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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: fgomes em Julho 07, 2004, 10:51:20 pm

Título: Incêndios florestais
Enviado por: fgomes em Julho 07, 2004, 10:51:20 pm
Com o Verão recomeçaram os incêndios florestais, felizmente sem a dimensão do ano passado, pelo menos até agora.
Assisti nas notícias da SIC à entrevista do chefe de uma equipa de sapadores florestais chilenos, que já no ano passado actuou em Portugal tendo sofrido 2 mortos no incêndio da Chamusca. Que diferença em relação aos portugueses ! Resumindo:
- Tem que haver disciplina e uma hierarquia clara e não uma multiplicação de dirigentes a quererem mandar cada um mais que o vizinho e a darem ordens por vezes contraditórias.
- Os sapadores florestais estão para os incêndios como a infantaria está para a guerra, tem que se coordenar com os outros meios terrestres e aéreos.
- Não chega lançar água às chamas, é necessário tirar o combustível ao fogo, ou seja é necessário roçar o mato e outras matérias das quais o fogo se alimenta, antes que ele chegue. Ou seja é necessária prevenção.

Não é por acaso que o Chile, a par da Nova Zelândia, tem a silvicultura mais evoluída do hemisfério Sul. Nós por cá continuamos a discutir se se distribuiram mais ou menos carros aos bombeiros, quem é que deve comandar o combate ao incêndio X que está na fronteira do distrito Y com distrito Z...
Título:
Enviado por: Luso em Julho 07, 2004, 11:00:09 pm
Deixa arder!

Alguém se lembrou de limpar os terrenos perto de suas casas?
Os donos dos terrenos fazem alguma coisa para tratar do que é seu?

Deixa arder...
Título:
Enviado por: komet em Julho 07, 2004, 11:04:10 pm
Vai um pouco do desleixo das pessoas isso é verdade, mas todos nós temos que fazer algo pelas nossas florestas, não é só quem la vive no meio.
Título:
Enviado por: emarques em Julho 08, 2004, 03:12:49 am
Uma vez vi num documentário sapadores americanos a abrir um corta-fogo no meio de uma mata. E serviu-me de prova de que os americanos são mesmo brutos. A técnica consistia em desenrolar uma tira bastante comprida de explosivo plástico e detoná-lo...

Apesar de concordar com o Luso até certo ponto, também é preciso lembrar uma coisa: muita da mata que arde é propriedade do povo português. E por isso o estado está a fazer o que deve fazer um proprietário. :) E para proteger a mata pública é muitas vezes preciso apagar os incêndios em propriedades privadas adjacentes. Mas que há muita gente que precisa de aprender que a exploração da floresta implica limpar o combustível espalhado pelo chão, há.
Título:
Enviado por: Luso em Julho 08, 2004, 09:16:05 am
E a legislação dos Planos Regionais de Ordenamento Florestal?
Um gozo indecente, feito pelos meninos do costume...

Venha um GOVERNO!
Título:
Enviado por: komet em Julho 08, 2004, 09:56:50 am
Citar
Venha um GOVERNO!


Sendo o Luso uma pessoa tão pessimista esta sua expressão de fé até a mim levantou a moral, mesmo que não veja terra no horizonte...  :cry:
Título:
Enviado por: Luso em Julho 08, 2004, 12:39:08 pm
"Sendo o Luso uma pessoa tão pessimista esta sua expressão de fé até a mim levantou a moral, mesmo que não veja terra no horizonte..."

Que fé?
Eu não tenho fé!  :mrgreen:

Eu disse "venha um governo" não "vem aí um Governo"

De facto eu também não vejo "terra no horizonte". Apenas o Mar dos Sargaços.
Título:
Enviado por: fgomes em Julho 13, 2004, 10:38:40 pm
http://sic.sapo.pt/index.php?article=3467&visual=3&area_id=1

Basta a temperatura aumentar e o número de incêndios aumenta exponencialmente !

Continuam os problemas do costume: acessos, prevenção, queixas dos bombeiros, dos autarcas e a floresta vai ardendo...

A destoar deste ambiente o concelho da Figueira da Foz, conseguiu reduzir substancialmente os incêndios, ao montar um sistema de vigilãncia eficaz. Um exemplo a seguir.
Título: Avisos...
Enviado por: ferrol em Julho 14, 2004, 02:34:06 pm
Ben, segundo un xornal galego de hoxe, a Xunta de Galicia asinou un acordo coas autoridades locais da raia portuguesa para actuar en común en incendios nas dúas bandas da raia.
Así os bombeiros portugueses pasarían a España e viceversa en incendios preto da raia, o cal está moi ben, porque lugares tan ecoloxicamente importantes coma a transfronteiriza serra do Xurés poderán estar mellor defendidos dos lumes se todos colaboramos na súa extinción e evitar as esceas tan terroríficas que se viviron o ano pasado en Portugal.
Título:
Enviado por: dremanu em Julho 14, 2004, 05:37:09 pm
Incêndios/Setúbal: Fogo na Arrábida ameaça habitações e mobiliza 160 bombeiros

Setúbal, 06 Jul (Lusa) - A GNR começou a evacuar algumas habitações no Parque Natural da Arrábida ameaçadas por um incêndio que lavra desde perto das 16:00 e que está a ser combatido por mais de 160 bombeiros.

O incêndio continua ainda por circunscrever, ameaçando já diversas casas, algumas das quais estão a ser defendidas das chamas pelos próprios moradores e outras que já foram evacuadas.

Mais de 160 bombeiros de 19 corporações do distrito de Setúbal encontram-se no local, apoiados por 47 veículos e um helicóptero, mas a governadora civil de Setúbal, que se encontra no local, disse aos jornalistas já ter pedido reforços aos distritos de Lisboa e Alentejo.

"É um pavor que o homem não consegue controlar", disse Maria das Mercês Borges, confirmando que uma coluna de cerca de 20 bombeiros de Lisboa está já a caminho da serra da Arrábida.

Também os bombeiros de Alcácer do Sal, Grândola, Torrão, Sines e Cercal do Alentejo se disponibilizaram para apoiar os homens que já se encontram no local.

A falta de meios e o vento intenso que se faz sentir está a dificultar o trabalho dos bombeiros, e vastas extensões de mato continuam a arder.

Segundo confirmou a Lusa no local, várias habitações estão ameaçadas pelas chamas, sendo defendidas pelos próprios moradores.

"Já chamámos os bombeiros há mais de uma hora, mas eles ainda não apareceram porque não têm mãos a medir com tantos focos de incêndio", disse à Lusa uma residente, Isabel Martins.

A maior parte da área em chamas encontra-se no concelho de Palmela, mas há já zonas a arder também no concelho de Setúbal.

A associação ambientalista Quercus já criticou a alegada falta de vigilância no Parque Nacional da Arrábida, que este ano terá tido menos acções desse tipo do que no passado.

"Em anos anteriores havia um projecto financiado pelo Instituto da Conservação da Natureza através do qual eram contratados seis a oito jovens para apoiar as equipas de vigilância no Parque Nacional da Arrábida, mas este ano os jovens não foram contratados", disse Nuno Banza, daquela associação.

Bombeiros Sapadores de Setúbal e dos Voluntários do Barreiro (Salvação Pública e Sul e Sueste), Palmela, Cacilhas Sesimbra, Montijo, Trafaria, Alcochete, Pinhal Novo, Seixal, Águas de Moura e Setúbal estão já no local.

GR/FPA.

