as efectuadas na sequência do "28 de Setembro" e do "11 de Março", em 28 de Maio de 75 (contra elementos do MRPP), e as desencadeadas, com cariz diferente, a partir
do Regimento de Polícia Militar;

3. Algumas dessas prisões resultaram de denúncias anónimas, outras de informação ou indicação de organizações partidárias ou sindicais, e muitas de solicitações verbais, até telefónicas, designadamente do Gabinete do Primeiro Ministro,do Ministério do Trabalho, do SDCI, do Serviço de Coordenação e Extinção da PIDE/DGS e LP, da Comissão ad hoc para o "28 de Setembro", da Comissão de Inquérito ao "11 de Março", do Gabinete do Almirante Rosa Coutinho;

4. A maioria das prisões foi efectuada pelo COPCON, quer como mero órgão executor quer por iniciativa própria;

5. Houve transferência arbitrária, de Cabo Verde para Lisboa, de 31 pessoas, por motivos ideológicos;

6. Em muitos casos não foram utilizados mandados de captura ou busca e noutros o respectivo duplicado não foi entregue aos interessados;

7. Os mandatos de captura e de busca emitidos pelo COPCON eram, na generalidade, assinados em branco e
muitas vezes assim saíram para a posse das entidades que os haviam solicitado, ou das equipas que iam executar as capturas;

8. Em alguns casos, os mandados de captura foram executados sem indicação dos motivos da captura;

9. Em outros casos, a invocação dos motivos da prisão era feita em termos vagos, como, por exemplo, "suspeita de pertencer a uma associação de malfeitores", "suspeita de ligação com a reacção", "sabotagem económica", "agitador", faltando por completo um critério para as detenções, com um mínimo de senso jurídico;

10. Houve prisões sem que nos mandados de captura
se identificasse, com segurança, a pessoa a deter;

11. Houve prisões e buscas efectuadas altas horas da noite;

12. Houve casos de detenções por longos períodos
de tempo sem que tivesse chegado a ser organizado qualquer processo, permanecendo os detidos em estado de completo abandono e esquecimento;

13. Houve casos de detidos só libertados ao fim de meses, sem nunca terem sido interrogados;

14. Em muitos casos, os detidos foram libertados ao fim de largo tempo, sem lhes ser comunicado ou explicado o motivo da detenção ou formulada qualquer acusação;»




Um relato sobre a descolonização "exemplar"...

http://www.macua.org/livros/caveiro.html
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
 

*

TOMSK

  • Investigador
  • *****
  • 1445
  • Recebeu: 2 vez(es)
  • Enviou: 1 vez(es)
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #67 em: Março 11, 2009, 11:24:06 am »
Citação de: "Duarte"
Um relato sobre a descolonização "exemplar"...
http://www.macua.org/livros/caveiro.html


A descolonização "exemplar" que o  PC pensou e o PS realizou!

A descolonização portuguesa nada teve de exemplar, pelo contrário, foi uma descolonização escandalosa.
Porque errada e anti-democrática, porque historicamente falhada!
 

*

Duarte

  • Investigador
  • *****
  • 2377
  • Recebeu: 175 vez(es)
  • Enviou: 490 vez(es)
  • +644/-325
(sem assunto)
« Responder #68 em: Março 12, 2009, 12:41:16 am »
Sem dúvidas, a esquerda tem as mãos cobertas de sangue. Tanto as FP25, BR, PREC, COPCON, o PCP e o PS pela entega criminosa do ultramar.

Houve mais violações de direitos humanos em 74/75 pelas mãos da comunada do que em 40 anos de Estado Novo.
 :roll:
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
 

*

teXou

  • Perito
  • **
  • 431
  • +0/-3
(sem assunto)
« Responder #69 em: Março 13, 2009, 11:45:58 pm »
Citação de: "Duarte"
...
Houve mais violações de direitos humanos em 74/75 pelas mãos da comunada do que em 40 anos de Estado Novo.
 :crit:

Dizer-lo muito forte, não será suficiente para que seja verdadeiro.

Como não posso impedir-lo de viver no seu "lindo" passado de fascista. ... Aproveite e beneficie das liberdades que a democracia do pós 25 de Abril 74 vos deu.  f2x2x
"Obviamente, demito-o".

H. Delgado 10/05/1958
-------------------------------------------------------
" Não Apaguem a Memória! "

http://maismemoria.org
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8530
  • Recebeu: 1623 vez(es)
  • Enviou: 684 vez(es)
  • +940/-7284
(sem assunto)
« Responder #70 em: Março 14, 2009, 12:05:37 am »
Citação de: "teXou"
Citação de: "Duarte"
...
Houve mais violações de direitos humanos em 74/75 pelas mãos da comunada do que em 40 anos de Estado Novo.
 :crit:

Dizer-lo muito forte, não será suficiente para que seja verdadeiro.