Lusa/Fim
Título:
Enviado por: Luso em Julho 21, 2004, 05:47:55 pm
Um recente episódio, triste mas engraçado:

Num concelho deste nosso belo Puretugale há um projecto para recuperação de edificado junto a rios, logo em Reserva Ecológica. A recuperação desse edificado implica a remoção de silvas - vulgo limpeza.
Perante esta situação, uma directora camarária disse: "Alto! É preciso pedir autorização à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional! Ou seja: é preciso esperar uns meses valentes, porque a lei impede a "destruição do coberto vegetal"!!! E limpar silvas o que é?
E para combater os fogos florestais também é preciso proceder à limpeza de matos. E onde estão as florestas? Integrando a Reserva Ecológica Nacional...
Confrontando a sumidade já conhecida por estes disparates e indecisões (mas a ganhar mais de €2000 mês) com o disparate, a Directora confirmou: "Tem que ser!"

 :mrgreen:

Com chefias destas...

- Deixa arder!
Isto está mesmo arranjado para não se fazer nada.
Cada vez tenho mais vergonha de ser funcionário público...
Título:
Enviado por: fgomes em Julho 21, 2004, 07:48:43 pm
Luso, essa história é apenas mais uma entre muitas, mas esteja descansado depois de ver a lista dos secretários de estado este governo vai resolver tudo !!!
Assim esse problema seria resolvido ao mais puro estilo santanista:

- Contratavam-se umas beldades a que seriam distribuidas enxadas e outro equipamento para roçar as silvas.
- Perante toda a comunicação social (naturalmente incluindo a imprensa cor de rosa) o primeiro-ministro e os ministros e secretários de estado da tutela discursariam sobre a magnífica iniciativa de limpeza da floresta.
- Seguidamente apareciam algumas "santanettes" a oferecerem-se como voluntárias para esta inicativa.
- Para finalizar o primeiro-ministro cumprimenta pessoalmente todas estas beldades elogiando-lhes o sacrifício e anunciando a transferência da secretaria das florestas para aquele local.
- Acabada a cerimónia, profusamente transmitida pelos média, todos regressam a suas casas.
- O respectivo secretário de estado cria uma comissão para analizar a transferência que deverá apresentar propostas no prazo de um ano. Entretanto foram publicados vários louvores em Diário da República a altos funcionários ligados à iniciativa e foi mesmo criado um prémio destinado a iniciativas do género.

Epílogo:
As silvas continuam no mesmo lugar.
Título:
Enviado por: dremanu em Julho 21, 2004, 08:49:11 pm
Que gente esta! Até devem precisar de uma autorização qualquer, de um chefe qualquer, para mudarem uma caneta de uma mesa p'ra outra. Patético. Realmente Luso, tá na hora de vc começar a pensar em mudar-se para o sector privado, senão corre o risco de se atrofiar mentalmente no meio dessa pasmaceira toda.
Título:
Enviado por: Luso em Julho 21, 2004, 09:24:12 pm
Fgomes: um completo e total  :G-beer2:

Dremanu: eu estou é a pensar em emigrar! Não consigo trabalhar neste país por conta própria já que dependo de aprovações de projectos (sou arquitecto) de entidades que demoram eternidades a pronunciar (não cumprem a lei mas já a querem cumprir para não se cortarem silvas!!)
E os tribunais não me defendem dos caloteiros. Portanto: estou feito, a menos que compre quem me aprove os projectos. É assim mesmo. Curto e grosso.
Título:
Enviado por: fgomes em Julho 25, 2004, 07:31:17 pm
Com as condições meteorológicas, altas temperaturas, baixa humidade relativa e vento, parece estar a desenhar-se uma crise grave a nível nacional. Vamos ver se realmente se aprendeu alguma coisa com a experiência do ano passado e como se vai portar o novo governo.

Para já uma nota negativa: mirones a ver o incêndio, sem fazer nada e ainda insultam quem o anda a combater !
Título:
Enviado por: emarques em Julho 26, 2004, 02:32:40 am
Achei especialmente interessantes as pilhas de troncos dos incêndios do ano passado que ainda estavam espalhadas pela serra da Arrábida e que contribuíram para o incêndio de hoje. :roll:
Título:
Enviado por: Luso em Julho 26, 2004, 12:36:04 pm
- Sebastião José???

Onde andas tu? Volta, rapaz!
Título:
Enviado por: papatango em Julho 26, 2004, 04:19:18 pm
Citação de: "Emarques"
Achei especialmente interessantes as pilhas de troncos dos incêndios do ano passado que ainda estavam espalhadas pela serra da Arrábida

Troncos, na serra da Arrábida?
Faço a pergunta, porque fui evacuado ontem da praia  :shock:  - é muito específica. Não há arvores grandes e as arvores entroncam-se umas nas outras,criando uma especie de cobertura acima das nossas cabeças, mas os troncos são muito finos.

Não estaría a ver imagens dos fogos no Algarve?

Cumprimentos
Título:
Enviado por: emarques em Julho 26, 2004, 04:36:55 pm
Ups... Monchique, não Arrábida. Tinha a Arrábida na cabeça.  :oops:
Título:
Enviado por: fgomes em Julho 26, 2004, 07:42:22 pm
Infelizmente parece confirmar-se a crise, os fogos multiplicam-se tendo os bombeiros cada vez mais dificuldades em enfrentar todos os incêndios, a prevenção vê-se que ficou por fazer, é inacreditável que as pessoas continuem sem roçar os matos junto às habitações e depois em desespero atirem baldes de água ao fogo. Fico espantado quando vejo pessoas a olhar para o fogo a aproximar-se das suas casas rodeadas de vegetação altamente combustível e ninguém tenta roçar esta vegetação, especialmente em zonas rurais onde existem máquinas agrícolas que podem fazer isto.

Não estará na altura de o estado adquirir meios aéreos em quantidade e qualidade para combater este flagelo? Os russos da Beriev fabricam uns aviões interessantes, parece-me que superiores aos Canadair e que podem ter outros usos.

http://www.beriev.com/eng/core_e.html
Título:
Enviado por: Luso em Julho 26, 2004, 09:07:16 pm
Deixa arder!

de http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/ (http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/)

"Basta... Chega... (III)
Em 2003, arderam em Portugal 410 mil hectares de floresta entre os meses de Junho e Setembro, tendo morrido 20 pessoas. Segundo os relatórios oficiais divulgados pelo SNBPC - Serviço Nacional Bombeiros Protecção Civil, foram utilizados 24 helicópteros , 10 aerotanques ligeiros e 2 aviões Canadair contratados à empresa Aerocondor, presidida por Victor Brito.

A escolha das empresas resultou de concursos públicos internacionais, mas, apesar disso, as sociedades contratadas são quase todas portugesas. Os contratos estabelecem um pacote determinado de horas e quando este é ultrapassado, o Estado é obrigado a pagar horas-extra à empresas.

No ano de 2003, foram contratualizadas 350 horas de voo com a empresa Aerocondor relativos aos 2 aviões Canadair, sendo que cada hora é, segundo o mesmo relatório do SNBPC, paga pelo Estado Português pelo valor de 3.000 euros.

Ora, as contas são simples, o valor de horas utilizado pelos aviões Canadair foram de 520 segundo o mesmo relatório, multiplicando por 3.000 euros à hora, temos que no total a factura deveria ser de € 1.560.000,00.

O Estado Português pagou segundo o relatório da SNBPC, cerca de € 2.800.000,00, a empresa Aerocondor, quando o deveria ter feito apenas por cerca de € 1,5 Milhões de Euros.

A factura do Estado Português com empresas relativamente ao combate aos incêndios ascendeu a 12 Milhões de Euros em 2003.

Um Canadair novo custa entre os 2,5 e os 3 Milhões de Euros. A proposta do consórcio alemão para a compra por Portugal de dois submarinos está orçada em 600 Milhões de Euros. A mais cara vale 1 700 Milhões de Euros...

Prioridades.

Publicado por António às 7:20 PM"

Não subscrevo a boca sobre os submarinos, por ser simplória. Mas o resto...
Título:
Enviado por: fgomes em Julho 26, 2004, 09:17:48 pm
Quando cai a noite deixa de ser possível aos meios aéreos combater os incêndios. Como de noite normalmente baixa a temperatura e  sobe a humidade relativa, seria uma grande vantagem poder utilizar meios aéreos de noite. Será um problema muito grande, equipar aviões e helicópteros de modo a poderem actuar de noite ? Ao contrário de alvos militares o fogo vê-se melhor de noite...
Título:
Enviado por: papatango em Julho 26, 2004, 09:55:23 pm
Estava tudo bem, se por acaso não fosse verdade que um Canadair, novo fica por: $25.000.000 (vinte e cinco milhões de dolares)

Há, é verdade, vem, sem combustível e sem pilotos, e é preciso efectuar a manutenção (que por acaso não é barata).

Para comprar os aviões, é necessário pagar aos pilotos (além de forma-los) e não se podem despedir quando chega o inverno.

Portugal gasta 12 milhões por ano para combater os fogos (com os custos de pessoal e combustível incluidos, embora dependa de cada contrato).

O orçamento anual, dá para comprar meio Canadair.

Portanto deixamos de combater os fogos durante uns 10 anos, e então teremos dinheiro para comprar cinco Canadair novinhos em folha.

Claro, que na altura já não vai haver país.

Alguns destes Blogs, são geridos por imbecis - quase de certeza absoluta, deputados da oposição (do momento, claro), unica razão para tamanhas imbecilidades e chorrilhos de mentiras que se vêm neles.

Nesta terra de Santa Maria, a mentira é barata e a punição, é uma anedota.

Sou favorável á critica construtiva, ou a outras críticas, quando são fundamentadas. Mas sinceramente fico irritado quando vejo burradas destas. São poucos os que sabem quanto custa um avião. São muitos os que facilmente acreditam nas mentiras que por aí se vêm.

Cumprimentos


PS:
Luso, obviamente os meus comentários não lhe são dirigidos. Você limitou-se a indicar o comentário. Já fui ao Blog, dizer umas verdades... :D
Se o meu comentário vai ou não aparecer, não sei.
Título:
Enviado por: Luso em Julho 26, 2004, 10:13:24 pm
Papatango, se entende que é uma burrada então a pancada também é para mim porque concordo com ela!

Não sei porque é que não se dispõe de Canadairs na orgânica da Força Aérea para combate a incêndio, SAR e sabe-se lá que mais. O Canadair não pode substituir os aviocars de patrulha marítima?
Se calhar também era conveniente privatizar o exército, a marinha e força aérea, fazendo um contrato com Marrocos, Espanha ou França. Provavelmente sairia mais barato...

Mas há que fazer justiça ao que diz: o preço é superior ao que diz o blog e eu deveria estar atento a isso...

"Between 21 and 29 May 2002, another promotional tour was made of Australia, this time by CL-415 C-GILN. The aircraft carried electronic equipment to detect hot spots through smoke. A quoted purchase price of AUS$29 million would allow the buyer to drop up to 125,000 litres of water per hour on a fire, given a water supply within 15 km."
http://users.chariot.net.au/~theburfs/canad415MAIN.html (http://users.chariot.net.au/~theburfs/canad415MAIN.html)

Ou seja €17M, preços de 2002.

E sim, o seu comentário apareceu. Eu também já deixei um comentário no passado a propósito de uma boca lançada sobre os submarinos mas o "Manuel" nunca me explicou esse comentário.
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 26, 2004, 10:32:42 pm
Luso, é bastante relativo.

O canadair é uma aeronave com uma função muito própria. Nunca um Canadair poderia substituir um Aviocar de patrulha marítima ( que é uma aeronave de EW ). Simplesmente não existe espaço num canadair para adaptar os sistemas de guerra electrónica que os CN-212-300 possuem.

Aquilo que o papatango disse, e bem, foi que neste género de comentários temos de ter em contas as inúmeras variáveis que existem - o combustível, os pilotos, a manutenção, a manutenção das horas mínimas de voo, etc - coisas que, aumentam e em muito o preço de operação de tais plataformas. Não basta simplesmente pensar na aquisição das aeronaves.

No caso de o estado português adquirir Canadairs penso que deveriam ser operados pelo serviço nacional de protecção civil/bombeiros e não pela força aérea - embora tripulações desta os pudessem pilotar.
Título:
Enviado por: fgomes em Julho 26, 2004, 10:34:52 pm
O problema é se vale ou não a pena ter meios aéreos, propriedade do Estado Português. As contas têm que ser feitas em função dos prejuízos provocados pelos incêndios e dos (possíveis) acréscimos de eficiência que ter meios aéreos próprios trará. Uma das vantagens seria que se acabariam as polémicas sobre o aluguer de meios aéreos...

Só queria fazer um reparo ao post do Papatango, com o qual concordo, um avião como o Canadair deverá ficar em serviço durante uns bons anos, pelo que 12 milhões multiplicados por vários anos se calhar já dará para comprar uns aviões...
Título:
Enviado por: Luso em Julho 26, 2004, 10:40:03 pm
Meus senhores, dou a mão à palmatória!
Eu também deveria ter estudado a lição e caí na emoção fácil.
Contudo entendo que estas situações - de interesse público não são privatizáveis (e olhem que eu considero-me bem à direita!).
Por definição com o privado não há interesse público, e todos os dias tenho provas disso...
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 26, 2004, 10:46:30 pm
Já agora aproveito e teço mais uma palavras.

É notório, no geral da população, o sentimento de que os meios aéreos são a hipotética salvação para um incêndio.

É preciso entender que, tal como numa guerra, não se consegue vencer um incêndio a partir do ar e que os meios aéreos são eficazes apenas em situações ou condições específicas.
Os meios aéreos são particularmente eficazes em pequenos focos de incêndio ou delimitação de áreas. Uma simples descarga directa não produz qualquer efeito num incêndio de grandes dimensões, logo, para além de uma questão de quantidade é também uma questão de competência na utilização dos meios existentes, tendo sempre em conta as vísiveis diferenças entre as platafotmas - seja aviões ou helis.
Título:
Enviado por: Luso em Julho 26, 2004, 10:59:08 pm
Muito bem, Ricardo. Mas acha que uma estrutura civil é capaz de lidar com a gestão desses meios e fazer o controlo dos mesmos?
Para não falar no conflito de interesses...

Já agora: como é feito o controlo aéreo avançado no local?
Título:
Enviado por: fgomes em Julho 26, 2004, 10:59:20 pm
Estamos aqui a discutir a aquisição de aviões, mas o problema fundamental é quando a situação chega ao ponto que chegou hoje, é porque falhou a PREVENÇÃO em toda a linha. Depois começa-se à espera de salvadores, neste caso os aviões, ou então à procura de culpados, sendo os mais populares os incendiários ao serviço de uma tenebrosa conspiração contra as nossas florestas !
Vejamos que os incêndios chegam às habitações porque não houve o cuidado de limpar o mato à sua volta, ardem zonas inacessíveis de alto valor ecológico porque não existem caminhos para os bombeiros. São duas coisas simples e baratas de realizar e que poderiam ter evitado muitos problemas.
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 26, 2004, 11:05:27 pm
Citação de: "Luso"
Muito bem, Ricardo. Mas acha que uma estrutura civil é capaz de lidar com a gestão desses meios e fazer o controlo dos mesmos?
Para não falar no conflito de interesses...

Já agora: como é feito o controlo aéreo avançado no local?


Penso que sim Luso. A França utiliza os seus Canadairs enquadrados numa estrutura civil, a Grécia, por exemplo, já os utiliza com o apoio da Força Aérea.
Se o serviço nacional de bombeiros/protecção civil consegue lidar com a utilização de alguns helis penso que também o poderá fazer com os Canadairs. Contudo, e como é óbvio, também aqui devem existir ovelhas negras. O importante é a competência das pessoas que trabalham nessa função - o que por vezes, tristemente, é raro.