Como não posso impedir-lo de viver no seu "lindo" passado de fascista. ... Aproveite e beneficie das liberdades que a democracia do pós 25 de Abril 74 vos deu.  f2x2x


A garotada atrevida e ignorante anda mesmo por aí e em grande!
Olhe, menino, aproveite o seu próprio conselho e benefície dessa mesma liberdade e visite a Bertrand ou a FNAC!
Nem lhe recomendo os títulos. Faça uma visita.
Informe-se.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

Nuno Calhau

  • Perito
  • **
  • 342
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #71 em: Março 14, 2009, 12:24:33 am »
Citação de: "Luso"
Citação de: "teXou"
Citação de: "Duarte"
...
Houve mais violações de direitos humanos em 74/75 pelas mãos da comunada do que em 40 anos de Estado Novo.
 :crit:

Dizer-lo muito forte, não será suficiente para que seja verdadeiro.

Como não posso impedir-lo de viver no seu "lindo" passado de fascista. ... Aproveite e beneficie das liberdades que a democracia do pós 25 de Abril 74 vos deu.  :lol:  :wink:


Caro Luso, o senhor não lhe recomenda títulos, mas tomo eu a liberdade de o fazer.
Ainda para mais tendo o tópico descambado em off...

"Guerra, Paz e fuzilamantos dos guerreiros"

Autor: Manuel Amaro Bernardo (Coronel de Infantaria)

Edição Prefácio.

Um Abraço.
 

*

Duarte

  • Investigador
  • *****
  • 2377
  • Recebeu: 175 vez(es)
  • Enviou: 490 vez(es)
  • +644/-325
(sem assunto)
« Responder #72 em: Março 14, 2009, 12:25:53 am »
Citação de: "teXou"
Citação de: "Duarte"
...
Houve mais violações de direitos humanos em 74/75 pelas mãos da comunada do que em 40 anos de Estado Novo.
 :crit:

Dizer-lo muito forte, não será suficiente para que seja verdadeiro.

Como não posso impedir-lo de viver no seu "lindo" passado de fascista. ... Aproveite e beneficie das liberdades que a democracia do pós 25 de Abril 74 vos deu.  :mrgreen:

Quer então dizer que nada do que acima está referido aconteceu? Quer branquear as prisões arbitrárias e extra-judiciais, torturas, sevícias, espancamentos, rapto de cidadãos, prisões longas sem processo nem julgamento, mortes de inocentes por terrorismo, fuzilamento de ex-militares Portugueses pelo PAIGC, violações de direitos humanos, etc..
Não há culpas na descolonização "exemplar"?
É branqueamento, a rasar o criminoso.

Então continue a viver a sua fantasia cor-de-rosa abrileira, goze bem a "liberdade", no seu estado socialista falido com desemprego quanto basta, juros altos, corrupção e compadrio sem fim, nesta província vassala de Bruxelas. Chama de fascistas a todos que não vão nas cantigas de abril.

Esta república das bananas irá cair de podre. Quanto mais rápido, melhor. s1x2x
« Última modificação: Março 14, 2009, 03:12:51 am por Duarte »
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
 

*

teXou

  • Perito
  • **
  • 431
  • +0/-3
(sem assunto)
« Responder #73 em: Março 14, 2009, 01:23:47 am »
Citação de: "Luso"
... Olhe, menino, ...
Menino ?????

E porque ? Sobre que base você diz isso ?  :?:
Quando diz que "... mais violações de direitos humanos em 74/75 pelas mãos da comunada do que em 40 anos de Estado Novo ", a final está a falar em Portugal ou fora  :?:

Citar
Chama de fascistas a todos que não vão nas cantigas de abril.

Os adeptos do Estado Novo são "fascistas", porque é nesse triste registo que a política da União Nacional e depois da Acção Nacional Popular se situa sobre o tabuleiro do xadrez político.
Que isto agrade-lhe ou não é assim !
"Obviamente, demito-o".

H. Delgado 10/05/1958
-------------------------------------------------------
" Não Apaguem a Memória! "

http://maismemoria.org
 

*

Duarte

  • Investigador
  • *****
  • 2377
  • Recebeu: 175 vez(es)
  • Enviou: 490 vez(es)
  • +644/-325
(sem assunto)
« Responder #74 em: Março 14, 2009, 01:44:21 am »
É o autor deste?


слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

The Only Good Fascist Is a Dead Fascist