Quando ao controlo aéreo avançado é feito normalmente pelos bombeiros no local que através de referências visuais - ou não - indicam qual seria o melhor lugar para uma largada. Contudo, muitas vezes não existe qualquer controlo em apoio às aeronaves e a descarga "vai para o molhe". Isto sim é preciso mudar. Felizmente nos últimos anos tem melhorado e muito mas é preciso mais ao nível da coordenação.
Título:
Enviado por: Luso em Julho 26, 2004, 11:10:21 pm
Sim, fgomes: a prevenção é a chave, mas já sabe como é a legislação tarda, está malfeita (aquelas comissões mistas são um gozo), os PROFs não saem, há aqueles totós que dizem que não se toca em REN nem para limpar, as autarquias não cumprem a lei e ninguém se preocupa com isso.
Os tribunais também não condenam os proprietários negligentes...
É o incentivo nacional à inactividade e esse é que funciona muito bem.

...andesoión, andesoión..

Mas esta discussão é só para meios... para os aviões, porque para o resto...
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 26, 2004, 11:13:21 pm
Já aqui alguém tinha referido que se podiam utilizar reclusos para serviço comunitário - limpeza de matas.

Gosto da ideia.
Título:
Enviado por: fgomes em Julho 26, 2004, 11:19:44 pm
Desta interessante discussão concluo que há semelhanças entre o combate a incêndios e a guerra. Ora como hoje as Forças Armadas são profissionais, também o combate a incêndios e toda a prevenção deveria ser pelo menos enquadrada por profissionais.
Ainda a propósito de prevenção, o concelho da Figueira da Foz conseguiu reduzir drásticamente os incêndios ao implementar um sistema de vigilância eficaz. Uma fundação privada financiou aquisição de dois pequenos aviões dotados de meios de detecção e de GPS para patrulharem a zona do pinhal de Leiria. O que é que o estado fez em termos de adquirir meios que possibilitem a detecção precoce de incêndios ?
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 26, 2004, 11:33:26 pm
Ora fgomes, aí está uma área que penso que tem bastante futuro e que terá de ter um investimento obrigatório.

O projecto da UBI, Skyguardian, seria a plataforma perfeita e dotado dos sensores correctos, seria uma grande mais-valia da detecção de pequenos focos de incêndio.

É uma questão de se assumirem prioridades e de fazer um pequeno esforço na atribuição de fundos para esta área.
É algo que preconizo com inevitável pois, tal como os últimos anos já provaram, os incêndios atacam cada vez mais com uma intensidade maior.
Título:
Enviado por: fgomes em Julho 26, 2004, 11:47:10 pm
Completamente de acordo, já defendi noutras ocasiões a utilização de UAV para a detecção precoce de incêndios, ainda mais um projecto nacional. Mas seria necessário termos dirigentes arrojados para apoiarem um projecto destes. Preferem fazer tudo da mesma maneira, as asneiras e as queixas do costume, gastar dinheiro em coisas inúteis mas eleitoralmente mais rendosas.
Título:
Enviado por: emarques em Julho 27, 2004, 12:30:37 am
O problema é que depois entregavam a consola de comando do UAV a um tipo que caiu nos bombeiros de para-quedas e não sabe como aquilo se controla. Dali a pouco começava um incêndio porque o UAV carregado de combustível se despenhou numa zona florestada...
Título:
Enviado por: Dinivan em Julho 27, 2004, 07:23:34 am
España y Grecia envían refuerzos aéreos a Portugal para ayudar a sofocar los 18 incendios activos

El fuego arrasó 400.000 hectáreas de terreno luso en 2003, la peor catástrofe causada por las llamas en la Historia del país

EFE


 
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LISBOA.- El ministro portugués de Interior, Daniel Sanches, ha anunciado de madrugada la llegada de refuerzos aéreos españoles y griegos para luchar contra la oleada de incendios que devastan grandes zonas de su país. Unos 18 incendios forestales permanecen activos simultáneamente en todo Portugal, aunque los más graves afectaban a varias localidades del Algarve.

En el combate aéreo al fuego, Portugal movilizó el lunes 320 vehículos, 37 aviones y helicópteros incluidos en el dispositivo nacional de combate de incendios. Más de un millar de bomberos trabajan en la operación.

El ministro explicó a los medios informativos que los refuerzos incluyen un "Canadair" español, otros dos llegados desde Grecia y la posibilidad de un segundo avión español, así como que se ha solicitado ayuda a Italia, que la había ofrecido con anterioridad.

La Fuerza Aérea portuguesa enviará un avión "Cessna" para ayudar contra los incendios y las Fuerzas Armadas desplegarán 250 hombres para ayudar a luchar contra el fuego, que se unen a otros 250 ya desplegados.

Asimismo, Inglaterra, Italia y Noruega están estudiando apoyar a Portugal en el combate a los incendios, mientras que Francia, que también está en plena luchando contra el fuego, facilitará apoyo después del 29 de julio. Portugal pidió el lunes ayuda a la UE para controlar los incendios activos.

Sanches consideró que "es una situación muy difícil", sobre todo porque el peligro de nuevos incendios se mantiene muy elevado debido a la situación meteorológica, con una fuerte ola de calor de norte a sur.

Durante la jornada del lunes, una mujer sufrió quemaduras cuando intentaba proteger una zona agrícola de las llamas que arrasan la región de Ourém, en el centro del país.

En 2003, la ola de calor de finales de julio a mediados de agosto propició numerosos incendios que destruyeron más de 400.000 hectáreas de terrenos arbolados o de matorral, en la que se consideró la peor catástrofe causada por el fuego en la Historia lusa.
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 27, 2004, 09:02:25 am
Citação de: "emarques"
O problema é que depois entregavam a consola de comando do UAV a um tipo que caiu nos bombeiros de para-quedas e não sabe como aquilo se controla. Dali a pouco começava um incêndio porque o UAV carregado de combustível se despenhou numa zona florestada...


O SkyGuardian pode ser programado com antecipação e ter uma rota completamente autónoma.
Isto é, pré-programada deixando de existir a necessidade de um operador. Toda a detecção de fumos e focos de incêncido é feita automaticamente sendo os dados imediatamente transmitidos para a central.
Em caso de controlo manual não é necessário que seja um bombeiro a controlar a aeronave. Uma pessoa qualificada pode muito bem, estando sentada em Lisboa, controlar o UAV sobre as matas de Leiria por exemplo.
Título:
Enviado por: Luso em Julho 27, 2004, 09:09:41 am
Dinivan, o meu "gracias". Os terríveis castelhanos não são assim tão pestes...
Título:
Enviado por: Luso em Julho 27, 2004, 09:12:05 am
Resposta da "Grande Loja":

"Ao que parece o post de ontem intitulado “ Basta…Chega … (III), levou a alguns erros de interpretação. A parte dos elogios que alguns elementos registados do Fórum de Defesa nos concederam e que vão de imbecis a gente irresponsável, a Grande Loja aproveita para elucidar :

1. Sempre foi lema da Grande Loja, permitir a todos os seus leitores, participarem so a forma de comentário, e nunca até hoje tive conhecimento que um comentário por muito abusivo que fosse tivesse sido apagado. Por isso caro papatango, quando insinou que não sabia se o seu comentário iria surgir ou não, ele está lá, para que todos possam ler. Da mesma forma que somos responsáveis pelo que escrevemos, não somos responsáveis por aquilo que outros escrevem.
2. Ao que o utilizador registado no forum de defesa indica o preço dos canadair novos é de USD 25 Milhões. Pelo vistos , caiu no mesmo erro, já que USD 25 Milhões correspondem a preços de 2002, segundo os seus raciocínios a 17 Milhões de Euros. Tal corresponderia a que um euro valeria 0,68 Euros. Para além dessa taxa nunca se ter praticado no mercado monetário, o valor actual dos Canadair novos ascende a 25 Milhões de Euros.
3. Um Canadair usado pode ser adquirido por valores que oscilam entre os 2,5 Milhoes de Euros e os 3 Milhões de Euros.
4. Apesar de não sabermos pesquisar nos motores de busca como o google, conseguimos descobrir, que a força àerea tem na base do Montijo três kits para equipar aviões convencionais na luta contra os fogos. Sabemos que tal decisão de não avançar ficou-se oficialmente a dever-se a avarias nos kits que se encontram num armazém.
5. Se o papatango fosse tão bom a fazer contas como a acusar, então certamente saberia que os 12 Milhões de euros que no ano passado o Estado pagou no combate aos fogos florestais, dariam para adquirir em sistemas de leasing ou de lease-back aviões canadair, com encargos substancialmente menores do que actuais.
6. Pelos vistos o papatango prefere um sistema, onde uma empresa lucra mais, consoante a àrea ardida em Portugal for maior.
7. Chegou a nossa vez, a hora dos irresponsáveis, perguntar se os mesmos moderadores terão coragem de colocar o direito de resposta no forum de defesa.
8. Não posso falar pelos outros Veneráveis desta Grande Loja, mas e ao contrário do que se passa por outro lados, aqui cada um responde por aquilo que escreve.
9. Não pertenço a nenhum partido político por opção, e se pertencesse fosse ele qual fosse tal deveria ser visto como meio de intervenção política na sociedade e não como razão de menosprezo. Os políticos aqui na Grande Loja não são julgados pelo que são mas por aquilo que fazem ou não fazem.

António Grande Loja."

Hummm... não me convence.
Título:
Enviado por: JNSA em Julho 27, 2004, 04:44:16 pm
É incrível como foi possível, depois dos incêndios de 2003, deixar passar um ano sem fazer nada, anunciando medidas, mas não concretizando nenhuma. :evil:

Estamos a ver desaparecer um dos nossos maiores patrimónios e não estamos a fazer nada para o impedir. Há vidas de pessoas que estão em risco, há pessoas que perdem tudo, e o Governo nada fez durante um ano... Se isto não é gestão danosa, então não sei o que é (e não, Ricardo, não venhas dizer que eu só estou a atacar o PSD, porque eu também acho que alguns ex-ministros do PS também podiam ir prestar alguns esclarecimentos...).

Concordo com muito do que aqui foi dito, mas gostaria de juntar algumas sugestões e medidas que deviam ser tomadas:

- Re-ordenar a floresta. E isto não é sou abrir uns aceiros para eleitor ver. É estudar os tipos de flora mais adequados a cada área, abrir caminhos florestais e corta-fogos em conjunção com os bombeiros (visto que são eles que conhecem melhor o comportamento dos incêndios), fazer a limpeza efectiva das matas (removendo por exemplo as toneladas de montes de cortiça e madeira cortada que se vêem nas nossas florestas à espera de serem levadas para transformação ou venda), obrigar as pessoas a desmatar as áreas em volta das casas (e inspeccioná-las, aplicando coimas aos que não o fazem), criar zonas estratégicas de reabastecimento de hélis e bombardeiros de combate a incêndios.
- Melhorar a vigilância das florestas, com mais torres de vigia, UAV's e patrulhas de Guardas Florestais (é bom que o exército ajude, mas tem é que se aumentar o número de Guardas Florestais e equipá-los minimamente)
- Insistir em campanhas de informação às pessoas para que elas não tenham comportamentos de risco e se for preciso, aumentar a moldura penal dos causadores de incêncios por incúria
- Reorganizar profundamente os bombeiros. Isto não é só comprar mais viaturas ou meios aéreos, embora eles também sejam importantes. É sobretudo criar mais corporações de Bombeiros Sapadores (profissionais), treiná-los devidamente (se preciso for, no estrangeiro), e criar uma estrutura de coordenação. É preciso que a cadeia de comando dos bombeiros possa ser respeitada, mas também competente e sobretudo rápida a receber informação, tomar decisões e transmitir ordens. Isto faz-se melhorando os meios de comunicação, mais do que qualquer outro equipamento. Os bombeiros precisam de receber meios de comunicação rádio eficazes, bem como aparelhos de GPS, e aprender a usá-los, para que o comando saiba em tempo real onde cada corporação ou viatura se encontra, e possa usá-la de forma mais eficiente no combate aos incêndios.
- Melhorar a investigação a fogos de origem humana, de forma a que se consigam capturar os criminosos que os iniciaram (e sobretudo os mandantes - especuladores imobiliários, empresários da construção civil, madeireiros, bombeiros e autarcas corruptos ligados a interesses imobiliários ou mesmo a empresas de equipamento de combate a incêndios); aumentar a moldura penal sobretudo sobre os que contratam os incendiários.
- Adquirir mais meios aéreos, visto que são mais adequados ao nosso tipo de relevo que as viaturas terrestres, sobretudo meios de elevada capacidade (hélis e bombardeiros pesados) e que possam operar de noite. Esta é talvez a área que envolve maiores gastos, mas eles têm que ser encarados como um investimento, como uma forma de preservar a nossa fauna e flora. Quanto à sua operação pelo Min. da Administração Interna ou pela Defesa, isso é uma questão secundária - o que é certo é que devem ser meios públicos, com boas tripulações, e bem coordenados com os bombeiros no solo.
- Ver, nas corporações de zonas rurais, as viaturas que são desadequadas, e encaminhá-las para as corporações de zonas urbanas, ou para as de bombeiros voluntários, e adquirir viaturas com maior capacidade todo-o-terreno, e mais importante, bons meios de comunicação.

Tudo isto custa dinheiro e demora tempo, mas é preferível a ver o país arder aos bocados...
Título:
Enviado por: papatango em Julho 27, 2004, 05:22:26 pm
Interessantes as elucidações desta “Grande Loja”

Citação de: "A Grande Loja"
1.   Sempre foi lema da Grande Loja, permitir a todos os seus leitores, participarem so a forma de comentário, e nunca até hoje tive conhecimento que um comentário por muito abusivo que fosse tivesse sido apagado

Só lhes fica bem. A esta e a outras lojas. Mas claro, quem não costuma frequentar a loja, não sabe qual é a política da casa. Há lojas que pensam que são muito conhecidas, e há outras mais modestas. Não sei em que grupo se encontra a loja Limiana.

Citação de: "A Grande Loja"
Ao que o utilizador registado no forum de defesa indica o preço dos canadair novos é de USD 25 Milhões. Pelo vistos , caiu no mesmo erro, já que USD 25 Milhões correspondem a preços de 2002, segundo os seus raciocínios a 17 Milhões de Euros.

Por acaso, se os autores do texto se dessem ao trabalho, chegaríam á conclusão de que para ter neste momento aviões em quantidade, Portugal tería que os ter encomendado anteriormente. Por isso, aos preços da altura (2002) o preço sería realmente USD 25.000.000.

Além do mais, como é evidentemente óbvio, a minha critica vai para a escala de valores, e não para o valor em si. Se o comentário escrito no blog, referisse que cada avião custava 15 milhões, eu diria que estava muito barato, mas a minha crítica não faría sentido. A minha crítica faz sentido porque os valores apresentados subvertem toda uma escala de valores. Quais os objectivos de tamanha distorção?

Eu acho que há uma intenção propositada.

Porquê?

Porque a seguir o autor refere que afinal, os 2.5 a 3 milhões de dolares eram para aviões em segunda-mão - um detalhe sem a mais pequena importância, porque toda a gente sabe que um veículo USADO que custa 10% - dez por cento – do preço de um novo, faz exactamente a mesma coisa. (Se Portugal tivesse comprado os aviões usados e se algum deles voasse – o que sería dificil – não faltaríam as críticas Limianas á irresponsabilidade dos governantes que andam a comprar sucata que corre o risco de se despenhar em cima das nossas cabeças). NÃO HA PACHORRA!!!

Se era um erro (como de facto foi) era mais simples reconhecer humildemente o erro e encerrar o assunto. Mas á boa maneira portuguesa, tenta-se tapar o Sol com a peneira e encontrar uma desculpa para o disparatado “deslize”. Nesta terra de Santa Maria, quando há um problema, não se resolve. Encontra-se uma desculpa. Referir os aviões em segunda-mão, é nada mais nada menos que isso, uma desculpa de mau pagador, como argumento de quem sabe que escreveu um disparate, mas não tem a humildade de o reconhecer.

Portanto, também sería interessante saber onde é que o Estado Português vai encontrar essa frota de Canadair em segunda-mão. Porque no lugar onde os autores do blog Limiano foram á procura, se calhar não é muito bom negócio.

Os aviões Canadair comprados na Amazon.com  :mrgreen:, se calhar têm um pouquinho de dificuldade em voar. Mas claro, como os conhecimentos técnicos dos autores do blog são enormes, devem ter concluido que se trata de um anfibio. Portanto se é anfibio, para que é que tem que voar?

Citação de: "A Grande Loja"
Apesar de não sabermos pesquisar nos motores de busca como o google, conseguimos descobrir, que a força àerea tem na base do Montijo três kits para equipar aviões convencionais na luta contra os fogos. Sabemos que tal decisão de não avançar ficou-se oficialmente a dever-se a avarias nos kits que se encontram num armazém.

São conhecimentos muito interessantes. Mas mesmo que a força aérea tivesse mil kits anti-fogo, ou o próprio São Pedro em pessoa, secretamente armazenado no Montijo (com as chaves do Céu em riste, pronto a fazer desabar a água em cima dos fogos), o comentário públicado no blog, não tería deixado de estar TOTALMENTE ERRADO, porque se baseou num dado base, que estava errado. Éra mentira! (contra factos não há argumentos)

Além do mais, a existência do que quer que seja na Força Aérea, não torna mais dificil uma pesquisa no Google. Só a não faz quem não sabe, ou então quem, propositadamente NÃO A QUER FAZER PORQUE DÁ TRABALHO E É MAIS FACIL “AMANDAR” AREIA PARA OS OLHOS DO ZÉ, QUE O ZÉ É ESTÚPIDO E FACILMENTE SE ENGANA COM UMA MENTIRITA OU OUTRA. Aqui ESTE Zé, fica irritado quando é enganado, e ainda mais quando percebe que está a ser enganado.

Os kits que existem, além do mais são para aviões C-130 e não têm nada a ver com o Canadair, que, pelas suas características, consegue transportar muito mais agua por hora, para um alvo próximo de um rio ou uma barragem.

Citação de: "A Grande Loja"
Se o papatango fosse tão bom a fazer contas como a acusar, então certamente saberia que os 12 Milhões de euros que no ano passado o Estado pagou no combate aos fogos florestais, dariam para adquirir em sistemas de leasing ou de lease-back aviões canadair, com encargos substancialmente menores do que actuais

E tería chegado, para pagar um ano de Leasing (que por acaso, verificando os meus fracos conhecimentos de gestão, parece que é uma espécie de sistema de aluguer em que é necessário PAGAR TODOS OS ANOS, sendo que no fim, como toda a gente sabe, a compra acaba por ficar mais cara, e o bem só é nosso quando chega ao fim da sua vida útil calculada.

Como um Canadair, devido aos grandes esfoços mecânicos a que é submetido se desgasta rápido, no fim do Leasing, passamos a comprar mais Canadair, porque entretanto os velhos, vendêmo-los via leilão na E-Bay, onde algum incauto limianoide de algum país do terceiro-mundo os vai comprar.

A questão dos kits para o C-130 pode ser discutida se foram apresentadas e discutidas questões técnicas, como a manobrabilidade de um C-130 em vales apertados (comuns em Portugal) e o desgaste provocado a este tipo de avião que já tem quase trinta anos. (esta é outra questão, como é óbvio e não se deve misturar)

Citação de: "A Grande Loja"
Pelos vistos o papatango prefere um sistema, onde uma empresa lucra mais, consoante a àrea ardida em Portugal for maior.

A “desconversa” é o argumento máis válido, quando se nos acabam os argumentos, ou quando nem sequer temos argumentos. Se eu quisesse ser sarcástico, também diría que parece que pelos lados limianos, há interesses das empresas de Leasing á solta. Mas não digo, porque evidentemente também não faría sentido.

Citação de: "A Grande Loja"
Chegou a nossa vez, a hora dos irresponsáveis, perguntar se os mesmos moderadores terão coragem de colocar o direito de resposta no forum de defesa


Naturalmente não posso responder pelo FórumDefesa, onde sou um insignificante participante, um entre muitos, mas onde não deixo de dizer o que penso. Acredito no direito á livre expressão de ideias e gritarei sempre que achar que esse direito fôr posto em causa. Mas isso não quer dizer que me abstenha de gritar com a mesma veemência quando o direito á liberdade de expressão, é utilizado para propagar disparates, e quando se utilizam dados falsos para justificar raciocinios, mesmo quando eu estou de acordo com eles.

Estamos num país onde o boato é fácil de propagar, o insulto não é punido, a mentira, não é desmascarada. O Zé suporta tudo. Suporta politicos imbecís, sem ideias, sem convicções e sem planos, e suporta as oposições, que só criticam porque não estão ao abrigo da teta do poder, calando-se obedientemente quando trocam de posição, perdendo de repente todos os seus principios, e as suas grandes ideias.

A teta do poder é apetecível, e para lá chegar, ou ajudar uma família política a lá chegar, tudo vale. É obrigação dos cidadãos, mesmo os anónimos como eu, levantar a vóz e falar. Vale sempre a pena falar, porque talvêz quando a Grande Loja do Queijo Limiano se debruçar outra vêz sobre estes temas, tenha a sensatez de fazer uma pesquisa no Google, e não produza um comentário baseado em dados falsos.

Vale sempre a pena protestar.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Luso em Julho 27, 2004, 09:03:06 pm
"O ZÉ É ESTÚPIDO E FACILMENTE SE ENGANA COM UMA MENTIRITA OU OUTRA"

Pois este Zé caiu que nem um patinho!
Se calhar também eu esperava ouvir uma coisa dessas.
Mea culpa.
Título:
Enviado por: Luso em Julho 27, 2004, 09:23:41 pm
"Já aqui alguém tinha referido que se podiam utilizar reclusos para serviço comunitário - limpeza de matas."

Não é permitido entrar no terreno dos outros: se um proprietário tiver o terreno imundo e com mato, a Câmara não pode entrar senão é invasão de propriedade :wink:
Título:
Enviado por: fgomes em Julho 27, 2004, 10:48:24 pm
Só para ver a diferença como estes assuntos são tratados vejam o que se passa no Canadá, na Colúmbia Britânica:

http://www.gisuser.com/content/view/2351/2/

Existe software georefenciado, que permite saber entre outras coisas, ao eclodir um incêndio ou outra emergência, quantos habitantes tem a zona afectada, infrestruturas públicas etc. que permite organizar o apoio, evacuações etc. Permite também cruzar a informação dos vários departamentos da administração pública. Não tenho conhecimento que exista qualquer aplicação semelhante para auxiliar a nossa Protecção Civil. Pelo que conheço, organizar a informação dos vários serviços da nossa administração de modo a poder ser cruzada é simplesmente impossível (em muitos casos não existe nada para cruzar) !
Mas as más notícias não acabam aqui, as ferramentas de desenvolvimento desta aplicação informática são produzidos por uma empresa polaca...
Não tarda muito que nos ultrapassem nas estatísticas da UE !
Título:
Enviado por: emarques em Julho 27, 2004, 11:05:35 pm
Bem, quanto a isso, não é por falta de capacidade, porque há muita gente que trabalha com serviços de informação geográfica, em muitos ramos de negócio. Ou seja, não é por falta de capacidade que não há software português do estilo. Mas não é só na protecção civil, a falta de integração de diferentes serviços em todo o país parece ser uma desgraça. Por exemplo, cabe na cabeça de alguém que sejam os contribuintes a andar entre as câmaras municipais e as repartições de finanças a passar informação entre eles sobre a contribuição autárquica? Se alguém tivesse um pouco de bom senso, o munícipe tratava dos registos todos na câmara, e esta é que passava os dados às finanças. Não faziam as pessoas perder tempo, e reduziam as hipóteses de que os dados nos diferentes arquivos não coincidissem.
Título:
Enviado por: papatango em Julho 27, 2004, 11:18:38 pm
Fala-se muito em ordenamento.

Mas ainda não ouvi ninguém falar num facto conhecido (referido há uns meses pelo Expresso). É que 28% das familias portuguesas têm pelo menos uma segunda casa. Normalmente são pessoas que vivem em Lisboa e no Porto (regiões metropolitanas) e que têm a casinha na terrinha, para os fins de semana.

Claro que toda a gente quer estar longe da poluição, do barulho e do stress, e toda a gente quer uma casa num ermo escondido, nos cafundós de Judas, onde o Diabo perdeu as botas.

Quando há un incêndio, por muito "cafundó" que seja o lugar onde está a casa de campo, há que haver sempre um carro dos bombeiros.

O nosso patrimonio florestal está a arder. Mas é politicamente incorrecto dizer que está a arder, porque antes, temos que apagar os incendios nos lugares onde estão as casas.

Visto de cima, Portugal virou um queijo suiço, tudo queimado, com umas pequenas áreas redondas, com uma casinha no meio.

O problema está muuuito fundo. Estas familias esticaram os orçamentos para construirem as casinhas, mas são gente da cidade, que a ultima coisa que tem na cabeça, é limpar a área circundante. O campo está meio deserto, e pedir a uma pessoa para fazer o serviço custa cerca de €75 por dia. Fica caro.

Há uma grande quantidade de questões destas, como o empobrecimento das pessoas que vivem no campo (aqueles que não têm casa na cidade), que não têm dinheiro para pagar a quem faça, e em muitos casos não têm forças (pessoas idosas) para o fazer.

Há trinta anos, não havia luz electrica nem aquecimento electrico nas casas, e a maioria das pessoas andava pelos campos a "catar" galhos secos para fazer fogueiras. Hoje, ninguém faz isso, e o sistema de "limpeza" natural, desapareceu. Os galhos agora são inuteis. Só servem para arder.

Sem equacionar todos estes pequenos problemas, não adianta comprar helicopteros e aviões. Não temos dinheiro que chegue para isso. O ordenamento do território é o que é, e como sempre ninguém tem culpa. A oposição acusa o governo de não ter feito aquilo que a própria oposição quando era governo deixou por fazer. E isto continua assim, mude o governo ou o partido que está no governo. Os desleixados (quando eram governo) passam a eficazes criticos quando as eleições lhes correm mal.

enfim

E la nave vá...



PS:
LUSO
jeqete?
eu ?  :shock:
Título:
Enviado por: Luso em Julho 27, 2004, 11:57:11 pm
"PS:
LUSO
jeqete?
eu ? "

Ainda bem...
Já agora: pelos vistos já conhece os "compadres" limianos. Embora o que muitas vezes faça sentido outras vezes é maledicência pura, porque não confirmada, infundada e muitas vezes desmentida. E como eu tenho uma tendência para acreditar em paladinos da justiça (they are out there)...
Título:
Enviado por: dremanu em Julho 28, 2004, 11:20:37 pm
É triste assistir a tanta incompetência e irresponsabilidade por parte das autoridades Portuguesas em relação à questão da prevenção dos fogos.

O que o PT fala sobre as pessoas catarem os galhos secos espalhados pelo chão, faz perfeitamente sentido. Se pensarmos um pouquinho, Portugal já tem quase 900 anos de idade, e durante quase todo esse tempo não havia aviões de combate ao fogo, e não havia fogos em Portugal. Pelo menos eu nunca lí nada sobre um grande fogo que tenha consumido parte do país em alguma ocasião, no passado.

É claro que existem outros factores modernos que levam a que exista uma maior propensidade para que hajam mais fogos, mas também temos as ferramentas necessárias para lidar com o problema.

Também não vejo qual é a complexidade de se encontrar uma solução para o problema, é tudo uma questão de vontade, e de aprendizagem com os erros do passado. Se não passa de ser uma questão de limpar as matas, então em vez de se comprar aviões, que se dê trabalho aos estudantes durante o verão para serem uns tipos de guardas forestaís. Eles podem sair pelo país fora a limpar as matas Portuguesas, como forma de prevenção ao fogo.

E a madeira, e demais lixo que seria recolhido, poderia ser reciclado para outros propósitos, onde possivelmente se poderia ir buscar algum dinheiro para cobrir os custos de se empregar essas pessoas na limpeza das matas.

Será que é assim tão difícil de se implementar um programa de prevenção?

Isto é tudo tão absurdo.
Título:
Enviado por: JNSA em Julho 29, 2004, 01:07:01 am
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SNBPC
Recusa de meios assente em critérios técnicos
Portugal recusou a ajuda de três países para o combate aos incêndios no país, pois apenas aviões Canadair se ajustam ao tipo de fogos existentes no país. O SNBPC frisou que nunca recusaria meios com critérios exclusivamente económicos.
 
( 22:01 / 28 de Julho 04 )

 
 
 
O Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) explicou, esta quarta-feira, que recusou a ajuda para o combate aos fogos da Alemanha, Noruega e Reino Unido, apenas por motivos técnicos.

«Após análise técnica das necessidades sentidas e da situação operacional do terreno, optou pela não aceitação no imediato dos referidos meios. A situação verificada no terreno apontava para uma urgente necessidade de meios aéreos anfíbios (aviões Canadair), que não era o caso dos meios», oferecidos pelos três países, afirmou o SNBPC.

O organismo frisou que apenas aceitou os meios postos à disposição que se ajustam às necessidades e que «em situações de emergência em caso algum imperarão critérios exclusivos de base económica».

Até agora, Portugal aceitou a ajuda de dois Canadair gregos e um italiano, estão já a caminho mais dois aviões do mesmo tipo vindos de França, que operarão em Portugal entre quinta-feira e domingo.


fonte: http://www.tsf.pt/online/vida/interior.asp?id_artigo=TSF152833
Título:
Enviado por: fgomes em Julho 29, 2004, 09:45:08 pm
A situação está a ficar muito complicada em S. Brás de Alportel, com povoações a serem evacuadas e o fogo completamente fora de controlo, oxalá não haja nenhuma catástrofe.
Título:
Enviado por: Luso em Julho 29, 2004, 09:56:50 pm
Descontrolada a situação?
Temos tantos meios...
Título:
Enviado por: dremanu em Julho 30, 2004, 12:18:23 am
Triste situação.
Título:
Enviado por: Fábio G. em Julho 30, 2004, 12:41:13 am
A situação aqui no Algarve está muito má, a frente de fogo é tão grande são tantos km que os bombeiros como se viu em várias tv's não conseguem estar em todos os sitios ainda mais que o vento tem sido fortissimo e sempre mudando de direcção o que faz as chamas avançarem muito rápido e em diferentes direcções, os meios humanos e materiais ainda são insuficientes, são precisos mais homens, viaturas, aviões e helicópteros, o incêndio está a cerca de 30 km de Tavira e aqui o céu está negro durante o dia, tapado de fumo, é um contraste impressionate olha-se para o mar e o céu é azul e olha-se para terra na direcção de Faro e Loulé e o céu é negro.
Título:
Enviado por: ferrol em Julho 30, 2004, 09:16:39 am
Citar
Portugal recusou a ajuda de três países para o combate aos incêndios no país, pois apenas aviões Canadair se ajustam ao tipo de fogos existentes no país.

Citação de: "Fabio G."
são precisos mais homens, viaturas, aviões e helicópteros


É que hai cousas que se caen polo seu propio peso. Para combate-los incendios destas proporcións o que fai falta é persoas e material, calquera material. Canadair, benvidos, pero tamén os camións, helicópteros ou o que sexa, o que sexa, señores, que non está Portugal como para decir esto sí ou esto non.

Por certo, así que rematemos cos nosos incendios, Galicia ten pensado enviar máis avións á raia e á serra do Jurés.
Título:
Enviado por: Fábio G. em Julho 30, 2004, 04:48:18 pm
DD

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Estimativas apontam para 50 mil ha de área ardida até domingo

A Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) estima em 50 mil hectares a área ardida desde o início do ano até domingo passado. Estas estimativas baseiam-se numa imagem do satélite Modis obtida às 14:30 horas de domingo.



Os dados anteriores da DGRF apontavam para um total de 32.787 ha de área ardida até domingo. Estes valores resultavam dos levantamentos realizados pelos guardas florestais e não contabilizavam ainda os grandes incêndios que deflagraram no fim-de-semana.
Entre os 50 mil hectares, 8.100 ha pertencem à Rede Natura 2000.

No ano passado a área ardida ascendeu a 423.276 hectares.

30-07-2004 15:36:16
Título:
Enviado por: Fábio G. em Julho 30, 2004, 04:51:05 pm
DD

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Autarca de São Brás de Alportel pede estado de calamidade pública

O presidente da câmara de São Brás de Alportel pediu esta sexta-feira o estado de calamidade pública. António Jacinto Eusébio diz que os fogos na região provocaram prejuízos muito elevados.



O autarca diz que o fogo dos últimos dias destruiu um património ambiental e a subsistência de várias famílias. Duas pessoas encontram-se desalojadas e estão a receber abrigo da misericórdia.
30-07-2004 16:45:43

Título:
Enviado por: Fábio G. em Agosto 02, 2004, 12:18:55 pm
DD

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Estado de calamidade no Algarve será pedido esta 2ª feira

Os autarcas da região do Algarve, afectados pela vaga de incêndios das últimas semanas, vão pedir esta segunda-feira ao Governo que decrete estado de calamidade pública na região.



Em declarações esta segunda-feira à Rádio Renascença, o presidente da Câmara Municipal de Tavira e da Associação de Municípios do Algarve, Macário Correia, afirmou que a prioridade é declarar o estado de calamidade.
Os autarcas vão levar ao ministro das Cidades, Administração Local e Desenvolvimento Regional, José Luís Arnaut, uma longa lista de argumentos, na qual se destacam vários pontos.

Segundo Macário Correia, os principais pontos a ter em conta são o número de pessoas que foram afectadas, o número de casas e viaturas destruídas, assim como muitos outros materiais e a morte de muitos animais.

Estima-se que tenham ardido cerca de 50 mil hectares de floresta, sendo a zona mais afectada a Serra do Caldeirão.

02-08-2004 11:15:40
Título:
Enviado por: fgomes em Agosto 02, 2004, 01:15:39 pm
Infelizmente esta crise vem pressionar novamente no sentido do combate aos incêndios, ficando novamente para trás o problema da prevenção. Enquanto o problema de haver GESTÃO FLORESTAL não for resolvido, as crises com incêndios vão continuar a agravar-se. A realidade é que a maior parte da floresta portuguesa não tem nenhuma espécie da gestão.

Sobre este assunto algumas ideias interessantes em :

http://panda.org/about_wwf/what_we_do/forests/news/news.cfm?uNewsID=14477
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 06, 2004, 01:37:38 pm
Irkut Corporation Be-200 Was Leased to the Italian Civil Protection Department  
 
 
(Source: Irkut Corp.; dated Aug. 23, web-posted Sept. 3, 2004)
 
 
 On August 20, 2004, a Be-200 amphibian set out on its way to Italy from the Beriev Design Bureau (TANTK) airfield in the city of Taganrog. The aircraft has been leased to the Civil Protection Department (Protezione Civile) of Italy and will be operated by an Italian fire fighting systems’ operator – the SOREM company – until the end of the fire risk season on a leasing agreement with TANTK. SOREM is an official operator of the Canadian CL-415 amphibians belonging to the Civil Protection Department.  
 
In June 2004, three Italian pilots underwent training at the TANTK training base. They highly esteemed Be-200 performance in their report to SOREM leadership. The Russian Side provides Italy with the aircraft and its maintenance with the necessary amount of spare parts and support equipment. The aircraft will be flown by joint crews of Russian and Italian pilots. Based upon results of the aircraft experimental operation in Italy, the country will consider feasibility of Be-200 purchase for its civil protection needs.  
 
Conclusion of the leasing agreement was preceded by Be-200 demonstration to the Italian Prime-minister Silvio Berlusconi at the Sardinia Island within the frames of the Russian President Vladimir Putin formal visit to Italy in August-September 2003.  
 
At a joint press conference, Vladimir Putin stated that there were no equivalents to this aircraft and it would be right and useful to have a group of the Russian Be-200 in the European Union forces. In his turn, Silvio Berlusconi pointed out that such aircraft would be definitely useful for Italy and that’s why the Civil Protection Department would consider feasibility of its usage.  
 
Representatives of some countries that are going to modernize their fire protection fleets, expressed their intention to visit Italy in order to attend Be-200 operation and evaluate its efficiency under real conditions.  
 
 
BACKGROUND:  
 
The multi-purpose Be-200 amphibian jet is designed for fire fighting, rendering medical assistance in distress areas; patrol, search and rescue operations on water; sanitary and cargo transportation. During one flight the Be-200 is able to carry out multiple scoops of up to 12 tons of water, its delivery and drop on fire sites using precise navigation and flight control systems.  
 
The Russian Ministry for Emergencies (EMERCOM) has become the first Be-200 customer signing a contract in 2001. The contract provides for delivery of 7 Be-200ChS aircraft (“ChS” stands for “Emergency Situations”) to the Russian EMERCOM by 2007. Two first Be-200ChS have already entered service and successfully implemented tasks of fire fighting at an oil platform in the Baltic Sea as well as rescue operations in the course of the International Exercises “Kaliningrad-2004” in June 2004.  
 
In July 2004, IRKUT Corporation signed an agreement with the EADS to establish a JV for joint marketing of the Be-200 amphibians. Joint marketing research by IRKUT, EADS and Rolls-Royce showed high potential demand for the Be-200 aircraft for the next 20 years. Except for Be-200 marketing and sales, EADS will be conducting aircraft JAR and FAR certification as well technical maintenance using its existing after-sale support network.  
 
Currently, IRKUT and EADS are holding joint negotiations regarding possible operation and delivery of the Be-200 aircraft with some European countries of the Mediterranean region and South-East Asia nations.
Título:
Enviado por: JLRC em Setembro 06, 2004, 06:18:42 pm
Penso que o Be-200 seria uma boa compra para a nossa Força Aérea já que poderia ser utilizado, também, como transporte e em missões SAR. Levanta-se a questão do espelho de água com tamanho suficiente para se reabastecer de água, mas julgo que o Alqueva é um bom lugar embora julgue existirem outros. Já é tempo de começarmos a olhar para o material russo com outros olhos, sem os complexos herdados da Guerra Fria.
Cumptos
Título:
Enviado por: emarques em Setembro 06, 2004, 11:31:48 pm
Numa discussão no fórum Armada há uns tempos falou-se do Be-200 e dos tempos e distâncias de "scoop" do CL-415 em comparação com o do Beriev, e se bem me lembro o espelho de água não terá que ser muito maior. E ao ser mais rápido, o Beriev pode ir buscar água mais longe no mesmo tempo do Canadair (para além da vantagem de levar bastante mais água).